AV1 - Atividade Contextualizada-Textos Fundamentais de Ficção e Poesia em Língua Portuguesa - passei direto

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AV1 - Atividade Contextualizada
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Conteúdo do exercício
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Metodologia Ativa - Resolução de problemas: o objetivo dessa atividade é instigar a resolução de problemas com base no que foi estudado nesta disciplina. Aqui você deve explorar as possibilidades da metodologia ativa na contextualização do assunto proposto, para a solução de problemas.
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Desejo boas-vindas a você na Atividade Contextualizada da disciplina. Agora, teremos uma oportunidade diferenciada de estudo, reflexão e construção de conhecimento dos temas abordados em nossa disciplina.
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Aqui, você irá desenvolver e apresentar sua opinião no que diz respeito aos Princípios Constitucionais Penais. Além disso, para concluir essa atividade, é necessário que você leia textos, artigos científicos, artigos publicados em revistas e demais informações que te auxiliem em seus argumentos e possíveis questionamentos. Por isso, atenha-se ao tema proposto e busque utilizar de termos técnicos, com clareza, para a compreensão do texto.
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Lembre-se de que, durante o estudo de nossa disciplina, você agregou informações de extrema importância para sua vida acadêmica e/ou profissional. Baseado (a) nesses conhecimentos adquiridos e em suas pesquisas, elabore sua resposta autoral e evite utilizar textos integrais, tanto dos materiais de estudo, quanto dos disponíveis na internet. Não se esqueça de inserir as devidas referências utilizadas na sua produção.
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Preparado(a)?
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1. Para começar, leia o texto a seguir!
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Você notou que cada texto vai nos apresentar uma representação da identidade nacional?
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Isso significa que um escritor pode se valer de representações, de narrativas já veiculadas em qualquer meio – seja para criticá-las ou para concordar com elas. Na carta que Pero Vaz de Caminha escreveu ao rei de Portugal, D. Manuel I, para compartilhar as descobertas no território então chamado Terra de Vera Cruz, ele recorre ao imaginário do paraíso perdido. Caminha retrata os índios como extensão, portanto, desse paraíso. Eles são vistos como ingênuos, bons e gentis. Já as índias são vistas como objetos à disposição dos viajantes. Caminha recomenda ao rei que salve a alma dessa gente, necessitados que estariam do que os portugueses chamavam de civilização.
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Considerando essas informações sobre a carta, leia o fragmento do romance “Eles eram muitos cavalos (2001)”, de Luiz Ruffato, e compare-o à carta escrita por Pero Vaz de Caminha.
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Eles eram muitos cavalos - Luiz Ruffato.pdf
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2. Analisando o texto e tendo como base as reflexões sobre as identidades nacionais, elabore uma dissertação desenvolvendo os seguintes tópicos:
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. Como o índio é representado no texto de Ruffato e no de Caminha? 
. De que forma o índio é tratado pelo branco? 
. De que modo é representada nossa identidade nacional? 
3. Importante:
Faça uso da pesquisa: busque sempre sites oficiais e de instituições de pesquisa reconhecidas.
4. Não se esqueça: Sua dissertação deverá conter até 30 (trinta) linhas.
Aguardo sua produção e desejo uma escrita produtiva.
Bons estudos!
O PROCESSO DE COLONIZAÇÃO DO BRASIL E O INDIO
Nota 5/5
As sociedades indígenas de agora são a imagem do que foi o Brasil, defende CARNEIRO DA CUNHA (1992), elas não são o produto da natureza, antes suas relações com o meio ambiente são mediatizadas pela história, onde os índios sofreram preconceitos e discriminações que se mantiveram por todo o período colonial.
Nesse contexto, assim como na carta que Pero Vaz de Caminha escreveu ao rei de Portugal, D. Manuel I, para compartilhar as descobertas no território então chamado Terra de Vera Cruz, no romance “Eles eram muitos cavalos (2001)”, de Luiz Ruffato, há uma imagem de sobressalto dos europeus diante dos habitantes nativos e suas comunidades, os quais foram chamados pelos europeus de indígenas, fazendo referência às Índias, local ao qual os portugueses acreditavam ter chegado.
Nesse sentido, o índio é tido como selvagem tanto por Caminha quanto por Ruffato, devido as comunidades indígenas possuírem características diferentes, começando pela língua, bem como apresentam diferentes práticas culturais, crenças e diversos ritos religiosos. Por esses motivos, nesse processo de conquista, os portugueses julgaram-se em condição superior à do índio. 
Nesse sentido, diversas construções pejorativas foram associadas à imagem da comunidade indígena por Ruffato, como “cara de idiota”, “imbecil”, “importuno”, “bobo”, “desajeitado”, entre outros. Essas construções sobre o índio reforçam a ideia de que os colonizadores se sentiram superiores em relação aos povos indígenas.
Desta feita, pouca importância foi dada às atuações dos índios e o apagamento de suas identidades étnicas construíram-se com a supervalorização do desempenho dos colonizadores em narrativas eurocêntricas e preconceituosas, que perduram desde 1500 a atualidade. Assim, os povos indígenas sofreram nesse processo histórico, dizimação física (genocídio) e violência cultural (etnocídio) pelos portugueses e perpetuado, posteriormente, pela povo brasileira.
Portanto, os indígenas mesmo estando no lugar onde seu povo sempre viveu, o Brasil, não há espaço para ele no ambiente civilizado e os mesmos foram aniquilados depois da chegada dos portugueses. Por outro lado, podemos sugerir que Ruffato se valeu da imagem indígena empregada na correspondência de Caminha justamente para criticá-la e subvertê-la.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
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CELESTINO DE ALMEIDA, Maria Regina . A atuação dos indígenas na História do Brasil: revisões historiográficas. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/historiab/indios-brasil1.htm
CARNEIRO DA CUNHA, Manuela. Introdução a uma história indígena. In: _______. (Ed.) História dos Índios no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1992. p.9-24.
_______. Os índios na História do Brasil. Rio de Janeiro: Ed. FGV, 2010.