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Biologia humana

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BIOLOGIA HUMANA
CURSOS DE GRADUAÇÃO – EAD
Biologia Humana — Prof.ª Dra. Camila Tavares Valadares da Silva
Olá! Meu nome é Camila Tavares Valadares da Silva. Sou Fisiote-
rapeuta graduada pela Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP). 
Mestre e Doutora em Ciências (área de concentração: Psicobio-
logia) pela Universidade de São Paulo (USP) campus de Ribeirão 
Preto. Em minha dissertação de mestrado, investiguei os efeitos da 
Desnutrição Protéica em estágios precoces da vida sobre a memória 
e aprendizagem em ratos. A minha tese de doutorado foi em cima 
do mesmo assunto, porém, a desnutrição ocorreu em outra fase da 
vida e foram analisados outros parâmetros de comportamentos e 
neurológicos. Já atuei como docente na Universidade de Uberaba (UNIUBE) nos cursos 
de Fisioterapia e também na Universidade Paulista (UNIP) campus de Araraquara nos 
cursos de Enfermagem e Farmácia Bioquímica. No Centro Universitário Claretiano, sou 
professora nas áreas de Anatomia e Neuroanatomia no curso de Fisioterapia, Biologia 
Humana, Anatomia Humana Geral e Fisiologia Humana Geral e Aplicada no curso de 
Licenciatura em Educação Física e Fundamentos Biológicos no curso de Bacharelado em 
Educação Física. Sou uma apaixonada pelo corpo humano e será um imenso prazer parti-
cipar da construção de seu conhecimento e sua formação profissional.
e-mail: camilatv@yahoo.com
Fazemos parte do Claretiano - Rede de Educação
Camila Tavares Valadares da Silva 
Batatais
Claretiano
2013
BIOLOGIA HUMANA
Caderno de Referência de Conteúdo
Fazemos parte do Claretiano - Rede de Educação
© Ação Educacional Clare ana, 2011 – Batatais (SP)
Versão: dez./2013
574 S578b 
 Silva, Camila Tavares Valadares da 
 Biologia humana / Camila Tavares Valadares da Silva – Batatais, SP : 
 Claretiano, 2013. 
 136 p. 
 ISBN: 978-85-67425-25-2 
 
 1. Níveis de organização dos seres vivos. Organização da célula eucariótica. 2. 
 Membranas celular: estrutura e função. 3. Transporte entre membranas: difusão, 
 difusão facilitada, bomba de Na+ e K+. 4. Organelas celulares: estrutura e função. 
 Mitocôndrias e a produção de energia na célula: aspectos gerais dos processos 
 anaeróbios e aeróbios e a fisiologia celular. 5. Síntese de Proteínas. 6. Síntese de 
 Lipídeos. 7. Tecidos: definição e classificação: aspectos gerais. 8. Tecido Epitelial. 9. 
 Tecido Conjuntivo. 10. Tecido Ósseo. 11. Tecido muscular. 12. Tecido Nervoso. 
 I. Biologia humana. 
 
 CDD 574 
Corpo Técnico Editorial do Material Didático Mediacional
Coordenador de Material Didá co Mediacional: J. Alves
Preparação 
Aline de Fátima Guedes
Camila Maria Nardi Matos 
Carolina de Andrade Baviera
Cá a Aparecida Ribeiro
Dandara Louise Vieira Matavelli
Elaine Aparecida de Lima Moraes
Josiane Marchiori Mar ns
Lidiane Maria Magalini
Luciana A. Mani Adami
Luciana dos Santos Sançana de Melo
Luis Henrique de Souza
Patrícia Alves Veronez Montera
Rita Cristina Bartolomeu 
Rosemeire Cristina Astolphi Buzzelli
Simone Rodrigues de Oliveira
Bibliotecária 
Ana Carolina Guimarães – CRB7: 64/11
Revisão
Cecília Beatriz Alves Teixeira
Felipe Aleixo
Filipi Andrade de Deus Silveira
Paulo Roberto F. M. Sposati Ortiz
Rodrigo Ferreira Daverni
Sônia Galindo Melo
Talita Cristina Bartolomeu
Vanessa Vergani Machado
Projeto gráfico, diagramação e capa 
Eduardo de Oliveira Azevedo
Joice Cristina Micai 
Lúcia Maria de Sousa Ferrão
Luis Antônio Guimarães Toloi 
Raphael Fantacini de Oliveira
Tamires Botta Murakami de Souza
Wagner Segato dos Santos
Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução, a transmissão total ou parcial por qualquer 
forma e/ou qualquer meio (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação e distribuição na 
web), ou o arquivamento em qualquer sistema de banco de dados sem a permissão por escrito do 
autor e da Ação Educacional Claretiana.
Claretiano - Centro Universitário
Rua Dom Bosco, 466 - Bairro: Castelo – Batatais SP – CEP 14.300-000
cead@claretiano.edu.br
Fone: (16) 3660-1777 – Fax: (16) 3660-1780 – 0800 941 0006
www.claretianobt.com.br
SUMÁRIO
CADERNO DE REFERÊNCIA DE CONTEÚDO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 7
2 ORIENTAÇÕES PARA ESTUDO .......................................................................... 10
UNIDADE 1 INTRODUÇÃO À BIOLOGIA CELULAR 
1 OBJETIVOS ........................................................................................................ 33
2 CONTEÚDOS ..................................................................................................... 33
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE .............................................. 34
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE ............................................................................... 34
5 BREVE HISTÓRICO SOBRE A DESCOBERTA DAS CÉLULAS ............................. 35
6 AS CÉLULAS: PROPRIEDADES BÁSICAS E ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL ..... 38
7 AS CÉLULAS PROCARIÓTICAS E EUCARIÓTICAS ............................................ 41
8 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ........................................................................ 44
9 CONSIDERAÇÕES .............................................................................................. 44
10 E REFERÊNCIAS ................................................................................................ 45
11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 45
UNIDADE 2 COMPOSIÇÃO QUÍMICA DA CÉLULA
1 OBJETIVOS ........................................................................................................ 47
2 CONTEÚDOS ..................................................................................................... 47
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE .............................................. 48
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE ............................................................................... 48
5 ÁGUA ................................................................................................................. 49
6 CARBOIDRATOS ................................................................................................ 51
7 LIPÍDIOS ............................................................................................................ 56
8 PROTEÍNAS ....................................................................................................... 60
9 ÁCIDOS NUCLEICOS ......................................................................................... 64
10 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ........................................................................ 68
11 CONSIDERAÇÕES .............................................................................................. 68
12 E REFERÊNCIAS ................................................................................................ 69
13 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 70
UNIDADE 3 MORFOLOGIA CELULAR
1 OBJETIVOS ........................................................................................................ 71
2 CONTEÚDOS ..................................................................................................... 71
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE .............................................. 71
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE ............................................................................... 72
5 MEMBRANA PLASMÁTICA ............................................................................... 73
6 SISTEMAS DE ENDOMEMBRANAS CITOPLASMÁTICAS ................................. 81
Claretiano - Centro Universitário7 MITOCÔNDRIO ................................................................................................ 86
8 O NÚCLEO DA CÉLULA EUCARIÓTICA ............................................................. 89
9 CICLO CELULAR E MEIOSE ............................................................................... 93
10 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ....................................................................... 97
11 CONSIDERAÇÕES ............................................................................................. 98
12 E REFERÊNCIAS ................................................................................................ 99
13 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 100
UNIDADE 4 FUNDAMENTOS DE HISTOLOGIA
1 OBJETIVOS ........................................................................................................ 101
2 CONTEÚDOS ..................................................................................................... 101
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE .............................................. 101
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE ............................................................................... 102
5 HISTOLOGIA ...................................................................................................... 103
6 TECIDO EPITELIAL............................................................................................. 104
7 TECIDO CONJUNTIVO ...................................................................................... 111
8 TECIDO MUSCULAR .......................................................................................... 122
9 TECIDO NERVOSO ............................................................................................ 128
10 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ........................................................................ 134
11 CONSIDERAÇÕES ............................................................................................. 134
12 E REFERÊNCIAS ................................................................................................ 136
13 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 136
CRC
Caderno de 
Referência de 
Conteúdo
Ementa –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Níveis de organização dos seres vivos. Organização da célula eucariótica. Mem-
branas celulares: estrutura e função. Transporte entre membranas: difusão, di-
fusão facilitada. Bomba de Na+ e K+. Organelas celulares: estrutura e função. 
Mitocôndrias e a produção de energia na célula: aspectos gerais dos processos 
anaeróbios e aeróbios e a fi siologia celular. Síntese de Proteínas. Síntese de Lipí-
deos. Tecidos: defi nição, classifi cação e aspectos gerais. Tecido Epitelial. Tecido 
Conjuntivo. Tecido Ósseo. Tecido Muscular. Tecido Nervoso.
–––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
1. INTRODUÇÃO
Seja bem-vindo!
Neste Caderno de Referência de Conteúdo, você encontrará 
as unidades básicas que o ajudarão a compreender a importância 
dos conhecimentos básicos da biologia humana celular e tecidu-
al como pré-requisito para outras disciplinas e para a formação 
de um profissional voltado à promoção e à manutenção da saúde, 
tanto na nossa sociedade de uma maneira geral como no contexto 
© Biologia Humana8
escolar de forma mais específica, dando subsídios para o planeja-
mento e implementação de programas de treinamento esportivo 
apropriados.
A Biologia Humana faz parte do conteúdo básico de todos 
os cursos voltados para a área biológica e da saúde, incluindo os 
profissionais da Educação Física, uma vez que o objeto de estudo é 
o corpo humano, constituído basicamente de células, que se agru-
pam para formarem tecidos, depois órgãos e assim sucessivamen-
te até a formação do organismo humano. 
Vamos juntos conhecer a estrutura geradora e mantenedora 
da vida, a célula, assim como seus componentes estruturais e quí-
micos. Estudaremos, também, os principais tipos de tecidos huma-
nos e suas funções.
O estudo de Biologia Humana em um curso de Graduação, 
num primeiro momento, pode não parecer importante; no entan-
to, ela adquire uma enorme responsabilidade, na medida em que 
estará preparando o aluno para as discussões em outras discipli-
nas, tais como Anatomia Humana Geral e Fisiologia Humana Ge-
ral. 
Este caderno fornecerá o suporte básico para que você pos-
sa ter uma visão crítica dos mecanismos biológicos. Compreender 
inicialmente a importância desse conhecimento parece uma tarefa 
difícil, porém, é fundamental para a formação de um professor de 
Educação Física diferenciado, com interesse em ter uma formação 
completa e, assim, poder cuidar apropriadamente de seus futuros 
alunos. Vamos juntos fazer esta viagem ao corpo humano e conhe-
cer estruturas tão pequenas, mas fundamentais para a sobrevivên-
cia dos seres vivos.
A Educação a Distância exigirá de você uma nova forma de 
estudo, uma vez que você é o protagonista de sua aprendizagem. 
Contudo, você não estará sozinho, tendo todo o suporte necessá-
rio para construção do seu conhecimento. Este será um desafio 
que enfrentaremos juntos, e, com sua dedicação, o crescimento 
profissional e pessoal acontecerá naturalmente.
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Claretiano - Centro Universitário
© Caderno de Referência de Conteúdo
Não se esqueça de que você deverá participar e interagir 
constantemente com seus professores (tutores), com seus colegas 
de curso, assim como fazer a leitura não só deste material, como 
também das bibliografias indicadas.
O conteúdo deste material está organizado didaticamente 
em quatro unidades. 
Na Unidade 1, será feita uma introdução ao estudo da bio-
logia celular. Você tomará o conhecimento da origem celular, dos 
seres vivos unicelulares e multicelulares, da interdependência en-
tre as células dos organismos multicelulares e dos tipos básicos 
celulares (eucariontes e procariontes).
Seguindo nossa jornada, na Unidade 2, serão abordados os 
principais componentes químicos celulares, isto é, as biomoléculas 
construtoras das células e sua importância para sobrevivência e 
perpetuação dos seres vivos.
A Unidade 3 estará focada na morfologia celular, descreven-
do os compartimentos celulares e suas funções, com o objetivo da 
compreensão da estrutura e do funcionamento celular.
Finalmente, a Unidade 4 tratará da Histologia, isto é, o estu-
do da organização dos tecidos. O aluno tomará conhecimento so-
bre os principais tecidos do corpo humano, sua estrutura e função, 
dando base para a compreensão de diversos mecanismos fisioló-
gicos, como, por exemplo, a reconstituição de uma fratura, uma 
lesão muscular etc.
A proposta deste Caderno de Referência de Conteúdo é des-
pertar para a compreensão dos princípios básicos da constituição 
da vida humana, como a estrutura e a função das células e dos te-
cidos, assim como a importância desses elementos fundamentais 
no desenvolvimento da prática esportiva. 
O convite está feito; agora, só depende de você. O êxito de 
sua aprendizagem dependerá principalmente de seu empenho em 
cumprir as atividades propostas e interagir de maneira apropriada 
© Biologia Humana10
com seu tutor e colegas de turma. Portanto, venha adquirir os 
conhecimentos básicos capazes de beneficiar e potencializar sua 
atuação como professor de Educação Física.
Após essa introdução aos conceitos principais apresentare-
mos, a seguir, no Tópico Orientações para o estudo, algumas orien-
tações de caráter motivacional, dicas e estratégias de aprendiza-
gem que poderão facilitar o seu estudo. 
2. ORIENTAÇÕES PARA ESTUDO
Abordagem Geral
Aqui, você entrará em contato com os assuntos principais 
deste conteúdo de forma breve e geral e terá a oportunidade de 
aprofundar essas questões no estudo de cada unidade. No entan-
to, essa Abordagem Geral visa fornecer-lhe o conhecimento básico 
necessário a partir do qual você possa construir um referencial te-
órico combase sólida – científica e cultural – para que, no futuro 
exercício de sua profissão, você a exerça com competência cogniti-
va, ética e responsabilidade social. 
Para apresentarmos uma síntese deste caderno, dividimos 
este estudo em três partes. A primeira delas trata da visão geral 
da biologia humana, iniciando com a descoberta do microscópio 
e das células e sua importância para as ciências da saúde. Além 
disso, veremos os tipos básicos de células e suas constituições.
A segunda parte de conteúdos apresenta alguns conceitos 
sobre citologia, fazendo uma breve análise da composição química 
e da morfologia de uma célula humana. Além desses conceitos, 
verificaremos a importância deste estudo para os profissionais da 
Educação Física. 
Na terceira e última parte, estudaremos a Histologia, que é o 
estudo dos tecidos que compõem o organismo humano. Faremos 
a conceituação de cada tipo tecidual, sua constituição, organização 
11
Claretiano - Centro Universitário
© Caderno de Referência de Conteúdo
e função, sempre fazendo uma análise crítica sobre a importância 
deste conhecimento para a formação de um profissional diferen-
ciado e comprometido com seu trabalho, que é a promoção e a 
manutenção da saúde.
Começaremos conhecendo um pouco sobre a descoberta do 
microscópio e das células, fazendo a seguinte pergunta: qual foi 
a importância da descoberta do microscópio e das células para o 
avanço da ciência? 
Desde crianças, temos a curiosidade de saber como somos 
formados, porque ficamos doentes, como crescemos. Todas essas 
perguntas podem ser respondidas hoje graças aos cientistas, que 
há séculos tentam descobrir a origem da vida. No entanto, há sé-
culos atrás algumas respostas eram impossíveis de ser dadas devi-
do ao tamanho reduzido das células, que não podiam ser visuali-
zadas a olho nu. Assim, perceberam a necessidade de desenvolver 
um instrumento que possibilitasse essa visualização. Somente no 
século 17 surgiu o primeiro microscópio, o qual era muito dife-
rente do que temos hoje. Na verdade, era um conjunto de lentes 
acopladas em um tubo, semelhante a uma lupa. 
Não se sabe com exatidão quem foi o inventor do microscó-
pio, mas, em 1665, o inglês Robert Hooke observou nesse apare-
lho cortes feitos em rolhas e relatou a existências de pequenas ca-
vidades vazias, denominadas por ele de "cel”, palavra inglesa que 
significa "cela” ou "cavidade", originando, assim, o termo "célula”, 
diminutivo de "cela”. A descoberta da célula, portanto, é atribuída 
a Robert Hooke.
A partir daí, as pesquisas não pararam mais e, no início do 
século 19, foi formulada a Teoria Celular, na qual se afirmava que 
todos os seres vivos são constituídos de uma ou mais células que, 
portanto, são as unidades funcionais e estruturais fundamentais 
da vida. Todas essas descobertas foram de grande importância 
para a descoberta de doenças, podendo, assim, interferir no seu 
curso e até mesmo proporcionar sua cura ou prever seu desenvol-
vimento. Nesse sentido, perguntamos: será que isso é importante 
© Biologia Humana12
para o profissional da Educação Física? Uma vez que esses profis-
sionais estão incluídos nas ciências da saúde, tudo que envolve a 
manutenção ou o estabelecimento da saúde é importante.
Depois desses breves relatos, podemos iniciar nosso estu-
do da biologia celular. Mas, antes, queremos fazer outra pergunta: 
você seria capaz, neste momento, de dizer o que é uma célula? 
Bem, a resposta é simples: célula é a unidade estrutural e funcio-
nal fundamental dos seres vivos. Portanto, todos os organismos 
vivos são compostos por células, de acordo com a Teoria Celular.
A célula pode ocorrer isoladamente, como acontece nos se-
res unicelulares (bactérias), ou se agrupar com outras células de 
mesma função e formar os tecidos nos seres pluricelulares(seres 
humanos). 
O organismo humano apresenta uma organização estrutural 
muita complexa, que se inicia em níveis químicos, incluindo todas 
as substâncias químicas necessárias para seu funcionamento, até a 
formação dos diversos sistemas que compõem o organismo, como, 
por exemplo, o sistema cardiorrespiratório e o sistema musculoes-
quelético. Dentre esses níveis, estão os nossos objetos de estudos, 
que são as células e os tecidos.
Embora exista uma infinidade de células, que podem se dife-
rir pelo tamanho, função e forma, todas apresentam propriedades 
básicas comuns que garantem sua manutenção, como a utilização 
de glicose como fonte de energia, a realização de mitose para mul-
tiplicação e responder a estímulos como luz, calor e hormônios. 
Com relação à sua constituição, todas as células possuem 
uma membrana que as envolve e seleciona o que vai entrar ou sair 
dela, chamada de membrana plasmática. Essa membrana delimi-
ta uma substância fluida composta de água e proteína, chamada 
citoplasma, em que estão mergulhadas as organelas responsáveis 
por todas as funções metabólicas celulares. Há, também, o nú-
cleo, em que estão localizados os cromossomos responsáveis pela 
transmissão das informações genéticas.
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Claretiano - Centro Universitário
© Caderno de Referência de Conteúdo
Baseado nisso, os cientistas conseguiram diferenciar os dois 
tipos básicos de células, as células procarióticas e as células euca-
rióticas. De maneira geral, podemos dizer que as células procari-
óticas são pobres em membranas e em organelas, e o seu núcleo 
não está organizado pelo envoltório nuclear, conhecido também 
por carioteca. Dessa maneira, seu material genético está disperso 
em seu citoplasma. Já a célula eucariótica é composta por um rico 
sistema de membranas, organelas, e o seu núcleo está envolvido 
pela carioteca, protegendo seu material genético.
Agora, veremos a composição química e estrutural das cé-
lulas eucarióticas, sempre enfatizando seu papel na sobrevivência 
das células e do organismo. Vamos começar pela composição quí-
mica básica das células. 
A célula, para sua sobrevivência, necessita realizar uma série 
de reações, que chamaremos de reações metabólicas. Entre es-
sas reações, citamos: respiração celular, digestão, divisão,secreção 
celular e sínteses de proteínas, de lipídios,entre outras.Para que 
essas reações ocorram, é necessária a presença de moléculas, 
que chamamos de biomoléculas, isto é, moléculas da vida. Es-
sas biomoléculas atuam como unidades construtoras das células 
animais;são elas: a água, os carboidratos, os lipídios, as proteínas 
e os ácidos nucleicos, conhecidos por DNA e RNA.
Vale destacar que o nosso objetivo não é fazer um estudo 
aprofundado dessas moléculas, mas, sim, conhecer suas compo-
sições básicas e funções metabólicas, que são muito importantes 
para o funcionamento do organismo. Sem elas, seríamos incapa-
zes de realizar funções simples, como respirar, correr ou praticar 
qualquer outra atividade física. Podemos dizer que essas molécu-
las são como combustíveis para nossas células.
Todas essas biomoléculas são formadas basicamente por 
oxigênio, hidrogênio, carbono e nitrogênio. Nesse contexto, come-
çaremos pela água. Não é difícil imaginar sua importância, não é 
mesmo? 
© Biologia Humana14
Com frequência, ouvimos dizer que devemos tomar cerca de 
dois litros de água por dia. Isso porque a água é o maior constituin-
te do organismo humano, constituindo cerca de 70% da composi-
ção corporal e sendo, assim, indispensável para todas as ativida-
des metabólicas. 
A água é composta por duas moléculas de hidrogênio e uma 
de oxigênio, constituindo o famoso H2O, que aprendemos desde 
o Ensino Fundamental. A ligação entre esses átomos não é linear, 
mas, sim, angulada, formando um triângulo no qual os hidrogê-
nios formam a base e o oxigênio, o ápice do triângulo. Por esse 
motivo, a água é considerada um dipolo, ou seja, apresenta um 
polo positivo, representado pelos hidrogênios, e um polo negativo, 
representado pelo oxigênio. Essa propriedade da água faz dela o 
principal solvente celular, sendo capaz de se ligar a várias outras 
moléculas, pois a tendência dosíons é se combinar com outros 
eletricamente inversos. 
Em condições normais, perdemos água pela respiração, na 
urina, nas fezes e na transpiração, o que dá um total de cerca de 
dois litros e meio por dia. Por isso, é indicado que se beba dois 
litros de água por dia. O resto poderá ser consumido por meio dos 
alimentos. 
Agora, veremos os carboidratos, que são considerados as 
maiores fontes de energia para o metabolismo celular. Eles são os 
açúcares encontrados em abundância na natureza, sendo constitu-
ídos basicamente por um átomo de carbono, dois de hidrogênio e 
um de oxigênio. Portanto, é composto por carbono(daí o "carbo”) 
e por uma molécula de água(daí o "hidrato” –CARBO-HIDRATO). 
Os carboidratos podem ser encontrados sobre a forma de 
monossacarídeos, dissacarídeos e polissacarídeos. Os monossa-
carídeos são os açúcares mais simples, incluindo a glicose, que é 
o açúcar encontrado na maioria dos seres vivos, a frutose, que o 
açúcar da fruta, e a galactose, a do leite. Não podemos deixar de 
mencionar, também, a ribose e a desoxirribose, que são encontra-
das na constituição do RNA e do DNA, respectivamente. 
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Claretiano - Centro Universitário
© Caderno de Referência de Conteúdo
Os dissacarídeos são formandos pela união de dois monos-
sacarídeos; assim, temos a sacarose, que é a união da glicose com 
a frutose, sendo encontrada na beterraba e na cana-de-açúcar; a 
lactose, que é a união da glicose com a galactose, encontrada no 
leite; e a maltose, que é a união de duas glicoses, encontrada nos 
cereais.
Os polissacarídeos, por sua vez, são abundantes na natureza 
e podem ter tanto função de reserva energética, como estrutu-
ral. São formados por uma longa cadeia de monossacarídeos. O 
amido, por exemplo, é um polissacarídeo de reserva energética, 
presente em vegetais como batata e a mandioca. O outro tipo de 
polissacarídeo de reserva energética é o glicogênio, que é exclusi-
vo das células animais e está armazenado no fígado e nos múscu-
los estriados esqueléticos. Os animais ingerem o amido contido na 
batata e na mandioca, que é armazenado em forma de glicogênio 
no fígado e nos músculos esqueléticos. Quando a célula animal 
necessita de energia, ocorre uma reação química que converte o 
glicogênio em glicose, que é utilizada pelas células em seus proces-
sos metabólicos. 
Outra importante fonte de energia celular são os lipídios, 
mas suas funções não param por aqui. Os lipídios são as gorduras 
encontradas no corpo humano. Sua característica básica é que são 
insolúveis em água e solúveis somente em solventes orgânicos, 
como o éter e o álcool. Além da função de reserva energética, os 
lipídios são importantes na manutenção da temperatura corporal 
e, também, são os principais componentes das membranas celula-
res. Os principais grupos de lipídios são os ácidos graxos, que são 
os lipídios de reserva energética; os fosfolipídios, que são os com-
ponentes das membranas celulares; e, por último, os esteroides, 
sendo o mais conhecido deles o colesterol, também responsáveis 
pela síntese de vários hormônios, como a testosterona, o estrogê-
nio e a progesterona.
© Biologia Humana16
Falaremos, agora, das proteínas, que são consideradas as 
moléculas mais importantes do corpo humano, necessárias para 
todas as funções básicas das células. Elas são compostas por uni-
dades repetidas de aminoácidos, cujo número, tipo e sua sequ-
ência de ligação na cadeia podem diferenciar inúmeros tipos de 
proteínas. Esses aminoácidos podem ser obtidos pela alimentação 
ou são sintetizados pelo próprio organismo, a partir de açúcares, 
ou transformar alguns aminoácidos em outros. Os alimentos como 
leite, carne e ovos são ricos em proteínas e podem ser utilizados 
pelo organismo como fonte de aminoácidos.
Para finalizarmos esta parte, não podemos deixar de falar 
dos ácidos nucleicos, conhecidos por DNA, que significa "ácido de-
soxirribonucleico”, e RNA, que significa "ácido ribonucleico”. Pro-
vavelmente, você já ouviu falar deles na escola ou na mídia, pois 
têm grande importância biológica, uma vez que estão relaciona-
dos com o controle da atividade celular e com o armazenamento 
das informações genéticas. 
Agora que já fizemos uma análise química da célula, fare-
mos uma análise da morfologia celular, relacionando as estrutu-
ras encontradas em uma célula animal com sua função. Como já 
comentamos anteriormente, uma célula eucariótica é constituída 
basicamente pela membrana plasmática, pelo citoplasma e pelo 
núcleo; porém, devemos nos perguntar: como será que são com-
postas essas estruturas e qual a importância de cada uma para o 
funcionamento das células? É o que veremos a seguir. 
Vamos começar fazendo uma análise sobre a composição e a 
função da membrana plasmática. 
A membrana plasmática envolve a célula separando o meio in-
tracelular do extracelular, controlando, assim, a passagem de subs-
tância entre esses meios. Sua espessura é tão pequena que a torna 
impossível de ser observada em microscópio óptico. No microscópio 
eletrônico, porém, pode-se observar a presença de uma dupla ca-
mada de lipídios, tendo carboidratos ligados em sua face externa e 
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Claretiano - Centro Universitário
© Caderno de Referência de Conteúdo
proteínas inseridas na dupla camada formando canais importantes 
para o transporte de substâncias. Essa organização da membrana 
plasmática é conhecida como "modelo mosaico fluido” e, baseado 
nele, podemos dizer que a membrana é fluida, assimétrica e com 
permeabilidade seletiva. Essa permeabilidade seletiva determina 
quais substâncias poderão entrar e sair na célula. Assim, para que 
uma substância consiga entrar na célula, ela precisará passar pela 
dupla camada de lipídios. Para entendermos melhor esse processo, 
é preciso conhecer os dois tipos de transporte entre a membrana: o 
transporte passivo e o transporte ativo. 
No transporte passivo, não há gasto de energia, uma vez que 
a substância passa do meio mais concentrado para o menos con-
centrado e pode ser subdividida em três tipos: a difusão simples, 
a difusão facilitada e a osmose. Na difusão simples, a substância 
consegue atravessar a membrana plasmática, enquanto,na difusão 
facilitada,necessita de um canal proteico para conseguir passar. A 
osmose é o transporte exclusivo de água, que passa do meio em 
que há maior concentração de água para o de menor concentração. 
No transporte ativo, há gasto energético para transportar a 
molécula contra o gradiente de concentração. É como se remásse-
mos contra a correnteza de um rio. O transporte ativo mais conhe-
cido é a Bomba de Sódio e Potássio, que é o meio de transporte 
de sódio para fora da célula e de potássio para dentro. Como o 
sódio está em maior concentração no meio extracelular, necessita 
gastar energia para vencer sua concentração e levá-lo para fora e, 
na sequência, trazer o potássio para dentro. 
Com relação à composição estrutural das células eucarióti-
cas, vale dizer que as principais características dessas células são: 
riqueza em membranas, citoplasma com inúmeras organelas e nú-
cleo organizado. A membrana plasmática é apenas uma das mem-
branas encontradas nas células eucarióticas. Além dela, existe um 
sistema de endomembranas no interior do citoplasma que forma 
© Biologia Humana18
um conjunto de organelas conectadas funcionalmente. Esse siste-
ma é composto pelo retículo endoplasmático rugoso, pelo retícu-
lo endoplasmático liso, pelo complexo de Golgi e por elementos 
associados, como lisossomos e ribossomos. A mitocôndria é uma 
organela que se encontra fora desse sistema de endomembranas, 
mas é essencial para o metabolismo celular.
O retículo endoplasmático rugoso é formado por uma ex-
tensão da membrana nuclear que constitui um sistema de tubos 
conectados, com muitos ribossomos aderidos; por esse motivo é 
chamado de rugoso, e a sua função, juntamente com os ribosso-
mos, é sintetizar proteína. Já o retículo endoplasmático liso, que 
também é composto por um sistema de membranas, nãoapresen-
ta ribossomos aderidos; por isso, é chamado de liso e sua função 
é a síntese de lipídios. 
O complexo de Golgi, descrito por Camilo Golgi em 1898, 
é formado por vários sacos achatados e empilhados e está rela-
cionado com o retículo endoplasmático e com a membrana plas-
mática. Suas funções estão associadas com o armazenamento e 
com o transporte de substâncias. Além disso, são responsáveis 
pela formação dos lisossomos, que são como bolsas que contêm 
enzimas capazes de digerir substâncias orgânicas e outros micro-
-organismos que penetram na célula; portanto, são responsáveis 
pela digestão celular.
Para finalizar, falaremos da mitocôndria, que, talvez, seja 
uma das organelas celulares mais importantes, por ser responsá-
vel pela respiração celular. Na verdade, as mitocôndrias são es-
pecializadas na produção de energia celular, a partir da síntese 
de ATP. A produção dessa energia ocorre a partir da retirada de 
substratos do alimento, como os lipídios e os carboidratos, além 
do oxigênio, que é conseguido por meio da respiração. Para você, 
futuro professor de Educação Física, é importantíssimo entender 
a composição estrutural e funcional da mitocôndria, devido à sua 
importância na produção de ATP, que é utilizada pelas células em 
diversas atividades, entre elas, na prática de atividades físicas. 
19
Claretiano - Centro Universitário
© Caderno de Referência de Conteúdo
Até agora, estudamos a membrana plasmática e os compo-
nentes citoplasmáticos mais importantes; porém, ainda não fa-
lamos do núcleo, que simplesmente carrega todo o material ge-
nético celular. O núcleo é uma das diferenças mais marcantes da 
célula eucariótica, sendo extremamente organizado e envolvido 
pelo envoltório nuclear ou carioteca, que tem a função de separar 
e proteger o material genético. O núcleo interfásico, por sua vez, 
apresenta, além do envoltório nuclear, o nucléolo, o nucleoplasma 
e a cromatina, que nada mais são que um complexo formado por 
DNA, proteínas histonas e proteínas não histonas, compondo, as-
sim, os cromossomos.
Então, quer dizer que os cromossomos estão dentro do nú-
cleo celular? A resposta é sim. E a espécie humana apresenta 46 
cromossomos em cada uma de suas células somáticas. O estudo 
dos cromossomos é muito importante para a detecção de várias 
anomalias cromossômicas, entre elas, a Síndrome de Down. 
As células apresentam a capacidade de crescer e multiplicar-
se para o desenvolvimento do organismo logo após a fecundação 
e, também, para a reposição de células mortas e para a regene-
ração em indivíduos adultos,mantendo, dessa forma, a vida. Para 
isso, a célula passa pelo que nós chamamos de ciclo de reprodução 
celular, sendo divididos em dois períodos fundamentais: a interfa-
se e a mitose.
A interfase é a fase de preparação para a divisão celular; as-
sim, a célula aumenta seu volume, tamanho, número de organe-
las, sintetiza mais proteínas e duplica seu DNA. É dividida em três 
etapas: G1, S e G2.
Já a mitose é o processo de divisão celular no qual uma cé-
lula denominada célula-mãe se divide em duas células-filhas ge-
neticamente idênticas. Seu processo é dividido em quatro etapas: 
a prófase, a metáfase, a anáfase e a telófase. Nosso organismo 
pode realizar mitose a todo o momento para reconstituir as células 
perdidas naturalmente, ou após uma lesão. 
© Biologia Humana20
Agora, trataremos do estudo dos tecidos corporais humanos, 
conhecido por Histologia. O objetivo desse estudo é proporcionar 
para o futuro professor de Educação Física o conhecimento básico 
da composição e da função dos tecidos corporais, capacitando-o a 
desenvolver práticas seguras. 
Para começarmos a falar de Histologia, perguntamos: o que 
são os tecidos? Tecidos são conjuntos formados por células que 
desempenham as mesmas funções e que, consequentemente, for-
marão os órgãos que compõem os sistemas orgânicos. 
Os tecidos são basicamente constituídos de células e um ma-
terial extracelular produzido pelas próprias células. Embora o cor-
po humano seja bastante complexo, somos formados por apenas 
quatro tipos de tecidos que geralmente não acontecem isolada-
mente, ou seja, associam-se uns aos outros para formarem os ór-
gãos. Os quatro tipos básicos de tecidos são: tecido epitelial, teci-
do conjuntivo, tecido muscular e tecido nervoso. Neste momento, 
você poderá se perguntar: mas como esses tecidos são formados? 
A resposta não é tão simples e realizaremos uma breve ex-
plicação. Logo após a fecundação, ocorre a formação do zigoto, 
que passa por vários processos de mitose e se transforma em um 
blastômero, que tem a capacidade de gerar todos os tipos celula-
res que comporão os tecidos do organismo. 
Vamos agora estudar, sucintamente, algumas características 
de cada tecido.
Começaremos pelo tecido epitelial, que é formado por cé-
lulas justapostas, ou seja, intimamente aderidas umas às outras, 
com pouco material extracelular entre elas. Existem dois tipos de 
epitélios: o epitélio de revestimento, que, como o próprio nome 
diz, reveste as superfícies externas e as cavidades corporais, como 
pele, cavidade bucal, tubo digestório etc.; e os epitélios glandula-
res, formados por células com capacidade de secreção, como, por 
exemplo, glândulas salivares e as glândulas sudoríparas. Existe, 
ainda, um tipo especial de epitélio chamado neuroepitélio, com a 
capacidade de captar estímulos externos como luz, odor e gosto. 
21
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© Caderno de Referência de Conteúdo
O epitélio de revestimento pode ser classificado quanto à 
forma de suas células em cuboidal, prismático, pavimentoso e de 
transição. Também pode ser classificado quanto ao número de 
camadas celulares em simples, quando só tem uma camada de 
células, estratificado, quando tem mais de uma camada celular, e 
em pseudoestratificado quando tem a aparência de estratificado, 
porém, todas as suas células estão presas à lâmina basal. Pode, 
apresentar, ainda, algumas especialidades, como, por exemplo, a 
presença de queratina – daí o nome "queratinizado”. Para nomear 
o tecido epitelial, podemos utilizar todos os critérios; assim, te-
mos, por exemplo, o "epitélio pavimentoso estratificado queratini-
zado”, que é encontrado na pele. 
O epitélio glandular forma as diversas glândulas corporais, 
cuja função é secreção. Elas podem ser divididas em exócrinas ou 
endócrinas. As glândulas exócrinas secretam seus produtos para 
a superfície epitelial, enquanto as endócrinas secretam no meio 
extracelular, sendo levado pelo sangue.
O tecido conjuntivo apresenta diversos tipos celulares sepa-
rados por abundante material extracelular ou matriz extracelular. 
A matriz extracelular é composta pelas fibras colágenas e elásti-
cas e por um gel semifluido, denominado substância fundamental 
amorfa.
A principal célula do tecido conjuntivo é o fibroblasto, que 
tem a função de sintetizar as fibras e a matriz extracelular. Do pon-
to de vista funcional, o tecido conjuntivo proporciona a sustenta-
ção estrutural e metabólica para os tecidos e órgãos do corpo hu-
mano. Além disso, ele estabelece a integração entre os diferentes 
tecidos corporais, bem como regula a troca de nutrientes, gases e 
metabólitos entre os tecidos e o sistema circulatório. É, também, 
o grande responsável pelo processo de cicatrização. Pode ser clas-
sificado em tecido conjuntivo propriamente dito, tecido cartilagi-
noso, tecido ósseo e tecido com propriedades especiais, como o 
adiposo. 
© Biologia Humana22
O tecido ósseo, portanto, é um tipo de tecido conjuntivo 
especializado, constituído de células e matriz extracelular calcifi-
cada, proporcionando sua rigidez e dureza. As células do tecido 
ósseo são: células osteoprogenitoras, osteoblastos, osteócitose 
osteoclastos. Todas essas células são importantes para a manu-
tenção do osso, para o processo de reparo após fraturas e para 
oremodelamento ósseo. 
O tecido cartilaginoso também e um tipo de tecido conjunti-
vo especializado, constituído de células(oscondroblastos e oscon-
drócitos) e de abundante matriz extracelular. Sua maior caracterís-
tica é a rigidez, devido à mineralização de sua matriz extracelular 
e à presença das fibras colágenas. São também capazes de absor-
ver impactos graças à presença de fibras elásticas. Para atender 
às necessidades do organismo, podemos encontrar três tipos de 
cartilagens: a cartilagem hialina,a cartilagem elástica e a cartila-
gem fibrosa.As principais funções das cartilagens são: revestiras 
superfícies ósseas, absorver impactos, facilitar o deslizamento en-
tre as superfícies ósseas e servir de molde para o desenvolvimento 
e crescimento dos ossos. 
O tecido muscular é constituído de células especializadas 
em contração, proporcionando os movimentos corporais ou a mu-
dança na forma dos órgãos. Essas células apresentam uma enor-
me capacidade de transformar energia química em mecânica, por 
intermédio da quebra do ATP. De acordo com suas características 
morfológicas e funcionais, pode ser classificado em: tecido mus-
cular estriado esquelético, tecido muscular estriado cardíaco e 
tecido muscular liso. O tecido muscular estriado esquelético está 
preso aos ossos e possui uma contração rápida, potente e voluntá-
ria, isto é, contrai de acordo com a nossa vontade. Já o tecido mus-
cular estriado cardíaco é o músculo do coração e também possui 
uma contração rápida e potente, porém seu controle é involuntá-
rio, ou seja, não precisa de nossa vontade para contrair. O tecido 
muscular liso, por sua vez, possui uma contração lenta, fraca e in-
voluntária, e constitui a parede dos órgãos, como o estômago, os 
intestinos, o fígado, entre outros. 
23
Claretiano - Centro Universitário
© Caderno de Referência de Conteúdo
Para finalizarmos a apresentação deste conteúdo, vamos es-
tudar a composição e a função do tecido nervoso, que é conside-
rado o mais complexo de todos.
O tecido nervoso consiste num complexo sistema de comu-
nicação entre o meio ambiente e o organismo, denominado siste-
ma nervoso. Esse sistema recebe as informações sensoriais(como 
dor, tato, visão, audição, entre outras) do meio ambiente e do pró-
prio organismo, processa essas informações e produz uma respos-
ta que pode ser uma contração muscular, uma secreção hormonal 
ou até mesmo uma contração visceral. 
O tecido nervoso é constituído por células e pouca quanti-
dade de matriz extracelular. As suas células são os famosos neu-
rônios e os vários tipos de células da glia. O neurônio é a unidade 
funcional do sistema nervoso, responsável pela recepção e trans-
missão das informações sensoriais e motoras. Ele é constituído de 
um corpo, em que estão localizados o núcleo, o citoplasma e as 
organelas; além disso, e é dele que partem dois prolongamentos, 
os dendritos e o axônio, responsável pela transmissão da informa-
ção de um neurônio para outro. Essa transmissão de informações 
é conhecida por sinapse. As células da glia estão localizadas entre 
os neurônios, e suas funções não são de gerar os impulsos nervo-
sos, mas sim de dar suporte estrutural e funcional para os neurô-
nios. Uma importante função atribuída às células gliais é formar 
uma bainha isolante e protetora ao redor dos axônios, chamada 
de bainha de mielina, cuja função é isolar o axônio, aumentando a 
velocidade de condução do impulso nervoso.
Aqui terminamos esta breve apresentação.Desejamos que 
este estudo contribua de fato para sua formação profissional. Que 
a compreensão da constituição do corpo humano nonível celular 
e tecidual por meio do estudo da biologia humana possibilite uma 
reflexão sobre o papel e a importância da Educação Física na ma-
nutenção da saúde e auxilie você na sua futura profissão. Tenha 
sempre em mente que seu objeto de trabalho é o corpo humano; 
© Biologia Humana24
portanto, a compreensão de sua constituição e funcionamento é 
importante para a prática de uma atividade física segura e que per-
mita a manutenção e o desenvolvimento corporal.
Glossário de Conceitos 
O Glossário de Conceitos permite a você uma consulta rápida 
e precisa das definições conceituais, possibilitando-lhe um bom do-
mínio dos termos técnico-científicos utilizados na área de conheci-
mento dos temas tratados no Caderno de Referência de Conteúdo. 
Veja, a seguir, a definição dos principais conceitos:
1) Autótrofos: são os seres vivos, como as plantas e algas, 
capazes de utilizar a energia solar, que, por meio de um 
processo chamado fotossíntese, transformam CO2 e H2O 
em carboidratos.
2) Biomoléculas: são compostos químicos sintetizados pe-
los seres vivos que participam da estrutura e do funcio-
namento do organismo vivo.
3) Carioteca: é o nome dado à membrana dupla que envol-
ve o núcleo das células eucarióticas.Também pode ser 
chamada de envoltório ou invólucro nuclear.
4) Célula: é a unidade estrutural e funcional fundamental 
dos seres vivos. É a menor porção do organismo vivo
5) Citologia: é o ramo da biologia que estuda a composição 
e o funcionamento das células.
6) Citosol: também conhecido por matriz citoplasmáti-
ca, é a porção líquida do citoplasma, compreendendo 
o espaço entre a membrana plasmática e o núcleo, em 
que estão localizadas as organelas. O citosol é compos-
to por água, íons, aminoácidos, precursores de ácidos 
nucleicos,enzimas, incluindo as que participam da de-
gradação e síntese de carboidratos, ácidos graxos e ou-
tras moléculas importantes para a célula.
7) Divisão binária: é o tipo de reprodução assexuada, no 
qual ocorre a separação da célula-mãe em duas partes.
25
Claretiano - Centro Universitário
© Caderno de Referência de Conteúdo
8) Enzimas: são substâncias orgânicas de natureza proteica 
responsáveis pelas reações catalisadoras, isto é, pela re-
ação química de degradação das moléculas.
9) Glicocálice: é uma camada externa à membrana plas-
mática das células animais, constituída por uma rede 
de carboidratos em forma de cálice que interagem ora 
com lipídios (glicolipídios), ora com proteínas (glicopro-
teínas), cujas funções são de proteção celular contra 
agentes químicos e físicos, participar do processo de re-
conhecimento e adesão intercelular.
10) Heterótrofos: são os seres vivos, como os animais, que 
só conseguem energia por meio do consumo de carboi-
dratos, proteínas e lipídios produzidos pelos organismos 
autótrofos. 
11) Histologia: ramo da biologia que estuda a formação, a 
composição e a função dos tecidos humanos.
12) Matriz extracelular: é uma massa complexa que rodeia 
as células animais, composta por colágeno, glicosami-
noglicanas (polissacarídeos) e proteoglicanas (glicopro-
teína), que é a substância fundamental do tecido con-
juntivo. Suas funções são: preencher os espaços entre 
as células, dar resistência aos tecidos, ancoraras células, 
nutrir e eliminar dejetos metabólicos e transportes in-
tercelulares.
13) Metabolismo: conjunto de transformações, em um or-
ganismo vivo, pelas quais passam as substâncias que o 
constituem: reações de síntese (anabolismo) e reações 
de degradação (catabolismo) que liberam energia.
14) Neurotransmissores: são substâncias químicas produzi-
das e liberadas pelos neurônios com a função de enviar 
as informações nervosas para outras células, seja para 
outro neurônio, seja para uma célula efetuadora, como 
a muscular e glandular.
15) Quiescência: é a fase em que as células estão tempo-
rariamente fora do ciclo de divisão celular, também de-
nominada de G0 (zero), estando aparentemente em re-
pouso.
© Biologia Humana26
16) Sarcômero: é a unidade funcional do músculo estriado 
esquelético que permite a contração muscular, constitu-
ída por um complexo de proteínas contrácteis conheci-
das por actina, miosina, troponina e tropomiosina, ali-
nhadas em série, para formar a miofibrila, no interior da 
fibra muscular.
17) Teoria Celular: é uma teoria idealizada pelos cientistas 
alemães Matthias Jakob Schleidlen e Theodor Schwann, 
que preconizava que todos os seres vivos são constituí-
dos por células. 
18) Totipotentes: são células capazesde se diferenciar em 
todos os tipos de tecidos humanos, incluindo a placenta 
e os anexos embrionários. 
Esquema dos Conceitos-chave 
Para que você tenha uma visão geral dos conceitos mais im-
portantes deste estudo, apresentamos, a seguir (Figura 1), um Es-
quema dos Conceitos-chave do Caderno de Referência de Conteú-
do. O mais aconselhável é que você mesmo faça o seu esquema de 
conceitos-chave ou até mesmo o seu mapa mental. Esse exercício 
é uma forma de você construir o seu conhecimento, ressignifican-
do as informações a partir de suas próprias percepções. 
É importante ressaltar que o propósito desse Esquema dos 
Conceitos-chave é representar, de maneira gráfica, as relações en-
tre os conceitos por meio de palavras-chave, partindo dos mais 
complexos para os mais simples. Esse recurso pode auxiliar você 
na ordenação e na sequenciação hierarquizada dos conteúdos de 
ensino. 
Com base na teoria de aprendizagem significativa, entende-
se que, por meio da organização das ideias e dos princípios em 
esquemas e mapas mentais, o indivíduo pode construir o seu co-
nhecimento de maneira mais produtiva e obter, assim, ganhos pe-
dagógicos significativos no seu processo de ensino e aprendiza-
gem. 
27
Claretiano - Centro Universitário
© Caderno de Referência de Conteúdo
Aplicado a diversas áreas do ensino e da aprendizagem es-
colar (tais como planejamentos de currículo, sistemas e pesquisas 
em Educação), o Esquema dos Conceitos-chave baseia-se, ainda, 
na ideia fundamental da Psicologia Cognitiva de Ausubel, que es-
tabelece que a aprendizagem ocorre pela assimilação de novos 
conceitos e de proposições na estrutura cognitiva do aluno. Assim, 
novas ideias e informações são aprendidas, uma vez que existem 
pontos de ancoragem. 
Tem-se de destacar que "aprendizagem” não significa, ape-
nas, realizar acréscimos na estrutura cognitiva do aluno;é preci-
so, sobretudo, estabelecer modificações para que ela se configure 
como uma aprendizagem significativa. Para isso, é importante con-
siderar as entradas de conhecimento e organizar bem os materiais 
de aprendizagem. Além disso, as novas ideias e os novos concei-
tos devem ser potencialmente significativos para o aluno, uma vez 
que, ao fixar esses conceitos nas suas já existentes estruturas cog-
nitivas, outros serão também relembrados. 
Nessa perspectiva, partindo-se do pressuposto de que é você 
o principal agente da construção do próprio conhecimento, por 
meio de sua predisposição afetiva e de suas motivações internas 
e externas, o Esquema dos Conceitos-chave tem por objetivo tor-
nar significativa a sua aprendizagem, transformando o seu conhe-
cimento sistematizado em conteúdo curricular, ou seja, estabele-
cendo uma relação entre aquilo que você acabou de conhecer com 
o que já fazia parte do seu conhecimento de mundo (adaptado do 
site disponível em: <http://penta2.ufrgs.br/edutools/mapascon-
ceituais/utilizamapasconceituais.html>. Acesso em: 3 ago. 2010).
© Biologia Humana28
CÉLULAS 
Menor unidade 
dos seres vivos 
Adiposo 
Biologia 
Celular 
Microscópio 
 
Seres Unicelulares
 
X 
Seres pluricelulares
 
Microscópio 
eletrônico
 
Água
 
Carboidratos
 
Proteínas 
Lipídios
 
Descoberta
 
da célula: 
Robert Hooke 
Células 
 
Citoplasma
 
rico em 
organela
 Células 
 
Ausência de 
membranas 
Nucleóide e 
citoplasma
 
com poucas
 
Riqueza em
 
membranas 
Núcleo
 
organizado: 
Carioteca e
 
TECIDOS 
Histologia
 
Epitelial 
 
Muscular
 
Nervoso 
e glandular 
Propriamente
 
dito
 
e Ósseo 
Disposição das 
Estriado
 
Estriado Cardíaco 
Neurônio e
 
Células da
 
Gila
 
Figura 1 Esquema dos Conceitos-chave do Caderno de Referência de Conteúdo Biologia 
Humana. 
Como você pode observar, esse Esquema dá a você, como 
dissemos anteriormente, uma visão geral dos conceitos mais im-
29
Claretiano - Centro Universitário
© Caderno de Referência de Conteúdo
portantes deste estudo. Ao segui-lo, você poderá transitar entre 
um e outro conceito e descobrir o caminho para construir o seu 
processo de ensino-aprendizagem. Por exemplo, o conceito de 
biologia humana implica conhecer a composição estrutural e quí-
mica celular, e como essas células se associam para a formação 
tecidual do organismo humano, fator importante para a nossa so-
brevivência. Esse domínio conceitual vai lhe ajudara compreender 
as interações dinâmicas entre as células e os tecidos para o fun-
cionamento do organismo humano, que será completado com o 
estudo de Anatomia Humana e Fisiologia Humana. Os processos 
metabólicos ocorrem no interior das células e sua função é manter 
a homeostase, fator importante para que estejamos vivos. Além 
disso, conhecer a biologia humana permite aos professores de 
Educação Física Escolar trabalhar de forma adequada e segura, a 
fim de contribuir para o desenvolvimento de todos os sistemas e, 
consequentemente, melhorar a qualidade de vida das crianças e 
dos adolescentes. 
O Esquema dos Conceitos-chave é mais um dos recursos de 
aprendizagem que vem se somar àqueles disponíveis no ambien-
te virtual, por meio de suas ferramentas interativas, bem como 
àqueles relacionados às atividades didático-pedagógicas realiza-
das presencialmente no polo. Lembre-se de que você, aluno EAD, 
deve valer-se da sua autonomia na construção de seu próprio co-
nhecimento.
Questões Autoavaliativas
No final de cada unidade, você encontrará algumas questões 
autoavaliativas sobre os conteúdos ali tratados, as quais podem 
ser de múltipla escolha ou abertas com respostas objetivas ou dis-
sertativas. Vale ressaltar que se entendem as respostas objetivas 
como as que se referem aos conteúdos matemáticos ou àqueles 
que exigem uma resposta determinada, inalterada.
© Biologia Humana30
Responder, discutir e comentar essas questões, bem como 
relacioná-las com a prática do ensino de Educação Física Escolar 
pode ser uma forma de você avaliar o seu conhecimento. Assim, 
mediante a resolução de questões pertinentes ao assunto tratado, 
você estará se preparando para a avaliação final, que será disser-
tativa. Além disso, essa é uma maneira privilegiada de você testar 
seus conhecimentos e adquirir uma formação sólida para a sua 
prática profissional. 
Você encontrará, ainda, no final de cada unidade, um gabari-
to, que lhe permitirá conferir as suas respostas sobre as questões 
autoavaliativas (as de múltipla escolha e as abertas objetivas).
As questões dissertativas obtêm por resposta uma interpre-
tação pessoal sobre o tema tratado. Por isso, não há nada relacio-
nado a elas no item Gabarito. Você pode comentar suas respostas 
com o seu tutor ou com seus colegas de turma.
Bibliografia Básica
É fundamental que você use a Bibliografia Básica em seus 
estudos, mas não se prenda só a ela. Consulte, também, as biblio-
grafias complementares.
Figuras (ilustrações, quadros...)
Neste material instrucional, as ilustrações fazem parte inte-
grante dos conteúdos, ou seja, elas não são meramente ilustra-
tivas, pois esquematizam e resumem conteúdos explicitados no 
texto. Não deixe de observar a relação dessas figuras com os con-
teúdos, pois relacionar aquilo que está no campo visual com o con-
ceitual faz parte de uma boa formação intelectual. 
Dicas (motivacionais)
Este estudo convida você a olhar, de forma mais apurada, 
a Educação como processo de emancipação do ser humano. É 
importante que você se atente às explicações teóricas, práticas e 
31
Claretiano - Centro Universitário
© Caderno de Referência de Conteúdo
científicas que estão presentes nos meios de comunicação, bem 
como partilhe suas descobertas com seus colegas, pois, ao com-
partilhar com outras pessoas aquilo que você observa, permite-se 
descobrir algo que ainda não se conhece, aprendendo a ver e a 
notar o que não havia sido percebido antes. Observar é, portanto, 
uma capacidade que nos impele à maturidade. 
Você, como aluno do curso de Graduação na modalidade EAD 
e futuro profissional da Educação, necessita de umaformação con-
ceitual sólida e consistente. Para isso, você contará com a ajuda do 
tutor a distância, do tutor presencial e, sobretudo, da interação com 
seus colegas. Sugerimos, pois, que organize bem o seu tempo e rea-
lize as atividades nas datas estipuladas. 
É importante, ainda, que você anote as suas reflexões em 
seu caderno ou no Bloco de Anotações, pois, no futuro, elas pode-
rão ser utilizadas na elaboração de sua monografia ou de produ-
ções científicas.
Leia os livros da bibliografia indicada, para que você amplie 
seus horizontes teóricos. Coteje-os com o material didático, discuta 
a unidade com seus colegas e com o tutor e assista às videoaulas. 
No final de cada unidade, você encontrará algumas questões 
autoavaliativas, que são importantes para a sua análise sobre os 
conteúdos desenvolvidos e para saber se estes foram significativos 
para sua formação. Indague, reflita, conteste e construa resenhas, 
pois esses procedimentos serão importantes para o seu amadure-
cimento intelectual.
Lembre-se de que o segredo do sucesso em um curso na 
modalidade a distância é participar, ou seja, interagir, procurando 
sempre cooperar e colaborar com seus colegas e tutores.
Caso precise de auxílio sobre algum assunto relacionado a 
este Caderno de Referência de Conteúdo, entre em contato com 
seu tutor. Ele estará pronto para ajudar você.
Claretiano - Centro Universitário
1
EA
D
Introdução à Biologia 
Celular 
1. OBJETIVOS
• Entender a conceituação de célula para a compreensão 
de suas funções.
• Compreender as propriedades básicas das células.
• Conhecer a organização estrutural das células.
• Distinguir os diferentes tipos celulares.
2. CONTEÚDOS
• Descoberta do microscópio e das células.
• Propriedades básicas da célula animal e sua organização 
estrutural.
• Células procarióticas e eucarióticas.
© Biologia Humana34
3. ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE
Antes de iniciar o estudo desta unidade, é importante que 
você leia as orientações a seguir:
1) Tenha sempre à mão o significado dos conceitos explicita-
dos no Glossário e suas ligações pelo Esquema de Concei-
tos-chave para o estudo de todas as unidades deste CRC. 
Isso poderá facilitar sua aprendizagem e seu desempenho.
2) Nesta primeira unidade, iniciaremos o estudo de Biolo-
gia Humana com alguns breves relatos históricos sobre 
a invenção do microscópio e a descoberta das células, 
assim como os impactos dessas descobertas sobre as ci-
ências biológicas e da saúde. Iniciaremos, também, o es-
tudo de biologia celular, conceituando células e conhe-
cendo seus principais componentes. É muito importante 
iniciarmos nosso estudo com esses conceitos, que são a 
base de todos os mecanismos fisiológicos, para que pos-
samos unificar a linguagem que será utilizada em toda o 
caderno.
3) Não se contente somente com o conteúdo exposto no 
seu CRC; pesquise, também, em livros ou na internet o 
assunto abordado nesta unidade e selecione as informa-
ções que considerar mais interessantes ou importantes 
para sua formação, e disponibilize-as para seus colegas 
na Lista ou no Fórum. Lembre-se de que você é o prota-
gonista do seu processo de formação.
4) Leia os conteúdos com atenção, grifando os termos mais 
importantes e anotando as suas dúvidas, de forma que 
você não vá para a próxima unidade com incertezas. Pro-
cure solucionar suas dúvidas por intermédio do nosso 
sistema de interatividades (Lista e Fórum) ou fale direta-
mente com o seu tutor.
4. INTRODUÇÃO À UNIDADE
Inicialmente, será feita uma breve apresentação de alguns 
aspectos interessantes de correlatos históricos sobre a microsco-
35
Claretiano - Centro Universitário
© U1 - Introdução à Biologia Celular
pia e a descoberta das células, como também de seus principais 
pesquisadores, que foram fundamentais para o desenvolvimento 
dessa ciência. Em seguida, teremos uma explicação rápida sobre 
os níveis organizacionais em biologia celular para compreensão da 
constituição do organismo humano.
Na segunda parte desta unidade, conceituaremos as células 
e falaremos sobre as propriedades básicas existentes em todas as 
células, assim como sobre a diferenciação entre os dois tipos celu-
lares básicos.
Esperamos que, ao final desta unidade, você seja capaz de 
reconhecer, compreender e analisar os principais conceitos da 
biologia celular, as propriedades básicas existentes nas células e a 
importância de sua descoberta para a compreensão do funciona-
mento do organismo.
Que o estudo seja estimulante. Bom trabalho! 
5. BREVE HISTÓRICO SOBRE A DESCOBERTA DAS CÉ
LULAS
Quem nunca se perguntou de onde veio ou do que é forma-
do o corpo? 
Parecem perguntas bobas, mas desde crianças temos essa 
curiosidade. 
Hoje em dia, graças aos inúmeros avanços da ciência, pode-
mos responder com exatidão a essas perguntas. Porém, não foi 
sempre assim. Há séculos, os homens também tinham essa curio-
sidade, mas, devido ao pequeno tamanho das células, não sendo 
possível sua visualização a olho nu, o seu estudo era impossível. 
Havia a necessidade em se descobrir algum instrumento que pu-
desse possibilitar essa visualização. 
© Biologia Humana36
Somente no século 17 que um conjunto de lente foi agru-
pado em um tubo, surgindo, assim, o microscópio, um aparelho 
capaz de aumentar a imagem de objetos muito pequenos; a partir 
de então, tiveram início os estudos sobre as células.
Não se sabe com exatidão quem foi o inventor do microscó-
pio, mas acredita-se que foi um óptico holandês, Zacarias Janssen, 
que, em 1590, deu um de presente ao arquiduque da Áustria. No 
entanto, o seu microscópio aumentava a imagem somente de 10 a 
30 vezes, sendo útil apenas para observar insetos. 
Anos mais tarde, o também holandês Anton Van Leeuwe-
nhoek observou pela primeira vez uma gota de água de um lago 
em um de seus microscópios, que era, na verdade, um simples sis-
tema de lentes, e identificou inúmeros micro-organismos que ele 
denominou de animáculos. Suas descobertas só foram aceitas pela 
Royal Society (principal Academia Científica Inglesa) depois de se-
rem averiguadas por Robert Hooke.
Em 1665, influenciado pelas descobertas de Leeuwenhoek, o 
inglês Robert Hooke (1635-1703) observou no microscópio cortes 
feitos em rolhas (cortiça) e relatou a existência de pequenas cavi-
dades vazias. Hooke denominou cada cavidade de “cel”, palavra 
inglesa que significa cela ou cavidade, originando, assim, o termo 
“célula”, diminutivo de “cela”. A descoberta da célula, portanto, é 
atribuída a Robert Hooke.
Continuando as investigações sobre as células, em 1831, o 
botânico inglês Robert Brown descreveu o núcleo celular ao obser-
var as células de orquídeas.
No início do século 19, mais precisamente em 1838, Mat-
thias Schleiden (botânico alemão) e Theodor Schwann (zoólogo 
alemão) formularam a teoria celular. Segundo essa teoria, todos 
os organismos são constituídos de uma ou mais células, que são 
as unidades estruturais da vida. Em 1858, o patologista alemão 
Rudolf Virchow acrescentou mais um princípio à teoria celular: o 
de que as células só podem surgir pela divisão de uma célula pre-
existente. 
37
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© U1 - Introdução à Biologia Celular
O instrumento utilizado por esses pesquisadores foi sendo 
aperfeiçoado e é conhecido por microscópio óptico, constituído 
por dois sistemas de lentes conhecidas por oculares e objetivas, as 
quais podem ampliar as imagens de 100 a 1000 vezes.
Mesmo com todas essas descobertas e com a formulação da 
teoria celular, o microscópio óptico não permite a visualização de 
detalhes da estrutura da célula. Assim, após a descoberta dos elé-
trons no século 19, o físico alemão Ernst Ruska, em 1931, desen-
volveu o microscópio eletrônico, que utiliza feixes desses elétrons 
para ampliar o objeto de cinco mil a 500 mil vezes. Por esse inven-
to, ele recebeu o prêmio Nobel de física em 1986. Veja, a seguir, na 
Figura 1, a ilustração de Robert Hooke e seus microscópios, e, na 
Figura 2, a ilustração de AntonVan Leeuwenhoek.
 
Figura 1 Gravura de Robert Hooke, seu microscópio e as células da cortiça.
 
Figura 2 Gravura de Anton Van Leeuwenhoek e seu microscópio.
© Biologia Humana38
Assim, a partir de todas essas descobertas e dos conheci-
mentos dos processos vitais que ocorrem em todas as células, po-
deremos entender melhor o funcionamento do organismo como 
um todo. 
6. AS CÉLULAS: PROPRIEDADES BÁSICAS E ORGANI
ZAÇÃO ESTRUTURAL 
Depois dessa viagem que fizemos pela história do micros-
cópio e da descoberta das células, será que você seria capaz de 
definir o que é uma célula?
A célula, por definição, é a unidade estrutural e funcional 
fundamental dos organismos vivos. Dessa maneira, de acordo com 
a teoria celular, todos os organismos vivos são compostos por cé-
lulas.
A célula pode se apresentar isoladamente em seres que 
conhecemos como unicelulares, ou unir-se a outras células para 
formar os tecidos que compõem o organismo de seres pluricelu-
lares.
Nos seres unicelulares, como as bactérias, uma única célula 
é capaz de realizar todas as funções básicas (digestão, respiração). 
Já os seres pluricelulares, como os seres humanos, apresentam 
inúmeras células. Nesses seres, as células com funções comuns 
agrupam-se de maneira organizada para formar tecidos, os quais, 
por sua vez, formam os órgãos. 
Os animais pluricelulares apresentam uma organização es-
trutural complexa que se inicia em níveis químicos, incluindo todas 
as substâncias químicas necessárias para seu funcionamento (oxi-
gênio, hidrogênio, nitrogênio, cálcio, fósforo, sódio etc.) e termina 
em níveis sistêmicos, formados pelos órgãos que possuem funções 
em comum, como, por exemplo, respiração (sistema respiratório), 
digestão (sistema digestório), circulação (sistema circulatório), lo-
comoção (sistema musculoesquelético), entre outros. Entre esses 
39
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© U1 - Introdução à Biologia Celular
dois níveis, nós ainda temos o nível celular, composto pelas célu-
las que apresentam funções específicas de acordo com a região 
em que se encontram; nível tecidual, no qual as células com as 
mesmas funções se unem para formar os tecidos (tecido epitelial, 
tecido conjuntivo, tecido nervoso, tecido muscular); e o nível or-
gânico, composto pelos órgãos constituídos pelos tecidos com as 
mesmas funções (coração, intestino, pulmão, rim etc.). Os seres 
humanos apresentam cerca de 75 trilhões de células que, embora 
possam se diferir pelo tamanho, função e forma, apresentam pro-
priedades básicas comuns que garantem sua manutenção. 
Com relação à sua organização estrutural e química, pode-
mos observar no microscópio que as células apresentam certa 
complexidade, demonstrada mediante as diferenças entre a distri-
buição e a forma de suas organelas em espécies diferentes.
Mesmo apresentando essa complexidade, a maioria das cé-
lulas (eucarióticas) é capaz de se reproduzir por meio de um pro-
cesso chamado mitose, no qual uma célula-mãe duplica seu ma-
terial genético (DNA) e o divide em duas células-filhas idênticas à 
célula-mãe.
Além disso, as células são capazes de:
1) Adquirir e utilizar a glicose como fonte de energia neces-
sária para realização de atividades metabólicas que re-
querem gasto energético, como, por exemplo, no trans-
porte ativo de substância para fora da célula.
2) Realizar reações químicas através de enzimas, que são 
proteínas específicas.
3) Responder a estímulos como luz, calor e hormônios, e, 
assim, se preparar para se contrair, se dividir ou se des-
locar. 
4) Locomover ou alterar sua forma através de proteínas 
motoras.
Essas propriedades são um resumo do que uma célula é ca-
paz de realizar, sendo necessária a realização de leituras comple-
mentares para sua melhor compreensão.
© Biologia Humana40
Além dessas propriedades em comum, no que diz respeito à 
sua constituição, toda célula apresenta: 
• Membrana plasmática: envolve as células e seleciona as 
substâncias que vão entrar ou sair do seu interior
• Citoplasma: região compreendida entre a membrana 
plasmática e o núcleo, formada por uma substância fluida 
constituída de água e proteínas. É o local onde estão mer-
gulhadas as organelas (órgãos celulares) responsáveis por 
algumas funções importantes, como digestão, secreção, 
respiração e síntese proteica.
• Núcleo: local onde se encontram os cromossomos (DNA 
e RNA), responsáveis pela duplicação celular. Quase todas 
as células são mononucleadas (um único núcleo); porém, 
existem células binucleadas (células hepáticas e cartilagi-
nosas) e polinucleadas (célula muscular esquelética).
Vale ressaltar aqui que essas características estão presentes 
nas células animal e vegetal.
Com o avanço da biologia celular, pôde-se descobrir uma gran-
de variabilidade genética entre as espécies. Essas espécies podem 
se reunir em grupos progressivamente mais abrangentes – gêneros, 
ordens, famílias – até o nível dos reinos clássicos, vegetal e animal. 
Um dos esquemas de classificação, o de Whittaker, postula a divisão 
em cinco reinos – monera, protista, fungi, plantaee animalia, com as 
suas correspondentes subdivisões (DE ROBERTIS, 2001). 
No entanto, podemos simplificar toda essa complexidade 
classificando as células em dois tipos básicos, as procarióticas e 
as eucarióticas, de modo que a principal diferença entre elas é a 
ausência de um envoltório nuclear nas células procarióticas, en-
quanto as eucarióticas apresentam um núcleo verdadeiro com um 
envoltório nuclear elaborado, denominado carioteca.
41
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© U1 - Introdução à Biologia Celular
7. AS CÉLULAS PROCARIÓTICAS E EUCARIÓTICAS
Como dito anteriormente, com o avanço da biologia celular 
e a descoberta do microscópio eletrônico, foi possível verificar que 
há basicamente dois tipos de células: as procarióticas (ou proca-
riontes) e as eucarióticas (ou eucariontes).
De maneira geral, essas duas células se diferenciam pela pre-
sença ou ausência de membranas. Contudo, há outras particularida-
des de cada uma que veremos a partir de agora.
O termo “procariontes”, ao pé da letra, significa “núcleo pri-
mitivo” (pro = primeiro, antes; e Karyon= núcleo), isso porque es-
sas células não apresentam núcleo organizado pelo envoltório nu-
clear. Seu material genético (cromossomo) está em contato direto 
com o citoplasma, ocupando um espaço denominado nucleoide. 
Portanto, podemos dizer que a principal característica dessas cé-
lulas é uma certa pobreza em membranas, apresentando somente 
a membrana plasmática. Elas apresentam, também, um citoplas-
ma simples contendo poucas organelas. De modo geral, as células 
procarióticas possuem os chamados polirribossomos, constituídos 
por ribossomos ligados a moléculas de RNA mensageiro.
Alguns pesquisadores afirmam que as células procarióticas são 
antecessoras às células eucarióticas. Essa afirmação se deve ao 
fato de as células procarióticas terem sido encontradas em fósseis 
de mais de três bilhões de anos, enquanto as células eucarióti-
cas apareceram por volta de um bilhão de anos (DE ROBERTIS, 
2001).
 
Os seres que são formados pelas células procarióticas são 
chamados de procariontes (ou procariotas), sendo representados 
pelo reino monera, formado pelas bactérias. Essas células não se 
dividem por mitose, e sim pela chamada divisão binária, na qual 
há a formação de septos da superfície para o interior da célula, di-
vidindo-a em duas células-filhas (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2005). 
© Biologia Humana42
As bactérias, frequentemente, apresentam prolongamentos 
que podem ser de dois tipos: os flagelos, responsáveis pela loco-
moção das bactérias, e as fímbrias, que participam da transferência 
unidirecional de DNA entre as células, como também promovem a 
aderência da bactéria na célula eucariótica agredida (JUNQUEIRA; 
CARNEIRO, 2005). Para compreender melhor a estrutura de uma 
célula procariótica, observe a Figura 3.
As células eucarióticas (eu = verdadeiro; Karyon = núcleo) 
são mais complexas que as célulasprocarióticas e, como o próprio 
nome diz, apresentam um núcleo verdadeiro organizado e limita-
do por uma membrana chamada envoltório nuclear ou carioteca. 
Aliás, a presença de membranas é sua principal característica. Es-
sas membranas dividem as células em compartimentos respon-
sáveis por funções especializadas essenciais para manutenção e 
divisão da célula. Essas células apresentam, também, o núcleo e o 
citoplasma bem distintos. Os seres constituídos por elas são cha-
mados de eucariontes (ou eucariotas) e são representados pelos 
reinos protista (protozoários), plantae (plantas), fungi (fungos) e 
animalia (animais), no qual os humanos estão incluídos. 
O núcleo das células eucarióticas contém os cromossomos, 
constituídos de DNA associado a proteínas histônicas. O citoplasma 
é bem complexo, delimitado pela membrana plasmática e divido em 
compartimentos, nos quais são encontradas as organelas. Dentre as 
organelas, estão as mitocôndrias, o retículo endoplasmático liso e 
rugoso, o lisossomo, o complexo de Golgi e os ribossomos, responsá-
veis pelas atividades metabólicas das células como digestão, respira-
ção, secreção e síntese proteica. Outra característica distinta do seu 
citoplasma é a presença de filamentos e túbulos do citoesqueleto, 
que têm como funções: estabilização da forma celular, organização 
do citoplasma, locomoção e suporte mecânico. 
A membrana plasmática envolve a célula e separa o meio in-
tracelular do meio extracelular, controlando a passagem de subs-
tâncias entre esses meios (permeabilidade seletiva e transporte de 
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Claretiano - Centro Universitário
© U1 - Introdução à Biologia Celular
moléculas) e mantendo a constância do meio intracelular. É também 
responsável pela interação entre as células e proporciona suporte 
mecânico para a célula. A membrana plasmática é muito importante 
para as células e, por isso, será mais bem estudada na Unidade 3.
Para melhor compreensão das células eucarióticas, observe 
a Figura 4 e faça uma comparação com a célula procariótica repre-
sentada na Figura 3.
 Figura 3 Desenho esquemático da célula procariótica representada pela bactéria 
 Escherichia Colli.
© Biologia Humana44
 Figura 4 Desenho esquemático da célula eucarionte animal.
8. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
Vamos aproveitar para verificar como está a sua aprendiza-
gem por meio de uma autoavaliação. Tente responder para si mes-
mo às seguintes questões:
1) O que é uma célula?
2) Qual a constituição básica de uma célula?
3) Quais os dois tipos básicos de células? 
4) Quais as diferenças entre esses dois tipos celulares básicos?
9. CONSIDERAÇÕES
Nesta primeira unidade, foram feitas breves considerações 
iniciais sobre a biologia humana, começando com a invenção do 
microscópio e a descoberta das células, assim como seus principais 
pesquisadores. Ficou claro que a invenção do microscópio possibi-
litou a descoberta da célula, que é a unidade estrutural e funcional 
fundamental dos seres vivos, e isso foi de grande importância para 
45
Claretiano - Centro Universitário
© U1 - Introdução à Biologia Celular
as ciências biológicas, pois, a partir daí, foi possível um estudo mais 
detalhado do organismo vivo, esclarecendo seu funcionamento e 
até mesmo os mecanismos de manifestações das doenças.
Nas próximas unidades, faremos um estudo mais detalhado 
da estrutura e das funções das células, iniciando com a composi-
ção química das células.Esse conhecimento é fundamental para a 
compreensão do funcionamento do corpo humano. 
10. E REFERÊNCIAS
Lista de Figuras
Figura 1 –Gravura de Robert Hooke, seu microscópio e as células da cortiça: disponível 
em:<http://www.nndb.com/people/356/000087095>. Acesso em: 3 ago. 2010. 
Figura 2 –Gravura de Anton Van Leeuwenhoek e seu microscópio: disponível em: 
<http://www.clt.astate.edu/mhuss/toppage6.htm>. Acesso em: 3 ago. 2010. 
Figura 3 –Desenho esquemático da célula procariótica representada pela bactéria 
Escherichia Colli: disponível em:<http://www.marcobueno.net/resumos/resumo.asp?f_
id_resumo=42>. Acesso em: 3 ago. 2010.
Figura 4 –Desenho esquemático da célula eucarionte animal:disponível em: <http://fai.
unne.edu.ar/biologia/cel_euca/images/celulaaldea.gif>. Acesso em: 3 maio 2009.
11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DE ROBERTIS, E. D. P.; ANDRADE, C. G. T. J. Bases da biologia celular e molecular. 2. ed. 
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. 
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Biologia celular e molecular. 8. ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara, 2005.
ALBERTS, B. et al. Fundamentos da Biologia Celular. 2. ed. São Paulo: Artmed, 2007.
Claretiano - Centro Universitário
EA
D
Composição Química da 
Célula
2
1. OBJETIVOS
• Conhecer e analisar as principais moléculas que com-
põem as células.
• Identificar e classificar as propriedades das biomolécu-
las.
• Compreender a importância das biomoléculas para o me-
tabolismo celular.
2. CONTEÚDOS
• Água.
• Carboidratos.
• Lipídios.
• Proteínas.
• Ácidos nucleicos.
© Biologia Humana48
3. ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE
Antes de iniciar o estudo desta unidade, é importante que 
você leia as orientações a seguir:
1) Na unidade anterior, discutimos os termos introdutórios 
de biologia celular e, agora, dando continuidade aos nos-
sos estudos, analisaremos as moléculas que funcionam 
como unidades construtoras e reguladoras das células 
animais. Pesquise em livros e na internet esse assunto 
e, se encontrar algo interessante, disponibilize-o na Lista 
ou no Fórum para seus colegas.
2) Não deixe de analisar as figuras e as tabelas presentes du-
rante o texto, pois elas são importantes para a compreen-
são das biomoléculas e servem para a explicação do texto. 
3) Leia os conteúdos com atenção, grifando os termos mais 
importantes e tentando relacioná-los com sua futura ati-
vidade profissional. Isso lhe ajudará a entender a impor-
tância da matéria e servirá de estímulo para buscar mais 
conhecimentos.
4) Responda às questões autoavaliativas presentes ao final 
de cada unidade, a fim de fixar os conteúdos e detectar 
as suas dúvidas.
5) Faça anotações de todas as suas dúvidas e procure solu-
cioná-las pela Lista, pelo Fórum, ou falando diretamente 
com o seu tutor.
4. INTRODUÇÃO À UNIDADE
Na primeira unidade, procuramos demonstrar, por meio de 
um breve histórico, como se deu a descoberta das células e do mi-
croscópio, e a sua importância para o desenvolvimento da biologia 
celular. Analisamos, também, as propriedades básicas das células 
e, por fim, os dois tipos básicos celulares, as células procarióticas 
e as eucarióticas.
Dando continuidade ao nosso estudo sobre as propriedades 
das células, analisaremos, nesta unidade, as moléculas que atuam 
49
Claretiano - Centro Universitário
© U2 - Composição Química da Célula
como unidades construtoras das células animais, que em conjunto 
chamamos de biomoléculas, isto é, moléculas da vida.
Será feito um estudo sobre as propriedades químicas dessas 
moléculas e sua importância para a célula. As biomoléculas estu-
dadas nesta unidade serão:
1) Água.
2) Carboidratos.
3) Lipídios.
4) Proteínas.
5) Ácidos nucleicos.
Todas essas biomoléculas são formadas basicamente pelos 
átomos de hidrogênio (H), carbono (C), oxigênio (O) e nitrogênio 
(N).
Ao final desta unidade, esperamos que você seja capaz de 
reconhecer as principais características das biomoléculas estuda-
das, assim como sua importância para os processos metabólicos 
celulares e para a sobrevivência do organismo.
Desejamos êxito nos seus estudos e nas atividades! 
5. ÁGUA
De todas as biomoléculas, a água possui propriedades quí-
micas que a tornam indispensável para os organismos vivos. 
A água é o maior constituinte de um organismo, tanto que o 
corpo humano é composto por cerca de 70% de água, fazendo-se, 
portanto, necessária para todos os processos metabólicos celulares. 
Desde o Ensino Fundamental, aprendemos que a água é 
composta por um átomo de oxigênio ligado a dois átomos de hi-
drogênio (H2O). A

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