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Mulheres que contribuíram para a Construção da Enfermagem

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DEFINIÇÃO
Abordagem histórica da Enfermagem, com base em estudos de gênero, classe e raça, e localização de mulheres importantes para a profissão,
negligenciadas pela história.
PROPÓSITO
Reconhecer o valor histórico de mulheres que contribuíram para a construção Enfermagem, pois é importante para analisar as práticas do presente e
do futuro da profissão.
MÓDULO 1
 Identificar na história da Enfermagem, e a importância das mulheres que ajudaram a construir a profissão
INTRODUÇÃO
A História não consiste apenas em um conjunto de dados passados. A cada recontagem dos fatos, atualizamos o passado e garantimos uma
ampliação das memórias que nos farão construir o presente e o futuro.
 
Fonte: Unsplash
A HISTÓRIA DA ENFERMAGEM É MUITO IMPORTANTE NÃO APENAS PARA A
COMUNIDADE ACADÊMICA DE FUTURAS(OS) ENFERMEIRAS(OS), MAS PARA TODA A
SOCIEDADE.
Vamos abordar a história, apresentando nomes de grandes de mulheres que ajudaram a construir essa profissão e que colocaram a Enfermagem no
patamar científico, cada uma a seu tempo e em seu contexto.
ALGUMAS ENFERMEIRAS CITADAS NÃO SÃO MUITO CONHECIDAS, POR ISSO
MESMO FAREMOS UMA VISITAÇÃO A ESSAS MULHERES, NO CONTEXTO DE UMA
RECONSTRUÇÃO DO PROCESSO HISTÓRICO DA PROFISSÃO. O FATO DESSAS
MULHERES ESTAREM CADA VEZ MAIS INTEGRANDO A HISTÓRIA DA ENFERMAGEM
CONTRIBUI COM O PRESENTE DA PROFISSÃO E DA SOCIEDADE.
VAMOS COMEÇAR?
FLORENCE NIGHTINGALE: A DAMA DA LÂMPADA
(1820-1910)
Florence nasceu na cidade de Florença, na Itália, em 12 de maio de 1820. Sua nacionalidade, porém, é britânica. Teve uma educação bastante rica, e
aos 17 anos de idade já contava com um vasto conhecimento sobre Filosofia, Ciências Políticas, Matemática, História, Línguas Modernas, Música e
alguns idiomas como grego e latim.
Apesar de todo esse conhecimento e educação, Florence percebeu ainda muito jovem que gostava das causas dos necessitados.
 
Fonte: Wikipedia
Entenda como foi a trajetória da vida de Florence Nightingale:
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Fonte: FlatIcon
A partir de um sonho, ela significou sua aptidão para o cuidado como um chamado divino, pedindo à família uma autorização para trabalhar na
Enfermaria de Salisbury.
Contudo, seu pedido foi negado, pois o papel das enfermeiras não era bem visto, por ser desempenhado por mulheres de “reputação duvidosa” para
a sociedade.
REPUTAÇÃO DUVIDOSA
O declínio da Igreja católica pelo advento da Reforma protestante e o enfraquecimento do sistema feudal pelo capitalismo fizeram o cuidado para
com os enfermos (antes realizados por mulheres religiosas) passar a ser realizado por mulheres chamadas de “meretrizes” ou “prostitutas”.
Eram mulheres de classes sociais baixas que vagavam abandonas por suas famílias, ou com qualquer outro problema de ordem social. Elas
constituíam mão de obra barata, para preencher um papel até então desempenhado por caridade.
 
Fonte: FlatIcon
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Fonte: FlatIcon
Depois da negativa para ingressar em uma profissão malvista, Florence percorreu vários países, a fim de experienciar como eram feitos os trabalhos
da Enfermagem mundo afora. Conseguiu convencer sua família, e logo começou uma capacitação em Kaiserswerth.
Em 1853, teve seu primeiro emprego oficial, e foi chamada pelo secretário de Estado Sidney Herbert para liderar 38 mulheres voluntárias que
seguiriam para a Guerra da Crimeia. Florence realizou um trabalho de excelência, não só cuidando dos corpos, mas também atentando ao ambiente e
ao lado emocional e afetivo dos feridos.
 
Fonte: FlatIcon
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Fonte: FlatIcon
Seu grande trabalho científico foi reconhecido, e foi chamada para inaugurar a primeira escola de Enfermagem, no Hospital Saint Thomas, em
Londres, onde desenvolveu o modelo nightingaleano de cuidado.
Escreveu cerca de duzentas obras fragmentadas, registros desse processo de construção de seu sonho profissional, tendo reconhecimento científico
nas áreas de Estatística, Epidemiologia e Administração Hospitalar.
 
Fonte: FlatIcon
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Fonte: Wikipedia
MARY JANE SEACOLE: A PRIMEIRA ENFERMEIRA NEGRA
(1805-1881)
Essa mulher é uma personalidade muito importante para nosso estudo, visto que, por ser negra, ela nos situa atualmente sobre como a profissão pode
ser analisada pelo recorte de gênero, raça e classe.
A ENFERMAGEM É COMPOSTA POR MAIS MULHERES DO QUE HOMENS, E ESSAS
MULHERES FAZEM PARTE DE CLASSES SOCIAIS MENOS FAVORECIDAS (O QUE
ESTÁ LIGADO DIRETAMENTE AO RECONHECIMENTO SOCIAL DA PROFISSÃO) E, EM
GRANDE PARTE, SÃO NEGRAS.
Mary Jane Seacole nasceu em 23 de novembro de 1805, na ilha da Jamaica, na cidade de Kingston. Nessa época, o local de seu nascimento era uma
colônia inglesa, e a escravidão ainda não havia sido abolida. Ela era filha de um oficial escocês branco e de uma mulher negra livre e, apesar do
contexto desfavorável, recebeu boa educação e fez parte da alta sociedade da Jamaica.
Sua mãe era dona de uma pensão, onde, na época, eram abrigados alguns militares feridos, ou acometidos pelo cólera ou pela febre amarela. Ver sua
mãe cuidando desses militares despertou, ainda em sua infância, o desejo de cuidar. Posteriormente, ela se voluntariou em países vizinhos que
aceitavam esse tipo de força de trabalho, visto que sofria muita desvalorização das classes dominantes em seu país, em razão do racismo ainda forte
nessa época.
Conheça agora um pouco da história de vida de Mary Jane Seacole:
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De 1853 a 1856, estava em curso a Guerra da Crimeia, um conflito que envolveu a península da Crimeia, o sul da Rússia e os Bálcãs. Seacole tomou
conhecimento que a britânica Florence Nightingale estava convidando para recrutamento mulheres com experiência em cuidados, para tratar dos
soldados feridos pela guerra. Apesar de ser muito qualificada e ter experiência, Seacole não foi selecionada.
Essa notícia triste foi encarada por Seacole como um desafio, e essa grande mulher não desistiu de seu objetivo. Arrecadou fundos para uma viagem
e se dirigiu para Scutari, local onde as voluntárias da Guerra da Crimeia ficavam. Com muito sacrifício, montou uma espécie de hotel que chamou de
British Hotel, localizado bem perto do local das frontes da batalha.
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Além desse hotel, passou a vender comida e bebida para os soldados e, assim, conseguia arrecadar fundos. Esses fundos eram usados para custear
sua causa maior, que era cuidar dos feridos de guerra, realizando o que considerava sua vocação.
Seu propósito maior de cuidado justificava o risco de ser ferida. A partir de então, Seacole começou a ir para a fronte de batalha e seguiu cuidando dos
feridos. Depois da guerra, Seacole pretendia partir para a Índia para atuar como enfermeira, mas não conseguiu arrecadar o suficiente.
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Mesmo assim, seu trabalho foi reconhecido e ganhou uma linda homenagem no Museu Florence Nightingale, em Londres, onde um busto de bronze
fica exposto na entrada, lembrando a importante participação dessa mulher na Enfermagem.
Seacole construiu sua história com base nos grandes desafios e encarou todos eles com bravura. Resistiu ao racismo, à exclusão e a humilhações e
ajudou a constituir a Enfermagem como um fazer que é resistente e bonito por natureza.
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ANNA JUSTINA FERREIRA NERY: A MATRIARCA DA ENFERMAGEM
BRASILEIRA
(1814-1880)
A brasileira Anna Nery, como ficou conhecida, nasceu em 13 de dezembro de 1814, na Bahia, em uma cidade chamada Vila de Nossa Senhora do
Rosário do Porto da Cachoeira, às margens do rio Paraguaçu. Apesar de sua origem humilde, seus irmãos se tornaram importantes militares e
políticos.
O papel da mulher nessa época era basicamente de esposa e cuidadora do lar. Sua importância era dada por quem era seu marido. Em 15 de maio de
1838, Anna Nery casou-se com o tenente-coronel da Marinha Isidoro Antônio Nery, herdando seu sobrenome. Teve três filhos: Justiniano de Castro
Rebello, Isidoro Antônio Nery Filho e Pedro Antônio Nery – todos seguiram a carreira militar.
 
Fonte: Wikipedia
Conheça mais sobre a história de Anna Justina Ferreira Nery:
Em 1844, Anna Neryfoi surpreendida com a notícia da morte súbita e pouco explicada de seu cônjuge, por doença desconhecida, quando ele
navegava nas águas do Maranhão. A morte de seu marido a colocou em uma condição social de independência.
Em 1865, seus filhos foram convocados para lutar na Guerra do Paraguai, da qual o Brasil participou unindo-se a Uruguai e Argentina, pelo
Tratado da Tríplice Aliança. Movida por tristeza e vontade de fazer algo para estar perto de seus filhos, Anna Nery escreveu uma carta ao
presidente da província da Bahia, Manoel Pinto de Souza Dantas, pedindo um voluntariado para servir à guerra, que foi atendido.
Anna Nery partiu para o Rio Grande do Sul para aprender noções básicas na Ordem de São Vicente de Paulo. Logo depois, foi incorporada ao
Décimo Batalhão de Voluntários e, durante seis anos, prestou serviços nos hospitais de campanha.
Por toda essa dedicação, recebeu muitas homenagens, como os diplomas de Sócia Honorária da Sociedade de Socorros em Comentes e o de
Sócia Instaladora da Sociedade Beneficência Portuguesa em Assunção.
Em 1870, ao fim do conflito, voltou ao Brasil e foi chamada pelos militares e brasileiros de “mãe dos brasileiros”.
Apesar de Anna Nery ser muito lembrada por essa história maternal, o motivo de sua história ser honrosa é ter construído um caminho de
independência profissional, em seu tempo ainda carregado de preconceitos quanto a valores familiares. Isso não deixa de ser um grande
exemplo para os dias de hoje.
 
Fonte: Wikipedia
LILLIAN WALD: UMA ENFERMEIRA ATIVISTA
(1867-1940)
Sua história começa na cidade de Cincinnati, no estado de Ohio, nos Estados Unidos, em 10 de março de 1867. Filha caçula de uma família de quatro
filhos, teve uma boa educação; sua família importava-se muito com valores educacionais.
O nascimento de seu sobrinho, de quem cuidava ativamente, despertou o desejo de cuidar de maneira profissional, mas isso não se concretizou tão
rapidamente.
Para ter independência financeira, trabalhou em um jornal. Com isso, pôde viajar por muitos lugares. Em uma dessas viagens, conheceu uma
enfermeira diplomada que trabalhava no Hospital Bellevue. Ela sugeriu que se matriculasse no programa de Enfermagem da New York Hospital
Training School, e foi o que Lillian fez.
A seguir, conheça algumas informações importantes sobre a enfermeira ativista Lillian Wald:
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Fonte: FlatIcon
Formou-se em 1891. Seu primeiro emprego como enfermeira foi em um orfanato chamado New York Juvenile Asylum. Constatou problemas nos
cuidados com as crianças e tentou adequá-los, mas percebeu que seu trabalho estava incomodando e saiu da instituição.
Em 1892, retornou aos estudos na Faculdade de Medicina Feminina em Nova York, passando a lecionar cuidados de Enfermagem na região leste da
cidade.
 
Fonte: FlatIcon
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Fonte: FlatIcon
O contato com pessoas de outro nível social mostrou a Lillian a realidade sobre a pobreza e algumas situações deploráveis de miséria dos imigrantes.
Em dado momento, disse ter sido “batizada pelo fogo”: recebeu de uma menina muito pobre um pedido de cuidado de saúde para sua mãe. Isso a
marcou profundamente, e foi o suficiente para decidir abandonar a faculdade de Medicina.
Em 1853, teve seu primeiro emprego oficial, e foi chamada pelo secretário de Estado Sidney Herbert para liderar 38 mulheres voluntárias que
seguiriam para a Guerra da Crimeia. Florence realizou um trabalho de excelência, não só cuidando dos corpos, mas também atentando ao ambiente e
ao lado emocional e afetivo dos feridos.
 
Fonte: FlatIcon
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O TRABALHO DE LILLIAN FOI TÃO IMPORTANTE, QUE, NA ÉPOCA, ELA COMEÇOU A
FAZER MUITOS CONTRATOS COM INSTITUIÇÕES PRIVADAS E PÚBLICAS. ELES IAM
PARA ALÉM DAS DOENÇAS, POIS OS PACIENTES RECEBIAM ESTUDOS SOBRE
LÍNGUAS E MÚSICA, MORADIA E EDUCAÇÃO BÁSICA. COM BASE EM TODA SUA
EXPERIÊNCIA EM AÇÕES HUMANISTAS E MOVIMENTOS SOCIAIS, EM 1893 CRIOU O
TERMO “ENFERMEIRAS EM SAÚDE PÚBLICA”.
 
Fonte: Wikipedia
 Busto de Lillian Wald no Hall da Fama de Grande Americanos
Em 1970, o Hall da Fama dos grandes americanos, na Avenida D, em Manhattan, recebeu seu nome, como sinal de respeito e honra. Lillian foi, sem
dúvida, uma das maiores enfermeiras da história! Seu espírito de força nos convida a insistir na luta pela igualdade, lembrando que o trabalho a ser
desenvolvido pela Enfermagem é calcado pela importância que se dá à vida, toda vida – toda vida vale a pena!
MARIA JOSÉ BEZERRA (MARIA SOLDADO): UMA ENFERMEIRA
ILUSTRE
(1885-1958)
Maria Soldado, filha de pais escravos, nasceu na cidade de Limeira, em São Paulo, em 9 de dezembro de 1985. Sua história de luta começa desde
muito cedo, trabalhando como cozinheira na casa da ilustre família Penteado Mendonça.
Em 1932, São Paulo estava passando por um momento conturbado politicamente, era a época da Revolução Constitucionalista.
Esse movimento tinha, de um lado, grupos armados com interesses na constituinte que daria direito ao voto e, do outro, forças armadas do governo.
Maria estava do lado dos constitucionalistas. Em dado momento da revolução, a casa onde Maria trabalhava foi alvejada pelos militares. Esse
acontecimento despertou nela forte desejo de mudança.
 
Fonte: Memórias Paulistanas
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Fonte: FlatIcon
Decidiu se juntar à luta armada constituinte, e se alistou como enfermeira, para cuidar dos feridos, empunhar armas e foi para a fronte de batalha
travestida de homem, mas logo foi descoberta e passou a ser chamada de Maria Soldado. Como soldado, Maria se preocupava com feridos e cuidava,
principalmente, de pessoas negras, feridas ou não.
Maria Soldado continuou ligada às lutas dos movimentos sociais antirracistas, participando dos movimentos estudantis contra a ditadura. Ao fim de sua
vida, passou por muitas dificuldades financeiras e vendia doces e salgados no Hospital das Clínicas de São Paulo.
 
Fonte: FlatIcon
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Fonte: FlatIcon
O contato com pessoas de outro nível social mostrou a Lillian a realidade sobre a pobreza e algumas situações deploráveis de miséria dos imigrantes.
Em dado momento, disse ter sido “batizada pelo fogo”: recebeu de uma menina muito pobre um pedido de cuidado de saúde para sua mãe. Isso a
marcou profundamente, e foi o suficiente para decidir abandonar a faculdade de Medicina.
ESSA MULHER É UM EXEMPLO DE DESIGUALDADE, POIS SUA HISTÓRIA, ATÉ HÁ
BEM POUCO TEMPO, ERA DESCONHECIDA. SUA CONDIÇÃO DE MULHER NEGRA,
FILHA DE ESCRAVOS E DE PRIVAÇÃO DE UMA EDUCAÇÃO DE QUALIDADE, LEVOU
AO RETORNO PARA A CONDIÇÃO DE TRABALHO DOMÉSTICO E A UMA
INVISIBILIDADE HISTÓRICA.
Mesmo diante de muitos desafios, ela se tornou reconhecida durante o movimento revolucionário (ainda que sua história até hoje tenha pouca
visibilidade), mostrando que uma mulher pode lutar com a mesma garra que homens. Isso a coloca como uma ilustre mulher: com sua bravura e
coragem, provou que a desigualdade entre os gêneros e as raças é um grande atropelo que a humanidade insiste em ampliar.
 
Fonte: UNIRIO
ETHEL PARSONS: UMA ENFERMEIRA INTELIGENTE
(DESCONHECIDO-1953)
A história de Ethel ficou conhecida no Brasil a partir da década de 1920, e dados sobre sua vida anterior a esse período são pouco conhecidos. Nesse
ano, Ethel foi nomeada pela Fundação Rockefeller para estruturar uma escola e implantar um serviço de enfermeiras de Saúde Pública.
Ethel chegou ao Brasil em 2 de setembro de 1921 e iniciou a Missão para Cooperação Técnica para o Desenvolvimento da Enfermagem no Brasil,
popularmente conhecida como Missão Parsons. A primeira ação que Ethel promoveu foi realizar uma pesquisa de reconhecimento das atividades
realizadas no país.
Seus levantamentos confirmaram a situação da Enfermagem:
ERA UM CAMPO COMPOSTO BASICAMENTE POR MULHERES, QUE
DESEMPENHAVAM PAPÉIS DE ASSISTENTE DE MÉDICO, E QUASE TODAS NÃO
SABIAM LER E ESCREVER. ESSAS PESSOAS SE CHAMAVAM ATENDENTES,
ADVINHAM DE UMA FORMAÇÃO PRÁTICA E, QUANDO FREQUENTAVAM ALGUMA
FORMAÇÃO TEÓRICA, ESTAVAM LIGADAS AOS ASSUNTOS MÉDICOS.
Sua segunda ação foi divulgar porpanfletos uma espécie de chamamento, que continha o seguinte texto: “A enfermeira moderna – apelo às moças
brasileiras! O Brasil precisa de enfermeiras e convida-vos ao desempenho do maior serviço que uma mulher bem prendada e educada pode prestar –
a assistência inteligente e piedosa aos doentes.” Essa missão durou dez anos.
Ethel modificou o termo “enfermeira visitadora” para “visitadora de higiene”, pois precisava diferenciar as enfermeiras diplomadas. Encontrou
resistência da comunidade médica, que exercia poder calcado na cultura de dominação masculina médica. Sua intervenção foi capaz de instituir um
campo de trabalho, abrindo o mercado para a atuação de mulheres, ainda que ancorada por valores servis da mulher como missionária.
ETHEL IMPRIMIU AO CAMPO DA ENFERMAGEM UM VALOR CIENTÍFICO,
PROPAGANDO O MODELO NIGHTINGALEANO, EM QUE SE BASEAVA.
RACHEL HADDOCK LOBO: UMA ENFERMEIRA APAIXONADA
(1891-1933)
Rachel era filha de uma ilustre família de origem portuguesa. Nasceu no Rio de Janeiro, em 18 de junho de 1891. Seu avô foi um importante médico,
tenente-cirurgião do Corpo de Cavalaria da Guarda Nacional.
A condição social não a fez experimentar uma vida livre por completo, casando-se para corresponder aos anseios familiares. O casamento, porém,
durou pouco, e teve que conviver com o título de mulher desquitada, o que era vergonha e causava desprezo social. Isso a fez passar oito meses
reclusa em convento. Em 1918, foi participar da Primeira Guerra Mundial.
 
Fonte: ResearchGate
Seu trabalho foi reconhecido e recebeu a Cruz da Legião de Honra. Descobriu a paixão pela Enfermagem e insistiu na profissão. Saiba mais:
1922
Em 1922, estudou Enfermagem na École des Enfermeríes de L’Assistance Publique, na França. Após sua formatura, retornou ao Brasil e trabalhou na
Fundação Gaffrée Guinle. Depois, foi convidada para ingressar como docente na Escola de Enfermagem Anna Nery.
1927
Em 1927, recebeu uma bolsa da Fundação Rockefeller para aperfeiçoamento em Administração e logo se tornou diretora. Seu percurso deixou marcas
na luta da liberdade feminina.
1932
Fundou, em 1932, a revista Annaes de Enfermagem, que, depois, passou a ser Reben – Revista Brasileira de Enfermagem. Foi membro de inúmeras
associações nacionais e internacionais. Todo seu empenho e toda sua paixão à frente da Escola de Enfermagem Anna Nery conferiram a essa
instituição um título de escola-modelo para as demais.
 SAIBA MAIS
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Mesmo em um momento político e econômico muito delicado no Brasil, Rachel Haddock Lobo usou seus privilégios sociais para construir uma
profissão científica, incentivando docentes e estudantes à escrita acadêmica e à pesquisa. Hoje é um exemplo de mulher que não se deixou abalar
pelas convicções excludentes de sua época, indo à luta por emancipação.
 
Fonte: REBEN
LAÍS NETTO DOS REIS: UMA POTÊNCIA NA ACADEMIA
(1893-1950)
Laís, uma mulher forte e muito religiosa, nasceu em 22 de setembro de 1893, na cidade de Resende, no Rio de Janeiro. Sua família sempre esteve
envolvida com assuntos políticos. Por parte materna, era neta de um barão. Seu pai era jornalista e deputado estadual; seu avô paterno foi um
conhecido abolicionista. Laís foi detentora de um grande capital cultural e social.
Casou-se em 1911, mas ficou viúva e não teve filhos. Por motivos de devoção religiosa, dedicou sua vida a cuidar de pessoas menos favorecidas.
Quando teve notícias da criação da primeira Escola de Enfermagem, com modelo nightingaleano, no Rio de Janeiro, ficou muito entusiasmada e se
inscreveu na primeira turma da Escola de Enfermagem Anna Nery. Recebeu, junto com suas companheiras de turma, uma bolsa de estudos para ir
para os Estados Unidos, na Fundação Rockfeller.
Acompanhe a trajetória da Laís Netto dos Reis:
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1927
Em 1927, retornou ao Brasil e foi convidada para ser enfermeira no Departamento Nacional de Saúde Pública, sendo chefe do Centro de Saúde de
Inhaúma. Em seguida, também foi convidada para organizar e chefiar o Serviço de Pediatria do Hospital Arthur Bernardes. No entanto, Laís almejava
mais, e decidiu viajar pelo mundo para aprimorar seus conhecimentos de Enfermagem e conhecer outras realidades sobre o fazer dessa profissão.
1929
No auge de sua juventude, em 1929, participou da organização e chefia do Hospital São Sebastião do Rio de Janeiro. Nesse ano, foi nomeada
assistente de diretoria da Escola de Enfermagem Anna Nery, porém, em razão de desentendimentos com a então diretora Berta Pollen, foi colocada à
disposição pela escola.
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1931
Em 1931, a pedido do então Presidente da República Getúlio Vargas, foi para São Paulo organizar o Serviço de Enfermagem de Saúde Pública e o
Serviço de Educadoras Sanitárias do estado.
1932
Em 1932, organizou o Serviço de Emergência para o Socorro de Guerra, pela ocasião da Revolução de 1932.
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1933
Em 1933, foi convidada pelo doutor Ernani Agrícola para fundar o Serviço de Saúde Pública de Minas Gerais. Decidiu atuar na formação de novas
enfermeiras e fundou a primeira Escola de Enfermagem de Minas Gerais.
1938
Em 1938, Getúlio Vargas convidou-a para ocupar a direção da Escola de Enfermagem Anna Nery e para presidir o Conselho de Enfermagem.
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 COMENTÁRIO
Laís nos deixa uma importante lição sobre a vida: não se constrói um campo profissional afastado das questões políticas. Essa mulher, apesar de
religiosa, soube exercer seu papel cívico com muito comprometimento, colaborando com seu país e investindo seu tempo e seus conhecimentos na
construção de uma Enfermagem científica e reconhecida como profissão.
WALESKA PAIXÃO: UMA ENFERMEIRA IMPLICADA
(1903-1993)
Waleska nasceu em 3 de novembro de 1903, no estado do Rio de Janeiro, na cidade de Petrópolis, sexta filha de um engenheiro e uma mulher do lar.
Teve vastos conhecimentos culturais, e aos 14 anos já lecionava Francês e Matemática, com experiência docente no Colégio Notre Dame de Sion.
As consequências deixadas pela Segunda Guerra Mundial trouxeram a gripe espanhola, uma pandemia que matou milhões de pessoas no mundo,
incluindo sua irmã mais velha. Nos cuidados que destinou à irmã e à comunidade, Waleska, apesar do contexto triste, encantou-se pela Enfermagem.
Viu em um anúncio a notícia da criação da Escola de Enfermagem Anna Nery. Sua família não autorizou que fosse estudar lá.
 
Fonte: Scielo
Uma amiga de sua mãe, Laís Netto, sabendo de sua expertise em Matemática, a convidou para lecionar sobre cálculos e soluções matemáticas,
assunto muito temido na época, na Escola de Enfermagem Carlos Chagas (EECC), em Belo Horizonte. Além de ensinar Matemática nos cálculos de
drogas medicamentosas, cursou Enfermagem nessa mesma instituição.
Depois de se diplomar, aos 35 anos, ocupou o cargo de direção da escola, buscando torná-la padrão Anna Nery, meta conquistada em 1942, com
muito esforço e trabalho. Recebeu uma bolsa de estudos de Nova York, e essa experiência tornou-a reconhecida quando retornou ao Brasil. Isso
resultou em mais um feito, a criação de um órgão defensor da profissão em Minas Gerais, a Associação Brasileira de Enfermeiras Diplomadas de
Minas Gerais (ABEND-MG), sendo sócia-fundadora e primeira presidenta.
Em decorrência de uma grave doença, a hepatite, foi obrigada a deixar todo seu trabalho de lado, em Minas Gerais, e retornar ao Rio de Janeiro. Mais
tarde, foi convidada para lecionar na Escola de Enfermagem Anna Nery. Em decorrência da morte da diretora, Laís, assumiu a direção da escola,
permanecendo no cargo por 16 anos.
ASSIM, WALESKA NÃO SÓ CONTRIBUIU PARA A CONSTRUÇÃO DA HISTÓRIA DESSA
PROFISSÃO, COMO TAMBÉM NOS DEIXOU UM GRANDE EXEMPLO DE LUTA E
PERSISTÊNCIA. MESMO COM A ADVERSIDADE DA DOENÇA, ESSA MULHER
CONSEGUIU SE RECONSTRUIR E TRILHAR UM CAMINHO DE PERSEVERANÇA.
 
Fonte:Shutterstock
 Olga Verderese à direita.
OLGA VERDERESE: UMA ENFERMEIRA CIENTISTA
(1917-2004)
Olga, nasceu em 19 de novembro de 1917, em Piracicaba, São Paulo. Filha de pais com posiçõessociais importantes, recebeu estímulo e exemplo,
principalmente de sua mãe, que era educadora e uma pessoa muito culta. Sua mãe escrevia a maioria dos discursos políticos dos deputados, porém,
nesse tempo, mesmo que uma mulher tivesse capacidade intelectual para realizar muitas tarefas no campo político e/ou social, o anonimato e a
invisibilidade eram uma sentença, e isso não foi diferente com sua mãe, dona Anna Joaquina da Rocha.
Em 1942, cursou Enfermagem na Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (USP), destacando-se na conclusão do curso. Foi
rapidamente convidada pela senhora Haydée Guanais Dourado para ajudá-la na criação do curso de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia
(UFBA). Aceitou o convite e se tornou diretora da Escola de Enfermagem, além de trabalhar no Hospital de Clínicas.
Resolveu se dedicar aos espaços de representatividade e criou a Associação de Enfermeiras Diplomadas da Bahia (Abed), de onde foi presidenta.
Com sua vasta experiência, foi convidada para fundar Escola de Enfermagem no Sul do país. Mudou-se para o Rio Grande do Sul e fundou a Escola
de Enfermagem de Nível Superior.
Trabalhou na Santa Casa de Misericórdia e aliou seu conhecimento teórico à prática. O espírito conhecedor que recebeu de sua mãe nunca
desapareceu. Em 1954, cursou Bachelor of Science (Bacharel de Ciência), em Nova York.
Em 1965, realizou o Master of Arts (Mestrado em Artes). Quando retornou ao Brasil, dedicou-se a realizar uma pesquisa a nível nacional, que
compreendeu coletar dados em todo o país sobre recursos e necessidades da Enfermagem.
 SAIBA MAIS
Essa pesquisa repercutiu internacionalmente, o que elevou o status científico do Brasil. Em concomitância a essa pesquisa, coordenou o Conselho
Federal de Enfermagem (Cofen) e foi consultora regional em Educação de Enfermagem da Organização Pan-Americana de Saúde. Foi uma mulher
muito importante para a Enfermagem científica, motivo de orgulho para toda a comunidade e representa a conquista de uma Enfermagem qualificada e
reconhecida mundialmente.
 COMENTÁRIO
Sua história nos convida a continuar elevando a Enfermagem brasileira aos melhores índices assistenciais e científicos e lembra que a profissão não é
feita de conceitos naturalizados sobre o cuidado maternal, religioso, e sim por práticas humanistas, éticas e com alto grau científico.
IVONE LARA: UMA ENFERMEIRA NEGRA E ARTISTA
(1922-2018)
A história dessa mulher brasileira, negra, iniciou em 13 de abril de 1922, no Rio de Janeiro. Motivo de muito orgulho cultural para os brasileiros, veio de
família de músicos. Sua mãe cantava em blocos de carnaval, e seu pai era violinista. Ivone aprendeu muito cedo o gosto pela música e tocava
lindamente o cavaquinho desde sua adolescência. Ainda menina, perdeu seus pais e foi morar com um tio no bairro de Inhaúma.
Música e Enfermagem se misturam na história de Ivone. Apesar de muito talento com a música, Ivone fora incentivada a estudar e se matriculou na
Escola Alfredo Pinto. Seu primeiro trabalho foi no Instituto Psiquiátrico Pedro II e, mais tarde, na Colônia Juliano Moreira, em Jacarepaguá. Nessa
instituição, atuou por mais de trinta anos.
 
Fonte: Unirio
 
Fonte: Museu da Imagem e do Som
Na função de enfermeira da Saúde Mental, desenvolveu habilidades de escuta sensível, algo que já tinha, por sua vocação artística. Com os
trabalhadores da Saúde Mental, desenvolveu um trabalho de visitadora social, uma espécie de visita às casas das famílias dos pacientes internados, a
fim de resgatar vínculos e fortalecer os laços.
Nos anos 1940, casou-se com Oscar Costa, filho do presidente da Escola de Samba Prazer da Serrinha. A parceria com seus amigos do samba
rendeu muitas lindas composições. Foi a primeira mulher a fazer parte de ala de compositores de escolas de samba. Essa sua atuação não era vista
com bons olhos pela sociedade e por seu companheiro. Por vezes, Ivone teve que se afastar de sua paixão pela música para preservar sua imagem.
Nesses afastamentos, pariu seus dois filhos: Alfredo e Odir.
 
Fonte: Wikipedia
Mais tarde, prestou concurso e foi admitida no Serviço Nacional de Doenças Mentais, trabalhando no Hospital Riedel e no Instituto de Psiquiatria do
Engenho de Dentro. Todo seu percurso na saúde foi na Saúde Mental. Atuou ao lado de Nise da Silveira, uma psiquiatra que revolucionou o campo da
Saúde Mental.
 COMENTÁRIO
Ivone enfrentou muitos problemas, tanto na arte, quanto no campo da saúde, por ser uma mulher negra, pobre, casada e mãe. Ela nos mostra que se
pode lançar mão de muitos atributos de outra natureza, revolucionando a profissão, como: sensibilidade e arte. A Enfermagem, ainda que científica,
destina-se a cuidar de pessoas, e pessoas são feitas de afeto; logo, a ciência da Enfermagem pode, e deve, ser uma ciência afetiva.
Vimos a relação de algumas mulheres que contribuíram para história da Enfermagem e dos sistemas de saúde pelo mundo.
Assista ao vídeo onde a professora nos conta um pouco da história de enfermeiras negras que foram negligenciadas pela história da profissão, mas
estão, pouco a pouco, sendo resgatadas por recentes estudos.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. DE ACORDO COM O CONTEÚDO, UMA QUESTÃO QUE INTERFERIU NA VIDA DE TODAS AS ENFERMEIRAS
CITADAS FOI:
A) A questão do desfavorecimento social.
B) A questão racial.
C) A questão de não saber falar outras línguas.
D) A questão do gênero.
2. SABEMOS QUE, ATUALMENTE, A QUESTÃO DE SAÚDE ESTÁ LIGADA DIRETAMENTE A BENS E SERVIÇOS,
MENOS ACESSÍVEIS PARA A POPULAÇÃO NEGRA DE CLASSES SOCIAIS BAIXAS. NA HISTÓRIA NARRADA SOBRE
AS MULHERES DA ENFERMAGEM:
A) A condição de classe das mulheres não fez diferença alguma.
B) A condição de classe de todas as mulheres citadas no texto era igual.
C) A condição de classe e raça aparece no texto, demonstrando que mulheres pobres e negras tiveram que enfrentar muitas dificuldades, além das
impostas por sua condição de gênero.
D) Somente a condição de classe gerou prejuízo às mulheres citadas no texto.
GABARITO
1. De acordo com o conteúdo, uma questão que interferiu na vida de todas as enfermeiras citadas foi:
A alternativa "D " está correta.
 
Com condições de raça e classe diferenciadas entre si, o que elas tiveram em comum e foi, em certo sentido, um entrave em suas vidas, foi o gênero.
O simples fato de serem mulheres fez todas essas mulheres experimentarem, em graus diferenciados, a desigualdade imposta a elas, em seus
contextos históricos e culturais.
2. Sabemos que, atualmente, a questão de saúde está ligada diretamente a bens e serviços, menos acessíveis para a população negra de
classes sociais baixas. Na história narrada sobre as mulheres da Enfermagem:
A alternativa "C " está correta.
 
No texto, as mulheres negras e de classes mais baixas experimentaram condições muito desfavoráveis de vida social, principalmente porque, tanto no
Brasil como no mundo, a história de escravidão era recente nas épocas mencionadas.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste material, você teve acesso a um breve relato sobre a vida de algumas mulheres que foram muito importantes para construção da história da
Enfermagem. O objetivo é aproximar as futuras(os) alunas(os) de Enfermagem, ao máximo, à realidade dessas grandes mulheres.
A Enfermagem sempre foi uma profissão de luta, e a história dessas mulheres nos mostra que tiveram uma enorme participação não apenas no campo
da Enfermagem, mas também na construção de sistemas de saúde mundo afora. O campo histórico científico, porém, desprivilegiou essas narrativas,
não dando a dimensão da grande e importante participação dessas mulheres. Cabe a nós, futuras(os) enfermeiras(os), recontar nossa história,
valorizando a magnífica atuação dessas e de tantas outras mulheres na construção da profissão!
REFERÊNCIAS
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EXPLORE+
Leia a dissertação Enfermeiras negras na Revolução Constitucionalista de 1932, da autora Lily Low, para saber mais sobre mulheres negras
na Enfermagem.
Para saber mais sobre a sobre construção da identidade profissional da Enfermagem brasileira, leia o artigo A Escola de Enfermagem da
Universidade de São Paulo e a reconfiguração da identidade. Será uma ótima oportunidade para construir uma análise crítica sobre a
condição social da Enfermagem.
Acesse o site do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) e veja o estudo sobre o perfil da profissão. Você ainda pode pesquisar dados
específicos de cada região do Brasil!
CONTEUDISTA
Eliane Oliveira de Andrade Paquiela
 CURRÍCULO LATTES
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