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@apostilas_medvet 12 ANTI INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS Para proteção contra agressões ao organismo, os seres vivos utilizam mecanismos fisiológicos, como respostas imunes e inflamatórias. Qualquer estímulo, de natureza química, física ou mecânica, que for capaz de iniciar um processo inflamatório no organismo iniciará a produção de uma série de mediadores químicos, que terão ação sobre eventos vasculares ou celulares. O Processo Inflamatório Agudo possui curta duração e possui sinais cardeais da inflamação, que são: dor, calor, rubor, tumor e perda de função. É caracterizada por fenômenos vasculares (vasodilatação) e exsudativos (aspecto purulento + secreções aquosas). O Processo Inflamatório Crônico dura mais tempo e varia de acordo com os mediadores celulares e humorais envolvidos. Pode haver intumescimento tecidual e penetração de células inflamatórias. São vários os mediadores químicos que estarão envolvidos no processo inflamatório: origem tissular (fator de ativação plaquetária, eicosanoides, citocinas, radicais livres, óxido nítricos) ou de origem plasmática (sistema de coagulação, sistema complemento e sistema das cininas) . Os mais estudados são os Eicosanoides, lipídeos insaturados, derivados da quebra do ácido araquidônico (AA) (um tipo de fosfolipídio) a partir de algumas enzimas específicas no processo. Eles não são pré-formados no tecido, como as histaminas, e sua produção é vinculada a estímulos. Uma lesão que danifique a membrana das células é capaz de liberar ácido araquidônico, por meio da ação da enzima fosfolipase A2 (quando não está ativado está esterificada ligada à membrana celular). O AA se degrada e os produtos formados, mediante enzimas denominadas ciclo-oxigenase (COX) e lipo-oxigenase (LOX), são mediadores químicos para o processo inflamatório se desenvolver. A quebra do AA pelas COX originam as Prostaglandinas (PGs) e Tromboxanos (TX). A quebra do AA pelas LOX originam Leucotrienos (LT), lipoxinas e hepoxifilinas. MEDIADORES QUÍMICOS DA INFLAMAÇÃO Tissulares: aminas vasoativas, PAF, eicosanoides, citocinas, radicais livres superóxidos, óxido nítrico. Plasmáticos: sistema de coagulação, sistema complemento e sistema de cininas AMINAS VASOATIVAS Histamina e serotonina, liberadas de mastócitos e plaquetas, respectivamente. Atuam na fase inicial da Inflamação Aguda, aumentando a permeabilidade vascular Fator de ativação plaquetária – PAF Relacionada com Inflamação aguda. Liberada pelas células inflamatórias. Faz a anafilaxia sistêmica, agregação plaquetária e de neutrófilos, estimula liberação de aminas vasoativas levando à broncoconstrição, vasodilatação, permeabilidade e quimiotaxia. EICOSANOIDES Mediadores químicos sobre os quais os AINES e AIES atuam Prostaglandina (PG) causa vasodilatação arteriolar (PGD2), inflamação aguda (PGE2) e inibição de agregação plaquetária + vasodilatação arteriolar (PGI2). Tromboxano (TX) agregação plaquetária, formação de trombos Leucotrienos (LT) importante em processos anafiláticos e quimiotaxia CITOCINAS Derivadas de células mononucleares, sendo as Interleucinas (IL) e fator de necrose tumoral. Ação pró e anti-inflamatória RADICAIS LIVRES SUPERÓXIDOS São o H202 (peróxido de hidrogênio), O2 E HO (hidroxila). Liberados pelo macrófago na fagocitose. Aumenta permeabilidade vascular ÓXIDO NÍTRICO Pró e anti-inflamatório. Relacionado com edema e permeabilidade vascular, inibe adesão plaquetária e leucocitária SISTEMA DE COAGULAÇÃO SISTEMA COMPLEMENTO SISTEMA DAS CININAS DINÂMICA DO PROCESSO INFLAMATÓRIO Após a liberação dos mediadores químicos, há duas fases: 1) FASE VASCULAR: Há uma vasodilatação (promove calor e aspecto avermelhado do local), da permeabilidade vascular para facilitar a passagem de proteínas plasmáticas p/ tecido, carreando consequentemente H2O , que forma um Edema. 2) FASE CELULAR: Ocorre junto com a fase vascular. Se inicia com a marginalização leucocitária no leito vascular e diapedese (passagem dos leucócitos para o tecido) através de moléculas de adesão específicas na superfície das células endoteliais, que irão promover aderências dos leucócitos à parede @apostilas_medvet 13 vascular, facilitando sua migração. O tipo de células que será predominante depende do tipo do processo inflamatório. Se este for uma Inflamação aguda, há células polimorfonucleares (neutrófilos, eosinófilos, basófilos). Se for uma Inflamação crônica há células mononucleares (monócitos e linfócitos) Na fase de Reparação, após a eliminação do agente causal, forma- se tecido de granulação e cicatrização. Se não se resolver, pode ocorrer supuração, ou seja, formação do pus, e cronificação do processo. DOR E FEBRE Os AINES são utilizados também para combater dor e febre. Quando há o aumento da temperatura corporal acima dos padrões do normal, o organismo perde calor por meio da sudorese e vasodilatação. O processo febril se inicia quando os Leucócitos (fagocitam células estranhas) liberam pirogênicos endógenos, como as citocinas, que irão se ligar a receptores endoteliais cerebrais ou em células da micróglia, e ativarão a formação de ácido araquidônico. A COX-2 cerebral produzirá PGE2 que irá aumentar a temperatura corporal por desregular o funcionamento hipotalâmico. Esse desequilíbrio faz com que o corpo reaja como se a temperatura externa estivesse baixa, causando vasoconstrição periférica, piloereção e tremores. A temperatura permanecerá elevada até que não exista mais PGE2 ou até que o patógeno desapareça. A dor periférica inicia-se com bradicinina e histamina e é amplificada pelas prostaglandinas, que diminuem o limiar doloroso em receptores nociceptivos e promovem descargas elétricas. CARACTERISTICAS GERAIS DOS AINES • Podem atuar de forma periférica (função anti-inflamatória, analgésica, antitrombóticas e antiendotóxicas) e sobre o sistema nervoso central (antipirética e analgesia) • Ação inibitória sobre as enzimas que degradam o ácido araquidônico: COX e LOX. • Os efeitos terapêuticos principais são por supressão da síntese de prostanoides em células inflamatórias, por inibição principalmente da COX-2. Os efeitos são: efeito anti- inflamatório (redução da vasodilatação e edema por diminuição da prostaglandina E2 e da prostaciclina), efeito analgésico ( de PGs causa menos sensibilização de terminações nervosas nociceptivas aos medicadores inflamatórios) e efeito antipirético (liberação de PGs por interleucina-1 que elevam o ponto de ajuste hipotalâmico que controla a temperatura, causando febre). Também há efeitos antitrombóticos (por inibição da síntese de TX plaquetário) e efeitos antiendotóxicos (por de eicosanoides - PG e Tx) • Não são passíveis de desenvolver tolerância. Porém o uso destes de forma descontrolada faz com que o receptor fique acostumado e diminui a eficiência. • Não produzem sedação ou ataxia • Permitem recuperação mais rápida da anestesia • Uso com opioides é benéfico, pois diminui a quantidade dos últimos. • Na presença de comprometimento hepático ou renal os efeitos são potencializados – porque é aonde feita a metabolização e excreção desse tipo de medicamento • Cuidado em animais hepatopatas, nefropatas, jovens e idosos – diminui a dose, mas a frequência continua a mesma • Diminuem a sensibilidade dos vasos sanguíneos à bradicinina e histamina, afetam a produção de linfocinas pelos linfócitos T, inibem agregação plaquetária e revertem a vasodilatação da inflamação. • Encontram-se em sua maior parte ligado à proteínas plasmáticas, sendo que o volume de distribuição é pequeno. • Em sua maioria são ácidos fracos (Possui um pKa: ~ 4,5 - baixo) possuindo grande afinidade por locais inflamados, cujo pH – que no caso é baixo - favorece a alta concentração local destas substâncias.A acidez deles faz com que sejam mais facilmente excretados em urina básica. Em casos de superdosagens ou intoxicação, a administração de substâncias alcalinas, como o bicarbonato, auxiliará no restabelecimento do paciente • Em cães: eliminação por via biliar (reciclagem êntero-hepática). Pode ocorrer lesões na porção inferior de TGI (inflamações, sangramentos, enteropatias) • AINE de dupla-ação: quando inibe as duas vias enzimáticas (COX E LOX) • A COX-1: possui função de ‘manutenção’ do organismo, estando envolvida em homeostase dos tecidos, produção de prostaglandinas com função em citoproteção gástrica, agregação plaquetária, autorregulação do fluxo sanguíneo renal e início do parto. Quando inibida, promove vários efeitos colaterais (úlceras, gastrite, etc). • A COX-2: Responsável pela produção dos mediadores prostanoides da inflamação (processos inflamatórios, álgicos e térmicos). Quando é inibida, evita somente o processo inflamatório. • Os efeitos colaterais dos AINES podem ser: gastrites, úlceras, gastroenterite hemorrágica, lesões renais (agudas ou crônicas), síndromes nefróticas (devido à interferência na autorregulação do fluxo sanguíneo renal, que é modulada por PGs – prostaglandinas), hepatotoxicidade, anormalidade no equilíbrio hídrico e desequilíbrio nos níveis de sódio e potássio. FÁRMACOS AINES ÁCIDO ACETILSALICÍLICO • AINES padrão, com potencial terapêutico e toxicidade • Usado como analgésico, antipirético, anti-inflamatório, antiplaquetário. • Inibe irreversivelmente COX1 e COX2 e Lipox (altas doses) • É bem absorvido pelo TGI e se apresenta na forma não ionizada no estômago. • Tempo de meia vida: Cão: 8h, Equino: 1h, Gato: 38h • Ex de nomenclatura: AAS, Aspirina, Buferin, Coristina, Doril, Melhoral • Uso clínico: doses leves a moderadas para inflamações (dentes, pele e músculo), pouco efeito em equinos pois possui baixa potência antiálgica, porém usado para tratar uveítes, prevenir trombose e doenças de laminite. prevenção de trombose (observar tempo de sangramento). Usada em baixas doses para @apostilas_medvet 14 terapia antiplaquetária e prevenção da formação de êmbolos trombóticos • Reações Adversas e Efeitos colaterais: vômitos, ulceração e sangramento TGI, risco de hemorragias • Contraindicações: gatos podem ser intoxicados, não administrar. Cuidado com paciente com Coagulopatias ou com susceptibilidade à úlceras. Dose reduzida em pacientes com hipoalbuminemia devido à sua alta taxa de ligação com a albumina plasmática. • Interações medicamentosas: não associar a outros medicamentos ulcerogênicos, como corticosteroides. Alcalinizantes urinários (acetazolamina e bicarbonato de sódio) aumentam a taxa de excreção, enquanto que os acidificantes possuem ação inversa. Furosemida compete com excreção da aspirina, podendo causar intoxicação. Corticoesteróides reduzem os níveis séricos de aspirina e podem aumentar o risco de sangramento digestivo. DICLOFENACO SÓDICO • Derivado do ácido acético • Inibição não seletiva das vias da COX e Lipox – possui bastante efeito colateral • Possui potência anti-inflamatório e analgésica • É ulcerogênico, porém menos que o AAS. • Uso clínico: em pomadas anti inflamatório de uso tópico e para garganta inflamada, tratamento de inflamações musculoesqueléticas em bovinos. Eficaz no tratamento de miosites e artrite não infecciosa em bovinos e bubalinos, na dose de 1 mg/kg. Possui ação condroprotetora em cães, porém pode causar sangramentos gástricos. • Contraindicações: cães e gatos, pois causam sangramentos gástricos após pouca adm. • Cuidados: utilizar com cautela no período final da gestação • Efeitos colaterais: ulcerações gástricas, hipersensibilidade, irritação/sangramento gastrointestinal e danos hepáticos e renais. • Ex: Ana-flex, cataflan, diclofen, Flotac, voltarem. IBUPROFENO • Derivado do ácido propriônico • Tempo de meia vida: 3-4h • margem de segurança: diferença da dose letal e dose efetiva é baixa • Inibição reversível em COX1 e COX2. Inibe também a ativação e a agregação de neutrófilos, geração de radicais livres e liberação de enzimas lisossomais. • Uso clínico: É utilizado no tratamento de infecções de bovinos, principalmente aquelas relacionadas com choques endotóxicos e mastites, e no alívio de dores associadas a processos inflamatórios e adesões pós cirúrgicas. • Possui Ação condrodegenerativa e não é indicado no tratamento de osteoartroses. • Contraindicações: Não é indicado para uso em pequenos animais, já que possui baixa margem de segurança, devido à longa meia vida da substância, mesmo em doses terapêuticas. Deve evitar no pós operatório mediato. • Efeitos colaterais: Causa problemas gastrintestinais e nefrotoxicidade, pode causar edema e urticária, além de taquipneia e bradicardia. • Ex: Alivium, Advil, Nuprin CARPROFENO • Derivado do ácido propriônico • Ação antiedematosa a analgésica • Rápida absorção via oral e amplamente distribuído pelo organismo. Metabolismo hepático e excreção renal. • Inibe mais a COX2 , causando um menor efeito ulcerativo • Uso clínico: Indicado em cães para efeitos analgésicos no pré operatório e tratamento de osteoartrite e em gatos no pré- operatório. Tratamento da dor musculoesquelética e dor aguda associada a cirurgia ou traumas em cães e equídeos. Em grandes animais, reduz inflamação associada à mastite provocada por Escherichia coli em vacas. • Efeitos colaterais: Altas doses podem causar hepatotoxicidade em gatos. Em cães podem causar vômitos e inapetência. • Contraindicações: usar com cautela em gatos, sendo recomendado dose única. Não usar em cães nefropatas ou hepatopatas. Não usar em gestantes e lactantes. • T ½ 12horas (cães), 20 (gatos), 22 (equinos) e 30 (bovinos) • Ex: Carproflan, Rimadyl, Zenecarp FLUNIXINA MEGLUMINA • Derivado do ácido aminonicotínico • Potente Anti-inflamatório e analgésico • Não seletiva para COX1 e COX2 • Bem absorvida via oral, metabolismo hepático e excreção renal. • Pode mascarar sintomatologia de determinadas condições, dando falsa impressão de recuperação. • Uso clínico: Tratamento a curto prazo da dor moderada e da inflamação Equinos: usado para tratar cólicas e problemas musculares, além de diminuir sinais de sepse, diarreia de potros, choque, colite, doença respiratória, inflamações pré e pós operatório. Causa falsa recuperação com tempo de meia vida de 2h Bovinos: reduzir sinais clínicos de mastite coliforme, gastroenterites, pneumonias (associada a antibióticos) e artropatias – T ½ 4-8 horas por via IV e mais demorada quando via IM Cães: usado em casos de septicemia → pode haver comprometimento renal. T ½ 4 horas. Discopatias, artrite, colapso cardíaco, diarreia, choque, gastroenterite hemorrágica e alterações inflamatórias oculares. Gatos: estimula indução enzimática. (aumenta quantidade da enzima citocromo P450 e outros medicamentos podem não ser bem absorvidos) T ½ 3 horas • Contraindicações: cautela em gestantes e lactantes • Efeitos adversos: toxicidade renal em cães (mesmo em doses terapêuticas), gastroenterites hemorrágicas • Ex: Banamine, Banoxine, Flunamine FENILBUTAZONA @apostilas_medvet 15 • Derivado do ácido enólico • Droga eficaz e de baixo custo • Inibe reversivelmente as COX1 e COX2 • Precisa ser ativada para seu metabólico ativo fazer efeito → Oxifenbutazona • T ½ : cães, equinos (3 a 8 horas), bovino (37h) • Bem absorvida pelo estômago e intestino delgado. Amplamente distribuída pelo organismo. Pode aparecer no leite. Metabolismo hepático e excreção renal. Alcalinização da urina não afeta excreção. • Administração endovenosa pode causar flebites e necroses se injetada erroneamente. Injeções SC ou IM devemser evitadas. • Ex: Algess, Butazolil, Equipazolone. • Uso clínico: Equino: usados para inflamações ósseas, articulações, dores musculoesqueléticas, cólicas agudas por endotoxemias e afecções de tecidos moles. Oferece pouca margem de segurança. Pode causar ulcerações. Dura 24h após única aplicação. Cães: osteoartrites, dores musculares, distúrbios dolorosos, artrite reumática (cuidado pois pode causar ação condrodegenerativa) • Contraindicações: animais cardiopatas e nefropatas ( concentração e reabsorção de Na+ e Cl) PIROXICAM • Derivado do ácido enólico • Inibe mais COX1 que a COX2 • Usado como antipirético • É bem absorvido por via oral, podendo ser administrado tanto por via sistêmica como topicamente, não correndo o risco de se acumular no organismo de indivíduos idosos ou com insuficiência renal • Eliminação lenta, podendo causar reações adversas • Longo efeito anti-inflamatório (24-48h) • Inibição da formação de superóxidos, ativação de neutrófilos e liberação de enzimas lisossomais. • Uso clínico: Tratamento de dor e inflamação associadas a artrite e outras condições musculoesqueléticas. Codjuvante no tratamento de câncer em cães e gatos. • Contraindicações: uso com cautela em cães, pois meia vida longa pode aumentar risco de úlceras. • Efeitos colaterais: Toxicidade gástrica, toxicidade renal e necrólise epidérmica tóxica. Cuidado com nefro/hepatopatas. MELOXICAM • Derivado do ácido enólico • Inibe mais COX 2 do que COX 1 – pouco efeito colateral • Potente antipirético e analgésico → febres e dores musculares • T ½ : 12 a 36 horas → 0,1 mg/kg VO a cada 24h • Absorção oral em cães é quase completa quando ingerido com alimentos. • Empregar em baixas doses e felinos caso o tratamento for longo, pois pode intoxicar • Uso clínico: tratamento de afecções musculoesqueléticas (osteoartrites), como também pré-cirurgicamente, redução da dor, inflamação e febre. Tratamento agudo e crônico da dor e inflamação em cães e gatos. Em equinos é eficaz para tratamento da dor e inflamação associadas á cirurgias. Redução da dor aos procedimentos de descorna em bovinos. Ação condroprotetora em cães. • Efeitos colaterais: Pode causar vômito, diarreia e inapetência em alguns animais, mas em doses altas relata se ocorrência de hepatotoxicidade, perfuração de úlcera duodenal, com consequente peritonite e morte • Ex: Maxican, Loxiflan DIPIRONA • Antipirético e analgésico com fraca ação anti-inflamatória • Doses leves e moderadas. T ½ 5 a 6 horas • Rapidamente metabolizada e biotransformada. Metabolização hepática e excreção renal. • Aplicação IV pode causar reações no local • Uso clínico: Analgésico indicado para o tratamento da dor aguda, dores viscerais, de intensidade leve a moderada, dor pós- operatória, bem como controle da febre. Tratamento de cólica em equinos (antiespasmódica) • Contra indicação: animais portadores de anormalidades hematológicas, evitar em animais de produção pois pode aparecer no leite e na carne. • Efeitos colaterais: Hipersensibilidade tipo IV : pode causar choque anafilático em indivíduos hipersensíveis caso adm IV, agranulocitose, leucopenia e convulsões. • Ex: Novalgina, D-500, Baralgin PARACETAMOL • Conhecido também como Acetaminofeno • Elevado pKa (9,5) e baixa capacidade de se ligar à proteínas plasmáticas • Efeito por inibição da COX-3, uma variante da COX-1 encontrada no sistema nervoso central • Analgésico e antipirético. Efeito inflamatório quase zero • Rapidamente absorvido por via oral. Metabolismo hepático por conjugação com ácido glicurônico. Excreção renal. • Interfere pouco na mucosa do TGI e na coagulação. É recomendado para pacientes que possui úlceras gástricas e Coagulopatias. • Uso clínico: controle de febre e dor em cães e equídeos. • Efeitos colaterais: os felinos são especialmente sensíveis à ação do paracetamol, pois esta espécie animal não realiza bem a conjugação pela glicuroniltransferase, enzima hepática necessária para a correta eliminação deste anti-inflamatório; portanto, não se indica para este animal a administração da substância. Os gatos intoxicados apresentam mucosa azulada, salivação e vômitos, que se iniciam nas primeiras 4 h de exposição. Também se observam depressão, anorexia e edema facial (após cerca de 3 dias); casos graves levam a um quadro de coma e morte. Grave risco de intoxicação. Podem ocorrer toxicidade hepática e renal além de alterações hematológicas, cardiorrespiratórias e dermatológicas • Ex: Tylenol, Sonridor • Reversão de toxicologia: Acetilcisteína ou carvão ativado – por adsorção ele impede absorção
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