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AINEs, Analgesicos e Antitermicos

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FARMACOLOGIA VETERINÁRIA
M.V. Tiefanny Zart
Anti-Inflamatórios Não-
Esteroidais (AINEs), Analgésicos 
e Antitérmicos
Introdução
Indivíduo saudável→ organismo capaz de proteger-se contra agressões→mecanismos fisiológicos = reações
imunes e inflamatórias
Estímulo (natureza química, física ou mecânica) = inicia processo inflamatório no organismo → produção de
uma série de mediadores químicos = ação centrada sobre eventos vasculares ou celulares
Processo inflamatório agudo = curta duração + sinais cardinais da inflamação (dor, calor,
rubor, tumor e perda da função)
Processo inflamatório crônico = período indeterminado → não apresenta um padrão
estereotipado = varia de acordo com os tipos de mediadores celulares e humorais
Introdução
 fluxo e 
metabolismo 
sanguíneo
 fluxo 
sanguíneo
 permeabilidade 
vascular
 sensibilidade 
das fibras 
nociceptivas
Consequência dos 
anteriores
Introdução
Mediadores químicos
✓ Origem tissular: aminas vasoativas, fator de ativação plaquetária (PAF), eicosanoides, citocinas,
radicais livres superóxidos, óxido nítrico e neuropeptídios
✓ Origem plasmática: sistema de coagulação, sistema complemento e sistema das cininas
Mais estudados→ eicosanoides
✓ = lipídios insaturados→ derivados da cisão do ácido araquidônico por enzimas específicas
Não são pré-formados nos tecidos→ produção vinculada a uma série de estímulos (síntese de novo)
Ácido araquidônico→ quando liberado = não tem ação inflamatória
✓ Produtos de sua degradação → formados mediante ação das enzimas COX e LOX → =
mediadores químicos fundamentais para o desenvolvimento do processo inflamatório
Introdução
Introdução
Introdução
Introdução
Dinâmica do Processo Inflamatório
Após a liberação de mediadores químicos→ inicia-se a fase vascular
✓ Vasodilatação = aspecto avermelhado ao tecido inflamado e promove o calor na região
✓  permeabilidade vascular = facilitam passagem de proteínas plasmáticas para o tecido → carrega
grande quantidade de água = edema
Concomitantemente→ fase celular
✓ Alterações do fluxo sanguíneo → marginação leucocitária no leito vascular → passagem
destes para o tecido
o Processo inflamatório agudo→ tipo celular predominante = células polimorfonucleares
(neutrófilos, eosinófilos e basófilos)
o Processo inflamatório crônico→ células mononucleares (monócitos e linfócitos)
Dinâmica do Processo Inflamatório
Outras células→ endoteliais, macrófagos, mastócitos, plaquetas = também podem estar envolvidas
Deste momento em diante→ fase de reparação
✓ Evolução favorável = eliminação do agente causal→ formação de tecido de granulação e cicatrização
✓ Evolução desfavorável (não solucionou) → supuração = microrganismos superam as defesas
orgânicas→ lisam as células leucocitárias = formam pus ou cronificação do processo
Processo inflamatório muito exacerbado = órgão afetado poderá ter função comprometida
→ utilizar substâncias que modulem o processo inflamatório
✓ Anti-inflamatórios não esteroidais
✓ Anti-inflamatórios esteroidais
Dor e Febre
Dor Estímulo de dor
Periférico → bradicinina e histamina →
amplificada pela ação das PG (PGE² e PGI²) 
de sua ligação a receptores nociceptivos
 limiar doloroso e promoção de descargas elétricas
Estímulos dolorosos devido estimulação 
de regiões talâmicas
*PGI² = hiperalgia imediata e de curta duração
*PGE² = hiperalgia longa, pode persistir por período de até 6h
AINEs→ também são utilizados no combate à dor e à febre
Processo de controle fisiológico da temperatura corporal:
✓ Verifica  temperatura corporal acima da normalidade → organismo utiliza mecanismos que levam
à perda de calor = sudorese e vasodilatação
Dor e Febre
Febre Leucócitos fagocitam partículas estranhas Liberam pirogênios endógenos (citocinas)
Ligam-se a receptores endoteliais cerebrais ou 
interagem com células da micróglia
Ativa a formação de ácido araquidônico (via PLA²)
COX2 cerebral produz PGE² → temperatura 
corporal (desregula o funcionamento hipotalâmico →
mecanismos que controlam a temperatura corporal)
Organismo reage como se a temperatura 
externa estivesse  = vasoconstrição 
periférica, piloereção e tremores
*Temperatura permanece  até que não mais exista PGE² ou até que o patógeno desapareça
Características Gerais dos AINEs
Ações terapêuticas podem ser:
✓ Caráter periférico→ ações anti-inflamatórias, analgésicas, anti-trombóticas e anti-endotóxicas
✓ Caráter central (SNC)→ ação antipirética e analgésica
*Ações decorrem da ação inibitória sobre as enzimas que degradam o ácido araquidônico → COX e LOX
Ação anti-trombótica→ inibição da síntese de TX plaquetário
Ação anti-endotóxica →  quantitativa de eicosanoides* (prostaciclinas e TX) = substâncias
responsáveis por alterações cardiovasculares e metabólicas presentes no choque endotóxico
Características Gerais dos AINEs
*Processos que podem inibir a produção de eicosanoides:
1. Inibição da liberação de ácido araquidônico
2. Antagonismo de receptores
3. Inibição de eventos de transdução que ocorrem após a ocupação dos receptores
4. Inibição da atividade oxigenase dos ácidos graxos
Maior efeito sobre dor somática do que dor visceral
✓ Só são eficazes nas dores potencializadas pela presença de PG → associadas a
processos inflamatórios
Vantagens x analgésicos opióides:
✓ Não produzem sedação ou ataxia
✓ Recuperação mais rápida da anestesia
✓ Não promovem tolerância ou dependência farmacológica
Características Gerais dos AINEs
AINEs + opióides = benéfico→ reduz a quantidade e minimiza efeitos colaterais
Ação anti-inflamatória importante em tecidos moles→muscular
✓ Muito utilizados no tratamento dos distúrbios musculoesqueléticos
Ação condroprotetora
✓ Utilização em terapias de degenerações articulares→ cautelosa
o Ácido acetilsalicílico, Fenilbutazona, Indometacina, Ibuprofeno e Naproxeno→ podem produzir
efeito inverso = potencial capacidade de piorar o quadro = degeneração articular
Ação antineoplásica, atenuação da progressão de doenças neurodegenerativas, nas de
caráter endotóxico, na aterosclerose e estados alérgicos das vias respiratórias = processo
inflamatório como base
Farmacocinética e Farmacodinâmica
Meia-vida→ difere de espécie para espécie→ distintas vias de biotransformação e outras características
Farmacocinética
Doenças associadas→ renais e hepáticas
Idade dos animais→ recém-nascidos→ não têm o sistema enzimático hepático maduro
Animais idosos→menor eficiência renal e hepática
❖ Influenciam a eficácia da dose administrada
Absorção→ forma rápida (equinos mais lenta)
Associação de medicamentos = algumas são benéficas, mas a maioria leva a efeitos
colaterais mais pronunciados
Volume de distribuição é pequeno→ permanece no plasma e fluidos extracelulares
Farmacocinética e Farmacodinâmica
Ácidos fracos = grande afinidade por locais inflamados→ pH (baixo)
✓ Superdosagens ou intoxicação→ administrar substâncias alcalinas (bicarbonato)
Cães→ eliminam alguns por via biliar (Ibuprofeno e Naproxeno)→ reciclagem êntero-hepática
✓ Maior incidência de lesões na porção inferior TGI
Farmacodinâmica
Maioria dos AINEs→ inibem a via COX
Outros→ inibem a via LOX
AINEs de dupla ação→ inibem as duas vias, COX e LOX
Farmacocinética e Farmacodinâmica
Farmacodinâmica
Ações inibitórias específicas→ sobre fator de ativação plaquetária: formação de TX e seus receptores
Agentes que atuam por intermédio de seus metabólitos→ pró-drogas
Atuam sobre os radicais livres já formados (reagem ou catalisam)→ removedores (scavengers)
Inibem o processo da produção de radicais livres→ agentes antioxidantes
COX
Dois tipos: ciclo-oxigenase 1 (COX1) e a ciclo-oxigenase 2 (COX2)
✓ Quebra do ácido araquidônico pela COX1→ formação de PG = reações fisiológicas renais,
gastrintestinais e vasculares
✓ COX2→ formação de PG = eventos inflamatórios, álgicos e térmicos
Farmacocinética e Farmacodinâmica
COX
Pesquisas→ cérebros de cães→ propuseram a existência da ciclo-oxigenase 3 (COX3)
✓ Estruturalmentemuito semelhante à COX1→ COX1b
✓ Pode explicar o motivo de alguns medicamentos (Paracetamol e Dipirona) → quase não possuírem
atividade anti-inflamatória, apenas ação analgésica e antitérmica
Mais utilizados AINEs→ inibição da COX1
✓ Efeitos colaterais: gastrites, erosões gástricas, ulcerações, gastrenterite hemorrágica
fatal, falhas renais agudas, lesões renais crônicas, síndromes necróticas e nefrites
o Anormalidades no metabolismo hídrico e nos níveis de sódio e potássio (retenção
de água e sais no organismo)
Farmacocinética e Farmacodinâmica
Efeitos colaterais iniciam-se→ inibição da síntese de algumas PGs
✓ Ações fisiológicas:
o Rins→ vasodilatação renal, liberação renina e transferência de eletrólitos
• = fluxo sanguíneo renal e filtração glomerular = graves danos renais
o Mucosa gástrica
• Mucosa estomacal → vasodilatação → tamponamento pelo bicarbonato →  ação
corrosiva do ácido clorídrico (HCl) no suco gástrico
▪ Inibidas pelos anti-inflamatórios = erosão
• Acúmulo dos AINEs dentro das células gástricas→morte celular
Farmacocinética e Farmacodinâmica
o Coagulação
• Ação inibitória irreversível de alguns AINEs sobre os TXs =  sangramentos (coagulação e agregação
comprometidos)
Administração de AINE deverá ser avaliada quanto à segurança do paciente → comprometimento hepático
ou renal = efeitos colaterais potenciados
Associação com corticosteroides = agrava efeitos colaterais gástricos e renais dos AINEs
Traumas graves da coluna vertebral→ = maior liberação de corticosteroides endógenos→ efeitos
colaterais dos AINE’s
Misoprostrol→ PG sintética→ reverte efeitos ulcerogênicos causados pelos AINEs
Farmacocinética e Farmacodinâmica
Farmacocinética e Farmacodinâmica
Anti-inflamatório ideal = alta potência + baixa incidência de efeitos colaterais
Evitar associação com outras substâncias nefrotóxicas→ danos renais – AINEs
Pacientes bem hidratados e em bom estado pressórico e volêmico
Não usar em fêmeas prenhes→ PGs envolvidas nos processos fisiológicos da gestação
Neonatos e idosos → fígado e os rins não são totalmente atuantes → meia-vida é maior → 
intervalos de aplicação→ prevenir os efeitos adversos
Principais AINE’s utilizados em Medicina Veterinária
Divididos em dois grandes grupos→ derivados do ácido carboxílico e os do ácido enólico
Além de serem utilizados como anti-inflamatórios:
✓ Dores→moderadas, febre, artrite, gota
✓ Tratamento tópico→ enfermidades dermatológicas e oftalmológicas
✓ Cirurgias abdominais→ reduzir o desenvolvimento de aderências
Paracetamol e Dipirona
✓ Praticamente não apresentam efeito anti-inflamatório
✓ Inseridos neste grupo→mecanismo de ação é o mesmo dos AINEs (inibição da COX)
Principais AINE’s utilizados em Medicina Veterinária
Derivados do ácido carboxílico – Salicilatos
Ácido acetilsalicílico (AAS)
✓ AAS®, Ácidoacetilsalicílico®, Buferin®, Coristina-D,® Doril®, Melhoral®
✓ Propriedades analgésicas, anti-inflamatórias, antipiréticas e inibem a agregação plaquetária
✓ Maior potencial terapêutico e menor toxicidade
✓ Bem absorvido pelo TGI
✓ Meia-vida:
o Espécie humana→ 5h; Cão→ 8h; Equinos→ 1h e Gatos→ 38h
✓ Dose baixa
o Ações analgésicas, antipiréticas e antiagregante plaquetário
o Ações ulcerativas gastrintestinais, sangramentos e reações de hipersensibilidade
Principais AINE’s utilizados em Medicina Veterinária
Derivados do ácido carboxílico – Salicilatos
Ácido acetilsalicílico (AAS)
✓ Doses elevadas
o Além de inibirem a COX→ inibem a via da 5LOX = ação anti-inflamatória
o Doses tóxicas→ febre, acidose metabólica, hipoprotrombinemia, falha renal
e respiratória = fatalidade
✓ Utilização→ dores leves ou moderadas
o Lesões ou inflamações de pele, dentes ou sistema musculoesquelético
o Equinos → tto de uveítes, prevenção de trombose, doenças naviculares, laminite e doença
intravascular disseminada→ baixa potência antiálgica nesta espécie
Principais AINE’s utilizados em Medicina Veterinária
Derivados do ácido carboxílico – Salicilatos
Ácido acetilsalicílico (AAS)
✓ Muito utilizado em humanos→ prevenção de tromboembolismo = inibição da agregação plaquetária
o Altas doses→ quadros de acidose metabólica e tempo de sangramento
o Ação agregante plaquetária→ retomada após a síntese de novas plaquetas→ cerca de 8 a 10 dias
✓ Felinos
o Pequena concentração de glicuroniltransferase → enzima que realiza a
conjugação do ácido glicurônico presente na biotransformação do AAS
o Sintomas de intoxicação → depressão, anorexia, hemorragia gástrica,
vômitos, anemia, hepatite, hiperpneia e febre
Principais AINE’s utilizados em Medicina Veterinária
Derivados do ácido carboxílico – Salicilatos
Ácido salicílico
✓ Desacetilação do AAS→ utilizado como substância queratolítica = efeitos irritantes
✓ Via oral→ não é indicado = causa grande ação irritante sobre a mucosa gástrica
Diflunisal
✓ Associado a distúrbios do TGI→ inibição da COX de forma competitiva e reversível
✓ Rapidamente absorvido→ pico plasmático após 2 a 3 horas
✓ Alívio de dores leves a moderadas, artrite reumatoide e osteoartrite→ ação prolongada
✓ Pouca aplicabilidade como antipirético e fraco inibidor da agregação plaquetária
Principais AINE’s utilizados em Medicina Veterinária
Derivados do ácido carboxílico – Salicilatos
Salicilato de Sódio
✓ Pouca irritação gástrica→ boa solubilidade
✓ Potencial antipirético→ 1,5x maior do que o AAS
✓ Potencial anti-inflamatório→ 4x menor do que o AAS
Salsalato
✓ Pró-droga7
✓ Menor irritação gástrica→ absorvido mais lentamente pelo TGI que outras formas
Principais AINE’s utilizados em Medicina Veterinária
Derivados do ácido carboxílico – Ácidos Acéticos
Diclofenaco
✓ Anti-inflamatório de ação equipotente COX1 e COX2
✓ Alta potência anti-inflamatória e analgésica→ efeitos semelhantes aos inibidores seletivos da COX2
✓ Menos ulcerogênico que o AAS e Indometacina
✓ Tratamento de miosites e artrite não infecciosa em bovinos e bubalinos→ dose de 1 mg/kg
✓ Ação condroprotetora→ uso em cães restrito = sérios efeitos colaterais (sangramentos gástricos)
Nitrofenaco
✓ Substância derivada do diclofenaco
✓ Menor ação ulcerogênica
✓ Sem diferenças na atividade inibitória sobre a COX ou no potencial anti-inflamatório
Principais AINE’s utilizados em Medicina Veterinária
Derivados do ácido carboxílico – Ácidos Acéticos
Eltenaco
✓ Uso em equinos→ alívio de dores relacionadas com a claudicação (aguda e crônica)
✓ Períodos de até 24 horas
Etodolaco
✓ Tratamento da dor e osteoartrite→ cães
✓ Efeitos colaterais→ perda de peso, diarreia ou fezes sanguinolentas e hipoproteinemia
✓ Relato de ocorrência de queratoconjuntivite seca
Outros
✓ Aceclofenaco, Felbinaco, Indometacina, Sulindaco, Oxindanaco e Tolmetina
Principais AINE’s utilizados em Medicina Veterinária
Derivados do ácido carboxílico – Ácidos Propiônicos
Ibuprofeno
✓ Propriedades farmacológicas melhores do que dos derivados do ácido acético
✓ Inibe COX1 e COX2, inibe ativação e agregação de neutrófilos, geração de RL e liberação de
enzimas lisossomais
✓ Processos inflamatórios agudos→ potência semelhante à Fenilbutazona
✓ Tratamento de infecções de bovinos→ choques endotóxicos e mastites
✓ Alívio de dores→ processos inflamatórios e adesões pós-cirúrgicas
✓ Não é indicado para pequenos animais→ baixa margem de segurança
o Longa meia-vida→ problemas gastrintestinais e nefrotoxicidade
✓ Via oral e em forma de gel
Principais AINE’s utilizados em Medicina Veterinária
Derivados do ácido carboxílico – Ácidos Propiônicos
Flurbiprofeno
✓ Tratamento de processos inflamatórios→ origem oftálmica (cataratas e glaucomas)
e processos dolorosos (não inibe edema inflamatório)
✓ Administração por via tópica
✓ Potencialmente fetotóxico→ não se indica o uso durante a prenhez
✓ Casos graves de intoxicação com óbitos→ gatos
Suprofeno
✓ Potente ação analgésica, anti-inflamatória e estabilizadora de membranas
o Semelhante ao Flurbiprofeno
✓ Tratamento de inflamações oculares
Principais AINE’s utilizadosem Medicina Veterinária
Derivados do ácido carboxílico – Ácidos Propiônicos
Naproxeno
✓ Propriedades antipiréticas, ações analgésicas e anti-inflamatórias potentes
o Doses anti-inflamatórias semelhantes às analgésicas
✓ Equinos→ larga margem de segurança→mais indicado para o tto de miosites que a Fenilbutazona
✓ Menos ulcerogênico que o AAS e a Indometacina nas doses anti-inflamatórias
✓ Efeitos colaterais graves→ cães da raça Beagle e Mongrel→meia-vida longa
✓ Utilizar em cães com cautela→ suspensão comercial→ facilita cálculo da dose por VO
✓ Desenvolvimento de fotossensibilização, formação de RL
e piora de quadros condrodegenerativos
Principais AINE’s utilizados em Medicina Veterinária
Derivados do ácido carboxílico – Ácidos Propiônicos
Carprofeno
✓ Cães e equinos→ efeitos analgésicos (inclusive pré-cirurgicamente)
✓ Cães→ tratamento de osteoartrites→ efeito condroprotetor
✓ Mais seguro em cães→ poucos efeitos indesejáveis no TGI→maior seletividade à COX2 do que COX1
✓ Grã-Bretanha→ aprovação para uso em gatos = analgesia pré-operatória
✓ Ação antiedematosa e analgésica e menores efeitos colaterais no TGI
✓ Dose única = bastante efetivo em gatos
o Uso prolongado e VO→ toxicidade TGI
o Alterações hepáticas e renais→ raras, somente em uso crônico
Principais AINE’s utilizados em Medicina Veterinária
Derivados do ácido carboxílico – Ácidos Propiônicos
Cetoprofeno
✓ Inibidor de dupla ação→ atua em COX e LOX→ bloqueia respostas inflamatórias celulares e vasculares
✓ Potente atividade anti-inflamatória e efeitos colaterais semelhante a Indometacina
✓ Menos ulcerogênico que o Flunixino e Fenilbutazona→ não ultrapassar mais de 5 dias consecutivos
✓ Rápida analgesia e redução do edema→ 50 a 100x mais potente que a Fenilbutazona
✓ Não eficaz no tto de edemas cerebrais em gatos
✓ Equinos→ alívio de inflamações e dores→ problemas musculoesqueléticos e cólica→ IV
✓ Pouca ação degenerativa sobre as cartilagens
✓ Associado com óxido nítrico→ efeitos colaterais
Outros: Fenoprofeno e Vedaprofeno
Principais AINE’s utilizados em Medicina Veterinária
Derivados do ácido carboxílico – Ácido Aminonicotínico
Flunixino Meglumina
✓ Aprovada para uso veterinário→ Food and Drug Administration (FDA)→ VO ou injetável
✓ Cavalos→ ação analgésica e anti-inflamatória→ de escolha em cólicas e distúrbios musculoesqueléticos
o Tão eficaz que poderá dar a falsa sensação de recuperação do animal
✓ Tratamento de choque endotóxico→ utilizar com cautela e somente no início da terapia
✓ 7
✓ Endotoxemia ou dores de origem desconhecida
o ¼ da dose anti-inflamatória→ inibe produção de eicosanoides→
sem mascarar todos os sintomas clínicos
✓ 4x mais potente que a Fenilbutazona na ação anti-inflamatória
✓ Meia-vida: 4h em cães, 3h em gatos, 2h em equinos e 4 a 8h em bovinos
Principais AINE’s utilizados em Medicina Veterinária
Derivados do ácido carboxílico – Ácido Aminonicotínico
Flunixino Meglumina
✓ Bons resultados→ inflamações oculares
✓ Terapia de afecções pulmonares→ pneumonia e quando ocorre Endotoxemia→ + antimicrobianos
o  sobrevida em bezerros doentes
✓ Tratamento de mastites por E. coli, gastrenterites, reações anafiláticas e artropatias
✓ Toxicidade renal aguda em cães (doses terapêuticas)→ baixa margem de segurança
✓ Não administrar → paciente inconsciente ou em recuperação cirúrgica →
falha renal devido pressão sanguínea
✓ Não administrar junto com alimentos (uso VO) e não efetivo como analgésico
quando administrado por via IV
Principais AINE’s utilizados em Medicina Veterinária
Derivados do ácido carboxílico – Fenamatos
Ácido mefenâmico
✓ Ação analgésica e antipirética→metade da potência anti-inflamatória da Fenilbutazona
✓ Bovinos→ problemas de infertilidade e reações cutâneas
✓ Toxicidade ocasional em gatos
Ácido tolfenâmico
✓ Maior potência anti-inflamatória→ Ácido mefenâmico e Fenilbutazona
✓ Ação analgésica→ tão potente quanto o Ácido mefenâmico e Diclofenaco
✓ Inibição tanto da COX como da 5LOX
✓ Equinos→ tto de problemas inflamatórios de origem musculoesquelética
✓ Cães e gatos→ tto da dor aguda ou crônica e/ou do processo inflamatório
✓ Não recomendado→ IV e Peri cirurgicamente
Principais AINE’s utilizados em Medicina Veterinária
Derivados do ácido carboxílico – Fenamatos
Ácido meclofenâmico
✓ Aprovado em Medicina Veterinária
✓ Ação analgésica (+ potente que a Fenilbutazona), antipirética e anti-inflamatória
✓ Cavalos → tto de claudicação aguda e crônica, problemas musculoesqueléticos crônicos, doenças
osteoartríticas (agudas e crônicas)
✓ Pôneis→má absorção por VO
✓ Inibidor irreversível da COX1 e COX2 e atua fracamente sobre 5LOX
✓ Desvantagem→ tempo longo (2 a 4 dias) para o início dos efeitos
o Desqualifica nas terapias analgésicas
✓ Não é AINE de primeira escolha→ efeitos colaterais
Principais AINE’s utilizados em Medicina Veterinária
Derivados do ácido carboxílico – Fenamatos
Outros
✓ Floctafenina, Ácido flufenâmico e Etofenamato→ poucos relatos nas espécies animais
Derivados do ácido carboxílico – Alcanona
Nabumetona
✓ Efeitos anti-inflamatório, antipirético e analgésico
✓ Desprovido de efeitos colaterais no TGI e no rim
✓ Pouca ação anti-COX = pró-droga
o Biotransformação hepática→ potente inibidor da COX2
Principais AINE’s utilizados em Medicina Veterinária
Derivados do ácido enólico - Pirazolonas
Fenilbutazona
✓ Equinos → inflamações ósseas, de articulação: claudicações (preferido ao flunixino), cólicas agudas por
endotoxemia e afecções de tecidos moles→ baixo custo→ pouca margem de segurança
✓ Cães → espasmos musculares (anormalidades de discos vertebrais), espondilite anquilosante,
osteoartrite e artrites reumáticas
✓  síntese de glicosaminoglicanos = ação condrodegenerativa
✓ Biotransformação→ origina dois metabólitos:
o Oxifembutazona→ farmacologicamente ativa, inibe a taxa de
metabolização da Fenilbutazona = aumento da meia-vida
o Hidroxifenilbutazona
✓ Meia-vida: cães e equinos de 3 a 8h, bovinos 37h, equinos 8 a 12h
Principais AINE’s utilizados em Medicina Veterinária
Derivados do ácido enólico - Pirazolonas
Fenilbutazona
✓ Ação antioxidante e inibidor irreversível da COX
✓ Extensa ligação com as proteínas:
o VO→ absorção mais lenta→ intestino delgado e grosso = ulcerações→ equinos
o IM→ se liga à proteína muscular→ retarda sua absorção = dor local
o Não administrar perivascularmente→ flebites e necroses
✓ Uso contínuo em cães → distúrbios do TGI, discrasias sanguíneas (agranulocitose e anemia
aplástica), hepatotoxicidade e nefropatias
✓  reabsorção de sódio e cloretos→ contraindicada em problemas renais, hepáticos e cardíacos
✓ Felinos→ cautela→ intoxicação
Principais AINE’s utilizados em Medicina Veterinária
Derivados do ácido enólico - Pirazolonas
Metamizol (Dipirona)
✓ Fraca ação anti-inflamatória→ propriedades antipirética e analgésica
✓ Eficaz no alívio de dores leves e moderadas e das dores viscerais
✓ Efeito de curta duração→ rapidamente biotransformada
✓ Cães→meia-vida de 5 a 6h→ antipirético e analgésico
✓ Equinos→ + antiespasmódicos→ tto de cólicas
o Pode ser administrada mais de uma vez sem causar maiores efeitos colaterais
✓ Bem absorvida por via sistêmica→ choque anafilático IV em indivíduos hipersensíveis
✓ IM→ risco de reações locais e formação de abscessos→ evitar
Principais AINE’s utilizados em Medicina Veterinária
Derivados do ácido enólico - Pirazolonas
Isopirina
✓ Alta atividade antipirética, anti-inflamatória e analgésica
✓ Bem absorvida por via parenteral
✓ Toxicidade aguda menor do que a das outras
Oxifembutazona
✓ Obtida a partir da Fenilbutazona
✓ Menos irritação gástricas
✓ Mesmas indicações e posologia→mas, inibe a COX de forma reversível
Outros: Monofenilbutazona
Principais AINE’s utilizados em Medicina Veterinária
Derivados do ácido enólico - Oxicans
Piroxicam
✓ Bem absorvido por VO, pode ser administrado por via sistêmica e topicamente
✓ Longo período de ação anti-inflamatória→ administrada apenas 1 vez/dia✓ Impedem ativação e agregação de neutrófilos e liberação de enzimas lisossomais
✓ Ação analgésica satisfatória em cães
✓ Ação antitumoral em cães
✓ Felinos→ doses terapêuticas→ efeitos colaterais = não recomendado
Outros: Tenoxicam, Droxicam e Nimesulida (Sulfonanilida) 
Principais AINE’s utilizados em Medicina Veterinária
Derivados do ácido enólico - Oxicans
Meloxicam
✓ Potente inibidor de TX e PG→ excelentes propriedades antipirética e analgésica
✓ Tratamento de afecções musculoesqueléticas (osteoartrites) e pré-cirurgicamente
✓ Inibidor preferencial da COX2
✓ Meia-vida: cães de 12 a 36h, equinos 3h, suínos 4h e em bovinos 13h
✓ Felinos→ efeito benéfico cirurgia ortopédica→ aplicação prolongada = efeitos tóxicos (baixas doses)
✓ Pode causar: vômito, diarreia e inapetência
✓ Doses altas→ hepatotoxicidade, perfuração de úlcera duodenal - peritonite e morte
✓ Suínos→ tto de mastite-metrite e agalaxia
✓ Equinos→ tto de dor e inflamação associado com cirurgias
Principais AINE’s utilizados em Medicina Veterinária
Inibidores seletivos da COX2
Poucos estudos em animais
Inibição da COX 2→ inibe a PGI2→ agregação plaquetária
Utilização dos AINEs Convencionais
Celecoxibe
✓ 375x mais seletivo para COX2 do que COX1
✓ Não tem atuação sobre o TX sérico ou sobre as plaquetas
Deracoxibe
✓ Tto de osteoartrite em cães→ concentrações de líquido sinovial e de PGE2 sanguínea
✓ Efeitos colaterais→ vômito, diarreia e hematoquezia
✓ Altas doses→ danos renais
Principais AINE’s utilizados em Medicina Veterinária
Inibidores seletivos da COX2
Firocoxibe
✓ Cães e equinos→ controle da dor e da inflamação associada a osteoartrite (crônica)→ aprovado até 14 dias
✓ Efeitos colaterais→ leves→ vômito, diarreia e inapetência
✓ Filhotes menores de 7 meses = sensíveis a altas doses→ óbito
Mavacoxibe
✓ Cães→ afecções articulares degenerativas de cães→ tto superior a 1 mês
✓ Vantagem→ administração a cada 14 dias→ 7 doses consecutivas
Robenacoxibe
✓ Uso veterinário aprovado→ EUA e Europa→ exclusivo em gatos
✓ Tto da inflamação e dor aguda (de curta duração), problemas musculoesqueléticos, cirurgia
ortopédica ou dos tecidos moles
Principais AINE’s utilizados em Medicina Veterinária
Inibidores da COX com fraca ação anti-inflamatória
Paracetamol
✓ Baixa potência anti-inflamatória
✓ Efeitos antipirético e analgésico→ atuação inibitória sobre a COX2 cerebral
✓ Uso incorreto em animais→ doses de humanos→ vários casos de intoxicação foram relatados
✓ Após biotransformação hepática→ gera subprodutos hepatotóxicos→ necrose hepática aguda
✓ Efeitos colaterais→ felinos - sensíveis→ não possuem a enzima hepática necessária para a correta
eliminação→ não indicado
✓ Gatos intoxicados
✓ Inicialmente mucosa de coloração azulada, salivação e vômitos→ primeiras 4h de exposição
✓ Depressão, anorexia e edema facial (após cerca de 3 dias)→ coma e morte
Principais AINE’s utilizados em Medicina Veterinária
Inibidores da COX com fraca ação anti-inflamatória
Paracetamol
✓ Cães intoxicação→ doses muito maiores→ necrose hepática e metemoglobinemia
✓ Consumo de grandes quantidades→ vômitos→ gravidade dos sintomas
✓ Associar com metionina (aminoácido)→ ajuda a manter os níveis de glutationa hepática necessários
✓ Acetilcisteína→ antídoto na intoxicação→ auxilia na biotransformação hepática e acelera excreção
✓ Intoxicações recentes→ carvão ativado por VO = absorção pelo trato TGI
Principais AINE’s utilizados em Medicina Veterinária
Outros AINE’s – não atuam pela inibição de eicosanoides
Dimetil sulfóxido (DMSO)
✓ Subproduto do processamento da madeira e da destilação do petróleo
✓ Aplicação tópica ou mucosas→ bem absorvido (5 min)→ distribuído para diferentes tecidos (20 min)
✓ Ação anti-inflamatória→ remove radicais livres
✓ Propriedades analgésicas,  agregação plaquetária, protege endotélio vascular,  formação de
trombos,  perfusão tecidual, melhora ação estabilizadora de membrana realizada pelos
corticosteroides e inibe a quimiotaxia de células inflamatórias
✓ Tópica→ rapidamente absorvido→ capaz de penetrar BHE =
 produção de PG no SNC
Principais AINE’s utilizados em Medicina Veterinária
Outros AINE’s – não atuam pela inibição de eicosanoides
Dimetil sulfóxido (DMSO)
✓ Cães→ alívio de afecções inflamatórias de ouvido
✓ Equinos→ afecções inflamatórias de membros, traumas cerebrais e de coluna
✓ Efeitos colaterais→ edema, eritema, desidratação cutânea e prurido (liberação de histamina)
✓ Associado a anestésicos→ toxicidade
✓ Cuidar→ animais que foram expostos a agentes organofosforados ou carbamatos
✓ Não usar em animais destinados a consumo
✓ Potencial teratogênico→ não utilizar no primeiro terço da gestação
✓ Utilização prolongada em cães→ cataratas
✓ Utilizar luvas de borracha→ evitar absorções cutâneas repetidas
Principais AINE’s utilizados em Medicina Veterinária
Outros AINE’s – não atuam pela inibição de eicosanoides
Glicosaminoglicanos
✓ Poli e monossulfatados, ácido hialurônico→ fisiologicamente produzidos
✓ Polissulfato de pentosana→ sintética
✓ Aplicados exogenamente→ tto de alterações articulares = melhora do quadro clínico
o Aumento da mobilidade da articulação
o Auxílio na ressíntese cartilaginosa
Outros: Superóxido dismutase, Canabinoides,
Ômega-3 e Diacereína
tiefazart@gmail.com
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