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Cronologia das teorias da administração

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Cronologia das teorias da administração
1903 Administração científica
1909 Teoria da burocracia
1916 Teoria clássica da administração
1932 Teoria das relações humanas
1947 Teoria estruturalista
1951 Teoria dos sistemas
1954 Teoria neoclássica da administração
1957 Teoria comportamental
1962 Desenvolvimento organizacional
1972 Teoria da contingência
1990 Novas abordagens
	Teoria geral de sistemas
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Teoria dos sistemas)
A teoria geral de sistemas (também conhecida pela sigla, T.G.S.) surgiu com os trabalhos do biólogo austríaco Ludwig von Bertalanffy, publicados entre 1950 e 1968.
A T.G.S. não busca solucionar problemas ou tentar soluções práticas, mas sim produzir teorias e formulações conceituais que possam criar condições de aplicação na realidade empírica. Os pressupostos básicos da T.G.S. são:
· Existe uma nítida tendência para a integração entre as ciências naturais e sociais;
· Essa integração parece orientar-se rumo a uma teoria dos sistemas;
· Essa teoria de sistemas pode ser uma maneira mais abrangente de estudar os campos não físicos do conhecimento científico, especialmente as ciências sociais;
· Essa teoria de sistemas, ao desenvolver princípios unificadores que atravessam verticalmente os universos particulares das diversas ciências envolvidas, aproxima-nos do objetivo da unidade da ciência;
· Isso pode levar a uma integração muito necessária da educação científica.
A importância da TGS é significativa tendo em vista a necessidade de se avaliar a organização como um todo e não somente em departamentos ou setores. O mais importante ou tanto quanto é a identificação do maior número de variáveis possíveis, externas e internas que, de alguma forma, influenciam em todo o processo existente na Organização. Outro fator também de significativa importância é o feedback que deve ser realizado ao planejamento de todo o processo.
Teoria dos sistemas começou a ser aplicada na Administração principalmente em função da necessidade de uma síntese e uma maior integração das teorias anteriores (Científicas e Relações Humanas, Estruturalista e Comportamental oriundas das Ciências Sociais) e da intensificação do uso da cibernética e da tecnologia da informação nas empresas.
Os sistemas vivos, sejam indivíduos ou organizações, são analisados como “sistema abertos”, mantendo um continuo intercâmbio de matéria/energia/informação com o ambiente. A Teoria de Sistema permite reconceituar os fenômenos em uma abordagem global, permitindo a inter-relação e integração de assuntos que são, na maioria das vezes, de natureza completamente diferentes.
Índice
  [esconder] 
· 1Histórico
· 2Conceito
· 3Conceitos fundamentais
· 4Pensamento
· 5Sistema
· 6Ambiente
· 7Sistemas abertos
· 8Sistemas fechados
· 9Sinergia/entropia
· 10Realimentações
· 11Teoria reducionista e teoria sistêmica
· 12Interdisciplinaridade
· 13Aplicações
· 14Ver também
· 15Bibliografia
Histórico[editar | editar código-fonte]
A teoria de sistemas, cujos primeiros enunciados datam de 1925, foi proposta em 1937 pelo biólogo Ludwig von Bertalanffy, tendo alcançado o seu auge de divulgação na década de 50. (ALVAREZ, 1990). Em 1956 Ross Ashby introduziu o conceito na ciência cibernética. A pesquisa de Von Bertalanffy foi baseada numa visão diferente do reducionismo científico até então aplicada pela ciência convencional. Dizem alguns que foi uma reação contra o reducionismo e uma tentativa para criar a unificação científica.
Conceito[editar | editar código-fonte]
O Sistema é um conjunto de partes interagentes e interdependentes que, conjuntamente, formam um todo unitário com determinado objetivo e efetuam determinada função (OLIVEIRA, 2002, p. 35).
Sistema pode ser definido como um conjunto de elementos interdependentes que interagem com objetivos comuns formando um todo, e onde cada um dos elementos componentes comporta-se, por sua vez, como um sistema cujo resultado é maior do que o resultado que as unidades poderiam ter se funcionassem independentemente. Qualquer conjunto de partes unidas entre si pode ser considerado um sistema, desde que as relações entre as partes e o comportamento do todo sejam o foco de atenção (ALVAREZ, 1990, p. 16).
Sistema é um conjunto de partes coordenadas e não relacionadas, formando um todo complexo ou unitário.
Conceitos fundamentais[editar | editar código-fonte]
· Entropia - todo sistema sofre deterioração;
· Sintropia, negentropia ou entropia negativa - para que o sistema continue existindo, tem que desenvolver forças contrárias à Entropia;
· Homeostase - capacidade do sistema manter o equilíbrio;
· Heterostase - toda vez que há uma ação imprópria (desgaste) do sistema, ele tende a se equilibrar. (OBS: O "estado de equilíbrio", segundo a lei da entropia, é um pouco diferente do que pode parecer pelo senso comum)
Para as ciências administrativas, o pensamento sistêmico é muito importante pois as organizações envolvem vários aspectos:
· Transformações físicas necessárias à fabricação dos produtos e prestação dos serviços;
· Comunicação entre os agentes e colaboradores para desenvolver, produzir e entregar o produto ou serviço atendendo as expectativas e necessidades do cliente;
· Envolvimento das pessoas para que elas se empenhem no processo cooperativo;
· Desenvolvimento de competências, habilidades e conhecimentos, para que as pessoas tenham condições de realizar o trabalho da maneira esperada;
· Por esses motivos, as organizações podem ser entendidas como sistemas abertos.
Pensamento[editar | editar código-fonte]
A ciência do século passado adotava a mecânica clássica como modelo do pensamento científico. Isso equivale a pensar nas coisas como mecanismos e sistemas fechados. A ciência de nossos dias adota o organismo vivo como modelo, o que equivale a pensar em sistemas abertos.
Sistema[editar | editar código-fonte]
O sistema consiste em uma sistemática fatorial em grupos de influência de ações que fundamentam a Teoria Sistemática Geral.
Ambiente[editar | editar código-fonte]
O ambiente de um sistema é um conjunto de elementos que não fazem parte do sistema, mas que podem produzir mudanças no estado do sistema.
Sistemas abertos[editar | editar código-fonte]
Basicamente, a teoria de sistemas afirma que estes são abertos e sofrem interações com o ambiente onde estão inseridos. Desta forma, a interação gera realimentações que podem ser positivas ou negativas, criando assim uma auto regulação regenerativa, que por sua vez cria novas propriedades que podem ser benéficas ou maléficas para o todo independente das partes. Toda organização é um sistema aberto. A empresa é caracterizada como um Sistema Aberto, pois sofre interações e flutuações de seu ambiente interno (departamentos, processos, recursos humanos etc.) e do ambiente externo (economia, política, meio ambiente etc.).
Sistemas fechados[editar | editar código-fonte]
Esses sistemas são aqueles que não sofrem influência do meio ambiente no qual estão inseridos, de tal forma que ele se alimenta dele mesmo. A entropia apenas se mantém constante nos sistemas isolados.
Sinergia/entropia[editar | editar código-fonte]
Embora seja possível tentar entender o funcionamento de um carro só olhando as suas partes separadamente, o observador talvez não consiga compreender o que é um carro só olhando suas peças. É preciso entender de que forma as diferentes partes do sistema interagem. Essa interação dos elementos do sistema é chamada de sinergia. A sinergia é o que possibilita um sistema funcionar adequadamente.
Por outro lado a entropia (conceito da física) é a desordem ou ausência de sinergia. Um sistema pára de funcionar adequadamente quando ocorre entropia interna.
Realimentações[editar | editar código-fonte]
Os organismos (ou sistemas orgânicos) em que as alterações benéficas são absorvidas e aproveitadas sobrevivem, e os sistemas onde as qualidades maléficas ao todo resultam em dificuldade de sobrevivência, tendem a desaparecer caso não haja outra alteração de contrabalanço que neutralize aquela primeira mutação. Assim,de acordo com Ludwig von Bertalanffy, a evolução permanece ininterrupta enquanto os sistemas se autorregulam.
Um sistema realimentado é necessariamente um sistema dinâmico, já que deve haver uma causalidade implícita. Em um ciclo de retroação uma saída é capaz de alterar a entrada que a gerou, e, consequentemente, a si própria. Se o sistema fosse instantâneo, essa alteração implicaria uma desigualdade. Portanto em uma malha de realimentação deve haver um certo retardo na resposta dinâmica. Esse retardo ocorre devido à uma tendência do sistema de manter o estado atual mesmo com variações bruscas na entrada. Isto é, ele deve possuir uma tendência de resistência a mudanças.
Teoria reducionista e teoria sistêmica[editar | editar código-fonte]
Segundo a teoria de sistemas, ao invés de se reduzir uma entidade (um animal, por exemplo.) para o estudo individual das propriedades de suas partes ou elementos (órgãos ou células), se deve focalizar no arranjo do todo, ou seja, nas relações entre as partes que se interconectam e interagem orgânica e estatisticamente.
Uma organização realimentada e auto gerenciada, gera assim um sistema cujo funcionamento é independente da substância concreta dos elementos que a formam, pois estes podem ser substituídos sem dano ao todo, isto é, a auto-regulação onde o todo assume as tarefas da parte que falhou. Portanto, ao fazermos o estudo de sistemas que funcionam desta forma, não conseguiremos detectar o comportamento do todo em função das partes. Exemplos são as partículas de determinado elemento cujo comportamento individual, embora previsto, não poderá nos indicar a posição ou movimentação do todo.
Interdisciplinaridade[editar | editar código-fonte]
Em biologia temos nas células um exemplo, pois não importa quão profundo o estudo individual de um neurônio do cérebro humano, este jamais indicará o estado de uma estrutura de pensamento, se for estirpado, ou morrer, também não alterará o funcionamento do cérebro. Uma área emergente da biologia molecular moderna que se utiliza bastante dos conceitos da Teoria de Sistemas é a Biologia Sistêmica.
Em eletrônica, um transistor numa central telefônica digital, jamais nos dará informações sobre o sistema, embora sua falha possa causar algum tipo de alteração na rede. Nas modernas centrais, os sinais remetidos a si serão automaticamente desviados para outro circuito.
Em Sociologia, a movimentação histórica de uma determinada massa humana, por mais que analisemos o comportamento de um determinado indivíduo isoladamente, jamais conseguiremos prever a condição do todo numa população. Os mesmos conceitos e princípios que orientam uma organização no ponto de vista sistêmico, estão em todas as disciplinas, físicas, biológicas, tecnológicas, sociológicas, etc. provendo uma base para a sua unificação.
Além dos exemplos citados, podemos observar a ação sistêmica no meio-ambiente, na produção industrial automatizada, em controles e processos, na teoria da informação, entre outros.
Aplicações[editar | editar código-fonte]
Na teorização matemática surgiu o desenvolvimento da isomorfia entre os modelos de circuitos elétricos e outros sistemas. As aplicações da teoria de sistemas abrangem o desenvolvimento de todos os ramos da ciência. Alguns exemplos são: engenharia, computação, ecologia, administração, psicoterapia familiar, termodinâmica, dinâmica caótica, vida artificial, inteligência artificial, redes neurais, modelagem, simulação computacional, jogos desportivos colectivos e turismo entre outras.
Behaviorismo (em inglês: Behaviorism, de behavior = comportamento, conduta), também designado de comportamentalismo, ou às vezes comportamentismoPB, é o conjunto das teorias psicológicas que postulam o comportamento como o mais adequado objeto de estudo da Psicologia. Tais teorias psicológicas, ou ao menos parte delas, influenciaram a fundação da comportamentologia (behaviorology), ciência independente da psicologia. Os campos de conhecimento conhecidos como análise do comportamento e comportamentologia podem ser considerados como vanguarda das tradições sob o rótulo "behaviorismo", atualmente em disputa pelo título de "a ciência do comportamento".
O comportamento é definido por meio de unidades analíticas, como respostas e estímulos, e investigado por meio de diferentes métodos, dentre os quais destacam-se:
· a observação do comportamento em ambiente experimentalmente controlado,
· a observação do comportamento em ambiente natural e
· a interpretação de relações comportamentais orientada por evidências empíricas.
Historicamente, a observação e descrição do comportamento fizeram oposição ao uso do método de introspecção.
Índice
  [esconder] 
· 1Precedentes e fundação
· 2Tipos de behaviorismo
· 2.1Behaviorismo clássico
· 2.2Neobehaviorismo mediacional
· 2.2.1Edward C. Tolman
· 2.2.2Clark L. Hull
· 2.3Behaviorismo filosófico
· 2.4Behaviorismo metodológico
· 2.4.1Como utilizado por Skinner
· 2.4.2Como utilizado por Watson
· 2.5Behaviorismo radical
· 2.6Comportamentologia
· 3Críticas dos filósofos de Stanford (The Metaphysics Research Lab)
· 4Críticas de Noam Chomsky
· 5Behavioristas famosos
· 6Ver também
· 7Referências
· 8Ligações externas
Precedentes e fundação[editar | editar código-fonte]
Ivan P. Pavlov
Como precedentes do comportamentismo podem ser considerados os fisiólogos russos Vladimir Mikhailovich Bechterev[1] e Ivan Petrovich Pavlov[2]. Bechterev, grande estudioso de neurologia e psicofisiologia, foi o primeiro a propor uma Psicologia cuja pesquisa se baseia no comportamento, em sua Psicologia Objetiva[1]. Pavlov, por sua vez, foi o primeiro a propor o modelo de condicionamento do comportamento conhecido como reflexo condicionado, e tornou-se conceituado com suas experiências de condicionamento com cães. Sua obra inspirou a publicação, em 1913, do artigo Psychology as the Behaviorist views it[3], de John B. Watson. Este artigo apresenta uma contraposição à tendência até então mentalista (isto é, internalista, focada nos processos psicologicos internos, como memória ou emoção) da Psicologia do início do século XX, além de ser o primeiro texto a usar o termo "behaviorismo". Também é o primeiro artigo da vertente denominada "behaviorismo clássico".
Tipos de behaviorismo[editar | editar código-fonte]
Não há acordo amplamente e rigorosamente aceito sobre a presente classificação. Em outras palavras, o trabalho de classificação da diversidade de versões que o termo behaviorismo pode reunir, respeitando-se os fatos históricos e a tradição de revisão por pares no contexto científico, ainda está por ser feito.
Behaviorismo clássico[editar | editar código-fonte]
O "behaviorismo clássico" (também conhecido como "behaviorismo watsoniano", menos comumente "Psicologia S-R" e "Psicologia da Contração Muscular"[4]) apresenta a Psicologia como um ramo puramente objetivo e experimental das ciências naturais. A finalidade da Psicologia seria, então, prever e controlar o comportamento de todo e qualquer indivíduo.
A proposta de Watson era abandonar, ao menos provisoriamente, o estudo dos processos mentais, como pensamento ou sentimentos, mudando o foco da Psicologia, até então mentalista, para o comportamento observável[4]. Para Watson, a pesquisa dos processos mentais era pouco produtiva, de modo que seria conveniente concentrar-se no que é observável, o comportamento. No caso, comportamento seria qualquer mudança observada, em um organismo, que fossem consequência de algum estímulo ambiental anterior, especialmente alterações nos sistemas glandular e motor. Por esta ênfase no movimento muscular, alguns autores referem-se ao "behaviorismo clássico" como "Psicologia da Contração Muscular"[4].
O behaviorismo clássico partia do princípio de que o comportamento era modelado pelo paradigma pavloviano de estímulo e resposta conhecido como condicionamento clássico. Em outras palavras, para o behaviorista clássico, um comportamento é sempre uma resposta a um estímulo específico. Esta proposta viria a ser superada por comportamentalistas posteriores, porém. Ocorrede se referirem ao comportamentismo clássico como Psicologia S-R (sendo S-R a sigla de Stimulus-Response (estímulo-resposta), em inglês).
É importante notar, porém, que Watson em momento algum nega a existência de processos mentais. Para Watson, o problema no uso destes conceitos não é tanto o conceito em si, mas a inviabilidade de, à época, poder analisar os processos mentais de maneira objetiva. De fato, Watson não propôs que os processos mentais não existam, mas sim que seu estudo fosse abandonado, mesmo que provisoriamente, em favor do estudo do comportamento observável. Uma vez que, para Watson, os processos mentais devem ser ignorados por uma questão de método (e não porque não existissem), o comportamentismo clássico também ficou conhecido pela alcunha de "behaviorismo metodológico".
Watson era um defensor da importância do meio na construção e desenvolvimento do indivíduo. Ele acreditava que todo comportamento era consequência da influência do meio, a ponto de afirmar que, dado algumas crianças recém-nascidas arbitrárias e um ambiente totalmente controlado, seria possível determinar qual a profissão e o caráter de cada uma delas. Embora não tenha executado algum experimento do tipo, por razões óbvias, Watson executou o clássico e controvertido experimento do Pequeno Albert, demonstrando o condicionamento dos sentimentos humanos através do condicionamento responsivo.
Neobehaviorismo mediacional[editar | editar código-fonte]
O behaviorismo clássico postulava que todo comportamento poderia ser modelado por conexões S-R (Estímulo-Resposta); entretanto, vários comportamentos não puderam ser modelados desta maneira. Em resposta a isso, vários psicólogos propuseram modelos behavioristas diferentes em complemento ao behaviorismo watsoniano. Destes podemos destacar Edward C. Tolman, primeiro psicólogo do comportamentalismo tradicionalmente chamado Neobehaviorismo Mediacional.
Edward C. Tolman[editar | editar código-fonte]
Tolman publicou, em 1932, o livro Purposive Behavior in Animal and Men.[5] Nessa obra, Tolman propõe um novo modelo behaviorista baseando-se em alguns princípios dissoantes perante a teoria watsoriana. Esse modelo apresentava um esquema S-O-R (estímulo-organismo-resposta) onde, entre o estímulo e a resposta, o organismo passa por eventos mediacionais, que Tolman chama de variáveis intervenientes (em oposição às variáveis independentes, i. e. os estímulos, e às variáveis dependentes, i. e. as respostas). As variáveis intervenientes seriam, então, um componente do processo comportamental que conectaria os estímulos e as respostas, sendo os eventos mediacionais processos internos.
Baseado nesses princípios, Toolman apresenta uma teoria do processo de aprendizagem sustentada pelo conceito de mapas cognitivos, i. e., relações estímulo-estímulo, ou S-S, formadas nos cérebros dos organismos. Essas relações S-S gerariam expectativas no organismo, fazendo com que ele adote comportamentos diferentes e mais ou menos previsíveis para diversos conjuntos de estímulos. Esses mapas seriam construídos através do relacionamento do organismo com o meio, quando observa a relação entre vários estímulos. Os processos internos que permitem a criação de um mapa mental entre um estímulo e outro são usualmente chamados gestalt-sinais.
Como se vê, Toolman aceitava os processos mentais, assim como Watson, mas, ao contrário desse, efetivamente os utilizava no estudo do comportamento. O próprio Tolman viria a declarar que sua proposta behaviorista seria uma reescrita da Psicologia mentalista em termos comportamentalistas. Tolman também acreditava no caráter intencional do comportamento: para ele, todo comportamento visa alcançar algum objetivo do organismo, e o organismo persiste no comportamento até o objetivo ser alcançado. Por essas duas características de sua teoria (aceitação dos processos mentais e proposição da intencionalidade do comportamento como objeto de estudo), Tolman é considerado um precursor da psicologia cognitiva.
Clark L. Hull[editar | editar código-fonte]
Em 1943, a publicação, por Clark L. Hull, do livro Principles of Behavior marca o surgimento de um novo pensamento comportamentalista, ainda baseada o paradigma S-O-R, que viria a se opor ao behaviorismo de Tolman.
Hull, assim como Tolman, defendia a ideia de uma análise do comportamento baseada na ideia de variáveis mediacionais; entretanto, para Hull, essas variáveis mediacionais eram caracterizadamente intra-organísmicas, i. e., neurofisiológicas. Esse é o principal ponto de discordância entre os dois autores: enquanto Tolman efetivamente trabalhava com conceitos mentalistas como memória, cognição etc., Hull rejeitava os conceitos cognitivistas em nome de variáveis mediacionais neurofisiológicas.
Em seus debates, Tolman e Hull evidenciavam dois dos principais aspectos das escolas da análise do comportamento. De um lado, Tolman adotava a abordagem dualista watsoniana, onde o indivíduo é dividido entre corpo e mente (embora assumindo-se que o estudo da mente não possa ser feito diretamente); de outro, Hull, embora mediacionista, adota uma posição monista, onde o organismo é puramente neurofisiológico.
Behaviorismo filosófico[editar | editar código-fonte]
O behaviorismo filosófico (também chamado behaviorismo analítico e behaviorismo lógico[6]) consiste na teoria analítica que trata do sentido e da semântica das estruturas de pensamento e dos conceitos. Defende que a ideia de estado mental, ou disposição mental, é, na verdade, a ideia de disposição comportamental ou tendências comportamentais. Afirmações sobre o que se denomina estados mentais seriam, então, apenas descrições de comportamentos, ou padrões de comportamentos em toda a familia romana. Nesta concepção, são analisados os estados mentais intencionais e representativos. Esta linha de pensamento fundamenta-se basicamente nos postulados de Ryle e Wittgenstein[6].
Behaviorismo metodológico[editar | editar código-fonte]
Ver artigo principal: Behaviorismo metodológico
Na literatura científica, os behaviorismos metodológico e radical tem sido comparados não apenas a respeito de suas considerações, ou falta delas, sobre eventos psicológicos privados, mas também a respeito de seus critérios de cientificidade [7].
Como utilizado por Skinner[editar | editar código-fonte]
Como um qualificador de ciência, o termo "metodológico" foi primeiramente utilizado por B. F. Skinner, em 1945, para se referir a proposta de ciência do comportamento dos positivistas lógicos, ou neopositivistas, que tiveram grande influência nas ideias dos behavioristas norte-americanos da primeira metade do século XX. No artigo "The operational analysis of psychological terms[8]" (Análise operacional de termos psicólogicos), por exemplo, embora não constem referências diretas ao autor, as críticas de Skinner se referiam possivelmente às considerações de Stanley Smith Stevens, em seu artigo "Psychology and the science of science[9]" de 1939.
"The superiority of the behavioral hypothesis is not merely methodological."
"A superioridade da hipótese behaviorista não é meramente metodológica."
Skinner (1945).
O "behaviorismo meramente metodológico" de S. S. Stevens entende o comportamento apenas como respostas públicas dos organismos. A questão da observabilidade é central. Somente eventos diretamente observáveis e replicáveis seriam admitidos para tratamento por uma ciência, inclusive uma ciência do comportamento. Essa admissão decorre apenas por uma questão de acessibilidade, ou seja, não seria possível uma ciência de eventos privados simplesmente por eles serem desta ordem, privados. Essa visão, chamada de "behaviorismo meramente metodológico" por Skinner, se distancia de sua visão behaviorista radical que inclui os eventos privados no escopo das ciências do comportamento e a interpretação como método legítimo.
Como utilizado por Watson[editar | editar código-fonte]
J. B. Watson nunca utilizou o termo "behaviorismo meramente metodológico" tal como B. F Skinner. Aliás, B. F. Skinner também nunca se referiu a J. B. Watsoncomo um "behaviorista meramente metodológico". Note, entretanto, que J. B. Watson tem sido classificado como um "behaviorista metodológico" por pesquisadores brasileiros, norte americanos e europeus em um sentido diferente daquele utilizado por Skinner. Tal classificação possivelmente decorreu da decisão de J. B. Watson, em seu "Manifesto Behaviorista", de priorizar métodos experimentais não introspectivos ao estudar o comportamento.
Behaviorismo radical[editar | editar código-fonte]
Ver artigo principal: Behaviorismo radical
Como resposta às correntes internalistas do comportamentalismo e inspirado pelo behaviorismo filosófico, Burrhus F. Skinner publicou, em 1953, o livro Science and Human Behavior. A publicação desse livro marca o início da corrente comportamentalista conhecida como behaviorismo radical.
O behaviorismo radical foi desenvolvido não como um campo de pesquisa experimental, mas sim uma proposta de filosofia sobre o comportamento humano. As pesquisas experimentais constituem a Análise Experimental do Comportamento, enquanto as aplicações práticas fazem parte da Análise Aplicada do Comportamento. O behaviorismo radical seria uma filosofia da ciência do comportamento. Skinner foi fortemente anti-mentalista, ou seja, considerava não pragmáticas as noções "internalistas" (entidades "mentais" como origem do comportamento, sejam elas entendidas como cognição, id-ego-superego, inconsciente coletivo, etc.) que permeiam as diversas teorias psicológicas existentes. Skinner jamais negou em sua teoria a existência dos processos mentais (eles são entendidos como comportamento), mas afirma ser improdutivo buscar nessas variáveis a origem das ações humanas, ou seja, os eventos mentais não causam o comportamento das pessoas, os eventos mentais são comportamentos e são de natureza física. A análise de um comportamento (seja ele cognitivo, emocional ou motor) deve envolver, além das respostas em questão, o contexto em que ele ocorre e os eventos que seguem as respostas. Tal posição evidentemente opunha-se à visão watsoniana do behaviorismo, pela qual a principal razão para não se estudar fenômenos não fisiológicos seria apenas a limitação do método, não a efetiva inexistência de tais fenômenos de natureza diferente da física. O behaviorismo skinneriano também se opunha aos neobehaviorismos mediacionais, negando a relevância científica de variáveis mediacionais: para Skinner, o homem é uma entidade única, uniforme, em oposição ao homem "composto" de corpo e mente, ou seja, a visão de homem é a visão monista.
Skinner desenvolveu os princípios do condicionamento operante e a sistematização do modelo de seleção por consequências para explicar o comportamento. O condicionamento operante segue o modelo Sd-R-Sr, onde um primeiro estímulo Sd, dito estímulo discriminativo, aumenta a probabilidade de ocorrência de uma resposta R. A diferença em relação aos paradigmas S-R e S-O-R é que, no modelo Sd-R-Sr, o condicionamento ocorre se, após a resposta R, segue-se um estímulo reforçador Sr, que pode ser um reforço (positivo ou negativo) que "estimule" o comportamento (aumente sua probabilidade de ocorrência), ou uma punição (positiva ou negativa) que iniba o comportamento em situações semelhantes posteriores.
O condicionamento operante difere do condicionamento respondente de Pavlov e Watson porque, no comportamento operante, o comportamento é condicionado não por associação reflexa entre estímulo e resposta, mas sim pela probabilidade de um estímulo se seguir à resposta condicionada. Quando um comportamento é seguido da apresentação de um reforço positivo ou negativo, aquela resposta tem maior probabilidade de se repetir com a mesma função; do mesmo modo, quando o comportamento é seguido por uma punição (positiva ou negativa), a resposta tem menor probabilidade de ocorrer posteriormente. O behaviorismo radical se propõe a explicar o comportamento animal através do modelo de seleção por consequências. Desse modo, o behaviorismo radical propõe um modelo de condicionamento não-linear e probabilístico, em oposição ao modelo linear e reflexo das teorias precedentes do comportamentalismo. Para Skinner, a maior parte dos comportamentos humanos são condicionados dessa maneira operante.
Para Skinner, os comportamentos são selecionados através de três níveis de seleção. Os componentes da mesma são:
1. Nível filogenético: que corresponde aos aspectos biológicos da espécie e da hereditariedade do indivíduo;
2. Nível ontogenético: que corresponde a toda a história de vida do indivíduo;
3. Nível cultural: os aspectos culturais que influenciam a conduta humana.
Através da interação desses três níveis (onde nenhum deles possui um status superior a outro) os comportamentos são selecionados. Para Skinner, o ser humano é um ser ativo, que opera no ambiente, provocando modificações nele, modificações essas que retroagem sobre o sujeito, modificando seus padrões comportamentais.
Apesar de ter sido e ainda ser bastante criticado, muitos dos preconceitos em relação às ideias de Skinner são, na verdade, fruto do desconhecimento de quem critica. Muitas das críticas feitas ao behaviorismo radical são, na verdade, críticas ao behaviorismo de Watson. Mesmo autores que ficaram amplamente conhecidos por suas críticas, como Chomsky em A Review on Skinner's Verbal Behavior, pouco conheciam acerca da abordagem e, com isso, cometeram diversos erros. A crítica de Chomsky já foi respondida por Kenneth MacCorquodale em On Chomsky's Review of Skinner's Verbal Behavior.
O behaviorismo skinneriano, hoje em dia, é o mais popular, se não o único, behaviorismo ainda vivo. A ABAI (Association for Behavior Analysis International) possui cerca de 13 500 membros no mundo inteiro (lembrando que isso nem de longe corresponde ao número real) e cresce cerca de 6.5% ao ano, o que desmente a alegação comum que o behaviorismo está morto.
Comportamentologia[editar | editar código-fonte]
A comportamentologia faz referência à ciência do comportamento mantida pelo The International Behaviorology Institute, LTD. (TIBI). A comportamentologia é:
· A ciência da natureza humana e do comportamento humano.
· Uma ciência natural de porque o comportamento humano ocorre.
· Uma ciência natural que ajuda a construir uma sociedade sustentável em tempo hábil
B. F. Skinner se posicionou a respeito de tal ciência ainda em vida. Esse posicionamento pode ser conferido por meio de sua correspondência[10] com o professor J. D. Ulman.
A comportamentologia se apresenta como uma ciência independente da psicologia. A análise do comportamento, diferentemente, se apresenta como uma ciência ou especialidade dentro do campo da psicologia.
Críticas dos filósofos de Stanford (The Metaphysics Research Lab)[editar | editar código-fonte]
Críticas foram construidas pelo The Metaphysics Research Lab, e integram o The Stanford Encyclopedia of Philosophy[11][12], enciclopédia on-line, iniciada em 2000. Tais críticas, note, expressam exclusivamente a opinião dos autores e foram baseadas em reflexões filosóficas cujos critérios atendem ao requisitos das políticas editoriais do Editor Chefe e Editores Associados (http://plato.stanford.edu/info.html), sejam aquelas a favor de um postura filosófica behaviorista (http://plato.stanford.edu/entries/behaviorism/#5), sejam aquelas contra uma postura filosófica behaviorista (http://plato.stanford.edu/entries/behaviorism/#7) nos moldes definidos por seus respectivos autores.
Críticas de Noam Chomsky[editar | editar código-fonte]
Noam Chomsky foi um crítico do behaviorismo (http://chomsky.info/1967____/), e apresentou uma suposta limitação do comportamentalismo para modelar a linguagem, especialmente a aprendizagem. O behaviorismo não pode, segundo Chomsky, explicar bem fenômenos linguísticos como a rápida apreensão da linguagem por crianças pequenas[12]. Chomsky afirmava que, para um indivíduo responder a uma questão com uma frase, ele teria de escolher dentre um número virtualmente infinito de frases qual usar, e essa habilidade não era alcançada perante o constantereforçamento do uso de cada uma das frases. O poder de comunicação do ser humano, segundo Chomsky, seria resultado de ferramentas cognitivas gramaticais inatas[12].
Behavioristas famosos[editar | editar código-fonte]
Diversos cientistas e pensadores alinharam-se com ou influenciaram significativamente o behaviorismo. Desses, podemos destacar:
· Ivan Pavlov
· Edward C. Tolman
· Clark L. Hull
· Burrhus Frederic Skinner
· Conwy Lloyd Morgan
· J.R. Kantor
· John Broadus Watson
· Joseph Wolpe
· Albert Bandura
A influência behaviorista também pode ser encontrada em filósofos conceituados, como:
· Ludwig Wittgenstein
· Gilbert Ryle

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