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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA CAROLINA DE ALBUQUERQUE AMORIM ANTROPOLOGIA E RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS PORTIFÓLIO 2 – Cultura e Globalização RIO DE JANEIRO 2020 o Kit semanal nº 1 – Portfólio 2 Vídeo cidadania: A palavra cidadania tem origem no latim civitas, que significa cidade. O conceito de cidadania é muito antigo, tendo início na Grécia antigo. Sendo assim, apenas os nascidos em terras gregas eram considerados cidadãos em Atenas, chamados assim de eupátridas. Na Grécia antiga apenas uma minoria da população tinha seus direitos preservados, esses tinham direito de decidir, votar e participar de modo ativo das questões políticas da cidade. De outro lado, mais de 90% da população era composta por escravos, comerciantes e homens livres, ou seja, apenas uma pequena parcela da população exercia de seus direitos. Em Roma, o conceito de cidadania era bem forte e legitimava uma elite local, esse termo era indicado para designar situações politicas de uma pessoa, sendo os direitos e deveres que a mesma podia exercer. Ser cidadão significa ter seus direitos e deveres garantidos pelo Estado. No Brasil, a população era composta por escravos e homens livres, sendo assim, podemos dizer que a cidadania era de poucos, uma vez que era ligada a elite proprietária de terras. O Estado, por sua vez, faz os cidadãos terem o dever de zelar pelo bem público e também participando, através do voto, segundo a Constituição Federal de 1988. Atualmente, a palavra cidadania carrega um peso muito grande dos direitos humanos e os direitos essenciais à vida humana, sendo de suma importância o papel do cidadão na sociedade. A Constituição Federal, mais especificamente o artigo 5°, diz que “Todos são iguais perante a lei, possuindo os mesmos direitos, como moradia, respeito à vida e à liberdade.” Sendo assim, podemos dizer que todo indivíduo, decorrente da lei são iguais e tem os mesmos direitos, independente da sua classe social ou raça. Mesmo o Brasil sendo um país de extrema desigualdade social, é dever do Estado garantir e preservar os direitos naturais do homem. Vídeo pena: O canal de humor Porta dos Fundos publicou em 7 de setembro de 2015, um vídeo satírico fazendo uma crítica à justiça brasileira. O juiz, interpretado pelo humorista Fábio Porchat, absolve o réu após diversas cláusulas, por ele apresentado para diminuir cada vez menos a pena do acusado. Mesmo o crime sendo de corrupção ativa com desvio de 250 milhões de reais que eram destinados à saúde, o juiz satiricamente absolveu o réu. O vídeo faz uma crítica ao judiciário brasileiro, uma vez que, após esse caso, é apresentado outro, sobre o roubo de uma caixa de nugget por uma pessoa negra, condenando o mesmo. Sendo assim, podemos dizer que o vídeo retrata o preconceito existente no Brasil, logo, o cidadão negro, pobre e morador da periferia roubou uma caixa de nugget e foi condenado enquanto o outro cidadão cometeu crime de corrupção desviando dinheiro da saúde e não foi condenado. Dessa forma, fica clara a existência da desigualdade e do preconceito, mostrando que a lei não é igual para todos. Vídeo da música “A mão da limpeza”: A canção “A mão da limpeza” de Gilberto Gil, lançada em 1984, conta com a participação especial de Chico Buarque. Ao assistir o vídeo, a primeira coisa que percebi foi a discussão acerca do tema, nele, Gilberto Gil aparece vestido de branco e com seu rosto também pintado de branco, do seu lado aparece Chico Buarque vestido de preto com o rosto pintado de preto. A letra da música de Gilberto se inicia com uma expressão que representa situações de de discriminação e preconceito com os negros, “O branco inventou que o negro quando não suja na entrada vai sujar na saída”, fazendo uma alusão com o escravismo no Brasil ocorrido entre XVI e XIX. Percebi também que a música faz uma comparação com o passado e também com o presente, mostrando que a abolição da escravidão não acabou por completo, ainda vemos muitos casos de preconceito e racismo, além de pessoas que acham um absurdo negros usando elevador social por exemplo, ou até mesmo acham que negro deve sim ganhar menos. Vídeo “Racismo Estrutural”: O livro “Racismo Estrutural” do autor Silvio de Almeida fala sobre uma problemática muito importante e ainda pouco discutida que é o racismo. Silvio procura discutir como racismo está presente na sociedade brasileira, a partir da estrutura social, política e econômica, apresentando além disso, dados estatísticos que comprovam sua tese. Em suas palavras, “o racismo é a manifestação normal de uma sociedade, e não um fenômeno patológico ou que expressa algum tipo de anormalidade”. Sendo assim, podemos dizer que o Brasil foi o último país a abolir a escravidão teoricamente em 1888 com a Lei Áurea, porém, nenhum direito foi garantido aos negros. Dessa forma, infelizmente por muito tempo eles ainda se submeteram a trabalhos pesados e informais já que não possuíam qualquer a terras. A imagem do negro se assemelhava Texto “Na batalha contra o coronavírus, faltam líderes à humanidade”: O arquivo apresentado se trata de um artigo publicado pela revista americana Time, do autor best-seller Yuval Noah Harari. Nele, Yuval defende a assistência entre os povos e nações durante a época da atual pandemia que estamos vivendo entre outros problemas. No presente artigo, ele trata sobre a forma que as pessoas culpam a globalização em relação à pandemia, dizendo que a única forma de impedir outros prováveis futuros surtos seria desglobalizar o mundo. Por outro lado, estamos enfrentando um momento bem delicado de quarentena, com intuito de deter a pandemia o comércio foi fechado e viagens canceladas. Com isso, podemos dizer que muitas empresas acabaram fechando as portas, ocasionando em diversas demissões. O historiador israelense diz, em seu artigo que embora o momento de quarentena seja importante para tentar deter o vírus, a economia, ao longo do tempo ficará em uma situação bem complicada. A pandemia do novo coronavírus já mandou milhões de pessoas ao redor de todo o planeta, sendo, a única forma de antídoto a cooperação entre a população. Música “Eu vi mamãe oxum na cachoeira”: A música é da religião monoteísta chamada umbanda, fundado por Zélio Fernandino de Moraes. Tem como base três conceitos fundamentais: luz, caridade e o amor. O local das celebrações se chama casa, terreiro ou barracão, sendo elas ao ar livre, em contato com a natureza. Cidadania como direito e dever civil Deveres e direitos do cidadão Gilberto Gil e Chico Buarque no clipe da música “a mão da limpeza” Luta pelo racismo Combate a discriminação racial Capa do artigo de Yuval Kit semanal 2 – Cultura e Globalização Vídeo “Promessas de um novo mundo”: Promessas de um novo mundo é um documentário produzido em 2001 e retrata a história de sete crianças israelenses e palestinas na capital de Israel, Jerusalém. Embora as sete crianças morem no mesmo lugar vivem vidas completamente diferentes, incluindo a religião. O documentário retrata a opinião de crianças com 8 e 13 anos de idade a respeito dos conflitos entre os dois povos. O autor do documentário B.Z Goldberg deu a oportunidade das crianças manifestarem a sua própria visão a respeito dos conflitos. Os primeiros personagens são os gêmeos israelenses Yarko e Daniel, a cena mostra os dois sentados no ponto de ônibus porém com muito medo dos ataques terroristas (na época, os ônibus eram alvos fáceis). Após os irmãos, aparece Mahmoud, um jovem branco com olhos azuis, morador da palestina. Sua família possui uma mercearia há gerações e o principal produto é o café. Ele mostra a Mesquita de Al-Aqsa e demonstra a raiva em suas palavras contra osjudeus. Mahmoud apoia grupos considerados terroristas como o Hamas e o Hezbollah. Outra criança se chama Shlomo, estudante e praticante da religião judaica e parece respeitar as outras religiões. Diz, em seu discurso que entende o desgosto que os árabes sentem alegando que foram expulsos, se sentindo inferiores. Outro personagem do documentário é Sanabel, uma jovem menina que mora em um campo de refugiados da cidade de Daheishe, seu pai foi preso há dois anos. Em seu campo residem diversas pessoas sobreviventes da guerra de independência de Israel que ocorreu em 1948. Sanabel conta que sofre muita humilhação dos israelenses por ser uma árabe, acredita ser vista como uma terrorista por eles. Diante desses relatos, podemos ver que cada um tem uma história para contar. Sendo assim, a diversidade social é algo muito presente e visa combater qualquer intolerância. Vídeo “Você me escuta?”: A partir do vídeo “você me escuta?” refleti muito acerca do tema e realmente hoje em dia muito se fala e pouco se escuta. Em uma conversa, podemos muitas vezes expor nossas ideias, porém, muitas vezes não queremos escutar o que as pessoas tem a dizer sobre o assunto, não tendo muita intenção com o próximo. Ouvir não é tão fácil quanto parece, em uma conversa temos o constante hábito de acabar interrompendo o outro quando escutamos algo que não nos agrada muito, fugindo do assunto. É de suma importância escutar e ser escutado, querendo realmente saber como o outro está por exemplo, uma pergunta simples que pode mudar tudo. A falta de comunicação acaba afetando muitas pessoas, além da correria do dia a dia que acaba deixando todo mundo um pouco cansado dessa vida agitada e sem tempo. É importante ouvir o próximo, tentar compreender sem julgar ou brigar com a pessoa, devemos sempre procurar entender o próximo, com o máximo de empatia sempre. Música da Polinésia Francesa: Moorea: Sendo um dos maiores territórios do Pacífico, a Polinésia é um destino cultural. Os costumes tradicionais, sendo eles danças, músicas, tatuagens foram banidos com a chegada do capitão, porém, após isso regionais da Polinésia resgataram suas raizes com objetivo de retomar a cultura e seus costumes. Visitar as ilhas mostram diversos aspectos culturais nunca vistos, quando os turistas chegam, eles recebem um colar de flores como um símbolo de boas-vindas e de gentileza. Aí ir embora, os mesmos recebem outro colar só que de conchas que representa um gesto de proteção na viagem. O turismo alavanca a economia da região com suas riquezas naturais. Arte do filme – documentário Promessas de um Novo Mundo Símbolo de escutar Escutar o próximo como símbolo de empatia Cultura Polinésia Francesa