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Prof. Dr. Warley Gomes dos Santos Introdução • Farmacocinética : o que o corpo faz com o fármaco? • Farmacodinâmica: o que o fármaco faz com o corpo? Introdução Fármaco: Estrutura química conhecida que promove algum efeito biológico. Medicamento: Junção de um ou mais fármacos, veículos, excipientes... Toxicos/Venenos: Efeitos maléficos Composição hídrica do corpo dos animais • Água corporal total: • Intravascular ➢Compartimento periférico • Interstício • Intracelular Farmacocinética Absorção Distribuição Metabolização: particularidades entre espécies. Eliminação Vias de administração dos medicamentos ➢Enteral • Oral • Sublingual • Intrarretal ➢Parenteral • Intrapulmonar • Intraóssea • Peridural • Subdural • Intrarticular • Intraocular • Epitelial/Transdérmica • Inalatória Absorção ➢ Difusão • Passiva: Difusão das moléculas do fármaco, a favor do gradiente de concentração (SEM GASTO DE ENERGIA). Dependente de lipossolubidade e tamanho das moléculas. (MELHOR MÉTODO) • Ativa: fármaco transportado contra o gradiente de concentração COM GASTO DE ENERGIA. Mais importante na eliminação (Ex: Diuréticos). • Facilitada • pH • Pka • Sequestro iônico • Aprisionamento iônico ➢Biosdisponibilidade • Efeito da primeira passagem • Tempo de absorção no intestino Exemplo de ação dependente da lipossolubilidade, pH e pKa pKa dos anestésicos locais determina a quantidade de fármaco existente na forma ionizada em um determinado pH. No pH fisiológico (7,4) todos os anestésicos locais apresentam sua forma ionizada em maior proporção, visto que o pKa de todos os AL é maior que 7,4. Cada anestésico local possui um pKa diferente, a proporção da forma ionizada e não- ionizada (molecular) presentes no local apresenta variabilidade. A lidocaína possui pKa de 7,9, por isso em pH fisiológico apenas 25% da droga apresenta-se na sua forma não-ionizada. A bupivacaína possui pKa de 8,1, por isso em pH fisiológico haverá uma fração ainda menor da forma não-ionizada, aproximadamente 15%. Após atravessar a membrana lipídica da célula, no meio intracelular, atuará nos canais de sódio A porção não-ionizada atravessa a membrana mais facilmente que a ionizada. Maior fração não-ionizada em pH fisiológico alcança seu sítio efetor de forma mais rápida. Isso explica porque a lidocaína tem menor tempo de latência que a bupivacaína. Efeito da via de administração X biodisponibilidade do fármaco, latência e duração dos efeitos Ex: FENOTIAZÍNICOS 0 10 20 30 40 0 15 30 60 120 180 240 300 IV IV IM TEMPO EM MINUTOS Distribuição • O fármaco será direcionado aos tecidos corporais. • Porções do fármaco se ligarão à proteínas, ALBUMINA • Fração livre do fármaco • Capilares hepáticos lacunas • SNC não possuem lacunas/barreiras químicas Distribuição: ligação à proteínas De baixa capacidade: uma molécula da droga por molécula de albumina De alta capacidade: muitas moléculas da droga por molécula de albumina As drogas também podem apresentar diferentes afinidades: a albumina apresenta maior afinidade por drogas aniônicas (ácidos fracos) e drogas hidrofóbicas. Proteínas Albumina: 40% a 60% do total de proteínas no sangue, liga praticamente em qualquer fármaco (oferece muitos sítios de ativação) Alfa1 – glicoproteína ácida Transferrina (transporte do ferro) Lipoproteínas s(carregar ácido graxo, colesterol, triglicerídeos) Transcortina (transporta o cortisol) Proteínas ligadoras de hormônios esteroidais INTERAÇÃO DO FÁRMACO E A ALBUMINA FÁRMACOS ALTAMENTE LIGADOS À PROTEÍNAS Substâncias afinidades lipídios: tiopental, anestésicos locais Substâncias afinidade cálcio: tetraciclinas Metabolização • Citocromo P450 – sistema CYP • GLUCORINIDAÇÃO • SULFATAÇÃO Eliminação Clearence Hepatobiliar Pulmonar Compostos apolares Leite Meia vida de eliminação As seguintes fórmulas podem ser utilizadas para readequar alguns medicamentos: Conforme os valores de creatinina do animal: Nova dose a ser empregada = dose antiga x Creatinina normal/Creatinina paciente. Novo intervalo a ser implementado = intervalo antigo x Creatinina paciente/Creatinina normal. Curva de concentração X tempo após administração intravenosa em bolus de ampicilina a 20 mg / kg a seis cães beagle. Britzi, M., Mazon, Y., Lavy, E., & Soback, S. (2014). Intravenous infusion of electrolyte solution changes pharmacokinetics of drugs: pharmacokinetics of ampicillin. Journal of Veterinary Pharmacology and Therapeutics, 37(5), 445–450.doi:10.1111/jvp.12122 Infusão contínua Concentração do fármaco Área corporal Cães Área corporal gatos Prof. Dr. Warley Gomes dos Santos Fluidos e compartimentos mOsm/L Tampão pH Na++ K+ Cl- Mg++ Ca++ NaCl 0,9% 308 ----- 5,7 154 --- 154 --- ----- Ringer lactato 272 Lactato de sódio 6,6 130 4 109 --- 3 Ringer acetato 275 Acetato 6,7 131 4 109 --- 3 Ringer simples 309 ----- 5,8 147 4 156 --- 4 Plasma-lyte® 294 Acetato gluconato 7,4 140 5 98 3 ----- Normosol® 296 Acetato ou gluconato 7,4 140 5 98 3 ----- Soro glicosado 5% 252 ----- 4,2 ----- --- ----- --- ----- Extracelular (Plasma) 300 Bicarbonato 7,4 145 4 110 3 2,5 Intracelular 300 Fosfatos 7,4 12 140 4 34 4 Resumo pacote 6h Sepse Choque séptico Infecção + qSOFA Identificação precoce Lactato e hemoculturas NORE; DOBUTA AIEs? Antibióticos e controle de foco infeccioso Reanimação volêmica METAS Haskins, S. C. (2015). Catecholamines. Small Animal Critical Care Medicine, 829–835.doi:10.1016/b978-1-4557-0306-7.00157-4 PARA RELEMBRAR! Concentração dependente Tempo dependente Efeito pós-antibiótico Concentração 10 vezes superiores à CIM da bactéria envolvida, para que haja adequada resposta clínica. O tempo em que a concentração sérica da droga permanece acima da CIM do patógeno em questão (T>CIM). Não importa que a concentração esteja muito ou pouco acima da CIM, basta estar acima e manter-se assim o máximo de tempo possível. Para antibióticos beta-lactâmicos (penicilinas, cefasloporinas, carbapenêmicos) a infusão contínua ou prolongada, que garanta concentrações plasmáticas da droga acima da CIM da bactéria pelo maior tempo possível, é um fator de melhor prognóstico no tratamento de infecções graves. Sugestão de diluição de fármacos para infusão contínua no paciente crítico Fármaco em MCG/KG/MIN Ex.: Dopamina para um cão de 1 kg na dose de 5 mcg/kg/min diluído em uma seringa de 20ml com SF 0,9% e infundido na taxa de 1ml/kg/hora. Utilizando a fórmula, deverá ser acrescido X de dopamina nesta seringa e Infundir 1ml da solução após diluição por hora em bomba de seringa. Dopamina = 1 𝑥 5 𝑥 20 𝑥 60 5 𝑥 1 𝑥 1000 assim deverá ser colocado 1,2 ml de dopamina nesta seringa e acrescido de 18,8ml de SF 0,9%. Desta solução será infundido na taxa de 1ml por hora. Se o animal tiver 2kg será infundido 2ml por hora e assim sucessivamente. Com esta sugestão de diluição você terá margem para aumentar a taxa de infusão do fármaco caso necessário e conseguirá manter outras infusões no animal com menor risco de sobrecarga de volume de cristaloides. Caso o fármaco a ser infundido, a dose estiver em mg/kg/h ao invés de mcg/kg/min, a concentração do medicamento em mg/ml, não deverá ser multiplicado por 60 no numerador da fórmula e também não precisa multiplicar por 1000 no denominador. Não esqueça que a infusão contínua de fármacos vasoativos necessita de monitoração de parâmetros hemodinâmicos de modo criterioso e observar sempre as indicações e contraindicações do fármaco que está sendo utilizado. Volume a ser adicionado à bolsa ou seringa = 𝑃𝐸𝑆𝑂 𝑋 𝐷𝑂𝑆𝐸 𝑋 𝑉𝑂𝐿𝑈𝑀𝐸 𝐷𝐴 𝐵𝑂𝐿𝑆𝐴 𝑂𝑈 𝑆𝐸𝑅𝐼𝑁𝐺𝐴 𝑋 60 𝑚𝑔/𝑚𝑙 𝑋 𝑇𝐴𝑋𝐴𝑀𝐿 𝐻𝑂𝑅𝐴 𝑋 1000 Sugestão de diluição para infusão contínua Fármaco em mcg/kg/min Ex.: Dobutamina para um cão de 1 kg na dose de 5,0 mcg/kg/min diluído em uma seringa de 20ml com SF 0,9%e infundido na taxa de 1ml/kg/hora. Utilizando a fórmula, deverá ser acrescido X de dobutamina nesta seringa e Infundir 1ml da solução após diluição por hora em bomba de seringa. Dobutamina = 1 𝑥 5,0 𝑥 20 𝑥 60 12,5 𝑥 1 𝑥 1000 assim deverá ser colocado 0,5 ml de dobutamina nesta seringa e acrescido de 19,50 ml de SF 0,9%. Desta solução será infundido na taxa de 1ml por hora. Se o animal tiver 2kg será infundido 2ml por hora e assim sucessivamente. Com esta sugestão de diluição você terá margem para aumentar a taxa de infusão do fármaco caso necessário e conseguirá manter outras infusões no animal com menor risco de sobrecarga de volume de cristaloides. Caso o fármaco a ser infundido, a dose estiver em mg/kg/h ao invés de mcg/kg/min, a concentração do medicamento em mg/ml, não deverá ser multiplicado por 60 no numerador da fórmula e também não precisa multiplicar por 1000 no denominador. Não esqueça que a infusão contínua de fármacos vasoativos necessita de monitoração de parâmetros hemodinâmicos de modo criterioso e observar sempre as indicações e contraindicações do fármaco que está sendo utilizado. Volume a ser adicionado à bolsa ou seringa = 𝑃𝐸𝑆𝑂 𝑋 𝐷𝑂𝑆𝐸 𝑋 𝑉𝑂𝐿𝑈𝑀𝐸 𝐷𝐴 𝐵𝑂𝐿𝑆𝐴 𝑂𝑈 𝑆𝐸𝑅𝐼𝑁𝐺𝐴 𝑋 60 𝑚𝑔/𝑚𝑙 𝑋 𝑇𝐴𝑋𝐴𝑀𝐿 𝐻𝑂𝑅𝐴 𝑋 1000 Sugestão de diluição de fármacos para infusão contínua Fármaco em MCG/KG/MIN Volume a ser adicionado à bolsa ou seringa = 𝑃𝐸𝑆𝑂 𝑋 𝐷𝑂𝑆𝐸 𝑋 𝑉𝑂𝐿𝑈𝑀𝐸 𝐷𝐴 𝐵𝑂𝐿𝑆𝐴 𝑂𝑈 𝑆𝐸𝑅𝐼𝑁𝐺𝐴 𝑋 60 𝑚𝑔/𝑚𝑙 𝑋 𝑇𝐴𝑋𝐴𝑀𝐿 𝐻𝑂𝑅𝐴 𝑋 1000 Ex.: Nitroprussiato para um cão de 1 kg na dose de 2,0 mcg/kg/min diluído em um glicosado a 5% e infundido na taxa de 1ml/kg/hora. Utilizando a fórmula, deverá ser acrescido X de nitroprussiato neste frasco de glicosado e infundir 1ml da solução após diluição por hora em bomba de infusão. Nitroprussiato mL = 1 𝑥 2,0 𝑥 250 𝑥 60 50 𝑥 1 𝑥 1000 assim deverá ser colocado 0,6 ml de nitroprussiato nesta bolsa e acrescido de 249,4 ml de SG 5%. Desta solução será infundido na taxa de 1ml por hora. Se o animal tiver 2kg será infundido 2ml por hora e assim sucessivamente. A cada meia hora titular a dose do fármaco. A dose mais efetiva está entre 5 e 8 mcg/kg/min, sendo assim ir aumentando a dose conforme a necessidade. Com esta sugestão de diluição você terá margem para aumentar a taxa de infusão do fármaco caso necessário e conseguirá manter outras infusões no animal com menor risco de sobrecarga de volume de cristaloides. Caso o fármaco a ser infundido, a dose estiver em mg/kg/h ao invés de mcg/kg/min, não deverá ser multiplicado por 60 no numerador da fórmula e também não precisa multiplicar por 1000 no denominador. Não esqueça que a infusão contínua de fármacos vasoativos necessita de monitoração de parâmetros hemodinâmicos de modo criterioso e observar sempre as indicações e contraindicações do fármaco que está sendo utilizado. O nitroprussiato não pode ser utilizado por mais de 72h por risco de intoxicação por cianeto. Adicionalmente deve-se utilizar equipo fotoprotetor com proteção do frasco contra à luz. FARMACOLOGIA E TERAPÊUTICA DA DOR Professor Dr. Warley Gomes do Santos DOR x NOCICEPÇÃO Dor: “É uma experiência sensorial e emocional desagradável associada a uma lesão real ou potencial, ou descrita em termos de tal”. IASP, 1986 Nocicepção: Componente fisiológico da dor. Dor Fisiológica Dor neuropática ou neurogênica origina-se devido a lesões de nervos periféricos ou do sistema nervoso central. Dor nociceptiva resulta da ativação direta de nociceptores da pele e outros tecidos em resposta a uma lesão tecidual, acompanhada de inflamação. Dor patológica Nociceptiva Visceral e Neuropática A dor visceral é profunda e dolorosa, mal localizada. Sensível a distensão. Iatrogênica Dor aguda surge do trauma de tecidos moles ou inflamação e está relacionada com um processo adaptativo biológico para facilitar o reparo tecidual e cicatricial. Dor crônica persiste além do período esperado de uma doença ou injúria. Neuroplasticidade pode aumentar a magnitude da percepção da dor e pode contribuir para o desenvolvimento de síndromes dolorosas crônicas. Dor aguda e Crônica DOR NEUROPÁTICA "aquela decorrente de lesão ou doença que afeta diretamente o sistema somatossensitivo". Moffat, R e Rae, C.P. Anaesthesia and Intensive Care Medicine, v.12, n.1, 2010 “Sopa Inflamatória” Receptor periférico que responde a estímulos nocivos. Terminações nervosas livres dos neurônios de primeira ordem, cuja função é preservar a homeostasia tecidual, assinalando uma injúria potencial ou real. NOCICEPTOR Fibras CFibras Aδ Definições importantes Alodinia: dor que surge como resultado de estimulação não-nociva sobre a pele normal. Analgesia: redução ou anulação da dor. Anestesia: ausência da percepção da dor. Definições importantes Importante: Os anestésicos gerais não são analgésicos. https://www.vetsmart.com.br/cg/estudo/13734/avaliacao-de-tratamento-da-dor-aguda-e-cronica-em-caes-e-gatos https://www.vetsmart.com.br/cg/estudo/13734/avaliacao-de-tratamento-da-dor-aguda-e-cronica-em-caes-e-gatos https://www.vetsmart.com.br/cg/estudo/13734/avaliacao-de-tratamento-da-dor-aguda-e-cronica-em-caes-e-gatos https://www.vetsmart.com.br/cg/estudo/13734/avaliacao-de-tratamento-da-dor-aguda-e-cronica-em-caes-e-gatos https://www.vetsmart.com.br/cg/estudo/13734/avaliacao-de-tratamento-da-dor-aguda-e-cronica-em-caes-e-gatos https://www.vetsmart.com.br/cg/estudo/13734/avaliacao-de-tratamento-da-dor-aguda-e-cronica-em-caes-e-gatos Aspectos da dor e sofrimento no bem-estar de bovinos leiteiros acometidos por podopatias. DOI: 10.22256/pubvet.v11n11.1074-1084 https://www.researchgate.net/publication/320767437_Aspectos_da_dor_e_sofrimento_no_bem-estar_de_bovinos_leiteiros_acometidos_por_podopatias https://www.researchgate.net/deref/http:/dx.doi.org/10.22256/pubvet.v11n11.1074-1084?_sg%5b0%5d=hzIcE1dgjqVDHQ6zYcb05EdlIBze8KWTkBzNZljT5rg00BKKYKezxZHZ8HVYIu0JsxKvsmm_MIJLozDI-YP1SnK43A.4qcuFLbCFMNDRJVXGu0V_yJs-03mW8EQY6G2B1_S7roW61vqkFMvwoazJ9AgY-YMUrn1h1E875BynQCcI93VQg LAMONT et al. Veterinary Clinics Of North America Small Animal Practice, v.30, n.4, 2000. Organização histológica da substância cinzenta na medula espinhal Moffat, R e Rae, C.P. Anaesthesia and Intensive Care Medicine, v.12, n.1, 2010. INIBIÇÃO DESCENDENTE Analgesia Multimodal Analgesia preemptiva Antes do estímulo nóxico Fármacos com diferentes modos de ação Definições importantes Por que tratar a dor? • Alterações: • Hemodinâmicas • Respiratórias • Imunológicas • Metabólicas • Neuroendócrinas • Comportamentais • Retardo na recuperação pós-operatória e anestésica • Retardo na cicatrização • Bem estar Causas de dor nos animais Príncipio da Analogia •Cardiopulmonar/Cardiovascular •Oncológica •Dermatológica •Odontológica •Gastrointestinal •Músculo Esquelética •Ocular •Urogenital •Procedimentos hospitalares/cirúrgicos •Neurológico •Permanece silencioso mas pode rosnar quando abordado; •Inapetência; •Tendência a se esconder e ficar quieto; •Pode uivar e comportamento desesperado; •Lambidas frequentes em um mesmo local; •Postura rígida; •Perda do autocuidado. Utilização de diferentes Escalas Avaliação geral subjetiva Ex. dor nos Gatos Avaliação da dor nos Animais Escala para avaliação da qualidade de vida validada para cães com dor oncológica (zero = pior qualidade de vida / 36 = melhor qualidade de vida) Fonte: Yazbek e Fantoni (2005) https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/60943/000860430.pdf?sequence=1 https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/60943/000860430.pdf?sequence=1 Fármacos comumente empregados • AINEs; • Anéstesicos locais; • Anestésicos dissociativos; • Agonistas α-2 adrenérgicos; • Opioides; • Corticosteroides; • Outros: • Amitriptilina • Gabapentina • Amantadina • Acupuntura • TENS AINEs • Inibição de ciclo-oxigenases: bloqueio de prostaglandinas,• prostaciclinas, leucotrienos e tromboxanos. Cox 1: prostaglandinas constitutivas renais, gastrointestinais e cardíacas. Cox 2: enzima induzida, leva formação de prostaglandinas na inflamação e algumas neoplasias. •Meloxicam (cox 2 relativo) •Nimezulida (cox 2 relativo) •Fenilbutazona (equi e bov). •Monofenilbutazona (equi e bov). •Flunixim meglumine (equi e bov). •Cetoprofeno (pode usar gatos). Estudo in vitro usando culturas de célula canina, Carprofeno demonstrou uma inibição seletiva de COX-2 cem vezes maior comparada com COX-1. (bula do produto). Dose:4,4 mg.kg-1 dia cães AINEs Firocoxib: cavalos (0,1mg.kg-1 SID) Tepoxalina: ciclo e lipox. Eventos adversos Sistema digestório Fígado Cardiovascular Cães (HENNAN et al., 2001; HONG et al., 2007). COX no sistema digestório de várias espécies animais RADI, Z.A. Pathophysiology of Cyclooxygenase Inhibition in Animal Models. Toxicologic Pathology, v.37, 2009 RADI, Z.A. Pathophysiology of Cyclooxygenase Inhibition in Animal Models. Toxicologic Pathology, v.37, 2009 Todos os anti-inflamatórios são potenciais para gerar injúrias renais Indivíduos hipovolêmicos Desidratados Deficiência de sódio Anestesia • Podem alterar eixo renina angiotensina aldosterona WHELTON, A. Nephrotoxicity of nonsteroidal anti-inflammatory drugs: Physiologic foundations and clinical implications. Am. J. Med. v.106, 1999 Nefrotoxicidade dos AINEs WHELTON, A. Nephrotoxicity of nonsteroidal anti-inflammatory drugs: Physiologic foundations and clinical implications. Am. J. Med. v.106, 1999 Nefrotoxicidade dos AINEs PGs e pressão arterial • Nimesulida elevou PA cães (BRANDS et al., 2001). • Nimesulida elevou PA e reduziu fluxo sanguíneo renal e fluxo urinário durante dieta com baixos teores de sódio (RODRIGUEZ et al., 2000). Outras situações clínicas! • Enfermidades do sistema respiratório • Gestação Interações com AINEs • AINEs e beta bloqueadores Redução do efeito anti-hipertensivo • AINEs e diuréticos Aumenta risco de insuficiência cardíaca congestiva • AINEs e inibidores de ECA Hipercalemia Anestésico local mais largamente utilizado e considerado protótipo dos derivados aminoamidas. Base fraca ( pKa 7,9) e pouco hidrossolúvel. canais de sódio voltagem-dependentes (Nav) Perda sensitiva na ordem: de dor, temperatura, toque, pressão profunda e função motora, de acordo com o calibre das fibras nervosas Lidocaína IV ou peridural,promove alívio da dor pós-operatória, com redução da intensidade, diminuição do consumo de anestésicos inalatórios e opióides, retorno rápido do trânsito intestinal e diminuição da produção de interleucinas. Possui propriedades anti-inflamatórias significativas e reduz a liberação de citocinas tanto in vitro quanto in vivo por inibir a ativação de neutrófilos Lidocaína Inicialmente distribuída aos órgãos ricamente perfundidos Aprox. 40% da lidocaína IV é extraída temporariamente durante a primeira passagem pelos pulmões, onde o pH é menor com relação ao plasma. Ação periférica e central: bloqueio de canais de sódio, ação glicinérgica e bloqueio de receptores NMDA, redução de substância P 90% metabolizado no fígado EXCREÇÃO BILIAR E RENAL Lidocaína IV Não usar em cardiopatas Intoxicação SNC DOSE DEPENDENTE • DOSES E CONVULSÃO • 5 a 6 mg.kg-1 no coelho, • 10 mg.kg-1 no gato (BREARLEY, 1994), • 11 a 20 mg.kg-1 no cão (SKARDA,1996), • 4 mg.kg-1 no cavalo (SKARDA, 1991), • 32,4 mg.kg-1 no rato (McFARLANE et al., 1994), • 14 a 23 mg.kg-1 no macaco e 6 a 7 mg.kg-1 no • homem (STEEN & MICHENFELDER, 1979). 2 a 5 mg.kg-1 durante 10 ou 15 minutos. CRI - 80 - 100 micrg.kg.min-1 ou 1 - 1.5mg.kg-1 (sem bomba de infusão). As mesma doses podem ser usadas em bovinos, Lhamas, Alpacas, cabras e ovelhas. dose para Cavalos Analgesia trans-operatória Lidocaína IV PEPTÍDIOS OPIOIDES OPIOIDES ENDÓGENOS ENDORFINAS ENCEFALINAS DINORFINAS NOCICEPTINA Potência dos opioides X morfina Opioide Potência Petidina (meperidina) 0,1 Morfina 1 Alfentanil 10-20 Remifentanil 50-100 Fentanil 100 Sufentanil 500-1000 Etorfina 3000-4000 Tempo aproximado de latência e meia-vida dos opioides DOI: http://www.dx.doi.org/10.5935/2238-3182.20160069 Patches fentanyl in dogs. Disponível em : < www.google.com.br > Acesso em: 11 Set. 2011. Agonistas dos receptores alfa-2 adrenérgicos • atuam no sistema nervoso central produzindo sedação, relaxamento muscular, ataxia e analgesia. • Alterações cardiovasculares: • diminuição da freqüência cardíaca, redução do débito cardíaco, aumento inicial da pressão arterial seguido de hipotensão • Efeitos arritmogênicos: bradicardia, bloqueio sinoatrial e atrioventricular de 1º e 2º graus, como resultado da alteração da atividade simpática e parassimpática nas células de condução atrioventricular e da despolarização espontânea dos tecidos do átrio (Tranquilli, 2004). Dor intra-operatória: fentanil e congêneres Protocolos para Cães e gatos Dor intra-operatória: morfina IV diluída; morfina peridural (hipomotilidade). Equinos Dor pós-operatória moderada: opióides moderados + carprofeno ou cetoprofeno ou dipirona. Dor pós-operatória intensa ou torturante: opióides potentes + carprofeno ou cetoprofeno + dipirona. Dor pós-operatória leve: meloxicam, carprofeno ou cetoprofeno ou dipirona. Afecções que podem promover dor crônica em felinos Boesch, J. M. (2019). Advances in Pain Management: Palliative Care Applications. Veterinary Clinics of North America: Small Animal Practice, 49(3), 445– 461. doi:10.1016/j.cvsm.2019.01.011 Compassion care X dor crônica em felinos https://todaysveterinarypractice.com/focus-on-pharmacology-management-of-chronic-pain-in-cats/ https://todaysveterinarypractice.com/focus-on-pharmacology-management-of-chronic-pain-in-cats/ "MORRER NÃO É NADA, MAS A DOR É UM ASSUNTO MUITO SÉRIO" (HENRY JACOB BIGELOW, 1871) Siga o amigo para trocarmos experiências, contos e fatos com consciência e com ciência! Obrigado! Atuale Atualização Veterinária Nos acompanhe nas redes sociais: Facebook • Instagram •YouTube Visite nosso site: www.atualevet.com.br https://www.facebook.com/Atualevet https://www.instagram.com/atualevet/ https://www.youtube.com/channel/UCJeF04Yj9zusX8Xz-rgRQ5Q http://www.atualevet.com.br/
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