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AULAS (CONJUNTAS 2021) HISTÓRIA DAS IDEIAS ECONÓMICAS E DO PENSAMENTO CONTEMPORÂNEO

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HISTÓRIA DAS IDEIAS ECONÓMICAS E DO PENSAMENTO CONTEMPORÂNEO
A História do pensamento económico pode ser definida como sendo o ramo da ciência que estuda as principais correntes de pensamento que dominaram a marcha da Humanidade e contribuíram para a evolução da abordagem económica, na sua perspectiva científica, bem como da sociedade ao longo do tempo.
A História do Pensamento Económico é um estudo da herança deixada pelos que escreveram sobre assuntos económicos, no decurso de muitos anos.
HIEPC
O desenvolvimento da Análise Económica é de origem relativamente recente (a partir do século XVIII).
O estudo do pensamento económico concentra-se em três principais épocas históricas:
1. Pré-moderno (grego, romano, árabe), 
2. Idade Média (fase de recuo, dominada pela religião cristã católica)
3. Moderno (mercantilismo, fisiocracia) 
4. Contemporâneo (a partir de Adam Smith, no final do século XVIII). 
HIEPC
1. Pré-Modernismo
O pré-modernismo é uma época dominada pelo filósofo Aristóteles (provavelmente o mais importante em toda época). Os árabes medievais também trouxeram contribuições para a compreensão da economia e o destaque vai para Ibn Khaldun de Tunis (1332-1406), que escreveu uma teoria política e económica em seu Prolegómenos, mostrando como a densidade da população está relacionada com a divisão do trabalho e com o crescimento económico que, por sua vez, conduz a uma população maior, formando um círculo virtuoso.
HFEPC
2. Idade Média
Na idade Média, o debate foi dominado pelos teólogos da corrente escolástica, os quais, dentre os vários tópicos, discutiram a determinação do preço justo de um bem. Nas guerras religiosas, seguindo a Reforma protestante do século XVI, apareceram ideias sobre livre comércio, mais tarde formuladas em termos legais por Hugo de Groot ou Grotius.
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3. Idade Moderna 
A idade Moderna foi marcada pelo aparecimento da escola do pensamento económico, a Escola Fisiocrática. Liderada por François Quesnay, pregou que a terra e a natureza representam o factor económico produtivo; a ordem natural ou governo da natureza conduzem a vida económica e só a terra tinha a capacidade de multiplicar a riqueza.
Para os fisiocratas, a riqueza consistia em bens produzidos com a ajuda da natureza, em actividades económicas, como a lavoura, a pesca e a mineração. Quesnay dividiu a economia em sectores e mostrou a relação entre eles.
HIEPC
4. Idade Contemporânea 
A Idade Contemporânea foi marcada pelo aparecimento da escola de pensamento económico:
a) Clássico ou Liberal: liberada por Adam Smith (1723-1790) e David Ricardo (1772-1823), a qual estabeleceu que a verdadeira fonte de riqueza é o trabalho; que a produtividade decorre da divisão do trabalho, que esta decorre da tendência de troca, estimulada pela ampliação dos mercados; que o papel do Estado na economia corresponde à proteção da sociedade e que a iniciativa individual deveria ser incentivada.
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b) Socialista: Surgido na Alemanha (1872), e o termo sido empregue, pela primeira vez, em 1827, por Roberto Owen. O Socialismo estabeleceu que o Estado deve ter em suas mãos a propriedade e os meios de produção, deve regular a distribuição de riquezas económicas (bens e/ou serviços) e promover reformas em busca do bem-estar social e de justiça social e igualitária na distribuição de recursos pelos cidadãos.
HIEPC
A idade contemporânea foi, igualmente, marcada pelas recomendações de John Keynes (1883-1946), através da “Teoria Geral do Emprego, Juros e Moeda”, que objectivou explicar as causas das variações que ocorrem na produção e no nível de emprego.
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1. Conceito, Génese e Evolução do Mercantilismo
Mercantilismo é o nome dado a um conjunto de práticas económicas, desenvolvidas na Europa, na Idade Moderna, entre o século XV e o final do século XVIII, que se caracterizou-se por uma forte intervenção do Estado na economia, através de medidas tendentes a unificar o mercado interno e tinha como finalidade a formação de Estados nacionais fortes, os quais eram medidos pela quantidade da sua riqueza.
 
HIEPC
Neste período histórico, a riqueza das nações era medida pela quantidade de ouro e prata existente no território.
Esta crença era conhecida como Bulionísmo ou Metalísmo.
Alguns autores referem, ainda, que a corrente mercantilista surge como consequência de diversas transformações intelectuais, tais como: 
a) Religiosas, marcadas pela exaltação do individualismo e pela actividade económica, busca do bem-estar; 
HIEPC
b) Políticas, pelo surgimento do Estado Moderno;
c) Geográficas, pela ampliação do campo de actuação dos Estados, buscando a exploração de novas terras, espaços navegáveis, de mercados comerciais e d) económicas, pela mudança do eixo económico mundial e a criação da moeda baseada no ouro e na prata.
A confiança no mercantilismo começou a decair em finais do século XVIII, quando as teorias de Adam Smith e de outros economistas clássicos foram ganhando prestígio no Império Britânico e, em menor grau, no resto da Europa (excepto na Alemanha, onde a Escola Histórica de Economia foi a mais importante durante todo o século XIX e começo do XX).
HIEPC
Os princípios do mercantilismo podem ser resumidos em:
 a) Metalísmo ou Bulionísmo
 Do inglês bullion "ouro em lingotes" onde o capital é representado por metais preciosos que o Estado tem em seu poder. Com esta crença, procurava-se evitar a saída de metais preciosos do país.
Com o evoluir da corrente, surgiram outras escolas, como o Colbertismo (ou "mercantilismo francês") que se inclina para a industrialização; e o comercialismo (ou "mercantilismo britânico"), que vê no comércio exterior a fonte da riqueza de um país.
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b) Incentivos às manufacturas
Os governos estimulavam o desenvolvimento de manufacturas em seus territórios. Como o produto manufacturado era mais caro que as matérias-primas, ou géneros agrícolas, a sua exportação gerava bons rendimentos. 
c) Proteccionismo alfandegário
O governo de uma nação deve aplicar uma política proteccionista sobre a sua economia, favorecendo a exportação e desfavorecendo a importação, sobretudo mediante a imposição de tarifas alfandegárias, com vista a incentivar a balança comercial positiva com outras nações. Eram criados impostos e taxas, para evitar ao máximo a entrada de produtos vindos do exterior, com vista a estimular a indústria e manufacturas nacionais, bem como para evitar a saída de moedas para outros países.
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d) Balança comercial favorável
O esforço era para exportar mais do que importar; desta forma, os ingressos da moeda seriam superiores às saídas. 
e) Soma zero 
Acredita que o volume global do comércio mundial é inalterável. Os mercantilistas viam o sistema económico como um jogo de soma zero, no qual, o lucro de uma das partes implica a perda da outra.
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f) Colónias de exploração
A riqueza de um país está directamente ligada à quantidade de colónias de que dispunha para exploração.
Como se pode depreender, o mercantilismo, indirectamente, impulsionou muitas das guerras europeias do período e, serviu como causa e fundamento do imperialismo europeu, dado que as grandes potências da Europa lutavam pelo controlo dos mercados disponíveis no mundo.
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Nas expansões marítimas e comerciais das nações, um país não poderia invadir o caminho percorrido constantemente por outro, como no caso da procura pelas Índias Ocidentais. Isto perdurou até que, após o descobrimento da América, a Inglaterra decidiu "trilhar" o seu próprio caminho. 
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g) Comércio colonial monopolizado pela metrópole 
As colónias europeias deveriam comercializar exclusivamente com as suas respectivas metrópoles. Para as metrópoles, tratava-se de vender caro e comprar barato. Dentro desse contexto, ocorreu o ciclo do açúcar no Brasil Colonial, do ouro do Império do Mwenemuthapa e do Zimbabwe de Manhiquene, com os navegadores Europeus.
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2. Precursores do Mercantilismo 
Os principaisprecursores sonantes da corrente Mercantilista foram Jean Baptist Colbert (1619 – 1683), Jean Bodin (1566), John Locke (1632-1704), William Petty (1623 – 1687), David Hume (1711-1776) e John Law (1716). 
3. O mercantilismo sua relação com o conjunto de ideias económicas
O mercantilismo, em si, não pode ser considerado como uma teoria unificada de economia. Os mercantilistas tendiam a concentrar a sua atenção numa área específica da economia e pode se depreender que os escritos da época têm o Mercantilismo como um sistema de poder político e,
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simultaneamente como um sistema de regulamentação da actividade económica, proteccionista e um sistema monetário com a teoria da balança comercial.
O mercantilismo é, portanto, uma doutrina ou política económica que aparece num período intervencionista e descreve um credo económico que prevaleceu à época de nascimento do capitalismo, antes da Revolução Industrial.
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No Século XVIII, foi desenvolvida uma versão mais elaborada das ideias mercantilistas, que recusava a visão simplista do bullionismo. Embora considerasse que o ouro era a riqueza principal, admitia a existência de outras fontes de riqueza.
Embora não seja bastante significativa a contribuição do mercantilismo à ciência económica,	foram difundidas algumas ideias importantes, que acabaram influenciando a nova fase da evolução do pensamento económico, a fase científica da economia inaugurada por Adam Smith.
 
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4. Consequências do Mercantilismo
Tal como já foi mencionado, a corrente mercantilista foi caracterizada e dominada pela procura de metais preciosos (o ouro e a prata), pois a riqueza e robustez da nação era medida em função da quantidade destes metais, existentes no território. Importa relembrar que, porque muitos destes países não detinham reservas destes minérios, impunha-se a necessidade de identificação de colónias em África, Ásia e América e, consequentemente, a corrida colonial.
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Outro aspecto prendia-se com a necessidade de mercados para colocação de produtos manufacturados, bem como as fontes para exploração da matéria-prima.
 O mercantilismo pode se considerar a primeira corrente económica capitalista, isto é, lançou os fundamentos de uma nova ideologia que viria a dominar o Mundo das ideias económicas, bem como a se assumir como modelo de desenvolvimento das economias padrão –o Capitalismo.
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Também pode se referir que o mercantilismo permitiu o desenvolvimento e consolidação do sistema de colonização dos povos de outros continentes, como a África, o que veio a culminar com a partilha do mundo por zonas de influência e, por regra, mercado restrito aos detentores da colónia; daí o eclodir de novos conflitos entre potências, pela conquista de espaço.
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1. A Fisiocracia
A chamada escola fisiocrática surgiu no século XVIII. É considerada a primeira escola de economia científica, e foi fundada por François Quesnay (1694-1774), o qual escreveu a obra Tableau Économique, que marcou a primeira fase científica da economia.
Quesnay defendeu, na sua tese, que é preciso obter a máxima satisfação, com um mínimo de esforço, na harmonia. Não obstante a existência do antagonismo de classes sociais, acreditava na compatibilidade ou complementaridade dos interesses pessoais, numa sociedade competitiva.
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O fisiocratismo considera o sistema económico como um "organismo" regido por leis intrínsecas (pela ordem natural das coisas), sendo elas, assim, cientificamente relevantes.
Na fisiocracia, a base económica é a produção agrícola, ou seja, um liberalismo agrário, onde a sociedade é dividida em três classes: produtiva, proprietários de terra e as demais classes.
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O papel do Estado deve se limitar a guardião da propriedade e garante de liberdade económica e, não deveria intervir no mercado ("laissez-faire, laissez-passer").
Com o advento da fisiocracia, surgiram duas grandes ideias de alta relevância para o desenvolvimento do pensamento econômico, a destacar: a) “A ordem natural rege todas as actividades económicas, e inútil é criar leis à organização económica” e advogou igualmente a importância da agricultura sobre o comércio e a indústria, ou seja, 
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b) “ a terra é a fonte de todas as riquezas que, mais tarde, farão parte destes dois campos económicos”.
4. Os equívocos dos fisiocratas
O grande erro dos fisiocratas consistiu em pensar que a economia política trata de riquezas, como bens materiais (por isso que, para estes, a única classe produtiva estava ligada à agricultura, pois esta "cria" bens materiais) e é por esse motivo que a Economia Política tem na agricultura uma actividade fecunda, e a Indústria não, mas ela, como ciência, estuda produtos vistos com um valor económico
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 E o Quadro Económico de Quesnay (QEQ) trata da formação, circulação e distribuição dos valores sem, contudo, explicar o que é o valor.
A Fisiocracia contribuiu para a gestação do moderno pensamento Económico, valorizando a terra, mas exagerou ao afirmar que só os produtos retirados da terra é que proporcionam riqueza e Quesnay criou um Quadro que alerta para a circulação do Capital nos sectores da Economia.
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A ESCOLA CLÁSSICA 
 Contextualização 
A Escola Clássica é uma corrente de pensamento económico que vigorou nos finais do século XVIII até ao início do séc. XIX, cujo princípio é o liberalismo económico, defendido pelos fisiocratas.
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O seu principal expoente foi Adams Smith (1723 a 1790), que contestou a regulamentação comercial do sistema mercantilista, pois, segundo ele, a concorrência impulsiona o mercado e dinamiza a economia, gerando o desenvolvimento.
A teoria clássica surgiu da tentativa de interpretação da ordem económica, procurando o equilibrio do mercado (procura e oferta), o ajuste dos preços, a satisfação das necessidades humanas, através da divisão do trabalho e do liberalismo, influenciado pelas inovações tecnológicas desenvolvidas durante a revolução industrial.
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Princípios da Escola Clássica
O princípio da economia clássica é a concorrência, onde os indivíduos agem em proveito próprio; num mercado em que vigora a concorrência, aqueles funcionam espontaneamente, de modo a garantir, por mecanismo abstrato e impessoal (da mão invisível), a alocação mais eficiente dos recursos e da produção, sem que haja excesso de lucros. Neste contexto, o único papel económico do governo (além de garantir a lei e a ordem) é a intervenção na economia quando o mercado deixa de funcionar de maneira satisfatória, ou seja, quando não há livre concorrência.
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Segundo a teoria clássica, numa economia concorrencial, a oferta de cada bem e de cada factor de produção tende, sempre, a igualar a procura e o que determina o equilíbrio entre a oferta e a procura é o preço (do trabalho, o salário).
 
De acordo com Adam Smith, a economia não se deveria limitar ao armazenamento dos metais preciosos e ao enriquecimento da nação (anti-Mercantilista).
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Smith estabeleceu princípios para “análise do valor dos lucros, dos juros, da divisão do trabalho, da renda da terra, bem como a teoria sobre o crescimento económico, a causa da riqueza das nações, a intervenção estatal, distribuição da renda, formação e aplicação do capital”.
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Precursores do Pensamento Clássico
A economia clássica foi elaborada e sistematizada nas obras dos economistas políticos, nomeadamente:
a) Adam Smith. 
Adam Smith, (1723-1790) filósofo de formação, é o pai da Economia Política. É com ele que a Economia nasce, enquanto ciência. A sua obra “ O Inquérito sobre a Natureza e as Causas da Riqueza da Nações”, foi publicada em 1776 e é considerada a obra fundadora da Economia Política.
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Adam Smith escreveu numa época em que a indústria conhecia um crescimento sem precedentes, configurando-se como a verdadeira fonte da riqueza das nações. Adam Smith opunha-se à intervenção do Estado na economia. Ficou célebre o seu conceito de mão invisível, segundoo qual, se os homens actuassem livremente em busca do seu próprio benefício, existiria uma "mão invisível" que transformaria os seus esforços em benefícios para todos.
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b) Jhon. S Mill (1806-1873)
Filósofo e economista nascido na Inglaterra. Foi defensor do utilitarismo e introduziu na economia o conceito de Justiça Social.
c) Jean Baptiste Say (1767 – 1832),
Filósofo francês, criou a lei dos mercados, segundo a qual (a oferta cria a sua própria procura), pois a super produção é impossível, por que as forças do mercado operam de maneira que a produção crie a sua própria procura.
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d) David Ricardo (1772-1823) 
Homem de negócios de sucesso, é outro grande vulto na história do pensamento económico. A sua principal obra chama-se "Princípios da Economia Política e da Tributação" e foi escrita em 1817.  
Ricardo focou a sua atenção na tendência para a baixa dos lucros, que ameaçaria a economia inglesa. Essa tendência poderia ser neutralizada com o desenvolvimento do comércio externo. 
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É muito conhecida a sua Teoria das vantagens comparativas no comércio internacional em que comparava as vantagens de Portugal e da Inglaterra, no comércio entre si.
Um dos principais teóricos da economia política clássica, exerceu influência sobre os neoclássicos e os marxistas. Desenvolveu a teoria do valor do trabalho e da sua relação com o valor monetário; elaborou sobre a teoria da distribuição, da sua relação com o lucro e os salários, bem como sobre o comércio internacional e temas monetários.
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e) Thomas Malthus (1766 – 1834).
Este pensador procurou colocar a economia em bases empíricas e defendeu que o excesso da população era a causa de todos os males, teoria descrita no seu livro (O Ensaio Populacional), fundada no principio segundo o qual as populações crescem em progressão geométrica e os meios de subsistência em progressão aritmética; daí a necessidade do aumento da mortalidade e das restrições ao nascimento.
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O Declíneo do Liberalismo Clássico  
O declínio do liberalismo clássico remonta ao final do Séc. XVIII e inicio do século XIX com a quebra da Bolsa de Valores de Nova York, em 1929 e a subsequente Grande Depressão e a queda vertiginosa da economia o que veio a desenvolver um sentimento de descrédito da teoria liberal, e o reforço das teorias de intervenção do Estado na economia, notadamente as ideias de Keynes, aplicadas, quase simultaneamente, pelo plano New Deal, do presidente norte-americano Franklin Roosevelt, e pelo governo Nacional Socialista da Alemanha de Hitler que, em três anos, enquanto o resto do mundo agravava a recessão, conseguiu acabar com o desemprego na Alemanha Nazista, sem provocar inflação, adoptando um déficit orçamental que chegou a atingir 5% do PIB alemão.
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Durante a década 40, os países ricos criaram os acordos de Bretton Woods e estabeleceram regras intervencionistas para a economia mundial. Entre outras medidas, surgiu o FMI. Com a adopção das metas dos acordos de Bretton Woods e a adoção de políticas keynesianas, os 30 anos seguintes foram de rápido crescimento nos países europeus e no Japão, que viveram sua Era de Ouro.
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A Europa, por sua vez, renasceu com apoio financeiro conseguido por meio do Plano Marshall, e o Japão teve o período de maior progresso da sua História. O período de pós-guerra, até o início da década de 1960, foram os "anos dourados" das economias capitalistas.
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REACÇÕES ANTI-LIBERAIS
1. Contextualizacao das Reacções anti- Liberais 
Apesar do domínio do pensamento económico da Escola Clássica Liberal, a realidade económica e social da primeira metade do séc.XIX mostrou-se contrária aos seus princípios, pois assiste-se à emergência de teorias que advogam a necessidade de intervenção do Estado na economia nacional, fazendo apologia à protecção do mercado nacional e da concorrência estrangeira, e passamos a destacar :
 
Friedrich List (1789-1846) impulsionador da reunificação, considera que a doutrina da Escola Clássica está em desacordo com a natureza das coisas e com a evolução histórica da Humanidade, pelo que considerou a doutrina clássica abstracta e estática. 
Segundo List, a finalidade da economia nacional é o desenvolvimento das forças produtivas do país, pelo que, o que um país perde em riqueza-valor de troca, ganha largamente no futuro em riqueza-produtiva.
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Henry Carey (1793-1879) – primeiramente, liberal optimista. Por consequência da crise de 1837, converteu-se ao proteccionismo, em defesa da protecção aduaneira e da política de livre-câmbio, como regime de longa duração aplicável à agricultura. 
Jean Sismondi (1773-1842), adepto do liberalismo económico, veio a opor-se, após sucessivas crises económicas que abalaram a França, de 1815 a 1825 e defende que a distribuição deve merecer igual atenção, porque o equilíbrio económico se estabelece à custa do sacrifício das classes pobres (os operários), ependentes do salário magro.
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O Socialismo
Escola Socialista: Surgiu na Alemanha (1872) e o termo foi empregue, pela primeira vez, em 1827, por Roberto Owen. Esta estabeleceu que o Estado deve ter em suas mãos a propriedade e os meios de produção, regular a distribuição de riquezas económicas (bens e/ou serviços) e promover reformas em busca do bem-estar social.
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A Escola Socialista é dividida em três segmentos, classificados conforme a estrutura do pensamento de seus autores:
a) Socialismo Utópico – Constituído pelos pensadores idealistas, liderados por Thomas Malthus. A sua grande obra “A Utopia” (1516), era uma crítica consistente ao capitalismo nascente e ao feudalismo decadente. “A Utopia” ficou, na história do socialismo, como a primeira tentativa teórica de formação de uma sociedade sem propriedade privada, sem trabalho assalariado e sem supérfluos.
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b) Socialismo Científico foi constituído por pensadores cujos trabalhos estruturaram o materialismo dialéctico e histórico. O socialismo científico foi liderado por Karl Marx (1818-1883), e a sua principal obra foi “O Capital” (1867). Dentre os vários aspectos da sua obra, destacam-se os estudos sobre a mais-valia, acumulação capitalista e o exército industrial de reserva.
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- Materialismo dialéctico – doutrina cuja ideia central é que o mundo não pode ser acabado, mas é um conjunto de processos; em incessante movimento.
- Materialismo histórico – doutrina do Marxismo, que afirma que o modo de produção da vida material condiciona o conjunto de todos os processos da vida social, política e espiritual.
c) Neo-Marxismo – Conhecido como reformador do Marxismo ou integrante da nova esquerda (Neo-Esquerdista). O Neo-Marxismo foi liderado por António Gramsci (1891-1937), que discordou de Marx, ao afirmar que nenhuma classe poderia dominar com base em factores económicos, mas também entendia que a classe operária deveria atingir o poder através do esforço político e intelectual.
 
HIEPC
Entre os principais defensores do pensamento socialista, destacamos:
a) Saint Simon; b) Robert Owen; c) Charles Fourier; 
d) Karl Marx
Karl Marx é um vulto importante da história do pensamento económico. A sua obra económica principal chama-se "O Capital". Na sua teoria, prevê a evolução do sistema socioeconómico e a substituição do capitalismo por um outro sistema social a que chama socialismo que, por sua vez, dará lugar a outro, chamado comunismo. 
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Foi defensor dos ideais do manifesto comunista, originalmente denominado Manifesto do Partido Comunista, escrito por Karl Marx e Friederich Engels, teóricos fundadores do socialismo científico.
Marx analisa, ainda, o desenvolvimento das novas necessidades tecnológicas e de consumo impostas ao mercado, bem como o proletariado.
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Segundo a teoria socialista de Marx, o desenvolvimento do socialismo pressupõe o desaparecimento da divisão de classes sociais de poder público. No entanto, seria instaurada uma Sociedade Comunista (sociedade igualitária, sem classes sociais, baseadana propriedade comum, no controlo dos meios de produção e da propriedade em geral).
Para Karl Marx, o comunismo seria a fase final da sociedade humana, alcançável através de uma revolução proletária.
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O NEO-CLASSICISMO (Fins do Séc. XIX ao início do Séc. XX)
A escola Neoclássica ou Marginalista é uma corrente de pensamento económico que surgiu em defesa do pensamento clássico de Adam Smith, destacando, como princípio, as “forças da procura e da oferta”, pelo mecanismo de auto-regulação. 
O surgimento ou aparecimento da Escola Neo-Clássica acontece numa conjuntura conturbada, de incertezas, perante teorias contrastantes (Marxista, Clássica e fisiocrata) do pensamento económico em 1870.
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A principal preocupação dos neoclássicos era o funcionamento de mercado e como se chegar ao pleno emprego dos factores de produção, baseada no pensamento liberal.
2. Contributo do Pensamento Neoclássico
Alfred Marshall (1842-1924), matemático, economista, neoclássico da escola de Cambridge. É um vulto importante da história do pensamento económico. A sua obra principal chama-se "Princípios de Economia" e foi escrita em 1890. É esta a obra que tem servido de base à formação em economia.

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