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Bio de Crisanto -vida e poema- Saudade Sertaneja

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01/04/2022 10:45 Poetas Encantadores: Bio de Crisanto - Saudade Sertaneja
poetasencantadores.blogspot.com/2010/02/bio-de-crisanto-saudade-sertaneja.html 1/3
S E X TA - F E I R A , 1 9 D E F E V E R E I R O D E 2 0 1 0
Bio de Crisanto - Saudade Sertaneja
No livro do poeta egipciense Marcos Passos, "Antologia Poética -
Retratos do Sertão", encontramos essa pequena biografia de Bio de
Crisanto, escrita por seu sobrinho, Geraldo Palmeira:
"Severino Cordeiro de Sousa (Bio de Crisanto), nasceu aos 09 de maio
de 1929, no povoado São Vicente, na época município de São José do
Egito. Filho de Crisântemo Olegário de Sousa e Blandina Maciel de
Sousa, nos seus primeiros anos de vida foi residir em Sumé – PB,
retornando à Capital da Poesia já adolescente. Aos oito anos de
idade, escreveu sua primeira poesia, “Vida na Roça”. A partir daí a
arte do versejar tomou conta da sua vida e, junto ao irmão Macilon
Olegário de Sousa, foi cantador de viola durante três anos.
Na década de 50, logo após o falecimento de seu genitor, Bio de
Crisanto mudou-se para Jacobina – BA, onde exerceu outras
atividades profissionais. Naquela cidade, em novembro de 1959, por
excesso de trabalho, sofreu um esgotamento físico e foi
hospitalizado. Uma enfermeira sem conhecimentos anatômicos
aplicou-lhe uma injeção no glúteo onde a agulha atingiu a cartilagem
do tendão de locomoção. A partir dessa data o poeta não andaria
mais.
Q U E M S O U E U
RAIMUNDO CAJAZEIRA
PAJEÚ, NORDESTE
Peregrino no mundo das poesias, vivo
na andança de vir e ir, e tornar,
sempre tornar, pela merma estrada
em que um cego com olhos inúteis
entoa versos acompanhados por sua
viola. No pano de fundo da minha
vida, além das cores, do explendor
das cores do Sertão, surgem pessoas
simples, e toda sua gente, a minha
gente, a gente do Sertão. Cada uma
com seu modo singular de se contar,
ou então, um novo modo, diverso, de
calar-se. Só me importa o que aqui
importar! Que o poema surpreenda,
e sempre surpreenda, e sempre nos
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01/04/2022 10:45 Poetas Encantadores: Bio de Crisanto - Saudade Sertaneja
poetasencantadores.blogspot.com/2010/02/bio-de-crisanto-saudade-sertaneja.html 2/3
No início da década de 60, Bio retorna a São José do Egito e começa
sua luta para adequar-se a doença que o acometeu. Depois de morar
alguns anos com a família, decide residir sozinho.
Grandes companheiros de suas horas de solidão foram amigos,
familiares e os livros. Foi principalmente na dedicação à leitura que
Bio de Crisanto superou suas mágoas e, na poesia, expôs toda sua
sentimentalidade, valorização ao regionalismo e teorias sobre a vida.
A arte do pensar foi a grande responsável pelo título que recebeu:
“Poeta Filósofo”.
Na década de 60, em períodos tensos de nossa história, Bio escreveu
“Fase Semi-Feudal”, poema consagrado que lhe rendeu elogios além
fronteiras pernambucanas. Por se tratar de versos hostis ao regime
militar, nenhuma das suas 14 estrofes foi publicada no seu livro.
Nas horas de conversa, quase sempre debruçado na janela de sua
residência, localizada na Rua do Poeta, denominação escolhida em
sua homenagem, Bio atendia inúmeros estudantes em busca de
conhecimentos, levantava importantes assuntos ao lado de amigos e
sempre que outro poeta o visitava, a glosa tomava conta do
ambiente.
[...] 
Bio de Crisanto faleceu com 71 anos, aos 22 de agosto de 2000. Seus
poemas inéditos estão sendo catalogados e serão inseridos na
publicação de seu segundo livro “Meu Madrigal”, tíulo escolhido pelo
poeta antes de sua morte. O novo livro trará, também, todo o
conteúdo da primeira publicação."
Dum sopro de nostalgia vindo dos limites da serra da Borborema, nos
chega o soneto "Saudade Sertaneja":
SAUDADE SERTANEJA
A saudade que mais maltrata a gente,
Quando a gente se acha em terra alheia,
É ouvir um trovão para o nascente
Numa tarde de março, às quatro e meia.
A zoada do rio, a orla da corrente
Fazer lindos castelos de areia;
Uma nuvem cobrindo o sol poente
E uma serra pra cá da lua cheia.
Um vaqueiro aboiando sem maldade,
Com saudade do gado, e com saudade,
roube um sorriso, um risinho calado
de sastifação, no dizer de Jessier.
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▼ 2010 (11)
► Abril (2)
▼ Fevereiro (9)
Bio de Crisanto - Saudade
Sertaneja
Diniz Vitorino - Quatro Sonetos
(Transformação, A ...
José Adalberto Ferreira –
Estímulo e Pra que tanta...
Raimundo Caetano - Vou no
trem da saudade todo dia
João Paraibano – Vou no trem
da saudade todo dia
Dedé Monteiro - Quem me
dera, Tabira
Zé Moura - Dores e consolação
Dimas Bibiu – Saudação a um
avarento
Cancão - Inauguração
Crepuscular
M A R C A D O R E S
Bio de Crisanto (1)
Cancão (João Batista de Siqueira) (1)
Dedé Monteiro (1)
Dimas Bibiu (1)
Diniz Vitorino (1)
Genildo Santana (1)
João Paraibano (2)
José Adalberto Ferreira (1)
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Raimundo Caetano (1)
Zé Moura (1)
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O gado urrando ao eco do vaqueiro;
O cantar estridente da seriema
E o cachimbo da velha Borborema
Nas manhãs invernosas de janeiro.
Bio de Crisanto
POSTADO POR RAIMUNDO CAJAZEIRA ÀS 21:29 
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