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CURSOND5ESGERAISFARMACOLOGIA-DRWARLEYGOMES-ATUALEATUALIZAC7C3OVETERINC1RIA (1)

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Prof. Dr. Warley Gomes dos Santos
Introdução
• Farmacocinética : o que o corpo faz com o fármaco?
• Farmacodinâmica: o que o fármaco faz com o corpo?
Introdução
Fármaco: Estrutura química 
conhecida que promove algum efeito 
biológico.
Medicamento: Junção de um ou mais 
fármacos, veículos, excipientes...
Toxicos/Venenos: Efeitos maléficos 
Composição hídrica do corpo dos animais
• Água corporal total: 
• Intravascular
➢Compartimento periférico
• Interstício
• Intracelular
Farmacocinética
Absorção Distribuição
Metabolização: 
particularidades 
entre espécies.
Eliminação
Vias de administração dos medicamentos
➢Enteral
• Oral
• Sublingual
• Intrarretal
➢Parenteral
• Intrapulmonar
• Intraóssea
• Peridural
• Subdural
• Intrarticular
• Intraocular
• Epitelial/Transdérmica
• Inalatória
Absorção
➢ Difusão
• Passiva: Difusão das moléculas do fármaco, a favor do gradiente de concentração (SEM GASTO DE ENERGIA). 
Dependente de lipossolubidade e tamanho das moléculas. (MELHOR MÉTODO)
• Ativa: fármaco transportado contra o gradiente de concentração COM GASTO DE ENERGIA. Mais importante na 
eliminação (Ex: Diuréticos).
• Facilitada
• pH
• Pka
• Sequestro iônico
• Aprisionamento iônico
➢Biosdisponibilidade
• Efeito da primeira passagem
• Tempo de absorção no intestino
Exemplo de ação 
dependente da 
lipossolubilidade, 
pH e pKa
pKa dos anestésicos locais determina a quantidade de fármaco existente na forma ionizada 
em um determinado pH. 
No pH fisiológico (7,4) todos os anestésicos locais apresentam sua forma ionizada em maior 
proporção, visto que o pKa de todos os AL é maior que 7,4. 
Cada anestésico local possui um pKa diferente, a proporção da forma ionizada e não-
ionizada (molecular) presentes no local apresenta variabilidade. 
A lidocaína possui pKa de 7,9, por isso em pH fisiológico apenas 25% da droga apresenta-se 
na sua forma não-ionizada. 
A bupivacaína possui pKa de 8,1, por isso em pH fisiológico haverá uma fração ainda menor 
da forma não-ionizada, aproximadamente 15%. 
Após atravessar a membrana lipídica da célula, no meio intracelular, atuará nos canais de 
sódio
A porção não-ionizada atravessa a membrana mais facilmente que a ionizada. 
Maior fração não-ionizada em pH fisiológico alcança seu sítio efetor de forma mais rápida. 
Isso explica porque a lidocaína tem menor tempo de latência que a bupivacaína. 
Efeito da via de administração X biodisponibilidade do fármaco, 
latência e duração dos efeitos
Ex: FENOTIAZÍNICOS
0
10
20
30
40
0 15 30 60 120 180 240 300
IV
IV IM
TEMPO EM MINUTOS
Distribuição
• O fármaco será direcionado aos tecidos corporais.
• Porções do fármaco se ligarão à proteínas, ALBUMINA
• Fração livre do fármaco
• Capilares hepáticos lacunas
• SNC não possuem lacunas/barreiras químicas
Distribuição: ligação à proteínas
De baixa capacidade: uma 
molécula da droga por 
molécula de albumina
De alta capacidade: muitas 
moléculas da droga por 
molécula de albumina
As drogas também podem 
apresentar diferentes 
afinidades: a albumina 
apresenta maior afinidade por 
drogas aniônicas (ácidos 
fracos) e drogas hidrofóbicas.
Proteínas
Albumina: 40% a 60% do total 
de proteínas no sangue, liga 
praticamente em qualquer 
fármaco (oferece muitos sítios 
de ativação)
Alfa1 – glicoproteína ácida
Transferrina (transporte do 
ferro)
Lipoproteínas s(carregar ácido 
graxo, colesterol, 
triglicerídeos)
Transcortina (transporta o 
cortisol)
Proteínas ligadoras de 
hormônios esteroidais
INTERAÇÃO DO FÁRMACO E A ALBUMINA
FÁRMACOS ALTAMENTE LIGADOS À 
PROTEÍNAS
Substâncias 
afinidades 
lipídios: tiopental, 
anestésicos locais
Substâncias 
afinidade cálcio: 
tetraciclinas
Metabolização
• Citocromo P450 – sistema CYP
• GLUCORINIDAÇÃO
• SULFATAÇÃO
Eliminação
Clearence
Hepatobiliar
Pulmonar
Compostos apolares 
Leite
Meia vida de eliminação
As seguintes fórmulas 
podem ser utilizadas para 
readequar alguns 
medicamentos:
Conforme os valores de 
creatinina do animal: 
Nova dose a ser 
empregada = dose antiga 
x Creatinina 
normal/Creatinina 
paciente. 
Novo intervalo a ser 
implementado = intervalo 
antigo x Creatinina 
paciente/Creatinina 
normal. 
Curva de concentração X tempo após administração intravenosa em bolus de ampicilina 
a 20 mg / kg a seis cães beagle. 
Britzi, M., Mazon, Y., Lavy, E., & Soback, S. (2014). Intravenous infusion of electrolyte solution changes pharmacokinetics of drugs: pharmacokinetics of ampicillin. Journal of
Veterinary Pharmacology and Therapeutics, 37(5), 445–450.doi:10.1111/jvp.12122
Infusão contínua 
Concentração do fármaco 
Área corporal Cães Área corporal gatos
Prof. Dr. Warley Gomes dos Santos
Fluidos e compartimentos mOsm/L Tampão pH Na++ K+ Cl- Mg++ Ca++
NaCl 0,9% 308 ----- 5,7 154 --- 154 --- -----
Ringer lactato 272 Lactato de sódio 6,6 130 4 109 --- 3
Ringer acetato 275 Acetato 6,7 131 4 109 --- 3
Ringer simples 309 ----- 5,8 147 4 156 --- 4
Plasma-lyte® 294 Acetato gluconato 7,4 140 5 98 3 -----
Normosol® 296 Acetato ou 
gluconato
7,4 140 5 98 3 -----
Soro glicosado 5% 252 ----- 4,2 ----- --- ----- --- -----
Extracelular (Plasma) 300 Bicarbonato 7,4 145 4 110 3 2,5
Intracelular 300 Fosfatos 7,4 12 140 4 34 4
Resumo pacote 6h
Sepse Choque séptico
Infecção
+ qSOFA
Identificação precoce
Lactato e hemoculturas
NORE; DOBUTA
AIEs?
Antibióticos e controle de foco infeccioso
Reanimação volêmica METAS
Haskins, S. C. (2015). Catecholamines. Small Animal Critical Care Medicine, 829–835.doi:10.1016/b978-1-4557-0306-7.00157-4
PARA RELEMBRAR!
Concentração 
dependente
Tempo dependente
Efeito pós-antibiótico
Concentração 10 vezes superiores à CIM da 
bactéria envolvida, para que haja adequada 
resposta clínica.
O tempo em que a concentração sérica da droga permanece acima da CIM do patógeno 
em questão (T>CIM). Não importa que a concentração esteja muito ou pouco acima da 
CIM, basta estar acima e manter-se assim o máximo de tempo possível. 
Para antibióticos beta-lactâmicos (penicilinas, cefasloporinas, carbapenêmicos) a 
infusão contínua ou prolongada, que garanta concentrações plasmáticas da droga 
acima da CIM da bactéria pelo maior tempo possível, é um fator de melhor prognóstico 
no tratamento de infecções graves. 
Sugestão de diluição de fármacos para infusão contínua no paciente crítico
Fármaco em MCG/KG/MIN
Ex.: Dopamina para um cão de 1 kg na dose de 5 mcg/kg/min diluído em uma seringa de 20ml com SF 0,9%
e infundido na taxa de 1ml/kg/hora. Utilizando a fórmula, deverá ser acrescido X de dopamina nesta seringa e
Infundir 1ml da solução após diluição por hora em bomba de seringa.
Dopamina =
1 𝑥 5 𝑥 20 𝑥 60
5 𝑥 1 𝑥 1000
assim deverá ser colocado 1,2 ml de dopamina nesta seringa e acrescido de 18,8ml
de SF 0,9%. Desta solução será infundido na taxa de 1ml por hora. Se o animal tiver 2kg será infundido 2ml por
hora e assim sucessivamente.
Com esta sugestão de diluição você terá margem para aumentar a taxa de infusão do fármaco caso necessário
e conseguirá manter outras infusões no animal com menor risco de sobrecarga de volume de cristaloides.
Caso o fármaco a ser infundido, a dose estiver em mg/kg/h ao invés de mcg/kg/min, a concentração do
medicamento em mg/ml, não deverá ser multiplicado por 60 no numerador da fórmula e também não precisa
multiplicar por 1000 no denominador.
Não esqueça que a infusão contínua de fármacos vasoativos necessita de monitoração de parâmetros
hemodinâmicos de modo criterioso e observar sempre as indicações e contraindicações do fármaco que está
sendo utilizado.
Volume a ser adicionado à bolsa ou seringa =
𝑃𝐸𝑆𝑂 𝑋 𝐷𝑂𝑆𝐸 𝑋 𝑉𝑂𝐿𝑈𝑀𝐸 𝐷𝐴 𝐵𝑂𝐿𝑆𝐴 𝑂𝑈 𝑆𝐸𝑅𝐼𝑁𝐺𝐴 𝑋 60
𝑚𝑔/𝑚𝑙 𝑋 𝑇𝐴𝑋𝐴𝑀𝐿 𝐻𝑂𝑅𝐴 𝑋 1000
Sugestão de diluição para infusão contínua
Fármaco em mcg/kg/min
Ex.: Dobutamina para um cão de 1 kg na dose de 5,0 mcg/kg/min diluído em uma seringa de 20ml
com SF 0,9%e infundido na taxa de 1ml/kg/hora. Utilizando a fórmula, deverá ser acrescido X de dobutamina nesta
seringa e
Infundir 1ml da solução após diluição por hora em bomba de seringa.
Dobutamina =
1 𝑥 5,0 𝑥 20 𝑥 60
12,5 𝑥 1 𝑥 1000
assim deverá ser colocado 0,5 ml de dobutamina nesta seringa e
acrescido de 19,50 ml de SF 0,9%. Desta solução será infundido na taxa de 1ml por hora. Se o
animal tiver 2kg será infundido 2ml por hora e assim sucessivamente.
Com esta sugestão de diluição você terá margem para aumentar a taxa de infusão do fármaco caso
necessário e conseguirá manter outras infusões no animal com menor risco de sobrecarga de volume
de cristaloides.
Caso o fármaco a ser infundido, a dose estiver em mg/kg/h ao invés de mcg/kg/min, a concentração
do medicamento em mg/ml, não deverá ser multiplicado por 60 no numerador da fórmula e também
não precisa multiplicar por 1000 no denominador.
Não esqueça que a infusão contínua de fármacos vasoativos necessita de monitoração de
parâmetros hemodinâmicos de modo criterioso e observar sempre as indicações e contraindicações
do fármaco que está sendo utilizado.
Volume a ser adicionado à bolsa ou seringa =
𝑃𝐸𝑆𝑂 𝑋 𝐷𝑂𝑆𝐸 𝑋 𝑉𝑂𝐿𝑈𝑀𝐸 𝐷𝐴 𝐵𝑂𝐿𝑆𝐴 𝑂𝑈 𝑆𝐸𝑅𝐼𝑁𝐺𝐴 𝑋 60
𝑚𝑔/𝑚𝑙 𝑋 𝑇𝐴𝑋𝐴𝑀𝐿 𝐻𝑂𝑅𝐴 𝑋 1000
Sugestão de diluição de fármacos para infusão contínua
Fármaco em MCG/KG/MIN
Volume a ser adicionado à bolsa ou seringa =
𝑃𝐸𝑆𝑂 𝑋 𝐷𝑂𝑆𝐸 𝑋 𝑉𝑂𝐿𝑈𝑀𝐸 𝐷𝐴 𝐵𝑂𝐿𝑆𝐴 𝑂𝑈 𝑆𝐸𝑅𝐼𝑁𝐺𝐴 𝑋 60
𝑚𝑔/𝑚𝑙 𝑋 𝑇𝐴𝑋𝐴𝑀𝐿 𝐻𝑂𝑅𝐴 𝑋 1000
Ex.: Nitroprussiato para um cão de 1 kg na dose de 2,0 mcg/kg/min diluído em um glicosado a 5%
e infundido na taxa de 1ml/kg/hora. Utilizando a fórmula, deverá ser acrescido X de nitroprussiato neste frasco
de glicosado e infundir 1ml da solução após diluição por hora em bomba de infusão.
Nitroprussiato mL =
1 𝑥 2,0 𝑥 250 𝑥 60
50 𝑥 1 𝑥 1000
assim deverá ser colocado 0,6 ml de nitroprussiato nesta bolsa e
acrescido de 249,4 ml de SG 5%. Desta solução será infundido na taxa de 1ml por hora. Se o animal tiver 2kg
será infundido 2ml por hora e assim sucessivamente. A cada meia hora titular a dose do fármaco. A dose mais
efetiva está entre 5 e 8 mcg/kg/min, sendo assim ir aumentando a dose conforme a necessidade.
Com esta sugestão de diluição você terá margem para aumentar a taxa de infusão do fármaco caso necessário
e conseguirá manter outras infusões no animal com menor risco de sobrecarga de volume de cristaloides.
Caso o fármaco a ser infundido, a dose estiver em mg/kg/h ao invés de mcg/kg/min, não deverá ser
multiplicado por 60 no numerador da fórmula e também não precisa multiplicar por 1000 no denominador.
Não esqueça que a infusão contínua de fármacos vasoativos necessita de monitoração de parâmetros
hemodinâmicos de modo criterioso e observar sempre as indicações e contraindicações do fármaco que está
sendo utilizado. O nitroprussiato não pode ser utilizado por mais de 72h por risco de intoxicação por cianeto.
Adicionalmente deve-se utilizar equipo fotoprotetor com proteção do frasco contra à luz.
FARMACOLOGIA 
E TERAPÊUTICA 
DA DOR
Professor Dr. Warley Gomes do Santos
DOR x NOCICEPÇÃO
Dor: “É uma experiência sensorial e emocional 
desagradável associada a uma lesão real ou potencial, 
ou descrita em termos de tal”.
IASP, 1986
Nocicepção: Componente fisiológico da dor. 
Dor Fisiológica
Dor neuropática ou neurogênica origina-se devido a 
lesões de nervos periféricos ou do sistema nervoso 
central. 
Dor nociceptiva resulta da ativação direta de
nociceptores da pele e outros tecidos em resposta a
uma lesão tecidual, acompanhada de inflamação.
Dor patológica
Nociceptiva Visceral e Neuropática
A dor visceral é profunda e dolorosa, mal localizada. 
Sensível a distensão.
Iatrogênica
Dor aguda surge do trauma de tecidos moles ou
inflamação e está relacionada com um processo
adaptativo biológico para facilitar o reparo tecidual e
cicatricial.
Dor crônica persiste além do período esperado de
uma doença ou injúria.
Neuroplasticidade pode aumentar a magnitude da
percepção da dor e pode contribuir para o
desenvolvimento de síndromes dolorosas crônicas.
Dor aguda e Crônica
DOR NEUROPÁTICA
"aquela decorrente de lesão ou doença que afeta 
diretamente o sistema somatossensitivo".
Moffat, R e Rae, C.P. Anaesthesia and Intensive Care Medicine, v.12, n.1, 2010
“Sopa Inflamatória”
Receptor periférico que responde a estímulos nocivos.
Terminações nervosas livres dos neurônios de primeira
ordem, cuja função é preservar a homeostasia tecidual,
assinalando uma injúria potencial ou real.
NOCICEPTOR
Fibras CFibras Aδ
Definições importantes
Alodinia: dor que surge como resultado de
estimulação não-nociva sobre a pele normal.
Analgesia: redução ou anulação da dor.
Anestesia: ausência da percepção da
dor.
Definições importantes
Importante: Os anestésicos gerais não são analgésicos.
https://www.vetsmart.com.br/cg/estudo/13734/avaliacao-de-tratamento-da-dor-aguda-e-cronica-em-caes-e-gatos
https://www.vetsmart.com.br/cg/estudo/13734/avaliacao-de-tratamento-da-dor-aguda-e-cronica-em-caes-e-gatos
https://www.vetsmart.com.br/cg/estudo/13734/avaliacao-de-tratamento-da-dor-aguda-e-cronica-em-caes-e-gatos
https://www.vetsmart.com.br/cg/estudo/13734/avaliacao-de-tratamento-da-dor-aguda-e-cronica-em-caes-e-gatos
https://www.vetsmart.com.br/cg/estudo/13734/avaliacao-de-tratamento-da-dor-aguda-e-cronica-em-caes-e-gatos
https://www.vetsmart.com.br/cg/estudo/13734/avaliacao-de-tratamento-da-dor-aguda-e-cronica-em-caes-e-gatos
Aspectos da dor e sofrimento no bem-estar de bovinos leiteiros acometidos por podopatias. DOI:
10.22256/pubvet.v11n11.1074-1084
https://www.researchgate.net/publication/320767437_Aspectos_da_dor_e_sofrimento_no_bem-estar_de_bovinos_leiteiros_acometidos_por_podopatias
https://www.researchgate.net/deref/http:/dx.doi.org/10.22256/pubvet.v11n11.1074-1084?_sg%5b0%5d=hzIcE1dgjqVDHQ6zYcb05EdlIBze8KWTkBzNZljT5rg00BKKYKezxZHZ8HVYIu0JsxKvsmm_MIJLozDI-YP1SnK43A.4qcuFLbCFMNDRJVXGu0V_yJs-03mW8EQY6G2B1_S7roW61vqkFMvwoazJ9AgY-YMUrn1h1E875BynQCcI93VQg
LAMONT et al. Veterinary Clinics Of North America Small Animal Practice, v.30, n.4, 2000.
Organização histológica da substância cinzenta na medula espinhal
Moffat, R e Rae, C.P. Anaesthesia and 
Intensive Care Medicine, v.12, n.1, 2010.
INIBIÇÃO DESCENDENTE
Analgesia Multimodal
Analgesia preemptiva
Antes do estímulo nóxico
Fármacos com diferentes 
modos de ação
Definições importantes
Por que tratar a dor?
• Alterações: 
• Hemodinâmicas
• Respiratórias
• Imunológicas
• Metabólicas
• Neuroendócrinas
• Comportamentais
• Retardo na recuperação pós-operatória e anestésica
• Retardo na cicatrização
• Bem estar
Causas de dor nos animais
Príncipio da Analogia
•Cardiopulmonar/Cardiovascular
•Oncológica
•Dermatológica
•Odontológica
•Gastrointestinal
•Músculo Esquelética
•Ocular
•Urogenital
•Procedimentos 
hospitalares/cirúrgicos
•Neurológico
•Permanece silencioso mas pode rosnar quando
abordado;
•Inapetência;
•Tendência a se esconder e ficar quieto;
•Pode uivar e comportamento desesperado;
•Lambidas frequentes em um mesmo local;
•Postura rígida;
•Perda do autocuidado.
Utilização de diferentes Escalas
Avaliação geral subjetiva Ex. dor nos Gatos
Avaliação da dor nos Animais
Escala para avaliação da qualidade de vida validada para cães com dor oncológica (zero = pior qualidade de vida / 36 = 
melhor qualidade de vida) Fonte: Yazbek e Fantoni (2005)
https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/60943/000860430.pdf?sequence=1
https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/60943/000860430.pdf?sequence=1
Fármacos
comumente
empregados
• AINEs; 
• Anéstesicos locais;
• Anestésicos dissociativos;
• Agonistas α-2 adrenérgicos;
• Opioides;
• Corticosteroides;
• Outros:
• Amitriptilina
• Gabapentina
• Amantadina
• Acupuntura
• TENS
AINEs
• Inibição de ciclo-oxigenases: bloqueio de prostaglandinas,• prostaciclinas, leucotrienos e tromboxanos. 
Cox 1: prostaglandinas constitutivas renais, 
gastrointestinais e cardíacas.
Cox 2: enzima induzida, leva formação de prostaglandinas
na inflamação e algumas neoplasias.
•Meloxicam (cox 2 relativo)
•Nimezulida (cox 2 relativo)
•Fenilbutazona (equi e bov).
•Monofenilbutazona (equi e bov).
•Flunixim meglumine (equi e bov).
•Cetoprofeno (pode usar gatos).
Estudo in vitro usando culturas de célula canina,
Carprofeno demonstrou uma inibição seletiva de
COX-2 cem vezes maior comparada com COX-1.
(bula do produto). Dose:4,4 mg.kg-1 dia cães
AINEs
Firocoxib: cavalos (0,1mg.kg-1 SID)
Tepoxalina: ciclo e lipox.
Eventos adversos
Sistema digestório
Fígado
Cardiovascular 
Cães (HENNAN et al., 2001; HONG et al., 2007).
COX no sistema digestório de várias espécies animais
RADI, Z.A. Pathophysiology of Cyclooxygenase Inhibition in Animal Models. 
Toxicologic Pathology, v.37, 2009
RADI, Z.A. Pathophysiology of Cyclooxygenase Inhibition in Animal Models. Toxicologic Pathology, v.37, 2009
Todos os anti-inflamatórios são potenciais para gerar injúrias 
renais
Indivíduos hipovolêmicos
Desidratados
Deficiência de sódio
Anestesia
• Podem alterar eixo renina angiotensina aldosterona
WHELTON, A. Nephrotoxicity of nonsteroidal anti-inflammatory drugs: Physiologic foundations and clinical
implications. Am. J. Med. v.106, 1999
Nefrotoxicidade dos AINEs
WHELTON, A. Nephrotoxicity of nonsteroidal anti-inflammatory drugs: Physiologic foundations and
clinical implications. Am. J. Med. v.106, 1999
Nefrotoxicidade dos AINEs
PGs e pressão arterial
• Nimesulida elevou PA cães (BRANDS et al., 2001).
• Nimesulida elevou PA e reduziu fluxo sanguíneo renal e fluxo urinário durante 
dieta com baixos teores de sódio (RODRIGUEZ et al., 2000).
Outras situações clínicas!
• Enfermidades do sistema respiratório
• Gestação
Interações com AINEs
• AINEs e beta bloqueadores
Redução do efeito anti-hipertensivo
• AINEs e diuréticos
Aumenta risco de insuficiência cardíaca congestiva
• AINEs e inibidores de ECA
Hipercalemia
Anestésico local mais largamente utilizado e considerado protótipo dos derivados
aminoamidas.
Base fraca ( pKa 7,9) e pouco hidrossolúvel.
canais de sódio voltagem-dependentes (Nav)
Perda sensitiva na ordem: de dor, temperatura, toque,
pressão profunda e função motora, de acordo com o calibre
das fibras nervosas
Lidocaína
IV ou peridural,promove alívio da dor 
pós-operatória, com redução
da intensidade, diminuição do consumo de anestésicos
inalatórios e opióides, retorno rápido do trânsito intestinal
e diminuição da produção de interleucinas.
Possui propriedades anti-inflamatórias significativas e 
reduz a liberação de 
citocinas tanto in vitro quanto in vivo por inibir
a ativação de neutrófilos
Lidocaína
Inicialmente distribuída aos órgãos ricamente perfundidos
Aprox. 40% da lidocaína IV é extraída
temporariamente durante a primeira passagem pelos
pulmões, onde o pH é menor com relação ao plasma.
Ação periférica e central:
bloqueio de canais de sódio, ação glicinérgica
e bloqueio de receptores NMDA, redução de substância
P
90% metabolizado no fígado
EXCREÇÃO BILIAR E RENAL
Lidocaína IV
Não usar em cardiopatas
Intoxicação SNC DOSE DEPENDENTE
• DOSES E CONVULSÃO 
• 5 a 6 mg.kg-1 no coelho, 
• 10 mg.kg-1 no gato (BREARLEY, 1994), 
• 11 a 20 mg.kg-1 no cão (SKARDA,1996), 
• 4 mg.kg-1 no cavalo (SKARDA, 1991), 
• 32,4 mg.kg-1 no rato (McFARLANE et al., 1994), 
• 14 a 23 mg.kg-1 no macaco e 6 a 7 mg.kg-1 no
• homem (STEEN & MICHENFELDER, 1979).
2 a 5 mg.kg-1 durante 10 ou 15 minutos.
CRI - 80 - 100 micrg.kg.min-1 ou 1 - 1.5mg.kg-1 (sem
bomba de infusão).
As mesma doses podem ser usadas em bovinos,
Lhamas, Alpacas, cabras e ovelhas.
dose para Cavalos
Analgesia trans-operatória Lidocaína IV
PEPTÍDIOS 
OPIOIDES
OPIOIDES 
ENDÓGENOS
ENDORFINAS
ENCEFALINAS
DINORFINAS
NOCICEPTINA
Potência dos opioides X morfina
Opioide Potência
Petidina (meperidina) 0,1
Morfina 1
Alfentanil 10-20
Remifentanil 50-100
Fentanil 100
Sufentanil 500-1000
Etorfina 3000-4000
Tempo aproximado de latência e meia-vida dos opioides
DOI: http://www.dx.doi.org/10.5935/2238-3182.20160069
Patches fentanyl in dogs. Disponível em : < www.google.com.br > Acesso em: 
11 Set. 2011.
Agonistas dos receptores alfa-2 
adrenérgicos
• atuam no sistema nervoso central produzindo sedação, relaxamento muscular, ataxia e analgesia. 
• Alterações cardiovasculares: 
• diminuição da freqüência cardíaca, redução do débito cardíaco, aumento inicial da pressão arterial 
seguido de hipotensão
• Efeitos arritmogênicos: bradicardia, bloqueio sinoatrial e atrioventricular de 1º e 2º graus, como 
resultado da alteração da atividade simpática e parassimpática nas células de condução 
atrioventricular e da despolarização espontânea dos tecidos do átrio (Tranquilli, 2004). 
Dor intra-operatória: fentanil e congêneres
Protocolos para Cães e gatos
Dor intra-operatória: morfina IV diluída; 
morfina peridural (hipomotilidade).
Equinos
Dor pós-operatória moderada: opióides moderados 
+ carprofeno ou cetoprofeno ou dipirona.
Dor pós-operatória intensa ou torturante: 
opióides potentes + carprofeno
ou cetoprofeno + dipirona.
Dor pós-operatória leve: meloxicam, carprofeno ou cetoprofeno ou dipirona.
Afecções que podem promover dor crônica em felinos
Boesch, J. M. (2019). Advances in Pain Management: Palliative Care Applications. Veterinary Clinics of North America: Small Animal Practice, 49(3), 445–
461. doi:10.1016/j.cvsm.2019.01.011
Compassion care X dor crônica em felinos
https://todaysveterinarypractice.com/focus-on-pharmacology-management-of-chronic-pain-in-cats/
https://todaysveterinarypractice.com/focus-on-pharmacology-management-of-chronic-pain-in-cats/
"MORRER NÃO É NADA, MAS A DOR É UM
ASSUNTO MUITO SÉRIO"
(HENRY JACOB BIGELOW, 1871)
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