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02 - Estrutura de um Trabalho de Conclusão de curso(TCC)

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Projeto de Graduação: 
Desenvolvimento
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Me. Brena Bezerra Silva
Revisão Textual:
Prof. Me. Luciano Vieira Francisco
Estrutura de um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)
• Introdução;
• Revisão Teórica;
• Revisão Tradicional;
• Revisão Sistemática;
• Revisão Bibliométrica;
• Método de Pesquisa;
• Resultados e Discussão;
• Conclusão;
• Citações e Referências.
· Entender a estrutura de um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) 
e como elaborar cada elemento dessa estrutura.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Estrutura de um Trabalho de Conclusão 
de Curso (TCC)
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você 
também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão 
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e 
de aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Estrutura de um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)
Contextualização
Desde que aprendemos a escrever redação no Ensino Médio, os professores 
nos passaram uma ordem de conteúdo que os parágrafos deveriam seguir para 
que o texto apresentasse um começo, meio e fim de modo coerente.
Para a realização de um projeto de pesquisa ou de um Trabalho de Conclusão 
de Curso (TCC) nós também seguimos uma estrutura para que o conteúdo seja 
organizado de uma forma que tenhamos começo, meio e fim, nessa ordem. 
É claro que um texto de pesquisa, como um TCC, é mais longo que uma redação, 
mas comumente também possui um começo, meio e fim, que são distribuídos 
nas fases, iniciais, de desenvolvimento e de conclusão do trabalho.
Assim, podemos organizar o nosso projeto de Graduação nas fases iniciais, 
desenvolvimento e conclusão, subdividindo-as em introdução, revisão teórica, 
método de pesquisa, resultados e referências, tal como apresentado na Figura 1:
Começo:
Fase Inicial
Meio:
Desenvolvimento
Fim:
Conclusão
ou Considerações
Introdução
Revisão Teórica
Conclusão
Referências
Método de pesquisa
Resultados e discussões
Figura 1 – Etapas para o desenvolvimento de um TCC
Portanto, esta Unidade discorrerá sobre o que devemos apresentar em cada 
uma dessas etapas, as quais detalharemos.
8
9
Introdução
A introdução de um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) ou um projeto 
de pesquisa deve apresentar o tema, problema de pesquisa, os objetivos e a 
justificativa para a realização da qual. Trata-se de uma etapa importante do 
trabalho, que conquistará o leitor – ou não – para a leitura completa. Assim, uma 
boa introdução esclarece quanto à importância do estudo e projeto de pesquisa.
A introdução pode estar subdividida em tópicos ou não, porém, deve conter três 
aspectos principais:
1. Contextualização: deve apresentar o tema de pesquisa e a delimitação 
deste. A apresentação do tema deve mostrar como é importante termos 
mais pesquisas sobre o qual nos dias atuais; isto é, convencer os leitores 
de que devemos pesquisar mais sobre o tema, apresentando evidências 
acerca da relevância do mesmo. No decorrer da contextualização o leitor 
deve entender que essa seção o levará ao problema de pesquisa, este 
que pode ou não ser em forma de pergunta, mas sempre representando 
um questionamento que será respondido com a realização da pesquisa. 
Após o leitor conhecer o problema de pesquisa, entenderá o(s) objetivo(s) 
da investigação;
2. Objetivos: devem responder ao problema de pesquisa apresentado na 
contextualização. Assim, o objetivo geral ou principal será aquele que res-
ponde ao questionamento principal da pesquisa. Porém, um trabalho cien-
tífi co pode ter um objetivo geral ou principal e mais os objetivos específi cos 
ou secundários. De acordo com Marconi e Lakatos (2003), a formulação 
dos objetivos signifi ca defi nir com precisão o que se visa com o trabalho 
sobre dois aspectos:
a) Geral: relacionado à ideia central que serve de “fi o condutor” no estudo 
proposto de fenômenos e eventos particulares: encontra-se ligado à 
compreensão geral do todo, vinculando-se diretamente à própria 
signifi cação da tese que se propôs defender e explanar; e
b) Específi co: em âmbito mais restrito, compreende etapas intermediárias 
que, sob aspectos instrumentais, permite o objetivo geral.
3. Justifi cativa: deve apresentar o porquê de aquela pesquisa ser realiza-
da. Segundo Marconi e Lakatos (2003), a justifi cativa é de suma impor-
tância, geralmente é o elemento que contribui mais diretamente na acei-
tação da pesquisa pela(s) pessoa(s) ou entidade(s) que a fi nanciará(ão), se 
for o caso. Consiste em uma exposição sucinta, porém completa, das 
razões de ordem teórica e dos motivos de condição prática que tornam 
importante a realização da pesquisa. Ademais, deve enfatizar:
9
UNIDADE Estrutura de um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)
a) O estágio em que se encontra a teoria respeitante ao tema;
b) As contribuições teóricas que a pesquisa pode trazer:
 » Confirmação geral;
 » Confirmação na sociedade particular em que se insere a pesquisa;
 » Especificação para casos particulares;
 » Clarificação da teoria;
 » Resolução de pontos obscuros etc.;
 » Importância do tema do ponto de vista geral;
 » Importância do tema para os casos particulares em questão;
 » Possibilidade de sugerir modificações no âmbito da realidade abarcada 
pelo tema proposto;
 » Descoberta de soluções para casos gerais e/ou particulares etc.
Revisão Teórica
Chamada também de revisão bibliográfica, estudo da arte ou ainda referencial 
teórico, a revisão teórica é a fase na qual é desenvolvida a teoria sobre o assunto 
de pesquisa. Aqui, o pesquisador deve apresentar as definições, características, 
regras, pesquisas publicadas e discussões teóricas sobre o(s) tema(s) de pesquisa 
delimitado(s). Conforme Marconi e Lakatos (2003), uma pesquisa científica precisa 
de embasamento teórico para apoiar a interpretação dos resultados encontrados.
Importante!
Pesquisa atual alguma parte da “estaca zero”. Mesmo que exploratória, isto é, de avaliação de 
uma situação concreta desconhecida, em dado local, alguém ou grupo, lugar etc., investigações 
iguais, semelhantes, ou mesmo complementares de certos aspectos da pesquisa pretendida já 
foram realizadas.
Importante!
Assim, a procura de tais fontes, documentais ou bibliográficas, torna-se impres-
cindível para evitar a duplicação de esforços, “descoberta” de ideias já expressas, 
inclusão de “lugares comuns” no trabalho etc.
A citação dasprincipais conclusões a que outros autores chegaram permite salientar 
a contribuição da pesquisa realizada, demonstrar contradições ou reafirmar comporta-
mentos e atitudes. Tanto a confirmação, em dada comunidade, de resultados obtidos em 
outra sociedade, quanto a enumeração das discrepâncias são de grande importância.
O primeiro passo para a elaboração da revisão teórica é a identificação das 
fontes bibliográficas adequadas, de modo que para fazê-lo, a contribuição do orien-
tador se torna fundamental. Recomenda-se também a consulta a especialistas ou 
pessoas que já realizaram pesquisas na mesma área.
10
11
As fontes bibliográficas mais conhecidas são os livros de leitura corrente.
No entanto, existem muitas outras de interesse para a pesquisa bibliográfica, tais 
como obras de referência, teses e dissertações, periódicos científicos, anais de 
encontros científicos e periódicos de indexação e de resumo (GIL, 2002).
Para a construção de uma revisão teórica são necessárias pesquisas em fontes 
já publicadas como livros, revistas e artigos científicos, monografias, notícias, si-
tes, dissertações e/ou teses.
Para tanto, existem páginas on-line que reúnem, de forma categorizada, inú-
meras referências para pesquisa e busca de fontes teóricas – tratam-se das bases 
científicas de dados, ou seja, websites que disponibilizam artigos científicos, se-
jam de congressos ou revistas, trabalhos acadêmicos e capítulos de livros sobre 
inúmeros temas de pesquisa em diversas áreas de conhecimento.
Algumas bases de dados são gratuitas, porém, uma boa parte é privada.
Entretanto, universidades e centros de pesquisa podem possuir convênios com 
as bases de dados privadas e, assim, os alunos podem ter livre acesso às mes-
mas. Entre as opções gratuitas no Brasil, figuram Scientific Electronic Library 
Online (Scielo), Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de 
Pessoal de Nível Superior (Capes) e o Google Acadêmico, por exemplo. Quanto 
às privadas, têm-se a Web of Science, Science Direct, Scopus, Taylor Francis e 
Emerald Insight, por exemplo.
Considerando que existem diversas formas de se construir um bom refe-
rencial teórico, veremos três tipos de revisões comuns: tradicional, sistemáti-
ca e bibliométrica.
Revisão Tradicional
A revisão de literatura tradicional é realizada por meio de pesquisas em diferen-
tes bases de dados, utilizando as palavras-chave definidas pelo pesquisador e sele-
cionando as referências condizentes ao tema. Esse tipo de revisão é o mais comum 
para a elaboração de pesquisas acadêmicas, tais como monografias e artigos.
O ponto negativo desse tipo de revisão é que o pesquisador seleciona ou rejeita 
referências por meio de critérios subjetivos e aleatórios. Não há garantia de que 
outros pesquisadores possam repetir esse tipo de revisão e encontrar resultados 
semelhantes. Para suprir esse ponto negativo, a revisão sistemática procura 
pré-determinar e esclarecer os critérios de aceitação e rejeição – a seguir será 
apresentada a revisão sistemática.
Podemos resumir que uma revisão de literatura objetiva:
· Fazer uma revisão crítica do conhecimento existente;
· Analisar as publicações existentes, com o objetivo de compreender o esta-
do da arte de um campo;
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UNIDADE Estrutura de um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)
 · Identificar e organizar os conceitos encontrados;
 · Comunicar aos leitores quais ideias e conhecimentos foram estabelecidos 
acerca do tema;
 · Ter uma base teórica para interpretar e analisar os resultados da pesquisa. 
Revisão Sistemática
Diferente da revisão tradicional, a revisão sistemática requer determinação 
planejada de todas as decisões que serão tomadas ao longo de sua realização. Pode 
ser feita com o apoio de softwares como, por exemplo, o Start, desenvolvido por 
Zamboni e colaboradores (2010).
Start é um software de revisão sistemática desenvolvido por estudantes do Departamento de 
Computação da Universidade Federal de São Carlos. O software é disponível gratuitamente e o 
resultado da revisão sistemática pode gerar publicações de artigos. Para mais informações, 
acesse: https://goo.gl/8P7wn3
Ex
pl
or
Após o pesquisador determinar os objetivos de pesquisa e da revisão sistemática, 
esta pode seguir quatro grandes fases:
1. Planejamento: nesta etapa o pesquisador deve determinar o objetivo 
da revisão sistemática que, provavelmente, estará alinhado ao objetivo 
da pesquisa. Além disso, deve determinar as palavras-chave, problema 
da pesquisa, bases de dados que a comporão, critérios de aceitação e 
exclusão de referências para as fases de seleção e extração;
2. Seleção: o pesquisador executará a primeira fase de seleção da pesquisa, 
isto é, analisará as referências com base nos critérios de escolha, os quais 
determinados na etapa de planejamento. Aqui não é realizada uma leitura 
completa das referências, mas resumos, títulos e palavras-chave a fim de 
adequação ao tema da pesquisa. Caso as referências não apresentem 
relação com o tema investigado, devem ser excluídas;
3. Extração: execução da segunda fase: o pesquisador deverá analisar as 
referências aceitas na etapa de seleção. Aqui, confirmará a escolha de 
referências com base em uma leitura completa das quais, isto é, terá 
maior rigor para a escolha das referências. Os critérios de aceitação e 
rejeição determinados na fase de planejamento deverão ser aplicados 
também na extração. Além disso, categorizará as referências, justificando 
e apresentando um panorama do que foi encontrado na pesquisa teórica;
4. Resumo: nesta fase, o pesquisador fará um resumo do que foi realizado na 
revisão sistemática, apontando as referências selecionadas de acordo com 
o objetivo da pesquisa. É comum a apresentação de gráficos e tabelas, 
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justifi cando as opções do pesquisador. A Figura 1 mostra o resumo de 
uma revisão sistemática:
Figura 1 – Resumo da revisão sistemática
Fonte: Acervo do Conteudista
Note que o pesquisador poderá visualizar com maior facilidade como o tema 
de pesquisa escolhido é subdividido e investigado com outros temas. A revisão 
sistemática é muito aplicada quando se deseja investigar teorias existentes em 
determinado tema e garantir que outrem possam repetir os mesmos passos para 
estudos com outros temas.
Assim, é garantida a replicação da pesquisa científica. Além disso, com as fases 
pré-determinadas, o pesquisador garante que investigou todas as abordagens 
possíveis sobre determinado tema.
Revisão Bibliométrica
Associa a leitura da revisão com técnicas estatísticas aplicadas por softwares bi-
bliométricos. O objetivo da revisão bibliométrica é obter as referências mais citadas 
sobre determinado tema e os grupos de subtemas formados sobre o qual.
Comumente, ao ser publicada, uma referência pode ser citada por outras op-
ções publicadas posteriormente. Assim, há sites como Scopus, Web of Science
e Science Direct, os quais fazem a contagem de citações que cada referência 
possui. Pode-se inferir que uma referência citada muitas vezes tem alta importân-
cia em relação ao tema de pesquisa e por isso merece ser lida e incluída em uma 
pesquisa atual.
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UNIDADE Estrutura de um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)
Nesse contexto, a revisão bibliométrica resumirá todas as referências mais 
citadas sobre determinado tema de pesquisa. Para tanto, o pesquisador deve 
selecionar as bases de dados, palavras-chave, referências que serão analisadas e 
importar para determinado software bibliométrico, este que apresentará o resul-
tado de citação de referências em ordem de maior para menor quantidade.
Além desse ranqueamento de citação, o software poderá disponibilizar resulta-
dos de grupos de subtemas, chamados também de clusters e que se referem às 
associações formadas sobre subtemas dentro de um tema maior. Por exemplo, se 
um tema de pesquisa for sustentabilidade corporativa, o software bibliométrico 
poderá apresentar clusters sobre sustentabilidade na cadeia de suprimentos, na 
estratégia da empresa, ambiental,na construção civil e em outros contextos; de 
modo que cada grupo poderá ser formado pelo próprio software.
O pesquisador deverá realizar a pesquisa e interpretar os resultados gerados 
pelo software conforme o seu objetivo. Em geral, uma pesquisa que não é fa-
miliar ao pesquisador poderá ter como ponto de partida a análise bibliométrica 
para encontrar as referências mais citadas e com base nessas ir ampliando o 
referencial teórico. Assim, garante-se que as referências clássicas não faltarão na 
revisão de literatura.
Ademais, os tipos de revisões de literatura não são excludentes, sendo possível 
realizá-los em uma mesma pesquisa, mas em diferentes etapas. Quanto mais leitura 
o pesquisador fizer sobre o seu tema investigativo, mais esclarecimentos terá e mais 
sustentação teórica apoiará as interpretações dos resultados da pesquisa. Portanto, 
devemos ler o máximo que pudermos para um bom trabalho científico.
Método de Pesquisa
O método de pesquisa, chamado também de metodologia, é a etapa na qual o 
pesquisador esclarece qual caminho seguirá para alcançar o objetivo proposto na 
introdução. Para tanto, deverá esclarecer ao leitor o que foi realizado em todas 
as etapas, tais como coleta e análise dos dados.
Segundo Marconi e Lakatos (2003), o método de pesquisa deve abordar os 
seguintes tópicos:
 · Método de abordagem: determinar se a abordagem de pesquisa é qua-
litativa, quantitativa ou quali-quantitativa;
 · Métodos de procedimento: descrever os procedimentos utilizados na 
etapa de revisão teórica, seleção da população, do instrumento de co-
leta de dados, coleta de dados em si, análise dos dados e elaboração do 
resumo final;
 · Técnicas: apresentar e explicar quais foram as técnicas utilizadas para a 
realização da pesquisa, sejam de análise ou coleta dos dados. Assim, o 
14
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leitor poderá compreender melhor os resultados da pesquisa, tal como 
outros pesquisadores poderão replicar o estudo;
· Delimitação do universo: determinar qual é a população que fará par-
te da coleta de dados – que basicamente é o público-alvo para a fi nalida-
de da pesquisa. Por exemplo, na Engenharia de Produção poderão ser 
todas as empresas de um determinado setor/região, ou que aplicam 
certa ferramenta. O pesquisador deve tentar ao máximo coletar dados 
para a quantidade de empresas da população estabelecida; contudo, 
por questão de tempo e recursos disponíveis, é difícil conseguir dados 
de toda a população. Assim, a pesquisa contará com o resultado da 
amostra dessa população, que serão as empresas que disponibilizaram 
os dados necessários ao estudo – entenda amostra como o subconjunto 
de uma população;
· Tipo de amostragem: trata-se de como o pesquisador determinou a 
ordem de coleta de dados de uma população. A amostragem pode ser 
aleatória, quando o pesquisador não tem uma ordem pré-defi nida; ou 
sistemática, quando há uma ordem pré-defi nida para a execução da co-
leta de dados.
Na área da Engenharia de Produção existem métodos de pesquisas mais comu-
mente utilizados, de modo que Nakano (2012) apresenta os seguintes exemplos: 
· Survey: caracterizado pela aplicação em uma população previamente 
defi nida e coleta de dados em amostras grandes, análise estatística dos 
dados e uso de um único instrumento para a coleta dos quais – geralmen-
te um questionário;
· Estudo de caso: marcado pela aproximação entre o pesquisador e o ob-
jeto de estudo – comumente empresas – por meio de visitas para a rea-
lização de análises de um ou mais casos, com a utilização de múltiplos 
instrumentos de coleta de dados;
· Modelagem/simulação: trata-se do uso de técnicas de modelagem ma-
temática e softwares computacionais para descrever, analisar, simular e 
propor melhores opções a determinado processo em estudo;
· Experimento e quase-experimento: caracterizado por pesquisas em am-
bientes controlados, comumente laboratórios, para estudo de relaciona-
mentos entre duas ou mais variáveis de um sistema; e
· Teórico/conceitual: estabelecido por pesquisas com base em discussões 
conceituais de diversas fontes da literatura acadêmica, tais como artigos 
científi cos de congressos e journals, livros, dissertações e teses.
Os métodos de pesquisa serão de-
talhados nas próximas unidades 
desta Disciplina.
15
UNIDADE Estrutura de um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)
Resultados e Discussão
Os resultados da investigação devem apresentar o que foi encontrado, por meio 
da aplicação do método de pesquisa, na coleta de dados. Nessa etapa devem ser 
realizadas as análises, interpretação e discussão dos resultados.
Conforme o método escolhido, o pesquisador deverá apresentar diferentes técni-
cas de análise dos dados. Por exemplo, survey pode empregar técnicas estatísticas 
como correlação, regressão linear, análise fatorial e de clusters em sua construção. 
O método de pesquisa modelagem pode utilizar técnicas de modelagem matemáti-
ca para a análise dos resultados. Já o estudo de caso pode utilizar análises descritiva 
e de conteúdo para o exame dos resultados. Dessa forma, os métodos de análise 
deverão ser determinados coerentemente ao procedimento de pesquisa aplicado.
Segundo Marconi e Lakatos (2003), os dados deverão ser apresentados de acor-
do com a sua análise estatística, incorporando no texto tabelas, quadros, gráficos e 
outras ilustrações estritamente necessárias à compreensão do desenrolar do racio-
cínio. É importante lembrar que a função de um relatório não é aliciar o leitor, mas 
demonstrar as evidências a que se chegou por meio da pesquisa.
Portanto, na seleção do material a ser apresentado – e deverá haver uma sele-
ção – o pesquisador não pode ser dirigido pelo desejo natural de ver confirmadas 
as suas previsões à custa de dados que as refutam. Todos os dados pertinentes e 
significativos devem ser apresentados, de modo que se algum resultado for incon-
clusivo, precisará ser apontado. Ademais, torna-se necessário assinalar os seguin-
tes pontos:
 · Discrepâncias entre os fatos obtidos e previstos nas hipóteses;
 · Comprovação ou refutação da hipótese; ou ainda a impossibilidade 
de realizá-la;
 · Especificação da maneira pela qual foi realizada a validação das hipóteses 
no que concerne aos dados;
 · O valor da generalização dos resultados ao universo, no que se refere aos 
objetivos determinados;
 · Maneiras pelas quais pode-se maximizar o grau de verdade das generalizações;
 · Como a convalidação empírica permite atingir o estágio de enunciado 
de leis;
 · Como as provas obtidas mantêm a sustentabilidade da teoria, determinan-
do a sua limitação, ou mesmo a sua rejeição.
Assim, os resultados deverão representar o que foi encontrado da coleta de 
dados e o pesquisador precisará garantir, ao máximo, fidelidade e ética aos dados, 
evitando enviesar a pesquisa.
16
17
Conclusão
Na conclusão, o pesquisador deverá apresentar o fechamento da pesquisa evi-
denciando se alcançou ou não o objetivo proposto na Introdução, apresentando 
recomendações, sugestões e próximos estudos.
De acordo com Marconi e Lakatos (2003), a apresentação e análise dos da-
dos, assim como a interpretação dos resultados encaminham naturalmente às 
conclusões, as quais devem:
· Evidenciar as conquistas alcançadas com o estudo;
· Indicar as limitações e reconsiderações;
· Apontar a relação entre os fatos verifi cados e a teoria;
· Representar a súmula em que os argumentos, conceitos, fatos, as hipó-
teses, teorias e modelos se unem e se completam.
A maneira de redigir as conclusões deve ser precisa e categórica, sendo as 
mesmas pertinentes e ligadas às diferentes partes do trabalho. Dessa forma, não 
podem perder-se em argumentações, mas, ao contrário, devem refletir a relação 
entre os dados obtidos e as hipóteses enunciadas.
Já as recomendações devem apresentar indicações, de ordem prática, de inter-
venções na natureza ou sociedade, de acordo com as conclusões da pesquisa. Por 
sua vez, as sugestões são importantes ao desenvolvimento da Ciência, uma vez que 
apresentam novastemáticas de pesquisa, levantando, inclusive, novas hipóteses, 
abrindo caminho a outros pesquisadores (MARCONI; LAKATOS, 2003).
Citações e Referências
Devem acompanhar as normas do trabalho, as quais comumente utilizadas para 
referências em trabalhos acadêmicos, tais como monografias, utilizando citações de 
acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT); porém, trabalhos 
publicados internacionalmente ou em congressos nacionais deverão seguir as 
normas descritas no evento ou periódico. 
Segundo o Manual de normas para elaboração e apresentação de trabalhos 
acadêmicos da Universidade de Franca (2009), a ABNT fixa normas exigíveis 
para a apresentação de citações e referências em documentos, destinadas a 
orientar autores e editores, de modo que fundamentam a argumentação do autor, 
sendo imprescindível a indicação das fontes consultadas; de modo que é esperado
realizar tais indicações a partir dos procedimentos apontados a seguir.
17
UNIDADE Estrutura de um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)
Citações
Nas citações do sistema autor-data, as entradas na sentença devem se dar pelo 
sobrenome do autor, seguido do ano de publicação e do número da página citada. 
Caso a citação ocorra no início da frase ou no contexto do texto, deve ser 
com o sobrenome do autor, na sentença, aparecendo com letras maiúsculas e 
minúsculas, conforme:
Ex.: Para Dewey (1978, p. 25), “a atividade educativa deve ser sempre entendida 
como uma libertação de forças e tendências existentes no indivíduo”.
Ex.: Conforme Dewey, “a atividade educativa deve ser sempre entendida como uma 
libertação de forças e tendências existentes no indivíduo” (1978, p. 25).
Caso a citação ocorra no fim da sentença, o sobrenome do autor, na sentença, 
deve aparecer com letras maiúsculas, conforme:
Ex.: “A atividade educativa deve ser sempre entendida como uma libertação de for-
ças e tendências existentes no indivíduo” (DEWEY, 1978, p. 25).
Tendo a publicação até três autores, deve-se colocar os sobrenomes dos três, 
seguidos do ano de publicação. Caso a publicação tenha mais que três autores, 
deve-se colocar o sobrenome do primeiro autor seguido da abreviação latina et al., 
que significa “e outros autores”; e depois o ano de publicação, conforme:
Ex.: A generalização à fala encadeada é vista como um indício de que “a criança 
integrou o que foi aprendido sobre a produção do som e seu uso em seu próprio 
sistema fonológico” (ELBERT et al., 1990, p. 694).
Há ainda publicações que não possuem uma autoria específica e sim um 
órgão ou instituição, uma página na internet ou enciclopédia, por exemplo. 
Nesses casos, deve-se citar a instituição, a página da internet ou o nome da en-
ciclopédia e o ano publicado.
Ex.: Conforme a definição de letalidade (ENCICLOPÉDIA BARSA, 1982).
Ex.: Esta ênfase está em concordância com as recomendações do Ministério da Edu-
cação e Cultura (1999) ao definir o atual perfil deste profissional.
Apresentamos aqui os padrões mais comuns para citação. Para demais infor-
mações, veja a Norma Brasileira (NBR) 10520:2002, que apresenta todas as 
regras específicas para diferentes tipos de citações.
18
19
Referências
Todas as citações feitas ao longo de um trabalho devem ser referenciadas no 
tópico Referências, de modo que para montá-las é necessário, em primeiro lu-
gar, ordená-las alfabeticamente.
Importante!
Lembre-se de que todas as citações devem estar nas referências.
Importante!
Da mesma forma que as citações possuem regras, para as referências devemos 
prestar atenção às normas de formatação. Comumente usamos também a ABNT, 
mas a depender do congresso ou da revista, podemos ter padrões específicos 
para as referências – a seguir serão apresentados alguns.
Livro
Livros devem ser referenciados na seguinte ordem: autor(es), título, subtítulo – se 
houver –, edição, local, editora e data de publicação. A ABNT adota duas formas 
para referenciar os primeiros nomes dos autores: por meio de letras ou os nomes 
completos. Ademais, os títulos devem ser destacados em itálico ou negrito.
Ex.: CARRAHER, D. W. Senso crítico: do dia-a-dia às ciências hunamas. 5. ed. São 
Paulo: Pioneira, 1999.
Fontes em que o Autor é uma Entidade
As obras de responsabilidade de entidades – órgãos governamentais, empresas, 
associações, congressos, seminários etc. – têm entrada pelo seu próprio nome por 
extenso – ou seja, nome completo em letras maiúsculas.
Ex.: INSTITUTO GEOGRÁFICO E CARTOGRÁFICO (São Paulo, SP). Regiões do governo 
do Estado São Paulo. São Paulo, 1994.
Ex.: SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Coordenadoria de Estudos e Nor-
mas Pedagógicas. Proposta curricular para o ensino da Matemática 1º grau. São 
Paulo: SE/CENP, 1998.
Artigos de Periódicos ou Congressos
Para referências destas naturezas devemos aplicar regras específicas conforme 
o formato, vejamos:
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UNIDADE Estrutura de um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)
 · Artigos de congresso: nomes dos autores, título do artigo, congresso de 
publicação/apresentação do trabalho, ano do congresso, anais do con-
gresso, cidade do evento, local do evento, ano, página do artigo;
Ex.: OLIVEIRA, C. J. A. de. A meremática escolar e a matemática do dia-a-dia. In: EN-
CONTRO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E ENCONTRO DE PROFESSORES PESQUISADORES, 
1., 1998, Fraca. Anais... Franca: Universidade de Franca, 1998. p. 294.
 · Artigos de periódicos: autores, título do artigo, título do periódico ou 
revista, local de publicação, numeração do ano e/ou volume, numeração 
do fascículo, informações de páginas e data de sua publicação.
Ex.: DROGUETT, J. G. D. Psicanálise e educação. Educação & Linguagem, Universi-
dade Metodista de São Paulo, São Paulo, v. 9, n. 2, p. 73-86, 2007.
Existem mais regras para a adequada referência de trabalhos científicos, as quais 
podem ser conferidas na NBR 6023:2002.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
Aplicação de Produção Enxuta: um Estudo de Caso na Indústria de Implementos Rodoviários
BERNARDES, C. D. Aplicação de produção enxuta: um estudo de caso na indústria 
de implementos rodoviários. 2017. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em 
Engenharia de Produção) - Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de 
São Paulo, São Carlos, SP, 2017.
Como Elaborar um Projeto de Pesquisa
GIL, A. C. Como elaborar um projeto de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
Minidicionário Acadêmico de Engenharia de Produção
JABBOUR, A. B. L. S.; PEREIRA, D. G.; LIMA, J. V. P. Minidicionário acadêmico 
de Engenharia de Produção. São Paulo: Alta Books, 2015.
Guia para Elaboração de Monografia e TCC em Engenharia de Produção
MARTINS, R. A.; MELLO, C. H. P.; TURRIONI, J. B. Guia para elaboração de 
monografia e TCC em Engenharia de Produção. São Paulo: Atlas, 2014.
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UNIDADE Estrutura de um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)
Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação 
e documentação: referências. Rio de Janeiro, 2002a.
________. NBR 10520: informação e documentação: citações em documentos. 
Rio de Janeiro, 2002b.
GIL, A. C. Como elaborar um projeto de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
MARCONI, M. de A.; LAKATOS, E. M. Fundamentos de metodologia científi-
ca. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
UNIVERSIDADE DE FRANCA. Manual de normas para elaboração e apresen-
tação de trabalhos acadêmicos. 11. ed. rev. ampl. Franca, SP, 2009.
ZAMBONI, A. et al. State of the art through systematic review: start. In: Labora-
tório de Pesquisa em Engenharia de Software (Lapes). 2010. Disponível em: 
<http://lapes.dc.ufscar.br/tools/start_tool>. Acesso em: 30 maio 2018.
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