Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Neuropsicologia Curso de Psicologia Universidade Veiga de Almeida 2018.1 Flavio Roberto de Carvalho Santos Pós-doutorando em Ciências Fisiológicas – Ciências Cognitivas e Neuropsicofarmacologia/UFES Doutor em Saúde da Criança e do Adolescente / UNICAMP Aprofundamento em Sexualité et Energie de Vie en Psychothérapie / SFU-Paris Mestre em Sexologia Clinica / UGF Especialista em Neurociências da Aprendizagem / IPUB-UFRJ Psicólogo / UGF Ementa O A Neuropsicologia e os estudos dos processos psíquicos superiores. Os transtornos das atividades mentais superiores. Espaço profissional do psicólogo na Neuropsicologia. Procedimentos e técnicas de intervenção psicológica. As drogas e o sistema nervoso central. OBJETIVO DA DISCIPLINA O Capacitar o aluno para atuar, através de procedimentos e técnicas de intervenção psicológica, junto a pacientes com problemas relacionados às questões de origem neuropsicológicas. O UNIDADE 1 - Estrutura e função do cérebro O 1 – Neurologia e Psicologia, Aspectos Gerais O 2 – A Neuropsicologia e o estudo das funções corticais superiores O 3 – Os processos mentais superiores e a organização cerebral O UNIDADE 2 - Principais funções superiores O 1 – Dificuldades da Percepção e atenção O 2 – Dificuldades de Memória O 3 – Dificuldades da Linguagem e do Pensamento O Unidade 3 - Neuropsicologia O 1 - Espaço profissional do psicólogo na Neuropsicologia O 2 - O psicodiagnóstico, o tratamento e a educação de crianças com transtornos das funções corticais superiores. O 3 – Psicodiagnóstico e o tratamento de adultos com lesões cerebrais O UNIDADE 4 - Neuropsicologia e Drogas O 1 – As drogas e o sistema nervoso central O 2 – Os tipos e caracterização das drogas O 3 – As consequências do uso de drogas no comportamento BIBLIOGRAFIA BÁSICA O FUENTES, D.; MALLOY-DINIZ, L. F.; CAMARGO, C. H. P.; CONSENZA, R. M. et al. Neuropsicologia: Teoria e Prática. Artmed, 2008. O GIL, R. Neuropsicologia. São Paulo. Livraria Santos editora. 2002. O LENT, R. Cem bilhões de neurônios: conceitos fundamentais da neurociência. São Paulo: Atheneu, 2001. . BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR O BEAR, B. W. C. Neurociências: desvendando o sistema nervoso. Artes Médicas, 2002. O MALLOY-DINIZ, L. F.; FUENTES, D., MATTOS, P.; ABREU, N. et al. Avaliação Neuropsicológica. Artmed, 2010. O MIOTTO, E. C.; SCAFF, M.; LUCIA, M. C. S. Neuropsicologia e as interfaces com as neurociências. Casa do Psicólogo. O SERAFINI, A. J.; FONSECA, R. P.; BANDEIRA, D. R.; PARENTE, Maria A. M. P. Panorama nacional da pesquisa sobre avaliação neuropsicológica de linguagem. Psicol. cienc. prof. [online]. 2008, vol.28, n.1, pp. 34-49. ISSN 1414-9893. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/pcp/v28n1/v28n1a04.pdf O PINA-FRANCA, A. Neuropsicologia: das bases anatômicas à reabilitação. Arq. Neuro-Psiquiatr. [online]. 1997, vol.55, n.1, pp. 161-161. ISSN 0004-282X. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0004-282X1997000100030. DIAS Plano de aula ( Segunda-feira) FEV 05 Apresentação do programa, livros e objetivos da disciplina no contexto da psicologia prática. UNIDADE 1 - Estrutura e função do cérebro - 1 – Neurologia e Psicologia, Aspectos Gerais 12 Feriado de Carnaval 19 2 – A Neuropsicologia e o estudo das funções corticais superiores 26 3 – Os processos mentais superiores e a organização cerebral Sugestão Livro: Princípios de neurociências – Kandel, E. – 2014 Artmed. Capitulo: A organização da cognição MAR 05 3 – Os processos mentais superiores e a organização cerebral 12 UNIDADE 2 - Principais funções superiores - 1 – Dificuldades da Percepção e atenção 19 2 – Dificuldades de Memória Sugestão Livro: Em busca da memória. Kandel, E. - 2009 Companhia das Letra. 26 3 – Dificuldades da Linguagem e do Pensamento ABR 02 Revisão de conteúdos 09 A 1 DIAS Plano de aula (segunda-feira) 16 Unidade 3 – Neuropsicologia - 1 - Espaço profissional do psicólogo na Neuropsicologia 2 - O psicodiagnóstico, o tratamento e a educação de crianças com transtornos das funções corticais superiores. 23 Feriado 30 Feriado MAI 07 3. Psicodiagnóstico e o tratamento de adultos com lesões cerebrais 14 UNIDADE 4 - Neuropsicologia e Drogas- 1 – As drogas e o sistema nervoso central 21 VII Semana da Psicologia da Saúde e luta antimanicomial 28 2 – Os tipos e caracterização das drogas JUN 04 3 – As consequências do uso de drogas no comportamento. Revisão de conteúdo 11 A2 18 Vista de prova 25 A 3 Unidade 1 Estrutura e função do cérebro O 1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais O 1.2 – A Neuropsicologia e o estudo das funções corticais superiores O 1.3 – Os processos mentais superiores e a organização cerebral 1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais O sistema nervoso tal como se conhece hoje surgiu há cerca de 30.000-35.000 anos; os seres atuais são ditos Homo sapiens sapiens ou simplesmente homens modernos. Os ancestrais mais próximos, chamados Homo sapiens neanderthalensis (homens antigos ou arcaicos), que viveram entre 130.000-35.000 anos, tinham um sistema nervoso diferente e consequentemente, uma mente diferente. Em outras palavras, assim como se admite, em relação ao gênero Homo, mudanças significativas no sistema nervoso (a mais óbvia relacionada ao aumento do tamanho do cérebro), também se admite uma evolução da mente e, especificamente, da consciência humana. 1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais O Talvez a mais antiga cirurgia de cérebro, a TREPANAÇAO (de trupanon grego, broca) - buraco de 2.5 a 5 cm de diâmetro, perfurado à mão no crânio humano vivo, sem anestesia ou assepsia, por 30 a 60 minutos. O Crânios com sinais de trepanação em várias partes do mundo, feita há mais de 40.000 anos atrás, no tempo dos Cro-Magnons. O A trepanação foi realizada ao longo de todas as eras, provavelmente por razões diferentes. Foi praticada na Idade da Pedra, no Egito Antigo, na Grécia e nos tempos pre-históricos e clássicos romanos, no Oriente Médio e Distante, entre as tribos célticas, na China (antiga e recente), na Índia, entre o maias, astecas e Incas, entre os índios brasileiros (karaya e eugano), nos Mares de Sul, e na África do Norte e Equatorial (onde eles ainda são realizadas, inacreditavelmente). O As razões para realizar este horripilante procedimento talvez tenha motivado cirurgiões modernos, como o Dr. Egas Moniz, a realizar lobotomias para aliviar sintomas mentais. 1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais As primeiras descobertas históricas e médicas sobre a trepanação na antiguidade foram feitas em 1867, por E.G. Squier, na América do Norte, e por Paul Broca, na Europa. 1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais 1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais 1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais “Se alguém quer estudar os fundamentos cerebrais da atividade psicológica, deve estar preparado para estudar tanto o cérebro quanto o sistema de atividade, tanto profundamente quanto o permitir a ciência contemporânea.” (Alexander Romanovich Luria, 1992 p.176) Rússia, 1902 -1977 1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais 1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais 1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais O desenvolvimento da neuropsicologia acompanhou a evolução do estudo do cérebro, partindo da busca pela compreensão sobre a relação entre o organismo e os processos mentais, até o estágio atual, em que tenta compreender como o sistema nervoso modula as funções cognitivas, comportamentais, motivacionais e emocionais. (Cosenza, Fuentes e Malloy-Diniz, 2008) 1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais 1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais O Na Antiguidademuitos povos eram adeptos da hipótese cardíaca, pois havia a crença de que a mente está associada ao coração. Os egípcios acreditavam que o coração era o local onde habitava a alma e embalsamavam cuidadosamente o coração dos mortos, enquanto, simplesmente, jogavam o cérebro fora. (Gazzaniga e Heatherton, 2005) O Os antigos povos da Índia e da China tinham concepções errôneas semelhantes (Gazzaniga e Heatherton, 2005). O Para Aristóteles (384-322 a.C.), o coração também era a base da mente, enquanto que o cérebro seria uma espécie de radiador, com a função de resfriar a temperatura sanguínea. (Cosenza, Fuentes & Malloy-Diniz, 2008) 1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais O No século IV a.C., o médico grego Hipócrates (460-370 a. C.), o pai da medicina, descreveu o cérebro como a localização da mente. (Gazzaniga & Heatherton, 2005) O No tratado “Da doença sagrada”, Hipócrates provou que o cérebro é a sede das sensações, o órgão dos movimentos e dos juízos. (Canguilhem, 1990) 1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais 1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais Diálogo de Platão 1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais O Ao tentar confirmar a tese hipocrática, o médico romano Galeno (130-200 d.C.), o maior dos primeiros anatomistas, praticou experiências muito engenhosas no sistema nervoso e no cérebro. (Canguilhem, 1990) O Propôs as primeiras teorias do funcionamento cerebral, postulando que espíritos animais habitavam a mente. Esses espíritos foram transformados a partir de espíritos vitais do coração localizados na rete mirabile (rede miraculosa) do cérebro, uma rede de artérias que envolve a hipófise. (Lambert e Kinsley, 2006) O Esses espíritos animais eram armazenados nos ventrículos cerebrais e, quando necessário, podiam realizar feitos impressionantes, como mover músculos ou transmitir informações sensoriais do corpo para o cérebro. (Lambert e Kinsley, 2006) 1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais Galeno pensava que o tecido cerebral dos ventrículos estava envolvido nas funções mentais superiores, ou seja, que a massa cerebral era responsável pelas atividades da mente. (Mäder, 1996) Cláudio Galeno ou Élio Galeno, mais conhecido como Galeno de Pérgamo: médico e filósofo romano. Turquia, 130 – Roma, 216 1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais 1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais O A partir da morte de Galeno, o conhecimento médico sofreu um processo de decadência qualitativa e quantitativa. Nesta decadência, dois fatores merecem ser destacados: 1 - a ampla aceitação da doutrina cristã de que o corpo tinha pouca ou nenhuma importância em comparação com a alma (daí os estudos que tinham por objeto o corpo serem considerados desprezíveis e indignos); 2 - a crença (a princípio rejeitada pela Igreja, mas depois absorvida por aqueles que professavam a religião), de que “a forma humana simboliza a estrutura do Mundo Maior, que o microcosmo é construído nos moldes do macrocosmo, que o homem é um epítome (resumo) do Universo”. (SINGER, 1996, p. 84). Daí porque o esquema do homem zodiacal, no qual os signos do zodíaco eram escritos primeiramente ao redor e depois sobre as várias partes do corpo que se supunha governassem, estava entre os produtos mais comuns da época. 1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais 1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais 1300 - 1600 Descartes, para compreender o cérebro, não se baseou unicamente em dissecações cerebrais, mas escolheu a lógica como principal meio para entender como o cérebro desencadeia o comportamento. (Lambert e Kinsley, 2006) Dessa forma, desenvolveu a primeira teoria influente de que a mente e o corpo são separados, porém interligados. (Gazzaniga e Heatherton, 2005) 1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais O O corpo, segundo ele, não era nada além de uma máquina orgânica, governada pelo reflexo, em que definia como uma unidade de ação mecânica, previsível, determinística. (Gazzaniga e Heatherton, 2005) O Nesse sentido, o cérebro seria importante para o trabalho mecânico, já a atividade mental dependeria da alma. (Nitrini, 2003) O A posição filosófica adotada sobre a questão mente-corpo, sugerindo que a mente e o corpo/cérebro são separados, foi chamada de dualismo cartesiano. 1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais O O médico inglês Thomas Willis (1621-1675) escreveu um dos livros mais importantes da história das ciências do cérebro, o Cerebri anatomie (Anatomia cerebral), em 1664. Por meio de dissecações e observações, começou a descobrir as verdadeiras funções de algumas estruturas do cérebro. (Lambert e Kinsley, 2006) O Sugeriu que os hemisférios cerebrais estariam envolvidos em funções superiores, que o corpo estriado estaria envolvido no movimento e que o tronco encefálico inferior estaria envolvido em funções fisiológicas básicas, como a respiração. Além disso, sugeriu que a imaginação estaria associada ao corpo caloso. (Cosenza, Fluentes e Malloy-Diniz, 2008). 1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais O Ele elevou as ciências cerebrais a um plano superior, durante a segunda metade do século XVII. Seu interesse tanto pela neuroanatomia como pelas doenças mentais estabeleceu seu legado como um verdadeiro pioneiro no campo da neurociência clínica. (Lambert e Kinsley, 2006) O Nesse contexto, as duas correntes teóricas – ventricular e tecidual – ainda conviveram lado a lado por algum tempo (até o final do século XVIII), e só o desenvolvimento da ciência moderna veio comprovar o acerto da segunda. (Cosenza, Fluentes e Malloy-Diniz, 2008) 1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais Franz-Joseph Gall (1758-1828), devotou sua vida a descobrir onde funções mais específicas – certas características da personalidade – se alojavam no cérebro. (Lambert e Kinsley, 2006) No começo do século XIX, Gall afirmou com confiança que “faculdades” humanas estavam sediadas em áreas cerebrais particulares e estritamente localizadas. (Luria, 1981) Para ele, se essas áreas fossem especialmente desenvolvidas, isto levaria à formação de proeminências nas partes correspondentes do crânio, e a observação de tais proeminências poderia, consequentemente, ser utilizada para determinar diferenças individuais nas faculdades humanas. (Luria, 1981) 1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais O Em 1810, Gall publica “Anatomia e fisiologia do sistema nervoso em geral e do cérebro em especial”. Neste momento surge, efetivamente, a ciência do cérebro. (Canguilhem, 1990) O Estabeleceu relações entre estruturas corticais e a intensidade das várias faculdades. O Por acreditar que as variações do córtex cerebral eram representadas por variações no crânio, criou um protocolo para apalpar os crânios dos indivíduos para relacionar as protuberâncias craniais e certas características da personalidade. (Lambert e Kinsley, 2006) O O discípulo Johann Spurzheim (1776-1832) popularizou o termo frenologia, associado à teoria da localização cerebral de Gall. Os mapas frenológicos tentavam projetar sobre o cérebro, sem muita base, a psicologia das faculdades em voga naquele tempo. (Luria, 1981) 1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais O Jean-Pierre-Marie Flourens (1794-1867), um experimentalista francês da época, foi um dos vários cientistas determinados a provar que Gall não tinha razão. 1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais O Diante desta constatação oposta ao localizacionismo, a neurologia do século XIX foi dominada por duas teorias: O localizacionista (localização de funções mentais específicas em áreas circunscritas do cérebro) O holista (cada função mental tem no cérebro, comoum todo, por substrato). 1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais O Em 1861, o anatomista francês Paul Broca (1824-1880) teve a oportunidade de descrever o cérebro de um paciente, que, por muitos anos, esteve internado na Salpêtrière com um distúrbio acentuado de fala motora, e mostrou que o terço posterior do giro frontal inferior estava destruído no cérebro desse paciente. O Ao demonstrar que a lesão de uma região específica do lado esquerdo do córtex cerebral causava graves problemas de linguagem, como a incapacidade de falar fluentemente, Broca localizou pela primeira vez uma função mental complexa em uma porção particular do córtex o que fortaleceu a teoria localizacionista. (Luria, 1981) 1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais 1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais O Meados do século XIX, pesquisadores começaram a entender que várias estruturas do cérebro estavam relacionadas com funções específicas, crescia o interesse na forma dessas estruturas cerebrais. (Lambert e Kinsley, 2006) O A natureza das unidades individuais, ou neurônios, passou a ser identificada e descrita. O O médico italiano Camillo Golgi (1843-1926), tentou impregnar células nervosas com corante de prata para visualizar a estrutura do neurônio. Após imergir o tecido em nitrato de prata por um dia ou mais, lavava com uma série de soluções de álcool e óleo, fazendo com que o processo produzisse uma imagem do neurônio. (Lambert e Kinsley, 2006) 1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais O Em 1870, esse processo passou a ser conhecido como a coloração de Golgi, um método de preparação de tecidos que permite o exame de neurônios isolados. (Gazzaniga e Heatherton, 2005) O A partir disso, Golgi desenvolveu uma das primeiras teorias sobre a natureza do sistema nervoso, a teoria do retículo neural, na qual sugeriu que o sistema nervoso era formado por extensões contínuas de células nervosas. (Lambert e Kinsley, 2006) 1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais O Golgi desenvolveu uma das primeiras teorias sobre a natureza do sistema nervoso, a teoria do retículo neural, e sugeriu que o sistema nervoso era formado por extensões contínuas de células nervosas. (Lambert e Kinsley, 2006) O A teoria do retículo neural de Golgi logo foi desafiada pelo histologista espanhol, Santiago Ramón y Cajal (1852-1934). O Ao utilizar a coloração de Golgi para mapear a anatomia microscópica de diferentes regiões do cérebro, Cajal afirmou, corretamente, que o sistema nervoso é composto por células distintas. (Gazzaniga e Heatherton, 2005) 1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais O As ilustrações de Cajal mostraram que o cérebro não era uma rede contínua, mas sim um conjunto de unidades celulares discretas e, como não havia encontrado evidências da teoria do retículo neural em suas observações das células nervosas, sugeriu que os neurônios eram estruturas independentes. Sendo assim, desenvolveu a teoria da doutrina neuronal, em que afirmou que unidades separadas, ou neurônios, ao contrário de unidades contínuas formam o sistema nervoso. (Lambert e Kinsley, 2006) 1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais O No final do século XIX, neurologistas concluíram que o cérebro consistia em um conjunto de regiões funcionais altamente especializadas, que controlavam a fala, os movimentos e a visão. (Rosenfield, 1994) O O trabalho inicial de Willis, em 1664, com cérebros de animais, sugeriu que os hemisférios cerebrais estariam envolvidos em funções superiores, que o corpo estriado estaria envolvido no movimento e que o tronco encefálico inferior estaria envolvido em funções fisiológicas básicas, como a respiração. (Lambert e Kinsley, 2006) O Willis apresentou a existência da localização de funções mais gerais. (Lambert e Kinsley, 2006) O Broca descobriu que uma área do lobo frontal esquerdo estaria envolvida na produção da fala. (Gazzaniga e Heatherton, 2005) O Suas observações foram recebidas com entusiasmo e, nos anos seguintes, ele encontrou mais casos que confirmaram a existência do “centro da linguagem”. Broca (Lambert e Kinsley, 2006) estava intrigado pelo fato de a lesão, em todos esses casos, ser no hemisfério esquerdo, e propôs que o centro da linguagem se localizava nele, sugerindo a dominância cerebral desse hemisfério nas habilidades linguísticas. Foi o primeiro a convencer o mundo médico de que a função cerebral era localizada e a frenologia teve sua importância nesse processo. (Rosenfield, 1994) 1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais O Em 1873, o psiquiatra alemão Carl Wernicke (1848-1905) publicou casos em que lesão do terço posterior do giro temporal superior esquerdo resultava na perda da capacidade de entendimento da fala audível. (Luria, 1992) O Ele afirmou encontrar o “centro de imagens sensoriais das palavras” ou o “centro do entendimento da fala” (Luria, 1981), chamada de área de Wernicke. O Dessa forma, enquanto a região do lado esquerdo do cérebro – área de Broca – era responsável, de algum modo, por traduzir a linguagem formulada no cérebro para os movimentos mecânicos das cordas vocais, da língua e da boca (Rosenfield, 1994), a área de Wernicke continha as “representações auditivas da palavra”, ou seja, os registros de cada palavra isolada. (Rosenfield, 1994) 1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais O No século XIX, a neurociência deparou-se com o caso marcante do paciente Phineas Gage, que teve alterações comportamentais decorrentes de lesão frontal. O caso de Gage tornou evidente uma ligação entre uma lesão cerebral específica e uma limitação da racionalidade. (Damásio, 1996) 1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais O Nos anos de 1880 os neurologistas e psiquiatras eram capazes de organizar “mapas funcionais” do córtex cerebral. Achavam que haviam resolvido o problema da relação entre a estrutura cerebral e a atividade mental. O Alguns cientistas reprovaram esse tipo de teoria. O Entre eles o neurologista inglês John Hughlings-Jackson (1835-1911). Suas ideias vinham de observações que pareciam desafiar a teoria da localização proposta por Broca. Em estudos de distúrbios motores e da fala, ele notou que lesões de uma área em particular nunca causavam uma perda completa da função. Dessa forma, ocorria um paradoxo: algumas vezes o paciente se movia ou falava de maneira que, sob o prisma da localização estrita, seria impossível. (Luria, 1992) 1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais Hughlings-Jackson resolvia paradoxos em que “não” é ao mesmo tempo possível e impossível, sugerindo que todas as funções psicológicas têm uma complexa organização “vertical”. Ele levantou a hipótese de que a organização cerebral dos processos mentais complexos deve ser abordada do ponto de vista do nível da construção de tais processos, em vez de ser considerada do ponto de vista de sua localização em áreas particulares do cérebro (Luria, 1981). Sendo assim, cada função tem uma representação num nível “inferior” da medula espinhal ou no tronco cerebral; está representada num nível “médio” ou motossensorial do córtex; e tem finalmente uma representação em um nível “superior”, presumivelmente nos lobos frontais. (Luria, 1992) 1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais Algumas tentativas frustradas do localizacionismo foi marcada com o médico francês Jean-Martin Charcot (1825-1893) ao se interessar pela localização cerebral e tentou ajudar Broca em suas pesquisas, enviando-lhe algumas pacientes com habilidades linguísticas comprometidas. Observou que alguns pacientes tinham algo parecido com um problema comportamental, mas não apresentavam patologias cerebrais. (Lambert e Kinsley, 2006) 1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais Raízes do antilocalizacionismo de Freud “Freudreteve de seus mestres a convicção de que os processos psíquicos não são de modo algum independentes dos processos fisiológicos do cérebro” (p. 83) “acolheu a convicção de que a atividade da mente era solidária com o funcionamento do cérebro, que não se podia conceber funções mentais ou experiências subjetivas sem que alguma forma de funcionalidade neural a tornasse possível.” (p.85) 1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais O O psicólogo americano Karl Lashley (1890-1958), pai da psicologia fisiológica, tentou localizar o traço da memória, acabou por defender a ideia de que as funções superiores só poderiam resultar do funcionamento do cérebro como um todo. Ele treinou ratos para percorrerem labirintos e, depois, removeu sistematicamente partes de seus cérebros, na tentativa de determinar a localização de suas memórias referentes ao trajeto no labirinto. (Gazzaniga e Heatherton, 2005) 1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais O A partir de seus estudos, Lashley concluiu que as funções superiores de memória e aprendizado dependem da organização dinâmica do cérebro como um todo, ou seja, não são mediadas por nenhum sistema neural específico, mas sim distribuídas por todo o cérebro. (Ledoux, 2001) O Ao considerar o cérebro um organizador ativo e dinâmico do comportamento, Lashley então propôs uma lei da ação de massa, que diz que o córtex é basicamente indiferenciado e participa igualmente de todo o pensamento. (Sternberg, 2008), Lashley (Gazzaniga e Heatherton, 2005) 1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais “O exame das estruturas de sistemas funcionais em geral, e das funções psicológicas superiores em particular, levou-nos a uma visão completamente nova das ideias clássicas de localização da função mental no córtex humano. Enquanto funções elementares de um tecido podem, por definição, ter uma localização precisa em agrupamentos celulares particulares, não se coloca, evidentemente, o problema da localização de sistemas funcionais complexos em áreas limitadas do cérebro ou de seu córtex”. Luria (1981, p 15) 1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais O Até cerca de 1880, a psicologia era apenas um ramo da filosofia, ou seja, jamais havia sido considerada uma disciplina acadêmica independente. O A psicologia científica surgiu quase simultaneamente nos Estados Unidos, na Inglaterra, na Alemanha e na Rússia. De acordo com Luria (1992), ainda que os compêndios deem a Wilhelm Wundt (1832-1920) o crédito pela fundação do primeiro laboratório experimental, em Leipzig, 1879, essa nova abordagem ao estudo da mente não era privilégio de qualquer indivíduo ou país. O Quase à mesma época, William James (1842-1910), por exemplo, encorajava seus estudantes a realizarem experimentos, em Harvard. 1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais O A passagem de Wundt com sua proposta estrutural da mente consciente, de Titchener com o estruturalismo nos Estados Unidos e as críticas ao estruturalismo feitas por William James pela teoria funcionalista. O James acreditava que os psicólogos deveriam examinar as funções realizadas pela mente. Sua abordagem à psicologia, que se tornou conhecida como funcionalismo, preocupava-se mais com o modo pelo qual a mente opera, do que com o que a mente contém. Desse modo, o funcionalismo sugeria que os psicólogos deveriam concentrar-se nos processos de pensamento, em lugar de concentrar-se em seus conteúdos. (Sternberg, 2008) O Nesse sentido, o objeto de estudo ideal dos funcionalistas era formado por mente e comportamento, ou seja, como funcionam, se relacionam e favorecem a adaptação do indivíduo ao meio. (Andrade e Santos, 2004) 1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais O No início do século XX, o fisiologista russo Ivan Pavlov (1849-1936) deu à psicologia experimental, que buscava uma abordagem empírica para entender dos eventos mentais, uma nova esperança de se tornar uma ciência “respeitável”. (Lambert e Kinsley, 2006) O Pavlov estudava uma forma básica de aprendizagem associativa, com observação de que cachorros salivavam em resposta à visão do técnico de laboratório que os alimentava. Essa resposta ocorria antes que os cachorros ver a comida. Para Pavlov, essa resposta indicava uma forma de aprendizagem sobre a qual os cachorros não tinham qualquer controle consciente, ou seja, era involuntária. (Sternberg, 2008) 1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais 1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais 1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais 1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais O Nos Séculos XX e XXI, Luria investigou as funções superiores nas suas relações com os mecanismos cerebrais. O O SN funciona como um todo. O O ambiente social como determinante dos sistemas funcionais responsáveis pelo comportamentos humano. O As funções psíquicas são localizadas dinamicamente com a ajuda de diferentes neurônios. 1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais 1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais 1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais 1.2 – A Neuropsicologia e o estudo das funções corticais superiores 1.2 – A Neuropsicologia e o estudo das funções corticais superiores Funções corticais superiores O Sensação O Percepção O Pensamento O Atenção O Memória O Motivação O Emoção O Linguagem O Aprendizagem O Cognição 1.2 – A Neuropsicologia e o estudo das funções corticais superiores 1.2 – A Neuropsicologia e o estudo das funções corticais superiores 1.2 – A Neuropsicologia e o estudo das funções corticais superiores 1.2 – A Neuropsicologia e o estudo das funções corticais superiores 1.2 – A Neuropsicologia e o estudo das funções corticais superiores 1.2 – A Neuropsicologia e o estudo das funções corticais superiores 1.2 – A Neuropsicologia e o estudo das funções corticais superiores Cap. 18 A organização da cognição O – Kandel – Princípios de neurociências – p.346-362 1.3 – Os processos mentais superiores e a organização cerebral 1.3 – Os processos mentais superiores e a organização cerebral 1.3 – Os processos mentais superiores e a organização cerebral 1.3 – Os processos mentais superiores e a organização cerebral 1.3 – Os processos mentais superiores e a organização cerebral 1.3 – Os processos mentais superiores e a organização cerebral As 3 unidades funcionais de Luria: O A participação dessas unidade é necessária para qualquer tipo de atividade mental O I Unidade: Regula o estado do córtex cerebral, alterando seu tono e mantendo o estado de vigília. Região cerebral: formação reticular. O II Unidade: função de receber e armazenar informações. Regiões cerebrais: lobo occipital (visuais); temporal (auditivas) e parietal (sensorial geral). O III Unidade: Elabora programas de comportamento, responde pela sua realização e participa do controle de sua execução. Regiões cerebrais: anteriores, frontais ou pré-frontais. 1.3 – Os processos mentais superiores e a organização cerebral 1.3 – Os processos mentais superiores e a organização cerebral 1.3 – Os processos mentais superiores e a organização cerebral 1.3 – Os processos mentais superiores e a organização cerebral 1.3 – Os processos mentais superiores e a organização cerebral 1.3 – Os processos mentais superiores e a organização cerebral 1.3 – Os processos mentais superiores e a organização cerebral 1.3 – Os processos mentais superiores e a organização cerebral Lobo Frontal 1.3 – Os processos mentais superiores e a organização cerebral 1.3 – Os processos mentais superiores e a organização cerebral 1.3 – Os processos mentais superiores e a organização cerebral 1.3 – Os processos mentais superiores e a organização cerebral 1.3 – Os processos mentais superiorese a organização cerebral O Lesão no CPF traz prejuízo no planejamento e verificação das atividade mentais: FE O EX: síndromes demenciais, déficit intelectual (atenção, motivação, memoria de trabalho, organização em tarefas de copia e aprendizagem, déficit de raciocínio e FE) 1.3 – Os processos mentais superiores e a organização cerebral Lobo Occipital 1.3 – Os processos mentais superiores e a organização cerebral Perda parcial da visão 1.3 – Os processos mentais superiores e a organização cerebral Lobo Temporal 1.3 – Os processos mentais superiores e a organização cerebral O Córtex auditivo primário: área de projeção primária da audição é ativada por todos os sons. O Córtex auditivo secundário: ativado apenas por sons da linguagem falada, os fonemas. O Área de Wernick: área de associação sensorial – compreensão das palavras não só ouvidas, mas lidas 1.3 – Os processos mentais superiores e a organização cerebral 1.3 – Os processos mentais superiores e a organização cerebral 1.3 – Os processos mentais superiores e a organização cerebral 1.3 – Os processos mentais superiores e a organização cerebral Lobo Parietal 1.3 – Os processos mentais superiores e a organização cerebral 1.3 – Os processos mentais superiores e a organização cerebral 1.3 – Os processos mentais superiores e a organização cerebral 1.3 – Os processos mentais superiores e a organização cerebral 1.3 – Os processos mentais superiores e a organização cerebral Unidade 2 Principais funções superiores O 1 – Dificuldades da Percepção e atenção O 2 – Dificuldades de Memória O 3 – Dificuldades da Linguagem e do Pensamento Principais funções superiores Percepção O Sentir e perceber são um processo único, que é o da recepção e interpretação de informações. O Sensação: simples consciência dos componentes sensoriais e das dimensões da realidade (mecanismo de recepção de informação). O Percepção: supõe as sensações acompanhadas dos significados que é atribuído como resultado da experiência anterior (mecanismo de interpretação de informações). 2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção O Sensação é o fenômeno que o mundo externo produz e que atua sobre os órgãos dos sentidos e reflete no cérebro, isto é, o cérebro se conecta com o mundo circundante por meio dos receptores/sensores. O As sensações tem origens diferentes dos estímulos: O Interoceptivas O Proprioceptivas O Exteroceptivas 2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção O Quando as sensações são integradas pela palavra, ganham conteúdo simbólico e transforma-se em percepção, um complexo de sinais com significação. O O desenvolvimento da percepção depende da construção e da estabilização de novas conexões entre as vias nervosas sobre os quais o ambiente exerce efeito crítico. 2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção O CPF além de suas funções motoras, exerce também importante funções cognitivas, comportamento e de linguagem que se encontram hierarquicamente organizadas dentro de um ciclo percepção-ação onde existe um fluxo circular de informações do ambiente para áreas sensoriais, e destas para área motora, que por sua vez retornam a informações para o ambiente sob a forma de expressão comportamental (Fuster, 2004). Assim, as áreas posteriores do Córtex são responsáveis pela percepção das informações do meio e as áreas frontais pela funções executivas do comportamento, seguido de um gradiente ontogenético do córtex sensorial primário para áreas de associações multifatoriais (Fuster, 2001). O nível mais elevado é o córtex pré-frontal (CPF), o qual integra as informações mais elaboradas da percepção e da exclusão do comportamento (Fuster, 200, 2001, 2004). O processamento das informações neste ciclo percepção-ação ocorre tanto em série como em paralelo (Koechilin et al , 2003). (Benevides, M. 2007 – UFES) 2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção 2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção Funções visuoperceptivas O Os principais processos cognitivos associados à identificação e ao reconhecimento de objetos incluem os processos visuais primários, perceptivos e associativos. Processos visuais primários O Relacionam-se a acuidade visual, discriminação de formas, cor, textura, movimentos e posição. O Seus correlatos neurais incluem as áreas cerebrais de projeção primária, tanto do hemisfério esquerdo como no direito. 2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção O Os testes neuropsicológicos e baterias mais utilizados na avaliação desses processos são: O Processos visuais primários: acuidade; localização e contagem de pontos; figura e fundo; discriminação de formas e discriminação de cor. (CORVIST) 2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção Processos perceptivos O Integram os processos visuais primários em estruturas perceptivas coerentes, possibilitando perceber a forma de um objeto. Áreas visuais associativas, como o córtex parietal e temporo-occipital, no hemisfério direito, estão particularmente relacionadas a essas estruturas. Alteração desses processos pode produzir o quadro de agnosia aperceptiva. 2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção O Agnosia aperceptiva: testes de letras e números fragmentados; decisão de objeto e silhuetas; figuras sobrepostas; perspectivas não usuais e cópia de figuras. 2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção Processos associativos O São responsáveis pela análise semântica do objeto ou reconhecimento do seu significado e estão vinculados às regiões temporo-occipitais nos dois hemisférios cerebrais. Alterações desses processos pode produzir o quadro de agnosia associativa. 2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção O Agnosia associativa: testes de nomeação de figuras de animais; ferramentas utensílios domésticos acompanhados de perguntas sobre as propriedades desses objetos, onde podem ser encontrados, como agrupa-los de acordo com o seu uso ou característica a qual pertence (Ex. agrupar animais selvagens e domésticos, utensílios de cozinha e ferramentas, frutas e verduras, etc.) 2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção ATENÇÃO Os problemas da atenção não é uma preocupação nova, pois foi descrita em 1845, e como síndrome particular foi proposta em 1905. É uma função cognitiva bem complexa e diversos comportamentos resultam de um nível adequado de atenção para serem bem sucedidos, por exemplo: assistir um filme e compreendê-lo; manter o foco de conversação em um ambiente ruidoso. 2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção O A atenção também é um pré-requisito fundamental para o processo de memorização. O conceito de atenção é definido pela seleção e manutenção de um foco, seja de um estímulo ou informação, entre as inúmeras que se obtém pelos sentidos, memórias armazenadas e outros processos cognitivos. Em outras palavras, se dirige a atenção para o estímulo que se julga ser importante em um exato momento. Os outros estímulos que não os principais, passam a fazer parte do “fundo” não sendo mais os focos na atenção. O Instrumento avaliativo: BPA (Bateria Psicológica de Atenção) O Localização neuroanatômica: CPFDL 2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção Presente desde o início das investigações em Psicologia. Em 1890, Willian James definiu a atenção como sendo constituída pela focalização, concentração e consciência. Esse pioneiro entre os pesquisadores da cognição investigou a quantidade de ideias que o indivíduo pode ter ao mesmo tempo e classificou os modos de atenção: a) ativos, quando controlados pelos objetivos ou expectativas do indivíduo b) passivos, quando controlados por estímulos externos (Matlin, 2004 apud Simões, 2014) 2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção O Prestar ATENÇÂO é focalizar aconsciência, concentrando os processos mentais em uma única tarefa principal e colocar as demais em segundo plano. O Essa ação focalizadora só se torna possível por sensibilizar seletivamente um conjunto de neurônios de certas regiões cerebrais que executam a tarefa principal, inibindo as demais. Dois aspectos principais da atenção: 1 – a criação de um estado de sensibilização (alerta) 2 – a focalização desse estado geral de sensibilização sobre certos processos mentais e neurobiológicos (atenção) (Lent, 2010) 2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção O Atenção sobre estímulos sensoriais/percepção seletiva – sons, imagens, etc O Atenção mental/cognitiva seletiva – atividades mentais como cálculos, lembranças, pensamentos, etc. 2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção O Atenção: função que fornece base para a organização dos processos mentais. É foco. Ao conferir diretividade, seletividade e estabilidade aos processos mentais superiores, permite a escolha dos elementos essenciais para cada atividade, determinando assim o seu foco. (Gomes, 2005) 2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção O Diretividade: significa orientar a atividade de busca do estímulo. O Seletividade: capacidade de concentrar o foco da atividade nos estímulos significativos e ignorar os estímulos irrelevantes. O Estabilidade: adoção de postura que facilite a recepção do estímulo e a manutenção do foco na atividade cognitiva. 2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção O A atividade dos Processos Mentais Superiores é um processo complexo, pois o SNC está em constante função com grupos de estímulos onde deve selecionar aqueles que são relevantes para uma atividade requisitada no momento. O Quanto maior o grau de ATENÇÃO, maior será a qualidade organizada da atividade mental. 2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção O Não há estímulos isolados e áreas corticais funcionais isolados no processo. O Todo processo cognitivo tem um caráter sistêmico. O A atenção é um processo que fornece a base da atividade mental e o comprometimento da atenção produz (e revela) perturbação da cognição e do comportamento. O A organização cerebral que possibilita o processo mental da atenção entra em funcionamento e permite transformações qualitativas no modo de focalizar a atividade, que se modifica no curso do desenvolvimento humano pela integração de novos módulos operativos (maturação) ao sistema existente ao nascimento. 2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção O A ATENÇÃO, do ponto de vista do processo de desenvolvimento humano, destaca o processo de internalização da atenção, a transformação da atenção elementar em atenção superior que vai desde involuntária a voluntária, passando por instável a estável. É uma transição evolutiva que ocorre durante o neuropsicodesenvolvimento infantil. (Gomes, 2005) Internalização /desenvolvimento da atenção O Involuntária elementar primária O Voluntária instável O Voluntária estável 2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção Involuntária elementar primária O Predomina logo após ao nascimento, sendo a atenção involuntária que é atraída por estímulos intensos ou biologicamente significativos. O É uma atenção biológica, está determinada geneticamente a partir da reação de concentração que é um reflexo inato de alerta. O É organizada pelo Sistema Reticular, primeira unidade cerebral que modula o tônus cortical via neurônios em rede que respondem de modo inespecífico (a S de qualquer natureza). O SR sinaliza a presença de estímulo, sendo ativado ou inibido a partir de estímulos do mundo externo (Exterocepção), do mundo interno (Interocepção) e das intenções ou desejos. 2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção O A formação reticular ascendente estabelece conexões com núcleos do tálamo e com o córtex cerebral e, por sua função ativadora, é um dos sistemas mais importantes para garantir a forma mais primária e inespecífica de atenção: estado generalizado de vigília. Sistema Ativador Reticular Ascendente 2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção Voluntária Instável O Predomínio do Sistema Límbico sobre o Sistema reticular, onde ganha a seletividade. O A criança consegue dirigir, selecionar a sua atividade mental, mas ainda está sujeita às interferências que mudam o foco da atenção. O Será o outro que irá ajudar no foco para a criança. Nesta fase de atenção, com a nomeação ou o apontar, principalmente no período de um ano de idade, é que será auxiliado com o desenvolvimento da fala. O Este período vai até aproximadamente até 2 anos e 6 meses. 2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção Voluntária estável O O funcionamento ótimo das zonas frontais é essencial para a atenção voluntária estável. O Os lobos frontais são responsáveis pelas formas superiores de atenção por inibir respostas impulsivas (Controle inibitório) a estímulos irrelevantes; por modular o tônus cortical a partir da atividade induzida por uma instrução oral; por preservar o comportamento dirigido a metas, sendo seletivo e programado. O Até as maturação do SNC para a plena funcionalidade, o SNC opera com formas de atenção mais suscetíveis à perturbação por S irrelevantes e que não se beneficiam do auxilio verbal. 2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção O A ATENÇÃO involuntária origina a voluntária. O A ATENÇÃO involuntária ocorre por S intensos e a voluntária é ‘despertada’ por S direcionados (aprendizagem, social, gestos, palavras...). O A organização da ATENÇÃO da criança é resultado de interações orientadas socialmente. A criança ao falar e apontar expressa sua dificuldade/facilidade, faz com que o outro a auxilie em sua necessidade corretiva/instrutiva. 2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção O O cérebro ao se deparar com um estímulo (concreto ou simbólico), este estimulo é sinalizado pela Formação Reticular apenas quanto à sua existência. As zonas mediais são ativadas a seguir para determinar se o estímulo é novo ou antigo e se será selecionado para dirigir ou não a atenção ativa. O Estímulos antigos: ativação de zonas mediais a partir de ação de armazenamento. O Estímulos novos: ativação das regiões frontais para processamento e síntese aferente e construir o programa de ação adequado. 2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção Em todo processo de desenvolvimento neuropsicológico, a criança aprende a controlar as alterações do foco atencional produzidas pelos estímulos interferentes, até que consegue manter o curso de sua atividade mental independentemente dos estímulos que a perturbam. 2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção Etapas Involuntária Voluntária Instável Voluntária Estável Área anatômica Sistema reticular Sistema límbico Córtex Pré-frontal Propriedade Diretividade Seletividade Estabilidade Organização cerebral da Atenção (Gomes, 2005) 2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção O Entre 3 e 4 anos de idade, a criança já é capaz de se dar uma ordem verbal e orientar sua ATENÇÃO e seu comportamento a partir desta ordem. O Entre 4 anos e 6 meses a 5 anos de idade, pela maturação das regiões frontais, a ATENÇÃO voluntária começa a ganhar estabilidade e consegue obedecer a uma instrução oral, sendo capaz de manter por alguns minutos a direção do curso da atividade mental. O A partir dos 7 anos de idade, observa-se a atenção voluntária com caráter de estabilidade, sendo capaz de reduzir os estímulos competidores de moderada intensidade e manter o foco de atenção na atividade que realiza por cada vez mais tempo. 2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção O Após os 7 anos de idade é que a ATENÇÃO voluntária estável se torna organizada, atingindo completa estabilidade por volta dos 12 anos de idade, quando se conclui o ciclomaturativo das funções biológicas. O Esta forma de ATENÇÃO é caracterizada pela existência de mudanças claras e duradouras nos potenciais evocados nas áreas sensoriais do córtex que se conjugam com potenciais das zonas frontais, que passam a desempenhar uma função importante nas formas complexas de ATENÇÃO superior voluntária, resistente a fatores competidores de grande intensidade. (Gomes, 2005) 2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção Etapas de internalização da atenção A T E N Ç Ã O INVOLUNTÁRIA 1º Sistema de Sinais consciência natural reflexa incondicionada reação de concentração 0 – 1 m Inibição de todo o organismo – reflexo inato de alerta – respostas vegetativas – aumento freq. respiratória + vasoconstrição periférica + vasodilatação cerebral + parada das atividades irrelevantes reflexo de orientação 1 – 4 m Respostas vegetativas + inibição ritmo alfa + reforços potenciais evocados – volta-se para estímulos atividade investigativa 4 – 12 m Constância de percepção – localiza estímulos – permanência do objeto VOLUNTÁRIA Palavra torna-se agente organizador da atividade psíquica 2º Sistema de Sinais Instável 1 – 1,5 a Alerta com instrução verbal 1,5 - 2,5 a Obedece instrução com interferência 2,5 -4,5 a Regulação verbal externa – fala egocêntrica – aumenta velocidade de desenvolvimento zonas frontais Estável 4,5 – 7 a Obedece instrução verbal sem interferência – aumentos potenciais evocados frontais – auto- regulação verbal interna – fala interna 7 - 12 a Potenciais evocados simultâneos frontais e zonas terciárias do córtex posterior 12 a ... Mudanças claras e duradouras de potenciais evocados frontais O A atenção tem função primordial cotidiana, pois as atividades mentais ocorrem no contexto de ambientes plenos de estímulos variados, relevantes ou não, que se sucedem ne modo ininterrupto. Assim exigem atenção! O Os diversos estímulos que atingem os órgão sensoriais devem ser selecionados de acordo com o objetivo pretendido, seja consciente ou não. O Diversas funções cognitivas dependem intensamente da ATENÇÃO, em especial a MEMÓRIA. (Coutinho; Mattos & Abreu, 2010 – Avaliação neuropsicológica) 2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção O Uma das características da atenção é a dependência do interesse e da necessidade (motivação) em relação à tarefa em questão. O Tarefas que atinjam centros encefálicos relacionados ao prazer (Sistema de recompensas) mais facilmente mantém o foco. 2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção Atenção sustentada Capacidade de se manter focado e atento à tarefa que está sendo executada. Atenção seletiva Capacidade de manter o foco, apesar de entradas sensoriais ou distrações. Atenção dividida Capacidade de lembrar informações e manter o foco em algo enquanto realiza outra tarefa 2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção Neurofisiologia da atenção O Três grandes circuitos neurofisiológicos: 1 – Rede de atenção visual 2 – Rede executiva 3 – Rede de vigilância (Coutinho; Mattos & Abreu, 2010 – Avaliação neuropsicológica) 2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção 1 – Rede de atenção visual Assimétrica, com dominância à direita, envolve o lobo parietal direito, os colículos superiores e o núcleo pulvinar do tálamo, onde este último parece funcionar como um relé ‘amplificador’ das aferências ao córtex. 2 – Rede de atenção executiva Envolve o Giro do Cíngulo. Uma vez que a atenção mudou para um novo foco e o conteúdo visual foi ‘transmitido’, a rede executiva entra em funcionamento colocando o estímulo no reconhecimento consciente da identidade de um objeto e que ele atende a um objetivo pré-determinado. 3 – rede de atenção de vigilância Responsável pela manutenção do estado de alerta. É uma rede assimétrica e envolve os lobos frontal e parietal direitos. A ativação dessa rede ocorre quando se aguarda sinais infrequentes, sendo que a rede executiva permanece hipofuncional quando essa rede está ativada. 2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção O A ATENÇÃO se refere a um conjunto de processos que permitem controlar a atividade nervosa relacionada a eventos externos e/ou internos, de modo a selecionar aspectos que receberão processamento prioritário. O Esses processos podem incluir a intensificação da atividade nervosa em circuitos relacionados a informações sensoriais presentes e/ou esperadas, a manutenção e/ou o resgate de informações arquivadas na memória e ações ou planos motores. O O desenvolvimento dessa habilidade de controlar a atividade nervosa depende da história de interação do organismo com o ambiente. (Xavier, 2015) 2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção Avaliar os diferentes aspectos da atenção: 1. atenção seletiva: quando o indivíduo escolhe um estímulo ao qual prestará atenção, por exemplo, ler um livro ao invés de assistir tv, mesmo que esta esteja ligada e faça ruídos ao fundo. 2. atenção dividida: caracteriza-se pela capacidade do indivíduo em prestar atenção em mais de um estímulo ao mesmo tempo, por exemplo, conversar enquanto dirige um veículo, trabalhar no computador enquanto atende ao telefone. 2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção O Problemas de concentração podem ser resultantes de um distúrbio atencional simples, ou a uma inabilidade de manter o foco de atenção intencional, ou até aos dois problemas ao mesmo tempo. O No nível seguinte de complexidade, está o rastreamento mental que também é afetado por dificuldades atencionais. A preservação da atenção é um pré-requisito para atividades que requeriam, tanto concentração, como rastreamento mental. A habilidade de manter a própria atenção focada em um conteúdo mental fica diminuída, ou seja, pode-se ter dificuldade de para se manter uma sequência de pensamentos simples, o que invariavelmente compromete a habilidade de solução de problemas mais complexos. 2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção Processos atencionais O Os processos atencionais associados às funções executivas não são unitários e, do ponto de vista didático, podem ser classificados em pelo menos 3 tipos: 1. Atenção sustentada 2. Atenção alternada 3. Atenção seletiva 2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção Atenção sustentada O É um estado de prontidão para identificar e responder a estímulos por período prolongado de tempo. O Testes específicos para atenção sustentada abrangem o teste de atenção concentrada (AC); D2; Testes de cancelamento diversos e outros. 2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção O A AC fornece uma informação que se refere a atenção sustentada, que indica a capacidade de uma pessoa em selecionar apenas uma fonte de informação diante de vários estímulos distratores em um tempo predeterminado. 2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção Atenção alternada O Envolve a capacidade de atender duas ou mais fontes de estímulos alternadamente. Pode ser avaliada no teste de trilhas. O Fornece uma informação que se refere capacidade de uma pessoa em focar sua atenção e selecionar ora um estimulo, ora outro, por um determinado período de tempo e diante de vários estímulos distratores . 2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção Atenção seletiva O Habilidade de direcionar e manter a atenção em uma determinada fonte de estimulo, ignorando estímulos não relevantes. O Stroop e Teste de atenção seletiva 2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção Atenção dividida O Fornece a informação que indica a capacidade de uma pessoa para procurar dois ou mais estímulos simultaneamente em um tempo predeterminado, e com vários distratores ao redor. 2.1 – Dificuldades da Percepçãoe atenção O No DSM V (2014) – Transtornos neurocognitivos (TNCs) são delirium, seguido por síndromes de TNC maior, TNC leve devido a: O Alzheimer, TNC frontotemporal, TNC vascular, TNC com corpos de Lewy, TNC devido a Parkinson, TNC devido a lesão cerebral traumática, TNC devido a infecção HIV, por substancias/medicamentos, doença de Huntington, doença de prion, devido a condição médica, e de múltiplas etiologias. O e seus subtipos etiológicos. 2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção Domínios neurocognitivos DSM V, 2014 2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção A memória de trabalho Uma função complexa dos lobos frontais em interface entre memória e atenção Mnemosine Deusa grega, personificação da memória, a deusa de memória. Filha de Géia e Urano. Tendo se unido a Zeus gerou nove filhas: as Musas. O esquecimento das tristezas e cessação dos cuidados eram governados pela personificação de Lethe ou Lesmosyne - a deusa do esquecimento. Como um rio, faz parte do Mundo Subterrâneo que era denominado "campos leteus ou a casa de Lethe", mas, na região infernal havia também uma fonte de Mnemosine. 2.2 – Dificuldades de Memória A memória comporta processos complexos pelos quais um individuo codifica, armazena e resgata informações. 2.2 – Dificuldades de Memória O É uma das funções neuropsicológicas mais complexas e que possibilita ao ser remeter-se a experiências impressivas, auxiliando na comparação com experiências atuais e projetando-se nas prospecções e programas futuros de modo a ajustar o comportamento. O A memória não é unitária ou separada, mas consiste em diferentes componentes, mediados por processos que são conduzidos por uma circuitaria neural específica. (Abreu e Mattos, 2010) 2.2 – Dificuldades de Memória 2.2 – Dificuldades de Memória 2.2 – Dificuldades de Memória Memória de trabalho O é a capacidade de armazenar informações, lembrar e utilizá-las no presente. O bom funcionamento da memória depende inicialmente do nível de atenção. Para que o bom armazenamento aconteça outras atividades cognitivas como a capacidade de percepção e associação é importante para que as informações possam ser armazenadas com sucesso. Refere-se à habilidade de sustentar a informação em mente por tempo limitado, enquanto a utiliza para solução de algum problema, atualiza informações necessárias a uma atividade ou realiza outra tarefa. Localização: CPFDL O A memória de curto prazo, ou memória de trabalho, armazena uma quantidade limitada de informações por alguns minutos. A memória de trabalho possibilita, por exemplo, discar um número de telefone que alguém acabou de lhe dizer ou repetir algumas frases de um texto lido naquele exato momento. memória de longo prazo O tem capacidade maior para o armazenamento de informações, que permanecem com o indivíduo durante longos períodos, podendo até ficar guardadas indefinidamente. O Ex.: lembranças de fatos ocorridos na infância, o aprendizado de conteúdos escolares, a fisionomia ou o nome de alguém que ao se vê há tempos, etc. Dentro da memória de longo prazo, encontram-se os seguintes tipos: 2.2 – Dificuldades de Memória 1. memória episódica: fazem parte desse conjunto os eventos vivenciados pela pessoa que os recorda, em um determinado tempo e lugar: uma viagem de férias, o primeiro dia num emprego, o nascimento de um filho, ou até eventos negativos como uma situação de violência. Assim, a memória episódica é constituída por lembranças autobiográficas que representam um significado importante para o indivíduo. 2. memória semântica: corresponde ao conhecimento de fatos da vida em geral, como o idioma falado, o significado das palavras, o nome de objetos e que não têm qualquer ligação com as experiências dotadas de algum tipo de emoção, como descrito na memória episódica. 3. memória procedural: ligado ao conhecimento de procedimentos corriqueiros e automáticos, por exemplo, lembrar como se toca um instrumento musical, andar de bicicleta, vestir-se, etc. 2.2 – Dificuldades de Memória O hipocampo e o córtex são as principais regiões do cérebro responsáveis pela memória e a aprendizagem 2.2 – Dificuldades de Memória 2.2 – Dificuldades de Memória 2.2 – Dificuldades de Memória 2.2 – Dificuldades de Memória 2.2 – Dificuldades de Memória 2.2 – Dificuldades de Memória 2.2 – Dificuldades de Memória 2.2 – Dificuldades de Memória 2.2 – Dificuldades de Memória O Demência: (de – ausência; men - mente; ia - condição ou estado) síndrome caracterizada pelo declínio da capacidade intelectual, suficientemente grave para interferir nas atividades sociais ou profissionais, que independe de distúrbio do estado de consciência (vigília) e é causado por comprometimento do sistema nervoso central. O Comprometimento em declínio da memória, funções cognitivas da linguagem – praxias – gnosias – FE, dificuldades sociais e ocupacionais, 2.2 – Dificuldades de Memória 2.2 – Dificuldades de Memória 2.2 – Dificuldades de Memória 2.3 – Dificuldades da Linguagem e do Pensamento LINGUAGEM O A linguagem é a capacidade específica do ser humano e se traduz na forma escrita e falada. O É um sistema especial de comunicação, que utiliza a percepção, compreensão e produção de atividades motoras (fala) ou manipulação de ideias (pensamento), todas localizadas no córtex cerebral. O FONEMAS - Elementos sonoros cujo encadeamento em uma ordem determinada forma os morfemas. O MORFEMAS - Unidades linguísticas mínimas que têm um sentido ou cuja combinação forma as palavras (nas linguagens gestuais, os equivalentes dos morfemas são os signos visuais-motores). O SINTAXE (OU GRAMÁTICA) - Arranjo de palavras em frases segundo uma ordem que obedece regras precisas. O LÉXICO - Conjunto de palavras de uma língua. Cada elemento do léxico indica os morfemas e a sintaxe da palavra correspondente, mas não fornece seu sentido. O SEMÂNTICA - Sentido correspondente a cada elemento do léxico e a cada frase possível. O PROSÓDIA - Entonação vocal suscetível de modificar o sentido literal das palavras e frases. O DISCURSO - Sequência de frases que forma uma narração. 2.3 – Dificuldades da Linguagem e do Pensamento 2.3 – Dificuldades da Linguagem e do Pensamento O No hemisfério esquerdo, comportam estruturas que processam as palavras e as frases, assim como estruturas que asseguram a mediação entre os elementos do léxico e a gramática. O As estruturas neuronais que representam os conceitos são repartidas entre os hemisfério direito e esquerdo, em numerosas regiões sensoriais e motoras. O A zona das palavras pensadas corresponde às áreas de Broca e de Wernicke. 2.3 – Dificuldades da Linguagem e do Pensamento 2.3 – Dificuldades da Linguagem e do Pensamento Incapacidade de atos motores já aprendidos Incapacidade de identificar estímulos Incapacidade de falar 2.3 – Dificuldades da Linguagem e do Pensamento 2.3 – Dificuldades da Linguagem e do Pensamento O A linguagem é definida a partir de aspectos biológicos e sociais que exprimem sue caráter essencial de favorecer a adaptação do indivíduo ao ambiente. É preciso considerar os componentes: O Cognitivos: é a transformação dos multiplos inputs do ambiente em conhecimento, à organização, ao armazenamento, à recuperação e à transformação. O Linguístico: aspectos fonológicos e sintáticos, organizados segundo regras, e aos aspectos semânticos e pragmáticos; diz respeito ao conteúdo lexical e dos discursos. O Sociais: regras pragmáticas sociais que fornecem indicações sobre a prática social da linguagem. (Mansur, 2010) 2.3 – Dificuldades da Linguagem e do Pensamento O A observação de déficits permite caracterizar o diagnóstico das síndromes:Afasias, demências, alterações linguístico- cognitivo, síndromes de hemisfério direito e outros desvios. 2.3 – Dificuldades da Linguagem e do Pensamento Pensamento O pensamento é a função mental que realiza as associações, estabelece as relações causais e equaciona os problemas da atividade cognitiva. É uma faculdade comum aos homens e aos animais, utilizada no processamento de informações para solução de tarefas. Como as demais funções mentais, opera em diferentes graus, de elementar ao superior. (Gomes, 2005) 2.3 – Dificuldades da Linguagem e do Pensamento Formas de pensamento Elementares universais Reconhecer objetos Distinguir quantidades Orientação espacial Complexas Animais Uso de ferramentas Comunicação Consciência de si Humanos Consciência simbólica 2.3 – Dificuldades da Linguagem e do Pensamento É a consciência simbólica que permite saber que sabe, perceber que percebe, refletir o próprio pensamento, análise, síntese, representações/simbolizações e existe apenas no humano. (Gomes, 2005) 2.3 – Dificuldades da Linguagem e do Pensamento O intelecto envolve a capacidade de entendimento, raciocínio, reflexão, sendo sinônimo de habilidade de pensar e repensar ou de processar e reprocessar mentalmente as informações ou estímulos recebidos, armazenados ou não, levando o indivíduo conscientemente a conceituar e reconceituar, organizar e reorganizar, decidir, julgar, escolher, acreditar e desacreditar, aprender e compreender, a agir menos ou mais impulsivamente, a criar, a se adaptar ou a mudar etc. O intelecto também é chamado genericamente de pensamento, consciência, cognição, mente ou inteligência. (Piletti; Rossato & Rossato: 2014) 2.3 – Dificuldades da Linguagem e do Pensamento O Pensar é um processo ativo, consciente, que exige atenção e em geral recorre a diversas áreas do cérebro. O Pensar esta na base de alguns habilidade humanas como a criatividade e a capacidade de simbolização. 2.3 – Dificuldades da Linguagem e do Pensamento O A inteligência é, em grande parte, a capacidade de tomar decisões sensatas que envolver pensar nos prós e contras. O 1º - o cérebro avalia o ‘valor da meta’ - a recompensa esperada como resultado da decisão. O 2º - calcula o ‘valor da decisão’ – o resultado líquido, ou a recompensa menos o custo. O 3º - faz uma previsão da probabilidade de a decisão ter como resultado a recompensa esperada, que pode ser comparada ao resultado efetivo, gerando uma ’predição de erros’. O Quanto mais complexo um problema, mais as áreas frontais do cérebro estão envolvidas. 2.3 – Dificuldades da Linguagem e do Pensamento O CPM (preparo das ações) é ativado para tomar decisões básicas sobre movimentos físicos não conscientes. 2.3 – Dificuldades da Linguagem e do Pensamento Se necessário mais que um simples ato, uma área um pouco mais além (suplementar) é convocada para planejar e refinar um rota de ação. 2.3 – Dificuldades da Linguagem e do Pensamento O Se a decisão for feita em um contexto complexo, serão ativadas as áreas do CPF relacionadas à comparação de situações passadas e presentes. 2.3 – Dificuldades da Linguagem e do Pensamento A área mais frontal do cérebro esta envolvida em um único plano e integra todas as informações reunidas. 2.3 – Dificuldades da Linguagem e do Pensamento 2.3 – Dificuldades da Linguagem e do Pensamento Pensamento social ou ético 2.3 – Dificuldades da Linguagem e do Pensamento Unidade 3 Neuropsicologia O 1 - Espaço profissional do psicólogo na Neuropsicologia O 2 - O psicodiagnóstico, o tratamento e a educação de crianças com transtornos das funções corticais superiores. O 3 – Psicodiagnóstico e o tratamento de adultos com lesões cerebrais 3.1 - Espaço profissional do psicólogo na Neuropsicologia A prática da Neuropsicologia se baseia na análise neuropsicológica e utilização de métodos de avaliação, tanto de publicação específica para a área da Psicologia (alguns testes psicológicos), como em métodos neuropsicológicos consagrados na literatura científica das neurociências. 3.1 - Espaço profissional do psicólogo na Neuropsicologia Basicamente “utiliza instrumentos especificamente padronizados para avaliação das funções neuropsicológicas envolvendo principalmente habilidades de atenção, percepção, linguagem, raciocínio, abstração, memória, aprendizagem, habilidades acadêmicas, processamento da informação, visuoconstrução, afeto, funções motoras e executivas ” (Resolução 2/2004, art. 3°), sempre com enfoque neuropsicológico. O psicólogo com especialidade em neuropsicologia na interface entre o trabalho teórico e prático, seja no diagnóstico ou na reabilitação, também desenvolve e cria materiais e instrumentos, tais como testes, jogos, livros e programas de computador que auxiliem na avaliação e reabilitação dos pacientes.” (Resolução 2/2004 , art.3°). 3.1 - Espaço profissional do psicólogo na Neuropsicologia 3.1 - Espaço profissional do psicólogo na Neuropsicologia 3.1 - Espaço profissional do psicólogo na Neuropsicologia 3.1 - Espaço profissional do psicólogo na Neuropsicologia O O crescimento da neuropsicologia como ciência e a ampliação de sua abrangência observados nas últimas décadas é grande. O O processo de mudanças graduais da neuropsicologia esta implícito no inicio desta ciência. O Moderna neuropsicologia: convergência e integração de múltiplas faces do conhecimento 3.1 - Espaço profissional do psicólogo na Neuropsicologia O Prof. Antônio Branco Lefèvre (1916 – 1981) é o patrono da neuropsicologia no Brasil. O Médico pediatra e psicólogo, fundador da neurologia infantil, 3.1 - Espaço profissional do psicólogo na Neuropsicologia O O número de neuropsicólogos e o aprimoramento da avaliação neuropsicológica aumentaram em resposta ao crescente conhecimento e demanda. O O CFP reconheceu a neuropsicologia como especialidade da psicologia em 2004. O A neuropsicologia é o ramo das neurociências em que ocorre a intersecção das ciencias cognitivas com as ciencias do comportamento. (Mendonça & Azambuja, 2014) 3.1 - Espaço profissional do psicólogo na Neuropsicologia A neuropsicologia tem amplitudes que alcançou outras áreas do conhecimento: desenvolvimento infantil, aprendizagem, artes, tecnologia e integração funcional cerebral (neuroimagem anatômica e funcional) e avaliação neuropsicológica na infância, adultos e idosos. 3.1 - Espaço profissional do psicólogo na Neuropsicologia As primeiras abordagens de reabilitação cognitiva (RC) foram realizadas nos soldados das duas guerras mundiais pelos transtornos cognitivos das lesões cerebrais. O O Hôtel National des Invalides, ou Palácio dos Inválidos, grande monumento parisiense, cuja construção foi ordenada por Luís XIV, em 1670, para dar abrigo aos inválidos dos seus exércitos. Hoje funciona como Museu da Guerra. 3.1 - Espaço profissional do psicólogo na Neuropsicologia A compreensão e o conhecimento do cérebro e da capacidade de regeneração de suas estruturas pela plasticidade neural possibilitou novos horizontes ao trabalho da reabilitação de pessoas vitimas de problemas neurológico. 3.1 - Espaço profissional do psicólogo na Neuropsicologia O Não se sabe ao certo quando o termo RN foi aplicado ao tratamento das lesões cerebrais, mas a RC possui uma área de atuação mais restrita em comparação com a RN. O RN – possibilidade de tratar problemas emocionais, comportamentais e motores além das deficiências cognitivas. O A RN tem como principal característica a multiplicidade de fatores envolvidos, cognitivos, emocionais, ambientais, comportamentais e sociais. 3.1 - Espaço profissional do psicólogona Neuropsicologia Emoção /cognição para cognição social A rede emocional-social deriva dos mamíferos inferiores e pressões evolucionárias que determinaram o aparecimento do comportamento grupal. O CPF OF modula o comportamento socioemocional. A compreensão deste mecanismo auxilia no processo de orientação infantil por parte de pais, professores e orientadores. 3.1 - Espaço profissional do psicólogo na Neuropsicologia O Neurofilosofia – estuda as relações cérebro-mente, neurocientistas da consciencia. O Neuropsicanálise - emergiu entre o final da década de 1990 e o início dos anos 2000. A criação da revista científica Neuropsychoanalysis, com primeiro número foi publicado em 1999 - e seu conselho editorial os neurocientistas célebres Antônio Damásio, Oliver Sacks e o "prêmio Nobel" Eric Kandel assim como psicanalistas conceituados como André Green, Otto Kernberg e Charles Brenner. Pouco tempo depois, em Julho de 2000, foi realizado em Londres o I Congresso Internacional de Neuropsicanálise, ocasião em que foi fundada a Sociedade Internacioal de Neuropsicanálise. O Sociedade Brasileira de Neuropsicologia – SBNp – fundada em 1988. 3.1 - Espaço profissional do psicólogo na Neuropsicologia Indicações específicas a Avaliação Neuropsicológica O Avaliação dos Transtornos do Desenvolvimento; O Avaliação do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH); O Avaliação de dificuldades escolares e Transtornos do Aprendizado; O Avaliação dos déficits cognitivos nos distúrbios psiquiátricos ou neuropsiquiátricos; O Avaliação e acompanhamento de Demências (Alzheimer, Parkinson, Demência Vascular); O Diagnóstico diferencial entre Depressão e Demência; O Avaliação do déficit cognitivo pós lesões cerebrais decorrentes de traumatismos (TCE); O Avaliação do déficit cognitivo pós Acidente Vascular Cerebral (AVC); O Avaliação do déficit cognitivo pós Tumores; O Avaliação de déficit cognitivo pós meningo-encefalites; O Avaliação de déficit cognitivo associado ao alcoolismo; O Avaliação de déficit cognitivo associado a drogas; O Avaliação do déficit cognitivo na Epilepsia; O Avaliação do déficit cognitivo na Esclerose Múltipla; 3.1 - Espaço profissional do psicólogo na Neuropsicologia 3.2 - O psicodiagnóstico, o tratamento e a educação de crianças com transtornos das funções corticais superiores. É preciso estar atento para o desenvolvimento cerebral, pois este tem características próprias a cada faixa etária. O cérebro da criança está em desenvolvimentos, tendo características próprias que garantem uma especificidade de funções 3.2 - O psicodiagnóstico, o tratamento e a educação de crianças com transtornos das funções corticais superiores. O A Neuropsicologia infantil, tem o objetivo de identificar precocemente alterações no desenvolvimento cognitivo e comportamental, tornou-se um dos componentes essenciais das consultas periódicas de saúde infantil, sendo necessária a utilização de instrumentos adequados a esta finalidade (testes neuropsicológicos e escalas para a avaliação do desenvolvimento). O Os resultados dessas escalas e testes refletem os principais ganhos ao longo do desenvolvimento e têm o objetivo de determinar o nível evolutivo específico da criança. A importância desses instrumentos reside principalmente na prevenção e detecção precoce de distúrbios do desenvolvimento/aprendizado, indicando de forma minuciosa o ritmo e a qualidade do processo e possibilitando um "mapeamento" qualitativo e quantitativo das áreas cerebrais e suas interligações (sistema funcional), visando intervenções terapêuticas precoces e precisas. (Costa, D. I.; AzambujaI, L. S.; Portuguez, M. W.; Costa, J. C. - Avaliação neuropsicológica da criança. Jornal de Pediatria (Rio J.) vol.80 no.2 suppl.0 Porto Alegre Apr. 2004) 3.2 - O psicodiagnóstico, o tratamento e a educação de crianças com transtornos das funções corticais superiores. O Os testes neuropsicológicos tem como objetivo avaliar habilidades cognitivas mais específicas como: atenção, função executiva, memória, aprendizagem, linguagem, percepção, organização viso- espacial, função visomotora e praxia. O Segundo Costa, Azambuja, Portuguez e Costa (2004), os resultados técnicos da Neuropsicologia estão voltados para a compreensão do funcionamento cerebral do ser, recorrendo aos conhecimentos das neurociências e da prática clinica em psicologia, acessando dados sobre as funções cognitivas, comportamentais e da personalidade humana. Ainda, a avaliação neuropsicológica deve considerar o contexto cultural, o nível educacional, a motivação e a cooperação do examinado durante a aplicação do teste, bem como eventuais deficiências associadas a seu quadro clinico. (Longato, C. R. – Avaliação neuropsicológica e afetiva de crianças e adolescentes com epilepsia/USP, 2015) 3.2 - O psicodiagnóstico, o tratamento e a educação de crianças com transtornos das funções corticais superiores. O Objetivo Investigar as funções corticais superiores de atenção, memória, linguagem e organização visuo- espacial O Indicações Em qualquer caso onde exista suspeita de uma dificuldade cognitiva ou comportamental de origem neurológica 3.2 - O psicodiagnóstico, o tratamento e a educação de crianças com transtornos das funções corticais superiores. 3.2 - O psicodiagnóstico, o tratamento e a educação de crianças com transtornos das funções corticais superiores. Auxilia no diagnóstico e tratamento de: Enfermidade neurológicas Problemas de desenvolvimento infantil Comprometimentos psiquiátricos Alterações de conduta Dificuldade de aprendizagem Identifica e documenta possíveis dificuldades cognitivas que podem influenciar negativamente o desempenho acadêmico Instrumentos 3.2 - O psicodiagnóstico, o tratamento e a educação de crianças com transtornos das funções corticais superiores. Avaliação de funções O Inteligência: avaliam inicialmente habilidades essenciais ao desempenho acadêmico. O Padrão-ouro internacional: Escalas Wechsler (subdividida por faixa etária) O Série de perguntas e respostas padronizadas que medem o potencial da criança em áreas intelectuais: 1 – nível de informação sobre assuntos gerais 2 – interação com o meio ambiente 3 – capacidade de solucionar problemas cotidianos 3.2 - O psicodiagnóstico, o tratamento e a educação de crianças com transtornos das funções corticais superiores. 3.2 - O psicodiagnóstico, o tratamento e a educação de crianças com transtornos das funções corticais superiores. Testes de inteligência 3.2 - O psicodiagnóstico, o tratamento e a educação de crianças com transtornos das funções corticais superiores. Testes de inteligência 3.2 - O psicodiagnóstico, o tratamento e a educação de crianças com transtornos das funções corticais superiores. Teste de Inteligência 3.2 - O psicodiagnóstico, o tratamento e a educação de crianças com transtornos das funções corticais superiores. Teste de Inteligência 3.2 - O psicodiagnóstico, o tratamento e a educação de crianças com transtornos das funções corticais superiores. 3.2 - O psicodiagnóstico, o tratamento e a educação de crianças com transtornos das funções corticais superiores. 3.2 - O psicodiagnóstico, o tratamento e a educação de crianças com transtornos das funções corticais superiores. 3.2 - O psicodiagnóstico, o tratamento e a educação de crianças com transtornos das funções corticais superiores. 3.2 - O psicodiagnóstico, o tratamento e a educação de crianças com transtornos das funções corticais superiores. Wisconsin O Funções executivas O Modulação de respostas impulsivas O Habilidade em desenvolver e manter uma estratégia na solução de um problema O Flexibilidade mental O Planejamento O Organização O Ineficiência de conceitualização inicial O Dificuldade em encontrar
Compartilhar