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A HISTÓRIA DO DIREITO DO CONSUMIDOR

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Curso | Promotor de Vendas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Promotor 
de Vendas 
 
 160 horas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curso | Promotor de Vendas 
A HISTÓRIA DO DIREITO DO CONSUMIDOR. 
 
INTRODUÇÃO 
 
Para que o sistema de proteção do consumidor, como o 
conhecemos hoje, seja bem compreendido, é necessário arrolar uma 
série de ocorrências históricas envolvendo o consumo, de forma 
a demonstrar a evolução dos institutos jurídicos aplicáveis às 
relações de consumo. 
A proteção do consumidor, mesmo que sem essa denominação, 
remonta à Idade Antiga. Registros históricos, a exemplo do Código 
de Hamurabi Baseado nas Leis de Talião (“Olho por olho, dente 
por dente”. 
 O Código de Hamurabi é um conjunto de leis para 
organizar e controlar a sociedade, criadas na Mesopotâmia, por 
volta do século XVIII a. C., as leis que regulamentavam os 
direitos e os deveres dos babilônicos eram transmitidas através 
da oralidade, sendo repassada de boca em boca. 
Anotações sobre decisões envolvendo direitos e obrigações 
de profissionais liberais, arquitetos, cirurgiões, autônomos, 
como os empreiteiros, etc. E com penas tanto pecuniárias como, 
nos casos mais graves, com castigos corporais e até a morte. 
 No século XIII a.C., o Código de Massu da Índia 
estabelecia sanções para os casos de adulterações de alimentos. 
 No século XV, na França, os mesmos casos eram tratados 
com castigos físicos aplicados aos falsificadores. 
No século XVII, o microscópio passou a ser um grande aliado 
dos consumidores no auxílio da análise da água, alimentos e 
adulterações, principalmente de especiarias. 
No final do século XIX, o movimento de defesa do consumidor, 
já sendo tratado com essa denominação, ganhou força nos Estados 
Unidos em virtude do avanço do capitalismo. Surgia o mundo 
industrializado. Como marco inicial da defesa do consumidor tem-
se resumidamente o resultado da união de reivindicações 
trabalhistas tendo em vista a exploração do trabalho das mulheres 
e crianças e pela atuação direta frente ao mercado de consumo, 
 
 
Curso | Promotor de Vendas 
realizada por meio de boicote a produtos como exigência do 
reconhecimento de direitos enquanto trabalhadores e seres 
humanos. 
Em 1891 por iniciativa de Josephine Lowel foi criada a “New 
York Consumers League”, atual “Consumers Union”, que ao adquirir 
uma identidade própria deu início efetivo ao movimento 
consumerista, que se espalharia ao longo do século XX para todo 
o mundo. 
Já no século XX é importante destacar alguns fatos que 
impulsionaram o movimento que continua até os dias de hoje em 
evolução. 
Em 1906, nos Estados Unidos, foi elaborada a Regulamentação 
Para Inspeção de Carne e a Lei de Alimentos e Medicamentos. 
Em 1927, foi criada a FDA (Food and Drugs Administration), 
que passou em 1938 a abranger atribuições e competências também 
do segmento de cosméticos. A atuação do FDA tem repercussão no 
mundo inteiro, sendo um dos órgãos mais respeitados do mundo. 
A década de 60 foi o grande marco mundial para os 
consumidores. Logo no início de 1960 foi criada a IOCU – 
International Organization of Consumers Unions, atualmente 
denominada de CI – Consumers International. 
A IOCU foi inicialmente composta por cinco países: 
Austrália, Bélgica, Estados Unidos, Holanda e Reino Unido. O 
Brasil atualmente participa da IOCU por meio da Fundação Procon 
e do IDEC. 
Em 15 de março de 1962, o presidente dos Estados Unidos, 
John F. Kennedy, encaminhou mensagem ao Congresso Nacional 
Americano reconhecendo os direitos dos consumidores (segurança, 
informação, escolha e a de ser ouvido). Em sua homenagem o Dia 
Mundial dos Direitos do Consumidor passou a ser comemorado nessa 
data. 
Em 1964 e ainda nos Estados Unidos, Esther Peterson foi 
designada como assistente do Presidente Lyndon Johnson para 
assuntos de consumidores. 
 
 
Curso | Promotor de Vendas 
Em 1965 publicou um livro sobre o assunto – “Unsafe Any 
Speed”. Pelas lutas que iniciaram, ambos passaram a sofrer 
grandes oposições e até perseguições. O tempo e a história 
entretanto se encarregaram de reconhecer o grande trabalho 
desenvolvido, que tem continuado a se difundir por todo o mundo. 
No ano de 1965 foi criada na Malásia a primeira organização 
de consumidores em países em desenvolvimento – “Selangor and 
Federal Territory Consumers Association”. 
Na década de 70, os países menos industrializados passaram 
a receber um volume grande de informações sobre legislações, 
movimentos, associações de consumidores etc., em virtude do 
avanço tecnológico dos meios de comunicação. 
Em 1985, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas 
adotou a Resolução 39-248, que estabeleceu Diretrizes para a 
Proteção do Consumidor ressaltando a importância da participação 
dos governos na implantação de políticas de defesa do consumidor. 
Os anos 90 demonstraram a importância da defesa do 
consumidor em função da grande transformação econômica e 
tecnológica mundial. A globalização e a informática alcançaram 
todos os países indistintamente, levando cada vez mais 
informação sobre movimentos, direitos e acesso a produtos e 
serviços oferecidos à população. 
No Brasil, as preocupações com as relações de consumos 
surgiram nas décadas de 40 e 60, quando foram criadas diversas 
leis regulando aspectos de consumo. Dentre essas leis pode-se 
citar a Lei n.º 1221/51 (lei de economia popular), a Lei Delegada 
n.º 4/62, a Constituição de 1967 com a emenda n.º 1 de 1969 que 
consagrou a defesa do consumidor, a Constituição Federal de 1988 
que apresenta a defesa do consumido como princípio de ordem 
econômica, e o artigo 48 do ADCT que determina a criação do 
código de defesa do consumidor. 
Ano de 1988, um grande marco no avanço da proteção ao 
consumidor se deu com a promulgação da Constituição Federal, a 
qual incluiu no título I “Dos Princípios Fundamentais”, em seu 
 
 
Curso | Promotor de Vendas 
artigo 5º, XXXII, a defesa ao consumidor e, mais adiante, no 
título VII “Da Ordem Econômica e Financeira”, o art. 170, V. 
A proteção do consumidor ganhou importância com a 
Constituição Federal de 1988, que consagrou a proteção do 
consumidor como garantia constitucional e como princípio 
norteador da atividade econômica. 
Com a edição do Código de Defesa do Consumidor, os direitos 
do consumidor foram se consolidando, através da criação do 
microssistema das relações de consumo e da inserção de novas 
normas e princípios jurídicos. 
As relações de consumo foram se modificando, equilibrando 
dessa maneira as relações jurídicas entre consumidores e 
fornecedores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curso | Promotor de Vendas 
REFERÊNCIAS 
 
 
ALMEIDA, Fabrício Bolzan de. Direito do consumidor 
esquematizado. São Paulo: Saraiva, 2013. 
 
ALMEIDA, João Batista de. Manual de direito do consumidor. São 
Paulo: Saraiva, 2003. 
 
ALMEIDA, João. Batista de. A proteção jurídica do consumidor. 
2. ed. São Paulo: Saraiva, 2000. 
 
CAVALIERI FILHO, Sérgio. Programa de Direito do Consumidor. 3. 
ed. São Paulo: Atlas, 2011. 
 
DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro. São 
Paulo: Saraiva, 2008. 
 
FILOMENO, José Geraldo Brito. Manual de direitos do 
consumidor. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2010. 
 
MARQUES, Cláudia Lima; BENJAMIN, Antônio Herman V.; BESSA, 
Leonardo Roscoe. Manual de Direito do Consumidor. 5. ed. São 
Paulo: RT, 2013. 
 
MIRAGEM, Bruno. Curso de Direito do Consumidor. 4. ed. São 
Paulo: RT, 2013. 
 
NUNES, Luiz Antonio Rizzatto. Comentários ao Código de Defesa 
do Consumidor. 5. ed. São Paulo: RT, 2005. 
 
SAAD, Eduardo Gabriel. Comentários ao Código de Defesa do 
Consumidor: Lei nº 8.078, de 11.9.90. 4. ed. São Paulo: LTr, 
1999. 
 
STOCO, Rui. Juizado Especial e a defesa do consumidor. 
Repertório IOB de Jurisprudência: civil, processual penal e 
comercial,n. 23, p. 411-3, dez. 1996. 
 
TARTUCE, Flávio. Manual de direito do consumidor: direito 
material e processual /Flávio Tartuce, Daniel Amorim Assumpção 
Neves. 3. ed. Rio de Janeiro: Forense: São Paulo: Método, 
2018.

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