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15/06/2022 20:40 Avaliação Final (Discursiva) - Individual 1/2 Prova Impressa GABARITO | Avaliação Final (Discursiva) - Individual (Cod.:747376) Peso da Avaliação 4,00 Prova 43695647 Qtd. de Questões 2 Nota 10,00 A relação de dualidade entre estruturas sociais, a comunicação entre indivíduos e a capacidade de agir de modo autônomo estão no centro da Teoria da Estruturação (SILVEIRA, 2021). Qual a diferença entre dualismo e dualidade na relação entre agente e estrutura? Por que Giddens inova ao propor uma reconceituação dessa relação? Disserte sobre esses dois questionamentos. FONTE: SILVEIRA, M. B. Teoria das relações internacionais II. Indaial: UNIASSELVI, 2021. Resposta esperada As teorias clássicas da sociologia, como o funcionalismo de Durkheim e o estruturalismo, afirmam que a relação entre agente e estrutura seria um dualismo, ou seja, uma relação entre dois elementos independentes e opostos. Quando Giddens propõe uma reconceituação da relação entre os dois elementos, e cunha o termo "estruturação", ele afirma que a relação seria, na verdade, de dualidade - ou seja, de dois elementos que se relacionam, existem simultaneamente, e não são excludentes. Minha resposta Dualismo seria uma relação entre dois elementos independentes e opostos. Já a dualidade é onde, na verdade, dois elementos se relacionam, existindo simultaneamente, mas não são excludentes. Giddens se opõe às teorias clássicas da sociologia quando defende a dualidade, diferentemente do funcionalismo de Durkheim e o estruturalismo, por exemplo, que afirmam a existência de um dualismo. O pensamento feminista nas Relações Internacionais emergiu relativamente tarde em comparação com outras correntes das ciências sociais. Teóricas do campo propuseram um conjunto de análises sobre como o gênero afetava a teoria e a prática das relações internacionais no final dos anos 1980, durante o debate, anteriormente discutido, entre positivistas e pós-positivistas. Como as críticas pós-positivistas das abordagens convencionais de RI, as teóricas feministas afirmam que paradigmas como realismo, neorrealismo e institucionalismo liberal apresentam uma visão limitada, enraizada em suposições políticas que não contam toda a história da política internacional (SILVEIRA, 2021). Nesse contexto, disserte sobre a abordagem feminista nas Relações Internacionais. FONTE: SILVEIRA, M. B. Teoria das relações internacionais II. Indaial: UNIASSELVI, 2021. Resposta esperada A abordagem feminista das Relações Internacionais não representa um único corpo teórico homogêneo, mas um discurso distinto composto de muitas teorias concorrentes. Por exemplo, feministas liberais se concentram na análise e na garantia de direitos iguais e acesso à educação e economia para as mulheres, enquanto feministas marxistas procuram transformar as estruturas socioeconômicas opressivas da sociedade capitalista. As feministas pós-modernas, por outro VOLTAR A+ Alterar modo de visualização 1 2 15/06/2022 20:40 Avaliação Final (Discursiva) - Individual 2/2 lado, rejeitam as afirmações de que uma teoria pode contar "uma história verdadeira" sobre a experiência humana. Esse grupo de autoras argumenta que não há experiência ou ponto de vista feminino autêntico que possa ser usado como um modelo para a compreensão do mundo, e repreendem as feministas liberais por sua adesão ao projeto iluminista, seu preconceito e suas visões essencialistas das mulheres. De maneiras diferentes, as feministas pretendem explicar o papel do gênero na teoria e prática das relações internacionais, localizando as mulheres na política internacional, investigando como elas são afetadas pelas estruturas e comportamento no sistema internacional e explorando maneiras de reconstruir a teoria das RI, tornando-a neutra em relação a gênero. Minha resposta O feminismo nas Relações Internacionais não se apresenta apenas como uma abordagem homogênea. Na verdade, é um discurso distinto composto por muitas teorias concorrentes. Sendo as duas principais: o feminismo liberal e o feminismo decolonial. O primeiro tem foco na análise e obtenção de igualdade de direitos entre homens e mulheres, no empoderamento feminino, no papel da mulher na sociedade e na igualdade na política e no trabalho. Já o feminismo decolonial, questiona os pressupostos centrais do campo, tendo como base a teoria decolonial, tidos muitas vezes como universais. Imprimir
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