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ANÁLISE DE COMO O EXERCÍCIO POLÍTICO PASSA A TER SENTIDO CULTURAL.

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ANÁLISE DE COMO O EXERCÍCIO POLÍTICO PASSA A TER SENTIDO CULTURAL. 
Tomando como referência a relação entre os argumentos apresentados no livro “O QUE É POLÍTICA” de Wolfgang Leo Maar e o movimento “BLACK LIVES MATTER”, abordado no texto de Breno Alexandre. 
ALUNA:DIARLE BEATRIZ SILVA DOS SANTOS
MATRÍCULA: 202100095898
  No célebre livro “O que é política”, o professor Wolfgang Leo Maar afirma que desde que o ambiente cultural corresponda aos interesses politicamente dominantes, as concepções políticas também serão as das classes dominantes (página 85). E se tal afirmação for analisada a partir desta óptica, poderá ser considerada como uma devida leitura de como a política interage em sociedade e com os valores, priorizando potencialmente, os interesses da parte dominante da sociedade, poderá, assim como veremos a seguir, evidenciar a verdade na breve citação, visando que, ainda que protestos e marchas sejam recursos de força popular e gritos nacionais utilizados por décadas, ainda são completamente marginalizados. No cotidiano, quando se fala de política, geralmente a associamos a algo complicado ou até mesmo ruim, como se fosse assunto apenas para os especialistas ou políticos. Ou então até mesmo, pensamos que a política só se restringe ao voto, sendo essa sua maior participação nela.
A partir desse cenário, é impossível falar sobre isso sem mencionar os agentes políticos presentes na sociedade moderna, que são os partidos políticos. A política partidária apresenta-se de lado uma relação com a sociedade e seus interesses; outra como política de disputa pelo governo, de seu controle na ocupação a frente do aparelho do estado. Parece inegável que, em todos os supramencionados contextos históricos, atores e forças comprometidas com a radicalização da ideia de democracia estiveram nas ruas, também parece inquestionável que estas não foram as únicas, ou as principais, forças a atravessar os protestos. Como sendo considerado ataques à democracia, ou não, estes são meios políticos muito requisitados quando um grupo de pessoas precisa ser ouvido. A democracia requer, por definição, a possibilidade de divergir, e a luta por um lugar para falar. Se aplicarmos a política ao dia a dia, será possível notar que não tudo, mas potencialmente quase todas as coisas se mantém onde estão pela política. Com pequenos e quase nenhum movimento, ou com grandiosos e espalhafatosos, pode-se pôr em prática diretrizes ou direitos que através desta foram exercidos. Podemos entender que política está relacionada com aquilo que diz respeito ao bem público, à vida em comum, às regras, leis e normas de conduta sociais, nesse espaço, e, sobretudo, ao ato de decisão que afetará todas essas questões. Assim, o que distingue o ser humano dos animais é a sua capacidade de raciocinar.
 
Além disso, segundo o alemão Karl Marx, que no século XIX elaborou a sua teoria os modos de produção, a política é uma disputa entre as classes sociais. Para ele o Estado representa uma classe, que o submete aos interesses dessa. Nesse sentido a atividade política deixa de ser espaço exclusivamente do Estado, para passar a ser luta de classe. Para Marx, a “política” é atividade que resulta da luta entre as classes sociais, dominados e dominantes, exploradores e explorados, assim cabe a classe explorada, o proletariado intervir, fora da visão do filósofo, grande maioria das vezes manifestações quase sempre são optadas como protestos para anunciar algum problema evidente, como por exemplo o movimento BLM, que em seu estopim levou grande parte da população a rua, em uma discussão sobre a violência policial contra pessoas negras.
Por fim, nota-se que a própria ideia de política é um significante amplo, apresentando-se no seio de muitas disputas. A política também é cultural, ela molda comportamentos e sentimentos subjetivos que motivam a atuação objetiva de transformação da realidade, de mudanças na história e são questões como está que merecem ser pensadas também, já que todos nós somos seres políticos e produzimos alguma forma de saber, no nosso dia-dia nas relações sociais, na família, no trabalho, na universidade estamos tendo relações de poder também.
Portanto, entender que o funcionamento da política tem que ser voltado para a busca do interesse e bem comum não está tão longe. E que cabe a nós participar desse processo, construindo uma política desejável, afinal, somos todos políticos.