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1 
 
 
FERRAMENTAS DE ANÁLISE DO COMPORTAMENTO 
1 
 
 
 SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................ 3 
2. O BEHAVIORISMO ................................................................................. 5 
2.1 Behaviorismo Radical .............................................................................. 7 
2.2 Behaviorismo Filosófico ......................................................................... 11 
2.3 Contribuições do Behaviorismo ............................................................. 13 
3. CONDICIONAMENTO OPERANTE ...................................................... 15 
3.1 A História do Condicionamento Operante .............................................. 16 
3.2 Tipos de Comportamentos ..................................................................... 18 
4. ANÁLISE EXPERIMENTAL DO COMPORTAMENTO ......................... 22 
4.1 O comportamento neste sistema conceitual .......................................... 23 
5. ABA – ANÁLISE APLICADA DO COMPORTAMENTO ....................... 26 
CONCLUSÃO .................................................................................................. 29 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ..................................................................... 30 
 
2 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de 
empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de 
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como 
entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a 
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua 
formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, 
científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o 
saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
A Análise do Comportamento é uma abordagem da psicologia que tem 
como objeto de estudo o comportamento humano. Ela pode ser dividida em três 
subáreas interligadas: (1) o Behaviorismo Radical, uma proposta de filosofia da 
ciência que fundamenta as noções de conhecimento - sua possibilidade e 
validade, objeto de estudo e método de investigação da Análise do 
Comportamento; (2) a Análise Experimental do Comportamento, o braço 
empírico ou campo de estudos no qual se testam e se comprovam hipóteses 
sobre as condições nas quais o comportamento ocorre, utilizando-se de 
circunstâncias experimentais controladas, em que se manipulam variáveis 
independentes (mudanças no ambiente) e observam-se os efeitos sobre as 
variáveis dependentes (mudanças no comportamento); (3) a Análise Aplicada do 
Comportamento, o campo de intervenção planejada dos analistas do 
comportamento, incluindo tanto as práticas profissionais mais tradicionais, como 
intervenção clínica, escolar, organizacional, hospitalar etc, como qualquer outra 
intervenção que se faça necessária, isto é, onde exista comportamento humano 
a ser explicado e modificado. 
A Análise do Comportamento baseia-se nos fundamentos filosóficos do 
behaviorismo radical. O behaviorismo radical é uma corrente filosófica criada 
pelo psicólogo americano B. F. Skinner. Insere-se como uma proposta 
alternativa dentro do quadro maior do movimento behaviorista do século XX, 
iniciado em 1913, com a publicação do manifesto "A psicologia Como o 
Behaviorista a Vê", de John B. Watson. 
O behaviorismo (neologismo que significa "comportamentalismo" - do 
inglês "behavior", comportamento) é uma filosofia da psicologia, isto é, uma 
proposta de delimitação do objeto de estudo e método pertinentes a toda 
investigação psicológica. O objeto de estudo do behaviorista é o comportamento. 
O manifesto de 1913 esclarece a intenção do movimento behaviorista no início 
do século XX, ao proclamar uma psicologia baseada em procedimentos 
experimentais puramente objetivos, próprios de uma ciência natural, que sirvam 
ao propósito de controle do comportamento, o que implica rejeitar o interesse 
pelos aspectos comportamentais que não estejam em condição de manipulação 
e observação direta pela comunidade (a exemplo do sentir e pensar). 
4 
 
 
Em sua versão skinneriana, também chamada "radical" (no sentido 
etimológico da palavra "raiz", que origina do latim "radix", básico, fundamental), 
o behaviorismo admite como objeto de estudo, sob a insígnia "comportamento", 
tudo aquilo que o organismo faz, incluindo pensar, lembrar, imaginar, sentir etc. 
O "radical" do behaviorismo skinneriano é a busca da raiz de qualquer assunto 
psicológico, isto é, a identificação das condições que tornam possível a 
experiência subjetiva, o que implica especificar a relação estabelecida entre as 
ações do indivíduo e seu meio físico e social. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
 
2. O BEHAVIORISMO 
 
 Do termo inglês behaviour ou do americano behavior, significando 
conduta, comportamento – é um conceito generalizado que engloba as mais 
paradoxais teorias sobre o comportamento, dentro da Psicologia. Estas linhas 
de pensamento só têm em comum o interesse por este tema e a certeza de que 
é possível criar uma ciência que o estude, pois suas concepções são as mais 
divergentes, inclusive no que diz respeito ao significado da palavra 
‘comportamento’. Os ramos principais desta teoria são o Behaviorismo 
Metodológico e o Behaviorismo Radical. 
Esta teoria teve início em 1913, com um manifesto criado por John B. 
Watson – “A Psicologia como um comportamentista a vê". Nele o autor defende 
que a psicologia não deveria estudar processos internos da mente, mas sim o 
comportamento, pois este é visível e, portanto, passível de observação por uma 
ciência positivista. Nesta época vigorava o modelo behaviorista de S-R, ou seja, 
de resposta a um estímulo, motor gerador do comportamento humano. Watson 
é conhecido como o pai do Behaviorismo Metodológico ou Clássico, que crê ser 
possível prever e controlar toda a conduta humana, com base no estudo do meio 
em que o indivíduo vive e nas teorias do russo Ivan Pavlov sobre o 
condicionamento – a conhecida experiência com o cachorro, que saliva ao ver 
6 
 
 
comida, mas também ao mínimo sinal, som ou gesto que lembre a chegada de 
sua refeição. 
Assim, qualquer modificação orgânica resultante de um estímulo do meio-
ambiente pode provocar as manifestações do comportamento, principalmente 
mudanças no sistema glandular e também no motor. Mas nem toda conduta 
individual pode ser detectada seguindo-se esse modelo teórico, daí a geração 
de outras teses. Eduard C. Tolman propõe o Neobehaviorismo Mediacional ao 
publicar, em 1932, sua obra Purposive behavior in animal and men. Na sua 
teoria, o organismo trabalha como mediador entre o estímulo e a resposta, ou 
seja, ele atravessa etapas que Tolman denomina de variáveis intervenientes - 
elos conectivos entre estímulos e respostas -, estas sim consideradas ações 
internas, conhecidas como gestalt-sinais. 
Esta linha de pensamento conduz a uma tese sobre o sistema 
de aprendizagem, apoiada sobre mapas cognitivos – interações estímulo-
estímulo – gerados nos mecanismos cerebrais. Assim, para cada grupo de 
estímulos o indivíduo produz um comportamento diferente e, de certaforma, 
previsível. Tolman, ao contrário de Watson, vale-se dos processos mentais em 
suas pesquisas, reestruturando a linha mentalista através da simbologia 
comportamental. Ele via também no comportamento uma intencionalidade, um 
objetivo a ser alcançado, com traços de uma intensa persistência na perseguição 
desta meta. Por estas características presentes em sua teoria, este autor é 
considerado, portanto, um precursor da Psicologia Cognitiva. 
Skinner criou, na década de 40, o Behaviorismo Radical, como uma 
proposta filosófica sobre o comportamento do homem. Ele foi radicalmente 
contra causas internas, ou seja, mentais, para explicar a conduta humana e 
negou também a realidade e a atuação dos elementos cognitivos, opondo-se à 
concepção de Watson, que só não estendia seus estudos aos fenômenos 
mentais pelas limitações da metodologia, não por eles serem irreais. Skinner 
recusa-se igualmente a crer na existência das variáveis mediacionais de Tolman. 
Em resumo, ele acredita que o indivíduo é um ser único, homogêneo, não um 
todo constituído de corpo e mente. 
O behaviorismo filosófico é uma teoria que se preocupa com o sentido dos 
pensamentos e das concepções, baseado na idéia de que estado mental e 
tendências de comportamento são equivalentes, melhor dizendo, as exposições 
7 
 
 
dos modos de ser da mente humana é semelhante às descrições de padrões 
comportamentais. Esta linha teórica analisa as condições intencionais da mente, 
seguindo os princípios de Ryle e Wittgenstein. O behaviorismo não ocupa mais 
um espaço predominante na Psicologia, embora ainda seja um tanto influente 
nesta esfera. O desenvolvimento das Neurociências, que ajuda a compreender 
melhor, hoje, o que ocorre na mente humana em seus processos internos, aliado 
à perda de prestígio dos estímulos como causas para a conduta humana, e 
somado às críticas de estudiosos renomados como Noam Chomsky, o qual 
alega que esta teoria não é suficiente para explicar fenômenos da linguagem e 
da aprendizagem, levam o Behaviorismo a perder espaço entre as teorias 
psicológicas dominantes. 
 
2.1 Behaviorismo Radical 
 
Figura 1: Behaviorismo Radical. 
 
 Fonte: (SKINNER, 1978). 
 
Em 1945, Burrhus Skinner publicou o livro “The Operational Analysis of 
Psychological Terms”, como uma tentativa de responder às correntes 
internalistas do comportamentalismo e também influenciado pelo behaviorismo 
8 
 
 
filosófico. Com a publicação desse livro foi marcada a origem da corrente 
comportamentalista denominada de behavorismo radical, que foi desenvolvido 
não como uma área de pesquisa experimental, mas como uma proposta de 
reflexão sobre o comportamento humano. A realização de pesquisas empíricas 
constitui o campo da análise experimental do comportamento, enquanto a 
implementação prática faz parte da análise aplicada do comportamento. Nesse 
sentido, o behaviorismo radical é uma filosofia da ciência do comportamento. 
Skinner era radicalmente anti-mentalista, uma vez que considerava não 
pragmáticas as noções internalistas (elementos mentais como origem do 
comportamento) que compõem as variadas teorias psicológicas existentes. 
Apesar disso, Skinner nunca negou em sua teoria a existência dos processos 
mentais, apenas defendeu que é improdutivo procurar nessas variáveis a 
motivação das atitudes humanas. 
Segundo o pensamento de Skinner ao se analisar um comportamento 
(cognitivo, emocional ou motor) é preciso considerar o contexto em que ele 
ocorre e os acontecimentos envolvidos nessa conduta. O behaviorismo 
skinneriano nega a importância científica de indicadores medicinais, uma vez 
que para Skinner o ser humano é uma entidade única e uniforme, opondo-se à 
idéia de homem como ser composto de corpo e mente, pois para ele não é 
possível dissociar ou distingruir elementos humanos. 
Os princípios do condicionamento operante foram elaborados por Skinner, 
além de ter sistematizado o modelo de seleção por consequências a fim de se 
explicar um comportamento. A teoria do condicionamento operante segue o 
princípio de que a ocorrência de um estímulo chamado de estímulo discriminativo 
aumenta a probabilidade de ocorrência de uma resposta, e após a resposta 
segue-se um estímulo reforçador, podendo ser um reforço (positivo ou negativo) 
que estimule o comportamento (aumentando sua probabilidade de ocorrência), 
ou uma punição que iniba a ocorrência do comportamento posteriormente em 
situações semelhantes. 
Além do exposto sobre o comportamento humano, o behaviorismo radical 
propõe-se a explicar o comportamento animal por meio do paradigma de seleção 
por consequências. O behaviorismo radical propõe, dessa forma, um paradigma 
de condicionamento não-linear e estatístico, em oposição ao paradigma linear e 
reflexo das linhas teóricas precedentes do comportamentalismo. Em suma, 
9 
 
 
Skinner defende que a maioria dos comportamentos humanos são 
condicionados de modo operante 
 
Figura 2: Behaviorismo. 
Fonte: (SKINNER, 1978). 
 
Figura 3: Reforço e Punição. 
10 
 
 
 
 Fonte: (SKINNER, 1978). 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
2.2 Behaviorismo Filosófico 
 
O Behaviorismo Filosófico, ou ainda denominado como Behaviorismo 
Lógico ou Behaviorismo Analítico consiste em uma teoria analítica que estuda o 
sentido e da semântica dos conceitos e das estruturas cognitivas. 
Essa linha filosófica, fundamentada principalmente nos estudos de 
Wittgenstein e Ryle, defende que a concepção de estado mental ou disposição 
mental é, na realidade, a concepção de disposição comportamental ou 
tendências comportamentais. Desse modo, relaciona diretamente o pensar e o 
agir, ao estabelecer esse vínculo entre o metal e o comportamental. Ao se tentar 
definir o que é um estado mental, se está realizando uma descrição de 
comportamentos, ou modelos de comportamento, nesse sentido o behaviorismo 
filosófico analisa os estados mentais intencionais e os estados mentais 
representativos. 
Ao se atribuir estados, processos ou eventos mentais a pessoas, se está 
fazendo afirmações acerca de seu comportamento concreto ou de suas 
disposições comportamentais. Essa relação plausível e intrínseca entre 
processos significativos e comportamentos contrapõe-se ao dualismo típico da 
modernidade, além de sugerir um novo roteiro de investigação para uma 
eventual ciência do comportamento. 
A fim de sintetizar o tipo de pensamento próprio do behavorismo filosófico 
podem-se considerar como constituído em torno de cinco proposições basicas: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. “Eu tenho dores” e “Ele tem dores” são valores da mesma função 
proposicional “X tem dores”. 
2. A minha identificação das minhas experiências interiores (dores, por 
exemplo) é feita de modo direto e imediato, isto é, eu tenho um acesso 
privilegiado à minha experiência interior. 
3. À experiência interior de outrem, não tenho qualquer acesso direto ou 
imediato. Apenas o seu comportamento me é acessível. 
4. As proposições acerca das experiências interiores não se encontram 
numa relação logicamente necessária com proposições acerca do 
comportamento (isto é, não são considerações de caráter lógico ou analítico 
que justificam a dedução da existência de uma dada experiência interior a partir 
da observação de um determinado comportamento). 
5. A relação entre a experiência interior e o comportamento é 
estabelecida na base de leis empíricas. 
 
https://www.primeironegocio.com/wp-content/uploads/2017/12/Behaviorismo_3.jpg
13 
 
 
 
2.3 Contribuições do Behaviorismo 
 
 Para a educação 
Os estudos behavioristas trouxeram grandes influências para a área da 
educação. Para John Watson, a educação consiste em um dos principais 
elementos transformadores quanto ao comportamento dos indivíduos, sendo 
possível “moldar” o comportamentodas crianças de modo que elas possam, 
futuramente, exercer adequadamente uma profissão. 
 Para as empresas 
Devido a essa teoria, passou a ser comum que as empresas estudassem 
formas de intervir de maneira positiva no comportamento dos colaboradores no 
ambiente organizacional, fornecendo reforços ambientes para que eles 
alcancem de forma espontânea os objetivos e metas traçados pela organização. 
Outro exemplo da aplicação do Behaviorismo nas empresas consiste na 
prática de seleção por competências, adotando também modelos de 
aprendizagem que reforçam o comportamento positivo dos colaboradores 
(treinamentos, cursos, procedimentos internos, cultura organizacional etc.). 
Da mesma forma, o estabelecimento de remuneração variável e por 
competências são de certa maneira dependentes do comportamento humano e 
de como os colaboradores repondem aos reforços positivos emitidos pela 
empresa. 
O estudo dos fatores motivacionais que influenciam positivamente no 
comportamento e desempenho dos colaboradores é outras as “heranças” dos 
estudos behavioristas, sendo esses conceitos até hoje aplicados em inúmeras 
empresas. 
 Para a área da psicologia 
Até mesmo nas clínicas psicológicas, a abordagem behaviorista é de 
grande ajuda para ajudar na compreensão de quanto o ambiente externo pode 
interferir no comportamento dos indivíduos. 
Durante as sessões terapêuticas, obviamente os profissionais consideram 
fatores ambientais que estão além da escola e das empresas, analisando 
também o âmbito familiar e social dos indivíduos. 
 
14 
 
 
 Principais críticas ao Behaviorismo 
Tanto os estudos behavioristas de Watson quanto os de Skinner foram 
alvo de várias críticas. Entre elas, as que mais se destacam são: 
 As teorias behavioristas ignoram os processos afetivos e cognitivos, 
deixando de considerar a subjetividade e particularidade de cada indivíduo; 
 A análise behaviorista compreende o ser humano como um ser passivo 
diante do meio, excluindo em grande parte a própria interferência que o indivíduo 
exerce no meio; 
 Os estudos behavioristas também não consideram os fatores 
comportamentais intrínsecos (aqueles que não dependem do ambiente), 
fazendo com que esta análise fique de certa maneira limitada a determinado 
contexto. 
 Técnicas e estratégias utilizadas na análise do comportamento 
Algumas das técnicas utilizadas pelos analistas do comportamento 
incluem: 
 Encadeamento: Esta técnica de comportamento envolve dividir uma 
tarefa em componentes menores. A tarefa simples ou primeira no processo é 
ensinada em primeiro lugar. Uma vez que a tarefa foi aprendida, a próxima tarefa 
pode ser ensinada. Isso continua até que toda a sequência é acorrentada junta 
com sucesso. 
 “Prompt” (incitação): Esta abordagem envolve o uso de algum tipo de 
aviso para desencadear uma resposta desejada. Isso pode envolver questões 
de sugestão verbal, tais como dizer à pessoa o que fazer, ou um sinal visual, 
como a exibição de uma imagem projetada para sinalização da resposta. 
 Modelagem: Esta estratégia envolve gradualmente alterar um 
comportamento, recompensando aproximações cada vez mais perto do 
comportamento desejado. 
 
 
 
 
 
 
15 
 
 
 
3. CONDICIONAMENTO OPERANTE 
 
O condicionamento operante (às vezes chamado de condicionamento 
instrumental) é um método de aprendizado que ocorre através de recompensas 
e punições por comportamento. Através do condicionamento operante, é feita 
uma associação entre um comportamento e uma consequência para esse 
comportamento. 
Por exemplo, quando um rato de laboratório pressiona um botão azul, ele 
recebe um pote de alimento como recompensa, mas quando ele aperta o botão 
vermelho ele recebe um leve choque elétrico. Como resultado, ele aprende a 
apertar o botão azul, mas evita o botão vermelho. 
Mas o condicionamento 
operante não é apenas algo que 
acontece em ambientes 
experimentais durante o 
treinamento de animais de 
laboratório; Ele também 
desempenha um papel poderoso 
no aprendizado cotidiano. 
Reforço e punição acontecem quase todos os dias em ambientes naturais, bem 
como em ambientes mais estruturados, como a sala de aula ou sessões de 
terapia. 
https://opas.org.br/wp-content/uploads/2018/11/condicionamento-operante.png
16 
 
 
Embora o behaviorismo possa ter perdido muito do domínio que detinha 
durante o início do século XX, o condicionamento operante continua sendo uma 
ferramenta importante e frequentemente utilizada no processo de aprendizagem 
e modificação do comportamento. Às vezes, consequências naturais levam a 
mudanças em nosso comportamento. Em outros casos, recompensas e 
punições podem ser conscientemente distribuídas para criar uma mudança. 
O condicionamento operante é algo que você pode reconhecer 
imediatamente em sua própria vida, seja em sua abordagem para ensinar aos 
seus filhos o bom comportamento ou em treinar o cão da família para parar de 
mastigar seus chinelos favoritos. O importante a lembrar é que, com qualquer 
tipo de aprendizado, às vezes pode levar tempo. Considere o tipo de reforço ou 
punição que pode funcionar melhor para sua situação específica e avalie qual 
tipo de cronograma de reforço pode levar aos melhores resultados. 
 
 
 
3.1 A História do Condicionamento Operante 
 
O condicionamento operante foi cunhado pelo behaviorista BF Skinner, e 
é por isso que ocasionalmente você pode ouvi-lo ser chamado de 
condicionamento skinneriano. Como behaviorista, Skinner acreditava que não 
era realmente necessário olhar para pensamentos e motivações internas para 
explicar o comportamento. Em vez disso, ele sugeriu, devemos olhar apenas 
para as causas externas e observáveis do comportamento humano. 
Durante a primeira parte do século XX, o behaviorismo tornou-se uma 
força importante dentro da psicologia. As ideias de John B. Watson dominaram 
17 
 
 
essa escola de pensamento desde o início. Watson concentrou-se nos princípios 
do condicionamento clássico, uma vez que sugeriu que ele poderia aceitar 
qualquer pessoa independente de sua formação e treiná-la para qualquer coisa 
que escolhesse. 
Enquanto os primeiros behavioristas tinham focado seus interesses na 
aprendizagem associativa, Skinner estava mais interessado em como as 
consequências das ações das pessoas influenciavam seu comportamento. 
Skinner usou o termo operante para se referir a qualquer “comportamento 
ativo que opera no ambiente para gerar consequências”. Em outras palavras, a 
teoria de Skinner explica como adquirimos a gama de comportamentos 
aprendidos que exibimos todos os dias. 
Sua teoria foi fortemente 
influenciada pelo trabalho do 
psicólogo Edward Thorndike, que 
havia proposto o que ele chamou 
de lei do efeito. De acordo com 
este princípio, as ações que são 
seguidas por resultados 
desejáveis são mais prováveis de serem repetidas, enquanto aquelas seguidas 
por resultados indesejáveis são menos prováveis de serem repetidas. 
O condicionamento operante depende de uma premissa bastante simples 
– ações que são seguidas de reforço serão reforçadas e mais prováveis de 
ocorrer novamente no futuro. Se você contar uma história engraçada na aula e 
todo mundo rir, você provavelmente estará mais propenso a contar essa história 
novamente no futuro. Se você levantar sua mão para fazer uma pergunta e seu 
professor elogiar seu comportamento educado, você terá mais chances de 
levantar sua mão na próxima vez que tiver uma pergunta ou comentário. Como 
o comportamento foi seguido por reforço, ou um resultado desejável, as ações 
precedentes são fortalecidas. 
18 
 
 
Por outro lado, ações que resultam 
em punição ou consequências 
indesejáveis serão enfraquecidas e menos 
prováveis de ocorrer novamente no 
futuro. Se você contar a mesma história 
novamente em outra classe, mas ninguém 
ri desta vez, será menos provável que você repita a história novamente no 
futuro.Se você gritar uma resposta em sala de aula e seu professor lhe censurar, 
então é menos provável que você interrompa a aula novamente. 
 
 
 
 
3.2 Tipos de Comportamentos 
 
 Kinner distinguiu dois tipos diferentes de comportamentos: 
 Comportamentos respondentes são aqueles que ocorrem 
automaticamente e reflexivamente, como puxar a mão de um fogão quente ou 
puxar a perna quando o médico bate no joelho. Você não precisa aprender esses 
comportamentos, eles simplesmente ocorrem automaticamente e 
involuntariamente. 
 Comportamentos operantes, por outro lado, são aqueles sob 
nosso controle consciente. Alguns podem ocorrer espontaneamente e outros de 
19 
 
 
propósito, mas são as consequências dessas ações que influenciam ou não no 
futuro. Nossas ações sobre o meio ambiente e as consequências dessa ação 
constituem uma parte importante do processo de aprendizagem. 
Embora o condicionamento clássico pudesse explicar os comportamentos 
dos respondentes, Skinner percebeu que isso não poderia explicar uma grande 
quantidade de aprendizado. Em vez disso, Skinner sugeriu que o 
condicionamento operante tinha uma importância muito maior. 
Skinner inventou dispositivos diferentes durante sua infância e ele colocou 
essas habilidades para trabalhar durante seus estudos sobre condicionamento 
operante. 
Ele criou um dispositivo 
conhecido como câmara de 
condicionamento operante, mais 
comumente referido hoje como 
uma caixa de Skinner . A câmara era 
essencialmente uma caixa que podia 
conter um pequeno animal como um rato ou um pombo. A caixa também 
continha uma barra ou chave que o animal podia pressionar para receber uma 
recompensa. 
Para rastrear as respostas, Skinner também desenvolveu um dispositivo 
conhecido como registrador cumulativo. O dispositivo registrou as respostas 
como um movimento ascendente de uma linha, de modo que as taxas de 
resposta pudessem ser lidas observando a inclinação da linha. 
 Existem vários conceitos-chave no condicionamento operante. 
Reforço no condicionamento operante 
Reforço é qualquer evento que fortaleça ou aumente o comportamento 
que segue. Existem dois tipos de reforços: 
1. Reforçadores positivos são eventos favoráveis ou resultados que são 
apresentados após o comportamento. Em situações que refletem o reforço 
positivo, uma resposta ou comportamento é fortalecido pela adição de algo, 
como elogios ou recompensa direta. Por exemplo, se você fizer um bom trabalho 
no trabalho e seu gerente lhe der um bônus. 
2. Reforços negativos envolvem a remoção de eventos ou resultados 
desfavoráveis após a exibição de um comportamento. Nestas situações, uma 
20 
 
 
resposta é fortalecida pela remoção de algo considerado desagradável. Por 
exemplo, se o seu filho começar a gritar no meio da mercearia, mas parar assim 
que lhe der um mimo, será mais provável que lhe dê um mimo na próxima vez 
que ele começar a gritar. Sua ação levou à remoção da condição desagradável 
(a criança gritando), reforçando negativamente seu comportamento. 
Em ambos os casos de reforço, o comportamento aumenta. 
Punição no condicionamento operante 
Punição é a apresentação de um evento ou resultado adverso que causa 
uma diminuição no comportamento que segue. Existem dois tipos de punição: 
1. A punição positiva, às vezes referida como punição por aplicação, 
apresenta um evento ou resultado desfavorável, a fim de enfraquecer a resposta 
que segue. Apanhar por mau comportamento é um exemplo de punição por 
aplicação. 
2. A punição negativa, também conhecida como punição por remoção, 
ocorre quando um evento ou resultado favorável é removido depois que um 
comportamento ocorre. Tirar o videogame de uma criança após um mau 
comportamento é um exemplo de punição negativa. 
Em ambos os casos de punição, o comportamento diminui. 
Horários de reforço 
Reforço não é necessariamente um processo direto e há vários fatores 
que podem influenciar a rapidez e o quão bem as coisas novas são 
aprendidas. Skinner descobriu que quando e com que frequência 
os comportamentos foram reforçados, desempenhou um papel na velocidade e 
força da aquisição. Em outras palavras, o momento e a frequência do reforço 
influenciaram a maneira como os novos comportamentos foram aprendidos e 
como os velhos comportamentos foram modificados. 
Skinner identificou vários esquemas diferentes de reforçamento que 
impactam o processo de condicionamento operante: 
1. Reforço contínuo envolve a entrega de um reforço a cada vez que 
ocorre uma resposta. Aprendizagem tende a ocorrer de forma relativamente 
rápida, mas a taxa de resposta é bastante baixa. A extinção também ocorre 
muito rapidamente quando o reforço é interrompido. 
21 
 
 
2. Os horários de taxa fixa são um tipo de reforço parcial. As respostas são 
reforçadas somente após um número específico de respostas ter ocorrido. Isso 
normalmente leva a uma taxa de resposta bastante estável. 
3. Horários de intervalo fixo são outra forma de reforço parcial. Reforço 
ocorre somente após um certo intervalo de tempo ter decorrido. As taxas de 
resposta permanecem relativamente estáveis e começam a aumentar à medida 
que o tempo de reforço se aproxima, mas diminuem imediatamente após o 
reforço ter sido entregue. 
4. Os esquemas de razão variável também são um tipo de reforço parcial 
que envolve um comportamento de reforço após um número variado de 
respostas. Isso leva a uma alta taxa de resposta e baixas taxas de extinção. 
5. Os intervalos de intervalo variável são a forma final de reforço parcial 
descrita por Skinner. Esse cronograma envolve o fornecimento de reforço após 
um período de tempo variável. Isso também tende a levar a uma rápida taxa de 
resposta e à lenta taxa de extinção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
 
 
4. ANÁLISE EXPERIMENTAL DO COMPORTAMENTO 
 
A Análise Experimental do Comportamento é a parte da Análise do 
Comportamento que fica responsável por estudar as formas de coleta, 
mensuração e análise dos dados advindos das pesquisas que se utilizam da 
análise funcional e de conceitos revistos e analisados. 
Somos seres ativos e 
dinâmicos. Estamos continuamente 
realizando algum tipo de 
comportamento ou comportamento, 
geralmente com algum tipo de objetivo 
ou intenção. Perceber isso é 
relativamente simples. Mas não é tanto determinar como e por que nos 
comportamos como nós, as bases que estão por trás do comportamento. 
Neste sentido e dentro do ramo da psicologia, diferentes propostas, 
modelos e técnicas surgiram ao longo da história para tentar determiná-la. Uma 
delas é a análise experimental do comportamento , sobre o qual vamos falar 
neste artigo. 
Análise experimental do comportamento: o que é isso? 
 
 
 
 
 
 
Entende-se por análise experimental de comportamento ou comportamento 
àquele sistema ou paradigma tanto teórico quanto metodológico estudar e 
analisar os processos através dos quais você acaba gerando 
comportamento através de uma metodologia experimental, operável e 
qualitativa. 
 
23 
 
 
 
Este sistema considera 
comportamento ou comportamento 
como produto da interação entre a 
seleção natural, o reforço de 
comportamentos prévios e a 
interação com o meio social. 
A análise experimental do 
comportamento aparece como tal 
dos trabalhos de BF Skinner, e baseia-se em grande parte no behaviorismo 
radical que ele defende: o comportamento é o único objeto de estudo da 
psicologia a ser a única coisa que é diretamente observável. Este autor destaca 
especialmente a importância das conseqüências ao explicar o comportamento e 
sua modificação (sendo também a origem do condicionamento operante). 
Pretende-se explicar o comportamento humano e / ou animal baseado em 
relações observáveis e mensuráveis entre estímulos e respostas . 
Tecnicamente, a análise experimental do comportamento seria uma das 
três disciplinas que seriam incluídas na análise comportamental,sendo neste 
caso a que está focada na investigação dos processos básicos. Além disso, 
poderíamos também encontrar a análise conceitual (para aspectos teóricos) e a 
análise comportamental aplicada (que considera como refletir e usar o 
conhecimento obtido na prática). 
É importante ter em mente que este modelo seria iniciado por Skinner, 
mas muitos outros autores fariam modificações e adições subseqüentes. Entre 
elas estão as investigações realizadas com crianças por Bijou ou Wolf, que se 
concentraram em observar a sensibilidade às consequências do comportamento 
de menores em diferentes situações com diferentes condições. 
4.1 O Comportamento Neste Sistema Conceitual 
 
No que se refere à consideração do comportamento pela análise 
experimental do comportamento, de acordo com este modelo, é resultado da 
interação de variáveis biológicas e ambientais que permitem gerar associações 
entre estímulos, respostas e conseqüências. O ser humano ou o animal em 
questão seria uma entidade classificada como caixa preta, algo inexplorável 
24 
 
 
e cujos elementos internos não precisam ser os mecanismos que iniciam 
o comportamento . 
Uma das principais características da análise experimental do 
comportamento é que ela considera que o comportamento como um todo não é 
arbitrário, mas está sujeito a leis científicas naturais, nas quais está relacionado 
a uma variável dependente (comportamento) com uma variável independente. 
causas), de tal forma que tais leis permitem que o comportamento seja previsto 
e modificado com base nelas. 
A base do nosso 
comportamento é, de acordo 
com o modelo a partir do qual 
a análise experimental do 
comportamento começa, as 
conseqüências e efeitos 
que estes têm sobre o 
organismo que os emite . 
Considera-se que os comportamentos que geram conseqüências agradáveis 
são reforçados de tal maneira que são mantidos e perpetuados, enquanto as 
consequências aversivas farão com que o comportamento inicialmente mal 
adaptado tenda a desaparecer. 
Da mesma forma, no que diz respeito à participação do meio ambiente, 
vale destacar que é possível encontrar a existência de contingências 
filogenéticas, ontogenéticas e culturais que afetam a iniciação e a comissão de 
comportamento. O ambiente afeta, portanto, participando com base em como 
temos evoluído e no contexto em que estamos, o reforço que nosso 
comportamento recebeu ao longo de nossas vidas e a situação em que 
estamos imersos em um nível sociocultural. 
 Eventos privados: 
A análise experimental do comportamento parte de um modelo que não 
inclui a mente ou a cognição na explicação do comportamento, mas apesar disso 
aceita a existência de comportamento privado ou apenas observável pelo sujeito 
que vive. 
Neste sentido existência de conduta verbal privada é aceita , 
percepções tendenciosas baseadas no condicionamento e na presença de 
25 
 
 
situações em que o próprio organismo é a origem da estimulação que gera o 
comportamento. 
 Críticos ao modelo: 
A análise experimental do comportamento é um sistema que teve grande 
influência e impacto no campo da psicologia, mas que embora ainda seja útil em 
diferentes áreas, também recebeu várias críticas. 
Levando em conta que a análise experimental do comportamento propõe 
que o comportamento é regido por uma série de leis inalteráveis e que descarta 
ou não valoriza a implicação de aspectos não avaliáveis como motivação, 
objetivos e desejos, este modelo oferece uma visão mecanicista do 
comportamento. comportamento, sendo uma das razões pelas quais na época, 
era controverso e para o qual ele tem recebido críticas diferentes. 
Outra possível crítica a ser levada em conta é que muitas investigações 
realizadas na análise experimental do comportamento foram realizadas com 
diferentes espécies animais, de modo que as conclusões tiradas nem sempre 
são generalizáveis. No entanto, o modelo leva em conta esse fato e é cauteloso 
ao generalizar suas conclusões entre espécies diferentes (embora muitos de 
seus princípios básicos tenham se refletido tanto no ser humano quanto em 
outros seres). 
Da mesma forma, a existência de fatores internos do sujeito como 
possíveis fatores causais do comportamento não é levada em conta, sendo este 
principalmente passivo sob o paradigma do qual se baseia. Porém isto não 
implica que a existência de eventos privados não seja levada em conta , 
algo que pouco a pouco acabaria levando ao surgimento do cognitivismo. 
26 
 
 
 
 
5. ABA – ANÁLISE APLICADA DO COMPORTAMENTO 
 
De acordo com o Departamento de Saúde do Estado de Nova Yorque, 
procedimentos derivados da análise do comportamento são essenciais em 
qualquer programa desenvolvido para o tratamento de indivíduos diagnosticados 
com autismo. A academia nacional de ciências dos EUA, por exemplo, concluiu 
que o maior nº de estudos bem documentados utilizaram-se de métodos 
comportamentais. Além disso, a Associação para a Ciência do Tratamento do 
Autismo dos Estados Unidos, afirma que ABA é o único tratamento que possui 
evidência científica suficiente para ser considerado eficaz. 
O tratamento ABA envolve o ensino intensivo e individualizado das 
habilidades necessárias para que o indivíduo possa adquirir independência e a 
melhor qualidade de vida possível. Dentre as habilidades ensinadas incluem-se 
comportamentos sociais, tais como contato visual e comunicação funcional; 
comportamentos acadêmicos tais como pré-requisitos para leitura, escrita e 
matemática; além de atividades da vida diária como higiene pessoal. A redução 
de comportamentos tais como agressões, estereotipias, autolesões, agressões 
verbais, e fugas também fazem parte do tratamento comportamental, já que tais 
comportamentos interferem no desenvolvimento e integração do indivíduo 
diagnosticado com autismo. 
27 
 
 
Durante o tratamento comportamental (ABA), habilidades geralmente são 
ensinadas em uma situação de um aluno com um professor via a apresentação 
de uma instrução ou uma dica, com o professor auxiliando a criança através de 
uma hierarquia de ajuda (chamada de aprendizagem sem erro). As 
oportunidades de aprendizagem são repetidas muitas vezes, até que a criança 
demonstre a habilidade sem erro em diversos ambientes e situações. A principal 
característica do tratamento ABA é o uso de consequências favoráveis ou 
positivas (reforçadoras). Inicialmente, essas consequências são extrínsicas (ex. 
uma guloseima, um brinquedo ou uma atividade preferida). Entretanto o objetivo 
é que, com o tempo, consequências naturais (intrínsecas) produzidas pelo 
próprio comportamento sejam suficientemente poderosas para manter a criança 
aprendendo. Durante o ensino, cada comportamento apresentado pela criança 
é registrado de forma precisa para que se possa avaliar seu progresso. 
O uso da Análise Comportamental Aplicada voltada para o autismo 
baseia-se em diversos passos: 
1- Avaliação inicial, 
2- Definição de objetivos a serem alcançados, 
3- Elaboração de programas/procedimentos, 
4- Ensino intensivo, 
5- Avaliação do progresso. 
O tratamento comportamental caracteriza-se, pela experimentação, 
registro e constante mudança. A lista de objetivos a serem alcançados é definida 
pelo profissional, juntamente com a família com base nas habilidades iniciais do 
indivíduo. Assim, o envolvimento dos pais e de todas as pessoas que participam 
da vida da criança é fundamental durante todo o processo. 
As estratégias de intervenção são definidas com base na tecnologia 
produzida pelas pesquisas, motivo pelo qual todos os resultados são 
fundamentados cientificamente. Diferentes estudos apontam a eficácia da ABA 
a diferentes populações, entre as quais se destaca o grande número de estudos 
com populações com desenvolvimento atípico, principalmente para aqueles com 
diagnóstico ou características de déficits comportamentais do Transtorno de 
Espectro Autista (TEA). Aindaassim, cabe lembrar que a eficácia da ABA foi 
também demonstrada no tratamento dos sintomas de várias condições, incluindo 
28 
 
 
comportamento destrutivo grave, distúrbios alimentares, lesão cerebral, entre 
outros. 
Existem alguns pontos fundamentais que caracterizam uma 
intervenção em ABA, entre eles: 
 A intervenção ABA não deve ser restrita a locais ou formatos específicos, 
mas deve ser fornecido nos formatos e locais que maximizam os resultados do 
tratamento para cada cliente. 
 Realização prévia de uma avaliação comportamental que descreva níveis 
específicos de comportamento e forneça informações para o subsequente 
estabelecimento de metas de tratamento. 
 Realização de coleta, quantificação e análises de dados diretos do 
comportamento durante o tratamento e acompanhamento para melhorar e 
manter o progresso em direção às metas estabelecidas. 
 A implementação de protocolos de forma consistentes. 
 Uma análise do comportamento sob a perspectiva de sua função 
(condições ambientais que mantém o comportamento). 
 Treinamento de pais, professores e outros profissionais que sejam 
importantes na vida do cliente. 
 Supervisão coerente com o número de horas de intervenção e realizadas 
de forma constante. 
Assim, posto que os 
resultados são baseados em 
evidências científicas, pesquisas 
mostram que a Análise do 
Comportamento Aplicada é a 
forma de intervenção mais bem-
sucedida para crianças com 
algum desenvolvimento atípico. 
Concluindo, ABA consiste 
no ensino intensivo das 
habilidades necessárias para que 
o indivíduo diagnosticado com autismo ou transtornos invasivos do 
desenvolvimento se torne independente. O tratamento baseia-se em anos de 
pesquisa na área da aprendizagem e é hoje considerado como o mais eficaz. 
29 
 
 
CONCLUSÃO 
 
A Análise do Comportamento se divide em três partes: o seu braço teórico, 
filosófico, histórico, seria chamado de Behaviorismo Radical. O braço empírico 
seria classificado como Análise Experimental do Comportamento. O braço ligado 
à criação e administração de recursos de intervenção social seria chamado 
de Análise Aplicada do Comportamento. 
Analistas do Comportamento também realizam o que chamam de revisão 
e análise conceitual quando os métodos de pesquisa ou trabalho acima são 
complexos ou quando procuram aplicar os resultados dos seus estudos no seu 
cotidiano de trabalho. Revisão conceitual é a recomendação de propostas de 
mudança de conceitos que já existem já a análise conceitual é a proposição de 
novos conceitos. 
A Análise Experimental do Comportamento é a parte da Análise do 
Comportamento que fica responsável por estudar as formas de coleta, 
mensuração e análise dos dados advindos das pesquisas que se utilizam 
da análise funcional e de conceitos revistos e analisados. 
Análise do Comportamento perpassa necessariamente pela necessidade 
dos cientistas e profissionais resolverem problemas práticos do cotidiano, essa 
ciência auxilia no autoconhecimento e avaliação da postura das pessoas que 
nos cercam, fornecendo ferramentas para mudar, quando necessário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
 
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