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UNIVERSIDADE PAULISTA
	Carlos E. M. Silva
	RA: B951JB-6
	Turma: EC5Q18
	Lucas Fernando de Paula
	RA: B88EEH-7
	Turma: EC5Q18
	Marcela Ap. Rodriguês
	RA: T41608-6
	Turma: EC6T18
	Paulo Ribeiro
	RA: B885HF-J
	Turma: EC6Q18
	Rodrigo Ribeiro da Silva
	RA: B957AJ-4
	Turma: EC5Q18
	Taise Ap. Q. da Silva
	RA: T367ED-0
	Turma: EC6R18
	Tamara Campos Coimbra
	RA: A5538F-9
	Turma: EC6S18
	Vânia Batista Santana
	RA: B917BC-2
	Turma: EC5Q18
NORMAS DE SEGURANÇA PARA UMA OBRA DE FRIGORÍFICO
RIBEIRÃO PRETO (SP)
2015
	Carlos E. M. Silva
	RA: B951JB-6
	Turma: EC5Q18
	Lucas Fernando de Paula
	RA: B88EEH-7
	Turma: EC5Q18
	Marcela Ap. Rodriguês
	RA: T41608-6
	Turma: EC6T18
	Paulo Ribeiro
	RA: B885HF-J
	Turma: EC6Q18
	Rodrigo Ribeiro da Silva
	RA: B957AJ-4
	Turma: EC5Q18
	Taise Ap. Q. da Silva
	RA: T367ED-0
	Turma: EC6R18
	Tamara Campos Coimbra
	RA: A5538F-9
	Turma: EC6S18
	Vânia Batista Santana
	RA: B917BC-2
	Turma: EC5Q18
NORMAS DE SEGURANÇA PARA UMA OBRA DE FRIGORÍFICO
Pesquisa elaborada para conhecimento dos regimes e segurança em uma Obra Frigorífica
 Prof.° Eng.° José Roberto H. Romero
RIBEIRÃO PRETO (SP)
2015
“Todos os adoecimentos estão relacionados com o trabalho!
Seja nas causas.
Seja nas consequências.”
Mendes, R. (2012)
RESUMO
Uma pesquisa que se baseia nas normas ABNT.
O tema escolhido abrange diversas áreas, desde a construção do Frigorífico e o seu funcionamento.
Foi uma pesquisa de muita importância para nós alunos. Pois despertando curiosidades, nós nos aprofundando mais; até chegarmos a uma conclusão real e de acordo com o estudo.
Palavras-chave: Normas. Frigorífico
SUMÁRIO
1. Introdução.........................................................................................6
2. Objetivo.............................................................................................7
3. Conceitos de segurança na construção civil.....................................8
3.1 Principais EPI (s) usados na construção civil.....................................8
3.2 Principais EPC (s) usados na construção civil....................................9
3.3 .NBR 7195 – Cores de Segurança......................................................10
4. Projeto de construção de um frigorifico..............................................11
4.1 Definições de Câmara Frigorifica.......................................................11
4.2 Características Construtivas................................................................11
4.3 Isolamentos Térmicos .........................................................................11
4.4 Métodos de Isolamento Térmico..........................................................12
4.5 Escolhas de Isolamento Térmico.........................................................13
4.6 Principais Materiais Utilizados.............................................................14
5. Pesquisa de Campo.............................................................................15
5.1 Matadouros – Frigorificos.....................................................................15
5.2 Definições.............................................................................................15
5.3 Instalaçoes............................................................................................15
5.4 Equipamentos.......................................................................................15
5.5 Abastecimento de Agua........................................................................16
5.6 Sistemas de Tratamento de Efluentes..................................................16
5.7 Caracteristicas e Composição do Efluente...........................................17
5.8 Soluções Propostas..............................................................................18
5.9 Tratamentos Preliminares.....................................................................18
5.10 Tanque Septico..................................................................................19
5.11 Lagoa Facultativa...............................................................................19
5.12 Remoção do Lodo..............................................................................20
5.13 Memorial de Calculos.........................................................................20
5.14 Instalação da Obra.............................................................................20
5.15 Limpeza do Terreno...........................................................................21
5.16 Escavação de Valas...........................................................................21
5.17 Reaterro..............................................................................................22
5.18 Concretos ( Simples e Armado), Concretagem, Cura e 
Verificações ...............................................................................................22
5.19 Formas , Armaduras e Argamassas...................................................23
5.20 Chapisco de Aderencia.......................................................................25
5.21 Alvenarias de Tijolos Ceramicos.........................................................25
5.22 Alvenarias de Pedra Rachão...............................................................25
5.23 Coberturas...........................................................................................26
5.24 Revestimento em Azulejo....................................................................26
5.25 Instalações Prediais de Agua Fria.......................................................27
5.26 Instalações Elétricas............................................................................27
5.27 Limpeza Final e Entrega da Obra........................................................28
6 . Conclusão............................................................................................29
7. Referências Bibliográficas.......................................................................29
 1. INTRODUÇÃO
A NR-9 aborda normas de segurança para obras de frigoríficos estabelecendo o cumprimento de obrigações por parte das empresas na admissão de funcionários.
As empresas elaboram anualmente um programa, visando à preservação da exposição aos riscos ambientais por partes dos trabalhadores, o qual tem como objetivo principal de manter o bem estar físico mental e social entre os trabalhadores, no entanto é realizado a partir de uma programação que inclui as seguintes etapas:
Planejamento: estabelecem, metas, prioridades da obra e o cronograma a ser realizado no período do planejamento.
Objetividade nas atividades: as mesmas devem ser desenvolvidas dentro das normas legais.
Formas de registros: manutenção periódica e divulgação dos dados.
Período da avaliação do desenvolvimento do (PPRA).
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), é uma norma estabelecida pela "NR-09" que tem como função, a execução e cumprimento das leis as quais são aplicadas à acomodação do ambiente de trabalho, como: alojamento, refeitórios, área de lazer e a parte administrativa como: EPI’S (Equipamento de Proteção Individual de Segurança) e ECP (Equipamento de Proteção Coletiva de Segurança).
Fica por responsabilidade da empresa o levantamento dos riscos ambientais, como por exemplo; as inspeções que devem ser realizadas por profissionais capacitados na área específica.
2. OBJETIVO
De acordo com uma das Normas Regulamentadoras da ABNT: 16069/2010 vem representando um grande avanço na questão da segurança em instalações frigoríficas no país, pois, padroniza definições e conceitos e traz inúmeras recomendações relacionadas aotema. O texto da NBR 16069 enaltece a importância do projetista, definindo suas responsabilidades e atribuições como profissional responsável pelo projeto de um novo empreendimento ou reforma, desde sua idealização, desenho, cálculos, definição do fluído, classificação em função da ocupação, construção, passando pela instalação, até a operação do mesmo.
A norma também descreve exigências gerais e específicas para todas as instalações em um frigorífico, destacando a sala de máquinas, e a questão de sistemas de refrigeração por amônia (NH3), gás extremamente tóxico, porém muito utilizado na indústria de refrigeração por ser considerado um refrigerante de alto desempenho e baixo custo relativo.
Inclusive na questão específica dos riscos e cuidados em operações com amônia, a NBR-16069 estabelece a necessidade de instalação de detectores de amônia, principalmente nas salas de máquinas, onde o sistema deve ser capaz de acionar automaticamente alarmes sonoros e luminosos caso a concentração do gás atinja níveis de risco, geralmente superiores ao LT estabelecido pela NR15 do Ministério do Trabalho.
O documento também destaca e define procedimentos a serem adotados em caso de emergências em salas de máquinas, estabelecendo inclusive os limites de alarme dos detectores de amônia e o acionamento automático de sistemas de ventilação, e eventualmente de evacuação da planta.
“A indústria frigorífica e de refrigeração no país é gigantesca. Sendo assim, quanto mais normatizado e padronizado for o setor, maiores serão os ganhos das indústrias e das populações de seus entornos no que diz respeito à segurança e proteção ao meio ambiente”, comemora o gerente de Saúde e Segurança Ocupacional da Clean, Marcelo Piagentini.
“A instalação de detectores de amônia em atendimento ao exposto na norma, representa um grande avanço na questão da segurança industrial dessas plantas frigoríficas e os usuários só tem a ganhar, mesmo por que o investimento para instalação desses dispositivos é muito baixo quando comparado aos benefícios diretos e indiretos”, complementa.
Ocorrências de vazamentos ou de impactos, até mesmo com vítimas, são relativamente comuns e a norma NBR 16069/2010 existe justamente para impedir essas ocorrências.
3. CONCEITOS DE SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL
A Construção Civil constitui-se em um dos segmentos de maior impulsão da economia brasileira, transformando-se assim em um setor de grande empregabilidade do pais. Este, cenário, porém acarreta em uma das áreas onde ocorrem mais acidentes de trabalho, pois as atividades desenvolvidas expõem o trabalhador a situações de risco e de insalubridade tais como esforços repetitivos, altura, altos ruídos, exposição ao sol e calor, etc.
Para o exercício de trabalhos em obras de construção, prediais ou de estruturas e malhas rodoviárias, prescinde-se obrigatoriamente o uso de equipamentos e vestimentas específicas, denominados de EPI (s) - equipamentos de proteção individual- assim como acessórios de sinalização como lonas, placas entre outros, denominados de EPC – equipamentos de proteção coletiva.
O uso destes itens visa proteger a integridade física e mental dos trabalhadores do setor.
Para isso há uma Lei impetrante as empresas amparadas nas NR-06 e NR-18. Essas normas definem as obrigações dos empregadores e também os deveres dos funcionários em relação a sua proteção individual e condições de trabalho para diminuir as ocorrências de acidentes.
3.1 Principais EPI’s usados na Construção Civil
Capacete – Este é o dispositivo de segurança básico em qualquer obra! Fabricado em material rígido para proteger contra choques mecânicos, queda de objetos, alguns modelos protegem também contra choques elétricos (verifique na embalagem). Tem modelos simples e modelos com suspensão que, além de oferecer um ajuste melhor à cabeça, amortece contra impactos.
Calçados – As botas de segurança protegem o trabalhador contra perfurações contra pregos e outros materiais perfurantes, os modelos com biqueira de aço protegem contra quedas de objetos. Normalmente são antiderrapantes.
Luvas – É o EPI que tem mais diversidade no mercado, podendo ser de PVC, couro, pelica, amianto e etc. Elas possuem muitas especificações para cada risco e riscos combinados. As mais comuns são:
Luva de raspa: Muito usada no carregamento de ferros e vergalhões. Protege em trabalho onde há risco de cortes e lesões.
Luva de látex: muito utilizada por pedreiros para evitar o contato com argamassa, cimento e outros, não podendo ser utilizada em atividades pesadas já que possui baixa resistência.
Óculos – Protege contra partículas, que em obra são muito comuns.
Viseira de proteção – também são para proteção ocular. Protegem contra a projeção de partículas, usadas em atividades com lixadeiras.
Respiradores: Máscaras contra poeiras são muito utilizadas em atividades com corte de tijolos, cerâmicas, madeiras e outros. Máscara de proteção contra produtos químicos são usadas para proteger contra os agentes químicos da pintura, protegem também contra o pó do cimento nas betoneiras.
Protetores Auriculares – do tipo plug ou concha são usados para atenuar a exposição aos ruídos acima dos limites de tolerância (85dB) para oito horas de exposição, principalmente em máquinas como perfuradoras e britadeiras. 
Cinturões – cinto de segurança tipo paraquedista – Segundo a NR35 – todo trabalho acima de 2 metros de altura é considerado um trabalho em altura, e sendo assim, o uso do cinturão de segurança é obrigatório, evitando acidentes fatais. Possuem argolas que se encaixam em um cabo preso à estrutura da construção.
Colete Reflexivo – muito utilizado por trabalhadores de obras em estradas e rodovias, ou obras noturnas em geral para evitar, principalmente, atropelamentos.
Aventais: usados em atividades de soldagens e cortes quentes – estes normalmente são de raspas de couro, e atividades que envolvam produtos químicos – normalmente fabricados em PVC.
3.2 Principais EPC’s usados na Construção Civil
Guarda-copos – anteparo rígido colocado na entrada e saída com o objetivo de evitar a queda de pessoas.
Telas – é uma barreira protetora contra a projeção de materiais e ferramentas. Em construção de edifícios, o seu perímetro deve ser fechado com tela a partir da plataforma principal de proteção.
Plataformas: Principal: deve ser instalada após a concretagem da primeira laje e só pode ser retirada ao final do revestimento.
Secundária: instalada a cada 3 pavimentos sendo retirada quando a plataforma superior estiver concluída.
Tapumes e galerias – servem para evitar o acesso de pessoas que não fazem parte da obra, além de proteger quem está por perto da projeção de objetos.
Proteção contra incêndio – toda obra deve possui proteção de combate a incêndios. Além de equipe devidamente treinada  para o primeiro combate ao fogo.
Sinalização de segurança: São acessórios imprescindíveis em toda obra! O objetivo é identificar os locais que compõem a obra, assim como os acesos de circulação de maquinas e equipamentos, alertar quanto uso obrigatório de EPI, contra os possíveis riscos daquela obra (queda, máquinas pesadas, áreas isoladas) e também avisar sobre a presença da obra e de trabalhadores no local.
3.3 NBR – 7195: Cores de Segurança
Vermelho: aparelhos de proteção e combate a incêndios.
Laranja: alerta, partes móveis e perigosas de máquinas e equipamentos.
Amarelo: atenção, acidentes de piso, avisos e letreiros de advertência.
Verde folha: aviso de segurança, de socorros e urgência.
Azul Mar: cuidado, equipamento fora de serviço, sinais de advertência.
Preto: coletores de resíduos
Branco: área de armazenagem em equipamento de emergência. 
 
	
4. PROJETO DE CONSTRUÇÃO DE UM FRIGORÍFICO
4.1 Definições de Câmara Frigorífica 
Uma câmara frigorifica se define como espaço de armazenagem cujas condições internas são controladas por um sistema de refrigeração. Existe dois tipos:
Câmaras de Resfriados: tem a finalidade de proteger os produtos em temperaturas próximasde 0°C.
Câmaras de Congelados: tem a finalidade de prolongar o período de estocagem dos produtos a baixas temperaturas, geralmente abaixo dos 18°C.
Para sua construção devem-se considerar os critérios comuns a qualquer armazém:
Capacidade de armazenamento	
Instalações para receber e despachar produtos 
Espaço interior bem dimensionado para as operações
As câmaras frigoríficas diferem das demais na necessidade de manter suas interiores, temperatura abaixo da temperatura externa, por isso existem limites tanto na escolha dos métodos de construção e dos equipamentos como no modo de operação.
A busca pela redução de custos, de energia elétrica em câmaras frigoríficas, requer um balanço entre a escolha dos materiais construtivos adequados, elaboração de um projeto correto, o cuidado na montagem e supervisão da operação para atingir o objetivo.
4.2 Características Construtivas
As características construtivas das câmaras frigoríficas influenciam diretamente na capacidade de refrigeração responsabilizando-se pelo aumento ou redução do consumo de energia elétrica da instalação.
Os principais fatores a considerar são:
Eficiência do isolamento térmico de paredes e tetos;
Eficiência do isolamento térmico de pisos (se houver);
Existência de barreira de vapor apropriada;
Infiltração de ar em níveis mínimos.
4.3 Isolamentos Térmicos
O isolamento térmico busca reduzir as trocas térmicas indesejáveis e, manter a temperatura da parede externa do recinto isolado, próximo à do ambiente externo, para evitar problemas de condensação.
O isolamento térmico se dá através do uso de materiais de baixo coeficiente de condutividade térmica (k). Os materiais isolantes são porosos, sendo que a elevada resistência térmica se deve à baixa condutividade térmica do ar contido nos seus vazios. A transferência de calor ocorre, principalmente, por condução. Nos espaços vazios ocorre também convecção e irradiação, porém com valores desprezíveis.
4.4 Métodos de Isolamento Térmico
Os métodos de isolamento são determinados em função do método de construção. Há dois métodos de isolamento, que se diferenciam no tipo e na maneira que são instalados:
Isolamento colocado no local;
Isolamento pré-fabricado e integrado.
De acordo com o que se deseja do isolamento, podem ser examinados sob diversos pontos de vista:
Como o isolamento é aplicado;
Funcionamento da barreira de vapor;
A função básica do isolamento, ou seja, a limitação das perdas através das paredes;
Papel das camadas protetoras.
Para o isolamento colocado no local:
É colocado inteiramente dentro da estrutura principal, antes do levantamento da mesma;
As três outras funções são sucessivamente executadas por empresas especializadas;
Este trabalho inclui:
A colocação de uma barreira de vapor na estrutura principal;
A instalação do isolamento atual, usualmente na forma de pequenos ou médios painéis que são simplesmente encaixados ou fixados nas paredes ou no teto por fixadores na estrutura principal. Os painéis são unidos durante a instalação.
A aplicação de camadas protetoras, camadas de concreto, coberturas na parede e no teto (usualmente com argamassa). Estas coberturas também podem ser metálicas.
Para o isolamento pré-fabricado, são utilizados painéis pré-fabricados, que têm as seguintes funções:
Barreira de vapor;
Isolamento térmico;
Cobertura, usualmente em ambos os lados.
Aqui, são os próprios painéis que fazem o isolamento, graças a sua rigidez (ou seja, por possuírem forma de “sanduíche”). Somente a estrutura e as fundações são erguidas durante a fase de construção.
4.5 Escolhas do Isolamento Térmico
Muitos materiais têm sido utilizados para o isolamento de câmaras, e não se pretende aqui fazer um exaustivo detalhamento dos mesmos.
Somente as principais qualidades exigidas de um bom isolamento serão relatadas e os principais produtos utilizados serão apenas mencionados.
Pelo exposto anteriormente, entende-se que quanto menor a densidade e maior o número de poros, maior o poder do isolamento. Um bom isolante térmico deve apresentar as seguintes qualidades:
Um coeficiente de transferência de calor de acordo com o custo do isolamento;
Boa impermeabilidade à água e umidade;
Um baixo coeficiente de expansão térmica;
Pouca variação da condutividade térmica devida à utilização;
Total ausência de odores;
Resistência ao apodrecimento;
Resistência a roedores e outros animais;
Material à prova de fogo;
Baixa densidade; especialmente para isolamento do piso e do teto, apesar de uma boa resistência à compressão ser necessária para o isolamento do piso;
Gás utilizado no isolamento não deve afetar a camada de ozônio e possuir um baixo potencial de aquecimento.
Considerando que a barreira de vapor é perfeita, recomenda-se dar prioridade a materiais higroscópicos.
A espessura do isolamento é calculada através de diversos fatores, dentre eles o tipo de material, custo e energia gasta na operação, como será analisado adiante.
4.6 Principais Materiais Utilizados
A concepção atual de construção de câmaras frigoríficas, leva em consideração a utilização de painéis isolantes pré-fabricados do tipo "sanduíche". Os painéis são constituídos por dois revestimentos metálicos interligados por um núcleo isolante. São utilizados basicamente, dois tipos de materiais construtivos:
Espuma Rígida de Poliuretano (PUR): obtida pela reação química de 2 componentes líquidos (tiocianato e poli hidroxilo), em presença de catalizadores;
Poliestireno Expandido (EPS): é um derivado de petróleo que expandido por meio de vapor d'água torna-se um material plástico altamente poroso e praticamente impermeável.
5. PESQUISA DE CAMPO
5.1 Matadouros – Frigoríficos
5.2 Definições
Entende-se por “matadouro” o estabelecimento dotado de instalações completas e equipamento adequado para o abate, manipulação, elaboração de preparo e conservação das espécies de animais, obtendo diversas formas, com aproveitamento completo, racional e perfeito de subprodutos não comestíveis, devendo possuir instalações de frio industrial.
5.3 INSTALAÇÕES
Tudo que diz respeito ao setor de construção civil dos currais e seus anexos, sala de matança e seus anexos, sala de desossa e câmaras frigoríficas, envolvendo também sistemas de água, esgotos, vapor, etc.
5.4 EQUIPAMENTOS
Os equipamentos que complementam as instalações industriais de um matadouro são dimensionados em função do layout estabelecido para o bloco industrial, de modo a atender às expectativas que determinaram seu dimensionamento.
A relação dos equipamentos que comporão a unidade industrial de abate é constituída pelos seguintes elementos:
5.5 ABASTECIMENTOS D’ÁGUA
Para o abastecimento d’água foram estudadas duas alternativas: fornecimento através da rede pública de abastecimento e perfuração de poços profundos. A escolha de um ou outro sistema depende da disponibilidade e viabilidade econômica de implantação do mesmo. Para esse município, no entanto, devido à localização de um tronco alimentador do sistema de abastecimento nas proximidades do terreno do matadouro, optou-se pelo abastecimento por conta da operadora de abastecimento público, no caso a Prefeitura.
No processo de abate admite-se um consumo de água variando entre 400 l e 1.500 l por boi, sendo adotado nesse projeto 1.000 l/boi. Para atender a essa demanda, foi dimensionado um reservatório apoiado de 20 m³ e outro elevado de 10 m³.
A finalidade da água no processo de abate é a limpeza dos animais, dos currais, do galpão principal, desedentação dos animais e usos múltiplos no processo de abate.
5.6 SISTEMAS DE TRATAMENTO DE EFLUENTES
O tratamento dos resíduos líquidos de um matadouro apresenta dificuldades especiais, pois eles possuem elevada concentração de substâncias orgânicas solúveis e em suspensão. A sua DBO (demanda bioquímica de oxigênio) é elevadíssima, situando-se, segundo as circunstâncias, entre 1.500 e 10.000mg/l. Nos matadouros em que se realiza o aproveitamento industrial do sangue e gordura, esse parâmetro é reduzido, não excedendo de 1.500 mg/l, porém se tal aproveitamento é efetuado, esse mesmo parâmetro se eleva a valores altíssimos, podendo alcançar 10.000 mg/l.
Além desses resíduos, de características industriais, temos também uma pequena contribuição com características de esgoto doméstico, proveniente dos vestiários. Em virtude do pequeno volume gerado, esses resíduos serão tratados de forma conjunta com os resíduos industriais.
Entre os métodos utilizados para a depuração desses resíduos industriais encontram-se os seguintes:
- Lagoas anaeróbias seguidas por lagoas facultativas;
- Lagoas aeradas;
- Lodos ativados, modalidade aeração prolongada;
- Filtros biológicos de ultra, capacidade;
- Tanques sépticos.
Em um levantamento estatístico realizado em vários Estados americanos, verificou-se a predominância das lagoas (anaeróbias + facultativas), da aeração prolongada e dos tanques sépticos.
Entre nós, naturalmente devem ser preferidas os métodos que dispensem equipamentos mecânicos, e que não dependam de operação complexa, exigindo mão-de-obra com boa qualificação, tal como ocorre com os processos de lamas ativadas e filtração biológica.
5.7 Características e Composição do Efluente
No processo de abate do matadouro, em praticamente todas as etapas são gerados despejos industriais, conforme ilustrado no quadro abaixo:
Esses resíduos são transportados pelas águas de lavagem, compondo assim o volume do efluente do matadouro. Os maiores volumes de despejos gerados são na lavagem da carne, bancadas, piso e sala de matança; lavagem de currais, animais e veículos que correspondem a aproximadamente 75% do total gerado, sendo a limpeza de tripas, lavagem de piso e bucho responsáveis pelo restante.
O volume de despejo gerado no processo de abates de bois varia de 400 l a 1500 l/animal, sendo considerado nesse projeto o volume de 1500 l/animal, atendendo a expectativa de aumento de demanda.
Os currais dos matadouros serão pavimentados e devem ser mantidos em bom estado de limpeza a fim de evitar o transporte de impurezas pelos animais para a sala de abate, comprometendo as etapas seguintes.
Os despejos dos currais são constituídos pelos excrementos líquidos e pelas águas de lavagem contendo parte dos excrementos sólidos. Suas características variam muito, dependendo das condições climáticas, das práticas de remoção dos dejetos e da frequência das lavagens. Porém, em média, podemos adotar os seguintes parâmetros:
 
Os despejos da unidade principal do matadouro são semelhantes aos dos esgotos domésticos, porém mais concentrados. As impurezas carreadas são na sua maioria orgânicas, altamente putrescíveis e entram em estado séptico rapidamente, apresentando elevada DBO, desprendendo odores desagradáveis. São constituídos principalmente de sangue, esterco, resíduos de carne, gorduras e graxas, cabelos, tecidos epidérmicos e materiais terrosos. Contém também, cloreto de sódio oriundo da salgagem dos couros. No presente estudo não teremos unidades de beneficiamento de couro.
O sangue deve ter uma atenção especial devido a alta DBO que apresenta (165.000 mg/l), devendo o mesmo ser coletado para seu reaproveitamento. A DBO do efluente, quando o sangue é reaproveitado, é de cerca de 1500 mg/l, e quando não há reaproveitamento esse valor fica em torno de 10.000 mg/l.
Outro resíduo que deve ser avaliado com cuidado são as gorduras e graxas, que apresentam uma concentração variando entre 5.000 e 46.200 mg/l, adotando-se uma média de 24.500 mg/l.
Os resíduos da pança são coletados separadamente e conduzidos a esterqueira para futuro reaproveitamento como fertilizante. A quantidade varia de 5 a 20 kg por animal.
A temperatura do despejo apresenta uma pequena variação em torno de 28°C. Essa temperatura, associada à composição química e biológica do efluente, favorece a atividade bactericida dos sistemas de tratamento naturais.
5.8 SOLUÇÕES PROPOSTA
Em face as considerações apresentadas e as características do efluente, julgamos preferível um tratamento primário por meio de tanque séptico e uma complementação por meio de lagoa facultativa. Essa alternativa resultou da consideração de que os tanques sépticos apresentam vantagens estéticas sobre as lagoas anaeróbias, enquanto as lagoas facultativas possuem elevado poder de depuração, melhorando consideravelmente a qualidade do efluente do tanque séptico.
Essa solução necessita de uma área variando entre 1.000 m² a 2.000 m².
5.9 TRATAMENTOS PRELIMINARES
- Tanque de Sangue
O tanque de sangue deve se localizar nas proximidades do matadouro, para que seja coletado e armazenado o sangue proveniente dos processos de abate, afim de que seja reaproveitado sendo transformado em farinha para compor rações nutritivas ou para servir como fertilizante. Caso isso não ocorra o sangue deve ser misturado com cal virgem e depois destinado ao aterro sanitário municipal.
- Crivo
Recomenda-se o peneiramento, para eliminação dos sólidos em suspensão com tamanhos superiores a dois centímetros. Para cumprir essa finalidade foi projetado o crivo, uma caixa com fundo falso que faz a função da peneira. O material aí retido deverá ser encaminhado a aterros sanitários ou a incineradores.
A limpeza do crivo deverá ser executada diariamente de forma manual com pá ou ancinho, sendo destinado a aterros sanitários o material retirado.
- Caixa de Gordura
Para a separação dos óleos e graxas foi prevista uma caixa de gordura, e um tanque para depósito do material retido, tendo este a finalidade de propiciar condições adequadas ao aproveitamento da gordura.
- Esterqueira
A esterqueira tem por finalidade o processamento do material proveniente dos currais e da limpeza das vísceras (bucho). Trata-se de um sistema de peneiras múltiplas, que possibilitam a separação das fases sólida e líquida dos resíduos. O material sólido deverá ser encaminhado para o aproveitamento agrícola ou para o aterro sanitário municipal. O efluente líquido será encaminhado para a linha de tratamento principal.
5.10 TANQUE SÉPTICO
A maioria dos autores considera o tanque séptico capaz de alcançar uma eficiência de 70%, no que diz respeito à estabilização matéria orgânica a ele aplicada, medida esta última pela DBO, desde que seja corretamente projetado. Também apresenta um bom comportamento na estabilização de esgotos “frescos”. O tanque suporta bem variações de vazões, comum no caso de matadouros municipais.
5.11 LAGOA FACULTATIVA
Esta unidade deve ser projetada à base da carga orgânica superficial, sendo desejável que esta não exceda de 150 quilogramas de DBO por hectare e por dia; os resultados da depuração são elevados, podendo atingir a eficiência de 90 a 95%.
5.12 REMOÇÃO DO LODO
Os lodos acumulados no tanque séptico serão removidos por meio de caminhões tanque, do tipo limpa fossas, providos de bombas apropriadas. A remoção será feita uma vez por ano.
As lagoas facultativas serão limpas por meio de equipamentos tipo “drag line” de 15 em 15 anos.
5.13 MEMORIAL DE CÁLCULOS 
- 60 bois / semana = 12 bois/dia;
- 1,0 m³ / boi (água consumida);
- 10 pessoas / dia; contribuição dos despejos = 70 l/pessoa/dia;
- DBO do esgoto industrial = 1.500 g/m³;
- DBO do esgoto vestiário = 150 g/m³;
- Vazão diária industrial = 12 bois/dia (média) x 1,0 m³/boi = 12,0 m³/dia;
- Vazão diária vestiário = 10 pessoas/dia x 70 l/pessoas/dia = 700 l/dia = 0,70 m³/dia;
- Vazão diária total = 12,0 + 12,70 = 3,70 m³/dia;
- Vazão máxima horária (capacidade máx. 03 abates/hora) = 3,0 bois/h x 1,0 m³/boi = 3 m³/h;
- Carga orgânica diária: (12 m³/dia x 1.500 g/m³) + (0,70 m³/dia x 150 g/m³) = 18.105 g/dia = 18,105 kg/dia.
Aprofundando-se no assunto há também os dados: Reservação, Tanque de Sangue, Caixa de Gordura, Tanque Séptico (Decanto/Digestor) e Lagoa Facultativa, nenhum deles foram coletados.
5.14 INSTALAÇÃO DA OBRA
Antes do início das obras,deverão ser executadas todas as instalações provisórias necessárias: barracão para escritório, dependência destinada à instalação de equipamentos; depósitos para materiais e ferramentas; abrigos e instalações sanitárias para pessoal.
A marcação das fundações será feita pelo eixo das paredes, pilares, colunas, usando-se quadros de madeira em que são assinaladas e numeradas as projeções dos referidos eixos das colunas ou pilares.
Uma vez feita a locação da obra, será solicitada a presença do Engenheiro Fiscal para comparação com o projeto. Qualquer trabalho iniciado sem esta verificação estará sujeita a rejeição.
5.15 LIMPEZA DO TERRENO
Esse serviço deverá ser executado de modo a deixar completamente livre não só a área do canteiro da obra, como também os caminhos necessários ao transporte de equipamentos e materiais diversos.
Constará de desmatamento, capinação, destocamento e derrubada de árvores que possam prejudicar os trabalhos de construção.
5.16 ESCAVAÇÃO DE VALAS
O processo a ser adotada na escavação da natureza do terreno, sua topografia, dimensões e volume a remover, visando-se sempre o máximo rendimento e economia.
As escavações devem ser executadas com cautelas indispensáveis à preservação da vida e da propriedade.
Quando necessários os locais escavados deve ser adequadamente escorados, de modo a oferecer segurança aos operários.
Nas escavações efetuadas nas proximidades de prédios, edifícios, vias públicas ou servidões, deverão ser empregadas, métodos de trabalho que evitem ou reduzam, ao máximo a ocorrência de quaisquer perturbações oriundas das escavações.
Para efeito da classificação de materiais escavados serão grupados em 03 categorias:
1ª Categoria - materiais que possam ser escavados, sem uso de explosivos, com ferramentas manuais (enxada, pá, enxadeco ou picareta) ou com trator com lâmina e equipamento escavo-transportador. Compreende os materiais vulgarmente denominados “terra” e “moledo”, abrangendo entre outros: terra em geral, argila, areia, cascalho solto, xistos, grés mole, seixos e pedras com diâmetro inferior a 0,15m, piçarro e rochas em adiantado estado de decomposição.
2ª Categoria - materiais que só possam ser extraídos manualmente através de alavancas, cunhas, cavadeiras de aço e com rompedores pneumáticos; mecanicamente com trator dotado de escarificador e lâmina, através de constante escarificação pesada; ou com o uso combinado de explosivos, máquinas de terraplenagem e ferramentas manuais.
3ª Categoria - Materiais que só possam ser extraídos com o emprego constante de equipamento de perfuração e explosivos. Compreende os materiais vulgarmente denominados de “rocha dura”, englobando, entre outros, blocos de pedra de volume superior a 0,50m³, granito, gneiss, cienito, grés ou calcários duros e rochas de dureza igual ou superior à do granito.
Quando a cota de base das fundações não estiver indicada nos Projetos, a escavação deverá atingir um solo de boa qualidade que possua características físicas de suporte compatíveis com a carga atuante no mesmo.
O material escavado deverá ser colocado, de preferência, em um dos lados da vala, a, pelo menos 0,50m de afastamento dessas, permitindo a circulação de ambos os lados da escavação.
5.17 REATERRO
Nos serviços de reaterros, será utilizado o próprio material das escavações, e, na insuficiência desses, terá material de empréstimos, selecionados pela FISCALIZAÇÃO, podendo a mesma determinar se necessário o uso da areia.
O reaterro será executado com o máximo cuidado, a fim de garantir a proteção das fundações e evitar o afundamento posterior dos pisos e do pavimento das vias públicas, por efeito de acomodação ou recalques.
De uma maneira geral, o reaterro será executado em camadas consecutivas, convenientemente apiloadas, manual ou mecanicamente, em espessura máxima de 0,20m. Tratando-se de areia, o apiloamento será substituído pela saturação da mesma, com o devido cuidado para que não haja carreamento de material.
5.18 CONCRETOS (SIMPLES E ARMADO), CONCRETAGEM E CURA E VERIFICAÇÕES.
Todos os materiais constituintes do concreto deverão atender as exigências e especificações das Normas Brasileiras
Os traços de concreto devem ser determinados através de dosagem experimental, de acordo com as NB, em função da resistência característica à compreensão (fck) estabelecida pelo calculista e da trabalhabilidade requerida.
A resistência de dosagem deverá atender a NB, sendo fixada em função do rigor do controle da obra, caracterizado pelo desvio padrão de resistência (Sn) ou em sua falta, pelo desvio padrão de dosagem (Sd).
A fixação do fator água-cimento deverá atender, além da resistência de dosagem, também ao aspecto da durabilidade das peças em função da agressividade do meio de exposição.
Os Concretos e a sua execução deverão obedecer ao prescrito nas Normas Brasileiras pertinentes.
A concretagem somente pode ser feita após a autorização prévia da FISCALIZAÇÃO, que procederá às devidas verificações das formas, escoramentos e armaduras, devendo os trabalhos de concretagem obedecer a um plano previamente estabelecido com a FISCALIZAÇÃO.
Os caminhos e plataformas de serviços para a concretagem não deverão se apoiar nas armaduras, a fim de evitar a deformação e deslocamento das mesmas.
A fim de permitir a amarração da estrutura com alvenaria de fechamento, deverão ser colocados vergalhões com espaçamento de 50 cm e salientes, no mínimo, 30 cm da face da estrutura. A mistura de concreto será feita em betoneiras com capacidade mínima para produzir em “traço” correspondente a um (01) saco de cimento. Não será permitida a utilização de frações de um
(01) saco de cimento. O tempo de mistura deverá ser aquele suficiente para a obtenção de um concreto homogêneo.
Quando em casos especiais, a FISCALIZAÇÃO autorizar o amassamento manual do concreto, este será feito sobre plataforma impermeável. Inicialmente serão misturados a seco, a areia e o cimento, até adquirirem uma colaboração uniforme. A mistura areia-cimento será espalhada na plataforma, sendo sobre ela distribuída a brita. A seguir adiciona-se a água necessária, procedendo ao revolvimento dos materiais até obter uma massa de aspecto homogêneo.
A altura máxima permitida para o lançamento do concreto será de 2,00m. Para o caso de peças com mais de 2,00m de altura, deverá se lançar mão do uso de janelas laterais nas formas. Para o lançamento de concreto a altura superior a 2,00m, será tolerado, a critério da FISCALIZAÇÃO, o uso de calhas, revestidas internamente com zinco, com inclinação variando entre 15º e 30º e o comprimento máximo de 5,00m.
No adensamento mecânico, serão empregados vibradores que evitem engaio lamento do agregado graúdo e falhas ou vazios nas peças (ninhos de concretagem).
O adensamento deverá ser executado de tal maneira que não altere a posição da ferragem e o concreto envolva a armadura, atingindo todos os recantos da forma.
Os vibradores deverão ser aplicados num ponto, até se formar uma ligeira camada de argamassa na superfície do concreto e a cessação quase completa do desprendimento de bolhas de ar.
Na cura do concreto, serão utilizados os processos usuais como aspersão d’água, sacos de aniagem, camadas de areia (constantemente umedecidas), agentes químicos de cura.
5.19 FORMAS, ARMADURAS E ARGAMASSAS
As formas serão usadas onde for necessário limitar o lançamento do concreto e conformá-lo segundo os perfis projetados, de modo tal que a peça moldada reproduza o determinado no projeto, devendo satisfazer os seguintes requisitos de ordem geral:
- Obedecem às prescrições das Normas Brasileiras da ABNT;
- “Serem executadas rigorosamente de acordo com as dimensões indicadas no projeto e terem resistência necessária para não se deformarem sob a ação do conjunto de peso e pressão do concreto” fresco peso das armaduras e das cargas acidentais e dos esforços convenientes da concretagem;
- Serem estanques para que não haja perda da nata do cimento ao concreto;
- Serem construídas deforma que permitam a retirada de seus diversos elementos com facilidade e, principalmente, sem choques;
- Serem feitas com madeira aparelhada, nos casos em que o concreto deva constituir aparente definitiva.
Antes da concretagem as formas deverão ser inteiramente limpas. As de madeira devem estar calafetadas e molhadas até a saturação, e as metálicas, untadas a óleo ou graxa.
A retirada das formas deverá ser feita cuidadosamente e sem choques, consoante o plano de desmembramento que for elaborado.
As formas poderão ser reutilizadas quantas vezes forem possíveis, desde que os danos e desgastes ocorridos nas concretagens não comprometam o acabamento das superfícies concretadas.
As armaduras deverão obedecer às determinações das NB da ABNT e as condições estabelecidas no cálculo estrutural.
As barras de aço, no momento de seu emprego, deverão estar perfeitamente limpas, retirando-se as crostas de barro, manchas de óleo, graxas, devendo ser isentas de quaisquer materiais prejudiciais a sua aderência com o concreto, não sendo aceitas aquelas cujo estado de oxidação prejudique a sua seção teórica.
A armadura será montada no interior das formas na posição indicada no projeto com o espaçamento do concreto.
A areia a ser empregada nas argamassas deverá atender aos seguintes requisitos:
- Ser quartzosa, limpa e isenta de sais, óleos, matéria orgânica e quaisquer outras substâncias e impurezas prejudiciais, devendo apresentar grãos irregulares e angulosos, assim como, ter uma granulometria compatível com o tipo de serviço em que será empregada e com as exigências dos traços estabelecidos pelas dosagens das argamassas, devendo ainda obedecer às prescrições na Norma da ABNT;
- Deverá apresentar um equivalente areia superior a 90 e uma granulometria passando, no mínimo, “98% na peneira 3/8”, e, no máximo, “18% na peneira nº 200”, devendo a sua densidade real ser superior a 2,6 g/cm³;
- Não será permitido o emprego de areia proveniente de calcificação de fosfato.
O cimento a ser entregue deverá ser isento de grumos e quaisquer materiais prejudiciais, devendo obedecer às prescrições da Norma da ABNT, não sendo permitido o emprego de cimento pedrado.
A água a ser utilizada no preparo das argamassas, deverá atender aos seguintes requisitos:
- Ser potável, da qualidade da fornecida pela rede de abastecimento público da cidade;
- Só poderá ser utilizada água do subsolo, após o seu exame e aprovação por Laboratório;
- Ser límpida e isenta de teores prejudiciais de sais, óleos, ácidos, álcalis, matéria orgânica, impurezas e de quaisquer outras substâncias prejudiciais às argamassas.
5.20 CHAPISCO DE ADERÊNCIA
O chapisco só deverá ser aplicado após a completa pega de argamassa das alvenarias e do embuti mento das canalizações de água, esgoto, eletricidade e telefone.
Todas as superfícies a revestir deverão ser previamente chapiscadas com argamassa de cimento e areia ao traço 1:5 em volume.
O chapisco será aplicado a colher de pedreiro, jogando-se a argamassa contra a superfície com força suficiente para se conseguir uma boa aderência, e de modo a recobrir toda a superfície a ser revestida.
5.21 ALVENARIAS DE TIJOLOS CERÂMICOS
Deverão ser obedecidas as prescrições das normas técnicas da ABNT referente aos tijolos cerâmicos. Os quais deverão ser de fabricação mecânica e não apresentar trincaduras ou outros defeitos que possam comprometer sua resistência e durabilidade.
As paredes a serem construídas em alvenaria de tijolos cerâmicos serão indicadas no projeto arquitetônico, devendo ser executadas de acordo com as dimensões do projeto.
Antes do início da alvenaria, serão marcados, por meio de cordões ou fios de arame esticados sobre cavaletes, os alinhamentos das paredes e por meio de fios de prumo, todas as saliências, vãos de portas, janelas, etc.
Em alvenaria de elevação, será empregada argamassa de cimento e areia no traço 1:10 em volume.
Em obras enterradas, os tijolos serão reajustados com argamassa de cimento e areia no traço de 1:8 em volume.
Os tijolos serão assentados em fiadas horizontais, sobre camada de argamassa de 1,5 cm de espessura com juntas alternadas de modo a se obter boa armação, devendo as mesmas ser tomadas com argamassa, e terem espessura não superior a 1,5 cm.
Os cantos das paredes deverão ser feitos com tijolos inteiros, assentados, alternadamente, no sentido de uma e outra parede.
Todas as alvenarias serão convenientemente amarradas aos pilares e vigas por meio de pontas de vergalhões deixados na estrutura de concreto armado.
As paredes que repousam sobre vigas contínuas deverão ser levantadas simultaneamente, não sendo permitidas diferenças superiores a 1,00m entre as alturas levantadas em vãos contínuos.
Sobre os vãos das esquadrias, serão dispostas vergas de concreto armado com o mínimo de 0,20m de apoio para cada lado.
5.22 ALVENARIA DE PEDRA RACHÃO
Nas faces planas aparentes, deverão ser colocadas pedras com forma aproximadamente de um paralelepípedo, de dimensões em torno de 25 cm, para facilitarem o acabamento das referidas faces.
A argamassa deverá ser de cimento e areia lavada grossa e livre de impurezas, no traço 1:4, devendo preencher todos os vazios existentes entre as pedras, de tal maneira que torne o maciço de alvenaria o mais impermeável possível.
5.23 COBERTURA
Na execução dos trabalhos, deverão ser respeitados os dispositivos das especificações e normas técnicas da ABNT.
A cobertura será executada de acordo com as indicações do projeto, referente ao tipo de telha, estrutura e declividades estabelecidas.
As inclinações mínimas nas telhas serão, salvo quando especificadas em contrário, as seguintes:
- Telhas tipo Canal 16º (28,6%);
- Telhas tipo francesa 22º (40,4%);
- Telhas onduladas de cimento amianto (tipo comum) 12º(21,2%)
O madeiramento de sustentação da coberta poderá ser feito em terças de madeira de lei, da qualidade específica no projeto, com dimensões e em número necessário a suportar peso do telhado sem deformações.
As terças poderão ser apoiadas nas paredes ou na estrutura de concreto, bem como em pontaletes ou tesouras de madeira, os quais deverão atender as exigências explicitadas no subitem anterior.
As peças de madeira deverão ser encaixadas e pregadas entre si, e as emendas só poderão ser feitas nos apoios e em forma de bisel.
O espaçamento entre ripas e barrotes será determinado pela dimensão da telha a empregar, tendo-se o cuidado de deixar a folga conveniente, fissuras, trincaduras, falhas e quaisquer outros defeitos de fabricação.
As peças de concordância deverão atender aos requisitos estabelecidos para as telhas.
As telhas deverão ser colocadas de acordo com as recomendações feitas pelo seu fabricante, mormente no que diz respeito a recobrimento, acessórios de fixação, peças de concordância e ao assentamento.
As calhas deverão ser colocadas nos locais indicados no Projeto, devendo sua seção transversal ser compatível com a vazão oriunda da água que irá receber.
5.24 REVESTIMENTO EM AZULEJO
Serão assentados azulejos nos locais indicados pelo Projeto Arquitetônico, o qual especificará o tipo e cor dos mesmos.
Após a pega e o endurecimento do chapisco de aderência, a superfície deverá ser molhada, e em seguida aplicada, a colher de pedreiro, um emboço com 1,5 cm de espessura mínima, o que deverá ser precedido da instalação de macros, aduelas e tubulações a embutir.
A argamassa para o emboço será de cimento, areia e saibro ao traço 1:6 em volume, sendo uma parte de cimento e seis de areia-saibro. 
A argamassa deverá ser preparada consoante às determinações do capítulo ARGAMASSAS destas Especificações.
O emboço deverá obedecer às determinações das normas da ABNT, e apresentar uma superfície perfeitamente plana, desempenada e isenta de quaisquer defeitos ou deformações.
Após a pega e o endurecimento do emboço, será aplicado o revestimento em azulejos, devendo a superfície ser previamente molhada.
Os azulejos deverão obedecer às prescrições das normas da ABNT.
5.25 INSTALAÇOESPREDIAIS DE ÁGUA FRIA 
As instalações deverão ser dadas de conformidade com os projetos elaborados.
Deverão ser rigorosamente obedecidas às normas e especificações da ABNT, referentes ao assunto, bem como as especificações a seguir.
As tubulações correrão embutidas nas paredes ou pisos, salvo instrução em contrário da Fiscalização, quando os tubos serão externos, presa por meio de abraçadeiras espaçadas de, no máximo; 1,5m.
Os tubos em nenhum caso deverão ser curvados, e sim montados com curvas e joelhos.
Toda a tubulação de água deverá passar em nível superior à tubulação de esgoto.
Os aparelhos somente deverão ser instalados quando concluídos os serviços que possam danificá-los.
5.26 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
As instalações deverão ser executadas em conformidade com os projetos elaborados.
Deverão ser rigorosamente obedecidas as normas e especificações da ABNT, referentes ao assunto.
As caixas de passagem externas deverão ser em alvenaria ou pré-fabricadas em concreto. Deverão atender às dimensões indicadas no projeto, e serem providas de fundo de brita para infiltração das águas pluviais.
Os quadros deverão ser pré-fabricados em chapa de aço nº 18 MSG e com flanges, espelho, porta e chassis em chapa nº 14 MSG, fosforizado ou galvanizado, pintado com tinta a base de epóxi, com aplicação eletrostática e acabamento final em estufa.
Todas as caixas internas deverão ser metálicas, em chapa de aço nº 16 esmaltado, galvanizado ou de ligas de alumínio.
Nas caixas de derivação, só deverão ser abertos os olhais destinados à ligação de eletro dutos.
As caixas de derivação que ficarem dentro da estrutura, deverão ser cheias de serragem molhada e rigorosamente fixadas às formas.
Os eletros dutos deverão ser basicamente em PVC rígido, de acordo com o projeto, e próprios para instalações elétricas. Maleável, esmaltado a quente, interna e externamente.
Nas áreas externas, os eletros dutos em contato com o terreno deverão ser envolvidos por camadas de concreto com 10 cm de espessura, ficando a geratriz superior externa a uma profundidade mínima de 30 cm.
As tubulações em áreas externas deverão ter um caimento de 1% para as caixas de passagem.
As luvas e as curvas deverão ter a mesma característica de material e acabamento do eletro duto.
Os condutores deverão ser de cobre eletrolítico de alta condutibilidade com isolamento termoplástico, do tipo anti chama, para tensão nominal de 750 v. Quando instalados em área externa, pelo solo, deverão ter isolamento para 1KV.
Os condutores terminais (rabichos) das luminárias incandescentes do tipo “plafonier” e de embutir, deverão ser isolados com material a base de amianto, ou outro tipo de material isolante, a prova de calor.
Identificação dos condutores (cor):
Cor Corrente Alternada Corrente Contínua
Vermelho: fase R positiva
Amarelo: fase S 
Preto: fase T negativa
Azul claro neutro 
Verde: proteção 
Branco: retorno
5.27 LIMPEZA FINAL/ ENTREGA DA OBRA
Após a conclusão dos serviços, o canteiro de obra, ruas e instalações deverão ser limpos e removidos os entulhos, sendo estes trabalhos acelerados nos locais onde haja atividade comercial e/ou tráfego intenso.
A obra deverá ser entregue em perfeito estado de limpeza e conservação, com ligações definitivas às redes de serviços públicos de luz e força, água e telefone.
Nas obras civis deverá também ser procedida a limpeza final e lavagem dos pisos, paredes sobre revestidas e peças sanitárias e removidos quaisquer vestígios de tinta, manchas e argamassa.
6. CONCLUSÃO
Para obras especificas como as câmaras frias e frigoríficos devem-se considerar suas características especiais para a elaboração de um planejamento detalhado do projeto englobando instalações prediais, equipamentos, normas de segurança obrigatórias, riscos ambientais e os materiais utilizados na construção.
Todos estes itens possuem importância de igual valor para o alcance do objetivo final: o bom desempenho da obra.
Seguir o planejamento garante não somente a qualidade do projeto, mas também a integridade física dos trabalhadores.
As elaborações de normas específicas para obras em câmaras frias e frigoríficos permitiu uma melhoria significativa para a redução de acidentes de trabalho provocados pela negligencia quanto ao uso de materiais usados na refrigeração como a amônia por exemplo mas também aos cuidados relativos com a operação destes . A construção de ambientes seguros no caso dos frigoríficos, ambientes estes voltados ao tratamento de resíduos, água e esgotos, assim como Instalações adequadas para o recebimento dos animais e posterior manuseio dos produtos implica não somente no reconhecimento da qualidade como também em baixos riscos de contaminação para o meio ambiente no qual se insere o estabelecimento.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
http://www2.agricultura.rs.gov.br/uploads/12675551291178622989Matadouro_frigorifico_de_Bovinos.pdf
http://www.mma.gov.br/estruturas/ozonio/_arquivos/segurana_em_instalaes_frigorficas.pdf
http://wiki.sj.ifsc.edu.br/wiki/images/9/98/
http://www.lagoadoouro.pe.gov.br/Projeto%20Matadouro%202008.pdf
http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=58224
http://pt.slideshare.net/ruyjunior54/ppra-modelo-frigorifico?utm_source=slideshow&utm_medium=ssemail&utm_campaign=download_notification
http://pt.slideshare.net/sergiooropo/nr-36-atualizada-2013-frigorficos?related=1
http://pt.slideshare.net/ciadoslivros/n-r-36-norma-regulamentadora-de-segurana-e-sade-no-trabalho-em-empresas-de-abate-e-processamento-de-carnes-e-derivado?related=2

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