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GRUPO SER EDUCACIONAL CURSO DE GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA BIOQUÍMICA APLICADA Mariane Jardim De Castro Ferreira ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA Junho - Ananindeua/PA 2022 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 4 2 OBJETIVOS .......................................................................................................................... 6 3 METODOLOGIA .................................................................................................................. 7 4 DESENVOLVIMENTO ........................................................................................................ 8 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................. 10 REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 11 4 1 INTRODUÇÃO "A prática de atividade física é, sem dúvida, essencial para aumentarmos nossa qualidade de vida. Inúmeros estudos demonstram como a prática frequente de atividade física evita doenças e melhora, até mesmo, nossa disposição para a realização de nossas atividades diárias." Contudo, o exercício físico representa aumento na utilização de substratos pelos músculos em atividade, devido ao aumento na demanda de energia e, consequentemente, na utilização do oxigênio para produzi-la através da via oxidativa. Por exemplo, o gasto energético durante um exercício físico intenso pode ser de quinze a vinte vezes maior que o metabolismo de repouso (POWERS S.K., 2000) O exercício físico apresenta vários benefícios para a saúde, podendo reduzir os danos causados pelo avanço da idade, como os riscos de desenvolvimento de doenças crônicas. Recentes estudos têm mostrado que a frequência da atividade física está associada com o aumento de antioxidantes, e esse é dependente da intensidade. Entretanto, com a realização do exercício de forma intensa, há uma elevação na produção de espécies reativas ao oxigênio, capazes de consumir os antioxidantes endógenos podendo gerar danos em moléculas biológicas (LAZZARETTI, 2007). O sistema de defesa antioxidante do organismo tem como principal função inibir ou reduzir os danos causados às células pelas ROS. Existe uma grande variedade de substâncias antioxidantes, as quais podem ser classificadas em sistema de defesa antioxidante enzimático e o sistema de defesa antioxidante não-enzimático (HALLIWELL B.; GUTTERIDGE J. M.C., 2007). Ao que diz respeito ao sistema de defesa antioxidantes não enzimáticas, dando destaque a GSH reduzida e a GSH oxidada (GSSG). A glutationa não participa somente do equilíbrio de espécies reativas mediante a doação de prótons H+ oriundos de nicotinamida adenina dinucleotídeo fosfato no estado reduzido, também chamado de NADPH, em reação catalisada pela glutationa redutase, de mesmo modo a detoxificação de xenobióticos desfavoráveis ao organismo, os mesmos são produtos finais da lipoperoxidação, a fim de distribuir matéria para a GPx e havendo a comutação em GSSG (SIES,1992.). 1.2 ESTRUTURA DA GLUTATIONA (GSH) A glutationa (GSH, 1, Figura 1), possui papel central na biotransformação e eliminação de xenobióticos e na defesa das células contra o estresse oxidativo.1 Este tripeptídeo é encontrado intracelularmente em altas concentrações, essencialmente em todos os organismos aeróbicos. Nota-se a ligação γ-peptídica pouco usual, a presença da porção γ- glutamil e do grupo α-carboxilato livre prevenindo a hidrólise da GSH pelas peptidases celulares que degradam outros peptídeos pequenos. A GSH é o mais abundante tiol celular de baixa massa molecular; a sua concentração é ~ 2mM e mais de 10 mM em eritrócitos humanos e hepatócitos, respectivamente.1 Face à potencialidade de inibidores das enzimas relacionadas à GSH como alvo para o desenvolvimento de substâncias candidatas a fármacos, nesta revisão serão apresentados aspectos importantes do papel fisiológico da glutationa (GSH) e sua implicação em patologias. Considerando esta abordagem, ênfase especial será dada às glutationas transferase e redutase. Uma vez que a investigação do envolvimento da GSH em processos fisiopatológicos requer sua detecção e quantificação em diferentes matrizes, também serão abordados os principais métodos de análise deste tripeptídeo e derivados (HUBER, Paula C. 2008, 31: 1170-1179). https://www.scielo.br/j/qn/a/yYySBjxJSnVFmMjfTbrGR6L/ 5 Fonte: google imagens, 2022. A combinação de sua abundância nos organismos aeróbicos e das propriedades químicas do grupo sulfidrila suporta a proposta de que a GSH surgiu na evolução bioquímica como uma proteção contra espécies reativas de oxigênio e compostos eletrofílicos gerados por processos oxidativos, tanto no organismo quanto no ambiente em que este vive. 1.3 O ESTRESSE OXIDATIVO O estresse oxidativo decorre de um desequilíbrio entre a geração de compostos oxidantes e a atuação dos sistemas de defesa antioxidante. A geração de radicais livres e/ou espécies reativas não radicais é resultante do metabolismo de oxigênio. A mitocôndria, por meio da cadeia transportadora de elétrons, é a principal fonte geradora. O sistema de defesa antioxidante tem a função de inibir e/ou reduzir os danos causados pela ação deletéria dos radicais livres e/ou espécies reativas não radicais. Esse sistema, usualmente, é dividido em enzimático (superóxido dismutase, catalase e glutationa peroxidase) e não-enzimático. No último caso, é constituído por grande variedade de substâncias antioxidantes, que podem ter origem endógena ou dietética. Objetivou-se revisar os principais mecanismos de geração de radicais livres, bem como a ação dos agentes mais relevantes do sistema de defesa antioxidante, ressaltando suas implicações sobre os marcadores do estresse oxidativo. Também serão abordados os principais fatores exógenos moduladores do estresse oxidativo (BARBOSA, 2010,). Como as substâncias pró-oxidantes são constantemente formadas em pequenas quantidades no metabolismo normal, as células possuem mecanismos para evitar o desequilíbrio oxidativo e, assim, impedir o dano causado pelos mecanismos agressores (14). Salienta-se que a composição das defesas antioxidantes difere de tecido para tecido, de tipo de célula a tipo de célula e, possivelmente, de célula a célula do mesmo tipo, em um dado tecido, sendo dividida em dois sistemas: o enzimático e o não enzimático (URSO M. L.CLARKSON P. M., 2003). No Exercício Agudo, a atividade máxima da catalase e glutationa redutase apresentou- se significamente diminuída no músculo de sedentários, sugerindo a condição do estresse oxidativo como responsável pela exaustão. Percebeu-se grande variabilidade dos dados, decorrente da intensidade e duração do exercício. Este presente relatório tendo em vista a correlação entre a função da GSH e a prática de exercícios físicos, tem por objetivo fazer um levantamento bibliográfico sobre a relação da estrutura e função da GSH após a realização de exercícios físicos. Os resultados desse estudo terão importância pois proporcionarão um entendimento sobre a relação entre exercício físico e a GSH. https://www.scielo.br/j/qn/a/yYySBjxJSnVFmMjfTbrGR6L/ https://www.scielo.br/j/qn/a/yYySBjxJSnVFmMjfTbrGR6L/ 6 2 OBJETIVOS 2.1 Objetivo geral Observar o efeito da Glutationa como essencial metal tóxico durante a atividade física. 2.2 Objetivos específicos Combate severo aos radicais. Diminuição dos níveis de açúcar no sangue. Vida longa de qualidade Molécula antioxidante, ela é sintetizada nas células. Tripeptídeo. Ácido glutâmico, a glicina e a cisteína.7 3 METODOLOGIA O presente relatório é uma análise bibliográfica baseada em artigos selecionados que lidam sobre exercício físico em seres humanos e as consequências fisiológicas oxidativas relacionadas a Glutationa. Após a seleção de cinco artigos pela orientadora da disciplina, foifeita uma análise de dados oriundos dos artigos sobre a correlação entre a função da GSH na prática de exercício físico em pessoas e suas implicações no que diz respeito ao estresse oxidativo fisiológico. 8 4 DESENVOLVIMENTO A atividade física intensa aumenta a formação de espécies reativas de oxigênio que podem causar lesões musculares e danos na membrana de eritrócitos, prejudicando o desempenho de atletas. Para prevenir os efeitos causados pelo estresse oxidativo, o organismo possui vários mecanismos antioxidantes, alguns dependentes de zinco. As propriedades antioxidantes desse mineral são explicadas pelo seu papel na regulação da síntese da metalotioneína, na estrutura da enzima superóxido dismutase e na proteção de agrupamentos sulfidrila de proteínas de membranas celulares por antagonismo com metais pró-oxidantes como ferro e cobre. Estudos têm demonstrado que a fragilidade osmótica de eritrócitos está relacionada à função do zinco na membrana celular. Atletas geralmente apresentam ingestão dietética desse mineral insuficiente para compensar as perdas aumentadas pelo suor e urina e para atender a demanda bioquímica. Este trabalho de revisão visa mostrar a importância biológica e nutricional do zinco na proteção antioxidante durante a atividade física intensa (KOURY, 2003). Para Ping Wang, et. al (2016), elaboraram um estudo sobre o estresse agudo do exercício promove sinalização Ref1/Nrf2 e aumenta a atividade antioxidante mitocondrial no músculo esquelético, após uma análise considerou que estudo demonstra uma associação entre o conteúdo mitocondrial de H2O2 induzido pelo exercício agudo e a supra regulação da sinalização Ref1/Nrf2 e alterações das enzimas antioxidantes (ZnSOD) e GSH nos músculos esqueléticos de camundongos ICR/ CD-1. A ativação da via de sinalização Ref1/Nrf2 pelo exercício agudo pode ser o mecanismo molecular subjacente que regula a resistência ao estresse oxidativo celular durante o exercício. Dado que o estresse oxidativo tem sido implicado em várias doenças e envelhecimento, o mecanismo dessa ligação pode ter potenciais implicações terapêuticas. A resistência de muitas células contra o estresse oxidativo está associada com elevados níveis intracelulares de glutationa em sua forma reduzida. O estresse oxidativo pode causar mudanças no estado redox da glutationa aumentando a liberação de glutationa oxidada (dissulfeto) no organismo. Assim, alguns estudos têm direcionado o interesse no monitoramento de glutationa em amostras biológicas com o propósito de estudar-se a patologia de algumas doenças relacionadas ao estresse oxidativo (LEITE, 2012) O envelhecimento biológico do ser humano é um fenômeno que está associado a mudanças na atividade das células, tecidos e órgãos, como também com a redução da eficácia de um conjunto de processos fisiológicos (Lane MA, 2002). Nunes da Silva (2014), estudou a associação entre exercício físico e produção de espécies reativas de oxigênio, as análises revelaram que o aumento na produção de ROS durante e após a realização do exercício físico de intensidade elevada pode não representar um risco para a saúde do praticante e sim um mecanismo pelo qual o exercício ativa vias de sinalização intracelulares que podem resultar em respostas adaptativas, tais como, angiogênese, biogênese mitocondrial e hipertrofia muscular, que são importantes tanto para a saúde quanto para o desempenho esportivo. Os tioálcoois são relevantes substâncias que executam um papel considerável na estrutura e função das proteínas, operando assim como um desintoxicador celular e na normalização da atividade enzimática, além de estender a proteção contra espécies que reagem ao oxigênio. Dessa forma, um aumento na substância de sulfidrilas mostra que a prole, em consequência da atividade física materna, demonstra um ambiente com menos oxidação a proteínas e prejuízos celulares, indicando uma modulação favorável do estado REDOX celular e uma função regular mitocondrial (LILLIG, 2008; LI et al., 2016; MCLEAY et al., 2017). Segundo Oliveira Santos (2020), estudou em seu trabalho de conclusão de curso 9 o efeito da atividade física voluntária materna durante a gestação e lactação sobre o estresse oxidativo hepático na prole adulta, após análises de dados, indicaram que o exercício físico voluntário materno, na época da gestação e lactação, proporciona a limitação na peroxidação lipídica e melhora do equilíbrio oxidativo hepático da prole na vida adulta, dessa forma limitando o estresse oxidativo e suas prováveis repercussões na vida adulta. 10 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Após analisar pesquisas referentes ao assunto, podemos considerar que a GSH um importante componente que atua na regulação da atividade enzimática, atuando como um desintoxicador na prática de atividades físicas, em consequência do exercício físico há uma grande produção de radicais livres. Foi entendido que essa geração de radicais livres acontece em de forma natural nas nossas células, nas membranas, no citoplasma e especialmente nas mitocôndrias, das células. O grande problema é quando há uma produção excessiva, acentuada desses radicais, isso faz com que ocorra danos oxidativo no organismo. Podendo ter a perda de material genético das células, mutações e levando a degeneração, essa produção excessiva de radicais livres está inclusive associada a várias doenças. Visto também sobre os antioxidantes, que são as substâncias presentes em pequenas quantidades, eles conseguem neutralizar diminuir os danos causados pelos radicais livres. O sistema antioxidante enzimático, consiste de enzimas que são produzidas pelo nosso organismo e que vão combater a ação toda dos radicais livres. E o sistema antioxidante não enzimático, ele consiste de grande variedade de substâncias antioxidantes e podem ser produzidas pelo nosso organismo ou também adquirida por meio da Alimentação. Vimos anteriormente e aprendemos que os antioxidantes têm a função de reduzir ou inibir a ação deletéria dos radicais livres e das espécies reativas não radicais. Isso pode acontecer em 3 diferentes formas: eles podem impedir a formação, impedir a ação ou favorecer o reparo das estruturas que foram lesadas pelos radicais. 11 REFERÊNCIAS Veja mais em: https://brasilescola.uol.com.br/saude-na-escola/importancia-das-atividades- fisicas.htm. LAZZARETTI, Camilla, et al. Efeito do exercício físico sobre os níveis de malondialdeído e glutationa peroxidase em idosos. Salão de Iniciação Científica (19.: 2007: Porto Alegre, RS). Livro de resumos. Porto Alegre: UFRGS, 2007., 2007. POWERS S. K., Fisiologia do exercício: Teoria e aplicação ao ondicionamento e ao desempenho. 3a ed. Barueri: Manole; 2000. HALLIWELL B., GUTTERIDGE J. M. C., Free radical in biology and medicine. 4a ed. Oxford: University Press; 2007. SIES, H.; STAHL, W.; SUNDQUIST, A. R. Antioxidant functions of vitamins. 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