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Aula Neuropsicologia

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Neuropsicologia 
Curso de Psicologia 
Universidade Veiga de Almeida 
2018.1 
Flavio Roberto de Carvalho Santos 
 
Pós-doutorando em Ciências Fisiológicas – Ciências Cognitivas e Neuropsicofarmacologia/UFES 
Doutor em Saúde da Criança e do Adolescente / UNICAMP 
Aprofundamento em Sexualité et Energie de Vie en Psychothérapie / SFU-Paris 
Mestre em Sexologia Clinica / UGF 
Especialista em Neurociências da Aprendizagem / IPUB-UFRJ 
Psicólogo / UGF 
 
Ementa 
O A Neuropsicologia e os estudos dos processos 
psíquicos superiores. Os transtornos das atividades 
mentais superiores. Espaço profissional do psicólogo 
na Neuropsicologia. Procedimentos e técnicas de 
intervenção psicológica. As drogas e o sistema 
nervoso central. 
 
OBJETIVO DA DISCIPLINA 
O Capacitar o aluno para atuar, através de 
procedimentos e técnicas de intervenção psicológica, 
junto a pacientes com problemas relacionados às 
questões de origem neuropsicológicas. 
O UNIDADE 1 - Estrutura e função do cérebro 
 
O 1 – Neurologia e Psicologia, Aspectos Gerais 
O 2 – A Neuropsicologia e o estudo das funções 
corticais superiores 
O 3 – Os processos mentais superiores e a 
organização cerebral 
 
O UNIDADE 2 - Principais funções superiores 
 
O 1 – Dificuldades da Percepção e atenção 
O 2 – Dificuldades de Memória 
O 3 – Dificuldades da Linguagem e do 
Pensamento 
O Unidade 3 - Neuropsicologia 
 
O 1 - Espaço profissional do psicólogo na 
Neuropsicologia 
O 2 - O psicodiagnóstico, o tratamento e a educação de 
crianças com transtornos das funções corticais 
superiores. 
O 3 – Psicodiagnóstico e o tratamento de adultos com 
lesões cerebrais 
 
O UNIDADE 4 - Neuropsicologia e Drogas 
 
O 1 – As drogas e o sistema nervoso central 
O 2 – Os tipos e caracterização das drogas 
O 3 – As consequências do uso de drogas no 
comportamento 
 
BIBLIOGRAFIA BÁSICA 
O FUENTES, D.; MALLOY-DINIZ, L. F.; CAMARGO, C. H. P.; CONSENZA, R. M. et al. 
Neuropsicologia: Teoria e Prática. Artmed, 2008. 
O GIL, R. Neuropsicologia. São Paulo. Livraria Santos editora. 2002. 
O LENT, R. Cem bilhões de neurônios: conceitos fundamentais da neurociência. 
São Paulo: Atheneu, 2001. . 
 
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR 
O BEAR, B. W. C. Neurociências: desvendando o sistema nervoso. Artes Médicas, 
2002. 
O MALLOY-DINIZ, L. F.; FUENTES, D., MATTOS, P.; ABREU, N. et al. Avaliação 
Neuropsicológica. Artmed, 2010. 
O MIOTTO, E. C.; SCAFF, M.; LUCIA, M. C. S. Neuropsicologia e as interfaces com as 
neurociências. Casa do Psicólogo. 
O SERAFINI, A. J.; FONSECA, R. P.; BANDEIRA, D. R.; PARENTE, Maria A. M. P. 
Panorama nacional da pesquisa sobre avaliação neuropsicológica de linguagem. 
Psicol. cienc. prof. [online]. 2008, vol.28, n.1, pp. 34-49. ISSN 1414-9893. 
Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/pcp/v28n1/v28n1a04.pdf 
O PINA-FRANCA, A. Neuropsicologia: das bases anatômicas à reabilitação. Arq. 
Neuro-Psiquiatr. [online]. 1997, vol.55, n.1, pp. 161-161. ISSN 0004-282X. 
Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0004-282X1997000100030. 
DIAS Plano de aula ( Segunda-feira) 
FEV 
05 
Apresentação do programa, livros e objetivos da disciplina no contexto da psicologia prática. 
UNIDADE 1 - Estrutura e função do cérebro - 1 – Neurologia e Psicologia, Aspectos Gerais 
12 Feriado de Carnaval 
19 
 
2 – A Neuropsicologia e o estudo das funções corticais superiores 
 
26 3 – Os processos mentais superiores e a organização cerebral 
Sugestão Livro: Princípios de neurociências – Kandel, E. – 2014 Artmed. Capitulo: A organização 
da cognição 
MAR 
05 
3 – Os processos mentais superiores e a organização cerebral 
12 UNIDADE 2 - Principais funções superiores - 1 – Dificuldades da Percepção e atenção 
19 2 – Dificuldades de Memória 
Sugestão Livro: Em busca da memória. Kandel, E. - 2009 Companhia das Letra. 
26 3 – Dificuldades da Linguagem e do Pensamento 
ABR 
02 
Revisão de conteúdos 
09 A 1 
DIAS Plano de aula (segunda-feira) 
16 Unidade 3 – Neuropsicologia - 1 - Espaço profissional do psicólogo na Neuropsicologia 
2 - O psicodiagnóstico, o tratamento e a educação de crianças com transtornos das funções 
corticais superiores. 
 
23 Feriado 
30 Feriado 
MAI 
07 
3. Psicodiagnóstico e o tratamento de adultos com lesões cerebrais 
14 UNIDADE 4 - Neuropsicologia e Drogas- 1 – As drogas e o sistema nervoso central 
21 VII Semana da Psicologia da Saúde e luta antimanicomial 
28 2 – Os tipos e caracterização das drogas 
JUN 
04 
3 – As consequências do uso de drogas no comportamento. 
Revisão de conteúdo 
11 A2 
18 Vista de prova 
25 A 3 
Unidade 1 
Estrutura e função do cérebro 
 
O 1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais 
 
O 1.2 – A Neuropsicologia e o estudo das 
funções corticais superiores 
 
O 1.3 – Os processos mentais superiores e a 
organização cerebral 
 
1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais 
O sistema nervoso tal como se conhece hoje surgiu há cerca 
de 30.000-35.000 anos; os seres atuais são ditos Homo 
sapiens sapiens ou simplesmente homens modernos. 
 
Os ancestrais mais próximos, chamados Homo sapiens 
neanderthalensis (homens antigos ou arcaicos), que viveram 
entre 130.000-35.000 anos, tinham um sistema nervoso 
diferente e consequentemente, uma mente diferente. 
 
Em outras palavras, assim como se admite, em relação ao 
gênero Homo, mudanças significativas no sistema nervoso (a 
mais óbvia relacionada ao aumento do tamanho do cérebro), 
também se admite uma evolução da mente e, 
especificamente, da consciência humana. 
1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais 
O Talvez a mais antiga cirurgia de cérebro, a TREPANAÇAO (de trupanon grego, 
broca) - buraco de 2.5 a 5 cm de diâmetro, perfurado à mão no crânio 
humano vivo, sem anestesia ou assepsia, por 30 a 60 minutos. 
 
O Crânios com sinais de trepanação em várias partes do mundo, feita há mais 
de 40.000 anos atrás, no tempo dos Cro-Magnons. 
 
O A trepanação foi realizada ao longo de todas as eras, provavelmente por 
razões diferentes. Foi praticada na Idade da Pedra, no Egito Antigo, na 
Grécia e nos tempos pre-históricos e clássicos romanos, no Oriente Médio e 
Distante, entre as tribos célticas, na China (antiga e recente), na Índia, entre 
o maias, astecas e Incas, entre os índios brasileiros (karaya e eugano), nos 
Mares de Sul, e na África do Norte e Equatorial (onde eles ainda são 
realizadas, inacreditavelmente). 
 
O As razões para realizar este horripilante procedimento talvez tenha motivado 
cirurgiões modernos, como o Dr. Egas Moniz, a realizar lobotomias para 
aliviar sintomas mentais. 
 
1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais 
As primeiras descobertas 
históricas e médicas 
sobre a trepanação na 
antiguidade foram feitas 
em 1867, por E.G. Squier, 
na América do Norte, e 
por Paul Broca, na 
Europa. 
 
1.1 – Neurologia e 
Psicologia: aspectos 
gerais 
1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais 
1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais 
“Se alguém quer estudar os 
fundamentos cerebrais da 
atividade psicológica, deve 
estar preparado para 
estudar tanto o cérebro 
quanto o sistema de 
atividade, tanto 
profundamente quanto o 
permitir a ciência 
contemporânea.” 
 
(Alexander Romanovich Luria, 1992 
p.176) 
Rússia, 1902 -1977 
1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais 
1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais 
1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais 
O desenvolvimento da neuropsicologia 
acompanhou a evolução do estudo do cérebro, 
partindo da busca pela compreensão sobre a 
relação entre o organismo e os processos 
mentais, até o estágio atual, em que tenta 
compreender como o sistema nervoso modula as 
funções cognitivas, comportamentais, 
motivacionais e emocionais. 
(Cosenza, Fuentes e Malloy-Diniz, 2008) 
1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais 
1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais 
O Na Antiguidademuitos povos eram adeptos da hipótese 
cardíaca, pois havia a crença de que a mente está 
associada ao coração. Os egípcios acreditavam que o 
coração era o local onde habitava a alma e embalsamavam 
cuidadosamente o coração dos mortos, enquanto, 
simplesmente, jogavam o cérebro fora. (Gazzaniga e 
Heatherton, 2005) 
 
O Os antigos povos da Índia e da China tinham concepções 
errôneas semelhantes (Gazzaniga e Heatherton, 2005). 
 
O Para Aristóteles (384-322 a.C.), o coração também era a 
base da mente, enquanto que o cérebro seria uma espécie 
de radiador, com a função de resfriar a temperatura 
sanguínea. (Cosenza, Fuentes & Malloy-Diniz, 2008) 
1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais 
O No século IV a.C., o médico 
grego Hipócrates (460-370 
a. C.), o pai da medicina, 
descreveu o cérebro como a 
localização da mente. 
(Gazzaniga & Heatherton, 2005) 
 
O No tratado “Da doença 
sagrada”, Hipócrates provou 
que o cérebro é a sede das 
sensações, o órgão dos 
movimentos e dos juízos. 
(Canguilhem, 1990) 
1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais 
1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais 
Diálogo de Platão 
1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais 
O Ao tentar confirmar a tese hipocrática, o médico romano 
Galeno (130-200 d.C.), o maior dos primeiros anatomistas, 
praticou experiências muito engenhosas no sistema nervoso 
e no cérebro. (Canguilhem, 1990) 
 
O Propôs as primeiras teorias do funcionamento cerebral, 
postulando que espíritos animais habitavam a mente. Esses 
espíritos foram transformados a partir de espíritos vitais do 
coração localizados na rete mirabile (rede miraculosa) do 
cérebro, uma rede de artérias que envolve a hipófise. (Lambert 
e Kinsley, 2006) 
 
O Esses espíritos animais eram armazenados nos ventrículos 
cerebrais e, quando necessário, podiam realizar feitos 
impressionantes, como mover músculos ou transmitir 
informações sensoriais do corpo para o cérebro. (Lambert e 
Kinsley, 2006) 
1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais 
Galeno pensava que o 
tecido cerebral dos 
ventrículos estava envolvido 
nas funções mentais 
superiores, ou seja, que a 
massa cerebral era 
responsável pelas 
atividades da mente. 
(Mäder, 1996) 
Cláudio Galeno ou Élio Galeno, 
mais conhecido como Galeno de 
Pérgamo: médico e filósofo 
romano. 
Turquia, 130 – Roma, 216 
1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais 
1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais 
O A partir da morte de Galeno, o conhecimento médico sofreu um processo 
de decadência qualitativa e quantitativa. Nesta decadência, dois 
fatores merecem ser destacados: 
 
1 - a ampla aceitação da doutrina cristã de que o corpo tinha pouca ou 
nenhuma importância em comparação com a alma (daí os estudos que 
tinham por objeto o corpo serem considerados desprezíveis e indignos); 
 
2 - a crença (a princípio rejeitada pela Igreja, mas depois absorvida por 
aqueles que professavam a religião), de que “a forma humana simboliza a 
estrutura do Mundo Maior, que o microcosmo é construído nos moldes do 
macrocosmo, que o homem é um epítome (resumo) do Universo”. (SINGER, 
1996, p. 84). 
 
Daí porque o esquema do homem zodiacal, no qual os signos do zodíaco 
eram escritos primeiramente ao redor e depois sobre as várias partes do 
corpo que se supunha governassem, estava entre os produtos mais comuns 
da época. 
1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais 
1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais 
1300 - 1600 
Descartes, para compreender o 
cérebro, não se baseou 
unicamente em dissecações 
cerebrais, mas escolheu a lógica 
como principal meio para entender 
como o cérebro desencadeia o 
comportamento. 
(Lambert e Kinsley, 2006) 
 
Dessa forma, desenvolveu a 
primeira teoria influente de que a 
mente e o corpo são separados, 
porém interligados. 
(Gazzaniga e Heatherton, 2005) 
1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais 
O O corpo, segundo ele, não era nada além de uma 
máquina orgânica, governada pelo reflexo, em que 
definia como uma unidade de ação mecânica, 
previsível, determinística. 
(Gazzaniga e Heatherton, 2005) 
O Nesse sentido, o cérebro seria importante para o 
trabalho mecânico, já a atividade mental 
dependeria da alma. 
(Nitrini, 2003) 
O A posição filosófica adotada sobre a questão 
mente-corpo, sugerindo que a mente e o 
corpo/cérebro são separados, foi chamada de 
dualismo cartesiano. 
1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais 
O O médico inglês Thomas Willis (1621-1675) 
escreveu um dos livros mais importantes da 
história das ciências do cérebro, o Cerebri 
anatomie (Anatomia cerebral), em 1664. Por 
meio de dissecações e observações, começou a 
descobrir as verdadeiras funções de algumas 
estruturas do cérebro. 
(Lambert e Kinsley, 2006) 
O Sugeriu que os hemisférios cerebrais estariam 
envolvidos em funções superiores, que o corpo 
estriado estaria envolvido no movimento e que o 
tronco encefálico inferior estaria envolvido em 
funções fisiológicas básicas, como a respiração. 
Além disso, sugeriu que a imaginação estaria 
associada ao corpo caloso. 
(Cosenza, Fluentes e Malloy-Diniz, 2008). 
1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais 
O Ele elevou as ciências cerebrais a um plano superior, 
durante a segunda metade do século XVII. Seu 
interesse tanto pela neuroanatomia como pelas 
doenças mentais estabeleceu seu legado como um 
verdadeiro pioneiro no campo da neurociência clínica. 
(Lambert e Kinsley, 2006) 
 
O Nesse contexto, as duas correntes teóricas – 
ventricular e tecidual – ainda conviveram lado a lado 
por algum tempo (até o final do século XVIII), e só o 
desenvolvimento da ciência moderna veio comprovar o 
acerto da segunda. 
(Cosenza, Fluentes e Malloy-Diniz, 2008) 
1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais 
Franz-Joseph Gall (1758-1828), devotou sua vida a 
descobrir onde funções mais específicas – certas 
características da personalidade – se alojavam no 
cérebro. 
(Lambert e Kinsley, 2006) 
 
No começo do século XIX, Gall afirmou com 
confiança que “faculdades” humanas estavam 
sediadas em áreas cerebrais particulares e 
estritamente localizadas. 
(Luria, 1981) 
 
Para ele, se essas áreas fossem especialmente 
desenvolvidas, isto levaria à formação de 
proeminências nas partes correspondentes do 
crânio, e a observação de tais proeminências 
poderia, consequentemente, ser utilizada para 
determinar diferenças individuais nas faculdades 
humanas. 
(Luria, 1981) 
1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais 
O Em 1810, Gall publica “Anatomia e fisiologia do sistema 
nervoso em geral e do cérebro em especial”. Neste 
momento surge, efetivamente, a ciência do cérebro. 
(Canguilhem, 1990) 
 
O Estabeleceu relações entre estruturas corticais e a 
intensidade das várias faculdades. 
O Por acreditar que as variações do córtex cerebral eram 
representadas por variações no crânio, criou um 
protocolo para apalpar os crânios dos indivíduos para 
relacionar as protuberâncias craniais e certas 
características da personalidade. 
(Lambert e Kinsley, 2006) 
 
O O discípulo Johann Spurzheim (1776-1832) 
popularizou o termo frenologia, associado à teoria da 
localização cerebral de Gall. Os mapas frenológicos 
tentavam projetar sobre o cérebro, sem muita base, a 
psicologia das faculdades em voga naquele tempo. 
(Luria, 1981) 
 
 
1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais 
O Jean-Pierre-Marie Flourens 
(1794-1867), um 
experimentalista francês 
da época, foi um dos 
vários cientistas 
determinados a provar que 
Gall não tinha razão. 
1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais 
O Diante desta constatação oposta ao 
localizacionismo, a neurologia do século XIX foi 
dominada por duas teorias: 
 
O localizacionista (localização de funções mentais 
específicas em áreas circunscritas do cérebro) 
 
O holista (cada função mental tem no cérebro, 
comoum todo, por substrato). 
1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais 
O Em 1861, o anatomista francês Paul Broca 
(1824-1880) teve a oportunidade de descrever o 
cérebro de um paciente, que, por muitos anos, 
esteve internado na Salpêtrière com um distúrbio 
acentuado de fala motora, e mostrou que o terço 
posterior do giro frontal inferior estava destruído 
no cérebro desse paciente. 
 
O Ao demonstrar que a lesão de uma região 
específica do lado esquerdo do córtex cerebral 
causava graves problemas de linguagem, como a 
incapacidade de falar fluentemente, Broca 
localizou pela primeira vez uma função mental 
complexa em uma porção particular do córtex o 
que fortaleceu a teoria localizacionista. 
(Luria, 1981) 
1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais 
1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais 
O Meados do século XIX, pesquisadores 
começaram a entender que várias estruturas 
do cérebro estavam relacionadas com funções 
específicas, crescia o interesse na forma 
dessas estruturas cerebrais. (Lambert e Kinsley, 2006) 
 
O A natureza das unidades individuais, ou 
neurônios, passou a ser identificada e descrita. 
 
O O médico italiano Camillo Golgi (1843-1926), 
tentou impregnar células nervosas com corante 
de prata para visualizar a estrutura do 
neurônio. Após imergir o tecido em nitrato de 
prata por um dia ou mais, lavava com uma 
série de soluções de álcool e óleo, fazendo com 
que o processo produzisse uma imagem do 
neurônio. (Lambert e Kinsley, 2006) 
1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais 
O Em 1870, esse processo passou a ser conhecido como a 
coloração de Golgi, um método de preparação de tecidos 
que permite o exame de neurônios isolados. (Gazzaniga e 
Heatherton, 2005) 
O A partir disso, Golgi desenvolveu uma das primeiras teorias 
sobre a natureza do sistema nervoso, a teoria do retículo 
neural, na qual sugeriu que o sistema nervoso era formado 
por extensões contínuas de células nervosas. (Lambert e 
Kinsley, 2006) 
 
1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais 
O Golgi desenvolveu uma das primeiras teorias sobre a natureza do 
sistema nervoso, a teoria do retículo neural, e sugeriu que o sistema 
nervoso era formado por extensões contínuas de células nervosas. 
(Lambert e Kinsley, 2006) 
O A teoria do retículo neural de Golgi logo foi desafiada pelo histologista 
espanhol, Santiago Ramón y Cajal (1852-1934). 
 
O Ao utilizar a coloração de Golgi para mapear a anatomia microscópica 
de diferentes regiões do cérebro, Cajal afirmou, corretamente, que o 
sistema nervoso é composto por células distintas. 
(Gazzaniga e Heatherton, 2005) 
1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais 
O As ilustrações de Cajal mostraram que o 
cérebro não era uma rede contínua, 
mas sim um conjunto de unidades 
celulares discretas e, como não havia 
encontrado evidências da teoria do 
retículo neural em suas observações 
das células nervosas, sugeriu que os 
neurônios eram estruturas 
independentes. Sendo assim, 
desenvolveu a teoria da doutrina 
neuronal, em que afirmou que unidades 
separadas, ou neurônios, ao contrário 
de unidades contínuas formam o 
sistema nervoso. 
 
(Lambert e Kinsley, 2006) 
1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais 
O No final do século XIX, neurologistas concluíram que o cérebro consistia em um 
conjunto de regiões funcionais altamente especializadas, que controlavam a 
fala, os movimentos e a visão. (Rosenfield, 1994) 
 
O O trabalho inicial de Willis, em 1664, com cérebros de animais, sugeriu que os 
hemisférios cerebrais estariam envolvidos em funções superiores, que o corpo 
estriado estaria envolvido no movimento e que o tronco encefálico inferior 
estaria envolvido em funções fisiológicas básicas, como a respiração. (Lambert 
e Kinsley, 2006) 
 
O Willis apresentou a existência da localização de funções mais gerais. (Lambert e 
Kinsley, 2006) 
 
O Broca descobriu que uma área do lobo frontal esquerdo estaria envolvida na 
produção da fala. (Gazzaniga e Heatherton, 2005) 
 
O Suas observações foram recebidas com entusiasmo e, nos anos seguintes, ele 
encontrou mais casos que confirmaram a existência do “centro da linguagem”. 
Broca (Lambert e Kinsley, 2006) estava intrigado pelo fato de a lesão, em todos 
esses casos, ser no hemisfério esquerdo, e propôs que o centro da linguagem 
se localizava nele, sugerindo a dominância cerebral desse hemisfério nas 
habilidades linguísticas. Foi o primeiro a convencer o mundo médico de que a 
função cerebral era localizada e a frenologia teve sua importância nesse 
processo. (Rosenfield, 1994) 
1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais 
O Em 1873, o psiquiatra alemão Carl Wernicke 
(1848-1905) publicou casos em que lesão do terço 
posterior do giro temporal superior esquerdo 
resultava na perda da capacidade de entendimento 
da fala audível. (Luria, 1992) 
 
O Ele afirmou encontrar o “centro de imagens 
sensoriais das palavras” ou o “centro do 
entendimento da fala” (Luria, 1981), chamada de 
área de Wernicke. 
 
O Dessa forma, enquanto a região do lado esquerdo 
do cérebro – área de Broca – era responsável, de 
algum modo, por traduzir a linguagem formulada no 
cérebro para os movimentos mecânicos das cordas 
vocais, da língua e da boca (Rosenfield, 1994), a 
área de Wernicke continha as “representações 
auditivas da palavra”, ou seja, os registros de cada 
palavra isolada. (Rosenfield, 1994) 
1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais 
O No século XIX, a neurociência deparou-se com o caso 
marcante do paciente Phineas Gage, que teve 
alterações comportamentais decorrentes de lesão 
frontal. O caso de Gage tornou evidente uma ligação 
entre uma lesão cerebral específica e uma limitação 
da racionalidade. (Damásio, 1996) 
1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais 
O Nos anos de 1880 os neurologistas e psiquiatras eram 
capazes de organizar “mapas funcionais” do córtex 
cerebral. Achavam que haviam resolvido o problema da 
relação entre a estrutura cerebral e a atividade mental. 
 
O Alguns cientistas reprovaram esse tipo de teoria. 
 
O Entre eles o neurologista inglês John Hughlings-Jackson 
(1835-1911). Suas ideias vinham de observações que 
pareciam desafiar a teoria da localização proposta por 
Broca. Em estudos de distúrbios motores e da fala, ele 
notou que lesões de uma área em particular nunca 
causavam uma perda completa da função. Dessa 
forma, ocorria um paradoxo: algumas vezes o paciente 
se movia ou falava de maneira que, sob o prisma da 
localização estrita, seria impossível. (Luria, 1992) 
1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais 
Hughlings-Jackson resolvia paradoxos em que “não” é ao 
mesmo tempo possível e impossível, sugerindo que 
todas as funções psicológicas têm uma complexa 
organização “vertical”. Ele levantou a hipótese de que a 
organização cerebral dos processos mentais complexos 
deve ser abordada do ponto de vista do nível da 
construção de tais processos, em vez de ser 
considerada do ponto de vista de sua localização em 
áreas particulares do cérebro (Luria, 1981). 
 
Sendo assim, cada função tem uma representação num 
nível “inferior” da medula espinhal ou no tronco cerebral; 
está representada num nível “médio” ou motossensorial 
do córtex; e tem finalmente uma representação em um 
nível “superior”, presumivelmente nos lobos frontais. 
(Luria, 1992) 
1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais 
Algumas tentativas frustradas do 
localizacionismo foi marcada com 
o médico francês Jean-Martin 
Charcot (1825-1893) ao se 
interessar pela localização 
cerebral e tentou ajudar Broca em 
suas pesquisas, enviando-lhe 
algumas pacientes com 
habilidades linguísticas 
comprometidas. Observou que 
alguns pacientes tinham algo 
parecido com um problema 
comportamental, mas não 
apresentavam patologias 
cerebrais. (Lambert e Kinsley, 2006) 
1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais 
Raízes do antilocalizacionismo de 
Freud 
“Freudreteve de seus mestres a 
convicção de que os processos 
psíquicos não são de modo algum 
independentes dos processos 
fisiológicos do cérebro” (p. 83) 
 
“acolheu a convicção de que a 
atividade da mente era solidária com 
o funcionamento do cérebro, que 
não se podia conceber funções 
mentais ou experiências subjetivas 
sem que alguma forma de 
funcionalidade neural a tornasse 
possível.” (p.85) 
1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais 
O O psicólogo americano Karl Lashley 
(1890-1958), pai da psicologia 
fisiológica, tentou localizar o traço da 
memória, acabou por defender a ideia 
de que as funções superiores só 
poderiam resultar do funcionamento 
do cérebro como um todo. Ele treinou 
ratos para percorrerem labirintos e, 
depois, removeu sistematicamente 
partes de seus cérebros, na tentativa 
de determinar a localização de suas 
memórias referentes ao trajeto no 
labirinto. (Gazzaniga e Heatherton, 2005) 
1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais 
O A partir de seus estudos, Lashley concluiu que as 
funções superiores de memória e aprendizado 
dependem da organização dinâmica do cérebro 
como um todo, ou seja, não são mediadas por 
nenhum sistema neural específico, mas sim 
distribuídas por todo o cérebro. (Ledoux, 2001) 
 
O Ao considerar o cérebro um organizador ativo e 
dinâmico do comportamento, Lashley então propôs 
uma lei da ação de massa, que diz que o córtex é 
basicamente indiferenciado e participa igualmente 
de todo o pensamento. 
(Sternberg, 2008), Lashley (Gazzaniga e Heatherton, 2005) 
1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais 
 
“O exame das estruturas de sistemas funcionais em 
geral, e das funções psicológicas superiores em 
particular, levou-nos a uma visão completamente nova 
das ideias clássicas de localização da função mental 
no córtex humano. Enquanto funções elementares de 
um tecido podem, por definição, ter uma localização 
precisa em agrupamentos celulares particulares, não 
se coloca, evidentemente, o problema da localização de 
sistemas funcionais complexos em áreas limitadas do 
cérebro ou de seu córtex”. Luria (1981, p 15) 
 
1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais 
O Até cerca de 1880, a psicologia era apenas um ramo da 
filosofia, ou seja, jamais havia sido considerada uma 
disciplina acadêmica independente. 
 
O A psicologia científica surgiu quase simultaneamente nos 
Estados Unidos, na Inglaterra, na Alemanha e na Rússia. De 
acordo com Luria (1992), ainda que os compêndios deem a 
Wilhelm Wundt (1832-1920) o crédito pela fundação do 
primeiro laboratório experimental, em Leipzig, 1879, essa 
nova abordagem ao estudo da mente não era privilégio de 
qualquer indivíduo ou país. 
 
O Quase à mesma época, William James (1842-1910), por 
exemplo, encorajava seus estudantes a realizarem 
experimentos, em Harvard. 
1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais 
O A passagem de Wundt com sua proposta estrutural da 
mente consciente, de Titchener com o estruturalismo nos 
Estados Unidos e as críticas ao estruturalismo feitas por 
William James pela teoria funcionalista. 
 
O James acreditava que os psicólogos deveriam examinar as 
funções realizadas pela mente. Sua abordagem à 
psicologia, que se tornou conhecida como funcionalismo, 
preocupava-se mais com o modo pelo qual a mente opera, 
do que com o que a mente contém. Desse modo, o 
funcionalismo sugeria que os psicólogos deveriam 
concentrar-se nos processos de pensamento, em lugar de 
concentrar-se em seus conteúdos. (Sternberg, 2008) 
 
O Nesse sentido, o objeto de estudo ideal dos funcionalistas 
era formado por mente e comportamento, ou seja, como 
funcionam, se relacionam e favorecem a adaptação do 
indivíduo ao meio. (Andrade e Santos, 2004) 
1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais 
O No início do século XX, o fisiologista russo 
Ivan Pavlov (1849-1936) deu à psicologia 
experimental, que buscava uma abordagem 
empírica para entender dos eventos 
mentais, uma nova esperança de se tornar 
uma ciência “respeitável”. (Lambert e Kinsley, 2006) 
 
O Pavlov estudava uma forma básica de 
aprendizagem associativa, com observação 
de que cachorros salivavam em resposta à 
visão do técnico de laboratório que os 
alimentava. Essa resposta ocorria antes que 
os cachorros ver a comida. Para Pavlov, essa 
resposta indicava uma forma de 
aprendizagem sobre a qual os cachorros não 
tinham qualquer controle consciente, ou 
seja, era involuntária. (Sternberg, 2008) 
1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais 
1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais 
1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais 
1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais 
O Nos Séculos XX e XXI, Luria investigou as 
funções superiores nas suas relações com os 
mecanismos cerebrais. 
O O SN funciona como um todo. 
O O ambiente social como determinante dos 
sistemas funcionais responsáveis pelo 
comportamentos humano. 
O As funções psíquicas são localizadas 
dinamicamente com a ajuda de diferentes 
neurônios. 
1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais 
1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais 
1.1 – Neurologia e Psicologia: aspectos gerais 
1.2 – A Neuropsicologia e o estudo 
das funções corticais superiores 
1.2 – A Neuropsicologia e o estudo 
das funções corticais superiores 
Funções corticais superiores 
O Sensação 
O Percepção 
O Pensamento 
O Atenção 
O Memória 
O Motivação 
O Emoção 
O Linguagem 
O Aprendizagem 
O Cognição 
1.2 – A Neuropsicologia e o estudo 
das funções corticais superiores 
1.2 – A Neuropsicologia e o estudo das 
funções corticais superiores 
1.2 – A Neuropsicologia e o estudo 
das funções corticais superiores 
1.2 – A Neuropsicologia e o estudo 
das funções corticais superiores 
1.2 – A Neuropsicologia e o estudo das funções 
corticais superiores 
1.2 – A Neuropsicologia e o estudo das 
funções corticais superiores 
1.2 – A Neuropsicologia e o estudo das 
funções corticais superiores 
Cap. 18 
A organização da 
cognição 
O – Kandel – Princípios 
de neurociências – 
p.346-362 
1.3 – Os processos mentais superiores e a 
organização cerebral 
1.3 – Os processos mentais superiores e a organização 
cerebral 
1.3 – Os processos mentais superiores e a organização 
cerebral 
1.3 – Os processos mentais superiores e a organização 
cerebral 
1.3 – Os processos mentais superiores e 
a organização cerebral 
1.3 – Os processos mentais superiores e 
a organização cerebral 
As 3 unidades funcionais de Luria: 
 
O A participação dessas unidade é necessária para qualquer 
tipo de atividade mental 
 
O I Unidade: Regula o estado do córtex cerebral, alterando seu 
tono e mantendo o estado de vigília. Região cerebral: 
formação reticular. 
 
O II Unidade: função de receber e armazenar informações. 
Regiões cerebrais: lobo occipital (visuais); temporal 
(auditivas) e parietal (sensorial geral). 
 
O III Unidade: Elabora programas de comportamento, responde 
pela sua realização e participa do controle de sua execução. 
Regiões cerebrais: anteriores, frontais ou pré-frontais. 
1.3 – Os processos mentais superiores e 
a organização cerebral 
1.3 – Os processos mentais superiores e 
a organização cerebral 
1.3 – Os processos mentais superiores e 
a organização cerebral 
1.3 – Os processos mentais superiores e 
a organização cerebral 
1.3 – Os processos mentais superiores e 
a organização cerebral 
1.3 – Os processos mentais superiores e 
a organização cerebral 
1.3 – Os processos mentais superiores e a 
organização cerebral 
1.3 – Os processos mentais superiores e 
a organização cerebral 
Lobo Frontal 
1.3 – Os processos mentais superiores e a 
organização cerebral 
1.3 – Os processos mentais superiores e 
a organização cerebral 
1.3 – Os processos mentais superiores e a 
organização cerebral 
1.3 – Os processos mentais superiores e a 
organização cerebral 
1.3 – Os processos mentais superiorese a 
organização cerebral 
O Lesão no CPF traz prejuízo no planejamento 
e verificação das atividade mentais: FE 
 
O EX: síndromes demenciais, déficit intelectual 
(atenção, motivação, memoria de trabalho, 
organização em tarefas de copia e 
aprendizagem, déficit de raciocínio e FE) 
1.3 – Os processos mentais superiores e a 
organização cerebral 
Lobo Occipital 
1.3 – Os processos mentais superiores e a 
organização cerebral 
Perda parcial da visão 
1.3 – Os processos mentais superiores e 
a organização cerebral 
Lobo Temporal 
1.3 – Os processos mentais superiores e a 
organização cerebral 
O Córtex auditivo primário: área de projeção 
primária da audição é ativada por todos os 
sons. 
 
O Córtex auditivo secundário: ativado apenas 
por sons da linguagem falada, os fonemas. 
 
O Área de Wernick: área de associação 
sensorial – compreensão das palavras não 
só ouvidas, mas lidas 
1.3 – Os processos mentais superiores e a 
organização cerebral 
1.3 – Os processos mentais superiores e 
a organização cerebral 
1.3 – Os processos mentais superiores e 
a organização cerebral 
1.3 – Os processos mentais superiores e 
a organização cerebral 
Lobo Parietal 
1.3 – Os processos mentais superiores e a 
organização cerebral 
1.3 – Os processos mentais superiores e 
a organização cerebral 
1.3 – Os processos mentais superiores e 
a organização cerebral 
1.3 – Os processos mentais superiores e 
a organização cerebral 
1.3 – Os processos mentais superiores e a 
organização cerebral 
Unidade 2 
Principais funções superiores 
 
O 1 – Dificuldades da Percepção e atenção 
 
O 2 – Dificuldades de Memória 
 
O 3 – Dificuldades da Linguagem e do 
Pensamento 
Principais funções superiores 
Percepção 
 
O Sentir e perceber são um processo único, que é 
o da recepção e interpretação de informações. 
 
O Sensação: simples consciência dos 
componentes sensoriais e das dimensões da 
realidade (mecanismo de recepção de 
informação). 
 
O Percepção: supõe as sensações acompanhadas 
dos significados que é atribuído como resultado 
da experiência anterior (mecanismo de 
interpretação de informações). 
2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção 
O Sensação é o fenômeno que o mundo externo produz e 
que atua sobre os órgãos dos sentidos e reflete no 
cérebro, isto é, o cérebro se conecta com o mundo 
circundante por meio dos receptores/sensores. 
 
O As sensações tem origens diferentes dos estímulos: 
 
O Interoceptivas 
O Proprioceptivas 
O Exteroceptivas 
2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção 
O Quando as sensações são integradas pela 
palavra, ganham conteúdo simbólico e 
transforma-se em percepção, um complexo 
de sinais com significação. 
 
O O desenvolvimento da percepção depende 
da construção e da estabilização de novas 
conexões entre as vias nervosas sobre os 
quais o ambiente exerce efeito crítico. 
2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção 
O CPF além de suas funções motoras, exerce também importante funções 
cognitivas, comportamento e de linguagem que se encontram 
hierarquicamente organizadas dentro de um ciclo percepção-ação onde 
existe um fluxo circular de informações do ambiente para áreas sensoriais, e 
destas para área motora, que por sua vez retornam a informações para o 
ambiente sob a forma de expressão comportamental (Fuster, 2004). Assim, 
as áreas posteriores do Córtex são responsáveis pela percepção das 
informações do meio e as áreas frontais pela funções executivas do 
comportamento, seguido de um gradiente ontogenético do córtex sensorial 
primário para áreas de associações multifatoriais (Fuster, 2001). O nível mais 
elevado é o córtex pré-frontal (CPF), o qual integra as informações mais 
elaboradas da percepção e da exclusão do comportamento (Fuster, 200, 
2001, 2004). O processamento das informações neste ciclo percepção-ação 
ocorre tanto em série como em paralelo (Koechilin et al , 2003). 
(Benevides, M. 2007 – UFES) 
2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção 
2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção 
Funções visuoperceptivas 
 
O Os principais processos cognitivos 
associados à identificação e ao 
reconhecimento de objetos incluem os 
processos visuais primários, perceptivos e 
associativos. 
Processos visuais primários 
 
O Relacionam-se a acuidade visual, 
discriminação de formas, cor, textura, 
movimentos e posição. 
 
O Seus correlatos neurais incluem as áreas 
cerebrais de projeção primária, tanto do 
hemisfério esquerdo como no direito. 
2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção 
O Os testes neuropsicológicos e baterias mais 
utilizados na avaliação desses processos 
são: 
O Processos visuais primários: acuidade; 
localização e contagem de pontos; figura e 
fundo; discriminação de formas e 
discriminação de cor. (CORVIST) 
2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção 
Processos perceptivos 
 
O Integram os processos visuais primários em 
estruturas perceptivas coerentes, 
possibilitando perceber a forma de um 
objeto. Áreas visuais associativas, como o 
córtex parietal e temporo-occipital, no 
hemisfério direito, estão particularmente 
relacionadas a essas estruturas. Alteração 
desses processos pode produzir o quadro de 
agnosia aperceptiva. 
2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção 
 
O Agnosia aperceptiva: testes de letras e 
números fragmentados; decisão de objeto e 
silhuetas; figuras sobrepostas; perspectivas 
não usuais e cópia de figuras. 
2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção 
Processos associativos 
 
O São responsáveis pela análise semântica do 
objeto ou reconhecimento do seu 
significado e estão vinculados às regiões 
temporo-occipitais nos dois hemisférios 
cerebrais. Alterações desses processos 
pode produzir o quadro de agnosia 
associativa. 
2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção 
O Agnosia associativa: testes de nomeação de 
figuras de animais; ferramentas utensílios 
domésticos acompanhados de perguntas 
sobre as propriedades desses objetos, onde 
podem ser encontrados, como agrupa-los de 
acordo com o seu uso ou característica a 
qual pertence (Ex. agrupar animais 
selvagens e domésticos, utensílios de 
cozinha e ferramentas, frutas e verduras, 
etc.) 
2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção 
ATENÇÃO 
 
Os problemas da atenção não é uma preocupação 
nova, pois foi descrita em 1845, e como síndrome 
particular foi proposta em 1905. 
 
É uma função cognitiva bem complexa e diversos 
comportamentos resultam de um nível adequado de 
atenção para serem bem sucedidos, por exemplo: 
assistir um filme e compreendê-lo; manter o foco de 
conversação em um ambiente ruidoso. 
 
 
2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção 
O A atenção também é um pré-requisito 
fundamental para o processo de 
memorização. O conceito de atenção é 
definido pela seleção e manutenção de um 
foco, seja de um estímulo ou informação, 
entre as inúmeras que se obtém pelos 
sentidos, memórias armazenadas e outros 
processos cognitivos. Em outras palavras, se 
dirige a atenção para o estímulo que se julga 
ser importante em um exato momento. Os 
outros estímulos que não os principais, 
passam a fazer parte do “fundo” não sendo 
mais os focos na atenção. 
 
O Instrumento avaliativo: BPA (Bateria 
Psicológica de Atenção) 
O Localização neuroanatômica: CPFDL 
2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção 
Presente desde o início das investigações em Psicologia. 
Em 1890, Willian James definiu a atenção como sendo 
constituída pela focalização, concentração e consciência. 
Esse pioneiro entre os pesquisadores da cognição 
investigou a quantidade de ideias que o indivíduo pode ter 
ao mesmo tempo e classificou os modos de atenção: 
 
a) ativos, quando controlados pelos objetivos ou 
expectativas do indivíduo 
 
b) passivos, quando controlados por estímulos externos 
 
 (Matlin, 2004 apud Simões, 2014) 
2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção 
O Prestar ATENÇÂO é focalizar aconsciência, concentrando os 
processos mentais em uma única tarefa principal e colocar 
as demais em segundo plano. 
 
O Essa ação focalizadora só se torna possível por sensibilizar 
seletivamente um conjunto de neurônios de certas regiões 
cerebrais que executam a tarefa principal, inibindo as 
demais. 
 
Dois aspectos principais da atenção: 
1 – a criação de um estado de sensibilização (alerta) 
2 – a focalização desse estado geral de sensibilização sobre 
certos processos mentais e neurobiológicos (atenção) 
(Lent, 2010) 
2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção 
O Atenção sobre estímulos 
sensoriais/percepção seletiva – sons, 
imagens, etc 
 
 
 
O Atenção mental/cognitiva seletiva – 
atividades mentais como cálculos, 
lembranças, pensamentos, etc. 
2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção 
O Atenção: função que fornece base para a organização 
dos processos mentais. É foco. Ao conferir diretividade, 
seletividade e estabilidade aos processos mentais 
superiores, permite a escolha dos elementos essenciais 
para cada atividade, determinando assim o seu foco. 
(Gomes, 2005) 
2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção 
O Diretividade: significa orientar a atividade de 
busca do estímulo. 
 
O Seletividade: capacidade de concentrar o foco 
da atividade nos estímulos significativos e 
ignorar os estímulos irrelevantes. 
 
O Estabilidade: adoção de postura que facilite a 
recepção do estímulo e a manutenção do foco 
na atividade cognitiva. 
2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção 
O A atividade dos Processos Mentais 
Superiores é um processo complexo, pois o 
SNC está em constante função com grupos 
de estímulos onde deve selecionar aqueles 
que são relevantes para uma atividade 
requisitada no momento. 
 
O Quanto maior o grau de ATENÇÃO, maior 
será a qualidade organizada da atividade 
mental. 
2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção 
O Não há estímulos isolados e áreas corticais funcionais 
isolados no processo. 
O Todo processo cognitivo tem um caráter sistêmico. 
O A atenção é um processo que fornece a base da atividade 
mental e o comprometimento da atenção produz (e revela) 
perturbação da cognição e do comportamento. 
O A organização cerebral que possibilita o processo mental 
da atenção entra em funcionamento e permite 
transformações qualitativas no modo de focalizar a 
atividade, que se modifica no curso do desenvolvimento 
humano pela integração de novos módulos operativos 
(maturação) ao sistema existente ao nascimento. 
2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção 
O A ATENÇÃO, do ponto de vista do processo de 
desenvolvimento humano, destaca o processo de 
internalização da atenção, a transformação da atenção 
elementar em atenção superior que vai desde 
involuntária a voluntária, passando por instável a 
estável. É uma transição evolutiva que ocorre durante o 
neuropsicodesenvolvimento infantil. (Gomes, 2005) 
Internalização /desenvolvimento da atenção 
O Involuntária elementar primária 
O Voluntária instável 
O Voluntária estável 
2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção 
Involuntária elementar primária 
 
O Predomina logo após ao nascimento, sendo a atenção 
involuntária que é atraída por estímulos intensos ou 
biologicamente significativos. 
O É uma atenção biológica, está determinada geneticamente a 
partir da reação de concentração que é um reflexo inato de 
alerta. 
O É organizada pelo Sistema Reticular, primeira unidade 
cerebral que modula o tônus cortical via neurônios em rede 
que respondem de modo inespecífico (a S de qualquer 
natureza). O SR sinaliza a presença de estímulo, sendo 
ativado ou inibido a partir de estímulos do mundo externo 
(Exterocepção), do mundo interno (Interocepção) e das 
intenções ou desejos. 
2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção 
O A formação reticular ascendente estabelece conexões com 
núcleos do tálamo e com o córtex cerebral e, por sua 
função ativadora, é um dos sistemas mais importantes para 
garantir a forma mais primária e inespecífica de atenção: 
estado generalizado de vigília. 
Sistema Ativador Reticular 
Ascendente 
2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção 
Voluntária Instável 
 
O Predomínio do Sistema Límbico sobre o Sistema reticular, 
onde ganha a seletividade. 
O A criança consegue dirigir, selecionar a sua atividade 
mental, mas ainda está sujeita às interferências que 
mudam o foco da atenção. 
O Será o outro que irá ajudar no foco para a criança. Nesta 
fase de atenção, com a nomeação ou o apontar, 
principalmente no período de um ano de idade, é que será 
auxiliado com o desenvolvimento da fala. 
O Este período vai até aproximadamente até 2 anos e 6 
meses. 
2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção 
Voluntária estável 
O O funcionamento ótimo das zonas frontais é essencial 
para a atenção voluntária estável. 
O Os lobos frontais são responsáveis pelas formas 
superiores de atenção por inibir respostas impulsivas 
(Controle inibitório) a estímulos irrelevantes; por 
modular o tônus cortical a partir da atividade induzida 
por uma instrução oral; por preservar o comportamento 
dirigido a metas, sendo seletivo e programado. 
O Até as maturação do SNC para a plena funcionalidade, 
o SNC opera com formas de atenção mais suscetíveis à 
perturbação por S irrelevantes e que não se beneficiam 
do auxilio verbal. 
2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção 
O A ATENÇÃO involuntária origina a 
voluntária. 
 
O A ATENÇÃO involuntária ocorre por S 
intensos e a voluntária é ‘despertada’ 
por S direcionados (aprendizagem, 
social, gestos, palavras...). 
 
O A organização da ATENÇÃO da criança é 
resultado de interações orientadas 
socialmente. A criança ao falar e 
apontar expressa sua 
dificuldade/facilidade, faz com que o 
outro a auxilie em sua necessidade 
corretiva/instrutiva. 
2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção 
O O cérebro ao se deparar com um estímulo (concreto 
ou simbólico), este estimulo é sinalizado pela 
Formação Reticular apenas quanto à sua existência. 
As zonas mediais são ativadas a seguir para 
determinar se o estímulo é novo ou antigo e se será 
selecionado para dirigir ou não a atenção ativa. 
 
O Estímulos antigos: ativação de zonas mediais a partir 
de ação de armazenamento. 
O Estímulos novos: ativação das regiões frontais para 
processamento e síntese aferente e construir o 
programa de ação adequado. 
2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção 
Em todo processo de 
desenvolvimento 
neuropsicológico, a criança 
aprende a controlar as 
alterações do foco 
atencional produzidas pelos 
estímulos interferentes, até 
que consegue manter o 
curso de sua atividade 
mental independentemente 
dos estímulos que a 
perturbam. 
2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção 
 
Etapas 
 
Involuntária 
 
Voluntária 
Instável 
 
Voluntária Estável 
 
Área anatômica 
 
Sistema reticular 
 
Sistema límbico 
Córtex 
Pré-frontal 
 
Propriedade 
 
 
Diretividade 
 
Seletividade 
 
Estabilidade 
Organização cerebral da Atenção 
(Gomes, 2005) 
2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção 
O Entre 3 e 4 anos de idade, a criança já é capaz de se dar uma 
ordem verbal e orientar sua ATENÇÃO e seu comportamento a 
partir desta ordem. 
 
O Entre 4 anos e 6 meses a 5 anos de idade, pela maturação das 
regiões frontais, a ATENÇÃO voluntária começa a ganhar 
estabilidade e consegue obedecer a uma instrução oral, sendo 
capaz de manter por alguns minutos a direção do curso da 
atividade mental. 
 
O A partir dos 7 anos de idade, observa-se a atenção voluntária com 
caráter de estabilidade, sendo capaz de reduzir os estímulos 
competidores de moderada intensidade e manter o foco de 
atenção na atividade que realiza por cada vez mais tempo. 
2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção 
O Após os 7 anos de idade é que a ATENÇÃO voluntária 
estável se torna organizada, atingindo completa 
estabilidade por volta dos 12 anos de idade, quando 
se conclui o ciclomaturativo das funções biológicas. 
 
O Esta forma de ATENÇÃO é caracterizada pela existência 
de mudanças claras e duradouras nos potenciais 
evocados nas áreas sensoriais do córtex que se 
conjugam com potenciais das zonas frontais, que 
passam a desempenhar uma função importante nas 
formas complexas de ATENÇÃO superior voluntária, 
resistente a fatores competidores de grande 
intensidade. 
(Gomes, 2005) 
2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção 
Etapas de internalização da atenção 
 
 
 
A 
 
T 
 
E 
 
N 
 
Ç 
 
à 
 
O 
 
 
INVOLUNTÁRIA 
 
1º Sistema de 
Sinais 
consciência natural 
reflexa incondicionada 
reação de 
concentração 
 
0 – 1 m 
Inibição de todo o organismo – reflexo inato de 
alerta – respostas vegetativas – aumento freq. 
respiratória + vasoconstrição periférica + 
vasodilatação cerebral + parada das atividades 
irrelevantes 
 
reflexo de orientação 
 
1 – 4 m 
Respostas vegetativas + inibição ritmo alfa + 
reforços potenciais evocados – volta-se para 
estímulos 
 
atividade investigativa 
 
4 – 12 m 
Constância de percepção – localiza estímulos 
– permanência do objeto 
 
 
 
VOLUNTÁRIA 
 
Palavra torna-se 
agente organizador da 
atividade psíquica 
 
2º Sistema de Sinais 
 
 
 
Instável 
1 – 1,5 a Alerta com instrução verbal 
1,5 - 2,5 
a 
Obedece instrução com interferência 
 
2,5 -4,5 a 
Regulação verbal externa – fala egocêntrica – 
aumenta velocidade de desenvolvimento zonas 
frontais 
 
 
Estável 
 
4,5 – 7 a 
Obedece instrução verbal sem interferência – 
aumentos potenciais evocados frontais – auto-
regulação verbal interna – fala interna 
 
7 - 12 a 
Potenciais evocados simultâneos frontais e 
zonas terciárias do córtex posterior 
 
12 a ... 
Mudanças claras e duradouras de potenciais 
evocados frontais 
O A atenção tem função primordial cotidiana, pois as 
atividades mentais ocorrem no contexto de ambientes 
plenos de estímulos variados, relevantes ou não, que 
se sucedem ne modo ininterrupto. Assim exigem 
atenção! 
O Os diversos estímulos que atingem os órgão sensoriais 
devem ser selecionados de acordo com o objetivo 
pretendido, seja consciente ou não. 
O Diversas funções cognitivas dependem intensamente 
da ATENÇÃO, em especial a MEMÓRIA. 
 
(Coutinho; Mattos & Abreu, 2010 – Avaliação neuropsicológica) 
2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção 
O Uma das características da atenção é a dependência 
do interesse e da necessidade (motivação) em 
relação à tarefa em questão. 
 
O Tarefas que atinjam centros encefálicos relacionados 
ao prazer (Sistema de recompensas) mais facilmente 
mantém o foco. 
2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção 
Atenção sustentada 
Capacidade de se 
manter focado e atento 
à tarefa que está 
sendo executada. 
Atenção seletiva 
Capacidade de manter 
o foco, apesar de 
entradas sensoriais 
ou distrações. 
Atenção dividida 
Capacidade de lembrar 
informações e manter o 
foco em algo enquanto 
realiza outra tarefa 
2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção 
Neurofisiologia da atenção 
 
O Três grandes circuitos neurofisiológicos: 
 
1 – Rede de atenção visual 
2 – Rede executiva 
3 – Rede de vigilância 
 
 
(Coutinho; Mattos & Abreu, 2010 – Avaliação neuropsicológica) 
2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção 
1 – Rede de atenção visual 
 
Assimétrica, com dominância à direita, envolve o lobo parietal direito, os 
colículos superiores e o núcleo pulvinar do tálamo, onde este último parece 
funcionar como um relé ‘amplificador’ das aferências ao córtex. 
 
2 – Rede de atenção executiva 
 
Envolve o Giro do Cíngulo. Uma vez que a atenção mudou para 
um novo foco e o conteúdo visual foi ‘transmitido’, a rede 
executiva entra em funcionamento colocando o estímulo no 
reconhecimento consciente da identidade de um objeto e que 
ele atende a um objetivo pré-determinado. 
3 – rede de atenção de vigilância 
 
Responsável pela manutenção do estado de alerta. É uma 
rede assimétrica e envolve os lobos frontal e parietal direitos. 
A ativação dessa rede ocorre quando se aguarda sinais 
infrequentes, sendo que a rede executiva permanece 
hipofuncional quando essa rede está ativada. 
2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção 
O A ATENÇÃO se refere a um conjunto de processos que 
permitem controlar a atividade nervosa relacionada a 
eventos externos e/ou internos, de modo a selecionar 
aspectos que receberão processamento prioritário. 
 
O Esses processos podem incluir a intensificação da atividade 
nervosa em circuitos relacionados a informações sensoriais 
presentes e/ou esperadas, a manutenção e/ou o resgate de 
informações arquivadas na memória e ações ou planos 
motores. 
 
O O desenvolvimento dessa habilidade de controlar a atividade 
nervosa depende da história de interação do organismo com 
o ambiente. 
(Xavier, 2015) 
2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção 
Avaliar os diferentes aspectos da atenção: 
 
1. atenção seletiva: quando o indivíduo escolhe um 
estímulo ao qual prestará atenção, por exemplo, ler um livro 
ao invés de assistir tv, mesmo que esta esteja ligada e faça 
ruídos ao fundo. 
 
2. atenção dividida: caracteriza-se pela capacidade do 
indivíduo em prestar atenção em mais de um estímulo ao 
mesmo tempo, por exemplo, conversar enquanto dirige um 
veículo, trabalhar no computador enquanto atende ao 
telefone. 
 
 
2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção 
O Problemas de concentração podem ser resultantes de um 
distúrbio atencional simples, ou a uma inabilidade de 
manter o foco de atenção intencional, ou até aos dois 
problemas ao mesmo tempo. 
 
O No nível seguinte de complexidade, está o rastreamento 
mental que também é afetado por dificuldades atencionais. 
A preservação da atenção é um pré-requisito para 
atividades que requeriam, tanto concentração, como 
rastreamento mental. A habilidade de manter a própria 
atenção focada em um conteúdo mental fica diminuída, ou 
seja, pode-se ter dificuldade de para se manter uma 
sequência de pensamentos simples, o que invariavelmente 
compromete a habilidade de solução de problemas mais 
complexos. 
 
2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção 
Processos atencionais 
O Os processos atencionais associados às 
funções executivas não são unitários e, do 
ponto de vista didático, podem ser 
classificados em pelo menos 3 tipos: 
 
1. Atenção sustentada 
2. Atenção alternada 
3. Atenção seletiva 
2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção 
Atenção sustentada 
O É um estado de prontidão para identificar e 
responder a estímulos por período 
prolongado de tempo. 
 
O Testes específicos para atenção sustentada 
abrangem o teste de atenção concentrada 
(AC); D2; Testes de cancelamento diversos e 
outros. 
2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção 
 
O A AC fornece uma informação que se refere 
a atenção sustentada, que indica a 
capacidade de uma pessoa em selecionar 
apenas uma fonte de informação diante de 
vários estímulos distratores em um tempo 
predeterminado. 
2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção 
Atenção alternada 
O Envolve a capacidade de atender duas ou mais 
fontes de estímulos alternadamente. Pode ser 
avaliada no teste de trilhas. 
 
O Fornece uma informação que se refere 
capacidade de uma pessoa em focar sua 
atenção e selecionar ora um estimulo, ora outro, 
por um determinado período de tempo e diante 
de vários estímulos distratores . 
2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção 
Atenção seletiva 
O Habilidade de direcionar e manter a atenção 
em uma determinada fonte de estimulo, 
ignorando estímulos não relevantes. 
 
O Stroop e Teste de atenção seletiva 
2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção 
Atenção dividida 
 
O Fornece a informação que indica a 
capacidade de uma pessoa para procurar 
dois ou mais estímulos simultaneamente 
em um tempo predeterminado, e com vários 
distratores ao redor. 
2.1 – Dificuldades da Percepçãoe atenção 
O No DSM V (2014) – Transtornos neurocognitivos 
(TNCs) são delirium, seguido por síndromes de TNC 
maior, TNC leve devido a: 
O Alzheimer, TNC frontotemporal, TNC vascular, TNC 
com corpos de Lewy, TNC devido a Parkinson, TNC 
devido a lesão cerebral traumática, TNC devido a 
infecção HIV, por substancias/medicamentos, doença 
de Huntington, doença de prion, devido a condição 
médica, e de múltiplas etiologias. 
 
O e seus subtipos etiológicos. 
 
2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção 
Domínios neurocognitivos DSM V, 2014 
2.1 – Dificuldades da Percepção e atenção 
A memória de trabalho 
 
Uma função complexa dos 
lobos frontais em interface 
entre memória e atenção 
Mnemosine 
 
Deusa grega, personificação da memória, a 
deusa de memória. 
Filha de Géia e Urano. Tendo se unido a 
Zeus gerou nove filhas: as Musas. 
 
O esquecimento das tristezas e cessação 
dos cuidados eram governados pela 
personificação de Lethe ou Lesmosyne - a 
deusa do esquecimento. Como um rio, faz 
parte do Mundo Subterrâneo que era 
denominado "campos leteus ou a casa de 
Lethe", mas, na região infernal havia 
também uma fonte de Mnemosine. 
2.2 – Dificuldades de Memória 
A memória comporta processos complexos pelos 
quais um individuo codifica, armazena e resgata 
informações. 
 
2.2 – Dificuldades de Memória 
O É uma das funções neuropsicológicas mais 
complexas e que possibilita ao ser remeter-se a 
experiências impressivas, auxiliando na 
comparação com experiências atuais e 
projetando-se nas prospecções e programas 
futuros de modo a ajustar o comportamento. 
 
O A memória não é unitária ou separada, mas 
consiste em diferentes componentes, mediados 
por processos que são conduzidos por uma 
circuitaria neural específica. (Abreu e Mattos, 2010) 
2.2 – Dificuldades de Memória 
2.2 – Dificuldades de Memória 
2.2 – Dificuldades de Memória 
Memória de trabalho 
O é a capacidade de armazenar informações, lembrar e utilizá-las no 
presente. O bom funcionamento da memória depende inicialmente do 
nível de atenção. Para que o bom armazenamento aconteça outras 
atividades cognitivas como a capacidade de percepção e associação é 
importante para que as informações possam ser armazenadas com 
sucesso. Refere-se à habilidade de sustentar a informação em mente 
por tempo limitado, enquanto a utiliza para solução de algum problema, 
atualiza informações necessárias a uma atividade ou realiza outra 
tarefa. Localização: CPFDL 
 
O A memória de curto prazo, ou memória de trabalho, armazena uma 
quantidade limitada de informações por alguns minutos. A memória de 
trabalho possibilita, por exemplo, discar um número de telefone que 
alguém acabou de lhe dizer ou repetir algumas frases de um texto lido 
naquele exato momento. 
memória de longo prazo 
 
O tem capacidade maior para o armazenamento de 
informações, que permanecem com o indivíduo durante 
longos períodos, podendo até ficar guardadas 
indefinidamente. 
 
O Ex.: lembranças de fatos ocorridos na infância, o 
aprendizado de conteúdos escolares, a fisionomia ou o 
nome de alguém que ao se vê há tempos, etc. Dentro da 
memória de longo prazo, encontram-se os seguintes tipos: 
2.2 – Dificuldades de Memória 
1. memória episódica: fazem parte desse conjunto os eventos 
vivenciados pela pessoa que os recorda, em um determinado tempo e 
lugar: uma viagem de férias, o primeiro dia num emprego, o nascimento 
de um filho, ou até eventos negativos como uma situação de violência. 
Assim, a memória episódica é constituída por lembranças 
autobiográficas que representam um significado importante para o 
indivíduo. 
2. memória semântica: corresponde ao conhecimento de fatos 
da vida em geral, como o idioma falado, o significado das palavras, o 
nome de objetos e que não têm qualquer ligação com as experiências 
dotadas de algum tipo de emoção, como descrito na memória 
episódica. 
3. memória procedural: ligado ao conhecimento de 
procedimentos corriqueiros e automáticos, por exemplo, lembrar como 
se toca um instrumento musical, andar de bicicleta, vestir-se, etc. 
2.2 – Dificuldades de Memória 
O hipocampo e o córtex são as principais regiões do cérebro 
responsáveis pela memória e a aprendizagem 
2.2 – Dificuldades de Memória 
2.2 – Dificuldades de Memória 
2.2 – Dificuldades de Memória 
2.2 – Dificuldades de Memória 
2.2 – Dificuldades de Memória 
2.2 – Dificuldades de Memória 
2.2 – Dificuldades de Memória 
2.2 – Dificuldades de Memória 
2.2 – Dificuldades de Memória 
O Demência: (de – ausência; men - mente; ia - 
condição ou estado) síndrome caracterizada pelo 
declínio da capacidade intelectual, suficientemente 
grave para interferir nas atividades sociais ou 
profissionais, que independe de distúrbio do 
estado de consciência (vigília) e é causado por 
comprometimento do sistema nervoso central. 
O Comprometimento em declínio da memória, 
funções cognitivas da linguagem – praxias – 
gnosias – FE, dificuldades sociais e ocupacionais, 
2.2 – Dificuldades de Memória 
2.2 – Dificuldades de Memória 
2.2 – Dificuldades de Memória 
2.3 – Dificuldades da Linguagem e do Pensamento 
LINGUAGEM 
 
O A linguagem é a capacidade específica do ser 
humano e se traduz na forma escrita e falada. 
 
O É um sistema especial de comunicação, que 
utiliza a percepção, compreensão e produção de 
atividades motoras (fala) ou manipulação de 
ideias (pensamento), todas localizadas no córtex 
cerebral. 
O FONEMAS - Elementos sonoros cujo encadeamento em 
uma ordem determinada forma os morfemas. 
 
O MORFEMAS - Unidades linguísticas mínimas que têm um 
sentido ou cuja combinação forma as palavras (nas 
linguagens gestuais, os equivalentes dos morfemas são 
os signos visuais-motores). 
 
O SINTAXE (OU GRAMÁTICA) - Arranjo de palavras em frases 
segundo uma ordem que obedece regras precisas. 
 
O LÉXICO - Conjunto de palavras de uma língua. Cada 
elemento do léxico indica os morfemas e a sintaxe da 
palavra correspondente, mas não fornece seu sentido. 
 
O SEMÂNTICA - Sentido correspondente a cada elemento 
do léxico e a cada frase possível. 
 
O PROSÓDIA - Entonação vocal suscetível de modificar o 
sentido literal das palavras e frases. 
 
O DISCURSO - Sequência de frases que forma uma 
narração. 
2.3 – Dificuldades da Linguagem e do Pensamento 
2.3 – Dificuldades da Linguagem e do Pensamento 
O No hemisfério esquerdo, 
comportam estruturas que 
processam as palavras e as 
frases, assim como estruturas 
que asseguram a mediação 
entre os elementos do léxico e a 
gramática. 
O As estruturas neuronais que 
representam os conceitos são 
repartidas entre os hemisfério 
direito e esquerdo, em 
numerosas regiões sensoriais e 
motoras. 
O A zona das palavras pensadas 
corresponde às áreas de Broca e 
de Wernicke. 
2.3 – Dificuldades da Linguagem e do Pensamento 
2.3 – Dificuldades da Linguagem e do Pensamento 
Incapacidade de 
atos motores já 
aprendidos 
Incapacidade de 
identificar estímulos 
Incapacidade de 
falar 
2.3 – Dificuldades da Linguagem e do Pensamento 
2.3 – Dificuldades da Linguagem e do Pensamento 
O A linguagem é definida a partir de aspectos biológicos e 
sociais que exprimem sue caráter essencial de favorecer 
a adaptação do indivíduo ao ambiente. 
 
É preciso considerar os componentes: 
O Cognitivos: é a transformação dos multiplos inputs do 
ambiente em conhecimento, à organização, ao 
armazenamento, à recuperação e à transformação. 
 
O Linguístico: aspectos fonológicos e sintáticos, 
organizados segundo regras, e aos aspectos semânticos 
e pragmáticos; diz respeito ao conteúdo lexical e dos 
discursos. 
 
O Sociais: regras pragmáticas sociais que fornecem 
indicações sobre a prática social da linguagem. 
(Mansur, 2010) 
 
2.3 – Dificuldades da Linguagem e do Pensamento 
O A observação de déficits permite 
caracterizar o diagnóstico das síndromes:Afasias, demências, alterações linguístico-
cognitivo, síndromes de hemisfério direito e 
outros desvios. 
2.3 – Dificuldades da Linguagem e do Pensamento 
Pensamento 
 
O pensamento é a função mental que realiza as 
associações, estabelece as relações causais e 
equaciona os problemas da atividade cognitiva. 
 
É uma faculdade comum aos homens e aos 
animais, utilizada no processamento de 
informações para solução de tarefas. Como as 
demais funções mentais, opera em diferentes 
graus, de elementar ao superior. (Gomes, 2005) 
2.3 – Dificuldades da Linguagem e do Pensamento 
Formas de pensamento 
 
Elementares universais 
Reconhecer objetos 
Distinguir quantidades 
Orientação espacial 
 
 
Complexas 
 
Animais 
Uso de ferramentas 
Comunicação 
Consciência de si 
 
Humanos 
 
Consciência simbólica 
 
2.3 – Dificuldades da Linguagem e do Pensamento 
É a consciência simbólica que permite saber que 
sabe, perceber que percebe, refletir o próprio 
pensamento, análise, síntese, 
representações/simbolizações e existe apenas no 
humano. (Gomes, 2005) 
2.3 – Dificuldades da Linguagem e do Pensamento 
O intelecto envolve a capacidade de entendimento, 
raciocínio, reflexão, sendo sinônimo de habilidade de 
pensar e repensar ou de processar e reprocessar 
mentalmente as informações ou estímulos recebidos, 
armazenados ou não, levando o indivíduo conscientemente 
a conceituar e reconceituar, organizar e reorganizar, 
decidir, julgar, escolher, acreditar e desacreditar, aprender 
e compreender, a agir menos ou mais impulsivamente, a 
criar, a se adaptar ou a mudar etc. 
O intelecto também é chamado genericamente de 
pensamento, consciência, cognição, mente ou inteligência. 
 
(Piletti; Rossato & Rossato: 2014) 
2.3 – Dificuldades da Linguagem e do Pensamento 
O Pensar é um processo ativo, consciente, que 
exige atenção e em geral recorre a diversas 
áreas do cérebro. 
 
O Pensar esta na base de alguns habilidade 
humanas como a criatividade e a 
capacidade de simbolização. 
2.3 – Dificuldades da Linguagem e do Pensamento 
O A inteligência é, em grande parte, a capacidade de 
tomar decisões sensatas que envolver pensar nos prós e 
contras. 
 
O 1º - o cérebro avalia o ‘valor da meta’ - a recompensa 
esperada como resultado da decisão. 
 
O 2º - calcula o ‘valor da decisão’ – o resultado líquido, ou 
a recompensa menos o custo. 
 
O 3º - faz uma previsão da probabilidade de a decisão ter 
como resultado a recompensa esperada, que pode ser 
comparada ao resultado efetivo, gerando uma ’predição 
de erros’. 
 
O Quanto mais complexo um problema, mais as áreas 
frontais do cérebro estão envolvidas. 
2.3 – Dificuldades da Linguagem e do Pensamento 
O CPM (preparo das ações) é ativado para tomar decisões 
básicas sobre movimentos físicos não conscientes. 
2.3 – Dificuldades da Linguagem e do Pensamento 
Se necessário mais que um simples ato, uma área um pouco 
mais além (suplementar) é convocada para planejar e refinar um 
rota de ação. 
2.3 – Dificuldades da Linguagem e do Pensamento 
O Se a decisão for feita em um contexto complexo, 
serão ativadas as áreas do CPF relacionadas à 
comparação de situações passadas e presentes. 
2.3 – Dificuldades da Linguagem e do Pensamento 
A área mais frontal do cérebro esta envolvida em um 
único plano e integra todas as informações reunidas. 
2.3 – Dificuldades da Linguagem e do Pensamento 
2.3 – Dificuldades da Linguagem e do Pensamento 
Pensamento social ou ético 
2.3 – Dificuldades da Linguagem e do Pensamento 
Unidade 3 
Neuropsicologia 
 
O 1 - Espaço profissional do psicólogo na 
Neuropsicologia 
 
O 2 - O psicodiagnóstico, o tratamento e a educação 
de crianças com transtornos das funções corticais 
superiores. 
 
O 3 – Psicodiagnóstico e o tratamento de adultos 
com lesões cerebrais 
 
3.1 - Espaço profissional do psicólogo na 
Neuropsicologia 
A prática da Neuropsicologia se baseia na análise 
neuropsicológica e utilização de métodos de avaliação, tanto 
de publicação específica para a área da Psicologia 
(alguns testes psicológicos), como em métodos 
neuropsicológicos consagrados na literatura científica das 
neurociências. 
3.1 - Espaço profissional do psicólogo na 
Neuropsicologia 
Basicamente “utiliza instrumentos 
especificamente padronizados para 
avaliação das funções 
neuropsicológicas envolvendo 
principalmente habilidades de 
atenção, percepção, linguagem, 
raciocínio, abstração, memória, 
aprendizagem, habilidades 
acadêmicas, processamento da 
informação, visuoconstrução, afeto, 
funções motoras e executivas ” 
(Resolução 2/2004, art. 3°), sempre 
com enfoque neuropsicológico. 
O psicólogo com especialidade 
em neuropsicologia na interface 
entre o trabalho teórico e 
prático, seja no diagnóstico ou 
na reabilitação, também 
desenvolve e cria materiais e 
instrumentos, tais como testes, 
jogos, livros e programas de 
computador que auxiliem na 
avaliação e reabilitação dos 
pacientes.” (Resolução 2/2004 , 
art.3°). 
3.1 - Espaço profissional do psicólogo 
na Neuropsicologia 
3.1 - Espaço profissional do psicólogo 
na Neuropsicologia 
3.1 - Espaço profissional do psicólogo na 
Neuropsicologia 
3.1 - Espaço profissional do psicólogo na 
Neuropsicologia 
O O crescimento da 
neuropsicologia como ciência e 
a ampliação de sua 
abrangência observados nas 
últimas décadas é grande. 
O O processo de mudanças 
graduais da neuropsicologia 
esta implícito no inicio desta 
ciência. 
O Moderna neuropsicologia: 
convergência e integração de 
múltiplas faces do 
conhecimento 
3.1 - Espaço profissional do psicólogo na 
Neuropsicologia 
O Prof. Antônio Branco 
Lefèvre (1916 – 1981) é o 
patrono da neuropsicologia 
no Brasil. 
 
O Médico pediatra e 
psicólogo, fundador da 
neurologia infantil, 
3.1 - Espaço profissional do psicólogo 
na Neuropsicologia 
O O número de neuropsicólogos e o 
aprimoramento da avaliação neuropsicológica 
aumentaram em resposta ao crescente 
conhecimento e demanda. 
 
O O CFP reconheceu a neuropsicologia como 
especialidade da psicologia em 2004. 
 
O A neuropsicologia é o ramo das neurociências 
em que ocorre a intersecção das ciencias 
cognitivas com as ciencias do comportamento. 
 
(Mendonça & Azambuja, 2014) 
3.1 - Espaço profissional do psicólogo 
na Neuropsicologia 
A neuropsicologia tem amplitudes que 
alcançou outras áreas do conhecimento: 
desenvolvimento infantil, aprendizagem, artes, 
tecnologia e integração funcional cerebral 
(neuroimagem anatômica e funcional) e 
avaliação neuropsicológica na infância, 
adultos e idosos. 
3.1 - Espaço profissional do psicólogo 
na Neuropsicologia 
As primeiras abordagens de reabilitação cognitiva (RC) foram 
realizadas nos soldados das duas guerras mundiais pelos 
transtornos cognitivos das lesões cerebrais. 
 
O O Hôtel National des Invalides, ou Palácio dos Inválidos, grande monumento parisiense, cuja 
construção foi ordenada por Luís XIV, em 1670, para dar abrigo aos inválidos dos seus 
exércitos. Hoje funciona como Museu da Guerra. 
3.1 - Espaço profissional do psicólogo na 
Neuropsicologia 
A compreensão e o 
conhecimento do cérebro e 
da capacidade de 
regeneração de suas 
estruturas pela plasticidade 
neural possibilitou novos 
horizontes ao trabalho da 
reabilitação de pessoas 
vitimas de problemas 
neurológico. 
3.1 - Espaço profissional do psicólogo na 
Neuropsicologia 
O Não se sabe ao certo quando o termo RN foi aplicado ao 
tratamento das lesões cerebrais, mas a RC possui uma 
área de atuação mais restrita em comparação com a RN. 
 
O RN – possibilidade de tratar problemas emocionais, 
comportamentais e motores além das deficiências 
cognitivas. 
 
O A RN tem como principal característica a multiplicidade 
de fatores envolvidos, cognitivos, emocionais, 
ambientais, comportamentais e sociais. 
3.1 - Espaço profissional do psicólogona 
Neuropsicologia 
Emoção /cognição para cognição social 
 
A rede emocional-social deriva dos mamíferos 
inferiores e pressões evolucionárias que 
determinaram o aparecimento do comportamento 
grupal. O CPF OF modula o comportamento 
socioemocional. A compreensão deste mecanismo 
auxilia no processo de orientação infantil por parte 
de pais, professores e orientadores. 
3.1 - Espaço profissional do psicólogo na 
Neuropsicologia 
O Neurofilosofia – estuda as relações cérebro-mente, 
neurocientistas da consciencia. 
 
O Neuropsicanálise - emergiu entre o final da década de 1990 e o 
início dos anos 2000. A criação da revista científica 
Neuropsychoanalysis, com primeiro número foi publicado em 1999 
- e seu conselho editorial os neurocientistas célebres Antônio 
Damásio, Oliver Sacks e o "prêmio Nobel" Eric Kandel assim como 
psicanalistas conceituados como André Green, Otto Kernberg e 
Charles Brenner. Pouco tempo depois, em Julho de 2000, foi 
realizado em Londres o I Congresso Internacional de 
Neuropsicanálise, ocasião em que foi fundada a Sociedade 
Internacioal de Neuropsicanálise. 
 
O Sociedade Brasileira de Neuropsicologia – SBNp – fundada em 
1988. 
3.1 - Espaço profissional do psicólogo na 
Neuropsicologia 
Indicações específicas a Avaliação Neuropsicológica 
 
O Avaliação dos Transtornos do Desenvolvimento; 
O Avaliação do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH); 
O Avaliação de dificuldades escolares e Transtornos do Aprendizado; 
O Avaliação dos déficits cognitivos nos distúrbios psiquiátricos ou neuropsiquiátricos; 
O Avaliação e acompanhamento de Demências (Alzheimer, Parkinson, Demência 
Vascular); 
O Diagnóstico diferencial entre Depressão e Demência; 
O Avaliação do déficit cognitivo pós lesões cerebrais decorrentes de traumatismos 
(TCE); 
O Avaliação do déficit cognitivo pós Acidente Vascular Cerebral (AVC); 
O Avaliação do déficit cognitivo pós Tumores; 
O Avaliação de déficit cognitivo pós meningo-encefalites; 
O Avaliação de déficit cognitivo associado ao alcoolismo; 
O Avaliação de déficit cognitivo associado a drogas; 
O Avaliação do déficit cognitivo na Epilepsia; 
O Avaliação do déficit cognitivo na Esclerose Múltipla; 
3.1 - Espaço profissional do psicólogo na 
Neuropsicologia 
3.2 - O psicodiagnóstico, o tratamento e a educação de 
crianças com transtornos das funções corticais superiores. 
É preciso estar atento para o desenvolvimento cerebral, pois este tem 
características próprias a cada faixa etária. 
 
O cérebro da criança está em desenvolvimentos, tendo características 
próprias que garantem uma especificidade de funções 
3.2 - O psicodiagnóstico, o tratamento e a educação de 
crianças com transtornos das funções corticais superiores. 
O A Neuropsicologia infantil, tem o objetivo de identificar precocemente 
alterações no desenvolvimento cognitivo e comportamental, tornou-se 
um dos componentes essenciais das consultas periódicas de saúde 
infantil, sendo necessária a utilização de instrumentos adequados a 
esta finalidade (testes neuropsicológicos e escalas para a avaliação do 
desenvolvimento). 
 
O Os resultados dessas escalas e testes refletem os principais ganhos 
ao longo do desenvolvimento e têm o objetivo de determinar o nível 
evolutivo específico da criança. A importância desses instrumentos 
reside principalmente na prevenção e detecção precoce de distúrbios 
do desenvolvimento/aprendizado, indicando de forma minuciosa o 
ritmo e a qualidade do processo e possibilitando um "mapeamento" 
qualitativo e quantitativo das áreas cerebrais e suas interligações 
(sistema funcional), visando intervenções terapêuticas precoces e 
precisas. 
 
(Costa, D. I.; AzambujaI, L. S.; Portuguez, M. W.; Costa, J. C. - Avaliação neuropsicológica da criança. 
Jornal de Pediatria (Rio J.) vol.80 no.2 suppl.0 Porto Alegre Apr. 2004) 
3.2 - O psicodiagnóstico, o tratamento e a educação de 
crianças com transtornos das funções corticais superiores. 
O Os testes neuropsicológicos tem como objetivo avaliar habilidades 
cognitivas mais específicas como: atenção, função executiva, 
memória, aprendizagem, linguagem, percepção, organização viso-
espacial, função visomotora e praxia. 
 
O Segundo Costa, Azambuja, Portuguez e Costa (2004), os 
resultados técnicos da Neuropsicologia estão voltados para a 
compreensão do funcionamento cerebral do ser, recorrendo aos 
conhecimentos das neurociências e da prática clinica em 
psicologia, acessando dados sobre as funções cognitivas, 
comportamentais e da personalidade humana. Ainda, a avaliação 
neuropsicológica deve considerar o contexto cultural, o nível 
educacional, a motivação e a cooperação do examinado durante 
a aplicação do teste, bem como eventuais deficiências 
associadas a seu quadro clinico. 
 
(Longato, C. R. – Avaliação neuropsicológica e afetiva de crianças e adolescentes com epilepsia/USP, 
2015) 
3.2 - O psicodiagnóstico, o tratamento e a educação de 
crianças com transtornos das funções corticais superiores. 
O Objetivo 
Investigar as funções corticais superiores de 
atenção, memória, linguagem e organização visuo-
espacial 
 
O Indicações 
Em qualquer caso onde exista suspeita de uma 
dificuldade cognitiva ou comportamental de origem 
neurológica 
 
3.2 - O psicodiagnóstico, o tratamento e a educação de 
crianças com transtornos das funções corticais superiores. 
3.2 - O psicodiagnóstico, o tratamento e a educação de 
crianças com transtornos das funções corticais superiores. 
Auxilia no diagnóstico e tratamento de: 
 
Enfermidade neurológicas 
 
Problemas de desenvolvimento infantil 
 
Comprometimentos psiquiátricos 
 
Alterações de conduta 
 
Dificuldade de aprendizagem 
 
Identifica e documenta possíveis dificuldades cognitivas que 
podem influenciar negativamente o desempenho acadêmico 
Instrumentos 
3.2 - O psicodiagnóstico, o tratamento e a educação de 
crianças com transtornos das funções corticais superiores. 
Avaliação de funções 
 
O Inteligência: avaliam inicialmente habilidades 
essenciais ao desempenho acadêmico. 
 
O Padrão-ouro internacional: Escalas Wechsler 
(subdividida por faixa etária) 
O Série de perguntas e respostas padronizadas que 
medem o potencial da criança em áreas intelectuais: 
 
1 – nível de informação sobre assuntos gerais 
2 – interação com o meio ambiente 
3 – capacidade de solucionar problemas cotidianos 
3.2 - O psicodiagnóstico, o tratamento e a educação de 
crianças com transtornos das funções corticais superiores. 
3.2 - O psicodiagnóstico, o tratamento e a educação de 
crianças com transtornos das funções corticais superiores. 
Testes de inteligência 
3.2 - O psicodiagnóstico, o tratamento e a educação de 
crianças com transtornos das funções corticais superiores. 
Testes de inteligência 
3.2 - O psicodiagnóstico, o tratamento e a educação de 
crianças com transtornos das funções corticais superiores. 
Teste de Inteligência 
3.2 - O psicodiagnóstico, o tratamento e a educação de 
crianças com transtornos das funções corticais superiores. 
Teste de Inteligência 
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crianças com transtornos das funções corticais superiores. 
3.2 - O psicodiagnóstico, o tratamento e a educação de 
crianças com transtornos das funções corticais superiores. 
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crianças com transtornos das funções corticais superiores. 
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crianças com transtornos das funções corticais superiores. 
3.2 - O psicodiagnóstico, o tratamento e a educação de 
crianças com transtornos das funções corticais superiores. 
Wisconsin 
 
O Funções executivas 
O Modulação de respostas impulsivas 
O Habilidade em desenvolver e manter uma estratégia 
na solução de um problema 
O Flexibilidade mental 
O Planejamento 
O Organização 
O Ineficiência de conceitualização inicial 
O Dificuldade em encontrar

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