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Artigo_Novas regras da construção civil NBR 15575

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Este texto foi publicado no Jus no endereço https://jus.com.br
/artigos/25149
Para ver outras publicações como esta, acesse https://jus.com.br
Novas regras para o setor da construção civil
Novas regras para o setor da construção civil
Lucas Ruíz Balconi
Publicado em 08/2013. Elaborado em 07/2013.
Abordamos as mudanças para o setor da construção civil: a
classificação de uma edificação em função de seu desempenho, a
atribuição de direitos e deveres dos usuários, construtores,
incorporadores e fornecedores de material.
1. INTRODUÇÃO
Começou dia 19 de julho de 2013 a vigorar a norma de desempenho da ABNT 15.575
que, em suma, consolida entre projetistas, fabricantes, incorporadores/construtores
e moradores a ‘co-responsabilidade’ pelo desempenho e vida útil de uma edificação.
A Norma Técnica de Desempenho NBR 15.575 foi aprovada no dia 12 de maio de
2008, entrou em vigor, no período de testes, em 12 de maio de 2010, e deveria ter
começado a vigorar oficialmente em 12 de novembro de 2010, contudo foi
prorrogada para a data supracitada. O motivo do adiamento é a polêmica que esta
norma causou no setor da construção civil.
Neste passo, o presente artigo pretende dirimir algumas dúvidas em relação às
mudanças para o setor da construção, assim como demonstrar a importância da nova
norma e a influência dela nas práticas atuais da construção civil, como a classificação
de uma edificação em função de seu desempenho, a atribuição de direitos e deveres
dos usuários, construtores, incorporadores e fornecedores de material.
2. NORMA TÉCNICA DE DESEMPENHO - NBR 15.575
Com o objetivo claro de melhorar a qualidade e promover a garantia do atendimento
Novas regras da construção civil: NBR 15575 - Jus.com.br | Jus Navigandi https://jus.com.br/imprimir/25149/novas-regras-para-o-setor-da-construc...
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às exigências dos usuários de edificações habitacionais, independente de seus portes
e características, foi desenvolvido o texto da normatização brasileira de desempenho
de habitação, que entraria em vigor em março de 2010. Contudo, o texto original não
agradou os setores da construção e deixou a desejar as expectativas da sociedade,
visto que apresentou algumas exigências aquém do esperado e outras que não
condizem com a atual capacidade econômica do país e que seriam quase impossíveis
de serem realizadas.
Neste passo, após um intenso trabalho de dois anos de discussão para a revisão da
norma, houve um consenso entre associações de profissionais, órgãos do governo,
instituições, entre outros setores importantes, o que resultou na norma ABNT NBR
15575 “Edificações Habitacionais – Desempenho”, que entrou em vigor a partir de 19
de junho de 2013.
A nova norma de desempenho, ao contrário das normas tradicionais, que prescrevem
características dos produtos com base na consagração do uso, define as propriedades
fundamentais dos diferentes elementos da construção, independentemente do
material utilizado. No primeiro caso, deve-se utilizar o produto em atendimento às
suas características. No segundo, deve-se desenvolver e aplicar o produto para que
atenda os requisitos da norma.
Em outras palavras, as normas antigas de projetos estruturais são focadas na
tecnologia das construções, e apesar de fazerem muitas recomendações de boas
práticas e cuidados executivos, focam a avaliação do desempenho substancialmente
na realização de ensaios tecnológicos e deixam a desejar na inspeção e
monitoramento das técnicas executivas. Já a ABNT NBR 15575 vai além e introduz
novos fatores, como a definição da responsabilidade dos construtores,
incorporadores, projetistas e usuários, bem como relaciona itens e avaliações
essenciais para garantia de conforto e segurança na utilização do imóvel,
independentemente do material utilizado.
Cumpre salientar que todas as disposições contidas na norma são aplicáveis aos
sistemas que compõem edificações habitacionais, projetados, construídos, operados
e submetidos a intervenções de manutenção que atendam às instruções específicas
do respectivo manual de operação, uso e manutenção. A nova norma regulamenta
questões como acústica arquitetônica, conforto térmico e desempenho hidráulico,
por meio da especificação e aplicação de critérios mínimos para materiais e técnicas -
desde pisos, paredes e esquadrias, até o fluxo de líquidos em tubulações, vibrações de
máquinas e motores, entre outros -, a fim de melhor atender às exigências dos
usuários de edifícios habitacionais. Além disso, a NBR 15.575 inclui um mecanismo
de rastreabilidade para a construção, que permite, em casos de falhas de materiais ou
estruturas, indicar e determinar responsabilidades.
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Na versão de fevereiro de 2013, a ABNT NBR 15575 está estruturada em seis partes:
I - ABNT NBR 15575-1 – Parte 1: Requisitos Gerais
II.-ABNT NBR 15575-2 – Parte 2: Requisitos para os sistemas estruturais
III.- ABNT NBR 15575-3 – Parte 3: Requisitos para os sistemas de pisos
IV.- ABNT NBR 15575-4 – Parte 4: Requisitos para os sistemas de vedações verticais
internas e externas – SVVIE
V.- ABNT NBR 15575-5 – Parte 5: Requisitos para os sistemas de coberturas
VI.- ABNT NBR 15575-6 – Parte 6: Requisitos para os sistemas hidrossanitários
A descrição detalhada de cada parte da norma é feita no capítulo 7. Neste capítulo, de
forma sintética, são feitos comentários sobre aspectos considerados importantes para
o objeto deste trabalho.
2.1 APLICABILIDADE DA NORMA E ABRANGÊNCIA
A norma foi publicada no dia 19 de Fevereiro de 2013 e, passa a ser exigida no dia 19
de julho de 2013. Vale lembrar que a norma não se aplica a obras já concluídas e
construções pré-existentes, obras em andamento na data da entrada em vigor da
norma, projetos protocolados nos órgãos competentes até a data da entrada em
vigor, obras reformadas ou retrofit e edificações provisórias.
Ademais, mister se faz evidenciar que a norma 15575 aplica-se a edificações
habitacionais com qualquer numero de pavimentos, geminadas ou isoladas,
construídas com qualquer tipo de tecnologia, trazendo em suas respectivas partes as
ressalva necessárias no caso de exigências aplicáveis somente para edificações de até
cinco pavimentos.
Além de pisos cimentícios, cerâmicos, entre outros, todos os requisitos da NBR 15575
também se aplicam a pisos elevados, pisos flutuantes e outros. Já os sistemas
elétricos das edificações habitacionais, por sua peculiaridade e por ter normas mais
amplas de requisitos de desempenho, não são estabelecidos na ABNT NBR 15575.
3. RESPONSABILIDADE NA NORMA NBR 15.575
Como citado, a norma de desempenho atribui responsabilidades para todos os
envolvidos na construção e manutenção da edificação habitacional, incorporadores,
construtores, projetistas, usuários, entre outros, com intuito de manter o
desempenho pretendido durante o prazo de vida útil de projeto.
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Neste passo, a NBR 15.575 estabelece para o processo das habitações, nas suas
diferentes fases, ações concretas dos responsáveis pela obra e manutenção. A seguir,
apresenta-se resumo das principais incumbências dos mais importantes envolvidos
na edificação:
I. FORNECEDOR - É uma pessoa jurídica ou física, pública ou privada, nacional ou
estrangeira que forneça bense/ou serviços, com habitualidade e profissionalismo, ao
mercado. Possuiu a responsabilidade de caracterizar o desempenho do componente,
elemento ou sistema fornecido, o que pressupõe também demonstrar o prazo de vida
útil previsto para o bem, os cuidados na operação e na manutenção do produto, etc.
Podem também ser fornecidos resultados comprobatórios do desempenho do
produto com base nas normas internacionais ou estrangeiras compatíveis com a NBR
15575.
II. INCORPORADOR - Regulamentada pela Lei n. 4.591/94, a atividade de
incorporação é o compromisso de alienação de frações ideais de unidades autônomas
de uma determinada edificação, a ser construída ou em construção sob regime
condominial, ou que meramente aceita propostas para efetivação de tais transações,
coordenando e levando a termo a incorporação e responsabilizando-se, conforme o
caso, pela entrega em certo prazo, preço e determinadas condições das obras. Pode
exercida por pessoa fisica ou jurídica, comerciante ou não. Assim, podem figurar
como incorporador o proprietário do imóvel, o titular de direitos aquisitivos, o
construtor ou o corretor de imóveis. Suas principais incumbências na NBR 15.575
são:
a) Salvo convenção escrita, é da incumbência do incorporador, de seus prepostos
e/ou dos projetistas envolvidos, dentro de suas respectivas competências, do projeto,
devendo o incorporador, nesse caso, providenciar os estudos técnicos requeridos e
prover aos diferentes projetistas as informações necessárias. implantação da obra,
contaminação do lençol freático, presença de agentes agressivos no solo e outros
passivos ambientais.
B) níveis de desempenho (Mínimo, Intermediário ou Superior) para os diferentes
elementos da construção e/ou para a obra como um todo.
III. CONSTRUTOR - Pessoa fica ou jurídica, legalmente habilitada, contratada para
executar o empreendimento, de acordo com o projeto e em condições mutuamente
pré-estabelecidas. A edificação de prédios, sob o regime condominial, é regulada
pelos artigos 48 a 62 da Lei n. 4.591/94, com alterações introduzidas pela Lei n.
10.931/04, suas responsabilidades são:
a) Ao construtor, ou eventualmente ao incorporador, cabe elaborar os manuais de
uso, operação e manutenção, bem como proposta de modelo de gestão da
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manutenção, em atendimento às normas NBR 14037 e NBR 5674, que devem ser
entregues ao usuário da unidade privada e ao condômino se for o caso quando da
disponibilidade da edificação para uso.
b) Os manuais de uso, operação e manutenção da edificação PODEM REGISTRAR os
correspondentes prazos de VIDA UTIL DO PROJETO – VUP e, quando for o caso, os
prazos de garantia oferecidos pelo construtor ou pelo incorporador, recomendando-
se que esses prazos sejam iguais ou superiores que os apresentados na norma 15.575.
IV. Projetista - Atuam no desenvolvimento dos projetos em áreas específicas, como
mecânica, hidráulica, civil, elétrica, entre outras. Participam da implantação e
controlam a documentação do projeto, além dos ensaios do produto final. Cabe aos
projetistas:
a) Os projetistas devem estabelecer e indicar nos respectivos memoriais e desenhos a
VIDA UTIL DO PROJETO – VUP de cada sistema que compõe a obra, especificando
materiais, produtos e processos que isoladamente ou em conjunto venham a atender
ao desempenho mínimo requeridos. Com este intuito o projetista deve recorrer às
boas práticas de projeto, às disposições de normas técnicas prescritivas, ao
desempenho demonstrado pelos fabricantes dos produtos contemplados no projeto e
a outros recursos do estado da arte mais atual.
B) Quando as normas específicas de produtos não caracterizem desempenho, ou
quando não existirem normas específicas, ou quando o fabricante não tiver publicado
o desempenho de seu produto, compete ao projetista solicitar informações ao
fabricante para balizar as decisões de especificação. QUANDO FOREM
CONSIDERADOS VALORES DE VUP MAIORES QUE OS MINIMOS
ESTABELECIDOS NA NBR 15575, ESTES DEVEM CONSTAR DOS PROJETOS
E/OU MEMORIAL DE CÁLCULO.
V. USUÁRIO – Ao usuário da edificação habitacional, proprietário ou não, cabe
UTILIZAR CORRETAMENTE A EDIFICAÇÃO, não realizando sem prévia
autorização da construtora e/ou do poder público alterações na sua destinação, nas
cargas ou nas solicitações previstas nos projetos originais. Cabe ainda realizar e
registrar nas manutenções preventivas de acordo com o estabelecimento no Manual
de Uso, Operações e Manutenção do imóvel e nas normas NBR 5674 e 14037.
4. CONSIDERAÇÕES LEGAIS
Primeiramente, importante demonstrar que a ABNT – Associação Brasileira de
Normas Técnicas - é uma associação civil sem fins lucrativos, reconhecida como de
utilidade pública pela Lei 4.150, de 21 de novembro de 1962, seu objetivo é
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oferecer normas técnicas de qualidade para o desenvolvimento técnico do país,
conforme a Lei citada:
Art. 5º. A “ABNT” é considerada como órgão de utilidade pública e,
enquanto não visar lucros, aplicando integralmente na manutenção de sua
administração, instalações, laboratórios e serviços, as rendas que auferir, em
seu favor se manterá, no Orçamento Geral da República, dotação não
inferior a dez milhões de cruzeiros (Cr$10.000.000,00).
Desta forma, as normas técnicas da ABNT não são normas jurídicas ou legais e por
seu turno não possui poder vinculante, sendo que cabe, exclusivamente, a
interpretação e aplicação técnica pelos técnicos qualificados, enquanto que à norma
legal vincula a todos os administrados, nesse sentido o Superior Tribunal de Justiça
se manifestou:
Cumpre também esclarecer que as normas da Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT) não têm poder vinculante, sendo meras
balizadoras do labor pericial. (AgRg – Agravo Regimental em Recurso
Especial nº 92.834/PR – Processo 2011/0212492-5 –
Relator: Ministro Massami Uyeda – 17/04/2012)
Não obstante, apesar da NBR 15.575 não ser uma norma propriamente dita, ou seja,
não se tratar de lei especial para o regulamento das relações no setor da construção
civil, ela é de suma importância e, em alguns caso, terá tanto valor jurídico quanto a
legislação específica.
Imperioso evidenciar que determinados artigos contidos no Código Civil e no Código
de Defesa do Consumidor dão força obrigatória às Normas Técnicas ou estabelecem
consequências para o seu descumprimento. O Código de Defesa do Consumidor, por
exemplo, estabelece:
Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços:
VIII - Colocar, no mercado de consumo, qualquer produto ou serviço em
desacordo com as normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes ou,
se normas específicas não existirem, pela Associação Brasileira de normas
técnicas ou outra entidade credenciada pelo Conselho Nacional de
Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - Conmetro.
Ademais, cumprir os requisitos exigidos na NBR 15.575 é de suma importância para
demonstrar a boa-fé do agente, bem como para comprovar, até mesmo
judicialmente, a utilização correta de todos os recursos que lhe incumbiam, ficando
isento de responsabilidade civil e/ou criminal, como se demonstra no julgado abaixo:
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RESPONSABILIDADE CIVIL- DANO MORAL FALHA NA PRESTAÇÃO DO
SERVIÇO PÚBLICO QUEDA DE TRANSEUNTE EM CALÇAMENTO
PÚBLICO CAUSA DE PEDIR CINGIDA À INADEQUAÇÃO DO PISO E
DESCUMPRIMENTO DO DEVER DEGUARDA E VIGILÂNCIA DOS
PASSEIOS PÚBLICOS - ROMPIMENTO DO NEXO DE CAUSALIDADE
COM A SUPERVENIÊNCIA DE PROVA DOCUMENTAL COLIGIDA
PELA RÉ QUE COMPROVOU A ADEQUAÇÃO DO COEFICIENTE
DE ATRITO DO PISO DO CALÇAMENTO AOS CRITÉRIOS DE
SEGURANÇA NORMATIZADOS PELA A.B.N.T. AUSÊNCIA DE
COMPROVAÇÃO, ADEMAIS, DO EVENTO DANOSO- AÇÃO
IMPROCEDENTE SENTENÇA MANTIDA RECURSO DESPROVIDO. (TJ-
SP - APL: 298769120108260602 SP 0029876-91.2010.8.26.0602, Relator:
Ferraz de Arruda, Data de Julgamento: 28/11/2012, 13ª Câmara de Direito
Público, Data de Publicação: 03/12/2012) (Grifo não original).
Deste modo, pode-se afirmar que a NBR 15.575 é um marco regulatório, técnico e
jurídico, na Construção Civil devido à importância de suas disposições para ambas às
disciplinas.
5. CONCLUSÃO
De acordo com as informações expostas no presente artigo, pode-se observar que a
ABNT NBR 15.575/2013 (Edificações Habitacionais - Desempenho) representa um
marco de grande importância no setor da construção civil, visto que agrega materiais
sobre pesquisas já realizadas cujas informações antes estavam dispersas, ressalta a
importância da pesquisa para o desenvolvimento tecnológico, aumenta a importância
do projeto, para que seja bem elaborado, com o objetivo de aprimorar a qualidade da
construção e promover a garantia do atendimento às exigências dos usuários de
edificações habitacionais.
Ademais, a norma define responsabilidades aos usuários, fornecedores de materiais e
serviços, construtores e incorporadores, delimitando e estabelecendo direitos e
deveres dos principais envolvidos na construção.
Com relação à qualidade da obra, a norma não define materiais e deixa a livre escolha
do projetista e do construtor, apenas informando as características necessárias que
tal material ou sistema construtivo deve possuir. Com isso, o surgimento de novas
tecnologias no setor é facilitado.
Por fim, destaca-se a importância da ABNT NBR 15575, pois através dos aspectos
citados anteriormente, impõe-se no setor uma cultura voltada para o desempenho da
edificação, para o foco na pesquisa, na utilização de novas tecnologias e por
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consequência, na elaboração de um bom projeto.
6. REFERÊNCIAS
ABNT NBR 15575 – Edificações habitacionais – Desempenho – Rio de Janeiro,
2013.
FREITAS, Rinaldo Maciel de. O princípio da legalidade aplicado às normas ABNT.
Disponível em: http://jus.com.br/artigos/23337. Acesso 24 jul. 2013.
PAIVA, Maurício Ferraz. Em debate “normalização” – A obrigatoriedade da
observância das normas técnicas brasileiras. Disponível
http://www.osetoreletrico.com.br. Acesso 23 jul. 2013
CBIC, Câmara Brasileira da Indústria da Construção. Guia orientativo para
atendimento à norma ABNT NBR 15575/2013. Brasília 2013.
Autor
Lucas Ruíz Balconi
Bacharel em Direito pelo Centro Universitário Filadélfia.
Informações sobre o texto
Como citar este texto (NBR 6023:2018 ABNT)
BALCONI, Lucas Ruíz. Novas regras para o setor da construção civil. Revista Jus
Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 18, n. 3708, 26 ago. 2013. Disponível
em: https://jus.com.br/artigos/25149. Acesso em: 21 out. 2021.
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