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Emergencias Clinicas

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SISTEMA DE ENSINO
PRIMEIROS 
SOCORROS
Emergências Clínicas
Livro Eletrônico
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Emergências Clínicas
PRIMEIROS SOCORROS
Lincoln Vitor Santos
Sumário
Emergências Clínicas ..................................................................................................................... 3
1. Primeiros Socorros nas Emergências Clínicas ...................................................................... 3
2. Crise Asmática ............................................................................................................................. 3
3. Acidente Vascular Cerebral (AVC) ou Encefálico (AVE) ou Derrame ................................ 8
4. Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) ou Ataque Cardíaco ou Angina ..................................12
5. Asfixia ou Sufocamento............................................................................................................ 17
6. Anafilaxia .................................................................................................................................... 26
7. Hipoglicemia ............................................................................................................................... 30
8. Crise Convulsiva ........................................................................................................................ 33
9. Desmaio ou Síncope ................................................................................................................. 37
Mapa Mental .................................................................................................................................. 41
Questões de Concurso .................................................................................................................42
Gabarito ........................................................................................................................................... 53
Referências ..................................................................................................................................... 54
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Emergências Clínicas
PRIMEIROS SOCORROS
Lincoln Vitor Santos
EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
1. Primeiros socorros nas emergências clínicas
Chegou a hora de discutirmos o reconhecimento e o papel do socorrista diante das emer-
gências clínicas.
A divisão em emergências clínicas, traumáticas e ambientais é recomendada pela AHA.
Quando falamos em emergências clínicas, estamos nos referindo aos problemas de saúde 
que ocorrem por conta de doenças preexistentes, geralmente crônicas, que evoluíram para 
uma situação que exigem atendimento imediato. Não envolve os traumas e os problemas rela-
cionados ao ambiente, que veremos nas próximas aulas.
As emergências clínicas de que trataremos nessa aula são:
• crise asmática;
• acidente vascular cerebral;
• infarto agudo do miocárdio;
• asfixia;
• anafilaxia;
• hipoglicemia;
• crise convulsiva;
• desmaio e síncope.
Em cada uma das situações acima, o socorrista precisa ficar atento aos sinais específicos 
que possam identificá-las e às ações prioritárias sugeridas pela AHA.
Então, bons estudos!
2. crise asmática
A asma é uma doença pulmonar crônica tratável, ou seja, não tem cura, mas tem possibili-
dade de ser tratada a ponto de dar ao paciente qualidade de vida. A maioria das pessoas com 
asma desenvolvem os primeiros sintomas ainda na infância, mas há também casos em ado-
lescentes e adultos. Boa parte das pessoas com asma adquiriram essa condição por fatores 
genéticos, havendo casos familiares próximos (pais e irmãos). Outra parte pode adquirir por 
doenças pulmonares, como pneumonia, ou exposição a substâncias maléficas e poluentes.
Quando o paciente com asma tem uma crise grave de falta de ar, chamamos de CRISE 
ASMÁTICA. Diversos fatores podem desencadear uma crise asmática (gatilhos), sendo os 
principais:
• Atividade física;
• Contato com substâncias que causam alergia (alimentos, plantas, poeira, fumaça);
• Situações que causam ansiedade e forte emoção.
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PRIMEIROS SOCORROS
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Esses fatores variam muito de pessoa para pessoa. A crise ocorre por dois mecanismos 
principais: inflamação e fechamento (broncoespasmo) das vias aéreas pulmonares (brôn-
quios). Essa situação pode ser fatal!
Os sinais que podem ajudar o socorrista a identificar a crise asmática são: tosse, sibilância, 
dispneia e dor no peito. A tosse é o principal. Sibilância também é conhecida como CHIADO NO 
PEITO, algumas vezes só detectada pelo médico ou enfermeiro com o estetoscópio. Embora 
muito comum, não é obrigatória. A dispneia é a falta de ar ou a dificuldade para respirar.
Vamos ver uma questão sobre o assunto!
001. (FCM/PREFEITURA DE TABULEIRO-MG/TÉCNICO EM ENFERMAGEM/2019) Informe 
se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma sobre a asma.
( ) O estado mental confuso é um achado que caracteriza a asma muito grave.
( ) O principal fator responsável pela asma é a infecção bacteriana de repetição.
( ) Os principais indicativos da asma são a dispneia, a tosse crônica, a sibilância e o descon-
forto torácico.
( ) A retração acentuada ou em declínio da musculatura acessória é um achado que caracteriza 
a asma leve.
( ) Os principais fatores responsáveis pelo desencadeamento de uma crise asmática são co-
nhecidos como “gatilhos”.
De acordo com as afirmações, a sequência correta é
a) (V), (F), (V), (F), (V).
b) (V), (V), (V), (F), (F).
c) (F), (F), (F), (V), (F).
d) (F), (V), (V), (V), (V).
Temos 5 afirmativas para analisar.
A primeira está verdadeira, pois o paciente com crise asmática apresenta dificuldade para res-
pirar, reduzindo a quantidade de oxigênio no sangue e no cérebro, podendo ficar confuso ou 
ansioso ou sonolento.
A segunda afirmativa está falsa, porque a asma é doença crônica, agravada por fatores como 
ansiedade, esforço físico e contato com substâncias que causam alergia.
A terceira está verdadeira, conforme já dissemos mais acima sobre as manifestações da doença.
A quarta está falsa. A pessoa que respira normalmente não usa os músculos acessórios, pois 
a respiração é um processo natural. Quando temos um problema respiratório grave, como a 
crise asmática, o corpo se esforça mais para respirar e acaba usando esses músculos. É por 
isso que algumas vezes conseguimos ver as costelas quando a pessoa respira e o nariz fica 
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mais dilatado. Portanto, usar os músculos acessórios para respirar é um sinal de asma mode-
rada ou grave.
A quinta é verdadeira. Os gatilhos são exatamente os fatores que dissemos acima.
Letra a.
Os medicamentos utilizados pelo paciente incluem os que reduzem a inflamação (corticoi-
des) e os que abrem as via aéreas pulmonares (broncodilatadores).
Na Fig. 1, conseguimos ver os mecanismos da crise asmática:
Figura 1 – Esquematização das vias pulmonaresnormais, quando a pessoa consegue respirar sem dificuldade, e 
com broncoespasmo (contraído) e inflamação, como ocorre na crise asmática.
Fonte: Google Imagens
E diante de uma crise asmática, o que o socorrista deve fazer? Vejamos as recomendações 
da AHA 2020:
• Pergunte se a pessoa precisa de ajuda, se já aconteceu antes ou é a primeira vez;
• Leve-a a local seguro e ventilado. Isso vai ajudá-la a respirar melhor;
• Pergunte se tem asma ou outra doença pulmonar, se ela sabe se é uma crise asmática 
e se tem o medicamento de uso contínuo;
• Administre o medicamento se souber;
• Acionar o serviço de emergência ou levar a vítima para um hospital.
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Nos primeiros socorros, o melhor medicamento é o BRONCODILATADOR, que vem nas 
famosas “bombinhas” ou inaladores (Fig. 2)! O socorrista pode aplicá-lo ou ajudar a pessoa 
a fazê-lo. Esse medicamento já deve ter sido devidamente prescrito pelo médico do paciente, 
pois há muitas marcas e dosagens diferentes. O socorrista não está orientado a escolher ou 
indicar nenhum medicamento.
Figura 2 – Bombinha de broncodilatador usada no tratamento da asma e da crise asmática.
Fonte: Google Imagens
Para administrar, o socorrista pode usar a bombinha sozinha (Fig. 3) ou acoplar num es-
paçador (Fig. 4). Se for usado sozinho, não deve ser introduzido na boca, mas colocado a uma 
distância de 2 a 3 dedos, disparado e a pessoa puxa a fumaça expelida (Fig. 5).
Figura 3 – Paciente utilizando uma bombinha
Fonte: Google Imagens
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Figura 4 – Bombinha sendo acoplada a um espaçador
Fonte: Google Imagens
Figura 5 – Administração de broncodilatador pela bombinha
Fonte: Google Imagens
O espaçador é mais eficaz e deve ser usado se disponível. Nesse caso, o paciente coloca o 
bocal da bombinha na boca, dispara a bombinha e aspira a fumaça (Fig. 6).
Figura 6 – Paciente utilizando bombinha com espaçador
Fonte: Google Imagens
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002. (ADM&TEC/PREFEITURA DE PALMEIRINA-PE/TÉCNICO DE ENFERMAGEM/2019) 
Leia as afirmativas a seguir:
I – A Asma é uma condição multifatorial determinada pela interação de fatores genéticos e 
ambientais.
II – A asma é uma doença do sistema nervoso, apenas.
III – A Asma é uma doença inflamatória crônica, caracterizada por hiperresponsividade das 
vias aéreas inferiores e por limitação variável ao fluxo aéreo, não reversível, seja espontanea-
mente ou mesmo por tratamento.
Marque a alternativa CORRETA:
a) Nenhuma afirmativa está correta.
b) Apenas uma afirmativa está correta.
c) Apenas duas afirmativas estão corretas.
d) Todas as afirmativas estão corretas.
Das 3 afirmativas, apenas a I está correta, por isso, letra B.
O erro da II reside no fato de que a asma não é uma doença do sistema nervoso, mas do siste-
ma respiratório.
A III está errada, pois a asma é sim reversível na maioria das vezes, espontaneamente ou por 
medicamentos.
Letra b.
3. acidente Vascular cerebral (aVc) ou encefálico (aVe) ou derrame
O AVC ou derrame é uma das doenças mais graves que podem acometer uma pessoa. 
Parte das vítimas morre por causa do AVC e outra parte fica com sequelas permanentes, como 
paralisia e perda de outras funções. Contudo, é possível agir para fazer o tratamento mais rá-
pido possível e diminuir as consequências mais graves. Os mais afetados são os idosos e as 
pessoas com hipertensão arterial e diabetes não controlados.
O AVC ocorre quando um vaso sanguíneo do cérebro é obstruído por um coágulo (trombo) 
ou se rompe e causa sangramento. Em ambos os casos, as células do cérebro morrem por fal-
ta de oxigênio. O primeiro tipo é chamado de AVC ISQUÊMICO (AVCI) e é o mais comum (Fig. 
7), em 85% dos casos. O segundo é chamado de AVC HEMORRÁGICO (AVCH), acontecendo 
em 15% dos casos.
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Figura 7 – Tipos de AVC
Fonte: Google Imagens
Alguns fatores contribuem para melhorar as chances de sobrevivência e redução dos danos:
• Prevenção: quando a pessoa sabe que tem uma doença crônica como hipertensão arte-
rial e diabetes, deve ser devidamente acompanhada por profissional de saúde a fim de 
que consiga realizar seu tratamento e evite complicações, como o AVC;
• Reconhecimento precoce: tanto a própria vítima como o socorrista ou alguém próximo 
precisam saber os sinais de AVC;
• Tratamento em tempo oportuno: para ser tratado, precisa que alguém suspeite do pro-
blema e acione a emergência o quanto antes. No hospital, o paciente precisará passar 
por exames (tomografia ou ressonância) para saber se realmente é um AVC e qual tipo. 
Sem os exames, é impossível saber o diagnóstico correto. O tratamento só será feito 
após o diagnóstico. O tratamento do AVCI é com o uso de medicamentos que dissolvem 
o coágulo (fibrinolíticos). O tratamento do AVCH é cirúrgico;
• Reabilitação: as vítimas que ficam com sequelas, precisarão de acompanhamento de 
uma equipe multiprofissional para que consiga reduzir as deficiências e voltar ao estado 
de antes do AVC.
Para agir com rapidez, o socorrista precisa identificar o AVC. A AHA recomenda o uso de 
2 escalas: Cincinnati e FAST. O socorrista pode optar por qualquer uma delas, que na verdade 
são a mesma coisa apenas descritas em palavras diferentes.
Ambas as escalas permitem que o socorrista faça uma avaliação simples da vítima e per-
ceba alterações. Qualquer alteração presente indica a possibilidade de ser um AVC.
Na escala de Cincinnati (Fig. 8), o socorrista avalia se a vítima consegue sorrir, levantar os 
braços e mantê-los levantados e falar uma frase simples. Qualquer resposta “NÃO” é indicativa 
do AVC (Fig. 9).
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Figura 8 – Escala de Cincinnati para suspeita de AVC
Fonte: SBC, 2017
Figura 9 – Aplicação da Escala de Cincinnati
Fonte: SBC, 2017
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Na escala FAST (Fig. 10), cada letra representa uma etapa da avaliação, mas que na ver-
dade é igual à Cincinnati, acrescentando-se a etapa “T” que lembra ao socorrista que precisa 
acionar a emergência.
Figura 10 – Escala FAST para suspeita de AVC
Fonte: AHA, 2020
003. (FCC/ALE/AGENTE DE POLÍCIA LEGISLATIVO/2016) As Diretrizes da AHA para RCP e 
ACE, de 2015, recomendam o uso de sistemas de avaliação para o reconhecimento do aciden-
te vascular cerebral − AVC. Um deles, a Escala Pré-Hospitalar de AVC, de Cincinati, considera 
os seguintes parâmetros para avaliação:
a) queda facial, debilidade dos braços e fala anormal.
b) alteração de marcha, confusão mental e fala pastosa.
c) desvio do sorriso, preensão manual e dilatação da pupila.
d) diminuição no tamanho da pupila bilateralmente, queda facial e debilidade nos braços.
e) queixa de tontura, facilidade em cair e aumento no tamanho da pupila.
Nessa questão, supertranquila, vemos exatamente que a banca só quis saber os itens que são 
avaliados pela Escala de Cincinnati.
A letra A é a resposta correta. Peço atenção ao termo usado: “debilidade” que é sinônimo de 
fraqueza ou perda de força.
Letra a.
004. (UFG/ENFERMEIRO PLANTONISTA/2016) Para atuar corretamente na aplicação dos 
primeiros socorros, enfermeiros e leigos devem ter conhecimento de que a
a) manobra de Heimlich (impulso abdominal) eleva o diafragma e aumenta a pressão na via 
aérea e permite expelir água da via aérea.
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b) síncope é a perda transitória da consciência, acompanhada do aumento do tônus postural, 
causada por excesso de fluxo cerebral.
c) escala de Glasgow permite identificar a ocorrência de acidente vascular encefálico por meio 
de três achados: abertura ocular espontânea, resposta motora e anormalidades da fala.
d) escala de Cincinnatti permite identificar a ocorrência de acidente vascular encefálico por 
meio de três achados: desvio de rima labial, fraqueza em um dos membros superiores e anor-
malidades da fala.
O foco nessa análise é a letra D, que é a resposta correta. As bancas gostam de trazer termos 
técnicos em suas questões. “Desvio da rima labial” significa o sorriso torto, ou seja, só um lado 
do rosto movimento e o outro está paralisado. “Anormalidades da fala” pode ser entendida 
como a dificuldade em expressar uma frase.
Letra d.
As ações do socorrista ante a suspeita de AVC são:
• Atentar para os sinais/sintomas de AVC (escalas);
• ANOTAR O HORÁRIO que começaram os sinais/sintomas, pois, se realmente o paciente 
estiver apresentando um AVC Isquêmico, o tratamento deve ser feito em até 4,5 h (270 
min);
• Ligar o mais rápido possível para o serviço de emergência ou levar a vítima ao hospital;
• Se for treinado e estiver disponível o equipamento (glicosímetro), medir a glicemia ca-
pilar;
• O SOCORRISTA SÓ DEVE VERIFICAR A GLICEMIA APÓS LIGAR PARA O SERVIÇO DE 
EMERGÊNCIA E SE REALMENTE SOUBER USAR O APARELHO.
Essa verificação da glicemia é uma recomendação das Diretrizes AHA 2020!!! Por que ve-
rificar? Porque o estado que o paciente está apresentado pode não ser um AVC, mas apenas 
uma hipoglicemia (queda do açúcar do sangue) e o socorro será essencial. Ou ainda pode ser 
mesmo um AVC e que pode piorar se estiver também com hipoglicemia. O cérebro 
precisa de oxigênio e glicose para funcionar. Se os dois estão em falta, os danos são 
maiores. Veremos mais à frente como ajudar alguém com hipoglicemia.
4. infarto agudo do miocárdio (iam) ou ataque cardíaco ou angina
Outra doença muito importante e que leva um grande número de pessoas ao serviço de 
emergência, podendo causar a morte ou deixar sequelas permanentes, o IAM é conhecido 
popularmente como ataque cardíaco. Pode ser chamado também de ENFARTE OU ENFARTO.
É um evento grave que atinge o músculo do coração (miocárdio) devido à obstrução das 
artérias que levam sangue para ele. Na fisiologia cardíaca, o coração, embora se encha e ejete 
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sangue para todo corpo, tem suas próprias artérias para irrigar seu músculo. As artérias são 
chamadas de CORONÁRIAS (Fig. 11).
Aorta
Artéria pulmonar esquerda
Artéria coronária principal 
esquerda (atrás do feixe da artéria 
pulmonar esquerda, saindo da aorta
Veia cardíaca magna
Artéria circunflexa
Artéria descendente 
anterior esquerda
Artéria marginal
Artéria 
coronária direita
Veia 
cardíaca anterior
Veia 
cava superior
Figura 11 – Esquema do Coração humano mostrando as artérias coronárias (em rosa escuro)
Fonte: Google Imagens
Quando essas artérias sofrem algum bloqueio por conta de um coágulo ou trombo de gor-
dura (Fig. 12) ou por fortes emoções, o miocárdio sofre e o paciente sente dor. Aquela região 
específica do miocárdio que deixou de receber sangue das coronárias pode morrer (NECRO-
SAR) e o coração ficará mais fraco.
Figura 12 – Esquematização do IAM a partir da obstrução de uma artéria coronária por placa de gordura
Fonte: Google Imagens
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A principal manifestação do IAM é a DOR NO PEITO ou torácica ou precordial ou precordial-
gia (ATENÇÃO, CONCURSEIRO! A maioria das bancas não cobram termos técnicos nas ques-
tões de primeiros socorros, mas há as bancas mais exigentes que cobram. Por isso, lembre 
sempre de anotar os termos técnicos juntamente com os termos populares).
Em muitos livros e manuais de emergência, e também na vida real, vemos a imagem do 
paciente infartando com a mão no peito (Fig. 13). É o que chamamos de gesto universal do 
infarto. A mão no peito é automática, como se o paciente quisesse aliviar a dor naquele local.
Figura 13 – Gesto universal do IAM na qual o paciente com dor no peito leva a mão até a região
Fonte: Google Imagens
A dor no peito, embora seja bastante comum no IAM, pode ter outras origens, como pneumo-
nia (infecção pulmonar), gases (flatulência) e ansiedade, dentre outros. Contudo, o socorrista 
não tem condições técnicas para determinar a causa e a principal suspeita será sempre o IAM.
Além da dor no peito, a vítima pode apresentar:
• Dor no estômago (epigastralgia);
• Dor nas costas (dorsalgia);
• Dor na mandíbula ou facial;
• Dor nos braços (membros superiores);
• Dispneia;
• Náuseas;
• Sudorese (diaforese).
Diferente do AVC, não há uma escala para suspeitar do IAM. O socorrista deve ficar atento 
à história do paciente, se já teve algum infarto antes e quando, se há história de infarto em 
algum familiar próximo (pais, avós, irmãos, filhos), se tem hipertensão arterial, diabetes, obesi-
dade, se fez algum esforço físico e se está passando por stress ou ansiedade.O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Alícia cristina Melo de Souza - 00842631216, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
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Após confirmar a suspeita, o socorrista deve, de acordo com as recomendações da 
AHA, 2020:
• Manter a vítima em repouso absoluto;
• Acionar o serviço de emergência;
• Perguntar se a pessoa tem alergia a ASPIRINA OU AAS;
• Se não for alérgica, peça que mastigue 3 AAS infantis (300 mg).
O AAS ou aspirina (Fig. 14) são o mesmo medicamento, o ácido acetilsalicílico, apenas 
muda a marca. O AAS de 100 mg é o famoso AAS infantil, muito usado no Brasil, no passado, 
para tratar dor e febre.
 
Figura 14 – AAS infantil e Aspirina de 100 mg usados para paciente com suspeita de IAM nos primeiros socorros
Fonte: Google Imagens
Com o surgimento da dengue hemorrágica, o medicamento caiu em desuso para esses 
sintomas, mas ele tem outras indicações. Como ele também tem um efeito anticoagulante, 
ou seja, evita a formação de coágulos no sangue, é muito usado para pacientes com risco de 
infarto. E é por isso que o protocolo sugere que o socorrista dê ao paciente com suspeita de 
infarto 3 comprimidos de 100 mg. De preferência, os comprimidos devem ser mastigados ou 
dissolvidos em água antes de engolidos.
No protocolo da AHA, 2020, por ser americano, a dose do AAS (lá é aspirina) é de 160 mg a 
325 mg. No Brasil, só temos AAS de 100 mg e de 500 mg. Por isso, ficou estabelecido 300 mg.
O socorrista tem que ter cuidado nesse momento para saber se o paciente tem alergia a 
AAS. A pergunta tem que ser bem clara, por exemplo: “Você tem alergia a AAS infantil?”. Tam-
bém é importante saber se o paciente apresentou alguma hemorragia nos últimos dias, pois o 
AAS pode fazer o sangramento voltar.
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O diagnóstico do infarto é feito através dos exames: Eletrocardiograma (ECG) (Fig. 15) e 
exames de sangue (marcadores miocárdicos), feitos em hospitais e pronto-socorros. O tra-
tamento inclui medicamentos, como morfina, nitrato, betabloqueador, heparina e estatinas, e 
cateterismo cardíaco (intervenção percutânea).
Figura 15 – Exemplo de Eletrocardiograma de um paciente com infarto
Fonte: Google Imagens
Vamos ver duas questões!
005. (MOURA MELO/SUPERVISOR DE EQUIPES DE ESPORTES RADICAIS/2007) Pressão, 
dor, aperto ou queimação na parte média do esterno, ombro esquerdo e braço; náuseas; vômi-
to; transpiração. Estes são sintomas típicos do (a):
a) Hipertensão arterial.
b) Infarto do miocárdio.
c) Arritmia cardíaca.
d) Prolapso de valva mitral.
Você, aluno, principalmente se não for da área da saúde, e precisa aprender primeiros socorros 
para sua prova, não pode deixar de relacionar com bastante atenção as manifestações clínicas 
(sinais e sintomas) de cada problema de saúde.
Nessa questão, sabendo as manifestações típicas do infarto, conseguimos responder sem 
medo de errar. Logo, letra B.
Observe as palavras diferentes para se referir à dor no peito: pressão, aperto ou queimação. 
Todas elas representam a mesma coisa. Esterno (com a letra “s” mesmo) é esse osso que 
temos no meio do tórax.
Hipertensão geralmente é silenciosa, mas pode causar tontura e dor de cabeça, além de ser 
também uma causa do infarto.
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Arritmia tem como manifestação principal a palpitação e o prolapso de valva mitral pode apre-
sentar tontura.
Letra b.
006. (IBFC/EBSERH/ENFERMEIRO/CARDIOLOGIA HEMODINÂMICA/HUPEST-UFSC/2016) 
Um homem, 55 anos, estava caminhando na praça do centro da cidade e sentiu uma dor torá-
cica, que sugere origem cardíaca. O colega que estava próximo correu para socorrê-lo. Como o 
prestador de primeiros socorros observou que o homem estava com sinais e sintomas suges-
tivos de infarto agudo do miocárdio e que relatou não ter alergia ou contraindicação a medica-
mento, enquanto aguardava o serviço de atendimento médico de urgência:
a) Iniciou a reanimação cardiopulmonar, com compressões torácicas
b) Incentivou-o a tomar um comprimido de aspirina para adultos
c) Iniciou a reanimação cardiopulmonar, com ventilações de resgate
d) Incentivou-o a tomar um comprimido de vitamina C
e) Permaneceu ao lado dele, pois apenas os profissionais de saúde podem tomar condutas de 
primeiros socorros
Presta bem atenção nessa questão. Assim como toda questão de concurso, devemos buscar 
a resposta MAIS correta. Vamos eliminando as que estão totalmente erradas e chegarmos 
à resposta.
Alternativas A e C estão erradas porque a reanimação só é feita na pessoa em PCR, conforme 
nossa aula 1. A pessoa do enunciado não está em PCR, tanto que respondeu ao socorrista se 
tinha ou não alergia.
A alternativa D está errada porque nenhum protocolo orienta administrar vitamina C para a 
suspeita de infarto. Não teria nenhuma função.
A alternativa E claro que está errada também pois os primeiros socorros são medidas tomadas 
antes dos profissionais de saúde chegarem.
Sobrou a letra B, que fala da aspirina. Caberia recurso sim para anulação pois, no Brasil, a as-
pirina e o AAS adultos têm 500 mg, sendo a recomendação 325 mg. Mas como não tem outra 
alternativa melhor, ficamos com a letra B.
Letra b.
5. asfixia ou sufocamento
É muito comum, no dia a dia, estarmos comendo, fazendo nossas refeições e conversando 
ao mesmo tempo, não é? Nosso corpo está preparado para fechar automaticamente a pas-
sagem da via aérea (glote) quando engolimos um alimento ou líquido, evitando causar danos 
ao pulmão.
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Nossa anatomia é da seguinte forma:
• A boca e a faringe servem para o trato digestório e respiratório ao mesmo tempo;
• O esôfago é um tubo que liga a boca ao estômago e fica atrás da laringe, que liga a fa-
ringe aos pulmões (Fig. 16);
• Quando a pessoa engole algo (alimentos, líquidos e até a própria saliva), uma estrutura 
chamada epiglote fecha rapidamente a glote na laringe, por alguns segundos, impedindo 
que essas partículas invadam o pulmão! (Fig. 17).
Isso é o que acontece normalmente!!!
Palato mole
Língua
Faringe (garganta)
Epiglote
Laringe 
(cordas vocais)
Esôfago
Traqueia
Figura 16 – Esquema anatômico mostrando a posição da boca, faringe, esôfago e laringe
Fonte: Google Imagens
1 2 3
O palato mole 
bloqueia a 
cavidade nasal
Bolo alimentar
O Esfíncter Superior do 
Esôfago (ESSE) é fechado
A língua 
bloqueia a 
cavidade oral A epiglote 
bloqueia a 
laringe
O ESE volta a 
fechar
ESE abre
Esôfago
Figura 17 – Processo natural de deglutição, mostrando o fechamento automático da epiglote e a passagemdo 
alimento (verde) para o esôfago. A seta azul mostra a passagem do ar
Fonte: Google Imagens
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Quando respiramos ou falamos, a epiglote precisa ficar aberta (Fig. 17), para que o ar vá e 
volte. É exatamente nessa região que acontece a asfixia ou engasgamento. Algumas vezes, o 
alimento que engolimos, por razões não totalmente esclarecidas, não vai para o esôfago, mas 
para a laringe e bloqueia a glote, impedindo a respiração (Fig. 18).
Passagem 
normal de comida
Comida inalada 
pela traqueia
Figura 18 – Presença de objeto/alimento na laringe, produzindo asfixia
Fonte: Google Imagens
Podemos conceituar asfixia (ou engasgamento ou engasgo ou sufocamento) como a obs-
trução da passagem do ar pela glote, impedindo a respiração. A vítima fica incapaz de falar, 
respira com dificuldade e com um som anormal (estridor laríngeo). Pode ficar pálida ou com a 
pele azulada (cianótica) e desmaiar ou entrar em PCR. A asfixia pode ser fatal!
Obs.: � na sua prova, pode aparecer outra expressão: OBSTRUÇÃO DA VIA AÉREA POR CORPO 
ESTRANHO OU OVACE.
Podemos perceber a asfixia pelo gesto universal de sufocação (Fig. 19). A vítima, instintiva-
mente, leva as mãos ao pescoço, como se quisesse abrir a passagem do ar e voltar a respirar.
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Figura 19 – Gesto universal de sufocamento ou asfixia
Fonte: Google Imagens
Dentre os alimentos, as frutas redondas e lisas, como uva, pitomba e cereja, e outros ali-
mentos, como balas e chicletes, são os principais causadores de asfixia. Além de alimentos, 
há outras causas: secreção, objetos e brinquedos.
O socorrista precisa reconhecer rapidamente a situação, sendo a dificuldade na fala e na 
respiração os principais sinais.
O que o socorrista faz após identificar a asfixia? Primeiro, vamos falar o que NÃO FAZER:
• Introduzir o dedo ou outro objeto na boca da vítima na tentativa de retirar o que está 
causando o engasgo
• Oferecer líquidos para “ajudar a descer”
Ciente disso, o socorrista procura saber se a vítima consegue falar algo. Se sim, a asfixia é 
PARCIAL. Aí, orienta a vítima a tentar tossir para expelir o objeto.
Se a vítima não consegue tossir ou falar, a asfixia é TOTAL ou GRAVE, há necessidade 
imediata de aplicar as manobras de DESENGASGAMENTO, conhecidas como MANOBRAS DE 
HEIMLICH ou MANOBRAS EM “J” ou COMPRESSÃO ABDOMINAL ou IMPULSO ABDOMINAL 
(Fig. 20).
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Figura 20 – Manobra de Heimlich para desengasgamento
Fonte: Google Imagens
A manobra de Heimlich com a vítima adulta acordada é feita da seguinte forma:
• O socorrista se posiciona atrás da vítima, abraçando-a por baixo dos seus braços e se-
gurando-a com firmeza;
• Uma das suas pernas deve ser posicionada entre as pernas da vítima e a outra fica afas-
tada para trás, dando segurança na posição;
• Fecha uma mão e posiciona sobre a região do estômago;
• Coloca a outra mão por cima dela, espalmada, e faz os movimentos como se fossem 
uma letra J (Fig. 21);
• Esses movimentos geram uma pressão no abdome, que é transferida ao tórax e ajuda a 
deslocar o objeto para fora (Fig. 22);
• Deve-se executar a técnica até conseguir desengasgar a vítima. A vítima pode entrar em 
PCR durante o procedimento. Nesse último caso, suspende-se a manobra e faz-se RCP 
(Aula 01).
Figura 21 – Posicionamento do socorrista e da vítima adulta na Manobra de Heimlich
Fonte: Google Imagens
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Figura 22 – Expulsão do objeto que estava causando o sufocamento
Fonte: Google Imagens
Se a vítima desmaiar, o socorrista fará a Manobra de Heimlich com a vítima no chão, ajo-
elhada sobre o abdome da vítima, conforme a Fig. 23, fazendo a pressão para dentro e em 
direção à cabeça da vítima, na região epigástrica.
Figura 23 – Manobra de Heimlich em adulto desmaiado
Fonte: Google Imagens
Em crianças (a partir de 1 ano de idade), o socorrista, devido à diferença de altura, precisa 
fazer uma adaptação na Manobra de Heimlich. A posição das mãos e o movimento em J são 
os mesmos usados no adulto, mas ele precisa se ajoelhar atrás da vítima ou colocá-la no colo 
para execução correta (Fig. 24).
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Figura 24 – Posicionamento do socorrista e da vítima criança acordada na Manobra de Heimlich
Fonte: Google Imagens
Já nos bebês (até 1 ano de idade), o nome da manobra muda para Manobra de Heimlich 
em Bebês. Parece bobagem essa mudança, mas ela é necessária, pois a forma de desengas-
gamento nesse público é totalmente diferente (Fig. 25).
Para a Manobra de Heimlich em Bebês, o socorrista deve:
• Sentado ou em pé, colocar o bebê de barriga para baixo, apoiado em seu antebraço, com 
a cabeça mais baixa que o corpo e segurar o queixo do bebê, empurrando um pouco 
para cima;
• Desferir 5 (CINCO) golpes firmes entre as escápulas (ossos em formato de triângulo 
nas costas), no meio das costas, de cima para baixo;
• Virar o bebê de barriga para cima, segurar a cabeça mais baixa que o corpo, inclinando-a 
para trás, verificar se o objeto está visível ou se o bebê voltou a respirar ou chorar ou 
emitir sons normais. Se o objeto está visível, retirá-lo;
• Se não foi possível retirar o objeto ou o bebê não respirou/chorou, comprimir 5 vezes no 
centro do tórax, como se fosse uma RCP (aula 01);
• Verificar novamente se consegue retirar o objeto ou se respira/chora;
• Se não, vira novamente de barriga para baixo e continua o procedimento, repetindo os 
passos quantas vezes forem necessárias até desengasgar;
• Para entender melhor, sugiro buscar vídeos na internet, mostrando o procedimento.
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Figura 25 – Manobra de Heimlich em Bebês
Fonte: Google Imagens
É comum em prova cair a pegadinha: “o socorrista deve introduzir o dedo na boca do bebê para 
pescar o objeto”. Isso está ERRADO!!! O socorrista só deve retirar o objeto se ele estiver visível 
e alcançável, em qualquer idade! Além de causar sangramento, o socorrista que tenta pescar o 
objeto, pode empurrá-lo mais ainda!
Geralmente, os bebês engasgam com líquidos (leite materno, leite, suco, secreção, etc), tor-
nando mais fácil desengasgar. Na maioria das vezes, após os 5 primeiros golpes iniciais nas 
costas, o bebê já desengasga.
Em qualquer idade, se a vítima apresentar PCR, não se deve mais tentar desengasgar, mas 
iniciar IMEDIATAMENTE a RCP (aula 01).
007. (GUALIMP/PROFESSOR B/ EDUCAÇÃO FÍSICA/2019) Complete a lacuna:
_______________é um procedimento rápido de primeiros socorros para tratar asfixia devido à 
obstrução das vias aéreas superiores por objetos estranhos como alimento, brinquedo ou ou-
tro objeto.
a) Manobra de Heimlich.
b) Ressuscitação cardiopulmonar (RCP).
c) Massagem cardíaca.
d) Respiração boca a boca.
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Fácil, fácil, não é? Asfixia, sufocamento, engasgamento, OVACE, tudo igual. Forma de trata-
mento nos primeiros socorros? MANOBRA DE HEIMLICH.
Letra a.
008. (CEBRASPE/CLDF/TÉCNICO LEGISLATIVO/POLICIAL LEGISLATIVO/2005) Cada um 
dos itens seguintes apresenta uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada, 
no que diz respeito a procedimentos de primeiros socorros.
Em uma reunião, um dos participantes colocou na boca uma caneta com tampa e, por descui-
do, esta ocasionou-lhe a obstrução súbita das vias aéreas superiores. Nessa situação, para se 
obter a desobstrução das vias aéreas superiores, poderá ser utilizada a manobra de compres-
são subdiafragmática denominada manobra de Heimlich.
Está superCERTA a afirmativa. Se a vítima se engasgou e não entrou em PCR, faz-se a Manobra 
de Heimlich!
Certo.
009. (IF/CIS URG OESTE/TÉCNICO DE ENFERMAGEM/2020) Na obstrução grave das vias 
aéreas por corpos estranhos o paciente pode não respirar ou apresentar respiração ruidosa, 
tosse silenciosa e/ou inconsciência.
São condutas de primeiros socorros que devem ser realizadas na obstrução grave com pacien-
te irresponsivo, exceto:
a) Posicionar-se por trás do paciente com seus braços à altura da crista ilíaca e executar a 
manobra de Heimlich.
b) Diante de irresponsividade e ausência de respiração com pulso, executar compressões torá-
cicas com objetivo de remoção do corpo estranho.
c) Abrir vias aéreas, visualizar a cavidade oral e remover o corpo estranho, se visível e alcançá-
vel (com dedos ou pinça).
d) Considerar o transporte imediato, mantendo as manobras básicas de desobstrução.
Olha a pegadinha!!! A banca falou em obstrução grave, levando o candidato a pensar logo em 
Manobra de Heimlich! Mas a informação de que o paciente está IRRESPONSIVO, ou seja, IN-
CONSCIENTE, nos leva imediatamente a pensar em RCP!
Na minha opinião, essa questão tem 2 respostas, pois a banca pediu a errada! As letras A e D 
falam de desobstrução, mas o foco é RCP. Logo, letras A e D.
Letra a e d.
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6. anafilaxia
Anafilaxia é um termo que representa a REAÇÃO ALÉRGICA GRAVE, com fechamento da 
glote, impedindo a respiração. Esse fechamento da glote ocorre devido ao EDEMA (inchaço) 
das vias aéreas.
A alergia, em qualquer pessoa, pode ser provocada por diversos fatores, mas os mais co-
muns são alimentos, medicamentos e plantas. Muitas pessoas têm alergia a dipirona, por 
exemplo. Outros a mariscos/frutos do mar. Outros itens dessa lista são: amendoim, nozes, 
leite de vaca, ovos e medicamentos para anestesia. Uma substância pode provocar alergia em 
uma pessoa e não em outras.
Nem toda alergia é grave. Há casos em que o único sintoma é uma descamação da pele. 
Porém, algumas pessoas apresentam muito mais que isso. Grande parte das alergias se mani-
festam com placas vermelhas espalhadas pelo corpo, acompanhadas de coceira (prurido). É o 
que chamamos tecnicamente de exantema pruriginoso (Fig. 26).
Figura 26 – Paciente com exantema pruriginoso devido a alergia
Fonte: Google Imagens
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O exantema ainda não indica gravidade. Começamos a nos preocupar com a alergia quan-
do ela começa a provocar coceira na garganta e edema facial. Em qualquer idade, a alergia 
pode-se apresentar com edema ao redor dos olhos, nos lábios, na língua e nas orelhas (Fig. 
27). Sempre que isso acontecer, liga-se o ALERTA!
Figura 27 – Vítimas de alergia apresentando edema facial
Fonte: Google Imagens
Ter edema facial é um prenúncio de que a glote também, logo, logo, estará edemacia-
da (Fig. 28). Vimos no tópico de engasgamento que a glote precisa estar aberta para que a 
pessoa consiga falar e respirar. Quando ela fecha, o ar não passa e o oxigênio do sangue cai, 
podendo ser fatal. No edema de glote, pode haver bloqueio total da passagem do ar, por isso 
é uma EMERGÊNCIA.
Figura 28 – Esquema da glote normal à esquerda e edemaciada à direita
Fonte: Google Imagens
Resumindo, as manifestações da ANAFILAXIA são:
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Para suspeitar de uma anafilaxia, o socorrista precisa saber o que houve. Geralmente, 
as pessoas falam que ingeriram algum alimento ou medicamento e começaram com es-
ses sintomas.
Se não houver edema facial ou falta de ar, ainda não é uma emergência, mas é preciso 
ficar atento, pois isso pode se desenvolver. Há pessoas que têm uma tendência maior a entrar 
no estado de anafilaxia. São pessoas que têm alergia a muitas substâncias e todo cuidado é 
importante.
Vamos ver uma questão de prova:
010. (CEBRASPE/EBSERH/ENFERMEIRO/PERFUSIONISTA/2018) Julgue o próximo item, 
com relação aos primeiros socorros.
Reações anafiláticas observadas no sistema respiratório incluem congestão nasal, prurido, 
espirro, tosse, angústia respiratória, consequentemente broncoespasmo ou edema da laringe, 
rigidez do tórax, sibilos, dispneia e cianose.
Na questão, a banca pede que o candidato analise se as manifestações clínicas condizem 
com a anafilaxia. Como vimos antes, são manifestações típicas sim desse problema. Logo, 
está CERTA.
Certo.
Ao detectar o problema, o socorrista deve:
Chamo a atenção para a epinefrina! No Brasil, é muito pouco comum as pessoas andarem 
com canetasde epinefrina (Fig. 29). Mas vamos lembrar que o protocolo da AHA é americano. 
Na prova, a resposta será essa: administrar epinefrina o mais rápido possível.
Epinefrina também pode ser chamada de adrenalina. É um medicamento que tem muitas 
indicações nas emergências, sendo um deles o tratamento da anafilaxia. Se o socorrista não 
administrar o medicamento (porque não tem ou não sabe), será administrado no hospital/
pronto-socorro. Ele reduz todos os sintomas da anafilaxia, incluindo o edema de glote.
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Figura 29 – Caneta de Epinefrina para os primeiros socorros de anafilaxia
Fonte: Google Imagens
A forma de administração da epinefrina com a caneta própria é intramuscular, no mús-
culo da coxa, na região central, um pouco lateral (Fig. 30), chamado de vasto lateral da coxa. 
Em qualquer idade pode ser usado. Se a pessoa é altamente alérgica e anda com a caneta, o 
médico responsável pelo seu acompanhamento já deixou definida a dose específica. É só po-
sicionar a caneta e apertar o botão. Pode repetir após 5 a 10 minutos se não houver melhora.
Figura 30 – Administração da Epinefrina na coxa de uma vítima em anafilaxia
Fonte: Google Imagens
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A dose específica da epinefrina é:
• Em adultos e crianças com mais de 30 kg: 0,3 mg
• Crianças de 15 a 30 kg: 0,15 mg
7. HiPoglicemia
A hipoglicemia é a queda da quantidade de açúcar no sangue, em valor abaixo de 60 mg/
dL. As principais vítimas são pessoas com diabetes descompensado (uso irregular dos me-
dicamentos e alimentação inadequada), jejum prolongado, gravidez, exercício físico intenso e 
excesso de insulina (medicamento para tratar diabetes).
A vítima de hipoglicemia pode apresentar:
• Confusão mental;
• Sonolência;
• Sudorese;
• Palidez;
• Pele fria;
• Tremores;
• Desmaio.
011. (CEBRASPE/PC SE/DELEGADO DE POLÍCIA SUBSTITUTO/CURSO DE INSTRU-
ÇÃO/2018) Ao atravessar a rua sobre a faixa de pedestres, uma pessoa sofreu um desmaio e 
caiu no chão desorientada.
Considerando essa situação hipotética, julgue os itens seguintes, a respeito de primei-
ros socorros.
Palidez, pele fria e muita sudorese, se constatadas durante os primeiros socorros da vítima, 
podem ser sinais e sintomas de hipoglicemia.
A banca usou uma palavra importante: PODEM! Isso mesmo, dentre tantas possibilidades que 
existem, essas manifestações podem ser de hipoglicemia. O socorrista só terá certeza se con-
seguir verificar a glicemia.
Certo.
A hipoglicemia pode ser grave o suficiente para a pessoa entrar em coma, PCR e óbito. O 
açúcar do sangue é tão importante para o cérebro quanto o oxigênio. É por isso que a baixa 
quantidade gera problemas de nível de consciência.
Nos primeiros socorros, a forma de verificar o valor da glicemia é pelo aparelho chamado 
glicosímetro (Fig. 31). Hoje, muitos pacientes que usam insulina têm um aparelho desses em 
casa, visto que o SUS fornece há alguns anos.
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Figura 31 – Aparelho glicosímetro para verificação da glicemia capilar
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Para utilizar, o socorrista precisa estar preparado. Se ele não souber, melhor não tentar. 
Quem reside com paciente diabético, deve ser treinado para o uso do equipamento, pensando 
exatamente nesses momentos.
Faz-se um furo na ponta do dedo da vítima, se possível, após limpar com água e sabão ou 
álcool a 70% e coleta-se uma gota de sangue na fita de glicemia. Depois aguarda-se a leitura 
(Fig. 32). Pode haver pequenas variações do uso entre as marcas de glicosímetro.
Figura 32 – Forma de utilização de um aparelho glicosímetro
Fonte: Google Imagens
O APARELHO COMO É FEITO O TESTE DE GLICEMIA
Lavar as mãos com 
água e sabão, 
secá-las bastante. 
Retirar uma tira de 
teste do frasco e 
escolher um dedo 
para fazer a coleta 
de sangue.
Inserir uma tira de 
teste no monitor. Um 
simbolo de gota de 
sangue aparece na 
tela mostrando que 
o aparelho já está 
pronto.
Preparar o 
lancetador (uma 
espécie de caneta), 
pressionando o 
botão para armar. 
Pressione o furinho 
do lancetador contra 
o dedo e aperte o 
botão.
Fazer massagem no 
dedo na direção da 
ponta ajuda a formar 
uma gota de sangue. 
Aplique o sangue na 
tira de teste. A leitura 
da glicemia fica 
pronta entre cinco 
e dez segundos e o 
resultado aparece 
na tela. 
Aviso de cetona 
aparece com 
um caractere 
“?” quando o 
resultado for 
superior a 240 
mg/dl
Aviso de 
tira. Se a 
tira não foi 
inserida, o 
ícone fica 
piscando
Resultado do 
teste
Unidade 
de 
medida
Resultado 
do teste 
gravado na 
memória
Data e hora
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Emergências Clínicas
PRIMEIROS SOCORROS
Lincoln Vitor Santos
Qualquer situação que leve o paciente a apresentar algum dos sinais de hipoglicemia deve 
ser avaliada com o glicosímetro. Incluímos aqui a suspeita de AVC que falamos mais acima. O 
paciente com AVC pode estar com hipoglicemia também, piorando seu quadro. Ou a hipoglice-
mia está causando as manifestações que o socorrista pensava ser AVC.
O socorrista precisa agir da seguinte forma, de acordo com as novas Diretrizes AHA 2020:
AÇÕES DO SOCORRISTA
• Suspeitar do problema;
• Medir a glicemia capilar, se possuir o aparelho e for treinado;
• Se o valor da glicemia for abaixo de 60 mg/dl, avaliar a vítima;
• Se a vítima está consciente e capar de deglutir, ofertar fonte de açúcar em tablet, líquido ou 
gel. Em geral, 1 colher de sopa de açúcar ou um copo de suco ou mel são suficientes;
• Se criança está consciente, mas que não quer deglutir, ofertar açúcar granulado embaixo da 
língua;
• Se inconsciente ou incapaz de deglutir, acionar imediatamente o serviço de emergência.
Vemos acima 3 situações: adulto consciente, criança consciente e vítima inconsciente ou 
incapaz de deglutir. É dessa forma que está nas diretrizes da AHA. O socorrista só deve ofe-
recer algo para o paciente engolir, se esse paciente estiver consciente, pois há risco de o ali-
mento causar engasgamento e o socorrista nunca deve fazer algo que piore o problema. No 
caso da criança consciente mas que não quer engolir, a AHA em 2020 incluiu a possibilidade 
de colocar açúcar granulado ou em pasta embaixo da língua.
Vemos na Fig. 33 as fontes de açúcar que podemos ofertar.
Figura 33 – Fontes de açúcar para paciente com hipoglicemia
Fonte: Google Imagens
012. (COLÉGIO PEDRO II/ENFERMEIRO/2018) Durante o turno de aula em uma escola, a 
enfermeira do ambulatório foi chamada para atender um adolescenteque reclamava de fome, 
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PRIMEIROS SOCORROS
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tremor, palidez, sudorese, taquicardia e déficit cognitivo leve. Foi-lhe informado que o quadro 
teve início súbito.
A enfermeira, imediatamente após a avaliação da situação, identificou que se tratava de um 
quadro de hipoglicemia, e adotou corretamente a conduta de
a) colocar sal embaixo da língua, oferecer um copo de água com açúcar e ligar para os respon-
sáveis do estudante.
b) oferecer um copo de refrigerante comum, levar o estudante para um ambiente mais calmo 
e reavaliar a conduta.
c) aferir os sinais vitais, manter o adolescente deitado enquanto localizava um médico para 
iniciar os cuidados.
d) realizar algumas manobras para hipotensão ortostática e colocar o adolescente em ambien-
te arejado.
Questão bem interessante. Embora tenha sido em uma prova para Enfermeira, poderia ser apli-
cada a qualquer cargo que cobrasse primeiros socorros.
O enunciado já disse que era hipoglicemia. Então, precisamos identificar nas alternativas qual 
seria a melhor conduta.
a) Errada. Sal não corrigirá a hipoglicemia.
c) Errada. Não é a melhor opção, pois o paciente pode morrer por hipoglicemia, enquanto es-
pera o médico.
d) Errada. Diz respeito ao desmaio, que veremos mais à frente, mas que não é hipoglicemia.
Assim, sobra a letra B, que está correta e realmente deve ser realizada. Na questão, optou-se 
pelo refrigerante, mas poderia ser suco, açúcar, mel etc.
Letra b.
8. crise conVulsiVa
Nosso penúltimo tópico de Emergências Clínicas traz um assunto que é cercado de muitos 
mitos (informações falsas): a crise convulsiva. Por incrível que pareça, em 2021, ainda há bas-
tante preconceito e medo em relação a esse problema.
Bom, a crise convulsiva ocorre quando o cérebro sofre uma atividade anormal, como se 
fosse um turbilhão de descargas elétricas entre suas células. Sabendo que nosso cérebro é 
responsável por comandar todo o nosso corpo, desde as funções que não percebemos, como 
a digestão e a respiração, até as ações voluntárias, como comer, andar, falar, etc, pensar que 
uma descarga elétrica interna está acontecendo no órgão, faz-nos deduzir que todas essas 
funções controladas sofrerão algum impacto.
São muitas as causas de crise convulsiva: epilepsia, traumas na cabeça, hipoglicemia, fe-
bre, AVC, envenenamento, infecções, tumores e cânceres cerebrais, uso abusivo de álcool e 
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PRIMEIROS SOCORROS
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outras drogas, abstinência de álcool e outras drogas são as principais. A epilepsia é a principal 
e representa uma doença crônica, sem causa definida, que afeta pessoas de todas as idades, 
mas que geralmente começa na infância. O paciente com epilepsia pode fazer tratamento e 
controlar a doença, passando boa parte da vida sem nenhuma crise convulsiva ou não tratar e 
ter diversas crises a vida inteira. A epilepsia não é doença contagiosa.
Os acidentes graves de trânsito, quedas e violência, com trauma direto na cabeça, também 
podem levar à crise convulsiva. Febre e infecções como meningite também causam. O mesmo 
ocorre com situações de envenenamento proposital ou acidental e o AVC.
Sempre vemos em filmes, novelas e séries personagens apresentando crise convulsiva. Na 
vida real, é bem parecido com a encenação. A vítima em crise convulsiva apresenta:
Dentre todas as manifestações, as que mais assustam são os tremores fortes e as con-
trações bruscas. Chamamos de convulsão tônico-clônica (Fig. 34) à crise convulsiva em que 
o paciente apresenta contrações (tônico) e tremores (clônica). É a mais comum no adulto. No 
público infantil, temos convulsões mais discretas, com o olhar parado e fixo ou movimento 
rápido dos olhos ou tremor em apenas um membro. Nenhum tipo de convulsão é bom. Todos 
precisam de tratamento.
TÔNICA
CLÔNICA
Figura 34 – Vítima de crise convulsiva tônico-clônica
Fonte: Google Imagens
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A perda de consciência é o mais comum após a convulsão. A vítima desmaia após a crise, 
pois falta glicose e oxigênio no cérebro. Algumas podem entrar em PCR. Aí o socorrista precisa 
ficar atento para iniciar a RCP.
Como falamos em socorrista e dissemos acima que há muitos mitos sobre convulsão, 
vamos aos mitos então:
Listei acima os 3 principais mitos. Isso SEMPRE cai em prova e você já sabe que são fal-
sos. Durante a convulsão, a regra é não segurar a vítima, pois há risco de o socorrista se ferir 
ou ferir a vítima, já que ela está se debatendo no chão, com uma força imensurável.
Desenrolar a língua é campeã. No ideário popular, durante a convulsão, a língua da vítima 
se enrola para trás e a sufoca. Com isso, justifica-se ter que puxar a língua para fora. Mas por 
que não fazer? Novamente, pelo risco de se ferir e ferir a vítima.
A força de uma convulsão pode ser tão grande que introduzir um objeto na boca da vítima 
pode causar danos aos dentes e à mandíbula. Se o socorrista decide colocar seu próprio dedo 
na boca da vítima, pode sofrer uma amputação. Então, não é para fazer. Durante a convulsão, 
é possível que a vítima morda a própria língua, causando sangramento. Mas isso é esperado e 
ajuda ocorrerá após a crise.
Jogar água também beira o absurdo. Qual relação que teria entre jogar água e ajudar uma 
pessoa em convulsão?
Já vimos os mitos, vamos ver o que realmente as Diretrizes AHA 2020 recomendam. Pri-
meiro, as ações do socorrista durante a convulsão, em ordem de prioridade:
• Identificar o problema (como em todas as emergências);
• Afastar objetos que possam ferir a vítima. Por exemplo, mesas, cadeiras, pedras etc.;
• Colocar uma almofada ou toalha sob a cabeça. Não é para ficar segurando a cabeça, 
mas apenas colocar a proteção e se afastar;
• NUNCA segurar a vítima;
• NUNCA introduzir o dedo ou objetos na boca da vítima;
• Cronometrar o tempo, para informar ao serviço de emergência;
• Acionar o serviço de emergência.
E agora o que o socorrista deve fazer após a convulsão, também por ordem de prioridade:
• Verificar se a vítima responde e respira, para verificar se está em PCR;
• Aplicar RCP, se necessário
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• Afrouxar as roupas da vítima, ajudando-a a respirar melhor;
• Se estiver sonolenta ou desmaiada, colocá-la em posição de segurança (Fig. 35), cha-
mada também de posição de conforto ou lateral. Estender um dos braços da vítima aci-
ma da cabeça e rolar o corpo para esse mesmo lado, a fim de que a cabeça fique sobre 
o braço.Assim que a pessoa estiver de lado, dobrar as pernas para estabilizar o corpo. 
Há pouca evidência para sugerir uma posição de recuperação ideal;
• Providenciar limpeza, já que a vítima pode ter sangramento bucal, urina e/ou fezes.
Figura 35 – Posição de segurança ou lateral ou de conforto
Fonte: Google Imagens
013. (ESA/SARGENTO/SAÚDE/2016) A convulsão é um distúrbio transitório, paroxístico do 
cérebro, resultante de uma descarga de atividade elétrica anormal. Sobre as convulsões, assi-
nale a alternativa correta:
a) O tratamento da epilepsia é feito com betabloqueadores como o Fenobarbital.
b) Deitar o paciente de lado evita a broncoaspiração.
c) Conter o paciente no leito evita lesões durante a ocorrência da convulsão.
d) Na convulsão, deve-se abrir a boca do paciente e segurar a língua para evitar sufocamento.
e) Abstinência de álcool e tumores cerebrais não estão associados a ocorrência de convulsões.
Vamos corrigir cada afirmativa!
A letra A está errada, pois o tratamento é feito com anticonvulsivantes. Não falamos de medi-
camentos aqui, pois os protocolos de primeiros socorros não recomendam a administração de 
nenhum medicamento para convulsão.
A letra B é a nossa resposta e fala exatamente da posição de segurança.
A letra C fala na famosa contenção, um dos mitos que sempre caem em prova!
A letra D é o outro grande mito! Abrir a boca e desenrolar a língua JAMAIS!
A letra E fala de 2 causas da convulsão.
Letra b.
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014. (CEBRASPE/FUB/ADMINISTRADOR DE EDIFÍCIOS/2016) Com relação aos primeiros 
atendimentos a vítima que apresente convulsões, julgue os itens subsequentes.
Após a convulsão, nos casos em que a vítima permaneça inconsciente, mas respire normal-
mente como se estivesse dormindo, ela deverá ser deixada na posição de recuperação em 
decúbito lateral até a chegada da equipe socorrista.
Peço bastante atenção na leitura da afirmativa. Quando se fala que a vítima está inconsciente, 
já devemos pensar logo em PCR. Como saber se é ou não? Pela respiração. Nessa afirmativa, 
a vítima está respirando normalmente, ou seja, não está em PCR!!!
Vítima de convulsão, após a convulsão, deixar em posição de segurança.
Certo.
9. desmaio ou síncoPe
O desmaio é um problema muito comum também. A literatura varia em relação à nomen-
clatura. Algumas diferenciam desmaio de síncope, outros tratam como sinônimos. Para os que 
diferenciam, a síncope é o estágio pré-desmaio, desmaio iminente, ou seja, a vítima apresenta 
todas as manifestações, mas não chega a perder a consciência.
O desmaio é a perda súbita da consciência e da força muscular, levando a vítima a ficar 
desacordada e caída ao chão, por um tempo variável, mas que geralmente é muito rápido, 
máximo de 5 minutos. Antes do desmaio, o sangue não chega adequadamente ao cérebro, 
faltando oxigênio e glicose.
O desmaio pode ser um sintoma de uma doença ou ser apenas reflexo de um momento. O 
socorrista, em suas ações, deve diferenciar se a situação é mesmo um desmaio ou se é uma 
PCR, que vai se diferenciar pela ausência da respiração.
As principais causas são:
• Cansaço físico;
• Excesso de calor ou frio;
• Queda da pressão arterial (hipotensão arterial), abaixo de 90 mmHg;
• Queda do açúcar no sangue (que já falamos acima);
• Dor, em especial, dor forte, em qualquer área do corpo, como cabeça, abdome, dorso;
• Emocional, ao receber informações/notícias que causam ansiedade ou exaltação;
• Derrame (AVC);
• Infarto (IAM);
• Arritmia cardíaca;
• Parada cardiorrespiratória (PCR).
As manifestações clínicas são:
• tontura;
• fraqueza;
• sudorese;
• palidez;
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• respiração rápida;
• náuseas e vômitos;
• perda da consciência.
As ações do socorrista são um pouco diferentes entre a síncope e o desmaio. Quando for 
síncope (pré-desmaio), o socorrista deve:
• Arejar o ambiente, afrouxar as roupas, favorecer a ventilação;
• Sentar a vítima numa cadeira, e pedir que abaixe a cabeça, colocando-se entre as coxas 
(Fig. 36);
• Fazer uma pressão na nuca para baixo (com a palma da mão), enquanto ela força a ca-
beça para cima por alguns segundos (Fig. 37).
Figura 36 – Técnica de recuperação da síncope
Fonte: Google Imagens
Figura 37 – Pressão na nuca para recuperação da síncope
Fonte: Google Imagens
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015. (FUNIVERSA/IFAP/AUXILIAR EM ASSUNTOS EDUCACIONAIS/2016) O desmaio é pro-
vocado pela falta de oxigênio no cérebro, à qual o organismo reage de forma automática, com 
perda de consciência e queda brusca e desamparada do corpo. Normalmente, o desmaio dura 
de dois a três minutos e tem diversas causas: excesso de calor, fadiga, jejum prolongado, per-
manência de pé durante muito tempo etc. A propósito desse assunto, corresponde a procedi-
mento correto em caso de desmaio iminente
a) abrir as pálpebras da vítima com muito cuidado.
b) promover o aquecimento imediato da vítima.
c) fazer com que a vítima ingira líquido.
d) colocar a cabeça da vítima entre as pernas.
e) colocar a vítima na posição lateral de segurança.
A questão diz respeito à síncope ou pré-desmaio. Como vimos acima, nessas situações, o so-
corrista deve fazer a vítima sentar, baixar a cabeça entre as pernas e fazer uma pressão na nuca.
Letra d.
Se a situação for mesmo de desmaio, as ações são:
• Arejar o ambiente, afrouxar as roupas, favorecer a ventilação;
• Como a pessoa está caída, antes verificar se respira. Se sim, elevar os membros inferio-
res (segurar ou apoiar em algum móvel) e virar a cabeça para o lado (Fig. 38). Elevar os 
membros inferiores ajuda a fazer o sangue circular mais no cérebro, levando oxigênio e 
glicose;
• Não dar líquidos ou alimentos logo após o desmaio;
• Quando acordar, não levantar imediatamente. Faça a vítima se sentar e respirar fundo 
por longo tempo, e após auxilie-a a sentar e ficar de pé.
O nome dessa posição é Trendelemburg!
É possível também que o socorrista coloque a vítima em posição de recuperação, como 
dito acima no pós-convulsão.
Figura 38 – Primeiros socorros para o paciente desmaiado, com os membros inferiores elevados, 
acima da cabeça
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Fonte: Google Imagens
016. (IFPI/ASSISTENTE DE ALUNOS/2019) O Desmaio é o episódio breve de perda da cons-
ciência, que raramente ultrapassa dois minutos, não acompanhado de outras manifestações. 
A principal causa é a diminuição rápida e reversível da circulação sanguíneano cérebro. Pode 
ocorrer como resultado de dor, medo, excitação, fadiga, longos períodos em pé em ambien-
tes quentes, nervosismo e exercícios físicos prolongados. O desmaio geralmente é precedido 
de mal-estar, embasamento ou escurecimento da visão e tonturas. Durante o episódio ocorre 
relaxamento dos músculos dos braços e pernas e a vítima fica muito pálida e suando frio. A 
recuperação é rápida, com retorno completo da lucidez, sem a ocorrência de desorientação 
após o evento.
Fonte: SÃO PAULO (Cidade). Secretaria da Saúde. Manual de prevenção de acidentes e primeiros socorros nas 
escolas. Coordenação de Desenvolvimento de Programas e Políticas de Saúde. CODEPPS. São Paulo: SMS, 
2007. Disponível em: https://www.amavi.org.br/https://arquivos.infra-questoes.grancursosonline.com.br/arqui-
vos/amavi/ colegiados/codime/2016/Primeiros_Socorros_Manual_ Prev_Acid_Escolas.pdf. Acesso em: 11 jul. 
2019.
Baseando-se na explicação acima, analise os procedimentos de primeiros socorros.
I – Afrouxar as roupas;
II – Colocar o escolar deitado de costas no chão, sem elevar as pernas do corpo;
III – Manter a tranquilidade e afastar os curiosos;
IV – Oferecer álcool ou amoníaco para o escolar cheirar.
É correto o que se afirma em:
a) I e II apenas.
b) II e III apenas.
c) III e IV apenas.
d) II e IV apenas.
e) I e III apenas.
Vamos analisar cada uma das 4 afirmativas.
I: Verdadeira. Afrouxar as roupas e ventilar o ambiente é uma das ações importantes.
II: Falsa. Deixar a vítima deitada e com as pernas elevadas, facilitando a circulação sanguínea 
para o cérebro.
III: Verdadeira. É uma das premissas do socorrista: manter o ambiente calmo e seguro.
IV: Falsa. Nenhuma substância deve ser oferecida à vítima desmaiada, nem para cheirar nem 
para ingerir.
Letra e.
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QUESTÕES DE CONCURSO
017. (CEBRASPE/FUB/TÉCNICO DESPORTIVO/2015) Um aluno de um programa de ativida-
de física para iniciantes em uma academia, após alguns minutos fazendo musculação, quei-
xou-se de tontura e perda de visão. Logo após as queixas, ele desmaiou. Na avaliação física re-
alizada pelo instrutor que prestou os primeiros socorros, foram constatados: palidez; sudorese 
excessiva; pele fria; taquicardia; pulso rápido e fraco; e hiperventilação.
Com base na situação hipotética acima, julgue os itens que se seguem.
Na situação em apreço, caso seja eliminada a possibilidade de ataque cardíaco, o procedi-
mento que o instrutor deverá adotar consiste em posicionar o aluno em decúbito dorsal de 
modo que o tronco e a cabeça fiquem mais baixos que os membros inferiores (posição de 
Trendelenburg).
Como a vítima não tinha suspeita de ataque cardíaco, deveria permanecer deitada. O socorris-
ta pode optar pela posição de Trendelemburg (com as pernas mais elevadas que a cabeça) ou 
a posição de segurança.
Certo.
018. (IBADE/ELETRICISTA DE VEÍCULO/2019) Leia o texto a seguir e responda à questão.
Segundo o Código Penal Brasileiro é dever de cada um prestar assistência quando algum ne-
cessitado ou acidentado pedir ajuda.
Conforme o Art. 135 do Código Penal Brasileiro (DECRETOLEI N.2.848, DE 7 DE DEZEM-
BRO DE 1940):
Art. 135. Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança aban-
donada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; 
ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública:
Pena – detenção, de um a seis meses, ou multa.
Parágrafo único. A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de natureza 
grave, e triplicada, se resulta a morte.
Após a leitura, depreende-se que mesmo que você não possua conhecimento ou que não se 
sinta preparado para ajudar no momento da emergência, no mínimo deve-se solicitar o socorro 
da autoridade pública, como por exemplo o Corpo de Bombeiros Militar ou o Serviço de Aten-
dimento Móvel de Urgência (SAMU). (apostila CBMRJ/2018)
Observe a imagem a seguir.
A manobra apresentada tem por objetivo:
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a) desobstruir as vias aéreas.
b) estancar sangramento.
c) transportar vítima.
d) cuidar de fratura óssea.
e) fazer massagem cardíaca.
Vemos, claramente, no desenho, a vítima com as mãos no pescoço, chamado de gesto univer-
sal do sufocamento/engasgo/asfixia. E vemos também uma imagem da manobra de Heimlich 
para desobstrução da via aérea.
Letra a.
019. (CONSCAM/PREFEITURA DE AVARE/MONITOR/2018) “É a obstrução mecânica das vias 
aéreas da vítima, quando algo causa um ‘engasgo’ capaz de impedir a respiração. Caso não se 
atenda rapidamente a vítima, pode evoluir para uma parada cardiorrespiratória e levar à morte”. 
(Manual Básico de Primeiros Socorros – Instituto Federal Sul-Rio-Grandense, Campus Passo 
Fundo, 2017).
A definição acima se refere à(ao):
a) Convulsão.
b) Acidente Vascular Cerebral.
c) Epistaxe.
d) Asma.
e) Asfixia.
A obstrução da via aérea pode aparecer com várias expressões: asfixia, engasgamento, engas-
go, sufocamento, obstrução da via aérea por corpo estranho ou OVACE.
Letra e.
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020. (CEBRASPE/FUB/TÉCNICO DESPORTIVO/2015) Um aluno de um programa de ativida-
de física para iniciantes em uma academia, após alguns minutos fazendo musculação, quei-
xou-se de tontura e perda de visão. Logo após as queixas, ele desmaiou. Na avaliação física re-
alizada pelo instrutor que prestou os primeiros socorros, foram constatados: palidez; sudorese 
excessiva; pele fria; taquicardia; pulso rápido e fraco; e hiperventilação.
Com base na situação hipotética acima, julgue o item que se segue.
Nessa situação, os sintomas apresentados pelo aluno após o desmaio caracterizam um qua-
dro clássico de choque.
Para ser choque, deveria haver algum motivo, como sangramento ou infecção e a vítima parece 
ter chegado normal à academia, apresentando depois o problema.
Os sintomas apresentados são típicos do desmaio mesmo. Palidez é a pele descorada, taquicar-
dia significa batimentos cardíacos rápidos e hiperventilação é a respiração rápida e profunda.
Errado.
021. (QUADRIX/CREF-13ª/MOTORISTA/2018) Acerca dos procedimentos adotados em pri-
meiros socorros, julgue o item a seguir.
A vítima em estado consciente e que apresente vômito deve ser deitada e ter a cabeça inclina-
da para trás para evitar sufocamento.
Se a vítima está consciente, ela pode ficar sentada ou deitada,

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