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ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS

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ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS 
O processo inflamatório crônico, é mais demorado, varia de acordo com os tipos 
de mediadores celulares e humorais envolvidos. As modificações decorrentes da 
liberação dos mediadores químicos levam ao aumento tecidual devido ao 
extravasamento de proteínas plasmáticas, além da saída de água para o tecido e a 
penetração de células inflamatórias, que têm como principal objetivo de acabar com a 
lesão além de reparar o tecido. 
Existem vários mediadores químicos como: aminas vasoativas, fator de ativação 
plaquetária (PAF), eicosanoides, citocinas, radicais livres superóxidos, óxido nítrico e 
neuropeptídios, sistema de coagulação, sistema complemento e sistema das cininas. 
Dentre os mediadores químicos, os mais estudados são os eicosanoides, pois, 
trata-se de lípidos insaturados que quando acontece uma lesão membranar o organismo 
libera fosfolipídios (ácido araquidônico) em sua forma inativa ligando diretamente na 
membrana. Quando isso o acontece não ocorre ação inflamatória, e sua degradação 
depende de mediadores químicos que promove o processo inflamatório, 
CICLOOXIGENASE (COX), LIPOOXIGENASE (LOX). 
 COX = dá origem às prostaglandinas 
 LOX = dá origem aos leucotrienos 
Principal efeito do AINE: 
O efeito principal de todos AINEs é diminuir a síntese de prostaglandinas através 
da inibição reversível da COX. 
Inibição periférica e central da atividade da enzima ciclo-oxigenase (COX), 
enzima que catalisa a formação de prostaglandinas e tromboxanos do precursor (ácido 
araquidônico), diminuindo a biossíntese e liberação dos mediadores da dor, inflamação 
e febre. 
PROSTAGLANDINA: 
São sinais químicos celulares lipídicos similares a hormônios, porém que não 
entram na corrente sanguínea. Elas controlam os processos, tais como a inflamação, o 
fluxo de sangue, a formação de coágulos de sangue e a indução do trabalho de parto. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lip%C3%ADdeo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Horm%C3%B4nio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Inflama%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Co%C3%A1gulo
Causam uma maior permeabilidade capilar e também têm o poder da quimiotaxia, 
atraindo células como macrófagos especializadas na fagocitose de restos celulares 
resultantes durante o processo inflamatório. 
Mecanismo Anti-Inflamatório 
 Bloqueio da formação de PGs por inibição da COX 
 Inibição da liberação de histamina 
 Diminuição da migração de monócitos 
Mecanismo Analgésico: 
 Bloqueio da formação de PGs por inibição da COX 
Mecanismo Antipirético: 
 Bloqueio da formação de PGs por inibição da COX 
 Ação antipirética relacionada com uma interferência na liberação de PGs 
 
VIA DO CICLO- OXIGENASE (COX) 
A quebra do ácido araquidônico pelas COX origina a prostaglandina G2 (PGG2 ) 
e a prostaglandina H2 (PGH2 ). 
Posteriormente, estas PGs são degradadas em: 
 prostaglandina D2 (PGD2) 
 prostaglandina E2 (PGE2) 
 prostaglandina F2α (PGF2α) 
 prostaciclina (PGI2) 
 tromboxano A2 (TXA2) 
COX-1 
 Enzima essencial constitutiva encontrada na maioria das células e tecidos, e 
produção de PGs para manutenção de funções fisiológicas. 
COX-2 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Quimiotaxia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Macr%C3%B3fagos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fagocitose
 Formação induzida no processo inflamatório e por interleucinas - IL1, IL2 e 
TNFα. 
Inibidores não-seletivos de COX 
 Salicilatos: AAS 
 Ácidos acéticos: indometacina; diclofenaco; cetorolaco trometamol; etodolaco 
 Ácidos propiônicos: ibuprofeno; cetoprofeno; naproxeno; flurbiprofeno 
 Fenamatos: ácido mefenâmico 
 Oxicans: piroxicam; meloxicam; tenoxicam 
 
VIA DA LIPO-OXIGENASE (LOX) 
Trata-se da segunda via, que junto com a da COX, forma a cascata do ácido 
araquidónico. 
Os produtos desta segunda via são: 
 ácidos monohidroperoxidoeicosateraenoicos (HPETEs) 
 ácidos hidroxieicosatetraenoicos (HETEs) 
 leucotrienos (LTs) 
A principal ação estudada dos produtos desta via é a sua ação pró-inflamatória. 
Inibidores Seletivos de COX-2 
 Coxibes 
 Celecoxibe 
 Etoricoxibe 
 Parecoxibe IM/IV 
 Ação inibitória mais seletiva sobre a ciclooxigenase (COX)-2 apresentando 
menos efeitos adversos gastrointestinais. 
 Pode causar aumento no risco de eventos cardiovasculares trombóticos, infarto 
do miocárdio e acidente vascular cerebral. 
 Podem favorecer a trombose, por inibição da síntese sistêmica de prostaciclina 
(PGI2) endotelial – efeito vasodilatador e inibidor da ativação plaquetária 
 O efeito hipertensivo é dependente da dose e do tempo de uso 
 A inibição da COX-2 na região da mácula densa renal secretora de renina pode 
causar HAS (hipertensão arterial sistêmica) 
 
PROCESSO INFLAMATÓRIO: 
Mediadores químicos são liberados pela corrente sanguínea causando uma 
vasodilatação (causa vermelhidão) que isso faz com que aumente a permeabilidade 
vascular (causa calor e rubor) facilitando a entrada de proteínas plasmáticas com isso 
essas proteínas carreiam água o que (causa o edema). Com isso, ocorre uma compressão 
nervosa o que leva (a dor), essa dor em alto nível causa (a perda de função) do local 
atingido. 
As células participantes são as leucocitárias, que atuam tanto no processo 
inflamatório agudo como crônico. Quando o agente causador da patologia é eliminado 
sofre um processo de reparação tecidual, mas quando o processo inflamatório é muito 
exacerbado, o órgão afetado poderá ter sua função comprometida. Nestes casos, devem 
ser utilizadas substâncias que modulem o processo inflamatório; conhecidas como anti-
inflamatórias, são classificadas em esteroidais e não esteroidais. 
CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS AINES: 
 Podem ser de caráter periférico: como no caso das ações antiinflamatórias, 
analgésicas, antitrombóticas e antiendotóxicas 
 
 1° A ação antitrombótica: está relacionada com a inibição da síntese de TX 
plaquetário, 
 2° A ação antiendotóxica: relaciona com a diminuição quantitativa de eicosanoides, 
como prostaciclinas e TX, substâncias estas responsáveis por algumas das alterações 
cardiovasculares e metabólicas presentes no choque endotóxico. 
 
 Podem atuar sobre o sistema nervoso central (SNC): promovendo ação 
antipirética e também analgésica. 
Os AINEs têm maior efeito sobre a dor somática do que sobre a dor visceral, 
porém, só serão eficazes nas dores potencializadas pela presença de PG, que estão 
associadas aos processos inflamatórios. Tendo como vantagem sobre os analgésicos 
opioides por não causarem sedação ou ataxia assim, permitindo uma recuperação mais 
rápida da anestesia. 
A ação antiinflamatória dos AINEs é importante em processos inflamatórios de 
tecidos moles, sobretudo o muscular, que, em geral, são os principais responsáveis pela 
resistência ao movimento das articulações. 
 Portanto, são muito utilizados no tratamento dos distúrbios musculoesqueléticos. 
Entretanto, enquanto alguns antiinflamatórios demonstram ação condroprotetora, a 
utilização de AINE nas terapias de degenerações articulares deve ser cautelosa, já que 
alguns deles podem produzir efeito inverso, piorando o quadro patológico. Os AINEs 
tem ação antineoplásica. 
Os AINEs são divididos em dois grandes grupos, os dois ácidos carboxílicos 
(RCOOH) e o dos ácidos enólicos (R-COH). O paracetamol, apesar de praticamente não 
apresentar efeito antiinflamatório, deve ser inserido nesse grupo, porque o mecanismo 
de ação é o mesmo dos AINEs (ou seja, através da inibição da cicloxigenase). 
Os derivados do ácido carboxílico 
SALICILATOS: (ÁCIDO ACETILSALICÍLICO), 
ÁCIDOS ACÉTICOS 
Diclofenaco 
Nitrofenaco 
Eltenaco 
Felbinaco 
Indometacina 
Sulindaco 
Oxindanaco 
Tolmetina 
 
ÁCIDOS PROPIÔNICOS 
Ibuprofeno 
Flurbiprofeno 
Suprofenp 
Naproxeno 
Carprofeno 
Cetoprofeno 
Fenoprofeno 
ÁCIDOS AMINONICOTÍNICOS 
 
Flunixina Meglumina 
FENAMATOS 
 
Acido Mefenâmico 
Ácido MeclofenâmicoFloctadenina 
Ácido Flufenâmico 
Ácido Tolfenâmico 
Etofenamato 
Alcanonas 
 
Nabumetona 
 
Derivados do Ácido Enólico 
PIRAZOLONAS 
Fenilbutazona 
 Metamizol 
 Isopirina 
Oxifenbutazona 
 Apazone 
OXICANS 
Piroxicam 
 Meloxicam 
Tenoxicam 
Droxicam 
INIBIDORES DA CICLO-OXIGENASE COM FRACA 
AÇÃO ANTI-INFLAMATÓRIA 
Parecetamol 
Dipirona 
 
 
 Os antiinflamatórios não esteroidais (AINEs) são medicamentos eficazes no 
tratamento para alívio da dor e inflamação crônica ou aguda. 
SALICILATOS 
O ácido acetilsalicílico é bem absorvido pelo trato gastrintestinal, pois se apresenta 
na forma não ionizada no estômago. De forma geral, esta classe de substâncias possui 
características farmacocinéticas distintas nas diferentes espécies animais; enquanto a 
meia- vida do ácido acetilsalicílico na espécie humana é de cerca de 5 h, no cão é de 8h, 
equinos, 1h e gatos, 38h. 
Produz em doses baixas analgesia, antipiréticas e antiagregante plaquetária, com 
efeitos advsersos como: ulceração gastrointestinal sangramentos e reação de 
hipersensibilidade. 
Doses altas inibem a COX que reflete diretamente na ação anti-inflamatória, doses 
tóxicas, ou seja, elevadas demais, podem gerar febre, acidose metabólica, 
hipoprotrombinemia, bem como falha renal e respiratória. 
Recomendações: 
 Em casos de dores leves a moderadas 
 Lesões de musculoesquelético 
 Equinos: em tratamento de uveíte, prevenção de trombose, laminite, 
doença intravascular disseminada 
Porém: 
 é pouco utilizado com finalidades analgésicas, devido à baixa potência 
antiálgica nesta espécie animal. 
 sua estrutura química merecem atenção especial, principalmente noque diz 
respeito às dosagens recomendadas para as diferentes espécies animais. 
 Felinos: por possuírem pequena concentração de glicuroniltransferase, 
uma enzima que realiza a conjugação do ácido glicurônico, desenvolvem 
sintomas de intoxicação em doses elevadas. 
 Sintomatologia em felinos: depressão, anorexia, hemorragia gástrica, 
vômitos, anemia, hepatite, hiperpneia e febre. 
Quando administrado por longos períodos, o ácido acetilsalicílico demonstra ação 
anticancerígena sobre células tumorais colorretais; este efeito está relacionado à ação 
próapoptótica, que ocorre via estimulação do fator kappa B nuclear (NFκB), o qual se 
sabe estar envolvido em processos inflamatórios e autoimunes. 
Administração prolongada: 
 é desaconselhada em animais que apresentam OSTEOARTRITE, pois a COX1 
é importante para manter a homeostase do condrócito; portanto, o uso 
prolongado deste AINE poderá levar à piora do quadro, devido à degradação 
articular. 
Diclofenaco 
Antiinflamatório de ação sobre a COX1 e a COX2, possuindo alta potência anti-
inflamatória e analgésic, grupo de AINEs que agem como inibidores seletivos da COX-
2. É menos ulcerogênico que o ácido acetilsalicílico e a indometacina nas doses 
antiinflamatórias. Experimentalmente, demonstrou ser eficaz quando utilizado no 
tratamento de miosites e artrite não infecciosa em bovinos e bubalinos, na dose de 1 
mg/kg. 
O diclofenaco também tem demonstrado ação condroprotetora, porém *SEU USO 
EM CÃES TEM SIDO RESTRITO, DEVIDO AO DESENVOLVIMENTO DE 
SÉRIOS EFEITOS COLATERAIS, PRINCIPALMENTE OS RELACIONADOS COM 
SANGRAMENTOS GÁSTRICOS. 
Nitrofenaco 
Substância derivada do diclofenaco possui menor ação ulcerogênica do que o 
dicoflenaco, sem que se verifiquem diferenças na atividade inibitória sobre a COX ou 
no potencial antiinflamatório. 
Indometacina 
Potente antiinflamatório, que possui cerca de mais de 1.000 vezes a potência anti-
inflamatória, e 20 vezes a atividade antipirética da fenilbutazona, porém, devido aos 
efeitos colaterais graves relacionados com sua ação inibitória da COX1, não é indicado 
como analgésico e antipirético de rotina. 
 Ação tóxica para cães por ter maior ação ulcerogênica do que as outras substâncias 
da mesma classe, além de também estar relacionada com diarreias e discrasias 
sanguíneas. 
Não se recomenda: 
 doenças condrodegenerativas, para nenhuma espécie animal. 
 Em equinos, não se deve utilizar a indometacina, pois causa efeitos colaterais 
como: manifestações neurológicas (ataxia e paresia). 
ÁCIDOS PROPRIÔNICOS 
Ibuprofeno 
 
Inibe a COX1 e a COX2, além de também inibir a ativação e a 
agregação de neutrófilos, a geração de radicais livres e a liberação de enzimas 
lisossomais. Em processos inflamatórios agudos, o ibuprofeno demonstra potência 
semelhante à fenilbutazona, porém esta característica não ocorre nos processos crônicos. 
É utilizado no tratamento de infecções de bovinos, principalmente aquelas 
relacionadas com choques endotóxicos e mastites, e no alívio de dores associadas a 
processos inflamatórios e adesões pós-cirúrgicas. 
Não é recomendado: 
 uso em pequenos animais, já que possui baixa margem de 
segurança, devido à longa meia-vida da substância, mesmo em doses terapêuticas, que 
pode causar problemas gastrintestinais e nefrotoxicidade. 
 Administração: VO 
 A cada 12hrs ou 24hrs 
 Dose: 5mg (cães e gatos) 
Carprofeno 
É utilizado principalmente em cães e equinos para obtenção de efeitos analgésicos 
(inclusive pré-cirurgicamente), e em cães é também indicado para o tratamento de 
osteoartrites. 
Ainda em cães, estudos mostram que esse antiinflamatório é o mais seguro no que 
se refere aos efeitos indesejáveis sobre o trato gastrintestinal, sendo esta 
segurança relacionada nesta espécie a maior seletividade (afinidade) do caprofeno à 
COX2 do que sobre a COX1. A inibição da síntese de prostaglandinas ocorre 
principalmente pela inibição específica das cicloxigenases (COX-1 e COX-2), e 
conseqüente redução da conversão do ácido araquidônico em prostaglandinas. 
O carprofeno inibe a fosfolipase e de forma reversível, a cicloxigenase, alterando 
os mecanismos inflamatórios e da dor. 
Farmacocinética: 
A meia-vida: 
 cães é de 8 a 12h 
 gatos em torno de 20h 
 equinos cerca de 22h 
 Bovinos 30h. 
Apresenta- se como um dos AINEs mais seguros, e, em dose única, parece ser 
também bastante efetivo para utilização em gatos, embora nestes tenham sido relatados 
a ocorrência de toxicidade gastrintestinal, quando administrado de modo prolongado, 
por via oral. 
Utilizado: 
 12-24hrs 
 Tratamento pode durar até 3 dias 
 VO/ BID/SID/ 
 Caes: 4,4mg/kg 
 Gatos: 1- 2,2mg/kg 
 
Cetoprofeno 
Farmacodinâmica: 
É classificado como um inibidor de dupla ação, atuando tanto sobre a COX 
quanto sobre a LOX, levando ao bloqueio das respostas inflamatórias celulares e 
vasculares. É capaz de antagonizar a ação da bradicinina e exerce ação estabilizadora de 
membranas. 
Atua na obtenção de analgesia e redução do edema, sendo cerca de 50 a 100 vezes 
mais potente como analgésico que a fenilbutazona. Em equinos, é usado para alívio de 
inflamações e dores musculoesqueléticos e nos casos de cólica, com administração IV. 
*SEU USO NÃO DEVERÁ ULTRAPASSAR MAIS DE 5 DIAS CONSECUTIVOS. 
Farmacocinética: 
Apresenta meia-vida de 4 horas em cães e aproximadamente 1 hora em gatos. 
Efeitos adversos: 
Os AINES causam diversos efeitos adversos nos animais, sendo mais comumente 
observados os efeitos relativos ao sistema gastrintestinal, como vômito, inapetência, 
gastrite, ulcerações e hemorragias. 
Em animais que apresentam comprometimento prévio, ou em tratamentos 
prolongados podem agravar quadros de doenças renais e hepáticas. O cetoprofeno pode 
provocar principalmente vômitos em pequenos animais. 
Utilização: 
 A cada 24hrs 
 1mg/ kg – cães e gatos 
 Duração máx 5 dias mais usual 3 dias. 
 
 
 
 
DERIVADOS DO ÁCIDO ENÓLICO 
PIRAZOLONAS 
 
Fenilbutazona 
Esta substância tem a propriedade de diminuir a produção de superóxidos (ação 
antioxidante), sendo também um inibidor irreversível da COX. A fenilbutazona tem 
ligação com as proteínas fato que retarda a absorção do AINE, que, quando ingerido,leva a ulcerações, principalmente em equinos. 
Em cães também tem muita aplicação em distúrbios dolorosos, como espasmos 
musculares devido a anormalidades de discos vertebrais, espondilite anquilosante, 
osteoartrite e artrites reumáticas. Durante a biotransformação, a fenilbutazona origina 
dois metabólitos: a oxifembutazona e a hidroxifenilbutazona, sendo a primeira um 
metabólito farmacologicamente ativo. 
Farmacocinética 
A oxifembutazona também tem a propriedade de inibir a taxa de metabolização da 
fenilbutazona, o que causa o aumento da meia-vida desta substância no 
plasma. 
Meia- vida: 
 em cães e equinos varia de 3 a 8h, 
 bovinos 37h. 
 Equinos 8-12h 
Não recomendado: 
 Administrar IM, já que o medicamento se liga à proteína muscular, 
retardando sua absorção, além de promover dor local. 
 administrar perivascularmente causa flebites e necroses. 
Efeitos adversos: 
 distúrbios do trato gastrintestinal, discrasias sanguíneas (agranulocitose e 
anemia aplástica), 
 hepatotoxicidade e nefropatias em cães. 
 capacidade de aumentar a reabsorção de sódio e cloretos, ruim para 
pacientes com problemas renais, hepáticos e cardíacos. 
 O uso deste antiinflamatório em felinos deve ser feito com muita cautela, 
causa intoxicação. 
OXICANS 
 
Piroxicam 
Farmacodinâmica: 
É bem absorvido por via oral, podendo ser administrado tanto por via sistêmica 
como topicamente, não correndo o risco de se acumular no organismo de indivíduos 
idosos ou com insuficiência renal. 
Apresentam um longo período da ação antiinflamatória, podendo ser 
administrados apenas 1 vez/dia. O piroxicam tem a propriedade de inibir a formação de 
superóxidos, além de impedir ativação e agregação de neutrófilos e liberação de 
enzimas lisossomais. 
Produz ação analgésica satisfatória em cães. Tem mostrado ação antitumoral em 
cães, em alguns tipos de cânceres de bexiga urinária, 
carcinomas de cavidade oral e de pele, sobretudo, quando combinado com 
quimioterápicos tradicionais. 
Não recomendado: 
Administração a felinos 
Meloxicam 
É um potente inibidor de TX e PG, com excelentes propriedades antipirética e 
analgésica, sendo usado para o tratamento de afecções musculoesqueléticas 
(osteoartrites), bem como précirurgicamente. Inibidor preferencial da COX2. 
Farmacocinetica 
Meia-vida: 
 Cães:12 a 36h 
 Equinos: 3h, 
 Suínos: 4h 
 Bovinos: 13h. 
a administração prolongada deste medicamento é desaconselhada em felinos causa 
toxicidade, usar em doses baixas caso use um longo período. 
Efeitos Adversos: 
 vômito, 
 diarreia e inapetência 
 hepatotoxicidade, 
 perfuração de úlcera duodenal, com consequente peritonite e morte. 
Este medicamento vem também sendo empregado em suínos, 
principalmente para o tratamento de mastitemetrite e agalaxia, e em equinos, para o 
tratamento de dor e inflamação associado com cirurgias. 
 
INIBIDORES DA CICLO-OXIGENASE COM FRACA AÇÃO ANTI-
INFLAMATÓRIA 
PARACETAMOL 
Os paraminofenóis se caracterizam por possuir alto pKa e baixo grau de ligação 
com proteínas plasmáticas, o que lhes confere 
características farmacodinâmicas distintas daquelas obtidas na administração dos 
AINEs. 
Farmacodinâmica 
O paracetamol age inibindo fracamente a COX-1 e COX-2, por isso possui efeito 
antiinflamatório fraco, porém ainda possui propriedades analgésicas e antitérmicas. 
Farmacocinética 
Em meio ácido ou rico em peróxidos o acetaminofeno não consegue inibir a COX, 
não sendo eficiente nesses casos. O acetaminofeno é metabolizado no fígado e pode 
apresentar hepatotoxidade em diversas espécies animais, sendo completamente 
contraindicado para gatos. 
O paracetamol passa então a ser biotransformado pelo sistema P450, o que gera 
subprodutos hepatotóxicos, que levam à necrose hepática aguda. 
Efeitos colaterais 
Os felinos são especialmente sensíveis à ação do paracetamol, pois 
esta espécie animal não realiza bem a conjugação pela glicuroniltransferase, enzima 
hepática necessária para a correta eliminação deste antiinflamatório; portanto, NÃO SE 
INDICA PARA ESTE ANIMAL A ADMINISTRAÇÃO DA 
SUBSTÂNCIA. 
Os gatos intoxicados apresentam inicialmente mucosa de coloração azulada, 
salivação e vômitos, que se iniciam nas primeiras 4 h de exposição. Também se 
observam depressão, anorexia e edema facial (após 
cerca de 3 dias); casos graves levam a um quadro de coma e morte. 
 A intoxicação de cães também tem sido relatada, porém associada a doses muito 
maiores do que as observadas em gatos. Em cães tem-se descrito 
necrose hepática, além de metemoglobinemia. O consumo de grandes quantidades de 
paracetamol pode produzir vômitos, o que, nestes casos, ajuda a diminuir a gravidade 
dos sintomas. 
Animais que estejam em terapia medicamentosa com paracetamol poderão receber 
concomitantemente metionina, pois este aminoácido ajuda a manter os níveis de 
glutationa hepática necessários. 
Antídoto 
A administração de acetilcisteína é utilizada como antídoto específico na 
intoxicação por paracetamol por auxiliar na biotransformação hepática (por fornecer 
fonte de glicuronídios) e acelerar sua excreção. 
Na prática clínica, intoxicações recentes também podem ser tratadas 
com carvão ativado por via oral, o que diminui a absorção do paracetamol pelo trato 
gastrintestinal. Devido às propriedades adsorventes do carvão, a acetilcisteína deve ser 
administrada em separado, já que também poderia ser adsorvida por ele. 
 
 
Utiliza: 
 A cada 12hrs 
 Max 5 dias 
 10-15mg 
Dipirona 
Também conhecida como metamizol, embora classificada como um ácido enólico, 
será descrita separadamente deste grupo, pois confere fraca ação antiinflamatória, 
apesar das propriedades antipirética e analgésica. É eficaz no alívio de dores leves e 
moderadas, e também das dores viscerais; porém, a dipirona apresenta efeito de curta 
duração, pois é rapidamente biotransformada a compostos relacionados à pirazolona. 
 Em cães, a meia vida deste composto é de cerca de 5 a 6 h; nesta espécie animal, 
esta substância é utilizada como antipirético e analgésico. Em equinos tem sido 
empregada em associação com antiespasmódicos (o que lhe confere efeito sinérgico) 
para o tratamento de cólicas, com a vantagem de poder ser administrada com certa 
frequência sem que se observem maiores efeitos colaterais. A dipirona é bem absorvida 
por via sistêmica; todavia, pode causar choque anafilático quando administrada por via 
intravenosa em indivíduos hipersensíveis. Como a aplicação intramuscular do 
medicamento aumenta o risco de reações locais e de formação de abscessos, esta via 
deve ser evitada. Não pode ser utilizada em animais destinados a consumo humano, e 
não é mais comercializada nos EUA, porém o é na Europa. 
Utilização: 
 6 ou 8hrs 
 25mg/kg cães e gatos 
 
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO: 
1- As interações medicamentosas são responsáveis por uma parcela significativa 
dos eventos adversos detectados nos serviços de saúde. O ácido acetilsalicílico 
(AAS) é amplamente utilizado como antiagregante plaquetário em pacientes 
com risco cardiovascular. A depressão acomete parcela significativa da 
população, inclusive aquela portadora de cardiopatias e outros espectros da 
síndrome metabólica. A fluoxetina é um antidepressivo pertencente à classe 
dos inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS), administrado por 
longos períodos e bastante empregado no tratamento da depressão. Um 
paciente com prescrição de AAS e altas doses de fluoxetina apresenta risco 
potencial de: 
a) agravamento da depressão. 
b) elevação das transaminases. 
c) acidente vascular encefálico. 
d) sangramento gastrointestinal. 
2- Os antiinflamatórios não esteroidais (AINEs) constituem a classe de 
medicamentos mais comumente prescrita no mundo. Isto se deve aos seus 
efeitos analgésicos e antiinflamatórios. Marque a opção correta sobre AINES: 
a) O ácido acetilsalicílico (AAS) é um AINEnão seletivo que inibe de forma reversível 
as COX-1 e COX-2. 
b) Além das ações antiinflamatórias, o ácido acetilsalicílico (AAS) também inibe a 
agregação plaquetária, sendo muito utilizado na prevenção do infarto agudo do 
miocárdio. 
c) A lesão gástrica induzida por AINES se deve à inibição da COX-2 nas células 
epiteliais gástricas com redução na produção da prostaglandina E2 (PGE2). 
d) Os coxibes como o parecoxibe são AINES que inibem seletivamente a 
COX-1. 
3- A dor é um dos maiores desafios da clínica médica. É definida como uma 
sensação desagradável, que pode ser aguda ou crônica, e é conseqüência de 
complexos processos neuroquímicos nos sistemas nervoso periférico e central. 
Com relação aos analgésicos opióides, é correto afirmar que: 
a) A morfina é um analgésico opióidesomente de uso oral cujos efeitos são: analgesia, 
euforia e sedação, depressão respiratória e diarréia. 
b) A codeína é um analgésico opióide de uso oral. Produz acentuada euforia e 
dependência e geralmente é associada ao paracetamol como medicamento de venda 
livre para tratar cefaléias, lombalgias e dor de dente. 
c) A fentanila pode ser usada em sistemas de infusão intravenosa controlados pelo 
paciente ou na forma de adesivos transdérmicos na dor crônica intensa. 
d) O tramadol não é mais utilizado como analgésico para dor pós-operatória. 
 
4- As úlceras pépticas, o refluxo gastresofágico e a emese são distúrbios 
gastrintestinais comuns e vários fármacos podem ser utilizados nestas 
condições. Em relação à farmacologia do trato gastrintestinal, marque a opção 
correta: 
a) A ranitidina é um antagonista do receptor H2 de histamina e atua inibindo a 
secreção de ácido gástrico. É utilizada no tratamento de refluxo gastresofágico. 
b) O omeprazol inibe irreversivelmente a bomba de prótons, aumentando a secreção de 
ácido gástrico. É utilizado no tratamento de úlceras e da infecção pelo 
HelicobacterPylori. 
c) A metoclopramida é um antiemético que aumenta a motilidade do trato gastrintestinal 
e que tem como efeito adverso a liberação de prolactina, não sendo recomendado o uso 
em mulheres que estejam amamentando. 
d) O omeprazol é um fármaco altamente estável em pH extremos e os grânulos do 
fármaco devem ser retirados das cápsulas para facilitar sua absorção. 
5- Os antiinflamatórios não-esteróides (AINE) são fármacos que possuem 
propriedades analgésica, antitérmica, anti-inflamatória e antitrombótica. 
Assinale a alternativa correta a respeito deste tipo de medicamento: 
a) Difundem-se a quase todas as células e ligam-se a proteínas receptoras 
citoplasmáticas, com alto grau de afinidade e especificidade, para regular a expressão de 
genes responsivos a corticoides. 
b) Os AINES possuem eficácia anti-inflamatória diferente entre si, e o diclofenaco é o 
protótipo do grupo por ser o mais antigo, menos oneroso e mais bem estudado, contra o 
qual se fazem as comparações nas investigações clínicas. 
c) Sua ação anti-inflamatória decorre da inibição da síntese de prostaglandinas 
mediante inativação das cicloxigenases constitutiva e induzida. 
d) São substâncias sintéticas que mimetizam a ação do cortisol endógeno, secretado 
pela cortical da glândula adrenal. 
6- Qual o principal mecanismo de ação dos Anti-inflamatórios Não 
Esteroidais – AINEs e quais suas principais ações farmacológicas? 
O principal mecanismo de ação dos AINEs ocorre através da inibição específica da 
COX e conseqüente redução da conversão do ácido aracdônico ou araquidônico (AA) 
em prostaglandinas. Reações mediadas pelas COXs, a partir do AA produzem PGG2, 
que sob ação da peroxidase forma PGH2, sendo então convertidas às prostaglandinas, 
prostaciclinas e tromboxanos (TXs). Quanto a ação farmacológica podem atuar sobre o 
sistema nervoso central (SNC): promovendo ação antipirética, analgésica e anti-
inflamatória.

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