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VIDA E OBRA DO AUTOR Um dos maiores Psicanalistas registrados Ferenczi, seguidores de da Psicanalise de Freud, nasceu em Miskolcz em 7 de julho de 1873, filho de Judeus e Poloneses emigrados na Hungria. Seu pão era um livreiro/editor e ativista político que através do seu engajamento pela independência da Hungria modificou o nome originário da família, e foi assim que em 1879, Alexander Frankel tornou-se Sándor Ferenczi. Frerenczi acompanhava o pai na livraria e com isso começava a desenvolver seu gosto pela literatura, poesia e experimentos da hipnose. Aos 15 anos seu pai faleceu, aos 17 estudou medicina em Viena, formando-se aos 21 anos em clinica geral e neuropsiquiatria. Posicionava-se contra a falta de ética e a hipocrisia nas instituições medica. Atendeu prostitutas, população carente em geral e em 1906 assumiu publicamente o apoio aos homossexuais em um artigo. Entre 1897 e 1908 já havia publicado 104 artigos, estudo de casos, ensaios e resenhas; e como psicanalista publicou mais de 144 artigos. Seus trabalhos podem ser divididos em duas grandes fases: a primeira iniciada em 1908, ano em que encontra Freud pela primeira vez, e concluída em 1923. A segunda fase começa em 1924, até sua morte, em 1933, onde acontecem suas contribuições mais criativas. Em 1894, Ferenczi obtém o seu diploma de medicina em Viena na Áustria e começa a interessar-se pelos fenômenos psíquicos e pela hipnose. Em 1897, Ferenczi opta pela carreira médica e começa a trabalhar no Hospital Saint Roch, em Budapeste, onde logo se mostrou adepto da medicina social e se tornou médico assistente no asilo de pobres e prostitutas. Em 1899, publica inúmeros artigos pré-analíticos até 1908, entre eles Espiritismo, dedicado à transmissão de pensamento, mas é em 1900 que se estabelece como neurologista, sendo chefe do serviço de Neurologia em 1904. Em 1906, sempre pronto a ajudar os oprimidos, a escutar os problemas das mulheres e a socorrer os excluídos e marginais, tomou a defesa dos homossexuais em um texto corajoso apresentado à Associação Médica de Budapeste. Em 1907, entusiasmou-se pela obra de Freud, e depois de ler A Interpretação dos Sonhos, visitou Freud em 1908, acompanhado de seu colega e amigo Fulop Stein. Iniciou assim a longa relação com aquele que se tornaria seu analista, mestre e amigo. Freud e Ferenczi compartilharam várias férias de verão. Em 1908, Ferenczi participou do I Congresso de Psicanálise em Salzburgo e fez uma conferência sobre “Psicanálise e Pedagogia”. Um ano mais tarde, acompanhou Freud na sua célebre viagem aos Estados Unidos, juntamente com Jung e publicou seu primeiro grande trabalho teórico Transferência e Introjeção. Em 1909, fundou a International Psychoanalytical Association (IPA). Em 1913, criou com Sándor Rado, Istvan Hollos, Lajos Levy e Hugo Ignotus a Sociedade Psicanalítica de Budapeste. Membro do Comité Secreto de Psicanálise, a partir de 1913 participou de todas as atividades da Direção do movimento freudiano. Em 1914, Ferenczi analisou duas grandes figuras do movimento psicanalítico: Geza Roheim e Melanie Klein, e em 1918 é eleito presidente da Associação Internacional de Psicanálise. Em 1924, publica Thalassa: Ensaio sobre a Teoria da Genitalidade obra sobre o trauma do nascimento. Aos 60 anos de idade, em 24 de maio em Budapeste ele morreu, de forma repentina, decorrente de problemas respiratórios provocados por uma anemia perniciosa. OBRAS Sua amizade com Freud rendeu vários trabalhos teóricos com ênfase no tratamento da psicose e graças à contribuição de Sandor temos registrado materiais para avaliação de transtorno de caráter, narcisismo e tantos outros. Ferenczi ficou conhecido por não medir esforços em experimentar novas técnicas e por tratar pacientes com casos de difícil tratamento. Diversas são suas obras e artigos e dentre todas elas destacam-se os emas da introjeçãoe projeção, a ênfase sobre o papel estruturante do objeto externo no desenvolvimento psíquico, a regressão na cura analítica, a importância dos vínculos – relação mãe e bebê, o impacto do trauma infantil na constituição do sujeito, a distinção do trauma, do traumatismo, a clivagem corpo e psiquismo. No desenvolvimento das questões técnicas, propôs a necessidade de contato emocional entre analista e analisando para a efetiva realização de um processo de mudança psíquica; ressaltou a importância da empatia e da contratransferência como paradigma técnico, e a defesa da psicanálise para não médicos. Abaixo segue as obras de Sandor Ferenczi: • Do alcance da ejaculação precoce • As neuroses à luz do ensino de Freud e da psicanálise • Interpretação e tratamento psicanalíticos da impotência psicossexual https://www.infopedia.pt/$budapeste?intlink=true • Psicanálise e pedagogia • A respeito das psiconeuroses • Interpretação científica dos sonhos • Transferência e introjeção • Palavras obscenas. Contribuição para a psicologia do período de latência • Anatole France, psicanalista • Um caso de paranoia deflagrada por uma excitação da zona anal • A psicologia do chiste e do cômico • Sobre a história do movimento psicanalítico • O papel da homossexualidade na patogênese da paranoia • O álcool e as neuroses • Sonhos orientáveis • O conceito de introjeção • Sintomas transitórios no decorrer de uma Psicanálise • Um caso de déjà vu • Notas diversas • A figuração simbólica dos princípios de prazer e de realidade no mito de Édipo • Filosofia e psicanálise • Sugestão e psicanálise • Notas diversas • O conhecimento do inconsciente • Contribuição para o estudo do onanismo • Importância da psicanálise na justiça e na sociedade • Adestramento de um cavalo selvagem • A quem se contam os sonhos? • A gênese do jus primae noctis • Liébault, sobre o papel do inconsciente nos estados psíquicos mórbidos • Excertos da psicologia de Hermann Lotze • Fé, incredulidade e convicção sob o ângulo da psicologia médica • O desenvolvimento do sentido de realidade e seus estágios • O simbolismo dos olhos • O complexo do avô • Um pequeno homem-galo • Um sintoma transitório: a posição do paciente durante o tratamento • Averiguação compulsiva de etimologia • Simbolismo dos lençóis • A pipa, símbolo de ereção • Parestesias da região genital em certos casos de impotência • Os gases intestinais: privilégio dos adultos • Representações infantis do órgão genital feminino • Concepção infantil da digestão • Causa da atitude reservada de uma criança • Crítica de Metamorfoses e símbolos da libido, de Jung • Ontogênese dos símbolos • Algumas observações clínicas de pacientes paranoicos e parafrênicos • O homoerotismo: nosologia da homossexualidade masculina • Neurose obsessiva e devoção • Sensação de vertigem no fim da sessão analítica • Quando o paciente adormece durante a sessão de análise • Efeitos psíquicos dos banhos de sol • Mãos envergonhadas • Esfregar os olhos: substituto do onanismo • Os vermes: símbolo de gravidez • O horror de fumar charutos e cigarros • O esquecimento de um sintoma • Ontogênese do interesse pelo dinheiro • Análise descontínua • Progresso da teoria psicanalítica das neuroses • A psicanálise do crime • Contribuição para o estudo dos tipos psicológicos (Jung) • Anomalias psicogênicas das fonação • O sonho do pessário oclusivo • A importância científica dos Três ensaios sobre a teoria da sexualidade, de Freud • Uma explicação do déjà-vu, por Hebbel • Análise das comparações • Dois símbolos típicos fecais e infantis • Espectrofobia • Fantasias de Pompadour • Loquacidade • XLIX O leque como símbolo genital • L. Policratismo • LI. Agitação em fim de sessão de análise • LII. A micção, meio de apaziguamento • LIII. Um provérbio erótico anal • LIV. Supostos erros • LV. A psicanálise vista pela escolapsiquiátrica de bordéus • LVI. A era glacial dos perigos • LVII. Prefácio para a obra de Freud: Sobre os sonhos • LVIII. A propósito de la représentation dês personnes Inconnues ET dês lapsus linguae (Claparède) • LIX. Inversão de afetos em sonho • LX. Uma variante do símbolo calçado para representar a vagina • LXI. Dois tipos de neurose de guerra (histeria) • LXII. Formação compostas de traços eróticos e de traços de caráter • LXIII. O silêncio é de ouro • LXIV. Ostwald, sobre a psicanálise • LXV. Polução sem sonho orgástico e orgasmo em sonho sem polução • LXVI. Sonhos de não iniciados • LXVII. As patoneuroses • LXVIII. Consequências psíquicas de uma castração na infância • LXIX. Compulsão de contato simétrico do corpo • LXX. Pecunia olet • LXXI. Minha amizade com Miksa Schächter • LXXII. Crítica da concepção de Adler • LXXIII. A psicanálise dos estados orgânicos (Groddeck) • LXXIV. A propósito de um sonho que satisfaz um desejo orgânico, de Claparède • LXXV. A psicologia do conto • LXXVI. Efeito vivificante e efeito curativo do ar fresco e do bom ar • LXXVII. Consulta médica • LXXVIII. Neuroses do domingo • LXXIX. Pensamento e inervação muscular • LXXX. Repugnância pelo café da manhã • LXXXI. Cornélia, a mãe dos Gracos • LXXXII. A técnica psicanalítica • LXXXIII. A nudez como meio de intimidação • Dificuldades técnicas de uma análise de histeria • A influência exercida sobre o paciente em análise • Psicanálise das neuroses de guerra • A psicogênese da mecânica • Fenômenos de materialização histérica • Tentativa de explicação de alguns estigmas histéricos • Psicanálise de um caso de hipocondria histérica • Psicanálise e criminologia • Suplemento à psicogênese da mecânica • Reflexões psicanalíticas sobre os tiques • O simbolismo da ponte • Prolongamentos da técnica ativa em psicanálise • Os três ensaios sobre a teoria da sexualidade (4ª edição revista e aumentada, 1920) • Georg Groddeck: o explorador de almas • A propósito da crise epiléptica • Para compreender as psiconeuroses do envelhecimento • A psicanálise dos distúrbios mentais da paralisia geral (teoria) • Psicanálise e política social • O simbolismo da ponte e a lenda de Dom Juan • A psique como órgão de inibição • Psicologia de grupo e análise do ego, de Freud • Considerações sociais em certas psicanálises • Nota de leitura: Contribuições clínicas para a Psicanálise, do Dr. Karl Abraham • Ptialismo no erotismo oral • Os filhos de alfaiate • A materialização no globus hystericus • A atenção durante o relato de sonhos • Arrepios provocados pelo ranger do vidro, etc • Simbolismo da cabeça da Medusa • Tremedeira e auto-observação narcísica • Um pênis anal oco na mulher • O sonho do bebê sábio • Compulsão de lavagem e masturbação • A psicanálise a serviço do clínico geral • Prefácio da edição húngara da Psicopatologia da vida cotidiana, de S. Freud • Prefácio da edição húngara de Para além do princípio de prazer • Perspectivas da psicanálise • As fantasias provocadas • Ciência que adormece, ciência que desperta • Ignotus, o compreensivo • Thalassa: ensaio sobre a teoria da genitalidade • Psicanálise dos hábitos sexuais • Charcot • Contraindicações da técnica ativa • As neuroses de órgão e seu tratamento • Para o 70º aniversário de Freud • A importância de Freud para o movimento da higiene mental • O problema da afirmação do desprazer • Crítica do livro de Rank: técnicas da Psicanálise • Fantasias gulliverianas 1928 I. A adaptação da família à criança II. O problema do fim da análise III. Elasticidade da técnica psicanalítica 1929 IV. Masculino e feminino V. A criança mal acolhida e sua pulsão de morte 1930 VI. Princípio de relaxamento e neocatarse 1931 VII. Análise de crianças com adultos 1933 VIII. Influência de Freud sobre a medicina IX. Confusão de língua entre os adultos e a criança REFERENCIA Sandor Ferenczi: síntese da vida e obra. PSICANALISE Clinica, Campinas, 11 de maio 2019.Disponível em: <https://www.psicanaliseclinica.com/sandor-ferenczi/>. Acesso em: 14, out. 2021. Zago Rosemeire. Biografia de Ferenczi. Disponível em: <https://rosemeirezago.com.br/teorias/ferenczi/biografia-ferenczi/>. Acesso em: 14, out. 2021. https://rosemeirezago.com.br/teorias/ferenczi/biografia-ferenczi/
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