Buscar

Caderno Processo do Trabalho

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 34 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 34 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 34 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

32
PROCESSO DO TRABALHO
28/02/2019 (G1)
04/04: trabalho de reforço G1
02/05: G1
Caça 1: 14/03: justiça gratuita, pessoa jurídica
Caça 2: 21/03: dano moral, assédio moral
Caça 3: 25/03: inépcia da inicial 
Projeto monitoria: 30/04 (11:30 ou 18)
Desafio G1: 02/05: varas do trabalho: ficar na sala de espera e observar o que está acontecendo 
Caça 1 G2: 30/05: depoimento pessoal ; confissão real
Caça 2 G2: 06/06: sentença extra petita 
Caça 3 G2: 04/07: preparo ; deserção
Desafio G2: 04/07: igual ao desafio G1, mas no TRT – ir no CEJUSC (conciliação)
13/06: trabalho reforço G2
11/07: G2 
1. 	Singularidade / Particularidade / Princípios do Processo do Trabalho
1.1. Aplicação subsidiária do processo comum 
· Art. 769, CLT: autoriza a aplicação das regras comuns quando a CLT for lacunosa 
“Art. 769 - Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte subsidiária do direito processual do trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com as normas deste Título.”
· Art. 8º, § 1º, CLT: 
“Art. 8º - As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por eqüidade e outros princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público.
§ 1º O direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho.”
1.2. Celeridade 
· O processo do trabalho prioriza a oralidade e a conciliação, o que gera a celeridade 
· A inicial, a defesa (contestação), as razões finais, o protesto antipreclusivo (agravo retido) podem ser verbalizadas 
· Não existe agravo para o processo do trabalho: o que existem são petições as quais terão protesto 
· Se a situação é urgente, utiliza-se mandado de segurança porque não existe recurso próprio, desde que viole direito líquido e certo e se tenha o perigo na demora (Súmula 414, II, TST) 
“Súmula nº 414 do TST
MANDADO DE SEGURANÇA. TUTELA PROVISÓRIA CONCEDIDA ANTES OU NA SENTENÇA (nova redação em decorrência do CPC de 2015) - Res.  217/2017 - DEJT  divulgado em 20, 24 e 25.04.2017
II – No caso de a tutela provisória haver sido concedida ou indeferida antes da sentença, cabe mandado de segurança, em face da inexistência de recurso próprio.”
· Em regra, as decisões interlocutórias são irrecorríveis de imediato. Mas o protesto registra a tua inconformidade de maneira que se pode, após, protestar em Recurso Ordinário (apelação) 
07/03/2019
· A celeridade processual é muito importante tendo em vista às parcelas de natureza alimentar 
· Todas as decisões no processo trabalhista não possuem efeito suspensivo, apenas devolutivo 
· Princípio do jus postulandi: art. 791, CLT: é uma característica da Justiça do Trabalho. O reclamante (empregado ou empregador) pode reclamar pessoalmente, ou seja, não precisa de advogado 
“Art. 791 - Os empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente perante a Justiça do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final.
§ 1º - Nos dissídios individuais os empregados e empregadores poderão fazer-se representar por intermédio do sindicato, advogado, solicitador, ou provisionado, inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil.
§ 2º - Nos dissídios coletivos é facultada aos interessados a assistência por advogado.
§ 3º - A constituição de procurador com poderes para o foro em geral poderá ser efetivada, mediante simples registro em ata de audiência, a requerimento verbal do advogado interessado, com anuência da parte representada.”
· Art. 847, CLT: a defesa pode ser oral em audiência em 20 minutos 
“Art. 847 - Não havendo acordo, o reclamado terá vinte minutos para aduzir sua defesa, após a leitura da reclamação, quando esta não for dispensada por ambas as partes.                       
Parágrafo único.  A parte poderá apresentar defesa escrita pelo sistema de processo judicial eletrônico até a audiência.”
· Art. 850, CLT: as razões finais podem ser apresentadas oralmente em 10 minutos 
“Art. 850 - Terminada a instrução, poderão as partes aduzir razões finais, em prazo não excedente de 10 (dez) minutos para cada uma. Em seguida, o juiz ou presidente renovará a proposta de conciliação, e não se realizando esta, será proferida a decisão.
Parágrafo único - O Presidente da Junta, após propor a solução do dissídio, tomará os votos dos vogais e, havendo divergência entre estes, poderá desempatar ou proferir decisão que melhor atenda ao cumprimento da lei e ao justo equilíbrio entre os votos divergentes e ao interesse social.”
· Art. 795, CLT: protesto antipreclusivo 
“Art. 795 - As nulidades não serão declaradas senão mediante provocação das partes, as quais deverão argüi-las à primeira vez em que tiverem de falar em audiência ou nos autos.
§ 1º - Deverá, entretanto, ser declarada ex officio a nulidade fundada em incompetência de foro. Nesse caso, serão considerados nulos os atos decisórios.
§ 2º - O juiz ou Tribunal que se julgar incompetente determinará, na mesma ocasião, que se faça remessa do processo, com urgência, à autoridade competente, fundamentando sua decisão.”
· As decisões do processo do trabalho são recorríveis de modo mediato pelo Recurso Ordinário (Apelação – não existe no processo do trabalho) 
· Recurso imediato: agravo 
· Recurso mediato: decisão interlocutória, protesto (fica registrado em ata), fica retido, não se interrompe nada, fase de cognição, sentença desfavorável – RO 
· O protesto serve para que não haja preclusão. O advogado irá protestar em audiência e caso seja negado se poderá ter o RO após sentença 
 
1.3. Gratuidade 
· Está pautada em não servir de obstáculo para o judiciário, ou seja, as ações trabalhistas não exigem pagamento prévio de nenhuma taxa 
· O juiz não pode condicionar a realização de perícia em depósitos prévios 
· A divisão de responsabilidades no que diz respeito ao pagamento de custas, honorários periciais, honorários advocatícios... se dá a partir da sentença (art. 790-B, §3º, CLT)
“Art. 790-B.  A responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte sucumbente na pretensão objeto da perícia, ainda que beneficiária da justiça gratuita.
§ 3º O juízo não poderá exigir adiantamento de valores para realização de perícias.”
a) Justiça gratuita – empregado e empregador 
· Art. 790, §3º, CLT:
“Art. 790. Nas Varas do Trabalho, nos Juízos de Direito, nos Tribunais e no Tribunal Superior do Trabalho, a forma de pagamento das custas e emolumentos obedecerá às instruções que serão expedidas pelo Tribunal Superior do Trabalho.
§ 3º É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou inferior a 40% (quarenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social.”
· De ofício ou a requerimento 
· Requisitos: 
· Declaração de miserabilidade 
· Efeitos: 
· Dispensa o pagamento de custas e de depósito recursal 
· Antes da reforma abarcavam-se os honorários periciais
· Art. 790-B, §4º, CLT: 
“Art. 790-B.  A responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte sucumbente na pretensão objeto da perícia, ainda que beneficiária da justiça gratuita.
§ 4º Somente no caso em que o beneficiário da justiça gratuita não tenha obtido em juízo créditos capazes de suportar a despesa referida no caput, ainda que em outro processo, a União responderá pelo encargo.”
b) Assistência judiciária gratuita (AJG) – empregados 
· Art. 14, Lei 5584/70: 
“Art 14. Na Justiça do Trabalho, a assistência judiciária a que se refere a Lei nº 1.060, de 5 de fevereiro de 1950, será prestada pelo Sindicato da categoria profissional a que pertencer o trabalhador.
§ 1º A assistência é devida a todo aquêle que perceber salário igual ou inferior ao dôbro do mínimo legal, ficando assegurado igual benefícioao trabalhador de maior salário, uma vez provado que sua situação econômica não lhe permite demandar, sem prejuízo do sustento próprio ou da família.
§ 2º A situação econômica do trabalhador será comprovada em atestado fornecido pela autoridade local do Ministério do Trabalho e Previdência Social, mediante diligência sumária, que não poderá exceder de 48 (quarenta e oito) horas.
§ 3º Não havendo no local a autoridade referida no parágrafo anterior, o atestado deverá ser expedido pelo Delegado de Polícia da circunscrição onde resida o empregado.”
· Súmulas 219 e 329, TST: 
“Súmula nº 219 do TST
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.  CABIMENTO (alterada a redação do item I e acrescidos os itens IV a VI em decorrência do CPC de 2015) - Res. 204/2016, DEJT divulgado em 17, 18 e 21.03.2016  
I - Na Justiça do Trabalho, a condenação ao pagamento de honorários advocatícios não decorre pura e simplesmente da sucumbência, devendo a parte, concomitantemente: a) estar assistida por sindicato da categoria profissional; b) comprovar a percepção de salário inferior ao dobro do salário mínimo ou encontrar-se em situação econômica que não lhe permita demandar sem prejuízo do próprio sustento ou da respectiva família. (art.14,§1º, da Lei nº 5.584/1970). (ex-OJ nº 305da SBDI-I). 
II - É cabível a condenação ao pagamento de honorários advocatícios em ação rescisória no processo trabalhista. 
III – São devidos os honorários advocatícios nas causas em que o ente sindical figure como substituto processual e nas lides que não derivem da relação de emprego. 
IV – Na ação rescisória e nas lides que não derivem de relação de emprego, a responsabilidade pelo pagamento dos honorários advocatícios da sucumbência submete-se à disciplina do Código de Processo Civil (arts. 85, 86, 87 e 90). 
V - Em caso de assistência judiciária sindical ou de substituição processual sindical, excetuados os processos em que a Fazenda Pública for parte, os honorários advocatícios são devidos entre o mínimo de dez e o máximo de vinte por cento sobre o valor da condenação, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa (CPC de 2015, art. 85, § 2º).
VI - Nas causas em que a Fazenda Pública for parte, aplicar-se-ão os percentuais específicos de honorários advocatícios contemplados no Código de Processo Civil.”
“Súmula nº 329 do TST
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. ART. 133 DA CF/1988 (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
Mesmo após a promulgação da CF/1988, permanece válido o entendimento consubstanciado na Súmula nº 219 do Tribunal Superior do Trabalho.”
· Necessariamente a requerimento da parte feito até a sentença 
· Requisitos: 
· Declaração de miserabilidade
· Credencial sindical: 
· Não se tem DP no direito do trabalho, então cabe aos sindicatos a indicação de profissionais para aqueles que não tem condições de contratar um advogado 
· Se vai até a entidade sindical e pede um advogado do sindicato. Como nem todos os sindicatos possuem advogado, utiliza-se a credencial sindical: o miserável pede para que um advogado atue em seu processo, ele aceitando, se credencia perante o sindicato para que ele atue em nome do sindicato e em nome do miserável 
· O sindicato tem obrigação de disponibilizar advogados de modo gratuito para todos os empregados, não obrigatoriamente sendo associados ao sindicato porque os empregados possuem liberdade sindical 
· Art. 791-A, §4º, CLT: o miserável que receber improcedência deverá pagar os honorários sucumbenciais e honorários periciais em até 2 anos do trânsito em julgado; passados esses 2 anos, não se paga porque prescreveu. O interessado pode executar a dívida caso o miserável receba algum valor que possa pagar sua dívida (independentemente se for valor de indenização ou se for da megasena) 
“Art. 791-A.  Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos honorários de sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de 15% (quinze por cento) sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa.
§ 4º Vencido o beneficiário da justiça gratuita, desde que não tenha obtido em juízo, ainda que em outro processo, créditos capazes de suportar a despesa, as obrigações decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser executadas se, nos dois anos subsequentes ao trânsito em julgado da decisão que as certificou, o credor demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-se, passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário.
· Efeitos: 
· Dispensa o pagamento de custas de depósito recursal 
· Possibilita a cobrança de honorários assistenciais (honorários advocatícios do advogado com credencial sindical) de 5 a 15% sobre o valor da condenação 
· Em favor do sindicato ou do advogado que tiver credencial 
Resumindo...
	Justiça Gratuita – empregado / empregador
	Assistência Judiciária Gratuita (AJG) - emrpegado
	Base legal: art. 790, §3º, CLT
	Base legal: art. 14, Lei 5584/70 e
 Súmulas 219 e 329, TST
	Concessão: de ofício ou a requerimento 
	Concessão: a requerimento
	Requisitos: declaração de miserabilidade 
	Requisitos: declaração de miserabilidade + credencial sindical 
	Efeitos: dispensa o pagamento de custas de depósito recursal 
	Efeitos: dispensa o pagamento de custas de depósito recursal + possibilitada a cobrança de honorários assistenciais (5 a 15%)
2. Competência funcional 
· Varas do Trabalho, Tribunais Regionais do Trabalho (TRT), Tribunal Superior do Trabalho (TST), Supremo Tribunal Federal (STF)
· Normalmente, se afirma que o 1º grau se constitui das Varas, mas os TRTs também podem ser 1º grau, assim como o TST pode ser 1º ou 2º grau, e o STF pode ser 4º ou 2º grau 
2.1. Varas do Trabalho
· Art. 647 e ss, CLT: 
“Art. 647 - Cada Junta de Conciliação e Julgamento terá a seguinte composição:                         
a) um juiz do trabalho, que será seu Presidente;                        
b) dois vogais, sendo um representante dos empregadores e outro dos empregados.                        
Parágrafo único - Haverá um suplente para cada vogal.”
“Art. 648 - São incompatíveis entre si, para os trabalhos da mesma Junta, os parentes consangüíneos e afins até o terceiro grau civil.                    
Parágrafo único - A incompatibilidade resolve-se a favor do primeiro vogal designado ou empossado, ou por sorteio, se a designação ou posse for da mesma data.”
“Art. 649 - As Juntas poderão conciliar, instruir ou julgar com qualquer número, sendo, porém, indispensável a presença do Presidente, cujo voto prevalecerá em caso de empate.                     
§ 1º - No julgamento de embargos deverão estar presentes todos os membros da Junta.                     
§ 2º - Na execução e na liquidação das decisões funciona apenas o Presidente.”
· Até 1998 se falava juntas de conciliação e julgamento 
2.1.1. Ações originárias 
· Reclamatória trabalhista / Reclamação / Dissídio individual 
· Inquérito judicial para apuração de falta grave (art. 853, CLT) 
“Art. 853 - Para a instauração do inquérito para apuração de falta grave contra empregado garantido com estabilidade, o empregador apresentará reclamação por escrito à Junta ou Juízo de Direito, dentro de 30 (trinta) dias, contados da data da suspensão do empregado.”
· Ação de cumprimento (art. 872, parágrafo único, CLT) 
“Art. 872 - Celebrado o acordo, ou transitada em julgado a decisão, seguir-se-á o seu cumprimento, sob as penas estabelecidas neste Título.
Parágrafo único - Quando os empregadores deixarem de satisfazer o pagamento de salários, na conformidade da decisão proferida, poderão os empregados ou seus sindicatos, independentes de outorga de poderes de seus associados, juntando certidão de tal decisão, apresentar reclamação à Junta ou Juízo competente, observado o processo previsto no Capítulo II deste Título, sendo vedado, porém, questionar sobre a matériade fato e de direito já apreciada na decisão.”
· Visa o cumprimento das cláusulas dos acordos coletivos, convenções coletivos e sentença normativa 
· Ação de consignação em pagamento (art. 769, CLT)
“Art. 769 - Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte subsidiária do direito processual do trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com as normas deste Título.”
· É aplicada em caso de abandono de emprego 
· Ação civil pública 
· MPT é a parte legítima 
· Questões de ordem pública
· Ex.: questões ligadas à escravidão, ao trabalho infantil 
 
· Mandado de segurança 
· Quando houve violação de direito líquido e certo 
· Desde que a autoridade coautora não for um magistrado 
· Juízos de direito: art. 668, CLT: possibilidade de uma ação trabalhista ser ajuizada em um foro cível 
“Art. 668 - Nas localidades não compreendidas na jurisdição das Juntas de Conciliação e Julgamento, os Juízos de Direito são os órgãos de administração da Justiça do Trabalho, com a jurisdição que lhes for determinada pela lei de organização judiciária local.”
· Nas localidades não compreendidas na jurisdição das Varas: assim, caso a sede do TRT da região seja muito longe (ex.: caso do Amazonas), pode-se ajuizar ação em foro cível 
· O juiz de direito investido na jurisdição trabalhista do art. 668, CLT, é cível mas ele aplica a CLT 
· Da sentença que o juiz proferir vai caber recurso ordinário do TRT, e não apelação ao TJ 
· Não vai ter recurso imediato nessa ação, tendo em vista que trata-se de juízo comum 
· Esse juiz de vara investido na condição trabalhista, ou seja, o juiz cível atuante em vara do trabalho, pode conflitar. Ocorre do mesmo jeito de conflitos entre varas do trabalho, que será resolvido pelo TRT
· Ex.: Sérgio entra com ação em juízo investido em cidade do interior, que entende ser competência do TRT e vice versa: há conflito de competência -> quem decide é o TRT 
· Em caso de ação em juízo comum que diz que a competência é da vara do trabalho, mas o juiz da vara do trabalho entende ser caso de justiça comum, a decisão é do STJ 
· O TRT lava as roupas sujas das Varas e as suas próprias
14/03/2019
2.2. Tribunais Regionais do Trabalho – TRT 
· Art. 674, CLT: lista as regiões e os TRTs
· TRT4: 
· 11 Turmas 
· Não se fala em câmaras, mas sim turmas 
· Atua como 2º grau: julgam os recursos interpostos contra decisões das varas na fase de conhecimento 
· 48 desembargadores: 4 presidentes, 4 vice-presidentes, 1 corregedor e 1 vice-corregedor
· Cada turma é composta por 4 desembargadores, mas a cada julgamento são apenas 3 julgando para modo de folga
· Os outros 44 desembargadores compõem os demais órgãos do TRT
· Os 48 desembargadores fazem parte do Tribunal Pleno 
· SEEX
· Atua como 2º grau 
· Composta pelo colegiado de 8 desembargadores 
· Julga recursos contra decisões das varas na fase de execução 
· 1ª SDI
· Atua como 1º grau 
· Competência: MS quando a autoridade coautora for magistrado de vara do próprio TRT
· 11 desembargadores 
· 2ª SDI
· Atua como 1º grau 
· Competência: ações rescisórias – decisões proferidas pelas varas do próprio TRT
· Quando eu quiser quebrar acordão do TRT, ajuízo ação rescisória no próprio TRT (2ª SDI)
· SDC
· Atua como 1º grau 
· Competência: dissídios coletivos – sindicatos regionais 
· Corregedoria regional
· Inspeciona as varas do trabalho 
· A parte pode procurar o corregedor quando for destrata pelo magistrado, por exemplo
· A parte pode fazer uma reclamação correicional 
· Órgão especial
· Composto por 16 desembargadores: 8 mais antigos e 8 escolhidos por votação 
· Resolve questões administrativas, ou seja, a sua competência é julgar processos administrativos, inclusive recursos (ex.: remoção de servidores, licenças de juízes)
· Mandado de segurança quando a autoridade coautora não for magistrada, é na vara
· Mandado de segurança quando a autoridade coautora for magistrada de vara, 1ª SDI
· Mandado de segurança quando a autoridade coautora for magistrada de TRT, é órgão especial 
· Tribunal pleno 
· Reúne os 48 desembargadores
2.3. Tribunal Superior do Trabalho – TST 
· Arts. 690 e ss, CLT: 
“Art. 690 - O Tribunal Superior do Trabalho, com sede na Capital da República e jurisdição em todo o território nacional, é a instância suprema da Justiça do Trabalho.                           
Parágrafo único - O Tribunal funciona na plenitude de sua composição ou dividido em Turmas, com observância da paridade de representação de empregados e empregadores.”
· Regimento interno TST:
· LER REGIMENTO INTERNO DO TST
· 8 turmas:
· 27 ministros
· 3 ministros: direção (presidente, vice-presidente e corregedor geral) 
· Distribuem os 24 nas 8 turmas, de modo que se tem 3 ministros em cada turma 
· Mandado de segurança quando a autoridade coautora for ministro, é o TST
· As turmas julgam os recursos interpostos contra decisões das turmas dos TRTs 
· Atuam como 3º grau 
· A decisão do TST ainda cabe recurso 
· SDI I 
· 2º grau 
· SDI II
· 1º grau
· Ação rescisória: rescindir acordão do próprio TST 
· Mandado de segurança
· Quando a autoridade coautora for do ministro do TST, quem julga o MS é o próprio TST SDI II
· Recurso: E.: Embargos
· Competência: SDI I 
· 2º grau:
· Possui recurso: ROMS (recurso ordinário em MS) 
· SDC 
· 1º grau: quando são ações originárias
· 2º grau: quando o recurso foi interposto no TRT
· Corregedoria geral
· Órgão especial 
· Tribunal pleno 
· Súmulas 
21/03/2019
2.4. Supremo Tribunal Federal – STF 
· Competência em razão da matéria 
· Art. 114, CF:
“Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:   
I as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;    
II as ações que envolvam exercício do direito de greve;    
III as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores;   
IV os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data , quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição;   
V os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o;    
VI as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho;   
VII as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho;    
VIII a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a , e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir;    
IX outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei.   
§ 1º Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros.
§ 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente.”
· I: todas as relações de trabalho 
· Exceção 1: servidores públicos regidos pelo estatuto (funcionários públicos): o STF entendeu que estes funcionários mantem com o Estado, uma relação de direito administrativo e não de direito do trabalho. Na justiça comum estadual, então, se discute férias, 13º salário, etc
· Exceção 2: profissionais liberais: honorários: o STJ entende que as relações de prestações de serviços são respaldadas pelo CDC, por isso se discute na justiça comum. Entretanto, existem doutrinadores contrários a esse entendimento (corrente minoritária)
· Art. 8º, §1º, CLT: 
“Art. 8º - As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por eqüidade e outros princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas semprede maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público.
§ 1º O direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho. “
· II: greve
· III: decidido nas Varas
· Entre sindicatos
· No Brasil se tem a unicidade sindical de modo que caso dois sindicatos briguem para saber quem representa um trabalhador em uma localidade, quem decide é o TRT
· Sindicatos X trabalhadores
· Sindicatos X tomadores de trabalho 
· IV: ações possíveis para o direito do trabalho
· Mandado de Segurança: 
· Vara
· TRT 2ª SDI
· TRT Órgão Especial
· TST SDI II
· Habeas Corpus: depositário infiel (não existe mais)
· Habeas Data: 
· V: conflitos de competência entre órgãos da jurisdição trabalhista 
· VI: dano moral ou patrimonial
· A maior parte dos processos que tratam sobre o dano moral decorrem do acidente do trabalho que haja nexo de causalidade envolvendo o empregador 
· Ex.: houve acidente de trabalho porque o empregador não fazia as manutenções dos materiais de trabalho 
· Antes da EC 45/04, todos os danos morais eram da Justiça Comum, por isso só a partir de 2004 que as ações de dano moral passaram a ser de competência do Direito do Trabalho, desde que buscasse dano moral ou patrimonial do empregador. Mas se o acidente de trabalho goza de benefício previdenciário relacionado à acidente de trabalho e quer discutir o valor desse benefício, a competência continua sendo da Justiça Comum
· Dano moral por assédio moral, assédio sexual, dano existencial, dano estético, etc
· VII: penalidades (multas) administrativas aplicadas pelo Ministério da Economia (falecido Ministério do Trabalho)
· Art. 71, CLT: 
“Art. 71 - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas.
§ 1º - Não excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, será, entretanto, obrigatório um intervalo de 15 (quinze) minutos quando a duração ultrapassar 4 (quatro) horas.
§ 2º - Os intervalos de descanso não serão computados na duração do trabalho.
§ 3º O limite mínimo de uma hora para repouso ou refeição poderá ser reduzido por ato do Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio, quando ouvido o Serviço de Alimentação de Previdência Social, se verificar que o estabelecimento atende integralmente às exigências concernentes à organização dos refeitórios, e quando os respectivos empregados não estiverem sob regime de trabalho prorrogado a horas suplementares.
§ 4º A não concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e alimentação, a empregados urbanos e rurais, implica o pagamento, de natureza indenizatória, apenas do período suprimido, com acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho.                    
§ 5º O intervalo expresso no caput poderá ser reduzido e/ou fracionado, e aquele estabelecido no § 1o poderá ser fracionado, quando compreendidos entre o término da primeira hora trabalhada e o início da última hora trabalhada, desde que previsto em convenção ou acordo coletivo de trabalho, ante a natureza do serviço e em virtude das condições especiais de trabalho a que são submetidos estritamente os motoristas, cobradores, fiscalização de campo e afins nos serviços de operação de veículos rodoviários, empregados no setor de transporte coletivo de passageiros, mantida a remuneração e concedidos intervalos para descanso menores ao final de cada viagem.”
· VIII: execução de ofício das contribuições sociais 
· IX: outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho
28/03/2019
3. Exceções no processo do trabalho 
· Art. 799, CLT: 
“Art. 799 - Nas causas da jurisdição da Justiça do Trabalho, somente podem ser opostas, com suspensão do feito, as exceções de suspeição ou incompetência.                            
§ 1º - As demais exceções serão alegadas como matéria de defesa.                        
§ 2º - Das decisões sobre exceções de suspeição e incompetência, salvo, quanto a estas, se terminativas do feito, não caberá recurso, podendo, no entanto, as partes alegá-las novamente no recurso que couber da decisão final.”
· Com qualquer arguição de exceção, o processo será suspenso 
3.1. Competência territorial 
· Art. 651, CLT: 
“Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro.                      
§ 1º - Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da Junta da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a Junta da localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima.                      
§ 2º - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento, estabelecida neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo em contrário.                    
§ 3º - Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços.”
· Onde eu ajuízo uma ação trabalhista? Existe uma regra geral e 3 exceções
· Regra: art. 651, caput, CLT: 
· Local da prestação do trabalho 
· O que define, em regra, a competência territorial é a localidade em que o empregado presta o trabalho 
· Ex.: se trabalhou em Guaíba vai para Vara de Guaíba, se trabalhou em Porto Alegre se distribui a ação em uma das varas de Porto Alegre 
· Exceção 1: art. 651, §1º, CLT: 
· Agente ou viajante comercial 
· Quando for reclamar, irá ajuizar ação trabalhista onde? 
· Ex.1: a sede da empresa é Caxias, mas ao viajar por todas localidades próximas, o empregado presta contas, está ligado à filial de Bento Gonçalves, é em Bento que ele deverá ajuizar ação 
· Ex.2: mas se o empregado não está subordinado a nenhuma filial, sede específica de modo que a Vara competente é a que o empregado é domiciliado
· Se o empregado for subordinado a uma sede / filial específica, é na localidade desta sede / filial a competência para ajuizar ação
· Mas se o empregado não for subordinado a nenhuma sede / filial específica, a competência será da vara do domicílio do empregado, visando proteger o empregado 
· O subordinado a que se refere o artigo diz respeito à prestação de contas 
· Exceção 2: art. 651, §2º, CLT: 
· Empregado brasileiro que trabalha no exterior 
· A doutrina entende que necessariamente está faltando uma informação crucial: onde o brasileiro contratado para trabalha no exterior irá ajuizar a sua reclamatória trabalhista? Desde que o brasileiro seja contratado no Brasil, ele poderá ajuizar ação no Brasil, isto é, na cidade em que ele foi contratado, desde que não haja convenção internacional dispondo em contrário, por isso não é absoluta 
· Ex.: brasileiro contratado para trabalhar na Disney e fica lá por 1 ano, se o brasileiro quiser reclamar contra a Disney fará isso no local da contratação do Brasil, isto é, como o brasileiro foi selecionado em Porto Alegre para trabalhar na Disney, ele irá reclamar em Porto Alegre 
· Estrangeiro contrato no Brasil: foro competente Brasil 
· Exceção 3: art. 651, §3º, CLT: 
· O empregador que explora atividade fora do local da contratação 
· O empregado pode reclamar no foro da localização do contrato ou no local da prestação dos respectivos serviços 
· Ex.1: a Andrade Gutierres e a OAS trouxeram trabalhadores do norte e do nordeste, e davam condições precárias aos empregados, eles podiam ajuizar ações tanto lá no norte e nordeste quanto aqui em Porto Alegre 
· Ex.2: Luca foi contrato em Porto Alegre, mas trabalhou em Santa Rosa, Santo Ângelo, SantaMaria, Gramado e Bagé, ele pode ajuizar ação em qualquer dessas cidades, mas o local mais lógico seria no último lugar trabalhado 
Resumindo...
	Competência Material
	Competência Funcional
	Competência Territorial
	Arguição da incompetência: pode ser dar de oficio pelo julgador ou a reclamada tem que contestar? De ofício: o juiz da vara vai salientar que é outra competência
	IDEM
Gera discussão possível de ofício 
	Arguição de incompetência: necessariamente a requerimento, ou seja, descabe arguir a incompetência em razão do lugar de ofício 
	Momento processual: a qualquer momento, inclusive em sede de rescisória 
Ex.: se por um acaso o juiz não notar que não tinha competência, e a reclamada somente informar depois da sentença, se dá a incompetência material 
	IDEM 
A qualquer momento 
	Momento processual: art. 800, CLT: prazo de 5 dias a contar da notificação: atualmente deve-se ter uma peça para apresentar a exceção de incompetência e outra peça para apresentar a defesa 
Se a parte deixar esse prazo passar in albis, a vara passa a ter competência -> preclusão no caso da não arguição da incompetência 
	NULIDADES ABSOLUTAS, porque deveria ser praticada por outro juiz
	NULIDADE RELATIVA, porque se por ventura for praticado ato processual e depois decidida a sua incompetência, nulos os atos praticados pela incompetente desde que a requerimento da parte 
· Art. 800, CLT: 
“Art. 800.  Apresentada exceção de incompetência territorial no prazo de cinco dias a contar da notificação, antes da audiência e em peça que sinalize a existência desta exceção, seguir-se-á o procedimento estabelecido neste artigo.                   
§ 1º Protocolada a petição, será suspenso o processo e não se realizará a audiência a que se refere o art. 843 desta Consolidação até que se decida a exceção.                          
§ 2º Os autos serão imediatamente conclusos ao juiz, que intimará o reclamante e, se existentes, os litisconsortes, para manifestação no prazo comum de cinco dias.                         
§ 3º Se entender necessária a produção de prova oral, o juízo designará audiência, garantindo o direito de o excipiente e de suas testemunhas serem ouvidos, por carta precatória, no juízo que este houver indicado como competente.                      
§ 4º Decidida a exceção de incompetência territorial, o processo retomará seu curso, com a designação de audiência, a apresentação de defesa e a instrução processual perante o juízo competente.”
· Ex.: se a parte é notificada (emitida notificação) hoje, quinta 28/03, conta-se sexta (29), segunda (01), terça (02), quarta (03) e quinta (04). Se a parte não informar a arguição de incompetência, Fortaleza passa a ter competência 
· Contra a decisão interlocutória que julga a exceção de incompetência caberá protesto ou RO
· Ex.: Fernanda ajuizou ação em Fortaleza, mas o certo seria ajuizar em Porto Alegre. Se o juiz de Fortaleza ao julgar a incompetência arguida pela reclamada como procedente de modo que os autos são enviados à Porto Alegre, o processo sairá do TRT7 de Fortaleza, e virá para o TRT4 de Porto Alegre. O entendimento é de que, nesse caso, como saiu de uma região e foi para outra, o processo de Fortaleza terminou e começasse um novo processo em Porto Alegre. Deste modo, a decisão será terminativa e não interlocutória, como o processo terminou caberá RO. 
· Mas se o juiz entender que não muda a região, ou seja, se o juiz competente continuar sendo o TRT7, entretanto em Jericoacara e não mais em Fortaleza, caberá protesto, não RO. Ou seja, o RO só caberá quando mudar a região 
· Se mudar de região: processo acabou -> RO
· Se não mudar de região: processo não acabou -> protesto 
 
· Súmula 214, TST: decisão interlocutória na justiça do trabalho é irrecorrível de imediato 
“Súmula nº 214 do TST
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA. IRRECORRIBILIDADE (nova redação) - Res. 127/2005, DJ 14, 15 e 16.03.2005
Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da CLT, as decisões interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão: a) de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho; b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal; c) que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no art. 799, § 2º, da CLT.”
3.2. Suspeição 
· Art. 801, CLT: 
“Art. 801 - O juiz, presidente ou vogal, é obrigado a dar-se por suspeito, e pode ser recusado, por algum dos seguintes motivos, em relação à pessoa dos litigantes:
a) inimizade pessoal;
b) amizade íntima;
c) parentesco por consangüinidade ou afinidade até o terceiro grau civil;
d) interesse particular na causa.
Parágrafo único - Se o recusante houver praticado algum ato pelo qual haja consentido na pessoa do juiz, não mais poderá alegar exceção de suspeição, salvo sobrevindo novo motivo. A suspeição não será também admitida, se do processo constar que o recusante deixou de alegá-la anteriormente, quando já a conhecia, ou que, depois de conhecida, aceitou o juiz recusado ou, finalmente, se procurou de propósito o motivo de que ela se originou.”
· No processo do trabalho não se fala em suspeição ou impedimento, mas sim sempre em suspeição 
· O juiz deve se dar por suspeito de ofício
· Prazo: a qualquer momento, por isso a suspeição não preclui 
· A parte interessada também pode informar a suspeição do juiz, mas a parte deve provar 
· Art. 802, CLT: 
“Art. 802 - Apresentada a exceção de suspeição, o juiz ou Tribunal designará audiência dentro de 48 (quarenta e oito) horas, para instrução e julgamento da exceção.
§ 1º - Nas Juntas de Conciliação e Julgamento e nos Tribunais Regionais, julgada procedente a exceção de suspeição, será logo convocado para a mesma audiência ou sessão, ou para a seguinte, o suplente do membro suspeito, o qual continuará a funcionar no feito até decisão final. Proceder-se-á da mesma maneira quando algum dos membros se declarar suspeito.
§ 2º - Se se tratar de suspeição de Juiz de Direito, será este substituído na forma da organização judiciária local.”
· Em regra, na teoria, deveria dar 48 horas para audiência de instrução e julgamento da suspeição, mas isso não acontece, normalmente é muito mais tempo 
· Prazo para processo suspenso: 48 horas 
· Mas e se o juiz não se dar por suspeito mesmo com a informação dada pela parte interessada? Caberá protesto 
4. A forma e o ajuizamento da ação trabalhista 
4.1. Quem pode ser reclamante? Art. 839, CLT: 
“Art. 839 - A reclamação poderá ser apresentada:
a) pelos empregados e empregadores, pessoalmente, ou por seus representantes, e pelos sindicatos de classe;
b) por intermédio das Procuradorias Regionais da Justiça do Trabalho.”
· Trabalhadores, dentre eles os empregados 
· Tomadores de trabalho, dentre eles os empregadores (ex.: inquérito de apuração de falta grave, consignação em pagamento, reclamatória) 
· Entidades sindicais
· Procuradorias Regionais da Justiça do Trabalho: MPT -> ação civil pública 
· Competência originária das Varas 
· Dentre esses 4, quem é legítimo ordinário e quem é legítimo extraordinário? 
· Legítimo ordinário: é quando a parte envolvida em um feito, é detentora do direito material que está sendo discutido 
· Trabalhadores, dentre eles os empregados
· Tomadores de trabalho, dentre eles os empregadores 
· Entidades sindicais (ex.: pode ingressar ação para saber quem tem competência naquele limite territorial -> sindicato X sindicato, art. 114, III, CF)
“Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:
III as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores;”
· Legítimo extraordinário: a lei autoriza que um terceiro reclame em nome próprio direito alheio, ou seja, a parte não é detentora do direito material, mas está autorizada por lei a atuar no feio como representante do detentor do direito material, por isso tambémé chamado de Substituto Processual 
· Entidades sindicais (art. 8º, III, CF) 
“Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:
III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas;”
· MPT (ex.: ação civil pública)
· Substituição processual X Representação processual 
· Representação processual: carece de autorização legal -> legitimado a tal condição por força de lei
· Ao contrário do substituto, o representante processual não é parte
· Atua em nome da parte (como se ela fosse) na prática de determinado(s) ato(s) processual(ais) 
· Ex.1: Sindicato (art. 843, §2º, CLT) 
“Art. 843 - Na audiência de julgamento deverão estar presentes o reclamante e o reclamado, independentemente do comparecimento de seus representantes salvo, nos casos de Reclamatórias Plúrimas ou Ações de Cumprimento, quando os empregados poderão fazer-se representar pelo Sindicato de sua categoria.                          
§ 1º É facultado ao empregador fazer-se substituir pelo gerente, ou qualquer outro preposto que tenha conhecimento do fato, e cujas declarações obrigarão o proponente. -> o preposto não substitui, mas sim representa (erro terminológico técnico do §1º)
§ 2º Se por doença ou qualquer outro motivo poderoso, devidamente comprovado, não for possível ao empregado comparecer pessoalmente, poderá fazer-se representar por outro empregado que pertença à mesma profissão, ou pelo seu sindicato. -> o sindicato também pode ser representante 
§ 3º O preposto a que se refere o § 1o deste artigo não precisa ser empregado da parte reclamada.” -> um outro empregado da mesma profissão que não seja empregado da empresa pode ser preposto 
· Ação plúrima: litisconsórcio ativo (ex.: Ana e Outro)
· Ex.2: Preposto: autorizado por lei a representar a pessoa jurídica (art. 843, §1º, CLT)
· Ex.3: Trabalhador da mesma profissão – chama um outro revendedor da Mary Kay para ser preposto do empregado (art. 843, §3º, CLT) 
· Substituto processual: é parte processual
11/04/2019
4.2. A forma da reclamatória 
· Arts. 837 e 838, CLT:
“Art. 837 - Nas localidades em que houver apenas 1 (uma) Junta de Conciliação e Julgamento, ou 1 (um) escrivão do cível, a reclamação será apresentada diretamente à secretaria da Junta, ou ao cartório do Juízo.”
“Art. 838 - Nas localidades em que houver mais de 1 (uma) Junta ou mais de 1 (um) Juízo, ou escrivão do cível, a reclamação será, preliminarmente, sujeita a distribuição, na forma do disposto no Capítulo II, Seção II, deste Título.”
· A reclamatória pode ser escrita ou verbal (art. 840, CLT): 
“Art. 840 - A reclamação poderá ser escrita ou verbal.
§ 1º Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do juízo, a qualificação das partes, a breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, que deverá ser certo, determinado e com indicação de seu valor, a data e a assinatura do reclamante ou de seu representante. 
§ 2º Se verbal, a reclamação será reduzida a termo, em duas vias datadas e assinadas pelo escrivão ou secretário, observado, no que couber, o disposto no § 1o deste artigo.
§ 3º Os pedidos que não atendam ao disposto no § 1o deste artigo serão julgados extintos sem resolução do mérito.”
· Se for escrita devem ser observados alguns requisitos (art. 840, §1º, CLT) 
· Juízo:
· Qualificação das partes: 
· Fundamental um documento por parte do reclamante (ex.: CTPS) e por parte do reclamado (ex.: CNPJ), os endereços das partes
· Breve exposição dos fatos e dos fundamentos:
· Pedidos certos, determinados e com indicação de seu valor:
· O valor da causa, por lógica, é a soma de todos os pedidos. Entretanto, essa fidelidade de quantificação não é exigida
· Art. 840, §3º, CLT: se o valor da causa não estiver relacionado com os pedidos, a ação será extinta sem resolução de mérito 
· Data:
· Assinatura do reclamante ou seu representante:
· Se não tiver assinatura, a reclamatória é inexistente 
· Rito das audiências trabalhistas, independentemente dos procedimentos (ordinário, sumário e sumaríssimo): 
1st. Presença das partes
2nd. Primeira proposta de conciliação -> obrigatória e deve ser registrada em ata 
3rd. Defesa 
4th. Meios de prova (o juiz indaga para o advogado se além dos documentos o reclamante também irá ter outras provas) 
5th. Encerrada a instrução 
6th. Razões finais (memoriais)
7th. Segunda proposta de conciliação -> obrigatória e deve ser registrada em ata
8th. Prolação da sentença 
· Distribuída a inicial, irá ser designada audiência no prazo mínimo 5 dias entre a notificação e a audiência 
· Art. 841, CLT: 
“Art. 841 - Recebida e protocolada a reclamação, o escrivão ou secretário, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, remeterá a segunda via da petição, ou do termo, ao reclamado, notificando-o ao mesmo tempo, para comparecer à audiência do julgamento, que será a primeira desimpedida, depois de 5 (cinco) dias.
§ 1º - A notificação será feita em registro postal com franquia. Se o reclamado criar embaraços ao seu recebimento ou não for encontrado, far-se-á a notificação por edital, inserto no jornal oficial ou no que publicar o expediente forense, ou, na falta, afixado na sede da Junta ou Juízo.
§ 2º - O reclamante será notificado no ato da apresentação da reclamação ou na forma do parágrafo anterior.
§ 3º Oferecida a contestação, ainda que eletronicamente, o reclamante não poderá, sem o consentimento do reclamado, desistir da ação.”
· Notificado o reclamado, acontecerá a audiência
· Presença das partes imprescindível (art. 843, CLT) 
“Art. 843 - Na audiência de julgamento deverão estar presentes o reclamante e o reclamado, independentemente do comparecimento de seus representantes salvo, nos casos de Reclamatórias Plúrimas ou Ações de Cumprimento, quando os empregados poderão fazer-se representar pelo Sindicato de sua categoria.                          
§ 1º É facultado ao empregador fazer-se substituir pelo gerente, ou qualquer outro preposto que tenha conhecimento do fato, e cujas declarações obrigarão o proponente.
§ 2º Se por doença ou qualquer outro motivo poderoso, devidamente comprovado, não for possível ao empregado comparecer pessoalmente, poderá fazer-se representar por outro empregado que pertença à mesma profissão, ou pelo seu sindicato.
§ 3º O preposto a que se refere o § 1o deste artigo não precisa ser empregado da parte reclamada.”
· Reclamante ausente sem justificativa (art. 844, CLT): arquivamento 
“Art. 844 - O não-comparecimento do reclamante à audiência importa o arquivamento da reclamação, e o não-comparecimento do reclamado importa revelia, além de confissão quanto à matéria de fato.
§ 1º Ocorrendo motivo relevante, poderá o juiz suspender o julgamento, designando nova audiência.                       
§ 2º Na hipótese de ausência do reclamante, este será condenado ao pagamento das custas calculadas na forma do art. 789 desta Consolidação, ainda que beneficiário da justiça gratuita, salvo se comprovar, no prazo de quinze dias, que a ausência ocorreu por motivo legalmente justificável.                        
§ 3º O pagamento das custas a que se refere o § 2o é condição para a propositura de nova demanda.                   
§ 4º A revelia não produz o efeito mencionado no caput deste artigo se:                        
I - havendo pluralidade de reclamados, algum deles contestar a ação;                          
II - o litígio versar sobre direitos indisponíveis;                         
III - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considere indispensável à prova do ato;                     
IV - as alegações de fato formuladas pelo reclamante forem inverossímeis ou estiverem em contradição com prova constante dos autos.                       
§ 5º Ainda que ausente o reclamado, presente o advogado na audiência, serão aceitos a contestação e os documentos eventualmente apresentados.”
· Se arquivado em razão da ausência do reclamante pode ajuizar nova ação
· Mas e se em nova ação, novamente o reclamantenão for na audiência aplica-se o art. 732, CLT: perde o direito de reclamar perante a justiça do trabalho no prazo de 6 meses 
“Art. 731 - Aquele que, tendo apresentado ao distribuidor reclamação verbal, não se apresentar, no prazo estabelecido no parágrafo único do art. 786, à Junta ou Juízo para fazê-lo tomar por termo, incorrerá na pena de perda, pelo prazo de 6 (seis) meses, do direito de reclamar perante a Justiça do Trabalho.”
“Art. 732 - Na mesma pena do artigo anterior incorrerá o reclamante que, por 2 (duas) vezes seguidas, der causa ao arquivamento de que trata o art. 844.”
· Reclamado ausente sem justificativa: revelia e confissão fictas 
· Presunção relativa de veracidade dos fatos alegados pela parte contrária
· Ex.: o reclamante faz o pedido de 03 horas extras por dia com adicional de 100%, conforme previsão em norma coletiva não juntada aos autos, mas a CF prevê 50%. Na audiência o reclamado não apresenta a defesa → revelia + confissão ficta. Na sentença, 03 horas extras por dia com adicional de 50%. Ou seja, sentença parcialmente procedente. A revelia e a confissão ficta só atingem os fatos, não o direito
· A presunção é relativa, pois no momento que existe prova que contrapõe a confissão ficta, a presunção desaparecerá. Neste caso, a sentença será improcedente. Não se confunde com presunção real, pois a primeira só atinge os fatos. Já a presunção real faz com que todas as razões de fato e de direito sejam consideradas como verdadeiras, tornando a sentença totalmente procedente
25/04/2019
5. Procedimentos trabalhistas
5.1. Ordinário
· 1ª CLT: 1943: 
· Arts. 837 e ss, CLT: 
“Art. 837 - Nas localidades em que houver apenas 1 (uma) Junta de Conciliação e Julgamento, ou 1 (um) escrivão do cível, a reclamação será apresentada diretamente à secretaria da Junta, ou ao cartório do Juízo.”
“Art. 838 - Nas localidades em que houver mais de 1 (uma) Junta ou mais de 1 (um) Juízo, ou escrivão do cível, a reclamação será, preliminarmente, sujeita a distribuição, na forma do disposto no Capítulo II, Seção II, deste Título.”
“Art. 839 - A reclamação poderá ser apresentada:
a) pelos empregados e empregadores, pessoalmente, ou por seus representantes, e pelos sindicatos de classe;”
b) por intermédio das Procuradorias Regionais da Justiça do Trabalho.”
“Art. 840 - A reclamação poderá ser escrita ou verbal.
§ 1º Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do juízo, a qualificação das partes, a breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, que deverá ser certo, determinado e com indicação de seu valor, a data e a assinatura do reclamante ou de seu representante.                  
§ 2º Se verbal, a reclamação será reduzida a termo, em duas vias datadas e assinadas pelo escrivão ou secretário, observado, no que couber, o disposto no § 1o deste artigo.                      
§ 3º Os pedidos que não atendam ao disposto no § 1o deste artigo serão julgados extintos sem resolução do mérito.                           
“Art. 841 - Recebida e protocolada a reclamação, o escrivão ou secretário, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, remeterá a segunda via da petição, ou do termo, ao reclamado, notificando-o ao mesmo tempo, para comparecer à audiência do julgamento, que será a primeira desimpedida, depois de 5 (cinco) dias.
§ 1º - A notificação será feita em registro postal com franquia. Se o reclamado criar embaraços ao seu recebimento ou não for encontrado, far-se-á a notificação por edital, inserto no jornal oficial ou no que publicar o expediente forense, ou, na falta, afixado na sede da Junta ou Juízo.
§ 2º - O reclamante será notificado no ato da apresentação da reclamação ou na forma do parágrafo anterior.
§ 3º Oferecida a contestação, ainda que eletronicamente, o reclamante não poderá, sem o consentimento do reclamado, desistir da ação.”
“Art. 842 - Sendo várias as reclamações e havendo identidade de matéria, poderão ser acumuladas num só processo, se se tratar de empregados da mesma empresa ou estabelecimento.”
· Abarca a maioria dos processos trabalhistas 
5.2. Sumário 
· Art. 2º, Lei 5584/70: toda a ação trabalhista que tiver o valor da causa até 2SM, é irrecorrível a sentença, salvo se tratando o objeto da ação de matéria constitucional 
“Art 2º Nos dissídios individuais, proposta a conciliação, e não havendo acôrdo, o Presidente, da Junta ou o Juiz, antes de passar à instrução da causa, fixar-lhe-á o valor para a determinação da alçada, se êste fôr indeterminado no pedido.
§ 1º Em audiência, ao aduzir razões finais, poderá qualquer das partes, impugnar o valor fixado e, se o Juiz o mantiver, pedir revisão da decisão, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, ao Presidente do Tribunal Regional.
§ 2º O pedido de revisão, que não terá efeito suspensivo deverá ser instruído com a petição inicial e a Ata da Audiência, em cópia autenticada pela Secretaria da Junta, e será julgado em 48 (quarenta e oito) horas, a partir do seu recebimento pelo Presidente do Tribunal Regional.
§ 3º Quando o valor fixado para a causa, na forma dêste artigo, não exceder de 2 (duas) vêzes o salário-mínimo vigente na sede do Juízo, será dispensável o resumo dos depoimentos, devendo constar da Ata a conclusão da Junta quanto à matéria de fato.
§ 4º - Salvo se versarem sobre matéria constitucional, nenhum recurso caberá das sentenças proferidas nos dissídios da alçada a que se refere o parágrafo anterior, considerado, para esse fim, o valor do salário mínimo à data do ajuizamento da ação.”
· É mais célere que o ordinário
· Cria a ação de alçada ou de valor de alçada, porque até então o valor da causa não importava porque o procedimento era sempre o mesmo: 2 SM
· Quando o valor da causa for até 2 SM, vai ser ação de alçada 
· Na prática não existe
5.3. Sumaríssimo
· Art. 852-A e seguintes, CLT: 
“Art. 852-A. Os dissídios individuais cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo vigente na data do ajuizamento da reclamação ficam submetidos ao procedimento sumaríssimo.                           
Parágrafo único. Estão excluídas do procedimento sumaríssimo as demandas em que é parte a Administração Pública direta, autárquica e fundacional.”
· Lei 9957/00: o legislador não considerou a existência do procedimento sumário 
· É o procedimento mais rápido 
· Valor da causa: até 40SM 
· O procedimento sumário (até 2SM) está dentro do sumaríssimo (até 40SM), então as características do sumário também estão no sumaríssimo, por isso não existe mais procedimento ordinário na prática, deste modo também há a ação de alçada, que agora é o valor de até 40SM
· Ex.1: valor da causa 40mil -> ordinário
· Ex.2: valor da causa 20mil -> sumaríssimo
· Ex.3: valor da causa 1.500 -> sumaríssimo, porque a lei abrange até 40SM e não entre 3 e 40SM
· Entretanto, a sentença é irrecorrível porque o valor da causa não passa de 2SM
· Principais características: 
a) Valor da causa até 40SM: art. 852-A, CLT: 
b) Ente público não pode ser parte em procedimento sumaríssimo: art. 852-A, parágrafo único, CLT: porque o ente público tem prazo em dobro, então necessariamente o procedimento será o ordinário 
c) Audiência una: art. 852-C, CLT: rapidez
“Art. 852-C. As demandas sujeitas a rito sumaríssimo serão instruídas e julgadas em audiência única, sob a direção de juiz presidente ou substituto, que poderá ser convocado para atuar simultaneamente com o titular.”
d) Decisão de plano dos incidentes e das exceções de suspeição ou de incompetência: art. 852-G, CLT:
“Art. 852-G. Serão decididos, de plano, todos os incidentes e exceções que possam interferir no prosseguimento da audiência e do processo. As demais questões serão decididas na sentença.”
· Ex.: art. 802, caput, CLT: o juiz tem 48 horas para decidir os pedidos de suspeição no procedimento ordinário, mas no procedimento sumaríssimo o juiz deverá decidir na hora da audiência, ou seja, no momento que for arguida a exceção de suspeição 
“Art. 802 - Apresentada a exceção de suspeição, o juiz ou Tribunal designará audiência dentro de 48 (quarenta e oito) horas, para instruçãoe julgamento da exceção.”
e) Todas as provas produzidas em audiência: art. 852-H, CLT:
“Art. 852-H. Todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e julgamento, ainda que não requeridas previamente.                         
§ 1º Sobre os documentos apresentados por uma das partes manifestar-se-á imediatamente a parte contrária, sem interrupção da audiência, salvo absoluta impossibilidade, a critério do juiz.                           
§ 2º As testemunhas, até o máximo de duas para cada parte, comparecerão à audiência de instrução e julgamento independentemente de intimação.                             
§ 3º Só será deferida intimação de testemunha que, comprovadamente convidada, deixar de comparecer. Não comparecendo a testemunha intimada, o juiz poderá determinar sua imediata condução coercitiva.             
§ 4º Somente quando a prova do fato o exigir, ou for legalmente imposta, será deferida prova técnica, incumbindo ao juiz, desde logo, fixar o prazo, o objeto da perícia e nomear perito.                              
§ 5º (VETADO)                         
§ 6º As partes serão intimadas a manifestar-se sobre o laudo, no prazo comum de cinco dias.                          
§ 7º Interrompida a audiência, o seu prosseguimento e a solução do processo dar-se-ão no prazo máximo de trinta dias, salvo motivo relevante justificado nos autos pelo juiz da causa.”
f) Número de testemunhas: art. 852-H, §2º, CLT: até 2 por parte 
· Cuidado quando houver ação plúrima, ou seja, quando houver litisconsórcio ativo: se forem 4 reclamantes e 2 reclamadas serão, no máximo, 8 testemunhas no polo ativo e 4 no polo passivo, porque são 2 testemunhas por parte
· Art. 821, CLT: no ordinário são até 3 testemunhas por parte; no inquérito judicial para apuração de falta grave são até 6 testemunhas por parte, portanto 12 porque sempre é um contra um e nunca terá mais do que isso 
“Art. 821 - Cada uma das partes não poderá indicar mais de 3 (três) testemunhas, salvo quando se tratar de inquérito, caso em que esse número poderá ser elevado a 6 (seis).”
g) Testemunha conduzida sob vara: art. 852-H, §3º, CLT: deve-se comprovar que a parte convidou a testemunha, mas ela não foi. Nesse caso, o juiz mandará intimar a testemunha 
h) Sentença sem relatório: art. 852-I, CLT: 
“Art. 852-I. A sentença mencionará os elementos de convicção do juízo, com resumo dos fatos relevantes ocorridos em audiência, dispensado o relatório.                            
§ 1º O juízo adotará em cada caso a decisão que reputar mais justa e equânime, atendendo aos fins sociais da lei e as exigências do bem comum.                            
§ 2º (VETADO)                                
§ 3º As partes serão intimadas da sentença na própria audiência em que prolatada.”
09/05/2019 (G2)
6. Rito da Audiência 
I. Presença das partes
· Art. 844, CLT: 
“Art. 844 - O não-comparecimento do reclamante à audiência importa o arquivamento da reclamação, e o não-comparecimento do reclamado importa revelia, além de confissão quanto à matéria de fato.
§ 1º Ocorrendo motivo relevante, poderá o juiz suspender o julgamento, designando nova audiência.                       
§ 2º Na hipótese de ausência do reclamante, este será condenado ao pagamento das custas calculadas na forma do art. 789 desta Consolidação, ainda que beneficiário da justiça gratuita, salvo se comprovar, no prazo de quinze dias, que a ausência ocorreu por motivo legalmente justificável.                        
§ 3º O pagamento das custas a que se refere o § 2º é condição para a propositura de nova demanda.                   
§ 4º A revelia não produz o efeito mencionado no caput deste artigo se:                        
I - havendo pluralidade de reclamados, algum deles contestar a ação;                          
II - o litígio versar sobre direitos indisponíveis;                         
III - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considere indispensável à prova do ato;                     
IV - as alegações de fato formuladas pelo reclamante forem inverossímeis ou estiverem em contradição com prova constante dos autos.                       
§ 5º Ainda que ausente o reclamado, presente o advogado na audiência, serão aceitos a contestação e os documentos eventualmente apresentados.”
· Reclamante ausente: processo arquivado 
· Reclamado ausente: revelia e confissão ficta: presunção relativa de veracidade dos fatos alegados pelo reclamante
· Se existirem nos autos meios de prova a dirimirem/afastarem a confissão ficta, presumem-se que esses elementos são capazes de afastar a penalidade da confissão ficta
· Ex.: Ariel reclama contra o Reich que trabalhou 2 horas extras todos os dias e requer o pagamento com adicional de 100% porque estava previsto em convenção coletiva. O Reich não foi na audiência então presume-se que ele realmente trabalhava 2 horas todos os dias
· A presunção abrange apenas os fatos, de modo que presume-se que o reclamante está falando a verdade, mas não abrange direitos 
· Ex.: como o Reich não foi na audiência, o Ariel vai receber as 2 horas extras diárias, mas não vai receber o adicional de 100% se ele não comprovar a convenção coletiva, e vai receber apenas 50% porque é o que a CLT prevê 
· Na confissão real o reclamado assume que deve pagar o que o reclamante pediu, em depoimento pessoal (abrange de fato e de direito) 
II. Primeira proposta de conciliação 
· Pena de nulidade
· Art. 846, CLT: 
“Art. 846 - Aberta a audiência, o juiz ou presidente proporá a conciliação.                             
§ 1º - Se houver acordo lavrar-se-á termo, assinado pelo presidente e pelos litigantes, consignando-se o prazo e demais condições para seu cumprimento.                            
§ 2º - Entre as condições a que se refere o parágrafo anterior, poderá ser estabelecida a de ficar a parte que não cumprir o acordo obrigada a satisfazer integralmente o pedido ou pagar uma indenização convencionada, sem prejuízo do cumprimento do acordo.”
· É nula a audiência que não respeitar a conciliação
· Art. 855-B, CLT: homologação de acordo extrajudicial 
“Art. 855-B.  O processo de homologação de acordo extrajudicial terá início por petição conjunta, sendo obrigatória a representação das partes por advogado.                    
§ 1º As partes não poderão ser representadas por advogado comum.                         
§ 2º Faculta-se ao trabalhador ser assistido pelo advogado do sindicato de sua categoria.”
· Art. 855-D, CLT: prazo de 15 dias para analisar o acordo, podendo, se entender necessário, designar audiência para constatar a veracidade do acordo 
“Art. 855-D.  No prazo de quinze dias a contar da distribuição da petição, o juiz analisará o acordo, designará audiência se entender necessário e proferirá sentença.”
· Art. 855-E, CLT: a homologação extrajudicial suspende o prazo prescricional da ação quanto aos direitos especificados, voltando a fluis no dia útil seguinte ao trânsito em julgado da decisão que não homologar o acordo, ou seja, o prazo e volta a correr em caso de não homologação e em caso do não cumprimento do acordo 
“Art. 855-E.  A petição de homologação de acordo extrajudicial suspende o prazo prescricional da ação quanto aos direitos nela especificados.                         
Parágrafo único.  O prazo prescricional voltará a fluir no dia útil seguinte ao do trânsito em julgado da decisão que negar a homologação do acordo.”
III. Apresentação da defesa
· Art. 847, CLT: 
"Art. 847 - Não havendo acordo, o reclamado terá vinte minutos para aduzir sua defesa, após a leitura da reclamação, quando esta não for dispensada por ambas as partes.                       
Parágrafo único.  A parte poderá apresentar defesa escrita pelo sistema de processo judicial eletrônico até a audiência.”
· Defesa indireta:
· Questões preliminares
1. Coisa julgada (um processo já tem decisão) 
2. Litispendência (o processo mais novo é extinto) 
3. Incompetência material 
4. Impugnação ao valor da causa (alteração do rito)
5. Inépcia da inicial 
6. Ilegitimidadede parte 
· Defesa direta: 
· Questões envolvendo o mérito e as prejudiciais de mérito
1. Prescrição / Decadência 
2. Vínculo empregatício 
3. Horas extras 
4. Adicional de insalubridade 
5. Reconvenção (ex.: requerer que o empregado devolva um computador de propriedade da empresa que o empregado levou ou que ele indenize a empresa) 
23/05/2019
IV. Meios de prova 
· As provas são produzidas em audiência
· Não se apresenta um rol de provas 
· Ônus da prova:
· Regra geral: art. 818, caput, CLT: quem alega, prova 
· Exceção: art. 818, II, CLT: inversão do ônus da prova: cabe ao reclamado provar que o reclamante está mentindo -> talvez essa seja a regra geral porque na maioria das vezes é o reclamado que prova
· O reclamado deve provar a inexistência dos fatos alegados quando houver a existência de fato impeditivos, modificativo ou extintivo do direito do reclamante
“Art. 818.  O ônus da prova incumbe:                      
I - ao reclamante, quanto ao fato constitutivo de seu direito;                        
II - ao reclamado, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do reclamante.                  
§ 1º Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos deste artigo ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juízo atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.                      
§ 2º A decisão referida no § 1º deste artigo deverá ser proferida antes da abertura da instrução e, a requerimento da parte, implicará o adiamento da audiência e possibilitará provar os fatos por qualquer meio em direito admitido.                     
§ 3º A decisão referida no § 1º deste artigo não pode gerar situação em que a desincumbência do encargo pela parte seja impossível ou excessivamente difícil.”
 
· O ônus da prova pode ir e vir entre as partes, sendo mutável, mudando de lado durante a instrução 
· Ex.: gincana da Xuxa: o balão uma hora fica com o menino e outra hora com a menina enquanto eles respondem as perguntas feitas até a hora que o balão estoura -> o ônus da prova começa com uma das partes, ela prova algo e a outra parte prova outra coisa e assim por diante 
· O juiz também possui ônus da prova porque ele pode designar audiência para a oitiva de testemunha, pode designar perícia, etc
· Ex.1: Reich postula horas extras, o ônus da prova começa com quem? Depende: se a empresa tem até 10 empregados, o ônus da prova inicia com o empregado (art. 74, §2º, CLT), mas se a empresa tem mais de 10 empregados, o ônus da prova inicia com o empregador (inversão do ônus da prova porque até então seria ônus da prova do empregado) 
“Art. 74 - O horário do trabalho constará de quadro, organizado conforme modelo expedido pelo Ministro do Trabalho, Industria e Comercio, e afixado em lugar bem visível. Esse quadro será discriminativo no caso de não ser o horário único para todos os empregados de uma mesma seção ou turma.
§ 2º - Para os estabelecimentos de mais de dez trabalhadores será obrigatória a anotação da hora de entrada e de saída, em registro manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho, devendo haver pré-assinalação do período de repouso.”
· A empresa reclamada é o Banrisul, como essa empresa vai passar o ônus da prova para o Reich? Demonstrando, através de documentos, que o Reich fazia apenas 6 horas diárias. O Reich repassa o ônus da prova para o Banrisul trazendo testemunha que afirma que o Reich trabalhava mais de 6 horas por dia. O Banrisul vai contraditar a testemunha, ou seja, dizer que a testemunha é amiga ou inimiga de uma das partes ou que tem interesse na causa, a testemunha passa a ser informante não sendo mais considerado ônus da prova...
· Aptidão probatória é a capacidade de trazer documentos
· Ex.2: princípio da razoabilidade: se o empregado pede horas extras porque trabalhava 22 horas por dia será utilizado princípio da razoabilidade de modo que o juiz poderá usar provas emprestadas, ou seja, poderá olhar outros processos da mesma empresa sendo reclamada para ter noção de quantas horas os outros empregados trabalhavam e requisitavam 
· Como funciona o ônus da prova em processo que é postulado o vínculo empregatício? 
· Se o reclamado negar o trabalho, o ônus da prova fica com o reclamante -> deve provar que trabalhou 
· Se o reclamado admitir a prestação do trabalho, mas sob outra natureza, o ônus da prova é do reclamado -> deve provar que o reclamante trabalhou, mas o reclamante não tinha vínculo empregatício com o reclamado 
· Ex.: Reich quer vínculo empregatício dizendo que dá aula nas quintas feiras para todos os alunos e quer que os alunos paguem um valor para ele. Os alunos vão dizer que o Reich trabalhava sim, mas que ele era professor da FMP e, portanto, contratado pela FMP e não pelos alunos -> os alunos deverão provar que o Reich tinha vínculo empregatício com a FMP 
· FGTS: deve ser depositado 8% da remuneração do empregado.
· Ex.: Reich reclama que a FMP não está pagando corretamente o FGTS pois possuem depósitos atrasados. Quem inicia com o ônus da prova? Duas correntes: a maioria entende que é ônus do reclamado porque é ele quem deposita o valor do FGTS e, portanto, ele quem tem os comprovantes dos depósitos; mas essa corrente é antiga, porque atualmente os empregados possuem o cartão do cidadão para olhar seu saldo nas máquinas eletrônicas, possuem celular e podem olhar no celular os depósitos e, se cadastrados, recebem um documento que demonstra a cada 3 meses os valores depositados 
· Meios de prova em espécie: 
1. Documental
· Art. 830, CLT: os documentos acostados em cópia são declarados autênticos pelo advogado, sob sua responsabilidade; se os documentos forem impugnados, a parte que trouxe o documento deverá apresentar cópia autenticada ou original 
“Art. 830.  O documento em cópia oferecido para prova poderá ser declarado autêntico pelo próprio advogado, sob sua responsabilidade pessoal.                       
Parágrafo único.  Impugnada a autenticidade da cópia, a parte que a produziu será intimada para apresentar cópias devidamente autenticadas ou o original, cabendo ao serventuário competente proceder à conferência e certificar a conformidade entre esses documentos.”
· Momento da produção: clássicos: os documentos do reclamante devem ser na inicial, e os do reclamado na defesa
· Momento da produção: documento novo: são admitidos outros momentos para juntada de documentos, desde que seja documento novo, ou seja, um documento que foi produzido em momento posterior à inicial / defesa (não foi juntado antes porque não existia) ou um documento cujo teor ou ciência a parte não detinha 
· Ex.: a Tassiara deixou de juntar os documentos do cartão ponto porque houve reforma no RH e não foram encontrados os cartões ponto da reclamante. Depois do fim da reforma foram encontrados esses documentos e ai foram trazidos aos autos 
· Momento da produção: quando o julgador manda trazer aos autos um documento que ainda não foi juntado 
· Ex.: eu digo durante o processo que existe um documento que prova tudo o que eu falo, mas eu não tenho acesso a ele agora e vou levar depois mas não levo, então o juiz manda que se traga esse documento 
· Súmula 8, TST: eu posso trazer com recurso documentos? Sim, desde que sejam documentos novos 
“Súmula nº 8 do TST: JUNTADA DE DOCUMENTO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
A juntada de documentos na fase recursal só se justifica quando provado o justo impedimento para sua oportuna apresentação ou se referir a fato posterior à sentença.”
2. Testemunhal
· Número de testemunhas: 
· Art. 852-H, CLT: até 2 por parte (sumaríssimo)
· Art. 831, CLT: até 3 (ordinário) ou até 6 (inquérito judicial para apuração de falta grave) 
· Comparecimento das testemunhas: art. 825, CLT: devem comparecerindependentemente de intimação 
“Art. 825 - As testemunhas comparecerão a audiência independentemente de notificação ou intimação.
Parágrafo único - As que não comparecerem serão intimadas, ex officio ou a requerimento da parte, ficando sujeitas a condução coercitiva, além das penalidades do art. 730, caso, sem motivo justificado, não atendam à intimação.”
· Prestação de compromisso / contradita: art. 828, CLT: quando a testemunha é qualificada a outra parte deve contraditá-la 
“Art. 828 - Toda testemunha, antes de prestar o compromisso legal, será qualificada, indicando o nome, nacionalidade, profissão, idade, residência, e, quando empregada, o tempo de serviço prestado ao empregador, ficando sujeita, em caso de falsidade, às leis penais.
Parágrafo único - Os depoimentos das testemunhas serão resumidos, por ocasião da audiência, pelo secretário da Junta ou funcionário para esse fim designado, devendo a súmula ser assinada pelo Presidente do Tribunal e pelos depoentes.”
30/05/2019
· Motivos de contraditar: art. 829, CLT: 
“Art. 829 - A testemunha que for parente até o terceiro grau civil, amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes, não prestará compromisso, e seu depoimento valerá como simples informação.”
· Quando a pretensa testemunha for trazia pela parte à audiência ela é qualificada e depois presta compromisso e cabe à outra parte contraditar a testemunha para torna-la informante, mas os depoimentos dos informantes valem? 
· A lei não proíbe que seja válido o depoimento dos informantes, mas o certo é não ser considerado prova testemunhal 
· O depoimento do informante não é meio de prova, mas na ausência de qualquer meio de prova pode valer para o entendimento do juiz 
3. Depoimento pessoal
· Se busca a confissão real
· Confissão real: presunção absoluta do alegado pela parte contrária, atingindo fatos e direitos: a parte está presente na audiência e quando depõe ela entrega todos os fatos -> concorda com a outra parte
· É uma armadilha para que a parte confesse que a parte contrária está certa
· Ex.: que eu devo, eu devo, eu quero ver ele provar
· Depois da confissão real não é mais necessária qualquer realização de perícia 
 
· Pode ser requerido pela parte contrária ou pode ser determinado de ofício -> cabe protesto antipreclusivo 
4. Pericial
· As partes podem designar assistente pericial, mas é muito raro porque quem paga é a parte
· As partes podem apresentar quesitos para que o perito designado pelo juiz responda, mas não é obrigatória a apresentação de quesitos
· Elaborada o laudo da perícia e juntado aos autos, é dada vista às partes para que possam inclusive impugnar o laudo
· As partes podem requisitar a complementação da perícia ou o juiz pode determinar de ofício
· Técnica / Médica: 
· Realizada por engenheiro ou médico do trabalho, isto é, com especialidade
· É a mais comum porque é única obrigatória quando estiver sendo discutida periculosidade e/ou insalubridade -> determinada pelo juiz
· Art. 195, CLT: 
“Art. . 195 - A caracterização e a classificação da insalubridade e da periculosidade, segundo as normas do Ministério do Trabalho, far-se-ão através de perícia a cargo de Médico do Trabalho ou Engenheiro do Trabalho, registrados no Ministério do Trabalho.                    
§ 1º - É facultado às empresas e aos sindicatos das categorias profissionais interessadas requererem ao Ministério do Trabalho a realização de perícia em estabelecimento ou setor deste, com o objetivo de caracterizar e classificar ou delimitar as atividades insalubres ou perigosas.                         
§ 2º - Argüida em juízo insalubridade ou periculosidade, seja por empregado, seja por Sindicato em favor de grupo de associado, o juiz designará perito habilitado na forma deste artigo, e, onde não houver, requisitará perícia ao órgão competente do Ministério do Trabalho.                      
§ 3º - O disposto nos parágrafos anteriores não prejudica a ação fiscalizadora do Ministério do Trabalho, nem a realização ex officio da perícia.”
· Se não existe mais a empresa, se ela foi extinta, e o reclamante requer a periculosidade e a insalubridade deve haver perícia técnica? Pela lei sim, porque é obrigatória esta perícia nos casos que envolvam a discussão de periculosidade e/ou insalubridade. Mas como vai ser feito, se não existe mais a empresa e o local de trabalho? 
· O perito oficial vai abastecer o laudo tão somente com a entrevista do empregado e do empregador e com eventuais documentos 
· Também é designada pelo juízo, a seu critério, quando for discutido acidente de trabalho 
· Mas doença profissional é tratada do mesmo jeito que acidente de trabalho, então também pode ser realizada perícia técnica quando for discutida doença profissional 
· Contábil: 
· Realizada por profissionais da economia, da administração e das ciências contábeis à critério do juízo 
· Não é obrigatória
· Grafodocumentoscópica: 
· É a única realizada pelos servidores da justiça do trabalho 
· Quando existir dúvida quanto a veracidade de um documento, de uma assinatura, etc, essa perícia pode ser requisitada pelas partes ou ser determinada de ofício 
5. Inspeção judicial
· Art. 481, CPC: pode ser requerida pelas partes ou ser determinada pelo juiz 
“Art. 481. O juiz, de ofício ou a requerimento da parte, pode, em qualquer fase do processo, inspecionar pessoas ou coisas, a fim de se esclarecer sobre fato que interesse à decisão da causa.”
· Art. 482, CPC:
“Art. 482. Ao realizar a inspeção, o juiz poderá ser assistido por um ou mais peritos.”
· Art. 483, parágrafo único, CPC: as partes sempre têm direito de assistir a inspeção, de modo que não pode ocorrer com desconhecimento das partes ou de uma das partes 
· A inspeção judicial deve ser feita de surpresa, mas devem saber
· A inspeção judicial que ocorrer sem a ciência das partes ou de uma delas é nula 
· Ex.1: está acontecendo a audiência e ai do nada o juiz diz “vamos fazer inspeção judicial” e ai as partes, o advogado e o juiz vão até o local -> é de surpresa, mas as partes sabem que vai acontecer 
· Ex.2: é a 4ª audiência que o advogado do reclamado traz atestado para adiar a audiência, ai o juiz resolveu ir até a casa do reclamado para fazer inspeção judicial. Chegaram na casa e ninguém atendia e o advogado alegou que o reclamado estava acamado. A vizinha disse que ele não estava em casa porque ele estava correndo para fazer treinamento de maratona 
· Ex.3: o ponto da reclamante estava muito certinho e 30 pessoas reclamaram contra o mesmo banco, todos requerendo horas extras. O juiz faz inspeção judicial no banco para olhar o cartão ponto de outras pessoas também. Chegando na quarta já tinha ajustado o ponto do almoço de quinta. O juiz pegou esse documento e usou como prova emprestada para todos os outros processos, provando que o banco burlava os pontos dos empregados 
“Art. 483. O juiz irá ao local onde se encontre a pessoa ou a coisa quando:
I - julgar necessário para a melhor verificação ou interpretação dos fatos que deva observar;
II - a coisa não puder ser apresentada em juízo sem consideráveis despesas ou graves dificuldades;
III - determinar a reconstituição dos fatos.
Parágrafo único. As partes têm sempre direito a assistir à inspeção, prestando esclarecimentos e fazendo observações que considerem de interesse para a causa.”
· Art. 484, CPC: 
“Art. 484. Concluída a diligência, o juiz mandará lavrar auto circunstanciado, mencionando nele tudo quanto for útil ao julgamento da causa.
Parágrafo único. O auto poderá ser instruído com desenho, gráfico ou fotografia.”
V. Encerramento da instrução
06/06/2019
VI. Razões finais
· Art. 850, CLT: encerrada a instrução, o juiz deve oportunizar a apresentação das razões finais, oralmente em 10 minutos 
“Art. 850 - Terminada a instrução, poderão as partes aduzir razões finais, em prazo não excedente de 10 (dez) minutos para cada uma. Em seguida, o juiz ou presidente renovará a proposta de conciliação, e não se realizando esta, será proferida a decisão.
Parágrafo único - O Presidente da Junta, após propor

Continue navegando