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ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO RAIMUNDO PELISSARO CIÊNCIAS DA NATUREZA BIOLOGIA ENSINO MÉDIO PROF. KARINE TESSARO MULITERNO/RS, 2021 Amanda Perin Marcon MUTANTES Somos as únicas criaturas na face da terra capazes de mudar nossa biologia pelo que pensamos e sentimos! Nossas células estão constantemente bisbilhotando nossos pensamentos e sendo modificados por eles. Um surto de depressão pode arrasar seu sistema imunológico; apaixonar-se, ao contrário, pode fortificá-lo tremendamente. A alegria e a realização nos mantém saudáveis e prolongam a vida. A recordação de uma situação estressante, que não passa de um fio de pensamento, libera o mesmo fluxo de hormônios destrutivos que o estresse. Quem está deprimido por causa da perda de um emprego projeta tristeza por toda parte no corpo - a produção de neurotransmissores por parte do cérebro reduz-se, o nível de hormônios baixa, o ciclo de sono é interrompido, os receptores neuropeptiídicos na superfície externa das células da pele tornam-se distorcidos, as plaquetas sanguíneas ficam mais viscosas e mais propensas a formar grumos e até suas lágrimas contêm traços químicos diferentes das lagrimas de alegria. Todo este perfil bioquímico será drasticamente alterado quando a pessoa encontra uma nova posição. Isto reforça a grande necessidade de usar nossa consciência para criar os corpos que realmente desejamos. A ansiedade por causa de um exame acaba passando, assim como a depressão por causa de um emprego perdido. O processo de envelhecimento, contudo, tem que ser combatido a cada dia. Shakespeare não estava sendo metafórico quando Próspero disse: "Nós somos feitos da mesma matéria dos sonhos." Você quer saber como esta seu corpo hoje? Lembre-se do que pensou ontem Quer saber como estará seu corpo amanhã? Olhe seus pensamentos hoje! Ou você abre seu coração, ou algum cardiologista o fará por você! DEEPAK CHOPRA https://www.pensador.com/autor/deepak_chopra/ Conteúdos 1. Introdução a Biologia 2. Características gerais dos seres vivos 3. Biologia celular 4. Fundamentos químicos da vida 5. Teorias do surgimento e evolução dos seres vivos 6. Citologia 7. Componentes da célula 8. Histologia animal 9. Embriologia 1. Introdução a Biologia A Biologia é uma ciência que estuda a vida em seus mais variados aspectos, importando-se em compreender, por exemplo, o funcionamento dos organismos vivos, a relação desses seres com o meio e seu processo de evolução. Devido a sua complexidade, a Biologia pode ser dividida em diferentes subáreas, como Biologia Celular, Ecologia, Paleontologia, Anatomia, Fisiologia e Evolução. Significado O termo biologia vem dos termos gregos bios, que significa vida, e logos, que significa estudo. Desse modo, podemos dizer que o termo biologia significa o ESTUDO DA VIDA. 1.1. O que estuda? Como o próprio nome indica, a Biologia estuda a vida. Seu estudo engloba desde organismos microscópicos até os maiores seres vivos do planeta, analisando-os nos diferentes níveis. Na Biologia, o estudo dos seres vivos realiza-se desde o nível molecular até as interações que ocorrem entre as diferentes espécies do planeta. Ao aprofundarmo-nos nessa ciência, compreendemos melhor como é e como funciona o corpo dos seres vivos, incluindo o nosso, e também percebemos melhor como os seres vivos interagem uns com os outros e com o meio em que vivem. Somos capazes, ainda, de perceber como as mudanças surgiram ao longo do tempo, como elas favoreceram a sobrevivência das espécies e como os mecanismos evolutivos ainda atuam nos dias atuais. O estudo da Biologia é extremamente importante, pois, ao compreendermos o funcionamento dos seres vivos, podemos entender, por exemplo, como evitar e prevenir doenças. Podemos também fazer previsões sobre o impacto do ser humano sobre as outras espécies do planeta e mesmo como sua ação impacta sua própria vida. 1.2. Áreas A Biologia é uma ciência complexa e que apresenta uma série de áreas de estudo. A seguir, veremos algumas dessas e uma explicação simplificada a respeito do objeto de estudo de cada uma delas: → Anatomia: tem como objeto de estudo a estrutura dos seres vivos. → Biofísica: enfoca os processos físicos que acontecem nos seres vivos. → Biologia Celular: é relacionada com o estudo das células. → Biologia Molecular: tem como objeto de estudo as interações bioquímicas que ocorrem nas células. → Bioquímica: é responsável por estudar as reações químicas que ocorrem nos organismos vivos. → Botânica: tem como objeto de estudo as plantas. → Ecologia: é responsável por estudar a interação dos seres vivos entre si e com o meio ambiente em que vivem. → Embriologia: estuda o desenvolvimento embrionário dos seres vivos. → Evolução: preocupa-se em conhecer e compreender as mudanças que ocorrem nos seres vivos ao longo do tempo. → Ficologia: tem como objeto de estudo as algas. → Fisiologia: estuda o funcionamento do corpo dos seres vivos. → Genética: tem como objetivo estudar os mecanismos da hereditariedade. → Histologia: estuda os tecidos. https://brasilescola.uol.com.br/biologia/nivel-celula.htm https://brasilescola.uol.com.br/biologia/bioquimica.htm https://brasilescola.uol.com.br/biologia/botanica.htm https://brasilescola.uol.com.br/biologia/ecologia.htm https://brasilescola.uol.com.br/biologia/biologia-evolutiva.htm https://brasilescola.uol.com.br/biologia/fisiologia.htm https://brasilescola.uol.com.br/biologia/genetica.htm https://brasilescola.uol.com.br/biologia/histologia-animal.htm → Imunologia: estuda o sistema imunológico. → Microbiologia: estuda os micro-organismos, tais como os vírus e bactérias. → Zoologia: tem por objetivo estudar os animais. 2. Características Gerais dos Seres Vivos Como você pode distinguir um ser vivo de um ser inanimado? Os seres vivos compartilham algumas características em comum. 2.1. Níveis de organização estrutural 2.2. Organização Celular De maneira geral, todos os seres vivos são constituídos de estruturas celulares — das simples bactérias e dos protozoários unicelulares até as complexas células das angiospermas e dos cordados multicelulares. Os termos em destaque referem-se ao número de células que compõem um organismo: → Unicelulares: são formados por uma única célula; → Multicelulares ou pluricelulares: são formados por duas ou mais células → Acelulares: como os vírus, pois não possuem estruturas típicas de uma célula. Dessa maneira, não são considerados seres vivos por alguns cientistas, sendo tratados como partículas ou entidades, basicamente proteicas, que podem infectar organismos vivos. Os organismos também podem ser: → Procariontes: são formados por células procarióticas, as quais não possuem envelope nuclear e, como regra geral, embora existam exceções, apresentam parede celular. São as bactérias e as cianobactérias. https://brasilescola.uol.com.br/biologia/sistema-imunologico-humano.htm https://brasilescola.uol.com.br/biologia/virus.htm https://brasilescola.uol.com.br/biologia/bacterias.htm https://brasilescola.uol.com.br/biologia/reino-animalia.htm https://www.coladaweb.com/biologia/reinos/bacterias https://www.coladaweb.com/biologia/reinos/protozoarios https://www.coladaweb.com/biologia/botanica/angiospermas https://www.coladaweb.com/biologia/reinos/cordados https://www.coladaweb.com/biologia/reinos/os-virus https://www.coladaweb.com/biologia/cianobacterias → Eucariontes apresentam células eucarióticas, as quais se caracterizam pela presença de envelope nuclear e, no caso das células das plantas, por exemplo, parede celular (celulósica). 2.3. Composição química Os seresvivos revelam grande número de moléculas que formam as substâncias orgânicas, como proteínas, lipídios, glicídios, pigmentos, vitaminas, ácidos nucleicos (DNA e RNA), além de substâncias inorgânicas, encontradas no interior das células e nos espaços intercelulares e representadas por água e sais minerais. → Bioelementos: Nos seres vivos há cerca de vinte elementos químicos entre os mais de cem que hoje conhecemos. Os mais abundantes são: oxigênio (O), hidrogênio (H), carbono (C), nitrogênio (N), cálcio (Ca), fósforo (P), enxofre (S), magnésio (Mg), cloro (Cl), potássio (K) e sódio (Na), sendo os quatro primeiros majoritários na matéria viva. A vida está baseada no átomo de carbono. O carbono tem a propriedade de poder se combinar de maneira muito estável com outros átomos para formar uma grande variedade de moléculas, algumas delas bastante complexas (como as proteínas). https://www.coladaweb.com/biologia/bioquimica/proteinas https://www.coladaweb.com/biologia/bioquimica/lipidios https://www.coladaweb.com/biologia/bioquimica/glicidios https://www.coladaweb.com/biologia/bioquimica/vitaminas https://www.coladaweb.com/biologia/bioquimica/acidos-nucleicos-desoxirribonucleicos-e-ribonucleicos https://www.coladaweb.com/biologia/dna https://www.coladaweb.com/biologia/genetica/o-rna https://www.coladaweb.com/biologia/bioquimica/sais-minerais https://www.coladaweb.com/biologia/bioquimica/sais-minerais → Biomoléculas: As biomoléculas podem ser inorgânicas ou orgânicas. ▪ Biomoléculas Inorgânicas: água e sais minerais; ▪ Biomoléculas Orgânicas: carboidratos, lipídeos, proteínas, ácidos nucleicos e vitaminas. 2.4. Metabolismo É o conjunto de reações químicas que ocorrem nos seres vivos. É responsável pela manutenção e pelo funcionamento do organismo. À capacidade do organismo de manter as condições do meio interno em equilíbrio dá-se o nome de homeostasia. Para isso, o organismo mobiliza o metabolismo e os diversos sistemas Divide-se o metabolismo, em: → Anabolismo — consiste nas reações de formação ou de síntese. Exemplo: fotossíntese. → Catabolismo — corresponde às reações de degradação, como a quebra da molécula de determinada substância. Exemplo: respiração celular. Quanto à forma de nutrição, os organismos podem ser: → Autótrofos: utilizam a matéria inorgânica para sintetizar matéria orgânica, a exemplo dos vegetais. → Heterótrofos: capturam a matéria orgânica disponível no ambiente, a exemplo dos animais. Quanto à forma de respiração, os organismos podem ser: → Anaeróbios: produzem energia na ausência de oxigênio molecular (O2), ao passo que os → Aeróbios utilizam o oxigênio molecular para obtenção de energia. 2.5. Reprodução É a capacidade de manutenção da espécie. Todo ser vivo provém de outro ser vivo preexistente, por meio desse processo denominado reprodução, que pode ser sexuada ou assexuada. → Reprodução sexuada: caracteriza-se pela participação de gametas femininos e masculinos, em que, devido à fusão (fecundação) destes, ocorre a combinação do material genético levando à variabilidade genética. → Reprodução assexuada: ocorre sem a participação de gametas. De um único indivíduo ocorre a formação de outros. Por exemplo, a cissiparidade (bipartição) de células bacterianas e o brotamento, como ocorre na Hydra sp. Neste tipo de reprodução, não ocorre aumento na variabilidade genética. https://www.coladaweb.com/biologia/fisiologia/homeostase https://www.coladaweb.com/biologia/botanica/fotossintese-como-ocorre https://www.coladaweb.com/biologia/biologia-celular/respiracao-celular https://www.coladaweb.com/biologia/desenvolvimento/reproducao-sexuada https://www.coladaweb.com/biologia/desenvolvimento/reproducao-assexuada 2.6. Hereditariedade É a capacidade que os seres vivos têm de transmitir características genéticas para seus descendentes, por intermédio dos genes existentes no núcleo das células. São os genes que contêm as informações sobre os tipos de proteína sintetizada em cada célula, responsáveis pelas manifestações das características do indivíduo. 2.7. Evolução e adaptação A diversidade biológica deve-se principalmente às mutações — variações no material genético que dão origem às variantes (alelos) dos genes. As novas variantes podem ser benéficas, permitindo melhor adaptação ao meio, prejudiciais à sua sobrevivência ou, ainda, não provocar nenhum efeito. Como os indivíduos mais bem adaptados tendem a deixar mais descendentes, a frequência dessas novas variantes aumenta no transcorrer das gerações (seleção natural). 2.8. Respostas a estímulos Os seres vivos são capazes de reagir a estímulos do ambiente por meio de órgãos ou estruturas sensíveis a mudanças. Tais estratégias possibilitam a perpetuação das espécies. 2.9. Crescimento É caracterizado pela modificação do organismo ao longo do seu ciclo de vida e consiste, basicamente, no aumento de tamanho e no crescimento do indivíduo. Está relacionado à assimilação e à transformação da matéria, obtida por meio da alimentação e do metabolismo. Esse crescimento pode ocorrer pelo aumento do volume de células ou pelo aumento do número de células. Os seres unicelulares crescem por aumento do tamanho das células, já os multicelulares crescem principalmente por aumento no número das células. O desenvolvimento é resultado da ação conjunta do crescimento e da diferenciação celular. 2.10. Temperatura A temperatura do corpo dos animais é determinada por uma função que relaciona o calor produzido, o calor conservado e o calor perdido. Chamamos de termorregulação o processo no qual os animais mantêm a temperatura dentro de uma faixa de valor ideal para a manutenção de seus processos biológicos. O calor para que ocorra a termorregulação pode vir do próprio metabolismo do animal ou de fontes externas. Diante disso, podemos classificar os animais em dois grupos: → Animais endotérmicos: mantêm sua temperatura corporal estável, independentemente das alterações ambientais. Exemplos: aves e mamíferos; → Animais exotérmicos: não conseguem manter a temperatura de seus corpos dentro de uma faixa ideal, necessitando de fontes externas para essa manutenção. Exemplos: muitas espécies de répteis e peixes. 3. Biologia Celular Biologia celular, também denominada de citologia, é o ramo da biologia responsável pelo estudo das células. As células são as unidades básicas estruturais e funcionais dos organismos. Assim, a biologia celular estuda a parte estrutural delas bem como suas funções. O estudo das células tem avançado à medida que surgem novas tecnologias. https://www.coladaweb.com/biologia/evolucao/selecao-natural https://www.coladaweb.com/biologia/ciclos-vida https://www.biologianet.com/zoologia/reino-dos-animais.htm https://www.biologianet.com/zoologia/aves.htm https://www.biologianet.com/zoologia/mamiferos.htm https://www.biologianet.com/zoologia/repteis.htm https://www.biologianet.com/zoologia/peixes.htm https://www.biologianet.com/biologia-celular/o-que-celula.htm 3.1. Importância da biologia celular A biologia celular, pelo estudo da estrutura e do funcionamento das células, assim como da interação entre elas, permite maior compreensão do funcionamento dos organismos. A biologia celular atua de forma integrada a outros ramos do conhecimento, como bioquímica, biologia molecular, genética e imunologia, o que contribui para um avanço nas mais diversas áreas de atuação, como a medicina. 3.2. A história da biologia celular No ano de 1930, os cientistas alemães Matthias Jakob Schleiden e Theodor Schwann propuseram a teoria celular, na qual afirmam que a célula é a unidade básica estrutural e funcional de todos os seres vivos, e que todas as células originam-se de células preexistentes. Muitos autores consideram esse fato como o marco do nascimento da biologia celular. Entretanto, muitos anos antes, outros pesquisadores também realizaram importantesestudos nessa área e que merecem destaque, como é o caso do estudo de Robert Hooke, que, no ano de 1665, publicou o primeiro trabalho usando a microscopia como uma ferramenta de análise do material biológico. É importante destacar que Hooke foi quem utilizou primeiramente o termo “célula”, dando esse nome aos espaços vazios que observava em um material de cortiça. O que Hooke observava, na verdade, eram as paredes celulares de células, estando elas mortas; por isso, o espaço vazio. No entanto, tempos depois, descobriu-se que aqueles espaços vazios continham material vivo, e a célula passou a ser considerada uma estrutura viva. Além de Hooke, podemos destacar Antonie van Leeuwenhoek, pesquisador holandês, que relatou a descoberta dos protozoários, no ano de 1674; além da descoberta dos glóbulos vermelhos sanguíneos em peixes, anfíbios e alguns mamíferos, como o ser humano, em 1675; também desenvolveu uma série de microscópios e lentes especiais, entre outras contribuições. A primeira organela celular descrita foi o núcleo celular. Alguns autores creditam essa descrição ao pesquisador botânico Robert Brown, que visualizou o núcleo de células de orquídeas no ano de 1836. Entretanto, outros autores creditam essa descoberta ao pesquisador Antonie van Leeuwenhoek, que já havia visualizado o núcleo em hemácias de salmão (diferentemente das hemácias em mamíferos, nos salmões elas são nucleadas), em seus trabalhos realizados no século XVII. Inúmeros outros cientistas fizeram grandes contribuições para a biologia celular, e, à medida que novas tecnologias surgem, novas descobertas são realizadas e colaboram para o desenvolvimento dessa área. O desenvolvimento da microscopia, por exemplo, trouxe considerável avanço para a biologia celular, como veremos no próximo tópico. 3.3. A microscopia na biologia celular Os primeiros microscópios eram bastante simples, constituídos apenas por uma lente, o que restringia bastante os resultados dos trabalhos realizados. Apenas no final do século XIX surgiram os primeiros microscópios binoculares e com um conjunto de lentes objetivas que permitiam uma melhor visualização do material estudado. Com o passar dos anos, surgiram novos aparelhos, no entanto, para a visualização de diversas estruturas, era necessária a utilização de corantes na célula, o que acabava por levá-la à morte. A criação https://www.biologianet.com/biologia-celular/teoria-celular.htm https://www.biologianet.com/biologia-celular/parede-celular.htm https://www.biologianet.com/biologia-celular/parede-celular.htm https://www.biologianet.com/zoologia/peixes.htm https://www.biologianet.com/zoologia/anfibios.htm https://www.biologianet.com/zoologia/mamiferos.htm https://www.biologianet.com/biologia-celular/nucleo-celular.htm https://www.biologianet.com/histologia-animal/hemacias.htm do microscópio de contraste de fases, em 1932, pelo físico holandês Frits Zernike, foi um grande marco para a biologia celular, pois a tecnologia desse novo instrumento permitia a visualização de algumas estruturas celulares sem o uso de corante e, assim, o estudo da célula viva. Frits Zernike recebeu o prêmio Nobel de física, no ano de 1953, por sua criação. Durante muito tempo, apenas microscópios ópticos eram utilizados nos mais diversos estudos. Nesse tipo de microscópio, a luz visível passa através do material de estudo e, em seguida, por lentes de vidro que refratam a luz, de modo que a imagem do material é aumentada à medida que é projetada para dentro do olho ou de uma câmera. O microscópio óptico tem a capacidade de aumentar, de forma eficaz, até mil vezes o tamanho do material que está sendo analisado. O microscópio eletrônico é um equipamento sofisticado que permite a visualização de estruturas que não podem ser vistas por outros equipamentos. A partir dos anos 1950, surgiram os microscópios eletrônicos, que utilizam em sua tecnologia feixes de elétrons, o que contribuiu para a detecção de estruturas ainda não reveladas pelo microscópio óptico. Essa tecnologia vem sendo sempre aprimorada, refletindo no avanço constante da biologia celular. 3.4. Célula: o material de estudo da biologia celular As células são as unidades básicas estruturais e funcionais dos organismos. Alguns deles são constituídos por apenas uma célula, sendo denominados unicelulares, como bactérias. Já outros organismos apresentam mais de uma célula, sendo denominados multicelulares, como animais. 3.5. CÉLULAS EUCARIONTES https://www.biologianet.com/biodiversidade/reino-ou-dominio-bacteria.htm 3.6. CÉLULA PROCARIONTE 3.7. Biologia Celular: Leis Celulares e Classificação de Bizzozero → Lei da constância do volume celular ou Lei de Driesch O volume é constante para todas as células de um mesmo tecido, em todos os indivíduos da mesma espécie e mesmo grau de desenvolvimento (ou seja, mesma idade). De acordo com essa lei, o volume celular independe do tamanho do indivíduo. De fato, analisando-se células hepáticas de um anão e de um gigante, pode-se verificar que, nos dois casos, o volume das células é o mesmo. Isso significa que a diferença no tamanho dos órgãos deve-se ao número de células que, no gigante, é muito maior. A lei de Driesch não se aplica às chamadas células permanentes. → Lei de Spencer Segundo Spencer, a superfície de uma célula varia de acordo com o quadrado da dimensão linear e o volume com o cubo da mesma. Spencer imaginou uma célula cúbica que, inicialmente, possuía arreste de 1 mícron. Note-se, portanto, que enquanto a superfície aumentou 4 vezes, o volume aumentou 8 vezes. Esse aumento desproporcional do volume faz com que a célula tenha um excesso de citoplasma, que a força a entrar em divisão celular. A Lei de Spencer é um fator mitógeno (leva a célula à divisão). → Classificação de Bizzozero Conforme a sua duração no organismo, as células podem ser classificadas em: ▪ Células lábeis: células dotadas de ciclo vital curto. Continuamente produzidas pelo organismo, permitem o crescimento e a renovação constante dos tecidos onde ocorrem. Exemplos: glóbulos brancos (leucócitos), glóbulos vermelhos (hemácias ou eritrócitos) e células epiteliais (revestimento). ▪ Células estáveis: células dotadas de ciclo vital médio ou longo, podendo durar meses ou anos. Produzidas durante o período de crescimento do organismo essas células só voltam a ser formadas em condições excepcionais, como na regeneração de tecidos (uma fratura óssea, por exemplo). Dentre as células estáveis, podemos citar: osteócitos (ósseas adultas), hepatócitos (células do fígado), células pancreáticas, musculares lisas etc. ▪ Células permanentes: células de ciclo vital muito longo, coincidindo, geralmente, com o tempo de vida do indivíduo. São produzidas apenas durante o período embrionário. Na eventual morte dessas células, não há reposição, uma vez que o indivíduo nasce com o número completo e necessário de suas células permanentes. Essas células simplesmente aumentam de volume (exceção à lei de Driesch), acompanhando o crescimento do indivíduo. Como permanentes, podemos citar as células nervosas (neurônios) e as células musculares estriadas. 4. Fundamentos Químicos da Vida Como você pôde observar um ser vivo para atingir um grau de evolução, passa por diversos processos físicos e químicos até completar o ciclo de modificações que possibilitam adaptação ao meio. As células que formam os seres vivos apesar da diversidade de formas e funções que apresentam, possuem uma composição química semelhante. Embora a quantidade e qualidade dos compostos químicos sejam variáveis, eles são basicamente os mesmos em todos os organismos. Esses compostos presentes em todas as células são indispensáveis para a sobrevivência de qualquer ser vivo. Os constituintes químicos das células são divididos em dois grupos: os orgânicos e os inorgânicos. Orgânicossão aqueles produzidos somente pelas células e que encontramos dentro dos seres vivos. Inorgânicos são aquelas que podem ser produzidas e encontradas nas células, mas também podem ser produzidas fora dos seres vivos, na terra, na água, nas rochas e no ar. 4.1. Substâncias Inorgânicas → Água: é a substância encontrada em maior quantidade nos seres vivos e é indispensável à vida. Nos seres humanos a quantidade de água varia ao longo da vida de acordo com a idade e o tipo de tecido considerado. Assim, um recém-nascido apresenta um teor de água maior do que um adulto e este tem mais água do que uma pessoa idosa. Do mesmo modo, o tecido nervoso, que apresenta alta atividade metabólica, tem mais água que um tecido de baixa atividade, como o tecido ósseo. A obtenção de água ocorre por ingestão direta e também por meio do consumo de alimentos. A perda de água causada por diarréia, vômitos ou febre alta pode ser uma ameaça à vida do indivíduo. Nos mamíferos, uma desidratação que leve a perda de 10% do conteúdo de água é fatal. → Sais Minerais: são substâncias inorgânicas que podem ser encontrados nos seres vivos sob duas formas: na forma não solúvel, como constituinte estrutural de certas partes do corpo (ossos, casca do ovo, etc.) ou sob a forma solúvel em água, sendo, nesse caso, dissociados em íons. Observe o quadro a seguir. Estes sais são os mais importantes para o funcionamento das células. 4.2. Substâncias Orgânicas → Os carboidratos: são moléculas formadas por átomos de carbono, hidrogênio e oxigênio. A principal função dos carboidratos é a de reserva de energia para o metabolismo celular. O amido, por exemplo, é uma das principais reservas energéticas dos vegetais e de algumas espécies de algas. Em muitos animais, o glicogênio é armazenado e liberado quando o organismo necessita de energia. São classificados como monossacarídeos, dissacarídeos e polissacarídeos: ▪ Monossacarídeos: são os carboidratos mais simples e são compostos por aldeídos ou cetonas contendo grupos hidroxila na molécula. As moléculas possuem de três a sete átomos de carbono, que muitas vezes pode ser quiral. Comumente, quando a molécula possui mais de cinco átomos de carbono ocorre ciclização na estrutura química. Os monossacarídeos podem ser classificados de acordo com a natureza química de seus grupos carbonila e o número de átomos de carbono. ▪ Dissacarídeos: são formados pela ligação covalente entre dois monossacarídeos, ligação esta denominada O-glicosídica. Esta ligação é um análogo em carboidratos da ligação peptídica em proteínas e pode ser hidrolisada por enzimas denominadas glicosidases. ▪ Polissacarídeos: também denominados glicanos, diferem entre si de acordo com a natureza das unidades monossacarídicas, os tipos de ligações glicosídicas, o comprimento das cadeias e o grau de ramificação destas. Assim, quando o polissacarídeo é composto por apenas um único tipo de unidade monomérica ele é dito homopolissacarídeo, e quando possui mais de um tipo, heteropolissacarídeo. → Lipídeos: Os lipídios são moléculas orgânicas formadas a partir da associação entre ácidos graxos e álcool, tais como óleos e gorduras. Eles não são solúveis em água, mas se dissolvem em solventes orgânicos, como a benzina e o éter. Apresentam coloração esbranquiçada ou levemente amarelada. De acordo com a natureza do ácido graxo e do álcool que formam os lipídios, eles podem ser classificados em quatro grandes grupos: simples, complexos, derivados e precursores. ▪ Lipídios simples o Glicerídeos: São os óleos e as gorduras, formados pela união do álcool glicerol com ácidos graxos. As gorduras neutras (triglicerídeos) são encontradas como substâncias de reserva em quase todos os tipos de células animais, em especial nas adiposas, acumuladas no tecido sob a pele (hipoderme), principalmente nas aves e mamíferos, onde agem também como isolante térmico. o Os óleos são encontrados com mais frequência em plantas, especialmente nas sementes de soja, milho, amendoim e algodão. A diferença fundamental entre óleos e gorduras é que os óleos são líquidos à temperatura ambiente (20°C), enquanto que as gorduras são sólidas. o Cerídeos: São mais comuns entre os vegetais, embora sejam produzidos também pelos animais, como é o caso das abelhas. São encontrados na superfície de pétalas de flores, casca de frutos e folhas, onde atuam como impermeabilizantes, impedindo a perda de água por evaporação. ▪ Lipídios compostos: São formados pela união entre ácido graxo, glicerol e outra substância. Os mais importantes são os fosfoglicerídeos (fosfolipídios), componentes das membranas celulares, que além do álcool e do ácido graxo, apresentam o radical fostato na sua estrutura. ▪ Lipídios derivados: Destacamos os esteroides, dos quais o mais importante é o colesterol, que é componente da membrana plasmática das células animais e precursor dos hormônios corticoides das glândulas suprarrenais e sexuais, como a testosterona e a progesterona. → As proteínas: são macromoléculas formadas por um ou mais polipeptídeos (polímeros de aminoácidos), os quais estão arranjados de maneira única. Todas elas são formadas por carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio e enxofre. A presença de fósforo nessas macromoléculas é rara. https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/acidos-graxos.htm As proteínas são extremamente importantes para os seres vivos, sendo, por exemplo, as responsáveis por formar mais de 50% da massa seca de grande parte das células. Além disso, elas atuam como catalisadores (alteram a velocidade de uma reação), na defesa do organismo e em várias outras importantes funções. Estrutura das proteínas: A estrutura tridimensional de cada proteína é determinada pela sequência de aminoácidos que formam cada polipeptídeo. Observe como é uma proteína em estrutura primária. ▪ Estrutura primária: nada mais é que a sequência de aminoácidos. Ela determina as estruturas secundária e terciária dessa proteína. ▪ Estrutura secundária: forma-se quando ocorre a ligação entre os elementos repetidos da cadeia principal polipeptídica. As junções desses elementos são por meio de ligações de hidrogênio. Nesse caso, observa- se que as cadeias estão torcidas, dobradas ou enroladas sobre elas mesmas. ▪ Estrutura terciária: corresponde à forma adquirida por um polipeptídeo depois da interação de suas cadeias laterais. Observamos, nesse caso, mais dobras e enrolamentos. ▪ Estrutura quartenária: há a associação de duas ou mais cadeias polipeptídicas. ❖ Desnaturação de proteínas: As proteínas formam uma estrutura tridimensional, a qual pode ser desfeita caso alterações no ambiente ocorram. Dizemos que ocorreu a desnaturação de uma proteína quando ela se desenrola e perde a sua forma original. Quando a proteína perde sua conformação, ela também perde sua capacidade de exercer suas funções no organismo. ❖ Proteínas globulares e fibrosas: As proteínas podem ser classificadas em globulares e fibrosas. As proteínas globulares são aquelas que possuem formas esféricas e são dobradas várias vezes. As proteínas fibrosas apresentam formato de fibra alongada. Quando comparamos as proteínas globulares com as fibrosas, percebemos que essas últimas são menos compactas. ❖ Proteínas simples, conjugadas e derivadas: As proteínas também podem ser classificadas em simples, conjugadas e derivadas. ❖ Proteínas simples: formadas apenas por aminoácidos. ❖ Proteínas conjugadas: quando sofrem hidrólise, liberam aminoácidos e um radical não peptídico. Esse radical é denominado de grupo prostético. ❖ Proteínas derivadas: não são encontradas na natureza e são obtidas pela degradação, por meio da ação de ácidos, bases ou enzimas, de proteínas simples ou conjugadas. ❖ Função das proteínas ▪ O colágeno é uma proteína que apresenta função de sustentação. ▪ As proteínasestão relacionadas com praticamente todas as funções de um organismo vivo. Veja algumas de suas funções: ▪ Funcionam como catalisadores de reações químicas. ▪ Atuam na defesa do organismo, uma vez que os anticorpos são proteínas. ▪ Atuam na comunicação celular. ▪ Garantem o transporte de substâncias, como é o caso da hemoglobina, que atua no transporte de oxigênio. ▪ Atuam no movimento e contração de certas estruturas, como as proteínas responsáveis pela movimentação de cílios e flagelos. https://brasilescola.uol.com.br/biologia/aminoacidos.htm https://brasilescola.uol.com.br/quimica/funcao-das-proteinas-suas-fontes-na-alimentacao.htm ▪ Promovem sustentação, como o colágeno, que atua na sustentação da pele. ❖ Alimentos ricos em proteínas: Muitos alimentos possuem proteínas e devem fazer parte da nossa alimentação. As proteínas estão presentes nos mais variados alimentos, principalmente carnes, leite e ovos. As carnes destacam-se pelo seu alto valor de proteínas. A carne de galinha, por exemplo, é composta por 20% de proteínas. Os ovos, por sua vez, são constituídos de 11,8% de proteínas. Os alimentos podem ser classificados em alimentos proteicos completos e incompletos. Os alimentos proteicos completos são aqueles que possuem todos os aminoácidos essenciais. Já os incompletos são aqueles em que se observa a falta de um ou mais aminoácidos essenciais. Os alimentos incompletos são, na sua maioria, de origem vegetal. ❖ Aminoácidos Todas as proteínas são formadas por um conjunto de aminoácidos. Cada aminoácido é uma molécula orgânica constituída por grupos carboxila e amino. No centro do aminoácido, há um carbono que apresenta quatro ligantes: um grupo amino, um grupo carboxila, um átomo de hidrogênio e um grupo variável, que é geralmente representado por R. Observe a estrutura geral de um aminoácido. No total, 20 aminoácidos formam todas as proteínas. É importante salientar, no entanto, que nem todos os aminoácidos estão presentes em uma proteína, que, por sua vez, pode apresentar aminoácidos repetidos. Os aminoácidos, em uma cadeia polipeptídica, estão ligados uns aos outros por ligações peptídicas. Os 20 aminoácidos encontrados na natureza são: alanina, arginina, aspartato, asparagina, cisteína, fenilalanina, glicina, glutamato, glutamina, histidina, isoleucina, leucina, lisina, metionina, prolina, serina, tirosina, treonina, triptofano e valina. Desses, alguns são considerados essenciais por serem obtidos apenas com a alimentação. Nos seres humanos adultos, oito aminoácidos são essenciais: isoleucina, leucina, lisina, metionina, fenilalanina, treonina, triptofano e valina. Observe a estrutura dos 20 aminoácidos encontrados na natureza. ❖ Enzimas: As enzimas são proteínas que atuam como catalisadores orgânicos. Participa das reações químicas que ocorrem nos seres vivos, diminuindo a energia de ativação e aumentando a velocidade das reações químicas sem, no entanto participar do produto final destas reações. 12 As enzimas são específicas em relação a um substrato, desencadeando sempre o mesmo tipo de reação (Teoria da chave - fechadura). Alguns fatores influenciam atividade de uma enzima como a temperatura, o pH e a concentração do substrato (essência). ❖ Ácidos nucleicos: Os ácidos nucleicos podem ser definidos como polímeros (macromoléculas formadas a partir de unidades menores) compostos por moléculas conhecidas como nucleotídeos. Os dois ácidos nucleicos existentes são o ácido desoxirribonucleico (DNA) e o ácido ribonucleico (RNA). Eles são responsáveis por codificar e traduzir as informações que determinam a síntese das várias proteínas encontradas nos seres vivos. ▪ Função dos ácidos nucleicos: Os ácidos nucleicos são moléculas complexas responsáveis por armazenar e transmitir as informações genéticas, bem como garantir sua tradução. O armazenamento e a transmissão dessas informações são garantidos por meio do DNA. A tradução, por sua vez, é um papel do RNA e nada mais é do que a síntese de proteínas, a qual é orientada pelas informações genéticas fornecidas pelo DNA. Algumas moléculas de RNA também apresentam capacidade enzimática, sendo conhecidas como ribozimas. → As vitaminas são substâncias que o organismo não tem condições de produzir e, por isso, precisam fazer parte da dieta alimentar. Suas principais fontes são as frutas, verduras e legumes, mas elas também são encontradas na carne, no leite, nos ovos e cereais. As vitaminas desempenham diversas funções no desenvolvimento e no metabolismo orgânico. No entanto, não são usadas nem como energia, nem como material de reposição celular. Funcionam como aditivos - são indispensáveis ao mecanismo de produção de energia e outros, mas em quantidades pequenas. A falta delas, porém, pode causar várias doenças. Vitaminas Fontes Funções no organismo Problemas de saúde resultantes de sua falta A (retinol) Hortaliças de coloração verde-escuro; vegetais de coloração alaranjada; leite e derivados; e fígado. Apresenta importante papel na visão, atua na manutenção de tecidos epiteliais e imunidade. Problemas de visão, alterações na pele e alteração na imunidade https://brasilescola.uol.com.br/biologia/nucleotideo.htm https://brasilescola.uol.com.br/biologia/dna.htm https://brasilescola.uol.com.br/biologia/decifrando-codigo-traducao-proteica.htm https://brasilescola.uol.com.br/biologia/decifrando-codigo-traducao-proteica.htm https://brasilescola.uol.com.br/biologia/vitamina-a.htm D (calciferol) Leite e derivados; salmão; e gemas de ovo. Participa da absorção e utilização de dois sais importantes: o cálcio e o fósforo. Raquitismo (problema de saúde que desencadeia amolecimento e fragilidade de ossos e, em crianças, causa deformações ósseas) e osteoporose E (tocoferol) Óleos vegetais; nozes; e sementes. Atua como antioxidante. Problemas no sistema nervoso K (filoquinona) Hortaliças verdes; também é produzida por bactérias presentes no intestino. Possui importante papel na coagulação sanguínea. Alterações na coagulação sanguínea B1 (tiamina) Carne de porco; legumes; vegetais folhosos; e grãos integrais. Atua como coenzima usada na remoção de gás carbônico de compostos orgânicos. Importante na manutenção do funcionamento dos sistemas nervoso e circulatório. Beribéri (problema de saúde que desencadeia sintomas como fraqueza, formigamento, dor nos membros, falta de ar e inchaço dos membros) B2 (riboflavina) Carnes; grãos integrais; hortaliças; leite e derivados. Faz parte das coenzimas FAD e FMN. Está relacionada com a manutenção da pele. Lesões na pele B3 (niacina) Carnes; ovos; vegetais folhosos; grãos; e nozes. É um componente das coenzimas NAD+ e NADP+. Ajuda no funcionamento do sistema nervoso e imunológico. Lesões gastrointestinais e na pele, e confusão mental B5 (ácido pantotênico) Carnes; hortaliças; grãos integrais; frutas; e leite e derivados. Componente da coenzima A. Relaciona-se com a formação de hemácias e previne a degeneração de cartilagens. Formigamentos, dormência e fadiga B6 (piridoxina) Carnes; grãos integrais; nozes; e hortaliças. É uma coenzima utilizada no metabolismo de aminoácidos. Ajuda na manutenção do sistema nervoso central e imunológico. Irritabilidade, anemia e espasmos musculares https://brasilescola.uol.com.br/biologia/vitamina-d.htm https://brasilescola.uol.com.br/biologia/vitamina-e.htm https://brasilescola.uol.com.br/biologia/vitamina-k.htm B7 (biotina) Hortaliças; ovos; e carnes. Atua como coenzima na síntese de gordura, aminoácidos e glicogênio. Auxilia na produção de ácidos graxos e redução dos níveis de glicose no sangue. Pele com escamações e problemas neuromusculares B9 (ácido fólico) Hortaliças verde; nozes; legumes; e grãos integrais. Atua como coenzima no metabolismode ácidos nucleicos e aminoácidos. Atua na manutenção do sistema imunológico, nervoso e circulatório. Anemia e problemas congênitos B12 (cobalamina) Carnes; leite; e derivados e ovos. Participa da produção dos ácidos nucleicos e das hemácias. Age também sobre as células nervosas e no equilíbrio hormonal. Dormência, alterações neurológicas, anemia e perca de equilíbrio C (ácido ascórbico) Brócolis; frutas cítricas; e tomate. Importante na síntese de colágeno, manutenção e integridade das paredes capilares, e atua como antioxidante. Escorbuto (doença que causa sangramentos nas gengivas, fraqueza e irritação na pele) e dificuldade de regeneração de feridas 5. Teorias do Surgimento e Evolução dos Seres Vivos 5.1. Surgimento A origem da vida é um dos assuntos que mais incitam a curiosidade das pessoas. Será que a primeira forma de vida surgiu em nosso planeta ou chegou aqui após ser formada? Será que a vida foi criada por ação divina? A Terra primitiva possuía as condições necessárias para a formação da vida? Várias são as hipóteses que tentam explicar como a vida surgiu e nózswe4swe4s abordaremos algumas das mais conhecidas. → Criacionismo: uma das ideias mais antigas sobre a origem da vida, defende que os seres vivos do nosso planeta surgiram por ação divina, assim como descrito na Bíblia, mais precisamente no livro de Gênesis. Essa ideia é até hoje muito aceita por fiéis em todo o mundo. → Panspermia: é uma hipótese que afirma que a vida não surgiu em nosso planeta, mas fora dele. Essa ideia teve início com a afirmação do filósofo grego Anaxágoras, que afirmou que sementes da vida poderiam ser encontradas em todo o universo. Com essa afirmação, surgiu a ideia de que a vida poderia ter sido gerada em outro local e depois ter chegado à Terra. https://brasilescola.uol.com.br/biologia/vitamina-c.htm https://brasilescola.uol.com.br/biologia/vitamina-c.htm A hipótese da panspermia ganhou força em 1830, quando pesquisadores descobriram a presença de compostos orgânicos em amostras de meteorito. Os meteoritos, então, poderiam ser considerados como veículos de transporte de partículas para várias partes do espaço. Desse modo, se meteoritos chegassem à Terra contendo vida, poderiam inoculá-la em nosso planeta. De acordo com a hipótese da panspermia, sementes da vida poderiam ter chegado ao nosso planeta trazidas por meteoritos. Dentre as críticas feitas a essa hipótese, podemos destacar o fato de que o espaço é um ambiente muito hostil para permitir que seres vivos sobrevivam a essa jornada por diferentes locais. Além disso, essa é uma hipótese que não pode ser testada. → Abiogênese e Biogênese: A abiogênese (ou geração espontânea) é uma teoria que foi refutada ainda na Antiguidade. Ela consiste na crença de que os seres vivos poderiam ser originados a partir da matéria bruta. Por exemplo: durante muito tempo, acreditou-se que as larvas de mosca presentes em cadáveres em decomposição eram, na verdade, vermes que se originavam a partir deste tipo de material. Grandes pensadores, como Aristóteles, Santo Agostinho, René Descartes e Isaac Newton, apesar de reconhecerem o papel da reprodução, acreditavam piamente nesta teoria e a utilizavam para explicar a origem de alguns organismos vivos. Para eles, havia um princípio que proporcionava a apenas determinados meios a capacidade de formação de novos seres: a da força vital. Partindo deste princípio, apenas quando se houvesse condições para esta força fluir é que tal fenômeno poderia ocorrer. Entretanto, em meados do século XVII, Francesco Redi, por meio de experimentos, demonstrou que os “vermes” presentes na carne podre eram, na verdade, larvas de moscas que “surgiam” em razão da presença dos animais adultos desta espécie no substrato em questão. Tal descoberta refutou a teoria da abiogênese até o momento em que, com o advento da microscopia, passou-se a indagar a origem dos micróbios e acreditar que tais seres só podiam ser formados por geração espontânea. Para verificar tais indagações, outros experimentos foram feitos. Needham, por exemplo, inseriu caldos nutritivos em tubos de ensaio, aqueceu e isolou-os com rolhas. Após alguns dias, verificou a presença dos seres microscópicos – uma possível comprovação de que ocorrera o mecanismo da abiogênese. Spallanzani, 25 anos depois, repetiu tal experimento, mas fervendo a solução, por tempo considerável; e teve como resultado o não aparecimento desses organismos. Needham argumentou que o colega havia destruído a força vital da substância e, obviamente por tal motivo, não havia vida nas amostras. Tal ideia perdurou até que Pasteur, aproximadamente 100 anos depois, preparou líquidos nutritivos em frascos cujos gargalos foram aquecidos e moldados tal como pescoços de cisne. Aqueceu as substâncias até que saíssem vapores pelas aberturas, deixou-as esfriar e percebeu que, após vários dias, estas permaneciam sem a presença de germes. Concluiu que estes ficaram retidos na longa curvatura do gargalo com o auxílio das gotículas de ar – funcionando tal como um filtro – e comprovou esta ideia após quebrar o “pescoço de cisne” de algumas amostras e verificar que estas passaram a apresentar estes seres diminutos, algumas horas depois. Assim, como o líquido se contaminou após a quebra dos gargalos (não destruiu a força vital) e, além disso, este tinha contato com o ar, Pasteur conseguiu provar que a abiogênese também não se aplicava a este caso. → Hipótese de Oparin e Haldane A hipótese mais aceita atualmente para explicar a origem da vida no planeta é a de Oparin e Haldane. Esses dois pesquisadores, de maneira independente, propuseram que a Terra apresentava uma atmosfera diferente no passado e que a ação de diferentes fatores culminou na formação de moléculas simples, as quais deram origem à vida. A atmosfera primitiva, de acordo com Oparin e Haldane, era composta basicamente por amônia, hidrogênio, metano e vapor de água. O vapor de água era essencial para a formação de nuvens, que se precipitavam, ocasionando chuvas, o que permitiu que a superfície da Terra recebesse água. Essa água evaporava muito rapidamente, uma vez que, no início, a superfície era extremamente quente. A atmosfera da Terra primitiva sofria ainda com a ação de descargas elétricas e radiação ultravioleta do Sol. Esses dois agentes foram essenciais para que os elementos da atmosfera reagissem e formassem moléculas orgânicas, como os aminoácidos. A hipótese de Oparin e Haldane diz que a atmosfera primitiva sofria ação de radiação e descargas elétricas. Esses compostos chegaram à superfície da Terra por meio da água das chuvas. Os aminoácidos, em condições adequadas, deram origem a estruturas semelhantes a proteínas. Essas proteínas foram acumulando-se nos oceanos em formação e deram origem aos chamados coacervados (agregados de proteínas rodeadas por água). Com o tempo, esses agregados tornaram-se cada vez mais estáveis e complexos e passaram a se duplicar, resultando nos primeiros seres vivos. https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/a-hipotese-oparin-haldane.htm → Experimento de Miller e Urey Os pesquisadores Miller e Urey, em 1953, montaram um experimento para recriar as condições da Terra primitiva proposta por Oparin e Haldane. Nesse experimento, os pesquisadores da Universidade de Chicago foram capazes de produzir aminoácidos e também outros compostos orgânicos, comprovando, desse modo, que a ideia de Oparin e Haldane poderia estar correta e que moléculas orgânicas poderiam ser formadas naquelas condições. Vale salientar, no entanto, que atualmente se sabe que a atmosfera primitiva não seria como aquela proposta por Oparin e Haldane. É válido ressaltar que experimentos realizados em outras condições da atmosfera também conseguiram produzir moléculasorgânicas. → Hipótese heterotrófica e autotrófica O planeta primitivo apresentava condições pouco propícias à vida. Assim sendo, muito ainda se discute a respeito de como era o primeiro ser vivo e como ele conseguia alimento naquele ambiente. Duas hipóteses tentam explicar como eram esses seres vivos: a hipótese heterotrófica e a hipótese autotrófica. Como sabemos, organismos heterotróficos são incapazes de produzir seu próprio alimento, necessitando captar matéria orgânica do meio. Os pesquisadores que defendem que os primeiros organismos apresentavam esse tipo de nutrição baseiam-se no fato de que os primeiros seres deveriam ser pouco complexos e dificilmente seriam capazes de produzir seu alimento. Eles, provavelmente, captavam a matéria orgânica disponível e obtinham a energia delas por meio da fermentação. A outra hipótese existente sugere que os seres vivos primitivos eram, sim, capazes de produzir seu próprio alimento e realizavam quimiossíntese, isto é, quando os seres vivos são capazes de produzir moléculas https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/experimento-miller.htm https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/fermentacao.htm https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/quimiossintese.htm orgânicas utilizando a energia liberada de compostos inorgânicos. Segundo os defensores dessa ideia, os primeiros seres vivos não poderiam ser heterotróficos, pois naquele ambiente não haveria moléculas orgânicas suficientes para suprir a necessidade de todos os seres vivos em formação. 5.2. Evolução 5.2.1 Lamarckismo O Lamarckismo ou lamarquismo: corresponde às ideias desenvolvidas pelo naturalista Jean- Baptiste Lamarck sobre a evolução dos seres vivos. Essas ideias foram fundamentais para o conhecimento da evolução. Porém, atualmente, não são mais aceitas. Lamarck baseou sua teoria em duas leis principais: a lei do uso e desuso e a lei da transmissão dos caracteres adquiridos. → Lei do Uso e Desuso A lei do uso e desuso é resultado da observação de Lamarck de que certos órgãos podem se desenvolver mais se forem mais usados. Ao mesmo tempo, outros ficam atrofiados se não forem usados. Um exemplo clássico da lei do uso e desuso é sobre o pescoço das girafas. Elas teriam a necessidade de alcançar folhas mais altas nas árvores. Para isso, esticavam mais o pescoço, desenvolvendo a musculatura, levando ao seu aumento. Aumento do pescoço das girafas ao longo das gerações → Lei da Transmissão dos Caracteres Adquiridos Essa premissa complementa a primeira, do uso e desuso. Lamarck acreditava que as características adquiridas eram transmitidas de geração em geração, tornando as espécies mais adaptadas ao ambiente. Por exemplo, as girafas que aumentavam o pescoço com a necessidade de buscar folhas cada vez mais altas nas árvores, passavam essas características para os descendentes. Assim, ao longo de sucessivas gerações, as girafas "pescoçudas" se tornavam mais adaptadas ao ambiente. → Importância das ideias de Lamarck Lamarck foi muito importante para o desenvolvimento das teorias evolucionistas, uma vez que naquela época, dominavam as ideias fixistas ou criacionistas. Acreditava-se, por exemplo, que o número de espécies era fixo e definido no momento da criação por Deus. As espécies eram consideradas imutáveis. No entanto, com o https://www.todamateria.com.br/criacionismo/ interesse crescente pelas ciências naturais, a observação dos fenômenos pelos naturalistas levou-os a questionar a imutabilidade das espécies. Lamarck acertou ao analisar a importância das espécies se adaptarem ao meio em que vivem e por acreditar que os fósseis eram um registro da evolução dos seres. No entanto, suas ideias falham ao afirmar que as características adquiridas durante a vida podem ser transmitidas aos descendentes. Hoje sabemos que isso não ocorre, graças aos estudos genéticos. Essas características chamadas de fenótipos, são provocadas por fatores do ambiente e não podem ser transmitidas geneticamente. 5.2.2. Darwinismo Darwinismo é o conjunto dos estudos e teorias relativas à evolução das espécies, desenvolvidos pelo naturalista inglês Charles Darwin (1808-1882). A teoria da evolução defende que todas as espécies descendem de ancestrais comuns que ao longo do tempo geológico foram sofrendo alterações. Essas modificações são imperceptíveis de uma geração para outra, porém, ao longo do tempo, quando somadas e acumuladas, tornam-se perceptíveis e justificam as diferenças entre as novas espécies assim originadas. Origem do Darwinismo O século XVI foi para os europeus a época de grandes aventuras, cujos reflexos marcariam fortemente todo o futuro desenvolvimento. A era das descobertas de novos povos, animais e plantas, fez com que a imutável rigidez da criação sofresse o impacto da dúvida. As especulações filosóficas encontraram terreno fértil na concepção da evolução biológica. A Geologia e a História Natural começaram a demonstrar que a idade da Terra é muito superior à que se pensava e que o homem existia há mais tempo do que se supunha. A contribuição científica decisiva para essas dúvidas, veio no século seguinte, com os trabalhos de Charles Darwin, que estabeleceu os principais mecanismos através dos quais qualquer espécie animal, inclusive o homem, evolui a partir de formas mais simples ou como resultado da necessidade de melhor adaptação ao seu ambiente. Os tentilhões de Darwin. Essas aves possuem bicos diferentes adaptados a diferentes tipos de grãos. Durante vinte anos Charles Darwin reuniu provas para apoiar suas teorias, enquanto continuava os estudos que começara durante a viagem de cinco anos, como naturalista, fazendo levantamentos da costa sul americana. → Evolucionismo e Seleção Natural A teoria da evolução proposta por Darwin tem como ideia básica a seleção natural, observada na natureza. As pequenas variações casuais que aparecem nos organismos fazem com que suas probabilidades de sobrevivência e reprodução sejam distintas. Ou seja, uma determinada característica, quando presente num organismo, pode fazer com que ele se adapte mais facilmente no ambiente e seja mais bem sucedido do que outro, da mesma espécie, que não possua aquela característica. Dessa forma, o ambiente atua como selecionador das características mais favoráveis, em detrimento de outras. Os organismos que possuem as características mais “favoráveis” têm mais possibilidades de sobrevivência que os outros e maior oportunidade de reprodução. Assim, as características “favoráveis” serão transmitidas aos seus descendentes. Dessa forma, de geração em geração, a população torna-se mais adaptada ao meio ambiente. Essa seleção natural leva normalmente centenas ou até milhões de anos para produzir efeitos aparentes na população. Darwinismo e o Macaco Em 1859 Darwin publicou o livro “Origens das espécies”, que esgotou em um único dia, os 1250 exemplares. O volume é todo ele um longo argumento a favor de sua teoria da evolução, o que desencadeou muita controvérsia. O que fica claro em seus escritos é que todos os seres vivos, inclusive o homem, modificam-se ao longo do tempo. Para os leigos da época, o cientista teria formulado a teoria segundo a qual o homem descende do macaco, mas isso nunca foi afirmado por ele. Caricatura de Darwin feita pelo francês André Gill em 1878, ridicularizando a teoria de Darwin. A dedução de sua teoria é que o homem, assim como o macaco, evoluiu a partir de um ancestral comum originando espécies mais simples e continuou evoluindo. A coragem de enfrentar muitos dogmas religiosos e as ideias fixas de toda uma época trouxeram a Darwin muitos problemas com a Igreja. Além disso, sua imagem foi constantemente ridicularizada. 5.2.3. Neodarwinismo e Darwinismo social O Neodarwinismo é a teoria moderna da evolução que surgiu em meados do século XX. Ele está pautado nos estudos evolucionistas de Charles Darwin,unido às descobertas da genética. É a teoria mais aceita atualmente para explicar a evolução das espécies. O Darwinismo Social também surge no século XX, no entanto, representa uma corrente sociológica- filosófica baseada na seleção natural de Charles Darwin, donde procura demonstrar a sobrevivência dos seres humanos mais adaptados. Essas teorias não são aceitas atualmente, uma vez que podem conduzir a ideias erradas sobre a espécie humana. 6. Citologia Citologia é o estudo da unidade microscópica da vida, ou seja, as células. O termo tem origem no grego kytos (célula) e logos (estudo). O nome célula, por sua vez, foi dado por Robert Hooke e vem do latim cellula, que significa compartimento. De modo geral, a Citologia estuda toda a célula, ou seja, todas as estruturas que a compõem. Além disso, observa também o metabolismo celular e todos os processos que ocorrem nesse meio, responsáveis por nos manter vivos. 6.1. Teoria celular Teoria celular é o nome dado à organização do estudo dessa estrutura tão pequena, mas tão importante para todos os seres vivos. A sua base, inclusive, nos conta que todos os seres dotados de vida são compostos por células e que, portanto, essa é a estrutura vital (ou seja, a unidade morfológica e fisiológica) do ser vivo. Outro pilar muito importante da teoria celular está no fato constatado por Rudolph Virchow, que dizia que toda célula se origina a partir de outra célula. Assim, surgia o primeiro conceito de divisão celular e, de certa forma, uma das primeiras compreensões científicas sobre a origem da vida no planeta Terra. Em síntese, os três postulados da teoria celular são: → Todas as células realizam divisão celular (mitose e meiose) e, por isso, células obrigatoriamente são originadas de outras células; → A célula é a unidade morfológica da vida, e todos os seres vivos são compostos por elas; → A célula também é a unidade funcional (fisiológica) de um ser vivo, sendo responsável pelo metabolismo do mesmo, ou seja, pelo controle e realização de suas funções vitais. Os componentes universais e obrigatórios da célula são, então, a membrana plasmática, cromatina, ribossomos e o citosol. 7. Componentes da Célula 7.1 Membrana Plasmática A membrana plasmática, também chamada de membrana celular ou plasmalema, é uma estrutura que delimita a célula, separando o meio intracelular do meio externo. Ela atua delimitando e mantendo a integridade da célula e como uma barreira seletiva, permitindo que apenas algumas substâncias entrem, como oxigênio e nutrientes, e outras saiam, como os resíduos. Apresenta em sua constituição proteínas, lipídios, entre outras substâncias. O modelo que representa a estrutura da membrana plasmática é denominado de mosaico fluido. → Constituição da membrana plasmática https://www.todamateria.com.br/darwinismo-social/ https://www.stoodi.com.br/blog/2018/06/20/tipos-de-celulas/ https://www.stoodi.com.br/materias/biologia/aspectos-gerais-fo-metabolismo-celular/o-que-e-respiracao/ https://www.stoodi.com.br/blog/2018/08/20/niveis-de-organizacao-dos-seres-vivos/ https://www.stoodi.com.br/blog/2018/08/29/mitose-e-meiose/ https://www.stoodi.com.br/materias/biologia/origem-da-vida/visao-geral-e-historico/ https://www.stoodi.com.br/blog/2018/02/26/o-que-e-metabolismo/ https://www.stoodi.com.br/blog/2019/03/07/ribossomos-o-que-sao/ https://www.biologianet.com/biologia-celular/proteinas.htm https://www.biologianet.com/biologia-celular/lipidios.htm A membrana plasmática é uma estrutura com cerca de 6 a 10 nm de espessura e apresenta em sua constituição diversas moléculas de proteínas inseridas em uma camada dupla (bicamada) constituída por fosfolipídeos. A forma como é constituída a bicamada lipídica e como estão distribuídas as proteínas nessa bicamada permitiu a proposição do que se chama de modelo do mosaico fluido, como veremos mais adiante. A membrana plasmática é constituída por uma bicamada lipídica com proteínas inseridas, além de carboidratos e esteroides. Além de proteínas e lipídeos, a membrana plasmática também apresenta em sua constituição cadeias de carboidratos. Essas cadeias encontram-se ligadas às proteínas ou lipídios presentes na superfície externa da membrana, formando glicoproteínas e glicolipídios, respectivamente. O conjunto formado por glicoproteínas e glicolípidios presentes na membrana é denominado de glicocálix ou glicocálice. Nas membranas, podem ser encontrados também esteroides, como o colesterol, presente em células animais, diminuindo sua fluidez e aumentando sua estabilidade. → Função da membrana plasmática ▪ A membrana plasmática desempenha diversas funções importantes na célula, como: ▪ Delimita a célula, separando seu meio interno do ambiente externo; ▪ Protege a célula contra a ação de diversos agentes; ▪ Controla as substâncias que entram e saem da célula; ▪ Detecta sinais do meio externo; ▪ Em células vegetais, coordena a síntese e o agrupamento das microfibrilas da parede celular. 7.1.1. Modelo do mosaico fluido Proposto por S. Jonathan Singer e Garth L. Nicholson no ano de 1972, o modelo denominado de mosaico fluido busca explicar a estrutura da membrana plasmática, a qual se assemelha a um mosaico formado por proteínas que se encontram inseridas em um fluido de lipídios. A membrana plasmática apresenta uma bicamada lipídica formada por fosfolipídios, que são moléculas anfipáticas, ou seja, possuem uma parte hidrofílica (apresenta afinidade com a água), denominada “cabeça”, ligada a duas “caudas”, hidrofóbicas (apresentam aversão à água). https://www.biologianet.com/biologia-celular/carboidratos.htm https://www.biologianet.com/biologia-celular/glicocalix.htm https://www.biologianet.com/biologia-celular/colesterol.htm https://www.biologianet.com/biologia-celular/celula-animal.htm https://www.biologianet.com/biologia-celular/celula-vegetal.htm A bicamada lipídica apresenta a parte hidrofílica das moléculas lipídicas em contato com a água presente no exterior e interior da célula, enquanto as partes hidrofóbicas encontram-se em contato umas com as outras. As moléculas lipídicas encontram-se em constante deslocamento, por isso esse modelo é chamado de fluido. Na bicamada lipídica, estão inseridas inúmeras proteínas, com as mais diversas funções, formando uma estrutura semelhante a um mosaico. As proteínas também são moléculas anfipáticas, assim, sua parte hidrofílica fica em contato com a região aquosa. Algumas apresentam, inclusive, um canal hidrofílico para a passagem de substâncias hidrofílicas. Algumas proteínas encontram-se parcialmente imersas, assim, apenas uma parte encontra-se exposta para a parte extracelular ou para a parte interna (citosol). Há proteínas que atravessam totalmente a membrana, de um lado a outro, sendo denominadas de proteínas transmembrana. Algumas proteínas inseridas na bicamada lipídica podem deslocar-se lateralmente por ela. 7.1.2. Transporte pela membrana plasmática Como dito anteriormente, a membrana plasmática atua como uma barreira seletiva, permitindo apenas que algumas substâncias passem através dela, seja para o interior, seja para o exterior da célula. Esse transporte de substâncias através da membrana pode ocorrer de duas formas: → Transporte passivo: a passagem de uma substância através da membrana ocorre de uma região onde ela está mais concentrada para uma onde está menos concentrada. Nesse tipo de transporte, não há gasto de energia pela célula. São exemplos de transporte passivo a difusão simples, a difusão facilitada e a osmose. → Difusão Simples - É a passagem de partículas de onde estão mais concentradas para regiões em que sua concentração é menor. → Difusão Facilitada - É a passagem, através da membrana, de substâncias que não se dissolvem em lipídios, com ajuda das proteínas da bicamada lipídica da membrana. → Osmose - É a passagem de água de um meio menos concentrado(hipotônico) para outro mais concentrado (hipertônico). https://www.biologianet.com/biologia-celular/transporte-passivo-pela-membrana-plasmatica.htm https://www.biologianet.com/biologia-celular/difusao.htm https://www.biologianet.com/biologia-celular/osmose.htm https://www.todamateria.com.br/difusao-simples/ https://www.todamateria.com.br/difusao-facilitada/ https://www.todamateria.com.br/osmose/ → Transporte ativo: a passagem de uma substância através da membrana ocorre de uma região onde ela está menos concentrada para uma onde está mais concentrada. Nesse tipo de transporte, contra o gradiente de concentração, há gasto de energia pela célula, sendo necessária a ação das chamadas proteínas de transporte. O exemplo mais conhecido de transporte ativo é endocitose e exocitose e a bomba de sódio e potássio. → Transporte em Bloco: Endocitose e Exocitose - Ocorre quando a célula transfere grande quantidade de substâncias para dentro ou para fora do seu meio intracelular. → Bomba de Sódio e Potássio - Passagem de íons sódio e potássio para a célula, devido às diferenças de suas concentrações. https://www.biologianet.com/biologia-celular/transporte-ativo-pela-membrana-plasmatica.htm https://www.todamateria.com.br/endocitose-e-exocitose/ https://www.todamateria.com.br/bomba-de-sodio-e-potassio/ No transporte passivo, as substâncias atravessam a membrana de uma região onde estão mais concentradas para outra região onde estão menos concentradas. 7.1.3. Envoltórios de Membrana → Glicocálix: Todos os organismos vivos são formados por células, estruturas compostas basicamente por membrana plasmática, citoplasma e material genético. A membrana plasmática regula o que entra e sai de uma célula e é constituída de uma bicamada de fosfolipídios com proteínas nela inseridas. É possível encontrar, além dos fosfolipídios e das proteínas, carboidratos ligados a essas moléculas formando glicolipídios e glicoproteínas. Além desses carboidratos, glicoproteínas e proteoglicanos secretados pela própria célula compõem essa região denominada glicocálice ou glicocálix, que se caracteriza pela sua grande quantidade de carboidratos. Muitas pessoas acreditam que o glicocálice é uma região à parte da membrana, porém o mais correto é considerar essa porção como uma extensão dessa importante estrutura. Ele varia muito de célula para célula e forma uma espécie de emaranhado, uma vez que os glicídios que formam as glicoproteínas, glicolipídios e proteoglicanos entrelaçam-se e formam uma espécie de camada protetora. O glicocálice apresenta diversas funções importantes para a célula, sendo uma delas a proteção contra lesões de natureza química e mecânica. Esses carboidratos também evitam ligações indesejáveis com outras células e ajudam na movimentação graças à sua capacidade de adsorver água. Outra função extremamente importante do glicocálice é o reconhecimento entre células e a adesão celular, que permite que as células unam-se umas às outras e também a outras moléculas. Dentre as glicoproteínas presentes no glicocálice que ajudam na união das células, destacam-se a fibronectina, vinculina e laminina. Além das funções citadas, devemos lembrar que o glicocálice das hemácias determina os grupos sanguíneos (A, B, AB ou O), uma vez que esses glicídios funcionam como marcadores de determinados tipos de célula. O https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/membrana-plasmatica.htm https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/adsorver-absorver-qual-diferenca.htm https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/sistema-abo.htm reconhecimento do tipo sanguíneo é fundamental para a realização de transfusões e para o tratamento de alguns problemas imunológicos. → Parede Celular: A parede celular das células vegetais encontra-se externamente à membrana plasmática e é composta principalmente por celulose, hemicelulose e pectina. A celulose, que é formada exclusivamente por ligações de moléculas de glicose, é o principal componente das paredes celulares e é responsável por garantir sua arquitetura. A parede celular pode ser classificada em parede primária e parede secundária. Vale destacar, no entanto, que nem todas as células apresentam parede secundária, sendo essa característica encontrada principalmente em células do xilema e esclerênquima que estão envolvidas, respectivamente, com o transporte de água e sustentação da planta. A parede primária é encontrada em todas as células vegetais, sendo depositadas durante o processo de divisão celular, mais precisamente na telófase. É bastante fina, porém resistente o suficiente para evitar uma possível ruptura. As paredes primárias são formadas principalmente por celulose, hemicelulose e pectinas e apresentam cerca de 70% de água em sua composição. Além dessas substâncias, são encontradas glicoproteínas e algumas enzimas. A parede celular primária de uma célula une-se à célula vizinha através de uma camada formada principalmente por substâncias pécticas conhecidas como lamela média. Essa camada é dificilmente visualizada em microscópios tradicionais. A parede secundária, por sua vez, é aquela depositada posteriormente ao crescimento e está localizada entre a membrana plasmática e a parede celular primária. Normalmente ela é formada por três camadas distintas: S1, S2 e S3, sendo essa última a camada mais interna. De uma maneira geral, as células com parede secundária apresentam-se mortas na maturidade. A parede secundária é formada principalmente por celulose e hemicelulose e cerca de apenas 20% de água. Além desses compostos, frequentemente é encontrada lignina, que garante uma resistência ainda maior que a apresentada pela parede primária. As substâncias pécticas não estão presentes nessas paredes. https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/tecidos-condutores-xilema-floema.htm https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/tecidos-sustentacao.htm A parede celular está presente nas plantas, algas, fungos e algumas bactérias. Assim, eles diferem um pouco em relação a sua estrutura e composição. ▪ Parede Celular das Plantas: formada por microfibrilas de celulose, a parede celular das plantas possui geralmente uma parede primária e outra secundária. ▪ Parede Celular das Algas: formada por diferentes tipos de celulose como as paredes de glicoproteínas e polissacarídeos. ▪ Parede Celular dos Fungos: formada por quitina, e nalguns casos, por celulose, a parede celular dos fungos protege esses organizamos contra os invasores. ▪ Parede Celular Bacteriana: formada por peptidoglicano (açúcares ligados a aminoácidos), a parede celular bacteriana é classificada em Gram Positiva e Gram Negativa. 7.1.4. Especializações da Membrana Plasmática Existem especializações na membrana plasmática com funções específicas. As principais são as microvilosidades e as junções celulares. → Microvilosidades As microvilosidades são expansões da membrana celular com forma de dedos de luvas. Sua função é aumentar a superfície de absorção das células. Elas podem ser encontradas nas células que revestem o intestino, principalmente o delgado. → Junções celulares As células de revestimento de superfícies do organismo (tecidos epiteliais) mantêm-se unidas umas às outras por meio de estruturas especializadas, genericamente chamadas junções celulares. As principais são as interdigitações e os desmossomos. → Interdigitações Em certas superfícies do organismo, as células que se encontram juntas, uma ao lado da outra, podem apresentar dobras em suas membranas, que se encaixam e aumentam a aderência mútua. São observadas nas células epiteliais. → Desmossomos Os desmossomos (do grego, desmos, ligação, e somatos, corpo) são placas arredondadas formadas entre células vizinhas, de onde partem substâncias colantes, denominadas desmogleínas, que atravessam as membranas e grudam as células nessa região. 7.2 Citoplasma Os primeiros citologistasacreditavam que o interior da célula viva era preenchido por um fluído homogêneo e viscoso, no qual estava mergulhado o núcleo. Esse fluido recebeu o nome de citoplasma (do grego kytos, célula, e plasma, aquilo que dá forma, que modela). Hoje se sabe que o espaço situado entre a membrana plasmática e o núcleo é bem diferente do que imaginaram aqueles citologistas pioneiros. Além da parte fluida, o citoplasma contém bolsas e canais membranosos https://www.todamateria.com.br/quitina/ e organelas ou orgânulos citoplasmáticos, que desempenham funções específicas no metabolismo da célula eucarionte. O fluido citoplasmático é constituído principalmente por água, proteínas, sais minerais e açucares. No citosol ocorre a maioria das reações químicas vitais, entre elas a fabricação das moléculas que irão constituir as estruturas celulares. É também no citosol que muitas substâncias de reserva das células animais, como as gorduras e o glicogênio, ficam armazenadas. Na periferia do citoplasma, o citosol é mais viscoso, tendo consistência de gelatina mole. Essa região é chamada de ectoplasma (do grego, ectos, fora). Na parte mais central da célula situa-se o endoplasma (do grego, endos, dentro), de consistência mais fluida. 7.2.1. Citosol e Citoesqueleto Atualmente, com a evolução da biologia molecular, já se sabe que o citoplasma de células eucariontes pode conter diversas estruturas com funções específicas. Desse modo, sabemos que há duas regiões no citoplasma: o citosol e o citoesqueleto. A região que é mais fluida chamada hialoplasma, é onde ficam mergulhadas muitas estruturas membranosas chamadas organelas citoplasmáticas, além de grânulos compostos de RNA e proteínas, os ribossomos. E na região denominada citoesqueleto, está presente uma complexa estrutura de redes formadas por microtúbulos e microfilamentos, que podem ser compostos de moléculas de proteína ou de actina (como no caso dos músculos). 7.2.2. Funções No citosol acontece a maior parte das atividades celulares, sempre associado às organelas. A síntese de proteínas, por exemplo, é uma das reações mais importantes. No processo de produção da cadeia polipeptídica, participam o ribossomo e as moléculas de DNA e RNA. Outra atividade essencial é a respiração celular que produz a energia que será utilizada pelas https://www.todamateria.com.br/celulas-eucariontes/ https://www.todamateria.com.br/celulas-eucariontes/ https://www.todamateria.com.br/hialoplasma/ https://www.todamateria.com.br/ribossomos/ https://www.todamateria.com.br/citoesqueleto/ https://www.todamateria.com.br/dna/ https://www.todamateria.com.br/rna/ células do corpo, parte desse processo ocorre no citoplasma e outra parte dentro das mitocôndrias, como no Ciclo de Krebs. Os filamentos do citoesqueleto são uma espécie de armação ou esqueleto que tem como funções dar forma à célula e permitir movimentos tanto de organelas como da célula como um todo. 7.2.3. Ciclose O citosol encontra-se em contínuo movimento, impulsionado pela contração rítmica de certos fios de proteínas presentes no citoplasma, em um processo semelhante ao que faz nossos músculos se movimentarem. Os fluxos de citosol constituem o que os biólogos denominam ciclose. Em algumas células, a ciclose é tão intensa que há verdadeiras correntes circulatórias internas. Sua velocidade aumenta com elevação da temperatura e diminui em temperaturas baixas, assim como na falta de oxigênio. 7.3 Organelas As organelas das células eucariontes estão classificadas em: retículos endoplasmáticos liso e rugoso, aparelho ou complexo de golgi, mitocôndrias, lisossomos, peroxissomos, núcleo e centríolos. Conheça a função de cada uma delas: 7.3.1. Retículo endoplasmático rugoso O Retículo Endoplasmático Rugoso (RER) recebe esse nome devido a sua estrutura rugosa e a presença de vários grânulos (ribossomos), além disso possui um formato achatado. A sua principal função é fazer a sintetização de proteínas e transportá-las para outros locais fora da célula. Já os ribossomos irão sintetizar as proteínas que serão utilizadas no interior da célula. 7.3.2. Retículo endoplasmático liso O retículo endoplasmático liso possui a função de sintetizar lipídeos, a exemplo dos fosfolipídios, óleos e esteroides (incluindo os hormônios sexuais estrogênio e testosterona), promovendo a desintoxicação da célula. Além disso, ele desempenha outra função importante que é o metabolismo celular e a quebra do álcool presente no corpo de quem ingere bebida alcoólica. https://www.todamateria.com.br/mitocondrias-estrutura-funcao-e-importancia/ https://www.todamateria.com.br/ciclo-de-krebs/ https://www.todamateria.com.br/ciclo-de-krebs/ https://www.todamateria.com.br/celula/ https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/biologia/reticulo-endoplasmatico 7.3.3. Complexo de Golgi O complexo de golgi armazena, modifica e exporta as proteínas sintetizadas no retículo endoplasmático rugoso e realiza a função de sintetizar carboidratos do tipo polissacarídeos. Essas proteínas sofrem a reação da adição de um açúcar (glicosiladas) no retículo endoplasmático e no golgi. É assim que o processo se completa, caso contrário, essas proteínas podem se tornar inativas. Além disso, são responsáveis por produzir o acrossomo (cabeça do espermatozoide). 7.3.4. Lisossomos Os lisossomos são organelas celulares que contêm substâncias digestivas formadas no retículo endoplasmático rugoso e amadurecidas pelo complexo golgiense. Assim, sua função é digerir moléculas orgânicas como lipídios, carboidratos, proteínas e ácidos nucleicos (DNA e RNA). No Complexo de Golgi são formadas vesículas que se soltam originando os lisossomos primários. Esses lisossomos ficam no citoplasma até que a célula realize endocitose (fagocitose ou pinocitose) e englobe alguma partícula externa. Nesse processo, a partícula é interiorizada dentro de uma vesícula, chamada endossomo, que se funde com o lisossomo primário formando o lisossomo secundário, que é uma espécie de vacúolo digestivo. Quando a célula precisa digerir substâncias vindas do meio externo, ela realiza fagocitose. Por exemplo, no caso das células do sistema imunitário humano que atacam células inimigas chamadas antígenos. A célula inimiga (uma bactéria, por exemplo) é capturada por uma célula APC (célula apresentadora de antígeno, que pode ser um macrófago ou um linfócito) através da fagocitose. Ela é então envolvida pela membrana plasmática do macrófago e forma uma vesícula chamada fagossomo, que vai para o citoplasma. Dentro da célula, o fagossomo se funde ao lisossomo, e em seguida, as enzimas digestivas do lisossomo começam a agir. O microrganismo invasor é quebrado em partes menores e eliminado para fora da célula. https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/biologia/complexo-de-golgi https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/biologia/lisossomos https://www.todamateria.com.br/linfocitos/ Autofagia: Quando as organelas se tornam envelhecidas, a célula passa por uma reciclagem, ela realiza o processo de autofagia, através do qual digere algumas das suas organelas que já não funcionam bem. Isso também pode acontecer em situações com poucos nutrientes, em que a célula realiza a autofagia para manter a homeostase (equilíbrio interno). 7.3.5. Peroxissomos Os peroxissomos são organelas celulares que produzem enzimas digestivas, que são responsáveis pela catalisação do peróxido de hidrogênio, popularmente conhecido como água oxigenada (H2O2). Isso porque a água oxigenada é uma substância tóxica para a célula e a sua produção em excesso é prejudicial à saúde. Por isso, os peroxissomos produzem uma enzima chamada de catalase, capaz de destruir essa substância. 7.3.6. Mitocôndrias As mitocôndrias possuem o próprio DNA (se reproduzem sozinhas) e o próprio ribossomo. Estão envolvidas
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