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HANDEBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS
Unidade II
Terminologia básica do handebol
Técnica é o conjunto de ações motoras (elementos ou gestos técnicos) próprias do handebol, 
podendo ser ofensiva ou defensiva.
A tática individual é a aplicação inteligente da técnica em situações concretas, mediante princípios 
de atuação (princípios táticos individuais), podendo ser ofensiva ou defensiva.
Há também a tática de grupo, que nada mais é do que a relação entre dois ou mais jogadores que 
atuam coordenadamente, aplicando a técnico-tática individual; trata-se da base da tática coletiva, 
podendo ser defensiva ou ofensiva.
A tática coletiva inclui as formas de relação entre dois ou mais jogadores para coordenar entre eles 
a técnico-tática individual, utilizando meios táticos coletivos, podendo ser ofensiva ou defensiva.
Os princípios táticos individuais, são normas ou ideias básicas fundamentais que regem ou emolduram 
as condutas ou ações motrizes individuais do jogador de handebol, podendo ser defensivos ou ofensivos.
Por sua vez, os princípios táticos coletivos são normas ou ideias básicas fundamentais que regem ou 
emolduram as condutas ou ações motrizes coletivas do jogo de handebol.
O sistema de jogo é a ordenação inicial no espaço dos jogadores.
As situações especiais ocorrem em momentos de duração variável, nos quais existe desigualdade 
numérica. São elas:
• superioridade numérica, ao menos de um jogador a mais;
• inferioridade numérica, ao menos de um jogador a menos.
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Unidade II
Simbologia
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A
3
A
Defensor
Atacante
Atacante com bola
Deslocamentos do jogador
Figura 28 
A
A
A
? passe de bola
Arremesso
Desmarque — mudança 
de direção
Finta — mudança de 
direção com bola
recepção 
da bola
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A
Figura 29 
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HANDEBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS
Bloqueio ofensivo
Cortina
Espaço criado
Figura 30 
5 CONCEITOS BÁSICOS
5.1 Tática
A tática está relacionada à forma pela qual são distribuídos os jogadores na quadra de jogo, 
considerando suas características técnicas e táticas individuais, para que assim se consiga estruturar de 
modo coeso e produtivo a equipe. Também corresponde a um sistema de planos de ação e possibilidades 
de tomada de decisão, delimitadas por tempo-espaço-situação de jogo, permitindo a estruturação e a 
execução de ações motoras que objetivam atingir a meta desejada.
É de suma importância que o aprendiz nessa fase já tenha consolidado o conhecimento dos 
fundamentos técnicos individuais, para que possa compreender e executar com maior entendimento os 
aspectos da tática individual, de grupo e coletiva.
5.2 Tática individual
Entendemos esse conceito como a forma pela qual o aprendiz soluciona as problemáticas do jogo 
nos aspectos ofensivos e defensivos de forma individualizada, ou seja, como ele resolve as situações 
pertinentes ao jogo utilizando seu repertório técnico nas diferentes circunstâncias da partida.
Quadro 1 - Técnica individual e tática individual
Técnica individual Tática individual
Execução da habilidade motora específica do handebol Saber utilizar o gesto técnico específico em conformidade com a situação de jogo
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Unidade II
Para Bárcenas González e Román Seco (1991), tática individual é a capacidade que o jogador tem de 
eleger o gesto apropriado para cada momento do jogo, ofensivo ou defensivo.
5.3 Tática de grupo
São as ações que antecedem a tática coletiva. Normalmente acontecem com a participação de 
dois jogadores; trata-se das precursoras da tática coletiva, pois a partir delas os aprendizes conseguem 
começar a compreender as ações coletivas, primeiramente em um formato menor de grupo, para que 
posteriormente possam executá-las de modo mais ampliado, com melhor desempenho na tática coletiva 
ofensiva e defensiva.
Algumas táticas de grupo ofensivas são: ritmo de bola e fixação do oponente, equilíbrio ofensivo, 
engajamento, passa e vai, cruzamentos, bloqueio ofensivo, quebra de ritmo e cortina; já no aspecto 
defensivo, temos: coberturas, trocas de marcação, acompanhamento e marcação de bloqueio ofensivo.
Para Ehret et al. (2002), denomina-se tática de grupo o processo de decisão que o jogador tem em 
relação às ações de, no mínimo, mais de um jogador.
5.4 Tática coletiva
A tática coletiva está relacionada com a forma pela qual os jogadores colocam seu repertório técnico 
individual, tático individual e de grupo em prol de determinado sistema de jogo, ofensivo ou defensivo.
A eficácia dessa tática coletiva está diretamente relacionada à qualidade e ao desempenho das 
técnicas individuais e táticas individual e de grupo.
Para Ehret et al. (2002), a tática coletiva é o exemplo da realização de tomadas de decisões, nas quais 
o sucesso e a objetividade dependem do trabalho conjunto da equipe.
Para Albuquerque (2013), a evolução progressiva das táticas de grupo e coletivas contribui para a 
formação de um sistema de ataque e defesa mais produtivo, estimulando nos jogadores e na equipe o 
bom desenvolvimento das capacidades de jogo.
Quadro 2 - Táticas individuais, de grupo e coletivas do handebol
Ataque Defesa
1x1 tática individual Utilização das técnicas individuais ofensivas na situação aberta de jogo
Utilização das técnicas individuais 
defensivas na situação tabela aberta 
de jogo
2x1 e 1x2 tática individual
Trabalhar as táticas ofensivas 
em situação de superioridade ou 
inferioridade numérica
Trabalhar as táticas defensivas 
em situação de superioridade ou 
inferioridade numérica
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HANDEBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS
2x2 e 3x3 tática de grupo
Ritmo de bola e fixação do 
oponente, equilíbrio ofensivo, 
engajamento, passa e vai, 
cruzamentos, bloqueio ofensivo, 
quebra de ritmo e cortina
Cobertura, trocas de marcação, 
acompanhamento e marcação de 
bloqueio ofensivo
3x2 e 2x3 tática de grupo
Trabalhar as táticas ofensivas 
em razão de superioridade ou 
inferioridade numérica
Trabalhar as táticas defensivas 
em razão de superioridade ou 
inferioridade numérica
6x6 tática coletiva/sistema de jogo
Todas as capacidades táticas 
individuais e de grupo devem estar, a 
princípio, assimiladas: 
– sistemas de ataque;
– com um pivô;
– com 2 pivôs;
– superioridade numérica;
– inferioridade numérica.
Todas as capacidades táticas 
individuais e de grupo devem estar, a 
princípio, assimiladas: 
– sistema de defesa individual: quadra 
toda, meia quadra e um terço de 
quadra;
– sistemas de defesa por zona: 6:0, 
5:1, 4:2, 3:3 e 3:2:1;
– sistemas de defesa mista ou 
combinada: 5+1, 4+2 e 3+3;
– superioridade numérica;
– inferioridade numérica.
Fonte: adaptado de Albuquerque (2013, p. 217).
5.5 Táticas de grupo5.5.1 Ritmo de bola e fixação do oponente
O ritmo de bola está relacionado à troca de passes e recepção de bola; o passe é o elo entre os 
jogadores de uma equipe, portanto o seu desempenho e a sua eficácia determinarão o ritmo de bola.
Esse ritmo se dá normalmente na movimentação dos atacantes, que recebem a bola em deslocamento 
frontal em relação ao gol, sempre com o braço executor de arremesso posicionado, para que tal 
posicionamento possa oferecer perigo ao gol adversário. O jogador seguinte, o qual receberá o passe, 
deverá iniciar o deslocamento à frente assim que perceber que seu antecessor está com o braço armado, 
dando assim continuidade a tal movimentação, sempre de forma frontal ao gol.
O objetivo da movimentação é imprimir um ritmo contínuo e escalonado de modo que atrapalhe o 
posicionamento de defesa; se ele for eficaz, haverá uma possibilidade maior de finalização ao gol com 
reais possibilidades de êxito.
Para Ehret et al. (2002), após dominar a noção de receber a bola em deslocamento reto para 
frente, o jogador precisa ser estimulado a iniciar novas trajetórias; a variação delas será um grande 
instrumento para o atacante, pois assim ele se tornará menos previsível e poderá surpreender a 
defesa adversária.
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Unidade II
Figura 31 - Deslocamentos
5.5.2 Equilíbrio ofensivo
Tem como referência o ritmo de bola, o qual parte do princípio de que o jogador fará uma 
progressão frontal em relação ao gol ao receber a bola em deslocamento, na sequência realizará 
uma movimentação de dois a três passos (podendo variar a trajetória) e deverá executar o passe ao 
jogador seguinte ao seu lado. Após fazer o passe ele precisará retornar de costas ao seu ponto inicial; 
com tal movimentação o jogador estará preparando uma suposta ação ofensiva, gerando assim um 
posicionamento seguro e equilibrado, evitando uma suposta tentativa de interceptação e saída rápida 
de contra-ataque do adversário.
Figura 32 - Equilíbrio defensivo
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HANDEBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS
5.5.3 Engajamento
O engajamento é uma movimentação ofensiva, que está intimamente ligada aos conceitos de ritmo 
de bola, equilíbrio ofensivo e seus deslocamentos em direção ao gol, pois nela os atacantes farão seus 
deslocamentos sempre buscando o espaço entre dois defensores de forma escalonada.
Com o objetivo de criar situações de superioridade numérica em algum setor de jogo, o princípio 
se baseia no fato de que se um atacante consegue fixar dois defensores, algum outro atacante está 
sem marcação.
Para Ehret et al. (2002), a eficácia dessa movimentação é pautada pela eficiência do jogador de posse 
de bola, pois ele deverá fazer o passe para o seu companheiro no momento exato em que conseguir a 
fixação de seu oponente direto e do seu oponente indireto (aquele que faz a cobertura).
Figura 33 - Engajamento
5.5.4 Cruzamento
Ação tática ofensiva de grupo que visa confundir a ação tática defensiva do adversário; quando os 
atacantes com bola trocam de postos específicos em uma ação ofensiva, é caracterizado por um jogador 
realizar uma fixação de seu oponente indireto e seu companheiro responder à trajetória, passando por trás 
dele; o passe deve ser realizado no momento exato em que a trajetória desses dois jogadores se cruzam.
Segundo Ehret et al. (2002), devemos observar alguns detalhes importantes nesse procedimento 
ofensivo, como:
• o jogador que inicia o cruzamento deverá fazer uma trajetória na diagonal e levar seu oponente 
indireto a se preocupar com tal deslocamento;
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Unidade II
• a bola deverá ser passada no momento exato do cruzamento, pois se for passada precocemente 
poderá pôr em risco o seu êxito;
• o passe deverá ser executado com a mão correspondente ao lado em que o jogador receptor 
se encontrará. Por exemplo: se o jogador for receber do lado esquerdo da quadra o passe, ele 
precisará ser feito com a mão esquerda.
Os cruzamentos podem ser simples ou duplos; os simples envolvem dois jogadores, e os duplos, três 
jogadores.
Figura 34 - Cruzamento simples
Figura 35 - Cruzamento duplo
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HANDEBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS
5.5.5 Bloqueio ofensivo
Posicionamento realizado (principalmente por pivôs) para evitar momentaneamente o deslocamento 
lateral ou diagonal da defesa. O principal objetivo do bloqueio ofensivo é tentar facilitar a infiltração dos 
demais jogadores no sistema defensivo adversário.
Normalmente, ele é executado lateralmente em relação ao defensor, bloqueando-o com as costas e 
o quadril apoiados na região lateral do defensor.
De acordo com as regras da modalidade, é importante salientar que o executor do bloqueio não 
poderá deslocar o defensor com o corpo, nem mesmo utilizar braços e mãos durante a sua execução.
O bloqueio ofensivo pode ser feito de frente, mas é mais comum de costas para o adversário, 
pois com esse posicionamento o executor do bloqueio também poderá ser beneficiado e receber o 
passe para a finalização; alguns autores, como Albuquerque (2013), denominam tal variação de falso 
bloqueio ofensivo.
Os bloqueios podem ser estáticos e dinâmicos, segundo a movimentação do executor.
O posicionamento das pernas deve ser feito em afastamento lateral, com joelhos flexionados e 
braços e mãos em posição de recepção; seu objetivo é a superioridade numérica para a infiltração.
Figura 36 - Bloqueio ofensivo
5.5.6 Cortina
Consiste na ação de um atacante sem bola se posicionar próximo ao defensor, estando de costas 
para ele, com o objetivo de impedir o seu deslocamento frontal; com isso, o atacante de posse da bola 
poderá realizar o arremesso de forma mais eficaz sobre o defensor que está sofrendo a cortina.
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Unidade II
Tem como objetivo favorecer o arremesso de média distância e fazer que o executor do arremesso 
o execute sem ser pressionado pela defesa; diferentemente do bloqueio ofensivo, a cortina não cria 
situação de superioridade numérica.
Figura 37 - Cortina
5.5.7 Quebra de ritmo
Como o nome já diz, é a alteração de um ritmo preestabelecido ou qualquer inversão de seu sentido 
lógico; está diretamente relacionada ao equilíbrio ofensivo e ao ritmo de bola.
Para Ehret et al. (2002), seu objetivo tático é surpreender o adversário com a modificação da direção 
de um passe, tentando com isso um movimento contrário ao da defesa, objetivando abrir espaços entre 
os defensores.
Assim como outros elementos da tática ofensiva, é primordial que o passe ocorra no momento exato 
em que o receptor esteja preparado, pois não deve se surpreender com o passe, aproveitando a quebra 
de ritmo como uma oportunidade de continuidade de jogo, para uma suposta superioridade numérica 
ou até mesmo para um arremesso a gol.
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HANDEBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS
Figura 38 - Quebra de ritmo
5.5.8 Passa e vai
Nesse procedimento tático de grupo, o jogador de posse da bola faz um passe a um companheiro 
de equipe, em seguida faz um gesto de desmarcação e tenta receber a bola no espaço criado entre 
dois defensores.
Também conhecido como tabela, esse elemento tático de grupo depende de uma boa ação de 
desmarque associada à comunicação entre os dois jogadores envolvidos.
Figura 39 - Passa e vai
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5.6 Táticas de grupo ofensivas em superioridade numérica
A superioridade numérica baseia-se no fato de o jogador de posse da bola, em sua movimentação, 
conseguir fixar o seu oponente direto e chamar a atenção do seu marcador indireto, antes de dar 
continuidade à sequência de passes; esse jogador de ataque deverá ser convincente em sua ação 
ofensiva para que a fixação seja benéfica aos jogadores seguintes na sucessão de passes.
A lógica dessa movimentação consiste em que, se o jogador conseguir fixar o seu marcador direto 
e preocupar o seu marcador indireto, mostrando a intenção de situação de 1x1, ele usará o espaço 
entre os dois defensores, desestabilizando a homogeneidade da tática defensiva de grupo e suas 
ações de cobertura.
Para Albuquerque (2013), o sucesso desse conceito de superioridade numérica está relacionado 
a uma boa combinação entre a técnica e a tática individual, na qual o atacante deverá observar se a 
melhor opção é dar a continuidade na sucessão de passes ou buscar a finalização a gol.
Figura 40 - Superioridade numérica ofensiva
5.7 Táticas de grupo defensivas
5.7.1 Cobertura
Um dos conceitos mais importantes da tática de grupo está relacionado ao trabalho coletivo; na 
tática defensiva de grupo, podemos dizer que os defensores não marcam sozinhos, eles sempre terão a 
ajuda de alguém mais próximo, principalmente em possíveis falhas dos companheiros de equipe.
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HANDEBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS
Figura 41 - Cobertura
5.7.2 Troca de marcação
A troca de marcação é um dos princípios básicos das defesas por zona. Consiste em uma determinada 
situação da partida, quando os jogadores de ataque momentaneamente trocam de postos específicos; 
essa mudança também poderá acontecer na marcação do pivô.
O que ocorre nessa tática de grupo defensiva é que o defensor não irá marcar jogadores 
individualmente, mas o jogador que invadir o seu setor de marcação; portanto, quando os atacantes 
trocarem de posto específico ofensivo, os defensores continuarão em seus postos específicos defensivos, 
porém mudando de marcadores.
Para que tal conceito tenha êxito, é necessário que os defensores que executam a troca de marcação 
estejam na mesma linha defensiva.
Figura 42 - Troca de marcação
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Unidade II
5.7.3 Acompanhamento
Tática defensiva de grupo muito utilizada no sistema defensivo por zona, no qual cada jogador 
acompanha e marca seu atacante correspondente, independentemente do espaço físico ocupado 
por ele; já o sistema defensivo por zona será utilizado quando a troca de marcação não for possível, 
principalmente se os defensores estiverem em linhas defensivas diferentes.
Figura 43 - Acompanhamento
5.7.4 Marcação de bloqueio ofensivo
O principal objetivo de quem executa o bloqueio ofensivo é posicionar-se lateralmente ou de costas, 
impedindo momentaneamente o deslocamento lateral e diagonal da defesa, com o intuito de facilitar 
a infiltração dos demais jogadores no sistema defensivo adversário; a marcação do bloqueio defensivo 
deverá anular tal ação, tentando equilibrar o número de defensores e atacantes.
Figura 44 - Marcação de bloqueio ofensivo
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HANDEBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS
5.8 Táticas de grupo defensivas em inferioridade numérica
Defender em inferioridade numérica é uma ação que depende principalmente do comprometimento 
dos defensores, de sua condição física, assim como de suas ajudas, com o intuito de ludibriar o ataque 
adversário, fazendo que os atacantes adotem trajetórias que os levem a espaços de finalização, nos 
quais o ângulo de arremesso seja desfavorável e este seja realizado por um jogador de pior qualidade 
técnica da equipe oponente.
Tais situações podem acontecer corriqueiramente durante a partida nas movimentações equivocadas 
de defesa, e principalmente no momento de exclusão de algum jogador da partida.
Figura 45 - Tática de grupo defensiva em inferioridade numérica
6 TÁTICA DEFENSIVA
Distribuição organizada dos jogadores na zona defensiva, objetivando neutralizar as ações ofensivas 
adversárias. Tem como principal função evitar que a equipe adversária crie situações favoráveis à 
finalização para o gol, como superioridade numérica e infiltrações.
Utiliza-se de conceitos técnicos individuais, como: posição básica defensiva, deslocamentos, bloqueio 
defensivo, marcação, cobertura, trocas de marcação e ajuda recíproca.
 Lembrete
As táticas individual e de grupo estão inseridas na tática coletiva.
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Unidade II
6.1 Postos específicos defensivos
O termo posto específico sugere o espaço de jogo que o jogador deverá ocupar. São zonas virtuais 
que se entrelaçam, pois não existe uma demarcação visual do início e do fim de cada uma delas.
No sentido mais amplo, são espaços físicos ocupados pelos jogadores, com dimensões estimadas e 
diversificadas, tanto no sentido lateral quanto em profundidade (SIMÕES, 2002, p. 46).
Esses postos específicos defensivos se comunicam, no entanto cada posto específico se distingue do 
outro pelo tipo de ação tática a desempenhar e pela forma de intervir coletivamente.
Alguns aspectos a serem considerados nessas características individuais são: domínio de todos 
os fundamentos técnicos defensivos, estatura, combatividade, divisão de tarefas, espírito de equipe, 
cobertura de seus pares, trocas de marcação, ajuda recíproca etc.
Seus objetivos são: evitar que o adversário consiga situação favorável para o arremesso, possíveis 
infiltrações na defesa, arremessos ao gol e superioridade numérica.
A todos os jogadores na fase de iniciação esportiva, são ensinados conceitos e ações técnicas 
defensivas, como: posição básica defensiva, deslocamentos defensivos, bloqueio defensivo e marcação, 
que são fundamentos técnicos importantes na formação de um defensor na modalidade. A partir do 
momento em que iniciarmos os conceitos coletivos, esse jogador deverá tomar contato com aspectos e 
recursos coletivos, como ajuda recíproca, cobertura e troca de marcação, que são meios utilizados nos 
sistemas táticos defensivos.
Para Zamberlan (1999), a formaçãode um jogador completo no aspecto defensivo compreende que 
ele observe alguns princípios defensivos básicos.
• O defensor deverá colocar-se na linha imaginária entre o gol e o atacante.
• Observar e marcar o braço de arremesso do adversário.
• Manter observação constante no seu correspondente direto.
• Manter-se na posição básica em equilíbrio.
• Manter o equilíbrio defensivo, distribuindo adequadamente os atacantes, 
ocupando todos os espaços.
• Observar atentamente a equipe adversária, para conhecer suas condições 
técnicas de arremesso, fintas, mudança de direção etc.
• Observar e acompanhar a trajetória da bola.
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• Evitar a infiltração, agindo de forma oportuna e segura, utilizando para 
isso a marcação.
• Ajudar o companheiro lateral (ajuda recíproca).
• Evitar o bloqueio ofensivo.
• Marcar o pivô, colocando-o nas costas (marcando linha de passe), evitando 
que ele se posicione favoravelmente para receber a bola, ou criar espaços 
para a infiltração.
• Efetuar o bloqueio defensivo, caso falhem as outras variações de marcação.
• Saber efetuar as trocas de marcações com seus companheiros de equipe.
• Pressionar sempre o adversário com bola.
• Utilizar corretamente os gestos técnicos defensivos no momento oportuno, 
para evitar ser penalizado (ZAMBERLAN, 1999, p. 187).
1
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7
4 3
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Figura 46 - Postos específicos defensivos
Os postos específicos defensivos são identificados por números.
Número Posição
1 Goleiro
2 Defensor lateral esquerdo
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Unidade II
3 Centro-lateral esquerdo
4 Central da esquerda
5 Central da direita
6 Centro-lateral direito
7 Defensor lateral direito
Figura 47 
Em uma partida de handebol, existe uma disputa constante entre ataque e defesa, pois a posse de 
bola se alterna entre as equipes.
Quadro 3 - Princípios comuns aos esportes coletivos
Ataque Defesa
Conservação da bola Recuperação da bola
Progressão dos jogadores e da bola até a meta adversária Impedir a progressão dos jogadores e da bola até a minha meta
Atacar a meta adversária Proteger a minha meta
Fonte: Bayer (1994, p. 47).
Toda vez que uma equipe perder a posse de bola, ela deverá tomar algumas atitudes para tentar, o 
mais breve possível, reavê-la; tal mobilização tática chamamos de fases da defesa.
 Lembrete
Os postos específicos não são demarcados na quadra, no entanto 
correspondem a zonas virtuais que se entrelaçam.
6.2 Fases da defesa
Retorno e equilíbrio defensivo – Assim que a equipe perder a posse de bola no ataque, deverá 
retornar o mais rápido possível à defesa, principalmente quando for dada ao adversário a possibilidade 
de um contra-ataque.
O retorno precisará ser feito no trajeto mais curto, mesmo que os jogadores não possam ocupar a 
sua verdadeira posição de defesa.
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O equilíbrio defensivo é realizado pelo posicionamento do goleiro, muitas vezes, fora da área, para 
cortar um possível passe no contra-ataque, e também pelos jogadores que estavam no ataque do lado 
oposto ao que saiu a finalização; eles necessitarão ser os primeiros a voltar.
Defesa temporária – Nessa fase, o jogador encontra-se fora de sua posição de defesa (posto 
específico defensivo), pois procurando voltar para impedir o contra-ataque do adversário por um 
caminho mais curto ele jogará temporariamente fora de sua posição de melhor rendimento.
Organização da defesa – Os defensores que ao retornar estiverem atuando em defesa temporária 
deverão esperar uma oportunidade para voltar ao seu setor de maior rendimento. Oportunidade essa 
que poderá ser:
• paralisação do jogo provocada por uma falta;
• contusão de jogador;
• quando a bola se encontra do lado oposto ao do jogador, troca do lado contrário à bola.
Defesa em sistema – Aplicação da estratégia de jogo que foi estabelecida, fase para a utilização do 
sistema defensivo escolhido pelo técnico: 6:0, 5:1, 4:2, 3:3, 3:2:1, 5+1, 4+2 ou 3+3.
6.3 Tipos de sistemas defensivos
A escolha de um sistema defensivo nem sempre é uma tarefa fácil, pois ela envolve alguns fatores 
importantes para seu sucesso. Entendemos também que todos os sistemas possuem vantagens e 
desvantagens, portanto o primeiro aspecto a se pensar é: como a minha equipe marcará nessa tática? 
Ela é eficiente? Consegue desempenhar todos os seus papéis determinantes?
Após essa análise preliminar, precisamos examinar com detalhes as características do ataque adversário, 
para aplicar um sistema ideal que possa anular as ações ofensivas que ele venha a desempenhar.
6.4 Defesa individual
Trata-se do sistema defensivo no qual cada defensor será responsável por um jogador da equipe 
adversária, que ele deverá marcar, acompanhar de perto e não permitir que o atacante receba a bola; essa 
postura defensiva deverá ser imposta durante todo o tempo em que a equipe optar por essa marcação.
Para Ehret et al. (2002), o sistema defensivo individual trabalha algumas habilidades defensivas 
importantes na formação de um defensor, como: jogo 1x1 com e sem bola, dificultar passe e recepção 
do adversário e manter contato visual com bola e adversário.
A defesa individual é um sistema de extrema importância na iniciação esportiva, pois ela é a base 
para a formação do defensor individualmente, para que em uma fase posterior, a de especialização, 
sejam utilizados seus conceitos e experiência para outros tipos e sistemas defensivos.
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Unidade II
Um exemplo disso é que em competições com categorias menores (iniciação esportiva) os 
regulamentos preveem como norma institucionalizada que essas equipes deverão, por um período da 
partida, marcar no sistema individual, clarificando a importância desse sistema defensivo na formação 
dos jogadores.
Já no alto rendimento, ele é utilizado em situações bem pontuais, como: adversário em inferioridade 
numérica, equipe adversária malpreparada física e tecnicamente, fim de jogo com o placar adverso etc.
Na defesa individual, podemos optar por três formas de distribuição dos jogadores: quadra toda, 
meia quadra e um terço de quadra (próximo à linha de 9 m).
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Figura 48 - Sistema defensivo individual quadra inteira
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Figura 49 - Defesa individual meia quadra
1
5
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Figura 50 - Defesa individual em um terço de quadra
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Unidade II
6.4.1 Função dos jogadores
Os jogadores têm como atribuições: posicionar-se sempre à frente do atacante e de costas para 
seu próprio gol, marcar o braço de arremesso, observá-lo e tentar fazer uma leitura da intenção do 
atacante relacionada ao deslocamento, se irá passar ou arremessar, verificar o posicionamento do 
corpo, principalmente o quadril, que trará informações a respeito do possível deslocamento que ele 
fará, estabelecer contato visual com o jogador de posse da bola, mesmo que ele não seja seu oponente 
direto, manter uma distância segura de aproximadamente 1 m de seu oponente, ainda que ele esteja 
sem a posse da bola e, por fim, dificultar as suas tentativas de desmarcação.
6.4.2 Erros comuns
Dentre as falhas mais usuais, destacamos:
• marcar em pé, não utilizar a posição básica defensiva;
• não observar seu marcador direto;
• excesso de atenção na bola, e não verificar o deslocamento de seu marcador;
• ficar entre dois atacantes, não definindo seu marcador direto;
• permitir que o marcador direto se desmarque;
• não pressionar o marcador direto.
6.4.3 Vantagens e desvantagens do sistema defensivo individual
Consta, a seguir, apresentação dos principais pontos do referido sistema.
Quadro 4 - Vantagens e desvantagens da defesa individual
Vantagens Desvantagens
Desenvolve uma preparação física específica, rica 
em deslocamentos diversos, aumentando o acervo 
motor do defensorPossibilita o aprendizado integral 
de aspectos de formação tática, técnica e física
Facilita a visualização e a compreensão dos pontos 
vulneráveis e fortes do ataque adversário
Recuperação da bola mais rápida do que a defesa 
por zona
Quebra a jogada combinada
Dificulta a troca de passes
Sistema defensivo que requer um trabalho físico intenso
Favorece as jogadas de 1x1, dificultando o aspecto de 
cobertura e ajuda mútua
Se os jogadores adversários forem bons fintadores, trará 
dificuldade na marcação
Favorece os bloqueios ofensivos
Dificulta a cobertura de outro defensor
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 Observação
A cobertura defensiva está relacionada à ajuda que os jogadores de 
defesa prestam mutuamente, na tentativa de impedir o sucesso das ações 
de ataque.
6.5 Defesa por zona
São sistemas defensivos nos quais os jogadores marcam em determinado setor (zona); eles são 
distribuídos em linhas defensivas nos seus postos específicos, em que os defensores terão um trabalho 
mais coletivo, com coberturas, trocas de marcação e ajuda mútua, o que diminuirá o dispêndio de 
energia.
É um sistema básico no handebol, o formato mais utilizado atualmente, no qual o espaço que cada 
jogador deverá cobrir é pequeno e exige saídas curtas. Suas características funcionais permitirão dar 
um sentido de responsabilidade coletiva e, em alguns casos, equilibrar a inferioridade numérica (nas 
exclusões por dois minutos).
Nesse formato defensivo, temos vários sistemas que variam de acordo com o número de linhas que ele 
utiliza, bem como em relação à disposição de seus jogadores; há os seguintes sistemas: 6:0, 5:1, 4:2, 3:3 e 3:2:1.
6.6 A ordenação dos jogadores nos sistemas defensivos
Em todas as fases do jogo, é necessário estabelecer princípios de ordem para facilitar aos jogadores o 
desenvolvimento individual e coletivo. Distribuiremos aos atletas os conceitos de linhas e postos específicos.
As linhas referem-se à profundidade, tomando como ponto de referência a linha de 6 m.
Primeira linha defensiva
Segunda linha defensiva
Terceira linha defensiva
Figura 51 - Linhas defensivas
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Unidade II
Essas defesas, de acordo com a organização, podem ser descritas como abertas e fechadas, quando 
consideramos o princípio da largura x profundidade.
As defesas fechadas, 6:0 e 5:1, contemplam o princípio da largura; elas são mais compactas; quando 
a distância entre os defensores é menor, o que permite impedir infiltrações, diminuindo os espaços para 
o trabalho do pivô e reduzindo o espaço para arremessos pelas pontas.
As defesas abertas ou semiabertas, 4:2, 3:3 e 3:2:1, abrangem o princípio da profundidade, no qual 
a distância entre os defensores é maior; os defensores estão distribuídos em mais de uma linha, o que 
dificulta as trocas de marcação e cobertura, no entanto elas possuem uma agressividade defensiva, 
marcando de forma mais acirrada os armadores.
Todos os sistemas defensivos possuem vantagens e desvantagens, não existe um sistema perfeito e 
imbatível. A escolha adequada para uma partida deverá ser pautada por alguns aspectos que podem ser 
determinantes para o seu êxito.
Os vários sistemas defensivos devem ser aplicados de acordo com as características dos jogadores que 
os técnicos possuem, portanto é necessário se considerar como a equipe marca naquele determinado 
sistema e posteriormente avaliar se tal tática conseguirá anular o ponto forte do ataque adversário.
Inicialmente, teremos um sistema para começar a partida; no transcorrer do tempo, o professor, 
técnico observando as investidas do ataque adversário, fará as mudanças necessárias para a vitória.
6.7 Sistema defensivo por zona 3:3
Originário da escola sueca de handebol (Simões, 2002), trata-se de um sistema defensivo aberto, no 
qual três jogadores são posicionados próximos à área de 6 m, e os outros três, aproximadamente, na 
linha de 9 m. Tem uma proposta de bastante agressividade defensiva, pois procura não dar espaços de 
progressão para os atacantes, principalmente para os armadores.
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2
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3
4
3:3
Figura 52 - Defesa por zona 3:3
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Trata-se de um sistema que trabalha com base no princípio da profundidade, no entanto perde em largura. 
Indicado contra equipes com armadores que finalizam de média e longa distância, com o posicionamento dos 
defensores 5, 6 e 7 na 2ª linha defensiva, visa afastar os armadores, evitando os arremessos de 9 m.
Segundo Simões (2002), em razão da grande distância entre os defensores, o sistema defensivo 3:3 
requer bom preparo físico, principalmente dos jogadores das posições 3, 5, 6 e 7.
Por ser um sistema em duas linhas defensivas, haverá grandes dificuldades nas trocas de marcação, 
bem como na comunicação entre os defensores.
6.7.1 Função dos jogadores
Os defensores laterais, 2 e 7, devem marcar os pontas e evitar que eles trabalhem como segundo 
pivô, interceptar passes para os pontas e fazer a cobertura dos centro-laterais.
O defensor da posição 3 precisará executar as trocas de marcação e cobertura dos jogadores 
avançados, 2, 4, 5, 6 e 7, se posicionar de forma a marcar e interceptar os passes para o pivô e ser o 
responsável pelos rebotes defensivos.
Os defensores das posições 5, 6 e 7 necessitarão marcar os armadores nas suas zonas, dando combate 
a qualquer tentativa de finalização ao gol, dar cobertura aos jogadores que estão na sua linha defensiva, 
realizar trocas de marcação na 2ª linha defensiva, dificultar os bloqueios ofensivos executados pelo pivô, 
impedir as infiltrações e fintas dos armadores e, por fim, sair no contra-ataque.
6.7.2 Erros comuns
Dentre as falhas mais usuais, destacamos:
•falta de sincronismo nas trocas de marcação;
• problemas na comunicação entre as duas linhas defensivas;
• bloqueios ofensivos sofridos constantemente;
• o jogador da posição 3 não consegue fazer todas as coberturas necessárias.
6.7.3 Vantagens e desvantagens do sistema defensivo 3:3
Consta, a seguir, apresentação dos principais pontos do referido sistema.
Quadro 5 - Vantagens e desvantagens do sistema defensivo 3:3
Vantagens Desvantagens
Sistema em profundidade Fraca nas situações de 1x1
Cobre bem a zona central da defesa Dificulta o rebote defensivo
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Impede e dificulta os arremessos de média e longa distâncias Facilita a movimentação do pivô
Saída de contra-ataque rápida Dificulta a troca de marcação
Transição da defesa individual para defesa por zona Desgaste físico
Laterais vulneráveis para os arremessos de ponta
Facilita as infiltrações e arremessos de curta distância
6.8 Sistema defensivo por zona 3:2:1
Único sistema defensivo no handebol que trabalha em três linhas defensivas, é originário da escola 
iugoslava de handebol (SIMÕES, 2002); trata-se de um sistema que depende de muito sincronismo e 
concentração dos defensores.
Para Albuquerque (2013), a fim de esse sistema funcionar com eficiência, os defensores devem ser 
fortes na disputa de 1x1, pois em grande parte do tempo estarão vivenciando situações assim, e quando 
um defensor falha na marcação, põe tudo em risco.
O sistema ganha muito nas saídas rápidas de contra-ataque, no entanto o rebote defensivo perde 
em eficiência.
1
56
2
7
3
4
3:2:1
Figura 53 - Sistema defensivo por zona 3:2:1
6.8.1 Função dos jogadores
Os defensores das posições 2 e 4 devem fazer a cobertura dos marcadores laterais 5 e 6, evitar e 
interceptar passes e arremessos dos pontas, além de impedir o seu deslocamento para jogar como 2º pivô.
O defensor da posição 3 precisa marcar o pivô, cobrir o jogador 7 e, quando possível, ajudar na 
cobertura do 5 e do 6, trocar de marcação e acompanhamentos, e por fim, evitar bloqueios ofensivos do 
pivô e avisar sobre eles.
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Os defensores das posições 5 e 6 necessitam evitar os arremessos de média e longa distâncias dos 
armadores esquerdo e direito, ter uma saída rápida de contra-ataque, fazer cobertura e acompanhamentos 
e, com os jogadores 2 e 4, impedir a infiltração dos pontas.
O defensor da posição 7 precisa marcar o armador central, ter uma saída rápida de contra-ataque, 
impedir passes e bloqueá-lo, além de evitar a sua infiltração.
6.8.2 Erros comuns
Dentre as falhas mais usuais, destacamos:
• falta de sincronismo nas trocas de marcação;
• problemas na comunicação entre as duas linhas defensivas;
• bloqueios ofensivos sofridos constantemente.
6.8.3 Vantagens e desvantagens do sistema defensivo 3:2:1
Consta, a seguir, apresentação dos principais pontos do referido sistema.
Quadro 6 - Vantagens e desvantagens do sistema defensivo 3:2:1
Vantagens Desvantagens
Sistema em profundidade Fraca nas situações de 1x1
Cobre bem a zona central da defesa Dificulta o rebote defensivo
Não necessita de jogadores com estatura muito alta Facilita a movimentação do pivô
Saída de contra-ataque rápida Dificulta a troca de marcação
Transição da defesa individual para defesa por zona Desgaste físico
Laterais vulneráveis para os arremessos de ponta
Facilita infiltrações e arremessos de curta distância
 Observação
O rebote defensivo corresponde à retomada da posse de bola após um 
ato defensivo do goleiro.
6.9 Sistema defensivo por zona 4:2
Constitui-se em um sistema defensivo zonal em duas linhas, utilizado principalmente quando a 
equipe adversária possui ao menos dois armadores que desequilibram o ataque com seus arremessos de 
média e longa distâncias e deverão tentar interceptar os passes para os pivôs e pontas.
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4:2
Figura 54 - Sistema defensivo por zona 4:2
Por ser um sistema em duas linhas defensivas, trará grandes dificuldades nas trocas de marcação, 
bem como na comunicação entre os defensores.
6.9.1 Função dos jogadores
Os defensores laterais, 2 e 5, devem marcar os pontas, evitar que eles trabalhem como segundo pivô, 
interceptar os seus passes e fazer a cobertura dos centro laterais.
Defensores das posições 3 e 4 precisam executar as trocas de marcação e cobertura dos jogadores 
avançados, 6 e 7, posicionar-se para marcar e interceptar os passes para o pivô e ser os responsáveis 
pelos rebotes defensivos.
Os defensores das posições 6 e 7 necessitarão marcar os armadores nas suas zonas de marcação, 
dando combate a qualquer tentativa de finalização ao gol, realizar trocas de marcação na 2ª linha 
defensiva, interceptar passes para os pivôs e pontas, dificultar os bloqueios ofensivos executados pelo 
pivô, impedir as infiltrações e fintas dos armadores e, por fim, sair no contra-ataque.
6.9.2 Erros comuns
Dentre as falhas mais usuais, destacamos:
• falta de sincronismo nas trocas de marcação;
• problemas na comunicação entre as duas linhas defensivas;
• bloqueios ofensivos sofridos constantemente.
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HANDEBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS
6.9.3 Vantagens e desvantagens do sistema defensivo por zona 4:2
Consta, a seguir, apresentação dos principais pontos do referido sistema.
Quadro 7 - Vantagens e desvantagens do sistema defensivo por zona 4:2
Vantagens Desvantagens
Sistema em profundidade e lateralidade Fraca nas situações de 1x1
Cobre bem a zona central da defesa Dificulta o rebote defensivo
Impede e dificulta os arremessos de média e 
longa distância Facilita a movimentação do pivô
Saída de contra-ataque rápida Dificulta a troca de marcação
Laterais vulneráveis para os arremessos de ponta
Facilita as infiltrações e os arremessos de curta distância
6.10 Sistema defensivo por zona 5:1
Considerado um sistema de transição entre aqueles de duas e três linhas, além do sistema de linha 
única. As duas linhas defensivas surgem pela existência de um jogador avançado nos 8/9 m, dispondo-se 
os restantes nos 6 m. No entanto, a colocação dos defensores pode ser estruturada para torná-lo mais 
profundo, sem alterar significativamente a sua amplitude.
Basta para isso avançar a 1ª linha defensiva para os 7/7,5 m, enquanto a defesa avançada “sobe” até 
aos 8/9 m, podendo ainda colocar-se de forma descentralizada, sem que isso desestabilize os princípios 
gerais de funcionamento do 5:1.
Teoricamente, as características do sistema 5:1 apontam-no como uma estrutura de grande eficácia, 
quando utilizado contra equipes que:
• finalizam constantemente na zona central;
• possuam um central bom arremessador e/ou bom organizador de jogo;
• tenham bons armadores laterais a arremessar na zona central.
Essa eficácia se dilui um pouco quando ele é utilizado contra equipes que finalizam, frequentemente, 
nos 6 m e/ou possuam bons pivôs e/ou alas. Esse sistematambém poderá ser aplicado com o defensor 
avançado 7 exercendo posicionamento mais lateralizado, principalmente quando se enfrenta uma 
equipe na qual apenas um dos armadores laterais tem grande potencial de finalização de média e 
longa distâncias.
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Figura 55 - Sistema defensivo por zona 5:1
6.10.1 Função dos jogadores
Os extremos esquerdo e direito, 2 e 6, devem marcar os pontas e evitar que eles trabalhem como 
segundo pivô, interceptar passes para eles, fazer a cobertura dos marcadores laterais e impedir qualquer 
tentativa de passes entre os pontas da equipe adversária.
Os marcadores laterais e central, 3, 4 e 5, precisam evitar arremessos de média e longa distâncias, 
dificultar a movimentação e o posicionamento do pivô, para que ele não execute bloqueios ofensivos, 
executar a cobertura dos defensores à sua lateral e do jogador avançado 7, efetuar as trocas de marcação, 
além de pegar os rebotes defensivos.
O marcador avançado da posição 7 necessita impedir arremessos de média e longa distâncias, 
interceptar passes para o pivô, evitar a infiltração na zona de sua responsabilidade e iniciar o 
contra-ataque, visto que seu posicionamento à frente favorece tal iniciativa.
6.10.2 Erros comuns
Dentre as falhas mais usuais, destacamos:
• falta de sincronismo nas trocas de marcação;
• problemas na comunicação entre as duas linhas defensivas;
• bloqueios ofensivos sofridos constantemente;
• comprometimento nas trocas quando a equipe adversária se utiliza de dois pivôs.
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HANDEBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS
6.10.3 Vantagens e desvantagens do sistema defensivo por zona 5:1
Consta, a seguir, apresentação dos principais pontos do referido sistema.
Quadro 8 - Vantagens e desvantagens do sistema defensivo por zona 5:1
Vantagens Desvantagens
Sistema que utiliza a lateralidade Pouca profundidade
Cobre bem a zona central da defesa As saídas de contra-ataque ficam menos agressivas comparadas aos sistemas 4:2, 3:3 e 3:2:1
Impede e dificulta os arremessos de média e longa distâncias Necessita de jogadores com estatura mais alta
Facilita os rebotes Dificulta a troca de marcação
Desgaste físico pequeno Laterais vulneráveis para os arremessos de ponta
Facilita as coberturas, as trocas de marcação e a comunicação Facilita as infiltrações e os arremessos de curta distância
Dificulta as infiltrações e os arremessos de curta distância Ficará frágil se o adversário atuar com dois pivôs
6.11 Sistema defensivo por zona 6:0
Sistema de defesa fechado que utiliza o princípio da largura, no qual os seis jogadores estarão 
distribuídos em setores de marcação de forma compacta em uma única linha defensiva.
Ele se preocupa com a largura, mas perde em profundidade; normalmente é utilizado contra equipes 
que possuem jogadores rápidos e fortes nas infiltrações, no entanto os arremessos dos oponentes vindos 
de média e longa distâncias ficam favorecidos.
A princípio, os defensores são distribuídos conforme a estatura, contudo tal disposição poderá variar 
se considerarmos outros aspectos importantes, como a habilidade de marcar, pois cada jogador deverá 
ter as características para atender as necessidades defensivas de seu posto específico.
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Figura 56 - Sistema defensivo por zona 6:0
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Unidade II
Para Simões (2002), trata-se de um sistema que exige dos defensores laterais serem marcadores 
eficientes: altos, fortes e bons bloqueadores. Sugere ainda a formação de um triângulo no qual os dois 
jogadores mais altos marquem no meio as posições 4 e 5, nas posições 3 e 6 tenham uma estatura 
mediana e que nas posições 2 e 7 fiquem os mais baixos.
6.11.1 Função dos jogadores
Cada defensor, dentro do seu posto específico, terá funções a cumprir: os defensores laterais 2 e 7 
devem diminuir o espaço de finalização dos pontas, evitar a sua infiltração, dar cobertura e ajuda ao centro 
lateral, interceptar passes vindos da ponta oposta e sempre dificultar a recepção e o passe dos pontas.
Os defensores centrais, 4 e 5, e centro-laterais, 3 e 6, precisarão evitar os arremessos dos armadores, 
fazer trocas de marcação, cobertura e ajuda mútua, marcar por aproximação, quando perceberem a 
tentativa de finta do atacante, equilibrar os setores defensivos, para que o adversário não consiga a 
superioridade numérica, estar atentos aos rebotes defensivos, posicionar-se de forma que anule a ação 
do pivô, interceptando o passe, além de marcar de forma que desarme o adversário e, caso isso não seja 
possível, executar corretamente o bloqueio defensivo.
6.11.2 Erros comuns
Dentre as falhas mais usuais, destacamos:
• não executar os deslocamentos necessários e com isso permitir que o adversário execute fintas, 
bloqueios e arremessos;
• erros de troca de marcação;
• não efetuar cobertura e ajuda mútuas;
• não seguir a direção da bola e permanecer apenas diante do seu correspondente;
• permitir os movimentos do adversário, sem dificultá-los;
• tomar a decisão tardia nas trocas de marcação e cobertura.
6.11.3 Vantagens e desvantagens do sistema defensivo por zona 6:0
Consta, a seguir, apresentação dos principais pontos do referido sistema.
Quadro 9 - Vantagens e desvantagens do sistema defensivo por zona 6:0
Vantagens Desvantagens
Por ser um sistema em largura e amplo, ocupa todo o espaço à 
frente da área de 6 m, com isso dificulta a ação de pontas e pivôs
Vulnerável nos arremessos de média e longa distâncias, 
pois não tem profundidade
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HANDEBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS
Facilita a troca de marcação, pois os defensores atuam lado 
a lado, em uma mesma linha ofensiva, o que favorece a 
comunicação verbal e visual
A troca de passes do adversário fora dos 9 m é feita sem 
ser pressionada
Os deslocamentos executados são curtos, com isso o 
dispêndio de energia é menor Importante ter jogadores de estatura elevada
Facilita a marcação do pivô Pouco agressivo defensivamente
Forte nos rebotes defensivos Dificulta as saídas de contra-ataque
Dificulta as infiltrações e os arremessos de curta distância
6.12 Sistemas defensivos combinados ou mistos
São aqueles que se utilizam da combinação do sistema defensivo individual com o defensivo por zona, 
ou seja, no mesmo sistema teremos jogadores atuando por zona e outros individualmente.
Tem como objetivo principal neutralizar os melhores jogadores adversários. Algumas equipes contam 
com atletas com um nível técnico-tático diferenciado; eles normalmente organizam o ataque, finalizam 
a gol, são bons fintadores, ou seja, desequilibram a partida.
A ideia é que com um sistema defensivo combinado se consiga anular a ação desse jogador. A equipe 
adversária perderá muito de seu potencial ofensivo, visto que na maioria das vezes suas ações ofensivas 
são pautadas pela atitude desse atleta.
6.13 Defesa combinada ou mista 5+1
Nesse sistema, a distribuição básica é com cinco jogadores marcando porzona junto à linha de 6 m 
e um jogador marcando individualmente.
Ele é utilizado quando a equipe adversária possui um jogador que está desequilibrando a partida, 
seja na distribuição da bola, seja nas finalizações a gol, então se faz necessária uma marcação individual.
O jogador que irá desempenhar a função de marcação individual poderá fazê-lo em quadra inteira 
ou meia quadra, de acordo com o que se pretende e com as características do atacante.
Normalmente, opta-se por uma marcação em meia quadra, pois com ela o defensor terá um 
dispêndio de energia menor e estará marcando na zona em que o atacante é mais eficaz, somente na 
zona de ataque.
O jogador que executa a marcação individual deverá ficar atento às ações do atacante e manter sua 
posição básica defensiva, além de uma distância adequada, para não ser surpreendido pelas ações de 
desmarque do atacante.
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Figura 57 - Sistema defensivo combinado ou misto 5+1
6.13.1 Função dos jogadores
Os extremos esquerdo e direito, 2 e 6, devem marcar os pontas e evitar que eles trabalhem como 
segundo pivô, interceptar passes para eles, fazer a cobertura dos marcadores laterais e impedir qualquer 
tentativa de passes entre os pontas da equipe adversária.
Os marcadores laterais e central, 3, 4 e 5, precisam evitar arremessos de média e longa distâncias, 
dificultar a movimentação e o posicionamento do pivô, para que ele não execute bloqueios ofensivos, 
executar a cobertura dos defensores à sua lateral e do jogador 7 que faz a marcação individual, executar 
as trocas de marcação, além de ser responsável pelos rebotes defensivos.
O marcador 7, na marcação individual, tem de posicionar-se sempre à frente do atacante e de costas para 
seu próprio gol, marcar o braço de arremesso do atacante, observar o atacante e tentar fazer uma leitura 
de sua intenção relacionada ao deslocamento, se irá passar ou arremessar, verificar o posicionamento do 
corpo, principalmente o quadril, que trará informações a respeito do possível deslocamento que ele fará, 
estabelecer contato visual com o jogador de posse da bola, mesmo que ele não seja seu oponente direto, 
manter uma distância segura de aproximadamente 1 m de seu oponente, mesmo que ele esteja sem a 
posse da bola e, por fim, dificultar as tentativas de desmarcação que seu oponente tentará executar.
6.13.2 Erros comuns
Dentre as falhas mais usuais, destacamos:
• falta de sincronismo nas trocas de marcação;
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HANDEBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS
• ausência de cobertura para o jogador da posição 7;
• caso o jogador que está sendo marcado individualmente passe a ocupar a posição de pivô, ele 
deverá ser marcado como tal, e não mais individualmente;
• falta de comunicação entre os jogadores da defesa por zona, para com o que marca individualmente, 
favorecendo os bloqueios ofensivos.
6.13.3 Vantagens e desvantagens do sistema defensivo combinado ou misto 5+1
Consta, a seguir, apresentação dos principais pontos do referido sistema.
Quadro 10 – Sistema defensivo combinado ou misto 5+1
Vantagens Desvantagens
Sistema que utiliza a lateralidade Pouca profundidade
Anula o melhor jogador adversário Permite o bloqueio ofensivo
Dificulta as ações coletivas adversárias Dificulta a cobertura do marcador da posição 7
Rebote defensivo Dificulta as trocas de marcação
6.14 Sistema defensivo combinado ou misto 4+2
Esse sistema é uma variação do 5+1, nele teremos quatro jogadores atuando por zona, próximos à linha 
de 6 m, e dois jogadores marcando individualmente os dois jogadores de destaque da equipe adversária.
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4+2
Figura 58 - Sistema defensivo combinado ou misto 4+2
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Unidade II
6.14.1 Função dos jogadores
Os extremos esquerdo e direito, 2 e 5, devem marcar os pontas e evitar que eles trabalhem como 
segundo pivô, interceptar passes para eles, fazer a cobertura dos marcadores laterais e impedir qualquer 
tentativa de passes entre os pontas da equipe adversária.
Os marcadores laterais e central, 3 e 4, precisam evitar arremessos de média e longa distâncias, 
dificultar a movimentação e o posicionamento do pivô, para que ele não realize bloqueios ofensivos, 
executar a cobertura dos defensores à sua lateral e dos jogadores que fazem a marcação individual, 6 e 
7, efetuar as trocas de marcação, além de ser os responsáveis pelos rebotes defensivos.
Os marcadores das posições 6 e 7, na marcação individual, têm de posicionar-se sempre à frente do 
atacante e de costas para seu próprio gol, marcar o braço de arremesso do atacante, observar o atacante e 
tentar fazer uma leitura de sua intenção relacionada ao deslocamento, se irá passar ou arremessar, verificar 
o posicionamento do corpo, principalmente o quadril, que trará informações sobre o possível deslocamento 
que ele fará, estabelecer contato visual com o jogador de posse da bola, mesmo que ele não seja seu oponente 
direto, manter uma distância segura de aproximadamente 1 m de seu oponente, mesmo que ele esteja sem a 
posse da bola e, por fim, dificultar as tentativas de desmarcação que seu oponente tentará executar.
6.14.2 Erros comuns
Dentre as falhas mais usuais, destacamos:
• falta de sincronismo nas trocas de marcação;
• ausência de cobertura para os jogadores das posições 6 e 7;
• caso um dos jogadores que estão sendo marcados individualmente passe a ocupar a posição de 
pivô, ele deverá ser marcado como tal, e não mais individualmente;
• falta de comunicação entre os jogadores da defesa por zona, para com os que marcam 
individualmente, favorecendo os bloqueios ofensivos.
6.14.3 Vantagens e desvantagens do sistema defensivo combinado ou misto 4+2
Consta, a seguir, apresentação dos principais pontos do referido sistema.
Quadro 11 – Vantagens e desvantagens do sistema defensivo combinado ou misto 4+2
Vantagens Desvantagens
Sistema que utiliza a lateralidade e a profundidade Aumento do espaço entre os defensores, favorecendo as infiltrações e fintas
Anula os dois melhores jogadores adversários Permite o bloqueio ofensivo
Dificulta as ações coletivas adversárias Dificulta a cobertura dos marcadores das posições 6 e 7
Rebote defensivo Dificulta as trocas de marcação
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HANDEBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS
7 TÁTICA OFENSIVA
Distribuição ordenada dos jogadores na zona de ataque, considerando-se seu potencial técnico 
individual, com o propósito da aplicação das táticas individuais, de grupo e coletivas.
O objetivo principal é que por meio dessas ações um dos jogadores de ataque fique em reais condições 
de finalização contra o gol adversário e, por consequência, marque gols.
A ordenação dos jogadores dentro dos sistemas ofensivos
Em todas as fases do jogo, é necessário estabelecer princípios de ordem para facilitar aos jogadores 
o desenvolvimento individual e coletivo.
Distribuímos aos jogadores os conceitos postos específicose linhas.
7.1 Os postos específicos ofensivos
São as zonas de ocupação dos jogadores no ataque, os locais em que eles irão se posicionar de acordo 
com suas características físicas, técnicas e táticas; os jogadores na fase de especialização serão testados 
em vários postos específicos, para tentar elucidar em qual região ele terá um melhor desempenho.
No sentido mais amplo, são espaços físicos ocupados pelos jogadores, com dimensões estimadas e 
diversificadas, tanto no sentido lateral quanto em profundidade. Segundo Simões (2002), essa variação 
espacial (profundidade e largura), que é um conjunto de atividades orientadas, é realizada pelos jogadores.
Com a evolução da modalidade, atualmente, na formação dos jogadores de handebol, existe uma 
preocupação para que eles atuem em, no mínimo, dois ou três postos específicos, dada a demanda de 
jogadores cada vez mais completos e versáteis.
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Figura 59 - Postos específicos ofensivos
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Unidade II
Os postos específicos ofensivos são identificados por letras.
A Armador esquerdo
B Armador central
C Armador direito
D Ponta-direita
E Pivô
F Ponta-esquerda
Figura 60 
7.2 Características dos postos específicos ofensivos
Para que haja melhor aproveitamento no que se refere ao desempenho dos jogadores nos sistemas 
ofensivos, alguns fatores devem ser considerados, como: estatura, habilidades específicas técnicas e 
táticas individuais, hemisfério motor dominante (destro ou sinistro), capacidades físicas inerentes ao 
posto, inteligência tática (leitura de jogo), visão periférica etc.
Os jogadores destros preferencialmente ocuparão os seguintes postos específicos ofensivos: 
ponta-esquerda, armador esquerdo, armador central e pivô, enquanto o canhoto preferencialmente 
ocupará a armação direita e a ponta direita, podendo ainda serem armadores centrais e pivôs. 
Essa distribuição sugerida se fundamenta no fato de que esses espaços favorecem o ângulo de 
arremesso desses atletas.
O objetivo é que, com algumas ações táticas individuais e coletivas ofensivas, o ataque possa gerar 
condições favoráveis para finalização e, por consequência, marcar gols.
Os jogadores no ataque devem ter claras algumas ações importantes para que a finalidade de 
conseguir o gol seja alcançada. Independentemente de quem executa o arremesso final, todas as ações 
coletivas precisam ter como princípio: manter a posse de bola, ofensividade em direção ao gol, variações 
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HANDEBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS
de gestos específicos, superioridade numérica, atacar com eficiência de todos os postos, objetividade ao 
atacar a meta adversária, leitura, entendimento e escolha correta de ação tática individual e específica 
para explorar os aspectos deficitários da defesa adversária.
7.2.1 Os armadores
Jogadores que atuam na zona central do ataque, porém ficam mais distantes em relação ao gol 
adversário, aproximadamente 10 a 12 m.
CA
B
Figura 61 - Os armadores
Como o nome já diz, são responsáveis pela armação, organização e distribuição do jogo na zona de 
ataque. Devem possuir grande visão de jogo, para se adaptar às mudanças na defesa adversária, além de 
ter algumas características específicas para atuar nessas posições ofensivas:
Quadro 12 – Características dos armadores
Técnicas/Táticas Capacidades físicas Funções na partida
Grande repertório de passes Capacidade aeróbia Superioridade numérica
Saber arremessar em suspensão e 
em apoio Capacidade anaeróbia lática e alática
Variação de tipos de passes, 
arremessos e fintas
Utilizar as diferentes 
trajetórias (direita e esquerda), 
independentemente de ser ou não 
seu lado dominante
Velocidade de reação Desmarcação para receber e passar a bola
Variação de fintas Força explosiva nos saltos e arremessos a gol
Superação dos defensores 
adversários
Visão periférica Resistência muscular geral
Distribuição das bolas igualmente 
para os dois lados da quadra, bem 
como em profundidade
Domínio da desmarcação (ação de 
ficar livre) Flexibilidade Fazer serviços para o pivô
Variação de ritmo (quebras de ritmo) Alternação de ritmos de jogo
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Unidade II
7.2.2 Os pontas
Jogadores que atuam nas laterais da quadra, praticamente na interseção da linha lateral com a linha 
de 9 m, ficam a aproximadamente 6 a 9 m de distância do gol.
F D
Figura 62 - Os pontas
São muito velozes e, com o pivô, têm a responsabilidade de sair para o contra-ataque.
Quadro 13 – Características dos pontas
Técnicas/Táticas Capacidades físicas Funções na partida
Capacidade aeróbia Superioridade numérica
Saber arremessar em suspensão e 
com queda, rolamento
Capacidade anaeróbia lática e 
alática Eficiência no 1x1
Utilizar trajetória de deslocamento 
para o seu lado dominante Velocidade de reação
Desmarcação para receber e passar 
a bola
Variação de fintas em curto espaço Força explosiva nos saltos e arremessos a gol Superação dos defensores adversários
Variação de troca de ritmo e direção Resistência muscular geral Infiltrações entre os defensores
Domínio da desmarcação (ação de 
ficar livre) Flexibilidade
Velocidade de deslocamento linear
7.2.3 Os pivôs
Atuam entre os defensores da equipe adversária, junto à linha de 6 m; nessa posição, muitas vezes 
criam mais possibilidades de arremessos para seus companheiros de equipe do que para si; em geral, 
estão posicionados entre dois defensores e colocam-se lateralmente ao gol, prontos para executar 
bloqueios ofensivos, bem como para receber passes visando à finalização a gol.
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HANDEBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS
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Figura 63 - Os pivôs
Quadro 14 – Características dos pivôs
Técnicas/Táticas Capacidades físicas Funções na partida
Domínio da recepção: passes curtos 
de trajetórias: picado, parabólico 
e em linha reta, de surpresa, não 
podendo se assustar com o passe
Capacidade aeróbia Superioridade numérica
Saber arremessar em suspensão, 
com queda e rolamento Capacidade anaeróbia lática e alática Eficiência no 1x1
Executar bloqueio ofensivo frontal e 
nas costas Velocidade de reação
Desmarcação para receber e passar 
a bola
Variação de fintas em curto espaço Força explosiva nos saltos e arremessos a gol Superar defensores adversários
Variação de troca de ritmo e direção Resistência muscular geral Executar cortina com bola parada e com jogo em andamento
Domínio da desmarcação (ação de 
ficar livre) Flexibilidade Infiltrações entre os defensores
Velocidade de deslocamento linear
7.3 As linhas ofensivas
Referem-se à profundidade, tomando como ponto de referência a linha de 9 m.
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Unidade II
Segunda linha ofensiva
Primeira linha ofensiva
Segunda linha: pontas e pivô
Primeira linha: armadores
Figura64 - Linhas ofensivas
Ofensivas:
Na 1ª linha, os jogadores se encontram entre o centro do campo e a linha de 9 m da equipe defensora. 
Já na 2ª linha, eles ficam posicionados entre as linhas de 6 e 9 m da equipe defensora.
 Saiba mais
Para mais informações sobre o esporte, assista ao documentário: 
MENINAS de Ouro. Dir. Pedro Jorge. Brasil: Saravá Filmes; ESPN Brasil; Canal 
Azul, 2016. 80 minutos.
7.4 Fases do ataque
O handebol é um esporte coletivo, no qual acontece uma disputa constante entre o ataque e a 
defesa na busca da obtenção de gols. Os jogadores devem ser formados para atuar em postos específicos 
de ataque e de defesa, pois se alternarão nessas funções nas diferentes fases do jogo.
A equipe se torna atacante a partir do momento em que um membro seu tem a posse da bola, 
independentemente do local da quadra que ele estiver. Nessa situação, a primeira reação que o jogador 
deverá ter é a de tentar pegar a equipe adversária desprevenida e desorganizada, e a partir dessa atitude 
inicial irão se desencadear várias outras possibilidades ofensivas.
Primeira fase – Contra-ataque: passagem rápida da defesa para o ataque, com o envolvimento de 
um ou mais jogadores, para obter a marcação de um gol. Normalmente, ele é dividido em duas ondas; 
na primeira, saem os atletas mais velozes, em geral pontas e pivôs, e na segunda, os armadores.
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HANDEBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS
As formas podem variar de acordo com o número de jogadores envolvidos, bem como com o tipo de 
ações táticas empregadas: simples, direta, indireta, sustentada, coletiva.
Vejamos os seus objetivos:
• superioridade numérica, número maior de atacantes em relação aos defensores;
• diminuir as possibilidades de organização defensiva, contra-atacando com velocidade.
Segunda fase – Organização: após o contra-ataque frustrado, haverá uma quebra de ritmo, ou 
seja, a equipe adversária conseguiu retornar e se organizar defensivamente; em geral um dos armadores 
de posse de bola irá driblar algumas vezes ou fazer uma troca de passes de forma mais lenta, para 
fazer uma quebra de ritmo, pois os jogadores chegaram ao ataque desorganizados, procurando espaços 
vazios e fora de suas posições específicas. Nesse momento eles poderão procurar ocupar seus postos 
específicos ofensivos.
Terceira fase – Ataque em sistema: nesse momento, em que cada jogador ocupa a sua posição 
no ataque, a equipe estará pronta para atacar de acordo com sua proposta de jogo, um sistema 
preestabelecido.
7.5 Sistemas de ataque
7.5.1 Posicional
Com os jogadores já em seus postos específicos ofensivos, o atleta com posse de bola irá fazer uma 
movimentação frontal em relação ao gol, buscando o espaço entre dois defensores; essa movimentação 
chamamos de engajamento, que é o ato de atacar uma defesa sempre procurando criar vantagem 
numérica para o ataque.
O objetivo desse método é fazer que dois defensores tentem defender apenas um jogador; esse 
movimento é escalonado: o jogador com bola busca espaço, progredindo à frente dos demais que 
estão na diagonal e atrás, aguardando receber o passe, e assim sucessivamente, até que, em algum 
momento, na indecisão de um dos defensores, ou até mesmo em um erro de marcação, abra espaço para 
a infiltração de um dos jogadores.
Além da movimentação de engajamento, os jogadores utilizarão alguns recursos técnico-táticos 
para confundir e dificultar o trabalho da defesa adversária, como: cruzamentos, cortinas, bloqueios 
ofensivos etc.
7.5.2 Circulação
Nesse tipo de ataque, os jogadores não mantêm o posicionamento, uma vez que eles e a bola 
transitam pelo espaço ofensivo de acordo com uma circulação preestabelecida, como a circulação de 
ponta e pivô, a circulação em oito etc.
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Unidade II
Esse sistema foi muito utilizado na década de 1980, no entanto caiu em desuso, por algumas 
desvantagens que apresentava, como:
• previsibilidade das ações e trajetórias dos jogadores e da bola, o que facilitava a ação defensiva;
• jogadores terem de dominar vários tipos de passes e arremessos nos diversos espaços de ataque, 
o que não priorizava o local de melhor desempenho de cada jogador;
• desgaste físico dos jogadores, que se movimentavam o tempo todo.
7.5.3 Combinado
Esse sistema combina o ataque posicional com o ataque em circulação, pois teremos jogadores fixos 
em seus postos específicos, enquanto outros farão trocas de posição.
Utilizado ocasionalmente, quando alguns jogadores, dentro da tática de grupo, produzem 
movimentações específicas, para criar situações de superioridade numérica, que se concretizem 
com gols.
7.6 Sistemas de ataque posicional
7.6.1 Sistema de ataque com um pivô – 5x1
O sistema mais utilizado pelas equipes, desde a iniciação esportiva até o alto rendimento, por ter uma 
ocupação bastante homogênea dos postos específicos, facilitar as ações ofensivas e ter simplicidade em 
sua aplicação.
C
A
B
DEF
Figura 65 - Sistema ofensivo posicional 5x1
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HANDEBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS
Nele, temos cinco jogadores atuando à frente da área de tiro livre, equidistantes, três armadores e 
dois pontas, e um infiltrado entre os defensores, o pivô, próximo à área de gol, ocupando a faixa central 
da baliza, na qual o ângulo de arremesso é maior.
Preferencialmente, nos postos específicos C e D, temos jogadores canhotos (sinistros), para 
aumentar o ângulo de arremesso nas finalizações a gol, e nas demais posições, destros, pelo 
mesmo motivo.
7.6.1.1 Função dos jogadores
Os cinco jogadores que atuam fora da área de tiro livre devem receber a função de armação das 
jogadas, utilizando os três armadores, enquanto os dois pontas, jogando nas laterais, tentam a penetração 
ou a combinação de fintas e finalizações com o pivô.
O pivô deve se movimentar no sentido contrário ao da bola, acompanhando para o lado no qual está 
sendo armada a jogada, procurando facilitar o recebimento, só sair para o lado proposto ao da jogada, 
quando quiser criar o vazio ou possibilitar a tabela com quem está penetrando.
Sua movimentação será junto à linha do goleiro para facilitar a execução dos arremessos especiais, 
saindo somente se necessário para favorecer o recebimento da bola, e seu posicionamento deverá ser 
lateral em relação à área de gol e à baliza, para auxiliar na recepção de um passe, bem como na realização 
de giros e arremessos a gol.
7.6.1.2 Erros comuns
Dentre as falhas mais usuais, destacamos:
• os jogadores não se movimentarem de forma frontal em relação à meta, permanecendo parados 
em seus postos específicos, sem ofensividade;
• receber e passar a bola sem movimentação;
• falta de recursos táticos individuais e de grupo;
• diminuição de ofensividade, principalmente em inferioridade numérica;
• a equipe não oferecer perigo à meta adversária de todos os postos específicos ofensivos;
• falta de serviços ao pivô.
7.6.1.3 Vantagens e desvantagens do sistema ofensivo posicional 5x1
Consta, a seguir, apresentação dos principais pontos do referido sistema.
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Unidade II
Quadro 15 – Vantagens e desvantagens do sistema ofensivo posicional 5x1
Vantagens Desvantagens
Os postos inerentes possuem espaços adequados para a 
eficácia do ataque
Se não houver uma boa base tática individual, de grupo 
e coletiva, será um sistema monótono que poderá levar 
ao jogo passivo
Oferece perigo de todos os postos específicos ofensivos Os pivôs dependem das ações dos armadores para poderem ter êxito em suas ações
Os armadores têm uma visão ampliada pelo seu 
posicionamento em quadra
O ataque depende da criatividade e das tomadas de 
decisão dos atacantes
Imprevisível, pois para cada ataque não existe uma 
jogada preestabelecida
7.6.2 Sistema de ataque com dois pivôs – 4x2
Esse sistema é uma variação do sistema anterior (5x1), utilizado principalmente quando a defesa 
adversária atua com sistemas defensivos abertos, tática que possui como uma de suas fragilidades a 
constante saída dos defensores dos 6 para os 9 m; é constituído por duas e três linhas defensivas.
CA
D
E EF
Figura 66 - Sistema ofensivo posicional 4x2
7.6.2.1 Função dos jogadores
Equipes que jogam com dois pivôs organizam-se de forma diferente: em geral acontece a saída 
do armador central, ficam dois armadores mais lateralizados, eles dividem a faixa central da quadra, 
enquanto os pivôs se posicionam entre os quatro defensores centrais, cada um atuando em meia quadra, 
ou cruzando de um lado para o outro; já os pontas procedem da mesma forma que no sistema 5x1.
Preferencialmente, nos postos específicos C, D e E, temos jogadores canhotos (sinistro), para aumentar 
o ângulo de arremesso nas finalizações a gol e, nas demais, destros, pelo mesmo motivo.
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HANDEBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS
7.6.2.2 Erros comuns
Dentre as falhas mais usuais, destacamos:
• os jogadores não se movimentarem de forma frontal em relação à meta, permanecendo parados 
em seus postos específicos, sem ofensividade;
• receber e passar a bola sem movimentação;
• falta de recursos táticos individuais e de grupo;
• diminuição de ofensividade, principalmente em inferioridade numérica;
• a equipe não oferecer perigo à meta adversária de todos os postos específicos ofensivos;
• falta de serviços aos pivôs.
• ausência de sincronismo nas movimentações dos pivôs.
7.6.2.3 Vantagens e desvantagens do sistema ofensivo posicional 4x2
Consta, a seguir, apresentação dos principais pontos do referido sistema.
Quadro 16 - Vantagens e desvantagens do sistema ofensivo posicional 4x2
Vantagens Desvantagens
Os postos inerentes possuem espaços adequados para a 
eficácia do ataque
Se não houver uma boa base tática individual, de grupo 
e coletiva, será um sistema monótono que poderá levar 
ao jogo passivo
Oferece perigo de todos os postos específicos ofensivos Os pivôs dependem das ações dos armadores para poderem ter êxito em suas ações
Os armadores têm uma visão ampliada pelo seu 
posicionamento em quadra
O ataque depende da criatividade e das tomadas de 
decisão dos atacantes
Imprevisível, pois para cada ataque não existe uma 
jogada preestabelecida
Com um armador a menos, a distribuição de jogo fica 
diminuída
Com dois pivôs os bloqueios ofensivos e as infiltrações 
ficam favorecidas Coordenar a movimentação e a ação dos dois pivôs
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Unidade II
 Saiba mais
O livro a seguir poderá propiciar uma relação com os conteúdos 
ora mencionados: DANELLO, M. Raça, Brasil: os bastidores da conquista 
inédita do mundial de handebol. Rio de Janeiro: BB, 2014.
8 O GOLEIRO
No handebol, o goleiro é considerado o último jogador da defesa e o primeiro do ataque, tendo 
como funções principais a defesa da meta, a orientação de seus companheiros e a participação nas 
ações ofensivas de seu time.
Em uma equipe de handebol, esse jogador possui características bem diferenciadas dos demais, até 
mesmo em relação aos seus treinamentos.
Autores como Barela (1998) e Tenroller (2004) consideram que 50% do rendimento de uma equipe 
são fruto do trabalho do seu goleiro, justificando suas peculiaridades e exigências. Já Lisboa (1983) 
argumentou que um bom goleiro pode ser considerado 70% da equipe. O percentual atribuído à 
importância da atuação desse atleta pode até variar, porém há consenso sobre a real importância deles 
para todas as equipes.
Além do caráter defensivo, podemos atribuir ao goleiro outras funções relevantes; das suas ações de 
reposição deve partir a mais estimada manobra ofensiva da equipe, aquela que favorece chegar à meta 
adversária com mais rapidez e que se denomina contra-ataque.
O contra-ataque da equipe se sustenta principalmente na capacidade de reposição com rapidez, e 
visão de jogo e capacidade técnica de lançamentos e passes a longa distância. Não se pode conceber 
uma equipe competitiva sem que o goleiro seja capaz de desempenhar eficientemente as funções que 
lhe são atribuídas.
Há grande responsabilidade do goleiro na orientação tática de sua equipe, pois o seu posicionamento 
em quadra lhe oferece visão privilegiada, permitindo-lhe, de forma segura, orientar seus companheiros, 
tanto nas atitudes defensivas como também nas práticas ofensivas, sendo ele, muitas vezes, utilizado 
como capitão da equipe, por apresentar grande liderança (BARELA, 1998).
Atualmente, com a mudança de regras (2016), no que se refere ao sétimo jogador atacante 
(goleiro-linha), alguns técnicos têm optado pela retirada momentânea do goleiro, para colocar o 
sétimo jogador atacando, e outros têm apostado que os goleiros sejam especializados em setores de 
finalização do ataque, para que eles possam efetivamente atacar e finalizar contra a meta adversária.
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HANDEBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS
O trabalho de goleiro é complexo e de enorme responsabilidade, pois mediante seu desempenho, 
comportamento e suas intervenções seguras, ele reforça os princípios de equipe, dando a seus 
companheiros a sensação de segurança, combatividade e espírito de equipe, o que definitivamente irá 
refletir no resultado da partida.
Para a ocupação de tal posto específico defensivo com sucesso e eficácia, faz-se necessário que 
esse jogador reúna características físicas, técnicas, táticas e psicológicas que se enquadrem nas 
particularidades e exigências das partidas que podem facilitar a otimização do seu desempenho.
No entanto, se houver um déficit de alguns aspectos inerentes ao goleiro, não deveremos entender 
como um fator limitante na escolha de jovens para a função, pois poderemos compensar com a 
otimização de outras capacidades; porém, quanto maior for o número de atributos presentes no goleiro, 
maior será a sua chance na obtenção do sucesso perante as dificuldades impostas no desenrolar da sua 
vida esportiva.
Para Greco (2002), a capacidade individual para ser goleiro, aliada ao treinamento do ato específico, 
da técnica, leva ao sucesso; a condição para aquisição da técnica é a prática, e a prática aliada à 
qualidade leva à perfeição.
8.1 Características físicas dos goleiros
De acordo com Bayer (1987), a Federação Romena de Handebol considera diferentes fatores na 
seleção de goleiros: aos aspectos morfológicossão atribuídos 40% desse processo, restando 60%, que são 
divididos igualmente entre as qualidades psicológicas e motoras. Sabendo da relevância desse aspecto, 
o autor mencionado coloca a estatura como responsável por 50%, a relação altura-peso contribuindo 
com 25%, e a envergadura, com os 25% restantes.
Ehret et al. (2002) trazem como 1,90 m a estatura ideal para o goleiro de handebol masculino, assim 
como Bayer (1987), que também informa a estatura das goleiras, devendo estar em torno de 1,75 m.
8.1.1 Medidas antropométricas de goleiros de handebol
Segue tabela com as referidas medidas.
Tabela 1 – Medidas antropométricas dos goleiros
Homens Mulheres
Altura 1,90 m 1,75 m
Peso 85 kg 70 kg
Altura x 100/Peso 1,05 1,05
Envergadura 2,00 m 1,82 m
Fonte: Bayer (1987, p. 348).
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Unidade II
Esses dados referenciam atletas europeus. No Brasil, em estudo realizado por Mecchia (1983), 
encontramos valores médios de 1,78 m para homens e 1,67 m para mulheres que disputaram os 
campeonatos brasileiros, feminino e masculino, realizados pela Confederação Brasileira de Handebol e 
do Campeonato Paulista de Handebol Masculino de 1982, nas categorias adulto e júnior.
No Brasil, não temos um formato de detecção de goleiros, na verdade muitas vezes encontramos 
goleiros(as) que apresentam altura menor que a citada, mas com enorme potencial técnico na tentativa 
de suprir as questões morfológicas.
Outra característica fundamental é a envergadura, que, somada à estatura, é responsável por cobrir 
a maior parte da meta. Assim Bayer (1987) traz a envergadura de 2,00 m para homens e 1,82 m para 
mulheres como as ideais.
Há também importância do controle do peso para esses atletas, pois ele influencia diretamente a 
velocidade dos deslocamentos; portanto, para as estaturas idealizadas anteriormente, temos como peso 
ideal para homens 85 kg e para mulheres 70 kg.
Na preparação física dos goleiros, devemos dar ênfase aos exercícios de agilidade, flexibilidade, 
força, resistência muscular localizada, coordenação, velocidade (de reação), potência muscular e noções 
espacial e temporal perfeitas.
Para Greco (2002), o goleiro de handebol deve ter um treinamento de capacidade aeróbica alática, 
com exercícios de curta duração e alta intensidade, como saltos e deslocamentos, pois esse autor 
entende que essa seja a sua principal capacidade física.
Dentro do último grupo de atributos característicos da posição de goleiro de handebol, Barela (1998) 
enumera os seguintes elementos:
A coragem: qualidade fundamental considerando que um goleiro pode 
não ter alguns requisitos importantes, contudo, sem coragem não teremos 
um goleiro.
A calma (autocontrole): que lhe permite analisar com coerência as situações 
de jogo e tomar as decisões necessárias.
Concentração: para acompanhar o jogo e ordenar rapidamente as suas respostas.
Decisão: executar prontamente (sem hesitação) a resposta encontrada para 
a situação de jogo.
Estilo: é a apresentação da soma de conhecimentos de um goleiro que 
compõem uma forma particular de dar respostas corretas a problemas 
que tecnicamente seriam tratados com dificuldade (BARELA, 1998, p. 13).
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Um bom goleiro traz segurança à equipe, ganha respeito dos adversários e causa uma preocupação 
constante aos atacantes, que têm de criar estratégias para ultrapassar essa última barreira para o gol.
No aspecto tático, tem de ser um estrategista, saber lidar com situações de emergência, criar falsos 
espaços para os atacantes, criar fintas de corpo, saber utilizar o sistema de defesa da equipe a seu favor 
e adotar estratégias diferentes para cada tipo de arremessador.
8.2 Posições defensivas básicas
Os goleiros de handebol possuem uma posição de base, que é o posicionamento de espera e leitura de 
jogo do atacante adversário, colocação que antecede a ações defensivas de ataque à bola efetivamente.
Figura 67 - Posição de base
Essa posição de base é ajustada por cada goleiro, de acordo com a sua formação técnica específica; 
porém, para García Cuesta et al. (1991), existem algumas características gerais válidas para a maioria 
deles:
• estar posicionado de frente para o atacante e de costas para a meta;
• pés paralelos e em contato com o solo;
• pernas levemente flexionadas, com um afastamento lateral, proporcional à largura dos ombros;
• tronco levemente inclinado à frente, em uma posição anatômica;
• os braços podem estar em três formatos: W, U e V;
• nos arremessos que partem das pontas, o braço mais próximo à trave deverá estar elevado, com a 
mão espalmada para fora, tentando fechar o ângulo de arremesso;
• estar em equilíbrio, distribuir igualmente o peso do corpo sobre os dois pés.
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Unidade II
Figura 68 - Posicionamento para arremessos de ponta
Para Barela (1998), a ação sobre a bola não é mais que uma fase intermediária, entre outras duas 
igualmente importantes:
• deslocamento e atitudes antes do arremate;
• recuperação e lançamento.
A técnica defensiva no aspecto exterior varia muito de um goleiro para outro, mas, para um bom 
desempenho, seus deslocamentos e sua atitude devem obedecer a alguns princípios fundamentais 
que podem ser citados, como: deslocamento e atitudes de preparação da defesa, jogar adiantado ou 
atrasado, postura, atitude de pré-defesa, características da pré-defesa e tipos de defesa.
8.3 Deslocamentos defensivos
O deslocamento em semicírculo é feito acompanhando a troca de passes da equipe atacante pelas 
posições. O nome se dá pelo semicírculo formado de um dos postes da baliza até o outro. Parte da 
posição de base em deslocamento lateral, mantendo sempre o corpo voltado para a bola.
Figura 69 - Deslocamento em semicírculo
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HANDEBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS
O deslocamento de diminuição de ângulo de arremesso do jogador com bola forma um ataque à 
bola e é feito como um arco de referência. Trata-se de um arco imaginário que passa tangente aos dois 
postes verticais da baliza e tem a sua corda maior no centro da mesma distância, que varia de 50 a 80 
cm, conforme as características dos goleiros (BARELA, 1998).
Figura 70 - Posicionamento para defesa de arremessos dos armadores
No deslocamento e no posicionamento para diminuir o ângulo de arremesso vindo das pontas, o 
goleiro encostará o corpo na trave. O braço mais próximo à trave deverá estar elevado, com a mão 
espalmada para fora, tentando fechar o ângulo de arremesso.
Figura 71 - Posicionamento para defesa de arremesso de ponta
Esses deslocamentos e posicionamentos serão realizados repetidamente, seguindo a trajetória da 
bola, com o intuito de preparar de modo efetivo a defesa. Diminuem o ângulo de arremesso do atacante 
e aumentam a eficácia de defesa do goleiro.
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Unidade II
Aliado aos movimentos supracitados, o goleiro deverá ficar estável e extremamente concentrado, 
precedendo mentalmente a situação do ataque e prevendo o local futuro do arremesso.
A defesa propriamente dita é o momento no qual o goleiro entra em contato com a bola. Segundo 
Barela (1998), o atleta deve hierarquizar algumas regras para o sucesso do procedimento:
• estar atento à antecipação mental;
• observar os deslocamentos do jogador com bola, para tentar antecipar o tipo de arremesso e a 
localização;
• preparar-se para a ação é organizar, sincronizar as fases da defesa;
• quando possível, manter os apoios, em vez de saltar, o que lhe dá mais chance de retificação 
de movimento;
• defender a meta;
• chegar na bola com a maior parte do corpo possível;
• espalmar a bola contra o chão, para posteriormente dominá-la;
• usar as duas mãos sempre que possível.
Em uma fração de segundo, o goleiro opta pelo gesto motor mais adequado para evitar o gol 
adversário, principalmente relacionado à altura em que a bola se direciona ao gol após o arremesso.
8.4 Formas de defesa
O goleiro no ato defensivo deverá observar o caminho que a bola irá percorrer da mão do atacante 
até o gol e a altura que ela será arremessada; com relação à distância, podemos dividir em arremessos 
de média e longa distâncias (acima de 9 m) e de curta distância (abaixo de 8 m).
Nos arremessos de longa distância, o goleiro não deverá se deslocar para frente, utilizando-se mais 
de deslocamentos diagonais e laterais; já para os arremessos de curta distância, o goleiro poderá se 
utilizar de passos à frente, saídas mais rápidas para surpreender o arremessador e saída em X, com o 
intuito de diminuir a distância do arremessador e consequentemente seu ângulo de arremesso.
Com relação à altura do arremesso, podemos classificar em defesas altas, médias e baixas:
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HANDEBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS
Defesa alta
Defesa média
Defesa baixa
Figura 72 - Altura das defesas
8.5 Defesas em bolas altas
Caracteriza-se pelas defesas realizadas quando a bola é arremessada na direção ou sobre a cabeça 
do goleiro; esses arremates quase sempre visam os ângulos superiores da meta.
A técnica básica de defesa escolhida pelo goleiro requer a utilização da passada e do salto que traz as 
seguintes características: na posição inicial, os braços são colocados descontraídos na altura do quadril.
Em uma ação de defesa no ângulo do gol, ocorre sempre uma passada com salto, em que a impulsão 
acontece na perna que está mais longe da bola (perna de impulsão), estando a outra (perna de balanço) 
levemente flexionada. Já em uma defesa alta, em que a bola foi lançada no centro do gol, o goleiro 
(sempre que possível) deve apanhar a bola com as duas mãos.
De acordo com a estatura do goleiro, pode haver situações nas quais a defesa ocorra com uma só 
mão, devendo esse ponto ser levado em consideração durante o treinamento.
Figura 73 - Defesa em ângulo superior esquerdo
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Unidade II
Figura 74 - Defesa em ângulo superior direito
8.6 Defesas em bolas à meia altura
Nesse tipo de defesa, utiliza-se ainda da técnica de passada e salto, como descrito anteriormente, 
com a perna de balanço ganhando um significado maior. Com ela, a porção abaixo da linha do quadril 
fica protegida, pois essa ação defensiva é executada quando a bola assume uma altura entre o joelho 
do goleiro e a linha de seus ombros. Sempre que possível, o goleiro deve privilegiar a utilização das duas 
mãos na defesa. Com a segunda mão, o corpo todo do goleiro é colocado no ângulo do gol, cobrindo uma 
área relativamente grande, pois a parte superior do corpo junto às mãos e à perna de balanço opõe-se 
à trajetória da bola.
Figura 75 - Defesa em meia altura do lado direito
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HANDEBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS
Figura 76 - Defesa em meia altura do lado esquerdo
8.7 Defesas em bolas baixas
Essa defesa, também chamada de “esquadro”, realiza-se quando a bola assume uma trajetória 
abaixo da linha do joelho do goleiro, que, por sua vez, utiliza-se do fundamento de passada com salto, 
interceptando a bola com as mãos e os pés simultaneamente. A perna de balanço deve estar flexionada, 
e a mão que fica próxima à bola precisa ser levada para baixo no ângulo correspondente.
De acordo com a estatura do goleiro e a situação do jogo, pode ser necessário, de vez em quando, 
que o goleiro realize uma ação defensiva com a utilização de salto e posicionamento de pernas, como 
na passagem sobre as barreiras no atletismo, para poder alcançar a bola.
É preciso observar que o tronco acompanha a perna e o balanço (que é a ação de não deixar o tronco 
ir para trás do gol); já a mão é colocada como segurança adicional.
Figura 77 - Defesa em bola baixa do lado esquerdo (esquadro)
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Unidade II
Figura 78 - Defesa em bola baixa do lado direito (esquadro)
8.8 Saída em X
A defesa em X é utilizada pelo goleiro em situações nas quais o atacante encontra-se frente a frente 
com ele, que, por sua vez, em uma atitude explosiva, salta e afasta braços e pernas simultaneamente, 
formando a figura de um X.
O goleiro tenta com tal atitude confundir o atacante na tentativa de defesa e também induzir o 
atacante ao erro, visto que ele será surpreendido e sua tomada de decisão terá de ser mais rápida.
Figura 79 - Saída em “X”
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HANDEBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS
 Resumo
Vimos nesta unidade que o handebol é uma modalidade esportiva 
coletiva na qual a ação dos jogadores se alterna sucessivamente entre 
ataque e defesa; para tanto, o jogador deverá ser preparado para atuar em 
ambas as situações. Isso implica que, dentro de sua formação, o professor, 
ou profissional de Educação Física, possibilite situações com base no 
contexto do jogo propriamente dito.
Por se tratar de um jogo coletivo, tem como principal característica as ações 
de grupo, as táticas relacionadas ao papel que cada jogador deverá adotar, em 
um sistema tático defensivo e ofensivo, em prol de obter o objetivo do jogo, o gol.
O ponto de partida para a escolha dos sistemas táticos deverá ser pautado 
pelo material humano da equipe, e posteriormente pelo perfil da equipe a 
enfrentar, lembrando que não existe um sistema tático defensivo ou ofensivo 
perfeito, mas aquele que irá se adequar às características do jogo.
Em uma equipe, teremos jogadores com diferentes aspectos individuais, 
executando papéis distintos no contexto do jogo, porém de grande 
importância, por exemplo, o goleiro.
Desde a sua formação, o goleiro tem os treinamentos diferenciados em 
relação aos demais atletas. No entanto, no que tange à sua participação 
em uma partida, sabe-se que ele é muito mais do que um guardiãoda 
meta, é um estrategista, acima de tudo, que tenta, com suas atitudes 
defensivas, e quiçá agora com a alteração da regra (2016), de forma 
ofensiva (goleiro-linha), surpreender os adversários com suas ações.
 Exercícios
Questão 1. No que se refere aos sistemas táticos ofensivos no handebol, pode-se afirmar que:
I – Em uma ação de ataque que busque superioridade numérica, o atacante consegue fixar o seu 
marcador direto e preocupar o seu marcador indireto; mostrando a intenção de situação de um contra 
um, ele usará o espaço entre os dois defensores, e isso desestabilizará a homogeneidade da tática 
defensiva de grupo e suas ações de cobertura.
II – Na ação de ataque conhecida como tabela, procedimento tático em grupo, o jogador de posse 
da bola faz um passe a um companheiro de equipe; em seguida, faz um gesto de desmarcação e tenta 
receber a bola no espaço criado entre dois defensores.
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Unidade II
III – Os bloqueios ofensivos são posicionamentos realizados para evitar momentaneamente o 
deslocamento lateral ou diagonal da defesa. O principal objetivo do bloqueio ofensivo é tentar facilitar 
a infiltração dos demais jogadores no sistema defensivo adversário.
IV – A marcação nunca deve ser realizada de forma individual e sempre precisa ser feita com o 
companheiro de equipe mais próximo; exige muita atenção e comunicação entre os jogadores, evitando 
abrir espaços para o time adversário.
V – A quebra de ritmo é a alteração de um ritmo preestabelecido de passes, fazendo a inversão de 
seu sentido lógico; seu objetivo é surpreender o adversário com a modificação da direção de um passe, 
visando criar espaços entre os defensores.
Estão corretas apenas as afirmativas:
A) I, II e III.
B) I, II, IV e V.
C) I, II, III e V.
D) II, III, IV e V.
E) I, III, IV e V.
Resposta correta: alternativa C.
Análise das afirmativas
I – Afirmativa correta.
Justificativa: na ação ofensiva que busca superioridade numérica, o atacante, em razão de suas ações 
de deslocamento, usa o espaço entre os dois defensores; essa ação deixará confusa a defesa, quando 
dois defensores poderão marcar um único atacante, deixando espaço livre para que outro atacante faça 
a ação ofensiva.
II – Afirmativa correta.
Justificativa: na ação de ataque conhecida como tabela ou cortina, o atacante passa a bola, faz a 
finta para se desmarcar e recebe a bola novamente, quando está livre para finalizar o ataque.
III – Afirmativa correta.
Justificativa: o bloqueio ofensivo pode ser feito de frente, mas é mais comum de costas para o 
adversário, pois com esse posicionamento o executor do bloqueio também poderá ser beneficiado e 
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HANDEBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS
receber o passe para a finalização. O bloqueador fica na lateral do defensor, impedindo sua movimentação 
e abrindo espaço para que outro atacante faça a finalização.
IV – Afirmativa incorreta.
Justificativa: a marcação em cobertura é uma ação defensiva na qual os jogadores se comunicam 
para terem apoio e nunca marcarem determinada área ou jogador sozinhos. No entanto, não é uma 
ação ofensiva.
V – Afirmativa correta.
Justificativa: a quebra de ritmo é uma ação ofensiva na qual a mudança repentina na direção 
dos passes gera um desequilíbrio na defesa adversária. É importante que o passe ocorra no 
momento exato e que o receptor esteja preparado, pois deve aproveitar a quebra de ritmo como 
uma oportunidade de finalização.
Questão 2. Em virtude da atualização das regras no handebol, o goleiro passou a ter muitas 
possibilidades de atuação, sendo um jogador versátil na estratégia das equipes. No que se refere às 
ações, funções e características do goleiro do handebol na atualidade, pode-se afirmar que:
I – O goleiro no handebol deve ser um atleta preferencialmente jovem, pois suas atribuições 
dependem de muitas ações de alto vigor físico, tais como potência, velocidade e agilidade.
II – O goleiro tem visão privilegiada do jogo e deve orientar a equipe do ponto de vista tático, precisa 
exercer liderança dentro de quadra, sendo muitas vezes eleito capitão da equipe.
III – As funções do goleiro são restritas ao setor defensivo, devendo juntamente com os defensores 
estabelecer a melhor estratégia para o bloqueio das ações ofensivas adversárias.
IV – Com as alterações da regra, o goleiro pode fazer ações ofensivas de finalização contra a 
meta adversária. Isso fez que se formassem goleiros especializados em finalizações e ações táticas 
momentâneas, em que as equipes substituem o goleiro por outro jogador com características ofensivas.
V – O goleiro deve ser um jogador de grande estatura e envergadura, necessita ser ágil e potente. 
Do ponto de vista psicológico, precisa ser combativo, comunicativo e seguro; para muitos autores, sua 
performance representa 50% do desempenho da equipe.
Estão corretas apenas as afirmativas:
A) I, II e IV.
B) II, III e V.
C) II, III e IV.
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Unidade II
d) I, II e V.
e) II, IV e V.
Resolução desta questão na plataforma.
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FIGURAS E ILUSTRAÇÕES
Figura 1
GALLAHUE, D. L.; OZMUN, J. C. Compreendendo o desenvolvimento motor: bebês, crianças, 
adolescentes e adultos. São Paulo: Phorte, 2001. Adaptado.
Figura 2
GALLAHUE, D. L.; OZMUN, J. C. Compreendendo o desenvolvimento motor: bebês, crianças, 
adolescentes e adultos. São Paulo: Phorte, 2001. p. 57.
Figura 3
MANOEL, E. J. Desenvolvimento motor: implicações para a Educação Física escolar I. Revista Paulista de 
Educação Física, São Paulo, v. 8, n. 1, jan./jun. 1994. p. 90.
Figura 4
CLANTON, R. E.; DWIGHT, M. P. Team handball. Steps to Success. Champaign: Human Kinetics, 1997. 
p. 12. Adaptado.
Figura 5
CLANTON, R. E.; DWIGHT, M. P. Team handball. Steps to Success. Champaign: Human Kinetics, 1997. 
p. 13. Adaptado.
Figura 9
CLANTON, R. E.; DWIGHT, M. P. Team handball. Steps to Success. Champaign: Human Kinetics, 1997. 
p. 10.
Figura 10
Grupo UNIP-Objetivo.
Figura 11
CLANTON, R. E.; DWIGHT, M. P. Team handball. Steps to Success. Champaign: Human Kinetics, 1997. 
p. 35. Adaptado.
Figura 12
CLANTON, R. E.; DWIGHT, M. P. Team handball. Steps to Success. Champaign: Human Kinetics, 1997. 
p. 42.
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Figura 13
CLANTON, R. E.; DWIGHT, M. P. Team handball. Steps to Success. Champaign: Human Kinetics, 1997. 
p. 43.
Figura 14
CLANTON, R. E.; DWIGHT, M. P. Team handball. Steps to Success. Champaign: Human Kinetics, 1997. 
p. 45. Adaptado.
Figura 15 
CLANTON, R. E.; DWIGHT, M. P. Team handball. Steps to Success. Champaign: Human Kinetics, 1997. 
p. 46. Adaptado.
Figura 16 
CLANTON, R. E.; DWIGHT, M. P. Team handball. Steps to Success. Champaign: Human Kinetics, 1997. 
p. 52.
Figura 17
CLANTON, R. E.; DWIGHT, M. P. Team handball.Steps to Success. Champaign: Human Kinetics, 1997. 
p. 48.
Figura 18
CLANTON, R. E.; DWIGHT, M. P. Team handball. Steps to Success. Champaign: Human Kinetics, 1997. 
p. 47.
Figura 19
CLANTON, R. E.; DWIGHT, M. P. Team handball. Steps to Success. Champaign: Human Kinetics, 1997. 
p. 50. Adaptado.
Figura 31
Grupo UNIP-Objetivo.
Figura 32
Grupo UNIP-Objetivo.
Figura 33
Grupo UNIP-Objetivo.
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Figura 34
Grupo UNIP-Objetivo.
Figura 35 
Grupo UNIP-Objetivo.
Figura 36
Grupo UNIP-Objetivo.
Figura 37
Grupo UNIP-Objetivo.
Figura 38
Grupo UNIP-Objetivo.
Figura 39
Grupo UNIP-Objetivo.
Figura 40
Grupo UNIP-Objetivo.
Figura 41
Grupo UNIP-Objetivo.
Figura 42
Grupo UNIP-Objetivo.
Figura 43
Grupo UNIP-Objetivo.
Figura 44
Grupo UNIP-Objetivo.
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Figura 45
Grupo UNIP-Objetivo.
Figura 69
THIENGO, C. R.; SILVA E. C. Avaliação da estatura e agilidade de crianças praticantes de futsal na 
categoria mirim. In: Caderno de Resumos do XXVII SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS DO 
ESPORTE. Atividade Física: da ciência básica para ação efetiva. São Paulo, 2004. p. 274.
Figura 70
THIENGO, C. R.; SILVA E. C. Avaliação da estatura e agilidade de crianças praticantes de futsal na 
categoria mirim. In: Caderno de Resumos do XXVII SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS DO 
ESPORTE. Atividade Física: da ciência básica para ação efetiva. São Paulo, 2004. p. 274.
REFERÊNCIAS
Audiovisuais
MENINAS de Ouro. Dir. Pedro Jorge. Brasil: Saravá Filmes; ESPN Brasil; Canal Azul, 2016. 80 minutos.
Textuais
ALBUQUERQUE, L. R. Handebol: da iniciação à preparação esportiva. Porto Alegre: Pucpress/Edipucrs, 2013.
BÁRCENAS GONZÁLEZ, D.; ROMÁN SECO, J. D. Balonmano: técnica y metodología. Madrid: Gymnos, 1991.
BARELA, J. A. Fundamentos de handebol: apostila didática. Unesp/Rio Claro: Departamento de 
Educação Física, 1998.
BAYER, C. O ensino dos desportos colectivos. Lisboa: Dinalivro, 1994.
___. Técnica del balonmano: la formación del jugador. Barcelona: Editorial Hispano Europea S. A., 1987.
BENTO, J. O. Desporto para crianças e jovens. In: GAYA, A. C.; MARQUES, A.; TANI, G. Desporto para 
crianças e jovens: razões e finalidades. Porto Alegre: Editora UFRGS, 2004.
CLANTON, R. E.; DWIGHT, M. P. Team handball. Steps to Success. Champaign: Human Kinetics, 1997.
DANELLO, M. Raça, Brasil: os bastidores da conquista inédita do mundial de handebol. Rio de Janeiro: 
BB, 2014.
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EHRET, A. et al. Manual de handebol: treinamento de base para crianças e adolescentes. São Paulo: 
Phorte, 2002.
FERNÁNDEZ, J. J. et al. Fundamentos técnico-táticos individuais no ataque. In: GRECO, P. J.; ROMERO, 
J. J. F. Manual de handebol: da iniciação ao alto nível. São Paulo: Phorte, 2012.
FERRONATO, P. A. M. Esportes coletivos com bola. In: SCARPATO, M. T. (Org.). Didática na prática: 
Educação Física – Como planejar aulas na Educação Básica. São Paulo: Avercamp, 2007.
GALLAHUE, D. L. Understanding Motor Development: infants, children, adolescents. 2. ed. Indianapolis: 
Benchmarck Press Inc., 1989.
GALLAHUE, D. L.; OZMUN, J. C. Compreendendo o desenvolvimento motor: bebês, crianças, 
adolescentes e adultos. São Paulo: Phorte, 2001.
GARCÍA CUESTA, J. et al. Balonmano 8. Comité Olímpico Español. Madrid: Federación Española 
de Balonmano, 1991.
GRECO, P. J. (Org.). Caderno do goleiro de handebol. Belo Horizonte: Impressão – Soluções 
Gráficas, 2002.
GRECO, P. J. (Org.): Iniciação esportiva universal: metodologia da iniciação tática. Belo Horizonte: 
Editora UFMG, 1998. v. 2.
GRECO, P. J.; BENDA, R. N. Iniciação esportiva universal I: da aprendizagem motora ao 
treinamento técnico. Belo Horizonte: UFMG, 1998.
GRECO, P. J.; ROMERO, J. J. F. Manual de handebol: da iniciação ao alto nível. São Paulo: 
Phorte, 2012.
KNIJNIK, J. D. O processo de institucionalização de uma modalidade esportiva dentro de um 
clube: o caso do handebol na Associação Brasileira Hebraica de São Paulo. Revista Mackenzie 
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KREBS, R. J. Da estimulação à especialização: primeiro esboço de uma teoria da especialização 
motora. Kinesis, Santa Maria, n. 9, jul./dez., p. 29-44, 1992.
KRÖGER, C.; ROTH, K. Escola da bola: um ABC para iniciantes nos jogos esportivos. São Paulo: 
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LISBOA, G. L. Fundamentos do handebol. Viçosa: Imprensa Universitária/UFV, 1983.
MANOEL, E. J. Desenvolvimento motor: implicações para a Educação Física escolar I. Revista 
Paulista de Educação Física, São Paulo, v. 8, n. 1, jan./jun., p. 82-97, 1994.
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MECCHIA, J. M. Estudo da contribuição do goleiro de handebol como último defensor e primeiro 
atacante. Dissertação (Mestrado) — Universidade de São Paulo, São Paulo, 1983. 95 p.
SIMÕES, A. C. Handebol defensivo: conceitos, técnicos e táticos. São Paulo: Phorte, 2002.
TENROLLER, C. Handebol: Teoria e prática. Rio de Janeiro: Sprint, 2004.
THIENGO, C. R.; SILVA E. C. Avaliação da estatura e agilidade de crianças praticantes de futsal na 
categoria mirim. In: Caderno de Resumos do XXVII SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS DO 
ESPORTE. Atividade Física: da ciência básica para ação efetiva. São Paulo, 2004. p. 274.
ZAMBERLAN, E. Handebol: escolar e de iniciação. Londrina: Treinamento Esportivo, 1999.
Informações:
www.sepi.unip.br ou 0800 010 9000

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