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MOBÍLIA Proporcional à criança para corresponder à sua necessidade de agir inteligentemente. DISCIPLINA Deve ser ativa, o indivíduo que é senhor de si mesmo e, em decorrência, pode dispor de si ou seguir uma regra de vida. DISCIPLINADO – é o indivíduo que se conserva artificialmente silencioso e imóvel como um paralítico (indivíduos assim são aniquilados, não disciplinados). Preparador de laboratório, observador, mais paciente que ativo. PROFESSOR INDEPENDÊNCIA (auto-suficientes) Ajudá-las a aprender, a caminhar, correr, subir e descer escadas, apanhar objetos do chão, vestir-se, etc. Quem é servido em vez de ser ajudado está em certo sentido lesado em sua independência. Ensinar uma criança a comer, lavar-se, vestir-se, é um trabalho muito mais longo e difícil que requer mais paciência do que alimentá-la, lavá-la e vestí-la. Inoculamos assim, na alma infantil, o pecado da preguiça. “ A tirania desenvolve-se paralelamente com a preguiça, acompanhada por sua vez, pela cólera” LIBERDADE “Libertar” a criança de obstáculos que impedem o desenvolvimento normal de sua vida. Criar um ambiente adequado onde a criança possa agir tendo em vista uma série de interessantes objetivos, canalizando, assim, dentro da ordem, sua irreprimível atividade, para o próprio aperfeiçoamento. A NATUREZA NA EDUCAÇÃO Fixar a atenção da criança sobre objetos particulares que tanto a impressionarão quanto puderem, desenvolver-lhe o amor, respeito pela natureza, despertando nela sentimentos latentes ou perdidos. A amor à natureza, como qualquer outro hábito, cresce e se aperfeiçoa com o exercício e não infundido automaticamente mediante uma exortação (animação) feita à criança inerte e presa na sala. HOMEM VERMELHO: vida vegetativa – sistema que servem para recolher do seu ambiente as matérias necessárias à renovação: alimento e oxigênio e os órgãos destinados a expelir os detritos (contato com a matéria. HOMEM BRANCO: órgãos dos sentidos, recolher do seu meio destinado à atividade motriz (contato com o espírito) O trabalho é um exercício muscular a serviço da personalidade, e quando o homem trabalha, indiretamente ajuda o sangue a circular e os pulmões a respirar. A EDUCAÇÃO DOS MOVIMENTOS O movimento é essencial à vida; nenhum método de educação poderá ser esquematizado como sendo moderador, ou pior ainda, inibidor do movimento, mas tão somente como um auxilio ao bom emprego das energias e ao seu desenvolvimento normal. Enrolar tapete, engraxar sapatos, lavar, abrir e fechar, etc., são tão exercícios que põem o corpo todo em movimento, que estão aperfeiçoando-se sempre. A criança aprende a mover os braços e as mãos fortalecendo seus músculos bem mais que os rotineiros exercícios de ginástica. Os exercícios da vida prática não devem ser considerados uma simples ginástica muscular; eles constituem um trabalho dos músculos que se ativam sem cansar-se, porque o interesse e a variedade reanimam-nos cada movimento. O TRABALHO - A criança ao chegar à escola pratica tarefas difíceis e interessantes: pôr a mesa, servir alimentos, espanar, lavar pratos, etc. A VOZ DAS COISAS – professora orienta, mas são as coisas que chamam as crianças conforme idade. A luz, as cores, a beleza, o colorido, etc... OS TALENTOS – A mestra deve sempre abrir os caminhos, jamais desencorajar, por menores que sejam. EXATIDÃO – a criança revela que gosta não somente de fazer uma atividade. Mas e dar toda a atenção dos mínios detalhes, obtendo assim a exatidão na execução do trabalho. A IDADE SENSÍVEL – período preciso e passageiro das construções definidas ávidas que de elucidar seus conhecimentos com sua necessidade de movimentar-se. Mas tarde de movimentos, declina a é época construtiva das coordenações musculares. A ANÁLISE DOS MOVIMENTOS Todo ato complexo se decompõe em tempos sucessivos bem distintos, um tempo segue o outro. Procurar reconhecer e executar exata e separadamente esses gestos sucessivos. ECONOMIA DE MOVIMENTOS Um movimento será tanto mais ridículo e vulgar quanto mais sobrecarregado de gestos inúteis, ex: descer do carro, abrir a porta antes que o carro tenha parado e por o pé para descer, faz alguns atos inúteis porque é ainda impossível descer. CONTROLE DOS MOVIMENTOS Linha, telaios, abrir e fechar porta, gavetas, livros, sentar-se, etc... O segredo esá na repetição e combinação dos exercícios com as funções costumeiras da vida de cada dia. O ENQUADRAMENTO DOS EXERCÍCIOS NA VIDA PRÁTICA Convém distinguir entre ensinar como se deve agir, deixando as crianças livres nas aplicações práticas, nossa educação não se destina a impedir, mas a intensificar e aperfeiçoar várias circunstancias da vida. A LIVRE ESCOLHA A mestra “apresenta” ora uma, ora outra peça do material em conformidade com a idade da criança e à progressão sistemática dos objetos. Tal apresentação, não passa de um simples ato inicial destinado à propiciar uma primeira experiência, em conformidade com a preferência de cada criança que irá escolher espontaneamente um ou outro material já conhecido anteriormente apresentado pela mestra. A atividade da criança há de ser impulsionada pelo seu próprio eu e não pela vontade da mestra. GENERALIDADES SOBRE EDUCAÇÃO SENSORIAL Auxiliar o desenvolvimento natural do indivíduo e prepara-lo para o seu ambiente. Obs: O desenvolvimento dos sentidos antecede o das atividades superiores intelectuais, e a criança dos 3 aos 6 anos de idade acha-se num período de formação, precisamente nesta idade deve-se auxiliar o desenvolvimento dos sentidos mediante uma gradação e adaptação dos estímulos. PRINCÍPIOS DA EDUCAÇÃO NA 1ª INFÂNCIA Auxiliar o desenvolvimento natural da criança. Adaptação do indivíduo no seu meio. Aperfeiçoar os sentidos e torná-los úteis e aptos a todas as modalidades de cultura. MATERIAL Construído por uma série de objetos agrupados segundo uma determinada qualidade dos corpos, como: cor, forma, dimensão, som, grau de aspereza, peso, temperatura, etc... Cada conjunto causa a mesma qualidade mas num grau diferente, uma graduação em que a diferença varia regularmente e quando possível deverá ser estabelecida matematicamente. QUALIDADES FUNDAMENTAIS COMUNS A TUDO O QUE RODEIA A CRIANÇA NO AMBIENTE EDUCATIVO 1 – Isolamento de uma qualidade no material 2 – O controle do erro – leva a criança a acompanhar seus exercícios com certa dose de raciocínio. 3 – A estética – materiais atraentes, assim como tudo o que rodeia deverá ser planejado e organizado para atraí-las. 4 – Possibilidade de auto-atividade – necessário que se preste a atividade motriz da criança; que haja objetos a deslocar, movimento das mãos no fazer e desfazer, pegar e recolocar. Os vários movimentos manterá a criança distraída e tomará a ocupação prolongada e interessante. 5 – Limites – o material deverá ser limitado em quantidades, porque a criança necessita por ordem no caos formado em sua consciência pela multidão de sensações que o mundo lhe oferece. É um explorador ousado de um mundo em que tudo é novidade e o que mais necessita é de um caminho, ou seja, algo limitado e direto para conduzi-lo a um fim trazendo clarividência a seu espírito de explorador. Como a professora deve dar sua lição? - Palavras não são sempre necessárias: não raro, será suficiente demonstrar simplesmente como se manuseia um objeto, a característica dessas lições deverá ser a brevidade, sua perfeição reside na procura do mínimo necessário e suficiente. A professora não deve se perder em palavrório inútil, e cada palavra deve exprimir a verdade, uma lição breve e simples atrai a atenção das crianças e atinge seu objetivo (pág 110) “A professora tem que ter cuidado com sua maneira de falar porque ou ela conquista com a voz ou intimida” COMO INICIAR AS CRIANÇAS NOS EXERCÍCIOS COM O MATERIAL SENSORIAL Começar com pouquíssimos objetos em mútuo contraste para que, em seguida, estabeleça uma graduação entre objetos cuja diferença torna-se gradativamente mais sutil e imperceptível.1ª placa do áspero ao liso para depois vir as caixas, etc... TÉCNICA DA INICIAÇÃO AOS EXERCÍCIOS TÁTEIS Exercícios limitam-se à ponta dos dedos, especialmente da mão direita (pág 116) Bacia com água morna Fechar os olhos enquanto toca um objeto Talco FUNDAMENTO A educação é compartilhada pela professora e pelo ambiente. Materiais coexistem com a mestra e cooperam para a educação da criança. CONHECIMENTO DO MATERIAL Não deve contentar-se com ver, estudar pelos livros ou aprender seguindo uma exposição teórica. É preciso que manipule durante longo tempo, que procure constatar, experimentar as dificuldades ou o interesse que cada objeto apresenta. CUIDADO PELA ORDEM A professora, além de colocar a criança em contato com o material, deverá interessá-la pela ordem do ambiente que a envolve. Ex: cada objeto deve ter seu lugar determinado. VIGILÂNCIA Quando a criança estiver em seu trabalho não pode vir a ser perturbada por outra. AS LIÇÕES Dois períodos: Em um a professora coloca a criança em contato com o material, inicia o seu manuseio. Em outro, intervirá para orientar a criança que já consegue distinguir as diferenças. A técnica das lições Primeiro período: as iniciações Isolamento do objeto - necessário que a atenção seja isolada. Tudo que não constitui o objeto da lição. Exatidão na execução – a professora deve apresentar o material à criança para lhe indicar como deverá ser manipulado. Chamar a atenção – sempre que for apresentar um material a criança, a professora deverá fazê-lo com vivacidade. Impedir o uso errado - se a criança está manipulando o material de modo impróprio para o seu desenvolvimento a professora deverá intervir com o máximo de cuidado. Respeito pela atividade útil – a criança está manipulando o material de maneira diferente imaginada por ela. Revelando um trabalho criativo deverá fazer livremente suas experiências pelo tempo que quiser. Concluir bem o exercício – se a criança tiver espontaneamente deixado o seu exercício e o seu entusiasmo e parecer ter sido satisfeito. Segundo período: as lições A professora intervem para determinar melhor as ideias da criança usando uma nomenclatura exata, tendo cuidado em empregar palavras exatamente apropriadas às ideias do material. A lição dos três tempos PRIMEIRO TEMPO SEGUNDO TEMPO TERCEIRO TEMPO Exatidão da palavra e associação da percepção sensorial com o nome (afirma / é) Distinção do objeto correspondente ao nome (interrogar/ qual é?) Verificação rápida das lições feitas precedentemente (verificar/ como é isto? Ou o que é isto?)
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