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Hanseníase

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UNIVERSIDADE VILA VELHA
CURSO DE MEDICINA
PROGRAMA DE INTERAÇÃO SERVIÇO, ENSINO E COMUNIDADE I
NOME: Camila Silva de Jesus
PRECEPTOR: Prof. Lícia Baião Duemke
USF: Ulisses Guimarães
DATA: 20/08/2015
A hanseníase é uma Doença de Notificação Compulsória que afeta milhares de cidadãos brasileiros. Ainda que com resoluções eficazes a incidência da doença tenha diminuído, é necessário que haja medidas mais efetivas em seu controle, visto que o Brasil ainda é um dos países mais acometidos pela enfermidade. 
Trata-se de uma patologia infectocontagiosa crônica causada pelo Mycobacterium leprae (mais conhecido por Bacilo de Hansen) e, se precocemente detectada, curável sem a existência de sequelas. O agente etiológico infecta as células de schwann da bainha mielínica dos nervos periféricos, ocasionando, assim, primeiramente problemas dermatoneurológicos e posteriormente levando a sequelas neurológicas, oftalmológicas e motoras. É uma enfermidade negligenciada e diretamente ligada às condições sociais do enfermo, visto que sua transmissão se dá pelo contato prolongado com pessoas acometidas e está diretamente ligada à pobreza, às condições sanitárias e às habitações. A aglomeração de pessoas é outro fator importante para sua disseminação, já que aumenta a possibilidade do contágio por vias aéreas.
A maior parte da população é vacinada contra a hanseníase, o que faz com que a imunidade da população sobre essa doença seja relativamente alta. Tal fato explica o porquê de a enfermidade ser transmitida pela exposição prolongada: já que a maioria dos indivíduos possui alguma resistência imunológica, mesmo que a bactéria entre em contato com um organismo frequentemente, ela apenas o infectará após um contato permanente, vencendo-o “pelo cansaço”.
A hanseníase manifesta-se principalmente através de sinais e sintomas dermatoneurológicos, como lesões que afetam os nervos periféricos e a pele, estas últimas caracterizadas por insensibilidade, sendo manchas esbranquiçadas ou avermelhadas, lesões em placa, infiltrações e nódulos.. As lesões dermatológicas podem manifestar-se em qualquer parte do corpo, mas acometem principalmente face, orelhas, nádegas, braços, pernas e costas. As lesões nos nervos – que são causadas pelo bacilo e pela consequente defesa imunológica do organismo – podem causar dor, edema, espessamento desses nervos e, em casos não detectados precocemente, sensibilidade e perda de força dos músculos inervados por tais nervos, levando a incapacidades físicas. 
A hanseníase configura-se como uma doença de fácil diagnóstico, sendo ele atingido pela anamnese, pelo exame clínico e por exames complementares de fácil acesso, como a baciloscopia, que é específica. A necessidade de diagnóstico precoce explica a necessidade de programas de atenção primária, secundaria e terciaria, primordialmente. Tais programas são executados majoritariamente por pontos públicos de saúde básica. 
O tratamento para hanseníase é eficaz, sendo ele distribuído pela rede pública. O correto uso da medicação é essencial para o controle da endemia e para a manutenção de uma saúde pública de qualidade, visto que quando bem administrado e corretamente utilizado, quebra o ciclo de transmissão da doença. Em adição, a profilaxia é completada pela correta vacinação infantil. É ainda válido salientar que nem sempre a cura fisiológica da doença é suficiente para o estabelecimento da saúde do paciente, visto que a hanseníase é uma enfermidade estigmatizada e em diversas ocasiões a patologia desencadeia problemas físicos no individuo, que culminam com restrições psicológicas. Dessa forma, é mister que o paciente seja completamente reinserido no convívio social, mesmo que para isso seja necessário acompanhamento psicológico.
Referências
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de políticas de saúde. Departamento de atenção básica. Guia para o controle da hanseníase. Brasília, DF: 2002.
REVISTA DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE MEDICINA TROPICAL. Artigo de atualização. Hanseníase no Brasil. Leprozy in Brazil. Marcelo Grossi Araújo. 2003.
REVISTA BRASILEIRA DE ENFERMAGEM. Pesquisa. Fatores de risco para a transmissão da hanseníase. Vitória, ES: 2008.

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