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Aula 2 - Arboviroses

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1 Marcos Santiago – 5º semestre – PINESC V 
Arboviroses 
Dengue, Zika, Chikungunya e Febre amarela 
Arboviroses – são as doenças causadas pelas chamadas arbovírus, que incluem o vírus da Dengue, Zika vírus, febre 
Chikungunya e febre amarela. 
A classificação arbovírus engloba todos aqueles transmitidos por artrópodes, ou seja, insetos e aracnídeos (como 
aranhas e carrapatos); 
As arboviroses são doenças epidêmicas transmitidas pela fêmea adulta do mosquito Aedes aegypti; 
O crescente aumento no número de casos dessas arboviroses está diretamente associado à ampla disseminação das 
populações do Aedes aegypti; 
Tipos: 
Existem 3 famílias mais conhecidas de arbovírus e cada uma delas engloba causadores de que tem semelhança em seu 
código genético e nas suas proteínas base. 
• Flavivírus – inclui as doenças do Aedes, como Dengue, Zika e febre amarela, além de outras doenças, como a 
encefalite japonesa (transmitida pelos mosquitos de gênero Culex); 
• Togavírus – classificação de febre Chikungunya e das encefalites equinas, como a do Leste, oeste e venezuelana; 
• Bunyavírus – classificação que inclui os hantavírus, causadores da febre hemorrágica. 
Dengue: 
A dengue é uma das principais doenças transmitidas por mosquito no mundo, principalmente em países tropicais, 
incluindo o Brasil. Ou seja, clima quente, chuva, acúmulo de água e falta de cuidados a larva da dengue começa a se 
manifestar. 
O mosquito transmissor da dengue chama-se Aedes aegypti. 
Sendo a dengue, transmitida através da picada da fêmea do mosquito, pois o macho 
se alimenta apenas de selva de plantas. Um único mosquito em seu tempo de vida 
(45 dias) é capaz de fazer um estrago contaminando 300 pessoas. Ao contrário do 
pernilongo comum, tem hábitos diurnos, ou seja, só pica durante o dia. 
 
 
Ciclo evolutivo: 
 
O ciclo do Aedes aegypti é composto por 4 fases: ovo, larva, pupa e adulto. As larvas se desenvolvem em água parada, 
limpa ou suja. Na fase do acasalamento, em que as fêmeas precisam de sangue para garantir o desenvolvimento dos 
ovos, ocorre a transmissão da doença. 
 
2 Marcos Santiago – 5º semestre – PINESC V 
• Do ovo à forma adulta, o ciclo de vida do mosquito varia de acordo com a temperatura, disponibilidade de 
alimentos e quantidade de larvas existentes no mesmo criadouro, uma vez que existe a competição de larvas 
por alimento; 
• Em condições ambientais favoráveis, após a eclosão do ovo, o desenvolvimento do mosquito até a forma adulta 
pode levar um período de 10 dias; 
• Por isso, a eliminação do criadouro deve ser realizada pelo menos 1 vez por semana: assim, o ciclo de vida do 
mosquito será interrompido. 
 
• Os ovos, que são extremamente resistentes, podem sobreviver vários meses até que a chegada de água propicia 
a incubação; 
• Uma vez imersos, os ovos desenvolvem-se rapidamente em larvas, que dão origem às pupas, das quais surge o 
adulto, dando continuidade ao ciclo de vida; 
• já foi detectado que os ovos sobrevivem até 2 anos sem contato com a água; 
• Fase aérea: mosquito adulto tem 45 a 60 dias de vida. 
 
 
Características do mosquito Aedes aegypti: 
• Tamanho – 0,5cm; 
• Cor – possui cor preta e riscos; 
• Asas – possui 2 pares de asas translucidas; 
• Patas – possui 3 pares de patas; 
• Esse mosquito não gosta de calor e, por isso, nos horários mais 
quentes do dia, ele encontra-se escondido à sombra ou dentro de casa. 
Principal momento do mosquito da dengue, é atacar à noite. 
 
 
3 Marcos Santiago – 5º semestre – PINESC V 
 
Diagnostico e manejo clínico da Dengue: 
Caso suspeito de dengue: 
Todo paciente que apresenta doença febril aguda, com duração máxima de até 7 dias, acompanhada de pelo menos 2 
dos seguintes sintomas – cefaleia, dor retro orbitária, mialgia, artralgia, prostração ou exantema associados ou não à 
presença de hemorragias. Além desses sintomas, deve ter estado, nos últimos 15 dias, em área onde esteja ocorrendo 
transmissão de dengue ou tenha a presença de Aedes aegypti. 
• Todo caso suspeito deve ser notificado à Vigilância Epidemiológica; 
• A presença de sinais de alerta (quadro 1) indica a possibilidade de gravidade do quadro clínico. 
Quadro 1: Sinais de alerta na dengue 
Dor abdominal intensa e contínua 
Vômitos persistentes 
Hipotensão postural 
Hipotensão arterial 
Pressão diferencial < 20mmHg (PA convergente) 
Hepatomegalia dolorosa 
Hemorragia importante 
Extremidades frias, cianose 
Pulso rápido e fino 
Agitação e/ou letargia 
Diminuição da diurese 
Diminuição repentina da temperatura corpórea ou hipotermia 
Aumento repentino do hematócrito 
 
4 Marcos Santiago – 5º semestre – PINESC V 
Anamnese: 
A história clínica deve ser o mais detalhada possível e os itens abaixo devem constar em prontuário: 
• HDA: 
✓ Cronologia dos sinais e sintomas 
✓ Caracterização da curva febril 
✓ Pesquisa de sinais de alerta 
• Epidemiologia – presença de casos semelhantes no local de moradia ou de trabalho; 
• História de deslocamento nos últimos 15 dias; 
• História patológica pregressa – doenças crônicas associadas: hipertensão arterial, DM, DPOC, doenças 
hematológicas graves (principalmente anemia falciforme), doença renal crônica, doença severa do sistema 
cardiovascular, doença ácido-péptica e doenças autoimunes; 
• Uso de medicamentos, sobretudo anti-agregantes plaquetários, anticoagulantes, anti-inflamatórios e 
imunossupressores. 
Exame físico: 
Exame físico geral: 
• Ectoscopia 
• PA e pulso em duas posições (sentado/deitado e em pé) 
• Temperatura 
• Ritmo respiratório 
• Hidratação 
Exame físico específico: 
• Pele – manifestações hemorrágicas, turgor, coloração 
• Segmento torácico – pesquisa de derrame pleural/pericárdico 
• Segmento abdominal – pesquisa de hepatomegalia, dor e ascite 
• Neurológio – orientado pela história clínica, nível de consciência, sinais de irritação meníngea 
• Prova do laço 
Prova do laço: 
1. Desenhar um quadrado de 2,5cm de lado (ou uma área ao redor 
do polegar) no antebraço da pessoa e verificar a PA (deitado ou sentada); 
2. Calcular o valor médio = (PAS+PAD) /2 
3. Insuflar novamente o manguito até o valor médio e manter por 5 
minutos 
4. Contar o número de petéquias no quadrado. A prova é considerada 
positiva se houver mais de 20 petéquias 
OBS: Prova do laço positiva não é patognomonico de FHD e que pode ocorrer 
em outras situações clínicas que cursam com alteração da permeabilidade 
capilar ou trombocitopenia (idade avançada ou coagulopatia); 
Prova do laço é importante para triagem de pacientes com potencial de 
alteração da permeabilidade vascular ou ser utilizada na prática clínica como 
um dos elementos da triagem na suspeita de dengue. PL positiva é uma 
manifestação frequente nos casos de dengue, apesar de não ser específica, 
serve como alerta para o risco de evolução para as formas graves, necessitando 
o paciente de um monitoramento clínico e laboratorial mais rigoroso; 
Não há contraindicações em doenças crônicas (DM, HAS, entre outras). 
 
 
 
 
5 Marcos Santiago – 5º semestre – PINESC V 
Diagnostico diferencial: 
Considerando que a dengue tem um amplo espectro clínico, as principais doenças que fazem diagnostico diferencial, 
são: 
• Influenza, rubéola, outras doenças exantemáticas, meningococcemia, febre amarela, leptospirose, malária, 
hepatite infecciosa, hantavírus, rickestisloses. 
OBS – pode considerar outros agravos, de acordo a situação epidemiológica da região. 
Estadiamento e tratamento: 
• Os dados da anamnese e exame físico serão utilizados para estadiar os casos e para orientar as medidas 
terapêuticas cabíveis; 
• É importante lembrar que a dengue é uma doença dinâmica, o que permite que o paciente evolua de um estágio 
a outro rapidamente; 
• O manejo adequado dos pacientes depende do reconhecimento precoce de sinais de alerta, do contínuo 
monitoramento e re-estadiamento dos casos e da pronta reposição hídrica. Com isso, torna-se necessária a 
revisão da história clínica, acompanhada do exame físicocompleto à cada reavaliação do paciente, com o 
devido registro em instrumentos pertinentes (prontuários, ficha de atendimento, cartão de acompanhamento); 
• Não há tratamento específico para dengue, o que torna eminentemente sintomático ou preventivo das possíveis 
complicações. As drogas antivirais, o interferon alfa e a gamaglobulina, testados até o momento, não 
apresentaram resultados satisfatórios que subsidiem sua indicação terapêutica; 
• Importante – os sinais de alerta e agravamento do quadro costumam ocorrer na fase de remissão da febre; 
 
 
 
 
6 Marcos Santiago – 5º semestre – PINESC V 
ESTÁGIOS DE 
GRAVIDADE: 
GRUPO A: GRUPO B: GRUPO C: GRUPO D: 
Caracterização: - Febre por até 7 dias, 
acompanhada de 
pelo menos 2 sinais e 
sintomas 
inespecíficos 
(cefaleia, prostração, 
dor retro orbitária, 
exantema, mialgia e 
artralgia) e história 
epidemiológica 
compatível; 
- Ausência de 
manifestações 
hemorrágicas 
(espontâneas e 
induzidas, como a 
prova do laço); 
- Ausência de sinais 
de alerta. 
 
- Febre por até 7 dias, 
acompanhada de 
pelo menos 2 sinais e 
sintomas 
inespecíficos; 
- Presença de 
manifestações 
hemorrágicas 
(espontâneas e 
induzidas, como a 
prova do laço 
positiva) sem 
repercussões 
hemodinâmicas; 
- Ausência de sinais 
de alerta. 
 
- Febre por até 7 dias, 
acompanhada de 
pelo menos 2 sinais e 
sintomas 
inespecíficos; 
- Presença ou 
ausência de 
manifestações 
hemorrágicas; 
- Presença de algum 
sinal de alarme; 
- Choque. 
 
- Febre por até 7 dias, 
acompanhada de 
pelo menos 2 sinais e 
sintomas 
inespecíficos; 
- Presença ou 
ausência de 
manifestações 
hemorrágicas; 
- Presença de algum 
sinal de alarme; 
- Choque. 
 
Conduta: Esses pacientes 
devem ser atendidos 
preferencialmente 
nas unidades de 
atenção básica. 
 
Esses pacientes 
devem ser atendidos 
inicialmente nas 
unidades de atenção 
básica, podendo 
necessitar de leito de 
observação, na 
dependência da 
evolução. 
 
Esses pacientes 
devem ser atendidos 
inicialmente em 
qualquer nível de 
complexidade, sendo 
obrigatório início da 
hidratação venosa 
até sua transferência 
para unidade de 
referenciar (se 
houver necessidade). 
 
Esses pacientes 
devem ser atendidos 
inicialmente em 
qualquer nível de 
complexidade, sendo 
obrigatório início da 
hidratação venosa 
até sua transferência 
para unidade de 
referenciar (se 
houver necessidade). 
 
Conduta 
diagnóstica: 
Exames específicos: 
- A confirmação 
laboratorial é 
orientada de acordo 
com a situação 
epidemiológica; 
- Em períodos não 
epidêmicos: solicitar 
o exame em todos os 
casos suspeitos; 
- Em períodos 
epidêmicos: solicitar 
o exame conforme a 
orientação da 
vigilância 
epidemiológica; 
- Solicitar sempre em 
gestantes 
(diagnóstico 
diferencial com 
rubéola). 
 
Exames 
inespecíficos: 
- Hematócrito, 
hemoglobina, 
plaquetas e 
leucograma; 
Exames específicos 
– obrigatório; 
 
Exames 
inespecíficos: 
- Coleta e resultado 
no mesmo dia; 
- Obrigatório para 
todos os pacientes 
do grupo; 
- Hematócrito, 
hemoglobina, 
plaquetas e 
leucograma; 
Exames específicos 
– obrigatório 
(atentando para 
necessidade de 
acondicionamento: -
20º para sorologia e -
70º para isolamento 
viral); 
 
Exames 
inespecíficos: 
- Hematócrito, 
hemoglobina, 
plaquetas, 
leucograma e outros, 
conforme 
necessidade 
(gasometria, 
eletrólitos, 
transaminases, 
albumina, Rx de 
tórax, USG de 
abdome); 
- Outros, orientados 
pela história e 
evolução clínica: 
ureia, creatinina, 
glicose, eletrólitos, 
provas de função 
Exames específicos 
– obrigatório 
(atentando para 
necessidade de 
acondicionamento: -
20º para sorologia e -
70º para isolamento 
viral); 
 
Exames 
inespecíficos: 
- Hematócrito, 
hemoglobina, 
plaquetas, 
leucograma e outros, 
conforme 
necessidade 
(gasometria, 
eletrólitos, 
transaminases, 
albumina, Rx de 
tórax, USG de 
abdome); 
- Outros, orientados 
pela história e 
evolução clínica: 
ureia, creatinina, 
glicose, eletrólitos, 
provas de função 
 
7 Marcos Santiago – 5º semestre – PINESC V 
- Coletar no mesmo 
dia e resultado em 
até 24 horas. 
 
Solicitar para 
pacientes nas 
seguintes situações: 
- Gestantes 
- Idosos (>65 anos) 
- HAS 
- DM 
- DPOC 
- Doenças 
hematológicas 
crônicas 
(principalmente 
anemia falciforme) 
- Doença renal 
crônica 
- Doença severa do 
sistema 
cardiovascular 
- Doença ácido-
péptica 
- Doenças imunes; 
 
hepática, gasometria, 
líquor, urina, etc 
hepática, gasometria, 
líquor, urina, etc 
Conduta 
terapêutica: 
- Hidratação oral; 
- Sintomáticos 
(analgésicos e 
antitérmicos) em 
casa; 
- Orientar sobre os 
sinais de alerta; 
- Retorno no 
primeiro dia sem 
febre e 
obrigatoriamente 
para pacientes 
descritos acima. 
 
- Hidratação oral 
conforme orientado 
para o grupo A, até o 
resultado do exame. 
– Sintomáticos 
(analgésicos, 
antitérmicos); 
- Seguir conduta 
conforme resultados 
dos exames 
inespecíficos: 
 1. Paciente com 
hemograma normal: 
tratamento em 
regime ambulatorial, 
como grupo A. 
2. Hematócrito 
aumentado em até 
10% acima do valor 
basal (na ausência 
deste, as seguintes 
faixas de valores: 
crianças: > 38% e < 
42%; mulheres: > 
40% e < 44%; 
homens: >45% e < 
50%) e/ou 
plaquetopenia (entre 
50 e 100.000 
céls/mm3) e/ou 
leucopenia (< 1.000 
céls/mm3). – 
 
Tratamento 
ambulatorial: 
hidratação oral 
rigorosa 
Paciente sem 
hipotensão: 
- Leito de observação 
em unidade com 
capacidade de 
realizar hidratação 
venosa sob 
supervisão médica 
por período mínimo 
de 24 horas; 
- Hidratação EV 
imediata: 25mL/kg 
em 4 horas, sendo 
1/3 deste volume na 
forma de solução 
salina isotônica; 
- Sintomáticos; 
- Reavaliação clínica 
e de hematócrito 
após 4 horas e de 
plaquetas após 12 
horas; 
- Se melhora clínica e 
laboratorial, iniciar 
etapa de 
manutenção com 25 
mL/kg em cada uma 
das etapas seguintes 
(8 e 12 horas); 
- Se resposta 
inadequada: repetir a 
conduta anterior, 
reavaliando ao fim da 
etapa. A prescrição 
pode ser repetida 
por até 3 vezes; 
Paciente com 
hipotensão: 
- Iniciar a hidratação 
parenteral com 
solução salina 
isotônica (20 
mL/kg/hora) 
imediatamente, 
independentemente 
do local de 
atendimento. Se 
necessário, repetir 
por até 3 vezes; 
- Leito de observação 
em unidade com 
capacidade de 
realizar hidratação 
venosa sob 
supervisão médica 
por período mínimo 
de 24 horas; 
- Sintomáticos; 
- Reavaliação clínica 
(cada 15-30 minutos) 
e hematócrito após 2 
horas; 
- Se melhora: tratar 
como paciente sem 
hipotensão; 
- Se resposta 
inadequada: avaliar 
hemoconcentração 
 
8 Marcos Santiago – 5º semestre – PINESC V 
(80mL/kg/dia), 
sintomáticos; 
- Orientar sobre 
sinais de alerta; 
- Retorno para 
reavaliação clínico 
laboratorial em 24 
horas e re-
estadiamento. 
- Se melhora: passar 
para etapa de 
manutenção com 25 
mL/kg em cada uma 
das etapas seguintes 
(8 e 12 horas); 
- Se resposta 
inadequada: tratar 
como paciente com 
hipotensão. 
 
 
Quatro Graus de FHD: 
Grau 1: 
• Febre e sintomas gerais não específicos; 
• Prova do laço positiva é apenas uma manifestação hemorrágica. 
Grau 2 – Manifestações do Grau 1 + sangramento espontâneo; 
Grau 3 – sinais de insuficiência circulatória (pulso rápido/fraco pressão arterial, hipotensão, pele fria/úmida); 
Grau 4 – Choque profundo (pulso e pressão sanguínea imperceptíveis). 
 
Critérios de alta hospitalar: 
Os pacientes precisam preencher todos os seis critérios abaixo: 
• Ausência de febre durante 24 horas, sem uso de terapia antitérmica; 
• Melhora visível do quadro clínico • Hematócrito normal e estável por 24 horas; 
• Plaquetas em elevação e acima de 50.000/mm3; 
• Estabilização hemodinâmica durante 24 horas; 
• Derrames cavitários em reabsorção e sem repercussão clínica. 
 
 
9 Marcos Santiago – 5º semestre – PINESC V 
 
 
Chikungunya: 
Chikungunya, também chamada de febre chicungunha, é uma doença viral parecida com a dengue, transmitida por um 
mosquito comum: 
• Aedes aegypti e o Aedes albopictus, mosquitos transmissoresda dengue e da febre amarela. 
Seu ciclo de transmissão é mais rápido do que o da dengue. Em no máximo, 7 dias a contar do momento em que foi 
infectado, o mosquito começa a transmitir o vírus CHIKV. 
 
Etimologia: 
Chicungunha é um aportuguesamento de chikungunya, o nome da doença na Tanzânia, onde foi documentada a 
primeira epidemia da doença em 1953. O termo provém da raíz verbal kungunyala, e significa "tornar-se dobrado ou 
contorcido", em referência à aparência curvada dos pacientes, motivada pelas intensas dores articulares (poliartrite) e 
musculares, características da doença. 
Esse é o sintoma mais característico da enfermidade: dor forte nas articulações, tão forte que chega a impedir os 
movimentos e pode perdurar por meses depois que a febre vai embora 
 
 
10 Marcos Santiago – 5º semestre – PINESC V 
Ambas têm em comum o agente transmissor, o Aedes aegypti, e os sintomas que são 
parecidos, bem como o tratamento e a prevenção. A diferença é que a febre Chikungunya 
é de período de incubação mais curto e os sintomas hemorrágicos são menos observados. 
A principal diferença da Chikungunya é a sensação de fortes dores nas articulações, com 
sinais de flogose (vermelhidão, dor, inchaço e calor). As duas doenças são diagnosticadas 
com exames de laboratório e podem se manifestar em um mesmo paciente. 
 
 
 
 
 
OBS – evitar o acúmulo de água em embalagens vazias como garrafas e latas. O mosquito da dengue põe seus ovos 
em locais com água parada. Além disso, deixar depósitos como garrafas no seu quintal pode fazer com que, em dias de 
chuva, a água se acumule nesses locais e o mosquito comece a se criar. Locais preferidos para reprodução: calhas, vasos 
de planta, pneus, lixeiras, garrafas e embalagens descartáveis. 
Como combater o mosquito: 
• Limpar as calhas, removendo as folhas, galhos e outros objetos que possam impedir a passagem da água; 
• Não deixar acumular água da chuva sobre a laje; 
• Lavar semanalmente tanques utilizados para armazenar água com escova e sabão; 
• Manter os tonéis e barris de água bem tampados; 
• Encher os pratinhos dos vasos com areia; 
• Lavar 1 vez por semana os vasos com plantas aquáticas, usando escova e sabão; 
• Manter a caixa de água fechada com a tampa; 
• Guardar as garrafas vazias de cabeça para baixo; 
• Entregar os pneus velhos no serviço de limpeza urbana ou guardá-los sem água e abrigados da chuva; 
• Colocar o lixo em sacos fechados e fechar bem a lixeira. 
 
Zika: 
Há cerca de 20 anos, o Zika vírus foi isolado em seres humanos pela primeira vez na Nigéria. Do país, ele teria se 
espalhada por diversas áreas do mundo até entrar no Brasil em 2014, provavelmente trazidos por turistas que vieram 
acompanhar a copa do mundo de 2014. 
No Brasil, o Zika encontrou o Aedes aegypti, o responsável por sua transmissão, além da dengue, febre amarela e 
Chikungunya. 
Transmissão do Zika Vírus: 
O Zika Vírus é transmito através de picadas do inseto Aedes Aegypti, que geralmente picam ao final do dia e à noite. 
Embora o Aedes aegypti seja o grande “vilão”, possui umnovo mosquito, da mesma família do Aedes aegypti, sendo o 
Aedes albopictus, capaz de transmitir (caso esteja infectado) o zika vírus e, também, dengue e chikungunya. 
As pessoas que foram picadas pelo mosquito e contaminadas pelo zika, terão sintomas, como: 
• Febre 
• Artralgia (principalmente das mãos e pés) 
• Mialgia 
• Cefaleia (principalmente atras dos olhos) 
• Diarreia 
• Manchas avermelhadas 
• Conjuntivite 
• Cansaço físico e mental 
 
11 Marcos Santiago – 5º semestre – PINESC V 
Tratamento do Zika vírus:

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