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UMA EVOLUÇÃO DA ADVOCACIA DA CONCORRÊNCIA Ao abordar sobre abuso de poder regulatório deveremos compreender como ocorre a advocacia da concorrência. Em que, pode ser exercida por pessoa física ou jurídica; pública, ou privada. No setor público, deve ser obrigatoriamente exercida pela Seae, tanto junto ao setor público, quanto junto ao setor privado, nos termos do art. 19 da Nova Lei Antitruste Brasileira Tendo em vista as barreiras regulamentam, o Cade acaba por se posicionar num papel mais passivo, na aplicação das sanções do Direito Concorrencial. Portanto, resta-se claro que há uma diferença de tratamento entre os mercados não regulados e os regulados. Assim, nos mercados regulados a ação da advocacia da concorrência ganha um papel de relevância. É importante mencionar que há dois tipos de autonomia que a advocacia da concorrência necessita ter para ser efetiva: a autonomia estrutural e a autonomia ope- racional. Enquanto a autonomia estrutural se direciona para o aspecto da independência e a forma de estrutura organizacional, a autonomia operacional se direciona para a forma de atuação da advocacia da concorrência. Destarte, a independência operacional, no contexto da advocacia da concorrência, refere-se à liberdade que a agência tem para fazer comentários e para participar em questões governamentais e regulatórios. Em que no curso dessas atividades, possa assumir posições independentes daquelas adotadas por outros entes públicos e privados. Dessa maneira a Secretaria de Advocacia da Concorrência e Competitividade editou a Instrução Normativa SEAE nº 97 que estabeleceu a criação do programa FIARC, que visa o diálogo entre o regulador e o regulado lesado com a suposta regulação abusiva. É indubitável que, não há a judicialização inicial da regulação abusiva, o FIARC não incentiva o litígio entre regulado e regulador, respeitando a competência da regulação da Administração Pública que tem como um dos objetivos salvaguardar o bom funcionamento dos mercados. A disputa judicial, de fato, não se apresentaria como a primeira melhor solução para a resolução, visto que ela apenas causaria incertezas jurídicas e institucionais sobre o papel e poder dos reguladores. O diálogo, é a melhor solução para uma norma entendida como abusiva. Entendesse, que a criação do FIARC, concretiza o impedimento de normas regulatórias entendidas como abusivas, ao não criar um ambiente litigioso entre reguladores e regulados. Dessa forma, se bem implementado, a SEAE evoluirá a advocacia da concorrência brasileira, sendo capaz de propor melhorias aos ambientes regulados no Brasil.