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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS - UEA 
CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE ITACOATIARA - CESIT 
CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL - CEF 
 
 
 
 
FRANCISCO DA SILVA MARINHO FILHO 
 
 
 
 
 
 
A FLORESTA DE IGAPÓ: TIPOS E SUAS CARACTERÍSTICAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Itacoatiara – AM 
2014 
 
 
 
FRANCISCO DA SILVA MARINHO FILHO 
 
 
 
 
 
 
A FLORESTA DE IGAPÓ: TIPOS E SUAS CARACTERÍSTICAS 
 
Professor: Dr. Ademir Castro 
 
Trabalho solicitado pelo professor 
Ademir Castro como no Curso de 
Engenharia Florestal na Disciplina de 
Classificação Vegetal no Centro de Estudos 
Superiores de Itacoatiara 
 
 
 
 
 
 
 
 
Itacoatiara – AM 
2014 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
Os igapós e as várzeas são os mais representativos dentre os diferentes tipos de matas 
inundadas existentes na região amazônica. Estima-se que a bacia Amazônica possua uma área 
de 15.000 Km2 de igapó. Nestes ambientes os fatores fundamentais para a manutenção da 
biodiversidade são os processos físicos e biológicos, principalmente os ciclos hidrológicos e de 
sedimentação. O objetivo deste estudo é contribuir na identificação das características 
tipológicas vegetacionais da floresta de igapó dos rios da Amazônia. A fitofisionomia da 
floresta de igapó e relativamente pobre de biomassa, com vegetação muito especializada, baixa 
diversidade especifica e, em algumas áreas, ricas em endemismos. O ecossistema e 
biologicamente rico em associações e inter-relações de plantas e animais. O solo e a água são 
ácidos devido ao acumulo de matéria orgânica presente em sua área. O solo arenoso e a água 
preta são ricos em ácido húmico. Além da profusão de arbustos e cipós, plantas aquáticas, as 
principais espécies a vitória-régia, o mucuri, a bromélia, a orquídea e a sumaúma. Além de 
outras espécies incontáveis de epífitas, musgos e hepáticas. As espécies de vegetais são de 
portes baixos (4 ou 5 metros), estão dispostas sobre terraços, raramente perdem suas folhas, de 
modo a captar a maior quantidade possível de luz solar. As árvores típicas encontradas na 
floresta de igapó, estão o tachi, o buriti e a mamorana. Dentre os animais estão presentes as 
aves e os micos macacos, além de ser habitat de dois peixes mais populares do cardápio dos 
manauaras, o tambaqui e o pirarucu. A diversidade de espécies do igapó são intermediarias 
entre as áreas de várzea e de terra firme. Também chamadas de chavascais na área de várzea 
por ser uma vegetação baixa, arbustiva, pantanosa e de difícil acesso nos períodos de seca. A 
vegetação dá um o aspecto característico a essa área, com árvores de troncos de cascas rugosas 
e galhos tortuosos. A composição e a estrutura das formações de Igapós dos rios de água preta 
e dos Igapós de Várzeas na Amazônia são muito diferentes e resultam de diferenças 
geomorfológicas e hidrológicas 
 
Palavras - Chave: Floresta de igapó, Amazônia, Fitofisionomia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTAS DE TABELAS 
 
 
TABELA 1. Algumas espécies características da floresta ombrófila aberta aluvial = floresta de 
igapó..........................................................................................................................................13 
 
Tabela 2. Espécies amostradas nos levantamentos da população arbórea adulta (≥10cm DAP) 
e da regeneração natural (indivíduos acima de 1m altura e < 10cm DAP) em uma floresta de 
igapó de cerca de 1ha no Lago Tupé..........................................................................................14 
 
Tabela 3. Composição química das 25 parcelas amostradas (0-15 m de profundidade) na 
floresta de igapó do Lago Tupé..................................................................................................16 
 
Tabela 4. Estudos florísticos realizados em vegetação de igapó na Amazônia 
Brasileira...................................................................................................................................17 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
RESUMO...................................................................................................................................iii 
LISTA DE TABELAS................................................................................................................V 
1. INTRODUÇÃO..............................................................................................................1 
2. DESENVOLVIMENTO.................................................................................................3 
2.1 RevisãoBibliográfica.......................................................................................................3 
2.1.1 Tipos de água e Lagos Amazônicos...........................................................................3 
2.1.2 Estrutura Florística e Crescimento de árvores em florestas 
inundáveis.................................................................................................................4 
2.1.3 Zonação de espécies e suas adaptações ao alagamento..............................................5 
3. CARACTERÍSTICAS TIPOLÓGICAS VEGETACIONAIS DE FLORESTA DE 
IGAPÓ DOS RIOS DA AMAZÔNIA.............................................................................7 
3.1 Floresta de Igapó.............................................................................................................7 
3.1.1 Fitofisionomias da Floresta: Ombrófila Aberta Aluvial - Floresta de 
igapó..........................................................................................................................7 
CONCLUSÃO....................................................................................................................10 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................................11 
ANEXOS............................................................................................................................17 
 
1 
 
INTRODUÇÃO 
 
Florestas inundáveis representam de 5 a 10% da Amazônia (Pires, 1974). Os igapós e as 
várzeas são os mais representativos dentre os diferentes tipos de matas inundadas existentes na 
região amazônica (Ayres, 1995). De acordo com Prance (1979), várzeas sazonais são áreas 
anualmente inundáveis por rios de água branca, e igapós sazonais são florestas anualmente 
inundadas por rios de água preta ou clara. A várzea está presente em cerca de 3% da Amazônia, 
com aproximadamente 200.000 km2, constituindo a maior porção de florestas inundáveis. Estima-
se que a bacia Amazônica possua uma área de 15.000 Km2 de igapó (Pires, 1974). Pires e Prance 
(1985) diferenciam sete tipos principais de áreas alagáveis com base no tipo de inundação, cor 
da água, tipo de solo, origem geológica, estrutura e composição de espécies. Destes, os tipos 
mais representativos na Amazônia brasileira são as vegetações periodicamente inundadas por 
rios de água branca, localmente denominados de várzeas e rios de água preta ou clara 
denominados de igapós. 
Nestes ambientes os fatores fundamentais para a manutenção da biodiversidade são os 
processos físicos e biológicos, principalmente os ciclos hidrológicos e de sedimentação. Por 
exemplo, os rios da Amazônia Central apresentam uma flutuação cíclica do nível de suas águas, 
entre as estações de seca e enchente, que podem atingir até 12 metros e períodos de inundação 
variando de 50 a 270 dias por ano, resultando em uma sincronização da maioria dos processosecológicos de plantas, animais e das populações humanas, tais como reprodução das plantas, 
migração de animais e atividades de pesca, pecuária e agricultura, respectivamente (Junk 1989). 
Diferenças na duração da inundação nas áreas inundadas da Amazônia resultam em 
um mosaico de habitats e as respostas à variação destes ciclos de inundação alteram amplamente 
entre as espécies, dependendo da constituição genética, idade da planta, propriedades da água 
e duração da inundação (KOZLOWSKI, 1984; JUNK, 1989; WORBES et al. 1992; FERREIRA 
2000). 
A riqueza e distribuição das espécies arbóreas nas áreas alagadas da Amazônia são 
influenciadas por muitos fatores, como a duração do período de inundação, tipos de solo, 
tolerância das plantas à inundação, sedimentação e erosão (Ayres 1993, Junk 1989, Worbes et 
al. 1992, Ferreira & Stohlgren 1999 e Ferreira 2000). 
A composição de espécies entre as várzeas e os igapós na Amazônia é muito diferente 
e resultam provavelmente da origem diferenciada destes ambientes. As várzeas dominam a 
planície amazônica e estão concentradas na planície de inundação, cujos sedimentos 
2 
 
começaram a se depositar no Holoceno durante os últimos 10.000 anos, enquanto os igapós 
estão normalmente estão associados aos períodos do Terciário e Pré-Cambriano. Isto resulta em 
diferenças físico-químicas importantes nos rios destes ambientes e a flora associada é altamente 
adaptada à condição de inundação, sedimentação, erosão, pH, produtividade, entre outros 
fatores. Alguns autores têm afirmado que as áreas de várzea são mais ricas em espécies do que 
as áreas de igapó (Kubitzki 1989, Worbes 1997). Contudo, Ferreira (1997b) analisando alguns 
inventários realizados nas áreas alagadas na Amazônia determinou, que apesar da grande 
diferença na produtividade primária entre as várzeas e igapós, isto não é refletido na riqueza e 
diversidade das espécies. 
O objetivo deste estudo é contribuir na identificação das características tipológicas 
vegetacionais da floresta de igapó dos rios da Amazônia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
2. DESENVOLVIMENTO 
 
2.1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
2.1.1 Tipos de água e Lagos Amazônicos 
 
Alfred Russel Wallace (1853) foi o primeiro a classificar os rios da Amazônia em rios 
de água preta, clara e branca, estes foram posteriormente bastante estudados por Sioli, quanto 
às suas características hidroquímicas, e tipos de solo e vegetação associados (Sioli & Klinge, 
1964). 
Segundo Ayres (1995), os rios de água preta originam-se nas terras baixas do terciário 
da Amazônia, suas águas apresentam baixo nível de sedimentos e alto conteúdo de substâncias 
húmicas, o qual é responsável por sua coloração avermelhada ou marrom escura. Os rios de 
água branca carregam muitos sedimentos, originados dos Andes e encostas pré-Andinas. Já os 
rios de águas claras têm suas origens nos sedimentos do Cretáceo dos Escudos das Guianas e 
Brasileiros, suas águas podem ser pobres em sedimentos, mas em algumas áreas podem ser 
ricos em matéria orgânica dissolvida. 
A coloração escura dos rios de água preta é o resultado de processos organogênicos, 
causados por substâncias orgânicas dissolvidas (ácidos fúlvicos e húmicos), derivadas da 
decomposição da liteira foliar sob condições ácidas e subseqüentes processos edáficos que 
ocorrem em solos amazônicos. Essas substâncias ácidas podem ter um alto peso molecular e 
são resistentes à decomposição adicional, contribuindo assim para o baixo valor do pH da água 
(Junk & Furch, 1985). 
Os rios e igarapés são considerados sistemas abertos, suas águas são permanentemente 
renovadas e misturadas pela corrente, enquanto que a água dos lagos persiste ao menos por 
certos períodos numa mesma área. A água do lago é fortemente sujeita a processos abióticos e 
bióticos internos, os quais podem acumular ou reduzir substâncias de modo diferente dos rios 
(Junk & Furch, 1985). Os assim designados por Junk & Furch (1985), lagos rasos de área 
alagável, são intermediários entre sistemas abertos e fechados, pois eles recebem e armazenam 
água do rio quando este sobe no período de inundação, e retorna em parte para o rio quando o 
nível volta a baixar. Concomitantemente a troca de água, há a troca de nutrientes, energia e 
material biológico, havendo uma influência nos lagos, nos rios e em todas as áreas inundáveis 
(Junk, 1983). Dentro desses lagos, a corrente é reduzida, e há a formação de uma estratificação 
termal de 2 a 4 ºC de diferença na temperatura entre a camada superficial de água (epilimnion) 
e a água próxima ao fundo (hipolimnion). Apesar dessa estratificação não ser muito estável, ela 
retarda a mistura de todo corpo d’água durante o período de enchentes 
4 
 
 
2.1.2 Estrutura Florística e Crescimento de árvores em florestas inundáveis 
 
Para alguns autores (Prance, 1979; Ayres, 1995; Haugaasen & Peres, 2006), a floresta 
de várzea apresenta um maior número de espécies que as florestas de igapó. Ao contrário, outros 
(Worbes, 1997; Ferreira et al. 2005) relatam uma maior riqueza de espécies no igapó. Segundo 
Ayres (1995), as florestas de várzea são freqüentemente mais ricas em espécies e em biomassa 
que as florestas inundáveis de águas pretas ou claras. Na Estação Científica Ferreira Penna na 
região do baixo Amazonas, Ferreira et al. (2005) encontraram maior riqueza de espécies na 
floresta de igapó em comparação com a floresta de várzea, contudo a área basal foi 
significativamente menor na floresta de igapó. 
A flora dos igapós de água clara parece ser mais empobrecida em comparação com as 
regiões de água preta, ao menos na Bacia do Rio Negro (Kubitzki, 1989). A composição 
florística de uma floresta de igapó no rio Tapajós, um rio de água clara é similar a de outras 
florestas de igapó inundadas por rios de água preta. Contudo, a riqueza de espécies foi a menor 
observada em florestas de igapó da Amazônia, essa baixa diversidade local pode estar 
correlacionada com o tipo de água, condições do solo e proximidade do cerrado (Ferreira & 
Prance, 1998). 
Quanto à diversidade de estratégias de crescimento, a floresta de igapó apresenta 
menor diversidade comparada com a várzea. As espécies de árvores no igapó são em sua 
maioria sempre-verdes e possuem crescimento lento. Na várzea, ocorrem espécies de 
crescimento rápido (pioneiras) e lento (não pioneiras), assim como espécies sempre-verdes e 
decíduas (Parolin, 2000). 
Contudo, a várzea e o igapó exibem maior deciduosidade que a terra firme (Haugaasen 
& Peres, 2005). O pico de queda foliar ocorre durante o período de inundação (Worbes, 1997; 
Nebel et al, 2001; Schongart et al., 2002; Haugaasen & Peres, 2005). A inundação reduz a 
atividade das raízes, por gerar condições anaeróbicas para estas, diminuindo assim a 
condutância de água para a copa (Worbes, 1997). A inundação regular sazonal causa a queda 
de folhas das árvores durante a fase aquática, conduzindo a uma dormência cambial, havendo 
pouco ou nenhum incremento em diâmetro do tronco durante a fase de maior nível de 
inundação, formando assim um anel anual de crescimento. O crescimento em diâmetro começa 
novamente após a emergência de novas folhas no final do período de inundação (Schongart et 
al, 2002). 
5 
 
A várzea, apesar da dormência cambial durante a fase aquática, apresenta alta 
produtividade por causa do alto conteúdo de nutrientes disponíveis para as plantas na fase 
terrestre, devido ao grande aporte de sedimentos durante o período de inundação. De acordo 
com Furch (1997), o conteúdo de nutrientes total no solo e a soma estocada na vegetação são 
muito maiores na várzea do que em igapó. A eficiênciano uso de nutrientes também difere 
entre os dois sistemas, sendo que a floresta de igapó demanda menor quantidade de nutrientes 
comparada com a várzea. A floresta de igapó apresenta baixa produtividade, a média de 
incremento em diâmetro no igapó é de 1.7mm ano-1 enquanto que na várzea a média é de 3.5 
mm ano-1 (Worbes, 1997). Sendo a produção de madeira nas florestas de várzea igual ou maior 
que nas florestas de terra firme (Parolin, 2000). Indivíduos de Tabebuia barbata (E. Mey) 
Sandw. que habitam áreas de várzea apresentam mais que o dobro do incremento anual do lenho 
comparado com indivíduos da mesma espécie crescendo em áreas inundáveis por rios de água 
preta (Parolin & Ferreira, 1998). 
 
2.1.3 Zonação de espécies e suas adaptações ao alagamento 
 
As florestas de várzea e igapó sofrem variações na composição florística ao longo de 
gradientes de inundação (Kell & Prance, 1979; Piedade, 1985; Junk, 1989; Campbell et al., 
1992; Ferreira 1991, 2000; Ayres, 1995; Wittmann & Junk 2003), provavelmente devido a 
diferenças morfológicas, anatômicas e/ou fisiológicas das espécies para tolerar o alagamento. 
Espécies que possuem raízes tabulares ocorrem com mais freqüência nas cotas superiores do 
gradiente topográfico, enquanto espécies que produzem raízes adventícias e aéreas são mais 
comuns em níveis inferiores. Raízes tabulares parecem oferecer melhor ancoragem às árvores 
que habitam os níveis mais altos do gradiente, as quais são maiores e mais altas, enquanto a 
função primária das raízes adventícias parece ser a facilitação da aeração (Wittmann & Parolin, 
2005). 
De Simone et al. (2002) relataram três diferentes estratégias para tolerar o alagamento, 
com relação a traços morfológicos e conduta de queda foliar, em espécies de várzea. A primeira 
é representada pela espécie pioneira sempre verde Salix martiana Leyb., na qual há a formação 
de aerênquima no córtex da raiz e o desenvolvimento de raízes adventícias. A segunda 
estratégia ocorre em espécies sempre-verdes não pioneiras, essas espécies desenvolveram 
suberização na hipoderme da raiz, que previne a entrada de toxinas e ajuda a manter as 
condições microaeróbicas no córtex da raiz. A estratégia adaptativa mais freqüente em espécies 
de várzea é representada pelas espécies decíduas, estas apresentaram completa defoliação, essas 
6 
 
espécies suportam o período de condições desfavoráveis durante a inundação tornando-se 
dormentes. 
A distribuição das espécies ao longo do gradiente de inundação pode ser explicada 
pelo menos em parte com biologia reprodutiva e tolerância das plântulas à inundação (Worbes, 
1997). A zonação de espécies que ocorrem em gradientes de inundação pode ser mais 
diretamente ligada à tolerância a inundação das plântulas do que dos indivíduos adultos, os 
quais dificilmente são totalmente submergidos durante todo ano (Junk, 1989; Parolin, 2002). 
Ferreira & Almeida (2005) estudando a regeneração em clareiras ao longo do gradiente 
de inundação da floresta de igapó de um afluente do rio Negro, verificaram que clareiras 
situadas em níveis mais baixos do gradiente possuem menor número de espécies e são 
colonizadas principalmente por espécies com grande tolerância à inundação, enquanto que 
clareiras situadas em cotas superiores apresentam uma maior riqueza e são colonizadas, 
sobretudo por espécies pouco tolerantes ao alagamento. 
Espécies restritas as regiões mais baixas podem ser encontradas regenerando em 
clareiras nas regiões mais altas, um fator que pode estar impedindo o crescimento desses 
indivíduos é a menor disponibilidade de luz nas cotas superiores, demonstrado pela maior área 
basal nessas regiões, a competição com as plantas da região alta também pode ser um fator 
impedindo a subida das plantas da região baixa (Ferreira, 1991). 
Wittmann & Junk (2003) relatam que a estrutura, a distribuição e a riqueza de espécies 
regenerantes em floresta de várzea são altamente relacionadas ao gradiente de inundação, com 
a diminuição no número de espécies e indivíduos com o aumento do período de alagamento. A 
inundação parece ser o fator mais limitante influenciando na distribuição de espécies na várzea, 
porém, a radiação também influencia na composição de espécies regenerantes. 
Na várzea, há uma zonação de espécies e aumento da diversidade dos níveis mais 
baixos para os níveis mais altos do gradiente topográfico, poucas são as espécies capazes de 
habitar os níveis mais baixos do gradiente, onde ocorre uma alta deposição de sedimentos (Junk, 
1989). 
Ferreira (1997a), amostrando florestas de igapó no rio Jaú em três habitats diferentes, 
lago, rio e igarapé, verificou que diferenças encontradas na estrutura florestal, na composição 
florística e na riqueza de espécies entre os três locais podem estar correlacionados com 
variações no período de inundação. 
Keel & Prance (1979), estudando a vegetação de igapó em solo de areia branca, 
relatam que embora haja zonação de espécies ao longo do gradiente de inundação, o limite entre 
essas zonas não é abrupto. Nos níveis mais altos do gradiente de inundação, a riqueza aumenta 
7 
 
e o espaçamento entre os indivíduos diminui, comparado com níveis mais baixos. Piedade 
(1985) também verificou nítida substituição de comunidades ao longo do gradiente topográfico 
em duas florestas de igapó no arquipélago de Anavilhanas, como resposta ao período de 
alagamento e modificações na textura do solo. 
Na floresta de igapó do Tarumã-mirim, Ferreira (1991) relata mudanças na 
composição florística e aumento da riqueza e diversidade de espécies ao longo do gradiente de 
inundação, com espécies restritas as cotas mais baixas, espécies que ocorrem ao longo de todo 
gradiente e espécies restritas as regiões mais altas. Revilla (1981) definiu diferentes 
comunidades de igapó em uma mesma região do rio Negro de acordo com o tipo de solo onde 
elas habitam. Houve diferenças estruturais e de riqueza de espécies entre as diferentes 
comunidades encontradas. Ferreira (2000) também encontrou variações na estrutura florestal e 
na distribuição das espécies entre áreas com diferentes níveis topográficos no rio Jaú e Tarumã-
Mirim. Contudo, não encontrou diferenças na riqueza e diversidade de espécies entre essas 
áreas. 
 
3. CARACTERÍSTICAS TIPOLÓGICAS VEGETACIONAIS DE FLORESTA DE 
IGAPÓ DOS RIOS DA AMAZÔNIA. 
 
3.1 Floresta de Igapó 
 
Recebe esse nome igapó por ser uma vegetação submersa, típica da floresta amazônica, 
localizada em solos permanentemente alagados, estreitos e baixos próximos aos rios. Em outras 
palavras, o igapó é uma mata que cresce dentro da água. Este tipo de vegetação é classificado 
como floresta densa tropical com dossel (estrato superior) uniforme. Ela localiza-se ainda 
próximo a igarapés, pequenos riachos que cortam a floresta. Sua configuração a torna de difícil 
acesso, com as árvores baixas, emaranhados de cipós entre as árvores e plantas aquáticas. 
 
 
3.1.1 Fitofisionomias da Floresta: Ombrófila Aberta Aluvial - Floresta de igapó. 
 
É relativamente pobre em biomassa, com vegetação muito especializada, baixa 
diversidade específica e, em algumas áreas, rica em endemismos. A iluminação é difusa e é 
muito comum a presença de raízes expostas, suportes e respiratórias. 
8 
 
Em relação ao ecossistema, é biologicamente muito mais rico em associações e inter-
relações entre plantas e animais. Há uma grande variação de situações biológicas particulares, 
microclimáticas e, conseqüentemente, um maior número de adaptações ecológicas. 
Seu solo e a água possuem uma composição bastante ácida devido à grande quantidade 
de matéria orgânica em transformação presente em sua área. Via de regra, o solo arenoso e a"água preta" são ricos em ácido húmico, e além da profusão de arbustos e cipós destacam-se 
plantas aquáticas, como a vitória-régia (que chegam a ter 4 metros de diâmetro, e estão 
associadas aos rios de água branca). 
 
 
Figura1: A vitória-régia é uma planta aquática que ocorre nas 
matas de igapó da região amazônica. Fonte: Fabio colombini 
/Acervo do fotografo 
Figura 2: Mata de igapó do rio Amazonas. Parintins, 
Amazonas, 2010.Fonte: José Roberto Couto / Tyba 
 
Além da vitória-régia, compõem a flora dos igapós o mucuri, a bromélia, a orquídea e 
a sumaúma, altamente adaptadas para este terreno alagado, além de incontáveis epífitas, musgos 
e hepáticas. 
As árvores são baixas, atingindo no máximo 20 metros, sendo que na maioria alcançam 
apenas 4 ou 5 metros, e estão dispostas sobre terraços, raramente perdendo suas folhas e 
assumindo um comprimento largo, de modo a captar a maior quantidade possível de luz solar. 
Entre as árvores mais típicas estão o tachi, o buriti e a mamorana. 
Mesmo com a alta acidez da água, há uma impressionante explosão de vida 
estabelecida nos igapós. Predominam no terreno várias espécies de aves, cada uma com seu 
próprio som distinto. Entre os animais terrestres, destacam-se os micos, figuras permanentes 
nos galhos das árvores. Nesse ambiente a água é rasa e costuma ser o habitat de dois dos peixes 
mais populares dos cardápios dos restaurantes de Manaus, o tambaqui, que se alimenta de frutas 
caídas das árvores, e o pirarucu, um peixe de escamas que pode alcançar mais de dois metros 
de comprimento. A diversidade de espécies do igapó pode ser considerada intermediária entre 
as áreas de várzea e de terra firme, com cerca de 130 espécies arbóreas por hectare. 
9 
 
 
 
FIGURA 3. Caracterização do tipo chavascal no lago de 
Manacapuru, pobre de macrófitas aquáticas. Fonte: Pedro Ivo 
Soares Braga ...[et al.]. – 2. ed. rev.– Manaus: Instituto I-
piatam, 2008. 
FIGURA 3. Caracterização do tipo Igapó Sombreado. 
Fonte: Pedro Ivo Soares Braga ...[et al.]. – 2. ed. rev.– 
Manaus: Instituto I- piatam, 2008. 
 
Também chamadas de Chavascais nas áreas de Várzeas (não no sentido estrito de 
AYRES, 1995), o termo é também empregado, regionalmente, para designar as áreas muito 
encharcadas, com alagação permanente ou não, águas paradas ou quase paradas. 
A sua vegetação é baixa, arbustiva, pantanosa e de difícil acesso nos períodos de seca. 
Essas áreas normalmente estão localizadas por trás dos Campos de Várzeas, já perto da Terra 
Firme. Como suas águas são paradas, os sedimentos são decantados, tornam-se transparentes, 
mesmo que conservem a cor escura. A acidez em geral é alta, podendo permanecer inundados 
de 6 a 8 meses. Ocorrem também em locais que dão nascimento a rios, igarapés e em lagos, 
sem influência direta dos rios de água branca. 
Nos lagos que estão afastados do rio Solimões, não tendo, dessa forma, um contato 
direto, predomina a vegetação de Igapó ou Chavascal. A ocorrência de macrófitas aquáticas é 
pequena. A vegetação dá um o aspecto característico a essa área, com árvores de troncos de 
cascas rugosas e galhos tortuosos. É comum a ocorrência de orquídeas e epífitas em geral, que 
são indicadoras de ambiente preservado. Em anexo tabelas (1) mostra uma lista de espécies que 
ocorrem em floresta de Igapó com o nome da família e o nome vulgar de cada uma dessas 
espécies (BRAGA ...[et al.].2008), (2) espécies de populações arbóreas adulta (≥10cm DAP) e 
da regeneração natural (indivíduos acima de 1m altura e < 10cm DAP) em uma floresta de 
igapó de cerca de 1ha no Lago Tupé, (3) Composição química das 25 parcelas amostradas (0-
15 m de profundidade) na floresta de igapó do Lago Tupé e (4) Estudos florísticos realizados 
em vegetação de igapó na Amazônia Brasileira (HAMAGUCHI, 2009). 
 
10 
 
A composição e a estrutura das formações de Igapós dos rios de água preta e dos Igapós 
de Várzeas na Amazônia são muito diferentes e resultam de diferenças geomorfológicas e 
hidrológicas (SIOLI, 1984; IRMLER, 1977; AYRES, 1986). Estudos que incluíram os dois 
tipos de áreas alagadas mostraram haver uma similaridade de espécies muito baixa entre 
florestas alagáveis por rios de águas pretas e brancas (AYRES, 1993; AMARAL et al. 1997; 
ALMEIDA et al. 2003). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
5. CONCLUSAO 
 
As característica tipológica vegetacional de Floresta de igapó dos rios da Amazônia é 
de uma floresta inundada, pobre de biomassa, com uma vegetação especializada de baixa 
diversidade. A iluminação é difusa sendo comum a presença de raízes expostas com suportes 
respiratórios. É uma floresta com fatores fundamentais para manutenção e equilíbrio da 
biodiversidade. Seu ecossistema, e biologicamente rico em associações inter-relações de 
plantas e animais. Apresenta em sua vegetação uma grande variedades de situações biológicas 
particulares e microclimáticas e, consequentemente maior número de adaptações ecológicas. 
Os rios por se encontrar os fatores fundamentais da biodiversidade, são denominados rios de 
aguas claras e rios de aguas preta ou simplesmente de igapó. Sua configuração a torna de difícil 
acesso, com as árvores baixas, emaranhados de cipós entre as árvores e plantas aquáticas. Os 
ciclos de alagamento fazem com que o número de espécies aptas a viver em ambientes 
periodicamente inundados seja menor do que nas áreas de floresta de terra firme típica, onde é 
encontrada a maior diversidade da Amazônia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
6. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 
 
Hamaguchi, Jinny Ohana., Estrutura e composição florística das espécies arbóreas e arbustivas 
de uma floresta de igapó no lago Tupé, Manaus, AM / Jinny Ohana Hamaguchi .--- Manaus : 
[s.n.], 2009. vi, 85 f. : il. color. 
 
FERREIRA, ALMEIDA, AMARAL & PAROLIN., Riqueza e composição de espécies da 
floresta de Igapó e várzea da Estação Científica Ferreira Penna: Subsídios para o plano de 
manejo da floresta nacional de Caxiuanã. 
 
A vegetação das comunidades da área de influência do projeto Piatam e do gasoduto 
Coari-Manaus. Pedro Ivo Soares Braga ...[et al.]. – 2. ed. rev. Manaus: Instituto I-piatam, 
2008. 
 
OLIVEIRA, DALY, VICENTINI & COHN-HSFT., Florestas sobre Areia: Campinaranas e 
Igapós. Capitulo 6. 
 
JULIÃO, Genimar Rebouças., Riqueza e abundância de insetos galhadores associados ao 
dossel de florestas de terra firme, várzea e igapó da Amazônia Central/ Genimar Rebouças 
Julião . --- Manaus : [s.n.], 2007. 144p. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
ANEXO I 
 
TABELA 1. Algumas espécies características da floresta ombrófila aberta aluvial = floresta de igapó. Fonte: Pedro 
Ivo Soares Braga ...[et al.]. – 2. ed. rev. Manaus: Instituto I-piatam, 2008. 
NOME CIENTIFICO FAMILIA NOME VULGAR 
Aldina latifolia Spruce ex Benth. Caesalpiniaceae Macucu-do-igapó 
Astrocaryum jauari Mart. Arecaceae Jauari 
Buchenavia sp. Combretaceae 
Calophyllum brasiliense Camb. Clusiaceae Jacareúba 
Campsiandra comosa Benth. var. laurifolia (Benth.) Cowan Caesalpiniaceae Acapurana 
Clusia sp Clusiaceae 
Couepia sp. Lecythidaceae 
Alchornea crassipes Solms. Pontederiaceae Mureru 
Inga sp. Mimosaceae 
Jessenia bataua (Mart.) Burret Arecaceae Patauá 
Jugastrum sp. Lecythidaceae Macacaricuia 
Leopoldinia pulchra Mart. Arecaceae Jará 
Licania macrophylla Benth. Chrysobalanaceae 
Macrolobium acaciifolium Benth. Caesalpiniaceae Arapari 
Macrolobium multijugum Benth. Caesalpiniaceae Arapari 
Mauritiamartiana Spruce Arecaceae Buriti 
Montrichardia arborescens Schott Araceae Aninga 
Nymphaea sp. Nymphaeaceae 
Pentaclethra macroloba (Willd.) O Kuntze Mimosaceae Pracaxi 
Psidium sp Myrtaceae 
Pyrenoglyphis maraja (Mart.) Burret Arecaceae Marajá 
Rapatea sp Rapateaceae 
Symphonia globulifera L. Clusiaceae 
Swartzia polyphylla DC. Caesalpiniaceae Paracutaca 
Swartzia laevicarpa Amsh. Caesalpiniaceae Saboarana 
Tachigalia paniculata Aubl Caesalpiniaceae 
Tovomita sp. Clusiaceae 
Urosphata sp Rapateaceae 
Virola carinata (Benth.) Warb. Myristicaceae Ucuúba 
 
 
 
 
14 
 
ANEXO II 
 
Tabela 2. Espécies amostradas nos levantamentos da população arbórea adulta (≥10cm DAP) e da regeneração 
natural (indivíduos acima de 1m altura e < 10cm DAP) em uma floresta de igapó de cerca de 1ha no Lago Tupé. 
Fonte: Jinny Ohana Hamaguchi .--- Manaus : [s.n.], 2009. vi, 85 f. : il. color. 
FAMILIA ESPECIES A R 
Annonaceae Duguetia surinamensis R.E.Fries x x 
 Duguetia sp. x 
 Guatteria cf alata Maas & Setten x 
Apocynaceae Anacampta rupicola (Bth.) Mgf. x 
 Malouetia furfuracea Spruce x x 
Arecaceae Astrocaryum jauari Mart. x 
 Leopoldina pulchra Mart. x 
Caryocaraceae Caryocar glabrum (Aubl.) Pers. x 
Chrysobalanaceae Couepia paraensis Benth. ex Hook x x 
 Licania apetala (E. Mey.) Fritsch. x x 
 Licania heteromorpha Benth. x x 
 Licania sp. x 
 Licania sp1 x x 
 Licania sp2 x 
Clusiaceae Calophyllum brasiliense Camb. x 
 Caraipa grandiflora Mart. x x 
Combretaceae Buchenavia sp. x x 
Euphorbiaceae Alchornea sp. x 
 Hevea spruceana (Benth.) Muller x x 
 Mabea nitida Spruce ex Benth. x x 
 Maprounea guianensis Aubl. x x 
Flacourtiaceae Casearia cf javitensis H.B.K. x 
 Casearia sp. x 
Humiriaceae Sacoglottis sp. x x 
Lauraceae Endlicheria macrophylla (Meisn.) Mez x x 
 Ocotea cymbarum H.B.K. x x 
 Ocotea sp. x 
Lecythidaceae Eschweilera albiflora (A.P. de Candolle) Sfiers x x 
 Gustavia augusta L. x 
 Lecythis sp. x x 
Leguminosae Abarema sp. x x 
Malpighiaceae Burdachia prismatocarpa Mart. x x 
Melastomataceae Miconia sp. x 
Meliaceae Trichilia sp. x 
Myristicaceae Virola elongata (Benth.) Warb. x 
Myrsinaceae Cybianthus spicatus (Kunth) G.Agostini x x 
Myrtaceae Eugenia patrisii Vahl. x 
 Eugenia sp. x 
 Eugenia sp1 x 
 Eugenia sp2 x 
 Myrcia sp. x x 
 Myrcia sp1 x 
Ochnaceae Elvasia calophylla DC. x x 
Opiliaceae Agonandra sp. x 
15 
 
Proteaceae Panopsis rubescens (Pohl) Rusby x 
Quiinaceae Quiina rhytidopus Aubl. x 
Rubiaceae Duroia velutina Hook F. ex Schum x x 
 Stachyarrhena spicata Hook F. x 
Sapindaceae Matayba sp. x 
Sapotaceae Himathanthus attenuata Benth. (Woodson) x x 
 Micropholis sp. x x 
 Pouteria elegans (A. de Candolle) Baehni x x 
 Pouteria gomphiifolia (Mart.) Radlkofer x x 
Tiliaceae Mollia cf speciosa Mart. x x 
Violaceae Rinorea sp. x 
Vochysiaceae Erisma cf calcaratum (Link.) Warm. x 
Indet Indet sp x 
A: indivíduos adultos (≥10cm DAP), B: indivíduos regenerantes (>1m altura e <10cm DAP) 
 
Nº das 
parcelas 
pH 
H2O 
M.O. 
g/Kg 
N 
g/kg 
C 
g/kg 
Ca++ 
cmolc/kg 
Mg++ 
cmolc/kg 
K+ 
cmolc/kg 
P 
mg/kg 
Fe 
mg/kg 
Zn 
mg/kg 
Mn 
mg/kg 
P2 4.13 119,42 4,91 69,27 0,032 0,132 0,243 11,96 45,0 1,10 0,20 
P5 4.23 132,30 4,85 76,74 0,040 0,090 0,180 5,27 38,0 0,60 0,00 
P10 4.11 133,73 5,36 77,57 0,032 0,123 0,201 5,56 40,5 1,30 0,30 
P14 4.08 140,84 5,37 81,70 0,047 0,111 0,185 7,32 46,0 1,20 0,30 
P19 4.17 134,44 5,47 77,98 0,042 0,099 0,219 5,10 41,0 1,30 0,10 
P23 4.21 150,17 5,58 87,11 0,055 0,103 0,201 6,89 36,0 1,40 0,40 
P27 4.12 115,56 4,95 67,03 0,062 0,144 0,260 10,30 56,5 0,80 1,00 
P31 4.04 158,90 6,18 92,17 0,057 0,119 0,174 7,09 57,5 1,20 0,30 
P36 4.13 112,67 4,94 65,36 0,050 0,123 0,160 9,94 48,5 1,20 0,40 
P40 4.19 168,05 6,67 97,48 0,070 0,128 0,157 4,60 34,5 1,20 0,20 
P44 4.08 37,56 2,44 21,79 0,095 0,086 0,096 4,14 100,0 0,70 0,00 
P48 4.06 150,95 5,89 87,56 0,040 0,123 0,211 5,50 97,5 1,90 0,60 
P53 * 37,19 2,50 21,57 0,037 0,078 0,147 3,91 145,0 0,40 0,00 
P57 4.00 96,54 3,42 56,00 0,057 0,128 0,143 6,03 124,5 1,00 0,30 
P61 4.33 214,51 7,93 124,43 0,097 0,103 0,151 3,11 27,0 1,60 0,90 
P64 3.98 32,50 2,12 18,85 0,040 0,062 0,106 3,74 203,0 0,70 0,00 
P68 4.04 88,12 4,37 51,11 0,065 0,140 0,175 5,93 109,0 1,20 0,90 
P73 4.06 22,17 1,50 12,86 0,072 0,078 0,075 2,88 359,0 0,70 0,00 
P77 4.04 33,95 2,09 19,69 0,032 0,062 0,077 5,63 231,0 0,80 0,00 
P81 3.97 97,51 4,48 56,56 0,067 0,119 0,143 5,60 137,5 1,10 0,50 
P84 3.87 37,56 1,80 21,79 0,082 0,144 0,066 2,29 315,0 0,80 0,00 
P88 4.09 28,60 2,09 16,59 0,025 0,062 0,077 3,28 193,0 0,50 0,00 
P92 3.95 65,79 3,26 38,16 0,050 0,066 0,106 3,78 177,5 1,10 0,10 
P96 * 27,17 1,79 15,76 0,055 0,074 0,070 3,31 408,0 0,20 0,00 
P99 3.89 41,89 2,46 24,30 0,050 0,086 0,097 9,57 180,0 0,90 0,00 
média 4.43 95,12 4,10 55,18 0,05 0,10 0,15 5,71 130,02 1,00 0,26 
ANEXO III 
Tabela 3. Composição química das 25 parcelas amostradas (0-15 m de profundidade) na floresta de igapó do Lago Tupé. Jinny Ohana 
Hamaguchi .--- Manaus : [s.n.], 2009. vi, 85 f. : il. colo 
* dados não disponíveis 
 
 
ANEXO IV 
 
Tabela 4. Estudos florísticos realizados em vegetação de igapó na Amazônia Brasileira. Jinny Ohana Hamaguchi .--- Manaus : [s.n.], 2009. vi, 85 f. : il. Color. 
Estudo Local Solo Área (há) DAP (cm) Especies Individuos 
Rodrigues (1961) Rio Negro Argiloso 0.035 1 51 254 
Kell & Prance (1979) arenoso 0.22 1 54 1028 
Revilla (1981) Rio Negro argiloso 1.22 1 111 5433 
Vicentini et al. (1995) Rio Negro arenoso 0.18 5 69 230 
Piedade (1985) Rio Negro - Anavilhanas argiloso 0.5 10 64 460 
Parolin et al. (2003) Rio Negro - Anavilhanas argiloso 0.15 * 51 267 
Worbes (1986) Rio TarumãMirim argiloso 0.21 5 61 * 
Ferreira (1991) Rio TarumãMirim argiloso 1.44 1 165 5353 
Parolin et al. (2004) Rio TarumãMirim * 0.1 3.2 44 162 
Ayres (1995) Rio Japurá argiloso 1 10 119 546 
Ferreira (1997) Rio Jaú 
 margem lago arenoso/argiloso 1 10 44 777 
 margem rio argiloso 1 10 103 941 
 margem igarapé argiloso 1 10 137 1111 
Ferreira (dados não publicados) Rio Jau arenoso/pedregoso 0.22 5 32 468 
Ferreira (1998) Rio Tapajós arenoso 
 hectare 1 1 5 21 252 
 hectare 2 1 5 30 271 
 hectare 3 1 5 24 489 
Campbel et al. (1986) Rio Xin arenoso 0.5 10 40 220 
Fonte: modificado de Ferreira (1998) / *dados não disponíveis.