Buscar

AnaliseDemonstracoesFinanceiras_LivroDigital

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 146 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 146 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 146 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Estrutura e Análise 
das Demonstrações 
Contábeis 
NOME DO PROFESSOR
LIVRO DIGITAL
ESTRUTURA E 
ANÁLISE DAS 
DEMONSTRAÇÕES 
CONTÁBEIS
PEDRO CLÁUDIO DA SILVA
22
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO .................................................... 5
AULA 1 ................................................................... 7
Visão geral sobre o objetivo da 
administração financeira empresarial
AULA 2 ................................................................. 14
Planejamento Empresarial
AULA 3 ................................................................. 21
Visão geral sobre o processo e tipos de 
análise e interpretação de indicadores
AULA 4 ................................................................. 28
Indicadores de Liquidez
AULA 5 ................................................................. 41
Indicadores de Endividamento /
Estrutura de Capital – Parte 1
AULA 6 ................................................................. 51
Indicadores de Endividamento/
Estrutura de Capital – Parte 2
AULA 7 ................................................................. 58
Indicadores de Lucratividade/Rentabilidade
AULA 8 ................................................................. 67
Outros Indicadores Importantes
AULA 9 ................................................................. 74
Modelos de Avaliação de Empresas
AULA 10 ................................................................ 85
Sistema de Análise Dupont
AULA 11 ................................................................ 90
Modelos de Insolvência – Parte 1
AULA 12 ...............................................................102
Modelos de Insolvência – Parte 2
AULA 13 ...............................................................112
Análise Dinâmica do Capital de Giro: análise 
do fluxo das variáveis empresariais – Parte 1
AULA 14 ...............................................................125
Análise Dinâmica do Capital de Giro: análise 
do fluxo das variáveis empresariais – Parte 2
AULA 15 ...............................................................128
Análise Dinâmica do Capital de Giro: análise 
das variações da Necessidade Líquida 
de Capital de Giro (NLCG) – Parte 1
AULA 16 ...............................................................135
Análise Dinâmica do Capital de Giro: análise 
das variações da Necessidade Líquida 
de Capital de Giro (NLCG) – Parte 2
REFERÊNCIAS BILIOGRÁFICAS ...........................142
5
APRESENTAÇÃO
As empresas brasileiras, sobretudo as sociedades 
anônimas e empresas de grande porte, consolidam 
suas informações operacionais, econômicas 
e financeiras e elaboram suas demonstrações 
financeiras num padrão internacionalmente 
reconhecido (International Financial Reporting 
Standards – IFRS), objetivando fornecer aos 
interessados informações sobre seu desempenho 
num dado período comparativamente ao período 
imediatamente anterior.
O desempenho das empresas está diretamente 
relacionado ao ambiente econômico em 
que as mesmas estão inseridas e ao setor de 
atuação. Assim, a análise de desempenho deve 
partir da compreensão de como o ambiente 
macroeconômico e setorial impacta os diversos 
aspectos e quesitos abordados no processo de 
análise.
As demonstrações financeiras divulgadas pelas 
companhias de capital aberto são compostas pelo 
relatório da administração, balanço patrimonial, 
demonstração de resultado, demonstração dos 
fluxos de caixa, demonstração das mutações 
do patrimônio líquido e demonstração do valor 
adicionado, acompanhadas pelas notas explicativas, 
parecer do conselho fiscal e relatório dos auditores 
independentes.
Esta disciplina discorre sobre as diferentes 
metodologias fundamentalistas de análise das 
demonstrações financeiras. As ferramentas que 
serão estudadas estão relacionadas aos indicadores 
de liquidez, lucratividade, rentabilidade, 
endividamento, estrutura de capital, modelo 
Dupont, modelos de previsão de falência e 
modelo dinâmico. As referidas ferramentas 
possibilitam uma análise ampla e abrangente 
das demonstrações financeiras, possibilitando 
ao analista obter informações, por meio de 
indicadores, para subsidiar a tomada de decisão 
conforme suas necessidades.
AULA 1
Visão geral 
sobre o 
objetivo da 
administração 
financeira 
empresarial
8
Toda empresa que atua no mercado possui 
um propósito e, para que seu propósito seja 
alcançado, é preciso planejar. Contudo, para 
que o planejamento possa ser plenamente 
realizado, é necessário um ciclo de realização, 
acompanhamento e controle. Nessa diretriz, a 
análise das demonstrações financeiras contribui 
para fornecer informações sobre o desempenho 
realizado em um determinado período, 
9
contribuindo para a tomada de decisão, seja ela de 
continuidade, seja de ajustes.
Para que se possa entender a importância 
das diferentes metodologias de análise das 
demonstrações financeiras, é necessário, 
primeiramente, compreender o conceito de 
finanças e sua aplicabilidade. Para Gitman (2001, 
p. 34),
As finanças podem ser definidas como 
a arte e a ciência de gerenciamento de 
fundos. Virtualmente, todos os indivíduos 
e organizações ganham ou captam e 
gastam ou investem dinheiro. As finanças 
lidam com o processo, as instituições, os 
mercados e os instrumentos envolvidos na 
transferência de dinheiro entre indivíduos, 
negócios e governos.
Bodie e Merton complementam o conceito definido 
por Gitman afirmando (2002, p. 32):
Finanças é o estudo de como as pessoas 
alocam recursos escassos ao longo 
do tempo. As duas características que 
10
distinguem as decisões financeiras 
de outras decisões de alocação de 
recursos, que são os custos e benefícios 
das decisões financeiras, são (1) a 
distribuição ao longo do tempo e (2) o 
fato de geralmente serem desconhecidas 
de antemão, ou por quem vai tomar as 
decisões ou por qualquer outra pessoa.
Lemes Júnior, Rigo e Cherobin (2002, p. 5) 
sintetizam o conceito afirmando que finanças é o 
estudo da arte e a ciência de administrar recursos 
financeiros para maximizar a riqueza. Se finanças 
segue essa consideração, Damodaran (2004) 
enfatiza que o objetivo das finanças aplicadas às 
empresas é maximizar seu o valor.
11
De acordo com Assaf Neto (2014, p. 4),
[...] as finanças das empresas, em seus 
primórdios, consideradas como parte 
do estudo das Ciências Econômicas, 
vêm descrevendo ao longo do tempo 
um processo consistente de evolução 
conceitual e técnica. Principalmente a partir 
dos anos 20 do século XX, já entendidas 
como uma área independente de estudo, 
as finanças das empresas são motivadas a 
evoluir de maneira a atender à crescente 
complexidade assumida pelos negócios e 
operações de mercado. Nos dias atuais, a 
área financeira passou de uma postura mais 
questionadora e reveladora dos fenômenos 
financeiros. São fundamentais no contexto 
moderno a identificação e o entendimento 
das causas de determinado comportamento 
operacional, e não somente a mensuração 
dos valores registrados e dos efeitos 
produzidos pelos fatos financeiros.
SAIBA MAIS
12
Ainda segundo Assaf Neto (2003, p. 29), no 
ambiente empresarial, a administração financeira 
volta-se basicamente para as funções descritas a 
seguir.
 ● PLANEJAMENTO FINANCEIRO: procura 
evidenciar as necessidades de expansão da 
empresa, assim como identificar eventuais 
desajustes futuros. Por meio do planejamento, 
ainda, é possível ao administrador financeiro 
selecionar, com maior margem de segurança, 
os ativos mais rentáveis e condizentes com os 
negócios da empresa, de forma a estabelecer 
rentabilidade mais satisfatória sobre os 
investimentos.
 ● CONTROLE FINANCEIRO: dedica-se a 
acompanhar e avaliar todo o desempenho 
financeiro da empresa. Análises de desvios que 
venham a ocorrer entre os resultados previstos 
e realizados, assim como propostas de medidas 
corretivas necessárias, são algumas das funções 
básicas da controladoria financeira.
 ● ADMINISTRAÇÃO DE ATIVOS: deve perseguir 
a melhor estrutura,em termos de risco e retorno, 
dos investimentos empresariais e proceder a 
um gerenciamento eficiente de seus valores. A 
13
administração dos ativos acompanha também as 
defasagens que podem ocorrer entre entradas e 
saídas de dinheiro de caixa, o que é geralmente 
associado à gestão do capital de giro.
 ● ADMINISTRAÇÃO DE PASSIVOS: volta-se 
para a aquisição de fundos (financiamento) e o 
gerenciamento de sua composição, procurando 
definir a estrutura mais adequada em termos de 
liquidez, redução de seus custos e risco financeiro.
GEN Atlas. Alexandre Assaf Neto – Evolução 
das finanças corporativas, 1o mar. 2012. 
Disponível em: https://www.youtube.com/
watch?v=Yt_MYmfryis. Acesso em: 16 set. 
2020.
LINK
https://www.youtube.com/watch?v=Yt_MYmfryis
https://www.youtube.com/watch?v=Yt_MYmfryis
AULA 2
Planejamento 
Empresarial
15
Toda etapa de criação de valor para a empresa 
inicia-se com um processo de planejamento. É 
comum empresas encerrarem suas atividades 
por falta de planejamento. A realização de um 
planejamento não é garantia absoluta de sucesso, 
mas a falta de planejamento, invariavelmente, 
contribui para uma situação de insolvência.
Nesse contexto, um planejamento econômico-
financeiro deve ser resultado de um planejamento 
mais amplo, conhecido por planejamento estratégico.
De acordo com Kluyver e Pearce II (2007, p. XI – 2):
O sucesso corporativo depende, em um 
grau considerável, da habilidade da alta 
administração em elaborar e implantar 
estratégias eficazes. [...] Formular uma 
estratégia sólida requer tanto análise 
como síntese, é uma atividade ao mesmo 
tempo racional e criativa. Saber aonde quer 
chegar e descobrir maneiras criativas e 
cuidadosamente analisadas para atingir tal 
16
objetivo são as marcas inconfundíveis de um 
desenvolvimento estratégico bem-sucedido. 
[...] Estratégia diz respeito a posicionar uma 
organização para a obtenção de vantagem 
competitiva. Envolve escolhas a respeito 
de que setores participar, quais produtos 
e serviços oferecer e como alocar recursos 
corporativos. Seu objetivo principal é criar 
valor para acionistas e outros stakeholders 
ao proporcionar valor para o cliente.
Todo planejamento deve ser iniciado com o 
estabelecimento da missão, visão e princípios/
valores. Posteriormente, é necessária a realização 
de uma análise ambiental e setorial profunda e de 
longo prazo. O objetivo da realização de análise 
setorial e ambiental pelas empresas é conhecer suas 
forças e fraquezas, as ameaças e as oportunidades.
A partir da análise setorial e ambiental, são 
estabelecidas estratégias de longo, médio e curto 
prazo. As referidas estratégias são implementadas 
definindo, para cada uma delas, objetivos e metas 
de desempenho.
Para Garrison, Noreen e Brewer (2013, p. 3), “o 
planejamento envolve estabelecer objetivos e 
especificar de que forma alcançá-los”.
17
Segundo Hitt, Ireland e Hoskisson (2008, p. 7-8),
[...] globalização é a interdependência 
econômica cada vez maior entre 
os países e suas organizações, de 
acordo com o refletido no fluxo de 
bens e serviços, capital financeiro e 
conhecimento através das fronteiras 
dos países. A globalização é o produto 
de uma quantidade maior de empresas 
competindo uma com as outras em um 
número cada vez maior de economias 
globalizadas. Uma economia globalizada 
é aquela na qual bens, serviços, pessoas, 
habilidades e ideias cruzam livremente 
as fronteiras geográficas. Relativamente 
liberada das restrições artificiais tais 
como tarifas, a economia globalizada 
amplia e complica significativamente o 
ambiente competitivo de uma empresa.
SAIBA MAIS
18
De acordo com Damodaran (2004), o processo de 
maximização na geração de valor para a empresa só 
é possível mediante a realização de investimentos 
que ofereçam retornos superiores ao retorno 
mínimo esperado. Para que isso aconteça, é 
imperativo escolher um mix de financiamentos que 
possibilite a maximização do valor da empresa e 
case com os ativos financiados.
Segundo Garrison, Noreen e Brewer (2013, p. 3), “a 
tomada de decisões envolve selecionar uma ação 
dentre alternativas concorrentes”.
De acordo com Weston e Brigham (2000, p. 33):
Para que a administração maximize o valor 
de uma empresa, ela deve aproveitar suas 
forças e corrigir suas fraquezas. A análise 
das demonstrações financeiras envolve a 
comparação do desempenho da empresa 
com o de outras empresas no mesmo 
setor. Isso a ajuda a identificar deficiências 
e a tomar medidas que melhorem o 
desempenho.
Os autores Brigham, Gapenski e Ehrhardt (2001, p. 
97) possuem mesmo entendimento.
19
Para que os objetivos de longo prazo possam 
ser alcançados, é preciso que eles sejam 
desdobrados em objetivos de curto prazo. Estes, 
por sua vez, são consolidados na elaboração do 
orçamento empresarial, cujas metas devem ser 
continuamente acompanhadas, objetivando corrigir 
tempestivamente eventuais desvios. Ao final de 
cada trimestre ou exercício, as demonstrações 
financeiras representam a realização desse 
planejamento de curto prazo.
Para Garrison, Noreen e Brewer (2013, p. 3), “o 
controle envolve feedback para garantir que o 
planejamento seja adequadamente executado ou 
modificado à medida que as circunstâncias mudem”.
GEN Atlas. Alexandre Assaf Neto – Análise 
de balanços: limitações e conflitos – Parte 1, 
14 fev. 2013. Disponível em: https://www.
youtube.com/watch?v=zJmVhD1CISw. Acesso 
em: 16 set. 2020.
LINK
https://www.youtube.com/watch?v=zJmVhD1CISw
https://www.youtube.com/watch?v=zJmVhD1CISw
20
As demonstrações financeiras de uma empresa e 
suas notas explicativas são revestidas de termos 
técnicos, o que dificulta a tomada de decisões pelos 
gestores não contadores. O papel do analista de 
balanços é justamente traduzir as demonstrações 
financeiras em relatórios com linguagem mais 
simples, de forma que qualquer usuário tenha 
condições de entender de forma rápida a situação 
econômico-financeira da empresa.
AULA 3
Visão geral 
sobre o 
processo e 
tipos de análise 
e interpretação 
de indicadores
22
As informações contidas nas demonstrações 
financeiras são extremamente importantes para 
diversos grupos (stakeholders) que regularmente 
necessitam construir medidas relativas à eficiência 
operacional da empresa. As análises de índices 
envolvem métodos de cálculo e interpretação 
visando analisar e acompanhar o desempenho da 
empresa. A análise não inclui somente o cálculo do 
índice; o mais importante é a interpretação do valor 
desse índice.
Basicamente, existem três tipos de análises dos 
índices, os quais seguem.
 ● Análise de corte transversal: a análise de 
corte transversal envolve a comparação de índices 
financeiros de diferentes empresas na mesma data. 
A comparação de médias setoriais também é um 
procedimento comum.
 ● Análise de séries temporais: a análise de séries 
temporais avalia o desempenho com o passar do 
tempo. Compara o desempenho corrente com o 
desempenho passado.
23
 ● Análise combinada: a visão combinada analisa, 
ao mesmo tempo, o desempenho corrente e 
passado da empresa (análise de séries temporais), 
com o desempenho de outras empresas e/ou setor 
(análise em corte transversal). A visão combinada 
permite avaliar a tendência de comportamento de 
um índice em relação à tendência observada em 
outras empresas e/ou setor.
É importante destacar também que é bastante 
usual a análise vertical de horizontal, tanto da 
DRE quanto do balanço patrimonial. Na análise 
vertical, cada elemento de um conjunto é 
comparado em relação ao total do conjunto, 
demonstrando a participação percentual de cada 
elemento no total. Já a análise horizontal tem o 
objetivo de demonstrar a evolução das contas das 
demonstrações financeiras ao longo do tempo.
24
De acordo com Assaf Neto (2003, p. 98)
[...] apesar da existência de alguns 
critérios sofisticados, o uso de 
índices constitui-se na técnica mais 
comumente empregada [na análise 
de demonstrações financeiras]. 
No entanto, algumasprecauções 
devem ser tomadas. Inicialmente, 
aponta-se que um simples índice, 
isolado de outros complementares 
ou que ilustram a causa de seu 
comportamento, não fornece 
elementos suficientes para uma 
conclusão satisfatória. [...] Ressalta-
se também que, mesmo que se 
tenha mensurado um conjunto 
de índices complementares, é 
necessário efetuar uma comparação 
temporal e setorial.
PARA SABER MAIS
25
Toda decisão econômico-financeira é tomada 
levando em consideração três situações, 
conhecidas pelo chamado tripé decisorial. São elas: 
situação de liquidez, situação de endividamento/
estrutura de capital e situação econômica.
O objetivo da análise de liquidez é compreender a 
situação sobre a capacidade que a empresa tem, 
num dado período, de honrar seus compromissos, 
sejam eles de curto e/ou longo prazos.
A meta de analisar a estrutura de capital é 
compreender, num dado período, qual a estrutura 
de capital que a empresa possui naquele momento, 
bem como seu grau de endividamento.
Quando se analisa a situação econômica, o 
propósito é compreender qual a capacidade da 
empresa naquele momento de geração de riqueza, 
ou seja, qual a lucratividade e a rentabilidade que 
ela está gerando.
Companhia Exemplo
A Companhia Exemplo apresentou as seguintes 
informações referentes aos exercícios de 20X0, 
20X1 e 20X2.
26
TABELA 1 – DEMONSTRAÇÕES 
FINANCEIRAS DA COMPANHIA 
EXEMPLO (R$ X MIL)
3 4 5
20X2 20X1 20X0 20X2 20X1 20X0
Circulante 2.988.919 2.668.065 2.524.847 Circulante 1.592.174 1.029.729 1.055.218 
Disponibilidades 1.317.831 885.489 769.397 Empréstimos e Financiamentos966.060 421.676 367.612 
Créditos 1.032.600 1.150.598 1.166.496 Fornecedores 249.138 286.709 308.165 
Estoques 437.774 467.522 447.456 Outros 376.976 321.344 379.441 
Outros 200.714 164.456 141.498 
Realizável a Longo Prazo 661.878 667.862 615.027 Passivo não Circulante 1.584.506 1.737.825 1.528.631 
Permanente 1.388.066 1.102.638 977.966 Patrimônio Líquido 1.862.183 1.671.011 1.533.991 
Total do Ativo 5.038.863 4.438.565 4.117.840 Total do Passivo 5.038.863 4.438.565 4.117.840 
2.739.132 3.400.194 3.659.309 Lucro (Prejuízo) Líquido 89.083 224.070 292.117 
Balanço Patrimonial
ATIVO PASSIVO
Receita Líquida das Vendas
Fonte: Elaborada pelo autor.
A rubrica disponibilidades é a consolidação das 
contas caixa e equivalentes de caixa mais aplicações 
financeiras. A rubrica ativo permanente foi 
segregada da rubrica ativo realizável a longo prazo e 
representa a consolidação das contas investimento, 
imobilizado, intangível e diferido.
Referidas informações serão usadas 
posteriormente, nos exemplos que serão 
desenvolvidos nas próximas aulas.
27
Com o advento da Lei no 11.638/2007, 
as terminologias disponibilidades e ativo 
permanente deixaram de ser utilizadas. As 
referidas terminologias estão sendo mantidas 
para facilitar o processo de cálculo dos 
indicadores. É importante enfatizar, também, 
que as contas que foram consolidadas na 
rubrica ativo permanente foram segregadas 
da rubrica ativo realizável a longo prazo.
PARA SABER MAIS
AULA 4
Indicadores de 
Liquidez
29
Das três situações que compõem o tripé decisorial, 
a situação de liquidez é a mais sensível, pois 
uma situação de liquidez desfavorável pode levar 
as empresas a um processo de liquidação e ao 
consequente encerramento de suas atividades.
Os indicadores de liquidez evidenciam o grau 
de solvência da empresa em decorrência da 
existência ou não de solidez financeira que garanta 
o pagamento dos compromissos assumidos com 
terceiros. Esses quocientes mostram a proporção 
existente entre as aplicações efetuadas no ativo 
circulante e no ativo realizável a longo prazo (LP) 
em relação aos capitais de terceiros (passivo 
circulante e passivo não circulante).
30
Liquidez é a capacidade de transformar 
ativos em dinheiro. Quanto mais rápido isso 
acontecer, melhor será o retorno.
PARA SABER MAIS
A Figura 1 destaca quais são os indicadores que 
compõem os índices de liquidez, cuja capacidade 
de pagamento pode ser avaliada considerando o 
longo prazo, o curto prazo ou o prazo imediato.
FIGURA 1 – INDICADORES DE LIQUIDEZ
LIQUIDEZ
GERAL CORRENTE CORRENTE IMEDIATA
Longo
Prazo
Curto
Prazo
Prazo
Imediato
Fonte: Elaborada pelo autor.
31
CONTABILIDADE TV. Questão 30 – Exame 
de suficiência 2016.1. Liquidez corrente, 
geral, imediata e seca, 3 set. 2016. 
Disponível em: https://www.youtube.com/
watch?v=HHAere5p6nQ. Acesso: 16 set. 2020.
LINK
ÍNDICE DE LIQUIDEZ GERAL 
(ILG)
O Índice de Liquidez Geral (ILG) evidencia se os 
recursos financeiros aplicados no ativo circulante 
e no ativo realizável a longo prazo são suficientes 
para cobrir as obrigações totais, isto é, quanto a 
empresa tem de ativo circulante mais realizável a 
longo prazo para cada real de obrigação total.
https://www.youtube.com/watch?v=HHAere5p6nQ
https://www.youtube.com/watch?v=HHAere5p6nQ
32
FIGURA 2 – FÓRMULA DO ÍNDICE 
DE LIQUIDEZ GERAL (ILG)
Fórmula =
Ativo Circulante + Realizável LP
Passivo Circulante + Passivo Não Circulante
Fonte: Elaborada pelo autor.
 ● Interpretação: quanto maior este quociente, 
melhor.
 ● Exemplo: com base nas informações da 
Companhia Exemplo, o resultado do ILG de cada 
exercício foi:
 – 20X0 = 1,22, ou seja, para cada R$ 1,00 de 
obrigações de curto e longo prazo em 20X0, a 
Companhia Exemplo tinha R$ 1,22 de direitos de 
curto e longo prazo;
 – 20X1 = 1,21, ou seja, para cada R$ 1,00 de 
obrigações de curto e longo prazo em 20X1, a 
Companhia Exemplo tinha R$ 1,21 de direitos de 
curto e longo prazo;
 – 20X2 = 1,15, ou seja, para cada R$ 1,00 de 
obrigações de curto e longo prazo em 20X2, a 
Companhia Exemplo tinha R$ 1,15 de direitos de 
curto e longo prazo.
33
 ● Interpretação: analisando a evolução do 
indicador nos três exercícios, percebe-se que 
houve uma pequena redução. Contudo, apesar da 
redução, o ILG da Companhia continua muito bom. 
Mesmo tendo uma característica de longo prazo, o 
indicador é maior que 1.
ÍNDICE DE LIQUIDEZ 
CORRENTE OU COMUM (ILC)
O Índice de Liquidez Corrente (ILC), ou comum, 
revela a capacidade financeira da empresa para 
cumprir seus compromissos de curto prazo, isto é, 
quanto a empresa tem de ativo circulante para cada 
real de passivo circulante.
FIGURA 3 – FÓRMULA DO ÍNDICE DE 
LIQUIDEZ CORRENTE (ILC)
Fórmula =
Ativo Circulante
Passivo Circulante
Fonte: Elaborada pelo autor.
 ● Interpretação: quanto maior este quociente, 
melhor.
34
 ● Exemplo: com base nas informações da 
Companhia Exemplo, o resultado ILC de cada 
exercício foi:
 – 20X0 = 2,39, ou seja, para cada R$ 1,00 
de obrigações de curto prazo em 20X0, a 
Companhia Exemplo tinha R$ 2,39 de direitos de 
curto prazo;
 – 20X1 = 2,59, ou seja, para cada R$ 1,00 
de obrigações de curto prazo em 20X1, a 
Companhia Exemplo tinha R$ 2,59 de direitos de 
curto prazo;
 – 20X2 = 1,88, ou seja, para cada R$ 1,00 
de obrigações de curto prazo em 20X2, a 
Companhia Exemplo tinha R$ 1,88 de direitos de 
curto prazo.
 ● Interpretação: analisando a evolução do 
indicador nos três exercícios, percebe-se que houve 
uma melhora de 20X0 para 20X1 e uma redução de 
20X1 para 20X2. Contudo, apesar da redução, ILC 
da Companhia continua muito bom, pois é maior 
que 1.
35
ÍNDICE DE LIQUIDEZ SECA (ILS)
O Índice de Liquidez Seca (ILS) revela a capacidade 
financeira líquida da empresa para cumprir os 
compromissos de curto prazo, excluindo os 
estoques do ativo circulante, por tratar-se de uma 
fonte de incerteza.
FIGURA 4 – FÓRMULA DO ÍNDICE 
DE LIQUIDEZ SECA (ILS)
Fórmula =
Ativo Circulante - Estoques
Passivo Circulante
Fonte: Elaborada pelo autor.
 ● Interpretação: quanto maior este quociente, 
melhor.
 ● Exemplo: com base nas informações da 
Companhia Exemplo, o resultado do ILS de cada 
exercício foi:
 – 20X0 = 1,97, ou seja, para cada R$ 1,00 
de obrigações de curto prazo em20X0, a 
Companhia Exemplo tinha R$ 1,97 de direitos de 
curto prazo, excluindo estoques;
36
 – 20X1 = 2,14, ou seja, para cada R$ 1,00 
de obrigações de curto prazo em 20X1, a 
Companhia Exemplo tinha R$ 2,14 de direitos de 
curto prazo, excluindo estoques;
 – 20X2 = 1,60, ou seja, para cada R$ 1,00 
de obrigações de curto prazo em 20X2, a 
Companhia Exemplo tinha R$ 1,60 de direitos de 
curto prazo, excluindo estoques.
 ● Interpretação: analisando a evolução do 
indicador nos três exercícios, percebe-se que houve 
uma melhora de 20X0 para 20X1 e uma redução de 
20X1 para 20X2. Contudo, apesar da redução, o ILS 
da Companhia continua muito bom, pois é maior 
que 1, apesar da exclusão dos estoques.
ÍNDICE DE LIQUIDEZ 
IMEDIATA (ILI)
O Índice de Liquidez Imediata (ILI) revela a 
capacidade de liquidez imediata da empresa para 
saldar seus compromissos de curto prazo, isto é, 
quanto a empresa possui de dinheiro em caixa e 
equivalentes de caixa mais aplicações financeiras 
para cada real do passivo circulante.
37
FIGURA 5 – FÓRMULA DO ÍNDICE 
DE LIQUIDEZ IMEDIATA (ILI)
Fórmula =
Disponibilidades
Passivo Circulante
Fonte: Elaborada pelo autor.
 ● Interpretação: quanto maior este quociente, 
melhor.
 ● Exemplo: com base nas informações da 
Companhia Exemplo, o resultado do ILI de cada 
exercício foi:
 – 20X0 = 0,73, ou seja, para cada R$ 1,00 
de obrigações de curto prazo em 20X0, 
a Companhia Exemplo tinha R$ 0,73 de 
disponibilidades;
 – 20X1 = 0,86, ou seja, para cada R$ 1,00 
de obrigações de curto prazo em 20X1, 
a Companhia Exemplo tinha R$ 0,86 de 
disponibilidades;
 – 20X2 = 0,83, ou seja, para cada R$ 1,00 
de obrigações de curto prazo em 20X2, 
a Companhia Exemplo tinha R$ 0,83 de 
disponibilidades.
38
 ● Interpretação: analisando a evolução do 
indicador nos três exercícios, percebe-se que houve 
uma melhora de 20X0 para 20X1 e uma redução 
de 20X1 para 20X2. Contudo, o valor de 20X2 foi 
superior ao registrado em 20X0. Apesar de o ILI ser 
inferior a 1, o índice da Companhia é muito bom, 
pois esse indicador tende a ser baixo mesmo.
NEIVA, João José Ribas. Tipificação 
financeira de empresas inadimplentes: 
financiamentos de projetos de investimento 
concedidos pelo BRDE. 2008. Dissertação 
(mestrado) – Programa de Pós-graduação 
em Contabilidade, Universidade Federal do 
Paraná, Curitiba, 2008. Disponível em: https://
acervodigital.ufpr.br/handle/1884/14703. 
Acesso em: 16 set. 2020.
LINK
https://acervodigital.ufpr.br/handle/1884/14703
https://acervodigital.ufpr.br/handle/1884/14703
39
Esses índices de liquidez evidenciam a 
situação financeira da empresa, portanto, a 
capacidade de a empresa pagar suas dívidas. 
Verifique a reportagem indicada a seguir.
MACHADO, Juliana. Moody’s: Petrobras e 
Oi têm maior isco de liquidez de empresa 
no país. Valor Econômico, São Paulo, 2 maio 
2016. Disponível em: <http://www.valor.
com.br/empresas/4546333/moody%253Fs-
petrobras-e-oi-tem-maior-risco-de-liquidez-
de-empresa-no-pais>. Acesso em: 16 set. 
2020.
PARA SABER MAIS
As demonstrações financeiras das companhias 
abertas encontram-se disponíveis nos sites das 
próprias companhias ou no site da Comissão 
de Valores Mobiliários (CVM) (http://www.cvm.
gov.br/menu/regulados/companhias/consultas/
http://www.valor.com.br/empresas/4546333/moody%253Fs-petrobras-e-oi-tem-maior-risco-de-liquidez-de-empresa-no-pais
http://www.valor.com.br/empresas/4546333/moody%253Fs-petrobras-e-oi-tem-maior-risco-de-liquidez-de-empresa-no-pais
http://www.valor.com.br/empresas/4546333/moody%253Fs-petrobras-e-oi-tem-maior-risco-de-liquidez-de-empresa-no-pais
http://www.valor.com.br/empresas/4546333/moody%253Fs-petrobras-e-oi-tem-maior-risco-de-liquidez-de-empresa-no-pais
http://www.cvm.gov.br/menu/regulados/companhias/consultas/consulta-a-informacoes-de-companhias.html
http://www.cvm.gov.br/menu/regulados/companhias/consultas/consulta-a-informacoes-de-companhias.html
40
consulta-a-informacoes-de-companhias.html) e, 
para as companhias que negociam ações na Bolsa 
de Valores de São Paulo, no site da Bovespa (http://
www.b3.com.br/pt_br/).
Os indicadores de liquidez evidenciam o grau 
de solvência da empresa em decorrência da 
existência ou não de solidez financeira que garanta 
o pagamento dos compromissos assumidos com 
terceiros. Esses quocientes mostram a proporção 
existente entre as aplicações efetuadas no ativo 
circulante e no ativo realizável a longo prazo em 
relação aos capitais de terceiros (passivo circulante 
e passivo não circulante).
http://www.cvm.gov.br/menu/regulados/companhias/consultas/consulta-a-informacoes-de-companhias.html
http://www.b3.com.br/pt_br/
http://www.b3.com.br/pt_br/
AULA 5
Indicadores de 
Endividamento 
/Estrutura de 
Capital – Parte 1
42
Na aula anterior, foram estudados os índices de 
liquidez, cujo objetivo foi compreender a situação 
sobre a capacidade que a empresa tem, num dado 
período, de honrar seus compromissos, sejam eles 
de curto e/ou de longo prazos.
Nesta aula e na próxima, vamos estudar a situação 
de endividamento/estrutura de capital das 
empresas. O propósito de analisar a estrutura de 
capital é compreender, em um período específico, 
qual a estrutura de capital que a empresa possui 
naquele momento, bem como seu grau de 
endividamento.
Os indicadores de endividamento/estrutura 
de capital servem para evidenciar o grau de 
endividamento da empresa em decorrência das 
origens dos capitais investidos.
43
Verifique a relação entre os indicadores de 
estrutura de capital e o EBITDA de empresas na 
Bovespa. Disponível em: https://congressousp.
fipecafi.org/anais/artigos152015/65.pdf. 
Acesso em: 16 set. 2020.
PARA SABER MAIS
INDICADOR DE 
PARTICIPAÇÃO DE CAPITAL DE 
TERCEIROS (IPCT)
Revela qual a proporção existente entre capital de 
terceiros e capital próprio, isto é, quanto a empresa 
utiliza de capital de terceiros para cada real de 
capital próprio.
https://congressousp.fipecafi.org/anais/artigos152015/65.pdf
https://congressousp.fipecafi.org/anais/artigos152015/65.pdf
44
FIGURA 6 – FÓRMULA DO INDICADOR 
DE PARTICIPAÇÃO DE CAPITAL DE 
TERCEIROS (IPCT)
Fórmula =
Capital de Terceiros
Patrimônio Líquido
Fonte: Elaborada pelo autor.
 ● Interpretação: quanto menor este quociente, 
melhor.
 ● Exemplo: com base nas informações da 
Companhia Exemplo, o resultado do IPCT de cada 
exercício foi:
 – 20X0 = 1,68, ou seja, para cada R$ 1,00 de 
capital próprio em 20X0, a Companhia Exemplo 
tinha R$ 1,68 de capital de terceiros;
 – 20X1 = 1,66, ou seja, para cada R$ 1,00 de 
capital próprio em 20X1, a Companhia Exemplo 
tinha R$ 1,66 de capital de terceiros;
 – 20X2 = 1,71, ou seja, para cada R$ 1,00 de 
capital próprio em 20X2, a Companhia Exemplo 
tinha R$ 1,71 de capital de terceiros.
 ● Interpretação: analisando a evolução do IPCT 
nos três exercícios, percebe-se que houve uma 
pequena redução de 20X0 para 20X1, mas voltando 
a aumentar em 20X2.
45
ÍNDICE DE COMPOSIÇÃO DO 
ENDIVIDAMENTO (ICE)
Este indicador mostra qual a proporção existente 
entre as obrigações de curto prazo e as obrigações 
totais, isto é, quanto a empresa terá de pagar a curto 
prazo para cada real do total de obrigações existentes.
FIGURA 7 – FÓRMULA DO 
ÍNDICE DE COMPOSIÇÃO DO 
ENDIVIDAMENTO (ICE)
Fórmula =
Passivo Circulante
Capital de Terceiros
Fonte: Elaborada pelo autor.
 ● Interpretação: quanto menor este quociente, 
melhor.
 ● Exemplo: com base nas informações da 
Companhia Exemplo, o resultado do ICE de cada 
exercício foi:
 – 20X0 = 0,41, ou seja, para cada R$ 1,00 
de obrigações totais em 20X0, a Companhia 
Exemplo tinha R$ 0,41 de obrigações com 
vencimento no curto prazo;
46
 – 20X1 = 0,37, ou seja, para cada R$ 1,00 
de obrigações totais em 20X1, a Companhia 
Exemplo tinha R$ 0,37 de obrigações com 
vencimento no curto prazo;
 – 20X2 = 0,50, ou seja, para cada R$ 1,00 
de obrigações totais em 20X2, a Companhia 
Exemplo tinha R$ 0,50 de obrigações com 
vencimento no curto prazo.
 ● Interpretação: analisando aevolução do ICE 
nos três exercícios, percebe-se que houve uma 
melhora de 20X0 para 20X1, mas voltando a subir 
novamente em 20X2.
ÍNDICE DE IMOBILIZAÇÃO DO 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO (IIPL)
Este indicador revela qual parcela do patrimônio 
líquido foi utilizada para financiar a compra do ativo 
permanente, isto é, quanto a empresa imobilizou 
no ativo permanente para cada real do patrimônio 
líquido.
47
FIGURA 8 – FÓRMULA DO ÍNDICE 
DE IMOBILIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO 
LÍQUIDO (IIPL)
Fórmula =
Ativo Permanente
Patrimônio Líquido
Fonte: Elaborada pelo autor.
 ● Interpretação: quanto menor esse quociente, 
melhor.
 ● Exemplo: com base nas informações da 
Companhia Exemplo, o resultado do IIPL de cada 
exercício foi:
 – 20X0 = 0,64. Para cada R$ 1,00 de capital 
próprio em 20X0, a Companhia Exemplo tinha R$ 
0,64 de ativo permanente, ou seja, cerca de 64% 
do ativo permanente é financiado pelo capital 
próprio da companhia;
 – 20X1 = 0,66. Para cada R$ 1,00 de capital 
próprio em 20X0, a Companhia Exemplo tinha R$ 
0,66 de ativo permanente, ou seja, cerca de 66% 
do ativo permanente é financiado pelo capital 
próprio da companhia;
 – 20X2 = 0,75. Para cada R$ 1,00 de capital 
48
próprio em 20X0, a Companhia Exemplo tinha R$ 
0,75 de ativo permanente, ou seja, cerca de 75% 
do ativo permanente é financiado pelo capital 
próprio da companhia.
 ● Interpretação: analisando o progresso do IIPL 
nos três exercícios, percebe-se que houve uma 
evolução no indicador, saindo de 0,64 em 20X0 
para 0,75 em 20X2.
ÍNDICE DE IMOBILIZAÇÃO DE 
RECURSOS NÃO CORRENTES 
(IIRNC)
Revela qual a proporção existente entre o ativo 
permanente e os recursos não correntes, isto é, 
quanto a empresa investiu no ativo permanente 
para cada 1 real de patrimônio líquido mais exigível 
a longo prazo.
49
FIGURA 9 – FÓRMULA DO ÍNDICE DE 
IMOBILIZAÇÃO DE RECURSOS NÃO 
CORRENTES (IIRNC)
Fórmula =
Ativo Permanente
+Patrimônio Líquido
Passivo não 
Circulante
Fonte: Elaborada pelo autor.
 ● Interpretação: quanto menor este quociente, 
melhor.
 ● Exemplo: com base nas informações da 
Companhia Exemplo, o resultado do IIRNC de cada 
exercício foi:
 – 20X0 = 0,32. Para cada R$ 1,00 de recursos não 
correntes em 20X0, a Companhia Exemplo tinha 
R$ 0,32 ativo permanente, ou seja, cerca de 32% 
dos ativos permanentes são financiados pelos 
recursos não correntes da companhia;
 – 20X1 = 0,32. Para cada R$ 1,00 de recursos não 
correntes em 20X0, a Companhia Exemplo tinha 
R$ 0,32 ativo permanente, ou seja, cerca de 32% 
dos ativos permanente são financiados pelos 
recursos não correntes da companhia;
50
 – 20X2 = 0,40. Para cada R$ 1,00 de recursos não 
correntes em 20X0, a Companhia Exemplo tinha 
R$ 0,40 ativo permanente, ou seja, cerca de 40% 
dos ativos permanente são financiados pelos 
recursos não correntes da companhia.
 ● Interpretação: analisando o desenvolvimento do 
indicador nos três exercícios, percebe-se que houve 
uma evolução no indicador, saindo de 0,32 em 
20X0 para 0,40 em 20X2.
AULA 6
Indicadores de 
Endividamento/
Estrutura de 
Capital – Parte 2
52
Continuando os estudos sobre os índices 
de endividamento/estrutura de capital, 
vamos aprender nesta aula os indicadores de 
endividamento de curto prazo, de longo prazo e 
total.
ÍNDICE DE ENDIVIDAMENTO 
A CURTO PRAZO (IECP)
Medida que mostra a parcela dos ativos totais 
financiada com os passivos circulantes. A 
finalidade deste indicador é medir a estrutura de 
financiamento da empresa.
FIGURA 10 – FÓRMULA DO ÍNDICE DE 
ENDIVIDAMENTO A CURTO PRAZO (IECP)
Fórmula =
Passivo Circulante
Total do Ativo
Fonte: Elaborada pelo autor.
53
 ● Interpretação: quanto menor este quociente, 
melhor.
 ● Exemplo: com base nas informações da 
Companhia Exemplo, o resultado do IECP de cada 
exercício foi:
 – 20X0 = 0,26, ou seja, para cada R$ 1,00 de 
ativo total em 20X0, a Companhia Exemplo tinha 
R$ 0,26 de obrigações de curto prazo;
 – 20X1 = 0,23, ou seja, para cada R$ 1,00 de 
ativo total em 20X1, a Companhia Exemplo tinha 
R$ 0,23 de obrigações de curto prazo;
 – 20X2 = 0,32, ou seja, para cada R$ 1,00 de 
ativo total em 20X2, a Companhia Exemplo tinha 
R$ 0,32 de obrigações de curto prazo.
 ● Interpretação: analisando a evolução do 
indicador nos três exercícios, percebe-se que houve 
uma melhora de 20X0 para 20X1, mas voltou a 
aumentar em 20X2.
ÍNDICE DE ENDIVIDAMENTO 
A LONGO PRAZO (IELP)
Indica a parcela dos ativos totais financiado com 
recursos de terceiros a longo prazo.
54
FIGURA 11 – FÓRMULA DO 
ÍNDICE DE ENDIVIDAMENTO 
A LONGO PRAZO (IELP)
Fórmula =
Passivo não Circulante
Total de ativos
Fonte: Elaborada pelo autor.
 ● Interpretação: quanto maior este quociente, 
melhor.
 ● Exemplo: com base nas informações da Companhia 
Exemplo, o resultado do IELP de cada exercício foi:
 – 20X0 = 0,37, ou seja, para cada R$ 1,00 de 
ativos totais em 20X0, a Companhia Exemplo 
tinha R$ 0,37 de exigibilidades de longo prazo;
 – 20X1 = 0,39, ou seja, para cada R$ 1,00 de 
ativos totais em 20X1, a Companhia Exemplo 
tinha R$ 0,39 de exigibilidades de longo prazo;
 – 20X2 = 0,31, ou seja, para cada R$ 1,00 de 
ativos totais em 20X2, a Companhia Exemplo 
tinha R$ 0,31 de exigibilidades de longo prazo.
 ● Interpretação: analisando a evolução do 
indicador nos três exercícios, percebe-se que houve 
um crescimento de 20X0 para 20X1, mas reduzindo 
55
de 20X1 para 20X2.
INDICADOR DE 
ENDIVIDAMENTO TOTAL (IET)
Indica a parcela do ativo total financiado com 
capitais de terceiros a curto e longo prazos.
FIGURA 12 – FÓRMULA DO INDICADOR 
DE ENDIVIDAMENTO TOTAL (IET)
Fórmula =
Capital de Terceiros
Total do Ativo
Fonte: Elaborada pelo autor.
 ● Interpretação: quanto menor este quociente, 
melhor.
 ● Exemplo: com base nas informações da 
Companhia Exemplo, o resultado do índice de 
endividamento total (IET) de cada exercício foi:
 – 20X0 = 0,63. Para cada R$ 1,00 de ativo total 
em 20X0, a Companhia Exemplo tinha R$ 0,63 de 
capital de terceiros, ou seja, cerca de 63% do ativo 
total era financiado por recursos de terceiros;
56
 – 20X1 = 0,62. Para cada R$1,00 de ativo total 
em 20X1 a Companhia Exemplo tinha R$0,62 de 
capital de terceiros, ou seja, cerca de 62% do ativo 
total era financiado por recursos de terceiros;
 – 20X2 = 0,63. Para cada R$1,00 de ativo total 
em 20X0 a Companhia Exemplo tinha R$0,63 
de capital de terceiros, ou seja, cerca de 63% 
do ativo total era financiado por recursos de 
terceiros.
 ● Interpretação: analisando a evolução do 
indicador nos três exercícios, percebe-se que 
praticamente não houve variação no período 
analisado.
O Índice de Endividamento Total (IET) é um 
dos três índices mais requeridos em processos 
licitatórios para aferir a situação financeira das 
empresas licitantes.
PARA SABER MAIS
57
Índices de liquidez ou endividamento para 
fins de análise do balanço. Disponível em: 
https://portaldelicitacao.com.br/2019/artigos/
indices-economicos-exigidos-em-licitacao/. 
Acesso em: 16 set. 2020.
Índices de endividamento financeiro: 
endividamento financeiro sobre ativo total, 
participação de instituições de crédito no 
endividamento da empresa, endividamento 
bancário.
ALBRECHT, Conrad. Análise avançada da 
classificação de indicadores contábeis-
financeiros e de mercado aplicados para 
avaliação de ações. 2011. Trabalho de 
Conclusão de Especialização – Escola de 
Administração (EA), Universidade Federal do 
Rio Grande do Sul (UFRS), Porto Alegre, 2011. 
Disponível em: http://www.lume.ufrgs.br/
handle/10183/60715. Acesso em: 16 set. 2020.
LINK
https://portaldelicitacao.com.br/2019/artigos/indices-economicos-exigidos-em-licitacao/.%20
https://portaldelicitacao.com.br/2019/artigos/indices-economicos-exigidos-em-licitacao/.%20
http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/60715
http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/60715
AULA 7
Indicadores de 
Lucratividade/
Rentabilidade
59
Nas aulas 5 e 6, foi estudada a situação de 
endividamento/estrutura de capital das empresas. 
O objetivode analisar a estrutura de capital foi 
compreender, num dado período, qual a estrutura 
de capital que a empresa possui naquele momento, 
bem como seu grau de endividamento.
Nesta aula, vamos estudar a situação de 
lucratividade/rentabilidade das empresas, cujo 
propósito é compreender, em uma determinada 
época, qual a capacidade da empresa naquele 
momento de geração de riqueza, ou seja, qual a 
lucratividade e a rentabilidade que ela está gerando.
Os indicadores de lucratividade/rentabilidade 
servem para medir a capacidade econômica 
da empresa, isto é, evidenciam o grau de êxito 
econômico obtido pelo capital investido na 
empresa. A rentabilidade do capital aplicado na 
empresa é conhecida por meio do confronto entre 
as contas ou grupos de contas da demonstração 
do resultado do exercício ou conjugando-as com 
grupos de contas do balanço patrimonial.
60
FIGURA 13 – INDICADORES DE 
LUCRATIVIDADE/RENTABILIDADE
Lucratividade e 
rentabilidade
Lucratividade 
das vendas
(margem líquida)
Rentabilidade 
do ativo
(ROA ou ROI)
Rentabilidade 
do patrimônio 
líquido
(ROE)
Fonte: Elaborada pelo autor.
INDICADOR DE 
LUCRATIVIDADE DAS VENDAS 
(ILV) OU MARGEM LÍQUIDA
Revela a margem de lucratividade obtida pela 
empresa em função do seu faturamento, isto é, 
quanto a empresa obteve de lucro líquido para 
cada real vendido. A interpretação desse quociente 
deve ser direcionada a verificar a margem de lucro 
da empresa em relação às vendas.
61
FIGURA 14 – FÓRMULA DO INDICADOR 
DE LUCRATIVIDADE DAS VENDAS (ILV) 
OU MARGEM LÍQUIDA
Fórmula 100= x
Lucro Líquido
Receita Líquida de Vendas
Fonte: Elaborada pelo autor.
 ● Interpretação: quanto maior este quociente, 
melhor.
 ● Exemplo: com base nas informações da 
Companhia Exemplo, o resultado do ILV de cada 
exercício foi:
 – 20X0 = 7,98%, ou seja, nesse ano, o lucro 
líquido da companhia foi de 7,98% quando 
comparado à sua receita líquida;
 – 20X1 = 6,59%, ou seja, nesse ano, o lucro 
líquido da companhia foi de 6,59% quando 
comparado à sua receita líquida;
 – 20X2 = 3,25%, ou seja, nesse ano, o lucro 
líquido da companhia foi de 3,25% quando 
comparado à sua receita líquida.
 ● Interpretação: analisando a evolução do 
62
indicador nos três exercícios, percebe-se que houve 
uma redução de sua lucratividade de 20X0 para 
20X1 e de 20X1 para 20X2.
A terminologia usada atualmente na estrutura 
da demonstração de resultado para a receita 
líquida de vendas é receita de venda de bens 
e/ou serviços (conta 3.01 da estrutura usada 
pela CVM, primeira linha da DRE analítica). 
Disponível em: http://www.cvm.gov.br/menu/
regulados/companhias/consultas/consulta-a-
informacoes-de-companhias.html. Acesso em: 
16 set. 2020.
PARA SABER MAIS
http://www.cvm.gov.br/menu/regulados/companhias/consultas/consulta-a-informacoes-de-companhias.html
http://www.cvm.gov.br/menu/regulados/companhias/consultas/consulta-a-informacoes-de-companhias.html
http://www.cvm.gov.br/menu/regulados/companhias/consultas/consulta-a-informacoes-de-companhias.html
63
RENTABILIDADE DO ATIVO 
(ROA OU ROI)
Rentabilidade do ativo (Return On Investment – ROI, 
ou Return On Asset – ROA) evidencia o potencial 
de geração de lucros por parte da empresa, isto 
é, quanto a empresa obteve de lucro líquido para 
cada real de investimentos totais. Sua interpretação 
deve ser direcionada para verificar o tempo 
necessário para que haja retorno dos capitais totais 
(próprios e de terceiros) investidos na empresa.
FIGURA 15 – FÓRMULA DO ÍNDICE 
DE RETORNO DO ATIVO
Fórmula 100= x
Lucro Líquido
Ativo Total
Fonte: Elaborada pelo autor.
 ● Interpretação: quanto maior esse quociente, 
melhor.
 ● Exemplo: com base nas informações da 
Companhia Exemplo, o resultado do índice de 
retorno do ativo de cada exercício foi:
 – 20X0 = 7,09%, ou seja, nesse ano, o lucro 
64
líquido da companhia foi de 7,09% quando 
comparado ao ativo total;
 – 20X1 = 5,05%, ou seja, nesse ano, o lucro 
líquido da companhia foi de 5,05% quando 
comparado ao ativo total;
 – 20X2 = 1,77%, ou seja, nesse ano, o lucro 
líquido da companhia foi de 1,77% quando 
comparado ao ativo total.
 ● Interpretação: analisando a evolução do indicador 
nos três exercícios, percebe-se que houve uma 
redução de 20X0 para 20X1 e de 20X1 para 20X2.
A terminologia usada atualmente na estrutura 
da demonstração de resultado para lucro líquido 
é lucro/prejuízo do período (conta 3.11 da DRE 
analítica – estrutura usada pela CVM). Disponível 
em: http://www.cvm.gov.br/menu/regulados/
companhias/consultas/consulta-a-informacoes-
de-companhias.html. Acesso em: 16 set. 2020.
PARA SABER MAIS
http://www.cvm.gov.br/menu/regulados/companhias/consultas/consulta-a-informacoes-de-companhias.html
http://www.cvm.gov.br/menu/regulados/companhias/consultas/consulta-a-informacoes-de-companhias.html
http://www.cvm.gov.br/menu/regulados/companhias/consultas/consulta-a-informacoes-de-companhias.html
65
RENTABILIDADE DO 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO (ROE)
A rentabilidade do patrimônio líquido (Return On 
Equity – ROE) revela qual foi a taxa de rentabilidade 
obtida pelo capital próprio investido na empresa, 
isto é, quanto a empresa ganhou de lucro líquido 
para cada real de capital próprio investido.
FIGURA 16 – FÓRMULA DO 
ÍNDICE DE RENTABILIDADE 
DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Fórmula 100= x
Lucro Líquido
Patrimônio Líquido
Fonte: Elaborada pelo autor.
 ● Interpretação: quanto maior este quociente, 
melhor.
 ● Exemplo: com base nas informações da Companhia 
Exemplo, o resultado do índice de rentabilidade do 
patrimônio líquido de cada exercício foi:
 – 20X0 = 19,04%, ou seja, nesse ano, o lucro 
líquido da companhia foi de 19,04% quando 
comparado ao patrimônio líquido;
66
 – 20X1 = 13,41%, ou seja, nesse ano, o lucro 
líquido da companhia foi de 13,41% quando 
comparado ao patrimônio líquido;
 – 20X2 = 4,78%, ou seja, nesse ano, o lucro 
líquido da companhia foi de 4,78% quando 
comparado ao patrimônio líquido.
 ● Interpretação: analisando a evolução do 
indicador nos três exercícios, percebe-se que houve 
uma redução de 20X0 para 20X1 e de 20X1 para 
20X2.
Aplicação dos indicadores até então 
estudados. AMORIM, D. P. L. Análise financeira 
de hospitais: O caso da Santa Casa de 
Misericórdia de Itaguara. Disponível em: 
http://www.fucamp.edu.br/editora/index.
php/ragc/article/viewFile/743/551. Acesso 
em: 16 set. 2020.
LINK
http://www.fucamp.edu.br/editora/index.php/ragc/article/viewFile/743/551
http://www.fucamp.edu.br/editora/index.php/ragc/article/viewFile/743/551
AULA 8
Outros 
Indicadores 
Importantes
68
Além dos três indicadores estudados, é importante 
também conhecer outros três, quais sejam: 
payback, margem EBITDA e giro do ativo.
PAYBACK (TEMPO 
DE RETORNO DO 
INVESTIMENTO)
O indicador payback mede tempo. A interpretação 
do indicador de rentabilidade do patrimônio líquido 
deve ser direcionada para verificar qual o tempo 
necessário para se obter o retorno do capital 
próprio investido na empresa, ou seja, quantos 
anos serão necessários para que os proprietários 
obtenham de volta o valor do capital que investiram 
na empresa.
69
FIGURA 17 – FÓRMULA 
DO ÍNDICE PAYBACK
Fórmula =
100
Rentabilidade do Patrimônio Líquido
Fonte: Elaborada pelo autor.
 ● Interpretação: quanto menor este quociente, 
melhor.
 ● Exemplo: com base nas informações da 
Companhia Exemplo, o resultado do índice payback 
de cada exercício foi:
 – 20X0 = 5,25, ou seja, nesse ano, o tempo de 
retorno do capital próprio foi de 5,25 anos;
 – 20X1 = 7,46, ou seja, nesse ano, o tempo de 
retorno do capital próprio foi de 7,46 anos;
 – 20X2 = 20,92, ou seja, nesse ano, o tempo de 
retorno do capital próprio foi de 20,92 anos.
 ● Interpretação: analisando a evolução do 
indicador nos três exercícios, percebe-se que houve 
um aumento significativo no tempo de retorno do 
capital próprio de 20X0 para 20X2.
70
Payback simples e descontado.
MONTEIRO, Rodrigo Bastos. Payback, 
IL, VPL e TIR com Excel. 26 jul. 2016. 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=iOqlFHAWIys. Acesso em: 16 set. 
2020.
LINK
MARGEM EBITDA
O termo EBITDA vem do inglês, Earning Before 
Interest, Taxes, Depreciation/Depletion and 
Amortization, ficando em nosso idioma algo como 
lucro antes dos juros, impostos (sobre lucros), 
depreciações/exaustões e amortizações (Lajida). 
O EBITDA representa o lucro especificamente 
gerado pelos ativos operacionais, portanto, 
excluindo-se as despesas e as receitas financeiras 
e antes de considerar as despesas de depreciação, 
https://www.youtube.com/watch?v=iOqlFHAWIys
https://www.youtube.com/watch?v=iOqlFHAWIys
71
amortização e exaustão, bem como a incidência dos 
impostos sobre o lucro (Imposto de Renda Pessoa 
Jurídica – IRPJ – e Contribuição Social sobre o Lucro 
Líquido – CSLL, no caso do Brasil).
Em essência, o EBITDA revela a genuína capacidade 
operacional de geração de caixa de uma empresa, 
ou seja, sua eficiência financeira determinada pelas 
estratégias operacionais adotadas. Quanto MAIOR 
esse índice, mais eficiente se apresenta a formação 
de caixa proveniente das operações (ativos), 
e melhor ainda a capacidade de pagamento 
aos proprietários de capital e investimentos 
demonstrada pela empresa.
FIGURA 18 – FÓRMULA DO EBITDA
EBITDA = + +Resultado Operacional
Resultado 
Financeiro
Depreciações/
Amortizações
Fonte: Elaborada pelo autor.
72
FIGURA 19 – FÓRMULA DA 
MARGEM EBITDA
Fórmula 100= x
EBITDA
Receita Líquida de Vendas
Fonte: Elaborada pelo autor.
GIRO DO ATIVO
O giro do ativo demonstra quanto a empresa 
vendeu para cada R$ 1,00 de investimento total, 
ou seja, quantas vezes o ativo total da empresa 
girou ou se renovou (transformou-se em dinheiro), 
em determinado período, em função das vendas 
realizadas.
FIGURA 20 – FÓRMULA DO 
ÍNDICE DE GIRO DO ATIVO
Fórmula =
Receita Líquida de Vendas
Ativo Total
Fonte: Elaborada pelo autor.
73
 ● Interpretação: quanto maior este quociente, 
melhor.
 ● Exemplo: com base nas informações da 
Companhia Exemplo, o resultado do índice de giro 
do ativo de cada exercício foi:
 – 20X0 = 0,89, ou seja, nesse ano, para cada R$ 
1,00 de ativo total, a empresa obteve R$ 0,89 de 
receita;
 – 20X1 = 0,77, ou seja, nesse ano, para cada R$ 
1,00 de ativo total, a empresa obteve R$ 0,77 de 
receita;
 – 20X2 = 0,54, ou seja, nesse ano, para cada R$ 
1,00 de ativo total, a empresa obteve R$ 0,54 de 
receita.
 ● Interpretação: analisando a evolução do 
indicador nos três exercícios, percebe-se que houve 
uma redução de 20X0 para 20X1 e de 20X1 para 
20X2.
AULA 9
Modelos de 
Avaliação de 
Empresas
75
Nas aulas anteriores, foi visto que toda decisão 
econômico-financeira é tomada levando em 
consideração três situações, conhecidas como 
tripé decisorial: situação de liquidez, situação de 
endividamento/estrutura de capital e situação 
econômica. O objetivo da análise de liquidez é 
compreender a situação sobre a capacidade que a 
empresa tem, num dado período, de honrar seus 
compromissos, sejam estes de curto e/ou de longo 
prazos.
O propósito de analisar a estrutura de capital 
é compreender, em um determinado intervalo, 
qual a estrutura de capital que a empresa possui 
naquele momento, bem como seu grau de 
endividamento. O intuito de avaliar a situação de 
lucratividade/rentabilidade é compreender, em 
um tempo definido, qual a capacidade da empresa 
naquele período de geração de riqueza, ou seja, 
qual a lucratividade e a rentabilidade que ela está 
gerando.
76
Contudo, a análise individualizada dos indicadores, 
apesar de relevante, traz uma dificuldade maior 
quando se pretende fazer uma análise global 
da empresa considerando, simultaneamente, a 
situação de liquidez, de endividamento/estrutura 
de capital e de lucratividade/rentabilidade. Para 
resolver esse problema, foram desenvolvidos 
modelos de avaliação.
De acordo com Matarazzo (2007, p. 187), “a 
análise de balanços através de índices só adquire 
consistência e objetividade quando os índices são 
comparados com padrões, pois, do contrário, as 
conclusões se sujeitam à opinião e, não raro, ao 
humor do analista de balanços”.
Por meio de técnicas estatísticas (medida 
separatriz), é possível a construção de indicadores 
padrão que servem de parâmetro de comparação 
do desempenho econômico-financeiro da empresa 
objeto da análise com a performance de um grande 
número de empresas do mesmo segmento. Esses 
padrões são importantes para toda avaliação 
que se venha a fazer das empresas, permitindo 
que se estabeleçam qualificações (favorável, 
insuficiente etc.), nos vários índices extraídos das 
demonstrações financeiras.
77
As medidas separatrizes são números reais 
que dividem a sequência ordenada de dados 
em partes que contêm a mesma quantidade 
de elementos da série. São medidas 
separatrizes: a mediana, os quartis, os quintis, 
os decis e os percentis. Os elementos que 
separam a sequência ordenada em 4 partes, 
cada uma contendo 25% dos elementos, são 
os quartis. O primeiro quartil, indicado por 
Q1, separa a sequência ordenada, deixando 
25% de seus valores à esquerda e 75% à 
direita. O segundo quartil, Q2, corresponde 
à mediana. O terceiro quartil, Q3, separa a 
sequência ordenada, deixando 75% de seus 
valores à esquerda e 25% de seus valores à 
direita. A mesma lógica se aplica aos quintis, 
decis e percentis.
PARA SABER MAIS
78
Vídeoaula: Quartil como medida separatriz.
ETHUR, Suzana Zeido. Estatística – Aula 7: 
Quartil como medida separatriz. 16 fev. 2014. 
Disponível em: https://www.youtube.com/
watch?v=C4kn26gYwI0. Acesso em: 30 nov. 
2016.
LINK
MODELO DE AVALIAÇÃO DE 
EMPRESAS DE MATARAZZO
Matarazzo (2007) propõe uma forma de atribuir 
notas a cada um dos indicadores e, posteriormente, 
ponderar essas notas para que seja possível extrair 
uma única que represente a situação global da 
empresa. Nesse procedimento, Matarazzo atribui 
notas aos indicadores de endividamento, liquidez e 
rentabilidade/lucratividade, conforme apresentado 
na Tabela 2.
https://www.youtube.com/watch?v=C4kn26gYwI0
https://www.youtube.com/watch?v=C4kn26gYwI0
79
TABELA 2 – INDICADORES E 
RESPECTIVOS PESOS/GRUPOS
Indicador
Peso
Índices Grupo
Endividamento
Participação de capitais de terceiros 0,6
0,4
Composição do endividamento 0,1
Imobilização do patrimônio líquido 0,2
Imobilização de recursos não 
correntes 0,1
Liquidez
Liquidez geral 0,3 0,2
Liquidez corrente 0,5
Liquidez seca 0,2
Rentabilidade/
Lucratividade
Giro do ativo 0,2
0,4Margem líquida 0,1
Rentabilidade do ativo 0,1
Rentabilidade do patrimônio líquido 0,6
Fonte: Elaborada pelo autor.
Como exemplo, supondo-se que a empresa MF 
tenha obtido os seguintes resultados para os 
índices de endividamento, liquidez e rentabilidade/
lucratividade para o exercício de 20X9, 
demonstrados na Tabela 3.
80
TABELA 3 – ÍNDICES NO 
EXERCÍCIO DE 20X9
Indicador 20X9
Endividamento
Participação de capitais de terceiros 1,83
Composição do endividamento 0,54
Imobilização do patrimônio líquido 1,21
Imobilização de recursos não correntes 0,66
Liquidez
Liquidez geral 0,88
Liquidez corrente 1,61
Liquidez seca 0,87
Rentabilidade/
Lucratividade
Giro do ativo 1,11
Margem líquida 3,77%
Rentabilidade do ativo 4,19%
Rentabilidade do patrimônio líquido 13,48%
Fonte: Elaborada pelo autor.
A partir dos valores dos índices da empresa MF 
da Tabela 3, atribuíram-se notas de 0 a 10 com 
base numa tabela de índices padrão, e multiplica-
se o peso pela nota de cada índice. O mesmo 
procedimento deve ser feito para o grupo de 
índices, como consta na Tabela 4.
81
TABELA 4 – APLICAÇÕES SOBRE 
ÍNDICES E GRUPOS
Indicador
Índices Grupo
Peso Valor 20X9 Nota
Peso 
× 
Nota
Nota Peso
Nota 
× 
Peso
En
di
vi
da
m
en
to
Part. cap. 
terceiros 0,6 1,83 4 2,4
4,2 0,4 1,68
Comp. 
endividamento 0,1 0,54 10 1
Imobilização 
patr. líquido 0,2 1,21 2 0,4
Imob. rec. 
não correntes 0,1 0,66 4 0,4
Li
qu
id
ez
Liquidez 
geral 0,3 0,88 2 0,6
5,1 0,2 1,02Liquidez corrente 0,5 1,61 7 3,5
Liquidez 
seca 0,2 0,87 5 1
Re
ntab
ili
da
de
/
Lu
cr
at
iv
id
ad
e
Giro do 
ativo 0,2 1,11 5 1
5,7 0,4 2,28
Margem 
líquida 0,1 3,77% 6 0,6
Rentabilidade 
ativo 0,1 4,19% 5 0,5
Rentabilidade 
patr. líquido 0,6 13,48% 6 3,6
Nota global – – – – – – 4,98
Fonte: Elaborada pelo autor.
82
As notas de cada indicador da tabela anterior 
foram obtidas a partir da tabela de índices padrão 
de 556 empresas do ramo de produtos elétricos e 
eletrônicos, como demonstrado na Tabela 5.
TABELA 5 – INDICADORES: DECIS
Indicador
Decis
1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º
En
di
vi
da
m
en
to
Participação 
de Capitrais de 
Terceiros
0,43 0,66 0,85 1,09 1,36 1,66 2,18 2,76 4,20
Composição do 
Endividamento 0,71 0,82 0,92 0,96 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00
Imobilização 
do Patrimônio 
Líquido
0,25 0,34 0,43 0,55 0,62 0,73 0,86 1,01 1,35
Imobilização 
dos Recursos 
não Correntes
0,21 0,28 0,37 0,43 0,54 0,61 0,70 0,83 1,14
Li
qu
id
ez
Liquidez 
Geral 0,84 0,98 1,06 1,14 1,24 1,34 1,47 1,76 2,24
Liquidez 
Corrente 0,95 1,06 1,16 1,25 1,34 1,45 1,62 1,87 2,35
Liquidez 
Seca 0,47 0,60 0,70 0,79 0,88 0,96 1,05 1,22 1,60
Re
nt
ab
ili
da
de
 
Lu
cr
at
iv
id
ad
e
Giro do ativo 0,64 0,86 0,92 1,06 1,26 1,35 1,48 1,69 2,10
Margem 
Líquida -5,3% 0,0% 1,1% 2,1% 3,2% 4,5% 6,6% 9,5% 14,5%
Rentabilidade 
do Ativo -5,6% 0,0% 1,3% 2,7% 4,2% 6,1% 8,5% 11,4% 17,7%
Rentabilidade 
do Patrimônio 
Líquido
-17% 1,0% 5,0% 9,0% 13,0% 17,8% 24,6% 35,0% 56,2%
Fonte: Elaborada pelo autor.
83
Assim, uma liquidez geral de 0,88 deve ser avaliada 
com nota 1, pois está mais próxima do 1º decil. Por 
outro lado, um índice de participação de capitais de 
terceiros de 1,83 deve ser avaliado com nota 4, pois 
está mais próximo do 6º decil da Tabela 5. Como 
os índices de endividamento são do tipo quanto 
menor, melhor, o procedimento de atribuição de 
notas deve ser invertido.
O último procedimento do modelo de avaliação de 
Matarazzo consiste em atribuir conceitos às notas, 
conforme escala a seguir.
TABELA 6 – ESCALA DE 
AVALIAÇÃO CONCEITUAL
Nota 0 ├┤1 1 ┤2 2 ┤4 4 ┤6 6 ┤8 8 ┤9 9 ┤10
Conceito Péssimo Deficiente Fraco Razoável Satisfatório Bom Ótimo
Fonte: Elaborada pelo autor.
De acordo com essa escala, a empresa MF obteve 
as notas apresentadas na Tabela 7.
84
TABELA 7 – NOTAS DA EMPRESA MF
Categoria Nota Conceito
Endividamento 4,2 Razoável
Liquidez 5,1 Razoável
Rentabilidade 5,7 Razoável
Global 4,98 Razoável
Fonte: Elaborada pelo autor.
Verifique o artigo referente à aplicação da 
proposta de Matarazzo (2003). TEIXEIRA, A. 
J. C.; DALMACIO, F. Z.; RANGEL, L. L. Estudo 
empírico no setor de metalurgia e siderurgia 
sobre a relevância dos indicadores contábeis 
para estimativa de retorno das ações 
negociadas na Bovespa. 3o Simpósio Fucape 
de Produção Científica. Disponível em: http://
www.fucape.br/simposio/3/artigos/flavia%20
dalmacio,%20aridelmo%20teixera%20e%20
luciene%20rangel.pdf. Acesso: 16 set. 2020.
PARA SABER MAIS
http://www.fucape.br/simposio/3/artigos/flavia%20dalmacio,%20aridelmo%20teixera%20e%20luciene%20rangel.pdf
http://www.fucape.br/simposio/3/artigos/flavia%20dalmacio,%20aridelmo%20teixera%20e%20luciene%20rangel.pdf
http://www.fucape.br/simposio/3/artigos/flavia%20dalmacio,%20aridelmo%20teixera%20e%20luciene%20rangel.pdf
http://www.fucape.br/simposio/3/artigos/flavia%20dalmacio,%20aridelmo%20teixera%20e%20luciene%20rangel.pdf
AULA 10
Sistema de 
Análise Dupont
86
O sistema de análise DuPont é assim chamado 
devido à DuPont Corporation, que originalmente 
popularizou seu uso. Ele é usado por 
administradores financeiros para dissecar as 
demonstrações financeiras da empresa e avaliar 
sua condição financeira. O sistema Dupont funde a 
demonstração financeira e o balanço patrimonial 
em duas medidas de resumo de lucratividade: 
Return On Asset (ROA) e Return On Equity (ROE).
A vantagem considerável do sistema DuPont é que 
ele permite à empresa dividir sua taxa de retorno 
sobre o patrimônio líquido em três componentes: 
um componente de lucro sobre vendas (margem 
líquida), um componente de eficiência de uso dos 
ativos (giro do ativo total) e um componente de 
uso da alavancagem (multiplicador de alavancagem 
financeira). O rendimento total para os 
proprietários pode, por conseguinte, ser analisado 
nessas três dimensões.
A primeira parte da fórmula do modelo DuPont 
87
leva em consideração os indicadores de margem 
líquida e do giro do ativo para a determinação 
da rentabilidade do ativo (ROA), considerados 
elementos-chave para o sucesso de qualquer 
empreendimento.
FIGURA 21 – FÓRMULA DO MODELO 
DUPONT: PRIMEIRA PARTE
ROA (DuPont) = xMargem Líquida 
Giro do 
Ativo
Fonte: Elaborada pelo autor.
A margem líquida mede a lucratividade sobre 
as vendas enquanto o giro do ativo mostra o 
quão eficientemente a empresa utilizou seus 
ativos na geração de receitas (produtividade). A 
relação entre margem líquida e giro do ativo é 
determinante na rentabilidade do ativo, ou seja, 
quanto mais eficiente for a empresa em termos de 
produtividade (medida pelo giro do ativo), maior 
será o retorno do ativo.
88
FIGURA 22 – MULTIPLICADOR DE 
ALAVANCAGEM FINANCEIRA
Multiplicador de Alavancagem 
Financeira (MAF) =
Total do Ativo
Patrimônio Líquido
Fonte: Elaborada pelo autor.
A segunda parte da fórmula do modelo DuPont 
leva em consideração os indicadores rentabilidade 
do ativo e multiplicador de alavancagem financeira 
para determinação da rentabilidade do patrimônio 
líquido.
FIGURA 23 – RETORNO DO 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
ROE (DuPont) = ROA x MAF
Fonte: Elaborada pelo autor.
Desse modo, o modelo estabelece uma correlação 
entre eficiência operacional, estrutura de capital e 
rentabilidade, com o objetivo maior de maximizar o 
retorno para o acionista.
89
ANGOTTI, Marcello. Análise DuPont 
como ferramenta de apoio às decisões de 
investimento em ações. Research Gate, 
maio 2015. Disponível em: https://www.
researchgate.net/publication/276206723_
Analise_DuPont_como_ferramenta_de_
apoio_as_decisoes_de_investimento_em_
acoes. Acesso em: 16 set. 2020.
LINK
https://www.researchgate.net/publication/276206723_Analise_DuPont_como_ferramenta_de_apoio_as_decisoes_de_investimento_em_acoes
https://www.researchgate.net/publication/276206723_Analise_DuPont_como_ferramenta_de_apoio_as_decisoes_de_investimento_em_acoes
https://www.researchgate.net/publication/276206723_Analise_DuPont_como_ferramenta_de_apoio_as_decisoes_de_investimento_em_acoes
https://www.researchgate.net/publication/276206723_Analise_DuPont_como_ferramenta_de_apoio_as_decisoes_de_investimento_em_acoes
https://www.researchgate.net/publication/276206723_Analise_DuPont_como_ferramenta_de_apoio_as_decisoes_de_investimento_em_acoes
AULA 11
Modelos de 
Insolvência – 
Parte 1
91
Nas aulas anteriores, foi visto que a análise 
individualizada dos indicadores, apesar de 
relevante, traz uma dificuldade maior quando se 
pretende fazer uma análise global da empresa 
considerando, simultaneamente, a situação de 
liquidez, de endividamento/estrutura de capital 
e de lucratividade/rentabilidade. Para resolver 
esse problema, foram desenvolvidos modelos de 
avaliação.
Por meio de técnicas estatísticas, é possível a 
construção de indicadores padrão, que servem 
de parâmetro de comparação do desempenho 
econômico-financeiro da empresa objeto da análise 
com o desempenho de um grande número de 
empresas do mesmo segmento. Esses padrões são 
importantes para toda a análise que se venha a 
fazer das empresas, permitindo que se estabeleçam 
qualificações (favorável, insuficiente etc.) nos vários 
índices extraídos das demonstrações financeiras.
92
MODELO DE KANITZ
De acordo com Matias (2009, p. 277), um dos 
primeiros trabalhos desenvolvidos no Brasil 
relacionados a modelos de previsão de falência 
de empresas foi o de Stephen Charles Kanitz. 
Utilizando a técnica estatística de análise 
discriminante, Kanitz construiu o chamado 
termômetro de insolvência, composto por cinco 
variáveis.
Nesse modelo, Kanitz utilizou 21 empresassolventes e, comparativamente, 21 empresas 
insolventes entre 1972 e 1974. As referidas 
empresas foram escolhidas aleatoriamente de um 
rol de cerca de 5 mil demonstrações contábeis de 
empresas brasileiras que tinham sido previamente 
analisadas pelo autor.
À variável X1, calculada pela divisão entre lucro 
líquido e patrimônio líquido, ou seja, rentabilidade 
do patrimônio líquido, foi dado um peso de 0,05. À 
variável X2, calculada pela divisão entre a somatória 
do ativo circulante mais ativo realizável a longo 
prazo e a somatória do passivo circulante mais 
passivo não circulante, ou seja, índice de liquidez 
geral, foi atribuído o peso de 1,65. À variável X3, 
93
calculada pela divisão entre ativo circulante menos 
estoques e passivo circulante, isto é, índice de 
liquidez seca, foi dado um peso de 3,55. À variável 
X4, calculada pela divisão entre ativo circulante 
e passivo circulante, em outras palavras, índice 
de liquidez comum, foi dado um peso de 1,06. À 
variável X5, calculada pela divisão entre exigível 
total e patrimônio líquido, ou seja, índice de 
participação de capital de terceiros, foi dado um 
peso de 0,33.
A Figura 24 sintetiza a consolidação do modelo 
desenvolvido por Kanitz.
FIGURA 24 – MODELO 
DESENVOLVIDO POR KANITZ
Fonte: Elaborado pelo autor
94
O resultado da variável X1 vezes 0,05, mais o 
resultado da variável X2 vezes 1,65, mais o resultado 
da variável X3 vezes 3,55, menos o resultado da 
variável X4 vezes 1,06, menos o resultado da 
variável X5 vezes 0,33 foi chamado pelo autor de 
fator de insolvência.
O fator de insolvência positivo indica que a 
empresa está solvente. Valores entre zero e −3 (três 
negativo) representam uma área de indefinição, 
denominada penumbra. Um resultado abaixo de 
−3 (três negativo) representa uma situação de 
insolvência.
Para Kanitz (1974, p. 96), “os primeiros sintomas 
de uma insolvência surgem muito antes que ela 
se concretize”. O desafio dos analistas é identificar 
esses sintomas nos balanços das companhias 
tempestivamente, ou seja, “descobrir com 
antecedência e um razoável grau de segurança qual 
a situação financeira de uma empresa”. O modelo 
desenvolvido pelo autor traz essa possibilidade aos 
analistas.
Enfatiza o autor que a análise do índice de solvência 
permite:
95
 ● descobrir empresas em estado de 
pré-insolvência;
 ● hierarquizar as empresas numa escala de 
solvência/insolvência, a fim de selecionar clientes 
prioritários; e
 ● determinar previsões para a conta “devedores 
duvidosos”, segundo a probabilidade de insolvência 
de cada cliente.
Kanitz ressalta, ainda, que nem toda empresa vai 
obrigatoriamente à falência por estar enfrentando 
dificuldades em determinado momento. Qualquer 
empresa bem administrada pode se recuperar de 
uma situação difícil. Portanto, o fator de insolvência 
é um indicador daquilo que pode acontecer em 
um futuro próximo, caso a empresa não corrija os 
rumos que está seguindo.
96
MÁRIO, Poueri do Carmo. Contribuição ao 
estudo da solvência empresarial: uma análise 
de modelos de previsão: estudo exploratório 
aplicado em empresas mineiras. 2002. 227 
f. Dissertação (Mestrado em Controladoria 
e Contabilidade) – Faculdade de Economia, 
Administração e Contabilidade, Departamento 
de Contabilidade e Atuária, Universidade de 
São Paulo, São Paulo, 2002.
PARA SABER MAIS
MODELO DE ALTMAN
De acordo com Matias (2009, p. 277) Altman, em 
conjunto com alguns professores da Pontifícia 
Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), 
desenvolveu um modelo quantitativo utilizando 
a técnica de análise discriminante e a regressão 
97
múltipla com 58 empresas brasileiras, sendo 35 
em boa condição financeira e 23 consideradas 
insolventes.
A partir do modelo original desenvolvido por 
Altman, nos Estados Unidos, os autores utilizaram 
cinco variáveis (reclassificadas e com a modificação 
de duas delas para adequá-las ao padrão contábil 
brasileiro da época) para o cálculo de dois fatores, 
Z1 e Z2. Para cada fator, foram usadas cinco variáveis 
descritas a seguir.
 ● A variável X1 é calculada pela divisão entre ativo 
circulante menos passivo circulante e ativo total.
 ● A variável X2 é calculada pela divisão entre 
reservas de lucro e ativo total.
 ● A variável X3 é calculada pela divisão entre o 
resultado antes do resultado financeiro e dos 
tributos (ou Earning Before Interest and Taxes – 
EBIT) e ativo total.
 ● A variável X4 é calculada pela divisão entre 
patrimônio líquido e exigível total (passivo 
circulante mais passivo não circulante ou passivo 
exigível a longo prazo).
 ● A variável X5 é calculada pela divisão entre receita 
líquida de vendas e ativo total, ou seja, giro do ativo.
98
É importante ressaltar que a variável X3 foi 
reclassificada para ajustá-la ao padrão contábil 
usado atualmente, assim como foi feito na época 
pelos autores com as variáveis X2 e X4.
O fator Z1 do modelo é calculado da seguinte 
forma:
Z1 = −1,44 + 4,03X2 + 2,25X3 + 0,14X4 + 0,42X5
Ou seja, o fator Z1 é dado pelo resultado −1,44 
(menos um vírgula quarenta e quatro), mais o 
resultado da variável X2 vezes o seu peso 4,03 
(quatro vírgula zero três), mais o resultado da 
variável X3 vezes o seu peso 2,25 (dois vírgula vinte 
e cinco), mais o resultado da variável X4 vezes o seu 
peso 0,14 (zero vírgula quatorze), mais o resultado 
da variável X5 vezes o seu peso 0,42 (zero vírgula 
quarenta e dois).
O fator Z2 do modelo é calculado da seguinte 
forma:
Z2 = −1,84 − 0,51X1 + 6,32X3 + 0,71X4 + 0,53X5.
99
Ou seja, o fator Z2 é dado pelo resultado −1,84 
(menos um vírgula oitenta e quatro), menos o 
resultado da variável X1 vezes o seu peso 0,51 
(zero vírgula cinquenta e um), mais o resultado 
da variável X3 vezes o seu peso 6,32 (seis vírgula 
trinta e dois), mais o resultado da variável X4 vezes 
o seu peso 0,71 (zero vírgula setenta e um), mais o 
resultado da variável X5 vezes o seu peso 0,53 (zero 
vírgula cinquenta e três).
Tanto Z1 como Z2, se o resultado for positivo, ou 
seja, maior que ZERO, significa que a empresa 
se encontra numa situação de solvência. Se o 
resultado for igual ou menor que ZERO, a situação 
da empresa é de insolvência. A Figura 25 sintetiza a 
consolidação do modelo de Altman.
100
FIGURA 25 – CONSOLIDAÇÃO DO 
MODELO DE ALTMAN
Fonte: Elaborada pelo autor.
De acordo com os autores Altman, Baidya e 
Dias (1979, p. 23), Z1 e Z2 são fatores distintos, 
mas muito semelhantes, isto é, essencialmente 
idênticos. O fator Z1 não inclui a variável X1 “porque 
o programa discriminante, aplicado passo a passo, 
mostrou que X1 não contribuía para o poder 
explicativo do modelo e que o sinal do coeficiente 
de X1 era contrário à lógica e à instituição”. Da 
mesma forma, Z2 não inclui a variável X2 porque, em 
primeiro lugar, é muito difícil quantificar os lucros 
101
retidos com base apenas em balanços recentes e, 
em segundo lugar, com as modificações conceituais 
introduzidas no modelo original, as variáveis X2 e X4 
resultaram muito semelhantes.
ALTMAN, E. I.; BAIDYA, T. K. N.; DIAS, L. M. 
R. Previsão de problemas financeiros em 
empresas. Revista de administração de 
empresa, Rio de Janeiro, 19(1), p. 17-28, jan./
mar. 1979. Disponível em: http://www.scielo.
br/pdf/rae/v19n1/v19n1a02.pdf. Acesso em: 
16 set. 2020.
LINK
http://www.scielo.br/pdf/rae/v19n1/v19n1a02.pdf/
http://www.scielo.br/pdf/rae/v19n1/v19n1a02.pdf/
AULA 12
Modelos de 
Insolvência – 
Parte 2
103
MODELO DE ELIZABETSKY
De acordo com Matias (2009, p. 277), em 1976, 
Roberto Elizabetsky desenvolveu o seu modelo de 
previsão de insolvência analisando 373 empresas 
do setor de confecção, sendo 274 solventes e 99 
insolventes. A Figura 26 sintetiza a consolidação do 
modelo de Elizabetsky.
 FIGURA 26 – CONSOLIDAÇÃO DO 
MODELO DE ELIZABETSKY
Fonte: Elaborada pelo autor.
104
Para o desenvolvimento do modelo, o autor 
também utilizou cinco variáveis, conforme segue.
À variável X32, calculada pela divisão entre lucro 
líquido e a receita líquidade vendas, ou seja, 
lucratividade das vendas, foi dado um peso de 1,93.
 ● Para a variável X33, calculada pela divisão entre 
as disponibilidades (somatória das contas caixa e 
equivalentes de caixa mais aplicações financeiras) 
e o ativo permanente (somatória das contas 
investimentos, imobilizado, intangível e diferido), 
foi atribuído o peso de 0,20.
 ● À variável X35, calculada pela divisão entre contas 
a receber e ativo total, foi dado um peso de 1,02.
 ● Para a variável X36, calculada pela divisão entre 
estoques e ativo total, foi atribuído peso de 1,33;
 ● À variável X37, calculada pela divisão entre passivo 
circulante e ativo total, foi dado o peso de 1,12.
O fator Z do modelo é calculado da seguinte forma:
Z = 1,93X32 − 0,20X33 + 1,02X35 + 1,33X36 − 1,12X37
Ou seja, o fator Z é dado pelo resultado da variável 
X32 vezes o seu peso (1,93), menos o resultado 
da variável X33 vezes o seu peso (0,20), mais o 
105
resultado da variável X35 vezes o seu peso (1,02), 
mais o resultado da variável X36 vezes o seu peso 
(1,33), menos o resultado da variável X37 vezes o 
seu peso (1,12).
De acordo com o modelo, o ponto crítico do fator Z 
é 0,5 (meio). Se o resultado do fator Z for maior que 
0,5 (meio), a situação da empresa é de solvência. 
Se o resultado do fator Z for igual ou menor que 0,5 
(meio), a situação da empresa é de insolvência.
REZENDE, Isabelle Carlos Campos; FARIAS, 
Thalista Xismy Tavares de; OLIVEIRA, Alan 
Santos de. Aplicação dos modelos de 
Elizabetsky e Kanitz na previsão de falência: 
um estudo descritivo das melhores e maiores 
empresas por setor listadas na Revista Exame 
em 2010. Revista Mineira de Contabilidade, 
Belo Horizonte, v. 51, n. 14, p. 35-42, out. 
2013.
LINK
106
MODELO DE MATIAS
De acordo com Matias (2009, p. 277), em 1978, 
Alberto Borges Matias desenvolveu o seu modelo de 
previsão de insolvência, analisando 100 empresas 
de capital aberto de diferentes ramos de atividades, 
sendo 50 solventes e 50 insolventes. A Figura 27 
sintetiza a consolidação do modelo de Matias.
FIGURA 27 – CONSOLIDAÇÃO DO 
MODELO DE MATIAS
Fonte: Elaborada pelo autor.
107
Para o desenvolvimento do modelo, o autor utilizou 
seis variáveis, descritas a seguir.
 ● Para a variável X1, calculada pela divisão entre 
patrimônio líquido e ativo total, foi dado um peso 
de 23,792.
 ● À variável X2, calculada pela divisão entre 
financiamentos e empréstimos bancários e ativo 
circulante, foi atribuído peso de 8,26.
 ● Para a variável X3, calculada pela divisão entre 
fornecedores e ativo total, foi dado o peso de 
9,868.
 ● À variável X4, calculada pela divisão entre ativo 
circulante e passivo circulante, foi atribuído peso de 
0,764.
 ● Para a variável X5, calculada pela divisão entre 
lucro operacional e lucro bruto, foi dado um peso 
de 0,535.
 ● À variável X6, calculada pela divisão entre 
disponibilidades (somatória das contas caixa e 
equivalentes de caixa mais aplicações financeiras) e 
ativo total, foi atribuído o peso de 9,912.
O fator Z do modelo é calculado da seguinte forma:
108
Z = 23,792X1 – 8,26X2 – 9,868X3 – 0,764X4 
– 0,535X5 + 9,912X6.
Ou seja, o fator Z é dado pelo resultado da variável 
X1 vezes o seu peso (23,792), menos o resultado 
da variável X2 vezes o seu peso (8,26), menos o 
resultado da variável X3 vezes o seu peso (9,868), 
menos o resultado da variável X4 vezes o seu peso 
(0,764), menos o resultado da variável X5 vezes o 
seu peso (0,535), mais o resultado da variável X6 
vezes o seu peso (9,912).
De acordo com o modelo, o ponto crítico do fator 
Z é 0 (zero). Se o resultado do fator Z for maior que 
0,0 (zero), a situação da empresa é de solvência. 
Se o resultado do fator Z for igual ou menor que 0 
(zero), a situação da empresa é de insolvência.
MODELO DE PEREIRA
De acordo com Matias (2009, p. 278), Pereira 
desenvolveu o seu modelo de previsão de 
insolvência no início da década de 1980. A Figura 
28 sintetiza a consolidação do modelo de Pereira.
109
FIGURA 28 – CONSOLIDAÇÃO DO 
MODELO DE PEREIRA
Fonte: Elaborada pelo autor.
O fator Z do modelo é calculado da seguinte forma:
Z = 0,722 – 5,124X1 + 11,016X2 – 0,342X3 – 0,048X4 
+ 8,605X5 – 0,004X6
110
Assim como nos modelos apresentados por Matias 
e Altman, o ponto crítico do fator Z é 0 (zero). Se 
o resultado do fator Z for maior que 0 (zero), a 
situação da empresa é de solvência. Se o resultado 
do fator Z for igual ou menor que 0 (zero), a 
situação da empresa é de insolvência.
Diversos artigos já foram escritos aplicando 
os cinco modelos de previsão de falência. Um 
trabalho que se destaca é o artigo de José 
Roberto Kassai e Silvia Pereira de Castro Casa 
Nova, em 1998. Nesse trabalho, os autores 
afirmam que todos esses modelos de previsão 
de insolvência foram desenvolvidos a partir 
de uma determinada amostra colhida em suas 
respectivas épocas. Com o passar dos anos, o 
grau de precisão dos modelos diminui.
SAIBA MAIS
111
KASSAI, José Roberto; CASA NOVA, Silvia 
Pereira de Castro. Desvendando o termômetro 
de insolvência de Kanitz. Anais.. Ribeirão 
Preto: FEA-USP, 1999. Disponível em: https://
repositorio.usp.br/item/001077916. Acesso 
em: 16 set. 2020.
PEREIRA, R. C. C. et. al. Análise financeira 
empresarial sob a luz dos 5 modelos 
de previsão de insolvência: um estudo 
comparativo de empresas de capital aberto. 
Convibra, 2013. Disponível em: https://
docplayer.com.br/19355148-Analise-
financeira-empresarial-sob-a-luz-dos-5-
modelos-de-previsao-de-insolvencia-um-
estudo-comparativo-de-empresas-de-
capital-aberto.html#:~:text=E%20o%20
objetivo%20desta%20pesquisa,a%20
mesma%20situa%C3%A7%C3%A3o%20de%20
solv%C3%AAncia. Acesso em: 16 set. 2020.
LINK
https://repositorio.usp.br/item/001077916
https://repositorio.usp.br/item/001077916
https://docplayer.com.br/19355148-Analise-financeira-empresarial-sob-a-luz-dos-5-modelos-de-previsao-de-insolvencia-um-estudo-comparativo-de-empresas-de-capital-aberto.html#:~:text=E%20o%20objetivo%20desta%20pesquisa,a%20mesma%20situa%C3%A7%C3%A3o%20de%20solv%C3%AAncia
https://docplayer.com.br/19355148-Analise-financeira-empresarial-sob-a-luz-dos-5-modelos-de-previsao-de-insolvencia-um-estudo-comparativo-de-empresas-de-capital-aberto.html#:~:text=E%20o%20objetivo%20desta%20pesquisa,a%20mesma%20situa%C3%A7%C3%A3o%20de%20solv%C3%AAncia
https://docplayer.com.br/19355148-Analise-financeira-empresarial-sob-a-luz-dos-5-modelos-de-previsao-de-insolvencia-um-estudo-comparativo-de-empresas-de-capital-aberto.html#:~:text=E%20o%20objetivo%20desta%20pesquisa,a%20mesma%20situa%C3%A7%C3%A3o%20de%20solv%C3%AAncia
https://docplayer.com.br/19355148-Analise-financeira-empresarial-sob-a-luz-dos-5-modelos-de-previsao-de-insolvencia-um-estudo-comparativo-de-empresas-de-capital-aberto.html#:~:text=E%20o%20objetivo%20desta%20pesquisa,a%20mesma%20situa%C3%A7%C3%A3o%20de%20solv%C3%AAncia
https://docplayer.com.br/19355148-Analise-financeira-empresarial-sob-a-luz-dos-5-modelos-de-previsao-de-insolvencia-um-estudo-comparativo-de-empresas-de-capital-aberto.html#:~:text=E%20o%20objetivo%20desta%20pesquisa,a%20mesma%20situa%C3%A7%C3%A3o%20de%20solv%C3%AAncia
https://docplayer.com.br/19355148-Analise-financeira-empresarial-sob-a-luz-dos-5-modelos-de-previsao-de-insolvencia-um-estudo-comparativo-de-empresas-de-capital-aberto.html#:~:text=E%20o%20objetivo%20desta%20pesquisa,a%20mesma%20situa%C3%A7%C3%A3o%20de%20solv%C3%AAncia
https://docplayer.com.br/19355148-Analise-financeira-empresarial-sob-a-luz-dos-5-modelos-de-previsao-de-insolvencia-um-estudo-comparativo-de-empresas-de-capital-aberto.html#:~:text=E%20o%20objetivo%20desta%20pesquisa,a%20mesma%20situa%C3%A7%C3%A3o%20de%20solv%C3%AAncia
https://docplayer.com.br/19355148-Analise-financeira-empresarial-sob-a-luz-dos-5-modelos-de-previsao-de-insolvencia-um-estudo-comparativo-de-empresas-de-capital-aberto.html#:~:text=E%20o%20objetivo%20desta%20pesquisa,a%20mesma%20situa%C3%A7%C3%A3o%20de%20solv%C3%AAncia
https://docplayer.com.br/19355148-Analise-financeira-empresarial-sob-a-luz-dos-5-modelos-de-previsao-de-insolvencia-um-estudo-comparativo-de-empresas-de-capital-aberto.html#:~:text=E%20o%20objetivo%20desta%20pesquisa,a%20mesma%20situa%C3%A7%C3%A3o%20de%20solv%C3%AAncia

Continue navegando