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BASES LEGAIS E OS PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS DO SUS

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AS BASES LEGAIS DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE 
• O Sistema Único de Saúde (SUS) é fruto da luta árdua 
de diversos movimentos e setores da sociedade que 
reivindicavam maior participação política e a 
redemocratização do País. 
 • Em 2021, o SUS completa 33 anos e enfrenta 
desafios que ameaçam sua existência da forma como 
conhecemos. 
• A proposta de saúde universal e participativa, posta 
pela Constituição Federal de 1988, é um marco histórico 
na conquista de direitos sociais do Brasil, de modo que 
se torna imprescindível conhecer as leis que regem 
esse sistema 
A base legal que sustenta nosso Sistema Único de Saúde 
é constituída pela Lei Orgânica da Saúde – Lei nº 8.080, 
de 19 de setembro de 1990 –, que regulamenta o SUS, 
e pela Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990, que 
dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do 
SUS. 
 • A Lei nº 8.080/90 regulamenta o SUS, proposto na 
Constituição de 1988, e dispõe sobre as condições para 
promoção, proteção e recuperação de saúde, além de 
especificar o funcionamento e a organização dos 
serviços de saúde. 
Quanto às responsabilidades, em cada esfera da 
federação (municipal, estadual e federal), há atribuições 
comuns às três e outras específicas a cada ente 
federado. 
• É competência em âmbito federal: identificar 
problemas e prioridades em caráter nacional, buscar 
equidade, incentivar as práticas inovadoras nas esferas 
 
 
 
 
 
 
estaduais e municipais, garantir os recursos suficientes 
para o setor da saúde, redistribuir a verba de forma a 
garantir equidade, investir em redução das 
desigualdades, regular os sistemas estaduais, apoiar a 
articulação entre os estados, avaliar os resultados das 
políticas nacionais e do desempenhos dos sistemas 
estaduais, entre outras muitas atribuições. 
É competência estadual: identificar problemas e 
prioridades no âmbito estadual, promover a 
regionalização, incentivar o fortalecimento institucional 
das secretarias municipais de saúde, definir os critérios 
de uso dos recursos federais e estaduais entre os 
municípios, buscar a equidade na alocação dos recursos, 
diminuir desigualdades, regular os sistemas municipais, 
apoiar a articulação intermunicipal, avaliar o desempenho 
dos sistemas municipais, entre outras obrigações 
É competência municipal: identificar problemas e 
prioridades no âmbito municipal, planejar ações e 
serviços, organizar oferta de ações, de serviços 
públicos e de contratação de privados caso haja 
necessidade. 
Quanto ao estabelecimento dos recursos financeiros, os 
estados deverão garantir 12% de suas receitas para a 
área da saúde e os municípios deverão investir 15% 
. • Já em âmbito federal, os gastos com saúde devem 
ser iguais ao do ano anterior somados com a correção 
do valor do Produto Interno Bruto (PIB). 
 
PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS DO SUS 
• PRINCÍPIO DA UNIVERSALIDADE 
BASES LEGAIS E OS PRINCÍPIOS 
DOUTRINÁRIOS DO SUS 
SEÇÃO 2.2 
• A universalidade do SUS ultrapassa apenas o direito ao 
acesso aos serviços de saúde, mas passa também por 
questões importantes como o direito à vida e à igualdade 
de acesso independentemente da raça, da etnia, da 
religião, do sexo, da orientação sexual ou de qualquer 
outro tipo de discriminação (MATTA, 2007). 
• PRINCÍPIO DA EQUIDADE 
• A desigualdade social e econômica ocorreu, 
historicamente, por toda a construção do Brasil desde a 
época do descobrimento. 
• A equidade constitui, portanto, um dos problemas mais 
relevantes e complexos de nossa sociedade, e os 
abismos sociais e econômicos revelam quão distantes 
estamos ainda de solucioná-lo 
• PRINCÍPIO DA INTEGRALIDADE 
• A integralidade inclui diferentes grupos populacionais e 
apresenta formulação de políticas públicas específicas 
para atendê-los em suas necessidades específicas. 
Citamos como exemplos a Política Nacional de Atenção 
ao Idoso e a Política Nacional de Atenção Integral à 
Saúde da Mulher 
. • A integralidade, na formação e no preparo de 
profissionais de saúde, é eixo norteador de atuação, 
deixando de lado a formação e a prática tecnicistas. 
 • Profissionais que compreendem a importância da 
integralidade no cuidado são capazes de articular o 
trabalho e os processos de educação em saúde, 
contribuindo, assim, para o processo emancipatório 
como cidadãos, tanto do profissional quanto do cliente. 
Dessa forma, podemos compreender que a 
integralidade vai além do cuidar do paciente ou da 
comunidade nas diferentes esferas, ela também 
impacta na forma como vivenciamos nossas conquistas 
históricas, como elaboramos novas políticas públicas em 
saúde e como formamos os novos trabalhadores da 
saúde.

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