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Dissertação Crítica sobre o documentário "Toda pessoa tem direito"

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1 
 
 
 
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E 
TECNOLOGIA DA BAHIA - CAMPUS LAURO DE FREITAS 
 
 
Curso: Engenharia de Energia 
Disciplina: Direito 
Docente: Luiz Antonio de Alcantara Santos 
Discente: Gabrielle Souza Garrido Gomes 
 
 
 
 
 
 
DISSERTAÇÃO CRÍTICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
LAURO DE FREITAS, BAHIA 
2022
2 
 
Para todos ou para alguns? 
 
Toda pessoa tem o direito é o título do documentário produzido, em 2018, pelo O 
Globo, jornal diário de notícias brasileiro, contendo cerca de quarenta minutos de duração e 
encontra-se disponível no canal do YouTube “Jornal O Globo”. O filme foi criado com o 
propósito de comemorar o aniversário de 70 anos da Declaração Universal Dos Direitos 
Humanos, foi-se recitado todos os trinta artigos ao longo do vídeo, e ainda apresentou-se 
algumas situações enfrentadas por cinco pessoas, em que seus direitos foram negados, ou 
inexistentes, incluindo a participação de Jurema Wernerck, diretora executiva da Anistia 
Internacional Brasil, e Marlova Noleto, diretora do escritório da UNESCO em Brasília, que 
fizeram comentários a respeito do tema central. O vídeo é transmitido com uma linguagem 
clara, sendo de fácil entendimento, explicitando os direitos internacionais que os seres humanos 
possuem, e que nem sempre eles são efetivados. 
À princípio, Jurema e Marlova explicam que a Declaração foi criada logo após a 
Segunda Guerra Mundial, contando com a contribuição de vários países, a fim de elaborar um 
conjunto de artigos que retratam o essencial para uma pessoa viver em sociedade. A primeira 
entrevistada foi Cássia da Silva, de 32 anos, relatando um incêndio que aconteceu em sua antiga 
casa, em que ela perdeu tudo, sem saber onde morar e com quatro filhos para cuidar, resolveu 
fazer uma ocupação em um galpão abandonado. No entanto, Cássia contou as inúmeras vezes 
que ocorreram algum tipo de “invasão” policial enquanto morava no local, sendo preocupante, 
porque existiam crianças no ressinto, e então, o galpão necessitou ser evacuado para a 
construção de um hospital, pois o terreno agora estava supervalorizado. Tendo isso em vista, 
naquele momento os direitos dessa família estavam sendo desrespeitados, considerando que 
não tinham mais uma residência para usufruir, e não receberam nenhuma espécie de amparo 
para se reestabelecerem. 
Posteriormente, Victor Gabriel, de 24 anos, alegou que foi preso injustamente, e dada 
as circunstâncias, o Artigo 11 não foi considerado, já que não se verificou o álibi em tempo 
hábil, presumindo que Gabriel era culpado, sem checar todas as informações relatadas por ele. 
E assim, essa experiência deixou um prejuízo em sua vida, de modo que o registro da prisão 
dificulta que ele consiga ser contratado em um emprego. Ademais, Eduardo Durán também 
estava desempregado, entretanto, por motivos diferentes, ele é um refugiado cubano que 
procurou asilo no Brasil, esperando conseguir reestruturar sua vida, com o apoio e proteção 
necessária, porém não lhe foi concebido. Assim sendo, Eduardo sofreu repressões em seu país 
3 
 
de origem por defender seus direitos humanos, como poder escolher em que província morar e 
sair de Cuba quando quiser. Logo, a situação do Artigo 13, liberdade de ir e vir, encontra-se 
inexistente lá. 
Na sequência está Marco Xavier, dirigente de uma Casa de Umbanda, vítima de 
intolerância religiosa, tendo o seu templo vandalizado e desrespeitado pelas pessoas de seu 
bairro. Nesse contexto, ele abriu diversos boletins de ocorrência ao longo de dez anos, sem 
resultados aparentes até o momento da gravação. Embora o Artigo 18 não esteja sendo exercido 
nesse cenário, o mais chocante é que o Artigo 7 também não está, e nas palavras de Marco, “o 
maior direito humano concedido a um cidadão é o direito a constituição”, isto é, a proteção 
prevista não é praticada. Analogamente, Lara, de 19 anos, foi impedida de sair devido a um 
tiroteio nas redondezas de sua residência na Rocinha, uma favela do Rio de Janeiro, 
impossibilitando-a de realizar uma prova importante para seu ingresso na faculdade. Posto isso, 
a segurança da jovem foi ineficiente, e segundo ela, habitantes de regiões periféricas não tem 
seus direitos respeitados. 
Em síntese, o documentário contém histórias reais de pessoas, criando um ambiente 
comovente e estabelecendo uma conexão com o receptor, de uma forma que promove um afeto 
e identificação com os entrevistados, além de informar todos os trinta artigos que representam 
os direitos que um ser humano tem ao nascer, sem distinção de qualquer natureza. 
Eventualmente, semeia-se uma reflexão sobre a Declaração Universal Dos Direitos Humanos e 
sua efetivação, já que nem sempre ela é cumprida, e provavelmente só uma parcela seleta da 
população conseguem acessá-la inteiramente. Em suma, instiga-se o desejo de alterar essa 
realidade, e de atentar-se a respeito dos seus direitos, observando se estão sendo atingidos.

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