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Apostila 3 do Curso de Assistente Administrativo

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Curso Online: 
Assistente Administrativo 
 
 
 
1 
 
 
Direito Administrativo: Conceito e Histórico.........................................................2 
Relações do direito administrativo com outros ramos do direito.........................7 
Princípios do direito administrativo....................................................................10 
Atos administrativos...........................................................................................16 
Administração pública........................................................................................19 
Princípios da administração pública..................................................................21 
Bens públicos.....................................................................................................24 
Órgãos e agentes públicos................................................................................26 
Administração direita e indireta..........................................................................28 
Autarquias / Fundações.....................................................................................29 
Concessão e permissão de serviço público.......................................................30 
Controle da administração pública.....................................................................31 
Poder vinculado / Poder discricionário / Poder hierárquico...............................33 
Poder disciplinar / Poder regulamentar / Poder de polícia.................................34 
Os poderes e deveres do administrador público...............................................35 
Referências Bibliográficas.................................................................................36 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO: CONCEITO E HISTÓRICO 
 
 
 Direito administrativo é um ramo autônomo, dentro do direito 
público interno, que basicamente se concentra no estudo da Administração 
Pública e da atividade de seus integrantes. Tal disciplina tem por objeto 
os órgãos, entidades, agentes e atividades públicos, e a sua meta é a 
sistematização dos fins desejados pelo Estado, ou seja, o interesse público, 
regrado pelo princípio da legalidade. Tudo que se refere ao instituto da 
Administração Pública e à relação jurídica entre ela e os administrados e seus 
servidores é regrado e estudado pelo Direito Administrativo. 
O Direito Administrativo integra o ramo do direito público, cuja principal 
característica é a desigualdade jurídica entre as partes envolvidas. De um lado, 
a Administração Pública defende os interesses coletivos; de outro, o particular. 
Havendo conflito entre tais interesses, haverá de prevalecer o da coletividade, 
representado pela Administração Pública. No Direito Público, a Administração 
Pública se encontrará sempre em um patamar superior ao do particular, 
diferentemente do que é visto no Direito Privado. 
No Brasil, diferentemente, por exemplo, do direito civil, do direito penal e 
do direito do trabalho, não há um código específico para o direito 
administrativo, sendo logo considerado como direito não codificado. Seu estudo 
é feito através da Constituição Federal e das inúmeras leis esparsas 
pertinentes, tanto em âmbito federal como estadual, distrital e municipal. 
A nível federal, alguns exemplos dessas leis são: 
 Decreto-Lei nº 200 de 1967, que trata da Organização Administrativa; 
 Lei nº 8.112 de 1990, que trata dos servidores públicos civis da União, 
autarquias e fundações públicas federais. É o Regime jurídico dos 
servidores públicos; 
 Lei n° 8.457 de 1992, que trata da Justiça Militar da União; 
 Lei Complementar n° 73 de 1992, que trata da Advocacia-Geral da 
União (AGU); 
 Lei n° 8.625 de 1993, a Lei Orgânica do Ministério Público; 
 Lei nº 8.666 de 1993, que trata das licitações; 
 Lei nº 9.897 de 1995, que trata dos serviços públicos; 
 Lei n° 9.266 de 1996, que trata da organização da Polícia Federal; 
 Lei nº 9.784 de 1999, que trata do processo administrativo 
 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_p%C3%BAblico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_p%C3%BAblico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Administra%C3%A7%C3%A3o_P%C3%BAblica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Administra%C3%A7%C3%A3o_P%C3%BAblica
https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%93rg%C3%A3o_p%C3%BAblico
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Entidade_P%C3%BAblica&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Agente_p%C3%BAblico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Servi%C3%A7o_p%C3%BAblico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Meta
https://pt.wikipedia.org/wiki/Estado
https://pt.wikipedia.org/wiki/Interesse_p%C3%BAblico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Princ%C3%ADpio_da_legalidade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_p%C3%BAblico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Parte_(direito)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Coletividade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_Privado
https://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil
https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3digo_Civil_brasileiro
https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3digo_Penal_brasileiro_de_1940
https://pt.wikipedia.org/wiki/Consolida%C3%A7%C3%A3o_das_Leis_do_Trabalho
https://pt.wikipedia.org/wiki/Codifica%C3%A7%C3%A3o_jur%C3%ADdica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Constitui%C3%A7%C3%A3o_de_1988
https://pt.wikipedia.org/wiki/Distrito_Federal_(Brasil)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Servidores_p%C3%BAblicos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Regime_jur%C3%ADdico_dos_servidores_p%C3%BAblicos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Regime_jur%C3%ADdico_dos_servidores_p%C3%BAblicos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Justi%C3%A7a_Militar_da_Uni%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Justi%C3%A7a_Militar_da_Uni%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Advocacia-Geral_da_Uni%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Advocacia-Geral_da_Uni%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_Org%C3%A2nica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Minist%C3%A9rio_P%C3%BAblico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Minist%C3%A9rio_P%C3%BAblico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Licita%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Servi%C3%A7o_p%C3%BAblico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pol%C3%ADcia_Federal
https://pt.wikipedia.org/wiki/Processo_administrativo
 
 
 
3 
 
O direito administrativo é regido por alguns princípios, como mostra o artigo 37 
da Constituição Federal. Os objetivos desses princípios são de controlar as 
atividades administrativas em todos os integrantes da Federação brasileira. 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos 
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. 
 § 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos 
órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação 
social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que 
caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos. 
 § 2º A não-observância do disposto nos incisos II e III implicará a nulidade 
do ato e a punição da autoridade responsável, nos termos da lei. 
 § 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração 
pública direta e indireta, regulando especialmente: 
 I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral, 
asseguradas a manutenção de serviços de atendimento ao usuário e a 
avaliação periódica, externa e interna, da qualidade dos serviços; 
 II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações 
sobre atos de governo, observado o disposto no art. 5º, X e XXXIII; 
 III - a disciplina da representação contra o exercício negligente ou abusivo 
de cargo, emprego ou função na administração pública. 
 § 4º Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos 
direitos políticos, a perda dafunção pública, a indisponibilidade dos bens e o 
ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da 
ação penal cabível. 
 
Princípios: 
Legalidade: Este principio diz que todos os atos da administração pública 
devem ser feitos de acordo com a lei. Ou seja, em nenhum momento o 
administrador público pode se desviar do que a lei diz. 
Porém há três casos em que o Principio da Legalidade pode não ser aplicado: 
Estado de Defesa, Estado de Sítio e Medidas provisórias 
Impessoalidade: O principio da impessoalidade possui três aspectos que o 
caracterizam: 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Constitui%C3%A7%C3%A3o_Federal
 
 
 
4 
 
1) Dever de isonomia por parte da administração pública: Diz que a 
administração pública deve tratar a todos os seus administrados de maneira 
igualitária, não fazendo entre eles nenhum tipo de distinção 
2) Dever de conformidade aos interesses públicos: A lei deve ser cumprida com 
o objetivo de atender aos interesses da coletividade. 
3) Vedação à promoção pessoal de agentes públicos: Qualquer obra ou ato da 
administração pública nunca devem ser feitos com o objetivo de promover um 
único agente ou terceiros. 
 
Moralidade: Todos os atos da administração pública devem ter cunho moral. 
Ou seja, deve ser bem visto pela coletividade. Além disso, a moralidade é 
requisito para que um ato administrativo seja considerado válido. Ou seja um 
ato imoral é um ato inválido. 
Publicidade: Diz que todos os atos da administração pública devem ser 
publicados em imprensa oficial. A publicidade é requisito para que o ato tenha 
eficácia. Logo se um ato feito não for publicado para que todos vejam, ele não 
terá eficácia nenhuma. 
Eficiência: Todos os serviços da administração pública devem ser feitos de 
maneira eficiente. 
 
 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos 
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência 
e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 
1998) 
 
 
Um tema bastante cobrado em concurso público: os princípios norteadores da 
Administração Pública. 
Um recurso que, sem dúvida, ajuda os candidatos: LIMPE. São princípios da 
Administração Pública, seja direta ou indireta: Legalidade, Impessoalidade, 
Moralidade, Publicidade e Eficiência. 
 
 
 
5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os princípios formam uma base dentro do direito administrativo, Segundo José 
Cretella Junior appud Maria Sylvia Zanella de Pietro, “princípios de uma ciência 
são as proposições básicas, fundamentais, típicas que condicionam todas as 
estruturações subsequentes. Princípios, neste sentido são os alicerces da 
ciência” (200,p.62). 
Helly Lopes Meirelles leciona que “a legalidade, como princípio de 
administração significa que o administrador público está, em toda sua atividade 
funcional, sujeito aos mandamentos da lei, e as exigências do bem comum, e 
deles não se pode afastar ou desviar, sob pena de praticar ato inválido e expor-
se a responsabilidade disciplinar, civil e criminal, conforme o caso”. (1998, 
p.67). 
Os atos do administrador não são necessariamente deste e sim da 
administração, devendo todas as realizações serem atribuídas ao ente estatal 
que o promove. Desta feita, entende-se que os atos não são necessariamente 
do agente, mas sim da administração, sendo desta todo o crédito. Na carta 
Magna, no artigo 37 é cristalina lição, veja-se: 
Legalidade: A Legalidade está no alicerce do Estado de Direito, no 
princípio da autonomia da vontade. Baseia-se no pressuposto de que 
tudo o que não é proibido, é permitido por lei. 
Impessoalidade: A imagem de Administrador público não deve ser 
identificada quando a Administração Pública estiver atuando. Deve 
tratar todos igualmente. 
Moralidade: O administrador deve trabalhar com bases éticas na 
administração, lembrando que não pode ser limitada na distinção de 
bem ou mal. 
Publicidade: Na Publicidade, o gerenciamento deve ser feito de forma 
legal, não oculta. 
Eficiência: O administrador tem o dever de fazer uma boa gestão. 
Com esse princípio, o administrador obtém a resposta do interesse 
público e o Estado possui maior eficácia na elaboração de suas ações. 
 
 
 
6 
 
 § 1º - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos 
órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação 
social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que 
caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos. 
 
 
Importante: 
Em função deste principio, é o que exige os concursos públicos, para cargo ou 
carreira publica. 
 
 
 
O direito administrativo é o ramo do direito que disciplina o funcionamento do 
aparelho do Estado, da máquina administrativa. 
Para entendermos o direito é necessária a constatação de que a convivência 
em sociedade requer um conjunto de normas que condicionem o 
comportamento de cada elemento componente da mesma. Quem estabelece 
tais normas é justamente o Estado criado e organizado por um grupo de 
representantes populares chamado de poder constituinte. 
Brandão Cavalcanti, em meados do Século XX, com a colaboração de 
diferentes autores alienígenas, assim definia: 
“O direito administrativo é o conjunto de princípios e normas jurídicas que 
presidem ao funcionamento das atividades do Estado, à organização e ao 
funcionamento dos serviços públicos, e às relações de administração com os 
indivíduos”. 
E sintetizava dizendo que o direito administrativo era: 
“o conjunto de princípios e normas jurídicas que presidem à organização e ao 
funcionamento dos serviços públicos”. 
Direito Administrativo é o ramo do Direito Público que engloba, sobretudo, a 
regulação jurídica do poder administrativo – ou executivo – do Estado. 
Portanto, é a área do Direito que dá forma e função a essa ponta da tripartição 
dos poderes e tem por objeto ad Administração Pública. 
 
 
 
 
7 
 
RELAÇÕES DO DIREITO ADMINISTRATIVO COM 
OUTROS RAMOS DO DIREITO 
 
O Direito Administrativo é uma das áreas do Direito mais clássicas. E engloba, 
sobretudo, a regulação jurídica do poder administrativo – ou executivo – do 
Estado. Portanto, é o que dá forma e função a essa ponta da tripartição dos 
poderes. 
Afinal, como dispõe o art. 2º da Constituição Federal de 1988, “são Poderes da 
União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o 
Judiciário”. E envolve, assim, a fontes, os conceitos, os princípios e as funções 
da Administração Pública e seus entes, a fim de que também sejam cumpridos 
os interesses sociais a dever do Estado. 
 
 
Direito Administrativo é o ramo do direito público que tem por objeto órgãos, 
agentes e pessoas jurídicas administrativas que integram a Administração 
Pública, a atividade jurídica não contenciosa que exerce e os bens de que 
utiliza para a consecução de seus fins, de natureza pública. 
 
 
Podemos mencionar como fontes do Direito Administrativo: 
 normas; 
 jurisprudência; 
 doutrina; 
 costumes. 
 
 A relação de maior intimidade do Direito Administrativo é com o Direito 
Constitucional. 
 
E não poderia ser de outra maneira. É o Direito Constitucional que alinhava as 
bases e os parâmetros do Direito Administrativo; este é, na verdade, o lado 
dinâmico daquele. 
https://blog.sajadv.com.br/otimas-areas-do-direito/
 
 
 
8 
 
Na Constituição se encontram os princípios da Administração Pública (art. 37), 
as normas sobre servidores públicos (arts. 39 a 41) e as competências do 
Poder Executivo (arts. 84 e 85). 
São mencionados, ainda, na Lei Maioros institutos da desapropriação (art. 5º, 
XXIV, 182, § 4º, III, 184 e 243), das concessões e permissões de serviços 
públicos (art. 175), dos contratos administrativos e licitações (arts. 37, XXI e 22, 
XXVII) e da responsabilidade extracontratual do Estado (art. 37, § 6º), entre 
outros". 
O Direito se coloca, então, como um conjunto de regras impostas ou 
acordadas, com o objetivo de disciplinar o convívio entre as pessoas. O fato de 
ser o convívio social fundamental para a existência humana nos leva a concluir, 
também, que nenhuma sociedade poderia existir sem a adoção de regras de 
Direito. Contudo, o inverso também é verdadeiro: onde houver o Direito, existirá 
sociedade. 
O Direito Administrativo faz parte do bloco monolítico do Direito que, como já 
se sabe, é dividido em dois ramos principais (público e privado) com objetivos 
didáticos, para facilitar a sua compreensão e estudo. 
Em razão de tratarem do Estado, o Direito Administrativo e o Direito 
Constitucional possuem muito em comum. No entanto, o Direito Constitucional 
trata da estrutura estatal e da instituição política do governo. O Direito 
Administrativo tem como objetivo regular a organização interna dos órgãos da 
Administração Pública, seu pessoal, serviços e funcionamento que satisfaça as 
finalidades constitucionalmente determinadas. O Direito Constitucional 
estabelece a estrutura estática do Estado e o Direito Administrativo a sua 
dinâmica. Enquanto O Direito Constitucional dá os lineamentos gerais do 
Estado, institui os seus principais órgãos e define os direitos e as garantias 
fundamentais dos indivíduos, o Direito Administrativo disciplina os serviços 
públicos e as relações entre a Administração e os cidadãos de acordo com os 
princípios constitucionais. 
O Direito Administrativo tem com o Direito Tributário e com o Direito Financeiro 
uma relação de fundamental importância. Basta admitirmos que a tributação é 
realizada a partir de relações jurídicas em virtude das quais o Estado irá 
arrecadar os seus recursos indispensáveis ao funcionamento da estrutura 
pública e o segundo disciplinará como os mesmos serão empregados, tudo 
conforme a Constituição e as Leis. É daí que afirmamos que o Direito Tributário 
nasce da necessidade de se fornecer recursos para o funcionamento da 
máquina administrativa e de se criar mecanismos que protejam os cidadãos da 
ânsia arrecadadora do Poder Público. 
 
 
 
9 
 
O Direito Administrativo é bastante distinto do Direito Penal. De qualquer forma, 
a lei penal, como nos casos de crimes contra a Administração Pública, 
subordina a definição do delito à conceituação de atos e fatos administrativos. 
Também a Administração Pública possui prerrogativas de Direito Penal, como 
nos casos de caracterização de infrações que dependem das normas penais 
em branco. 
A relação do Direito Administrativo com o Direito Processual é bastante 
próxima. Nos aspectos dos processos civil e penal a relação se dá na própria 
regulamentação das respectivas jurisdições. Nos processos administrativos são 
utilizados princípios característicos de processo comum. 
O Direito do Trabalho muito se aproxima do Direito Administrativo em razão do 
fato das relações dos empregadores com os empregados passaram do setor 
privado para o domínio público em virtude de sua regulamentação e 
fiscalização pelo Estado. Hoje em dia, especialmente, há lei que permite a 
contratação pelo Poder Público de empregados públicos sem deixar de 
existirem os servidores ocupantes de cargos públicos. 
As relações do Direito Administrativo com o Direito Eleitoral se dão em virtude 
da proximidade do primeiro com diferentes pontos da organização da votação e 
apuração dos pleitos, no próprio funcionamento dos partidos políticos, na 
disciplina da propaganda partidária, dentre outros. 
As relações entre o Direito Civil e o Direito Administrativo são muito próximas, 
principalmente no que se refere aos contratos e obrigações do Poder Público 
com os particulares. Isto sem se falar também nos bens públicos, nas pessoas 
públicas e na responsabilidade civil do Estado, todos tratados pelo Código Civil. 
A relação do Estado com a economia particular teria dado surgimento ao direito 
econômico, segundo BASTOS. Tanto o direito financeiro, quanto o tributário e o 
econômico seriam especificações ou especializações do próprio direito 
administrativo. Isto porque seriam direitos que se destacaram do próprio direito 
administrativo. 
O Direito Administrativo se relaciona também com as Ciências Sociais. 
Sociologia, Economia Política, Ciência das Finanças e Estatística são elas. Por 
tratarem todas elas da sociedade, seu campo é um só. 
O direito administrativo se relaciona com todos os demais ramos do direito, 
com intensidade maior à medida que se aproxima do objeto de tratamento dos 
assuntos que envolvem o interesse público e o bem comum, 
fundamentalmente. 
 
 
 
 
10 
 
PRINCÍPIOS DO DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
Princípio da legalidade 
Como o próprio nome sugere, esse princípio diz respeito à obediência à lei. 
Encontramos muitas variantes dele expressas na nossa Constituição. 
Assim, o mais importante é o dito princípio genérico, que vale para todos. É 
encontrado no inciso II, do artigo 5º da CF/88, que diz que “ninguém será 
obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”. Ou 
seja o popular, poderá fazer tudo que não seja proibido pela lei. 
Outra variante desse princípio, prevista na CF/88, é o que orienta o Direito 
Penal, e está no mesmo art. 5º, em seu inciso XXXIX. Nesse ponto, o 
constituinte estabeleceu que determinada conduta somente será considerada 
criminosa, se prevista em lei. 
Por outro giro, no Direito Tributário, a CF/88, em seu art. 150, I, também 
estabeleceu a observância obrigatória a esse mesmo princípio. Aqui diz que 
somente poderá ser cobrado ou majorado tributo através de lei. 
No Direito Administrativo, esse princípio determina que, em qualquer atividade, 
a Administração Pública está estritamente vinculada à lei. Assim, se não 
houver previsão legal, nada pode ser feito. 
 
Princípio da Impessoalidade 
Qualquer agente público, seja ele eleito, concursado, indicado, etc., está 
ocupando seu posto para servir aos interesses do povo. 
Assim, seus atos obrigatoriamente deverão ter como finalidade o interesse 
público, e não próprio ou de um conjunto pequeno de pessoas amigas. Ou 
seja, deve ser impessoal. 
Se o administrador decide construir ou asfaltar uma determinada rua, deve 
fazê-lo para beneficiar o conjunto da população, não porque a rua passa em 
frente a um terreno seu ou de algum correligionário. Nesta situação, teríamos 
um ato pessoal. 
Art. 37, § 1º, da CF/88, que representa a garantia de observância desse 
princípio: 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10731003/inciso-ii-do-artigo-5-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641516/artigo-5-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/642045/artigo-150-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10670765/inciso-i-do-artigo-150-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/2186546/artigo-37-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10711186/par%C3%A1grafo-1-artigo-37-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
 
 
 
11 
 
“A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos 
públicos deverá ter carátereducativo, informativo ou de orientação social, dele 
não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção 
pessoal de autoridades ou servidores públicos.” 
Observem também o que diz a Lei 9.784/99, em seu art. 2º, parágrafo único, 
inc. III, que determina que, nos processos administrativo, serão observados os 
critérios de objetividade no atendimento do interesse público, vedada a 
promoção pessoal de agentes ou autoridades. 
 
Princípio da Moralidade 
Os romanos já diziam que “non omne quod licet honestum est” (nem tudo o que 
é legal é honesto). 
Obedecendo a esse princípio, deve o administrador, além de seguir o que a lei 
determina, pautar sua conduta na moral comum, fazendo o que for melhor e 
mais útil ao interesse público. 
Nossa Carta Magna faz menção em diversas oportunidade a esse princípio. 
Uma delas, prevista no art. 5º, LXXIII, trata da ação popular contra ato lesivo à 
moralidade administrativa. Em outra, o constituinte determinou a punição mais 
rigorosa da imoralidade qualificada pela improbidade (art. 37, § 4º). Há ainda o 
art. 14, § 9º, onde se visa proteger a probidade e moralidade no exercício de 
mandato, e o art. 85, V, que considera a improbidade administrativa como 
crime de responsabilidade. 
 
Princípio da Publicidade 
É este mais um vetor da Administração Pública, e diz respeito à obrigação de 
dar publicidade, levar ao conhecimento de todos os seus atos, contratos ou 
instrumentos jurídicos como um todo. Isso dá transparência e confere a 
possibilidade de qualquer pessoa questionar e controlar toda a atividade 
administrativa que, repito, deve representar o interesse público, por isso não se 
justificam de regra, o sigilo. 
Claro que em determinado casos pode ser relativizado esse princípio, quando o 
interesse público ou segurança o justificarem. 
Com a publicação, presume-se o conhecimento dos interessados em relação 
aos atos praticados e inicia-se o prazo para interposição de recurso, e também 
os prazos de decadência e prescrição. 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104076/lei-de-procedimento-administrativo-lei-9784-99
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11324871/artigo-2-da-lei-n-9784-de-29-de-janeiro-de-1999
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11324829/par%C3%A1grafo-1-artigo-2-da-lei-n-9784-de-29-de-janeiro-de-1999
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11324733/inciso-iii-do-par%C3%A1grafo-1-do-artigo-2-da-lei-n-9784-de-29-de-janeiro-de-1999
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
 
 
 
12 
 
Princípio da Eficiência 
Este princípio foi o último introduzido na CF/88, pela EC nº 19/98, chamada 
emenda da reforma administrativa, que deu nova redação ao art. 37 e outros. 
Também revela dois aspectos distintos, um em relação à atuação do agente 
público, outro em relação à organização, estrutura, disciplina da Administração 
Pública. 
A Administração Pública deve estar atenta às suas estruturas e organizações, 
evitando a manutenção de órgão/entidade sub utilizados, ou que não atendam 
Às necessidades da população. 
Perceba o que prevê a Lei nº 9.784/99, em seu art. 2º, “caput”: 
“ Art. 2º. A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da 
legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, 
ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência.” 
Estes princípios estudados até aqui são os cincos básicos da Administração (l. 
I. M. P. E), Expressos na Constituição Federal, em seu art. 37, caput: 
“Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos 
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e 
eficiência...” 
 
Como a Administração Pública deve obediência ao princípio da legalidade, 
presume-se que todos seus atos estejam de acordo com a lei. Essa presunção 
admite prova em contrário, a ser produzida por quem alega. É chamada então 
de relativa, ou “juris tantum” (lembre-se da diferença com a presunção absoluta 
“juris et de jures”, que não admite prova em contrário). 
Com esse atributo, é possível a execução direta, imediata, das decisões 
administrativas, inclusive podendo criar obrigações ao particular, 
independentemente de sua concordância e executadas por seus próprios 
meios. 
 
Princípio da Continuidade 
O Estado deve prestar serviço públicos para atender Às necessidades da 
coletividade. Essa prestação não pode para, pois os desejos do povo são 
contínuos. 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/121113126/emenda-constitucional-19-98
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104076/lei-de-procedimento-administrativo-lei-9784-99
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11324871/artigo-2-da-lei-n-9784-de-29-de-janeiro-de-1999
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/2186546/artigo-37-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
 
 
 
13 
 
Por esse princípio, há limitações ao direito de greve dos servidores públicos 
(art. 37, VII, CF/88) dos militares (art. 142, § 3º, IV, CF/88) e à existência de 
substitutos que preencham funções públicas temporariamente vagas. 
 
Princípio da Hierarquia 
Os órgãos da Administração Pública devem ser estruturados de forma tal que 
haja uma relação de coordenação e subordinação entre eles, cada um titular de 
atribuições definidas na lei. 
 
Princípio da Autotutela 
Cuidar de si mesma: isso que deve fazer a Administração Pública. Como deve 
obediência ao princípio da legalidade sempre que um ato ilegal for identificado, 
deve ser anulado pela própria Administração. Cabe também a revogação 
daqueles atos que não sejam mais convenientes ou oportunos seguindo 
critérios de mérito. É o poder-dever de rever seus atos, respeitando sempre o 
direito de terceiros de boa-fé. 
 
Princípio da Razoabilidade 
Este é mais um princípio voltado especialmente para o controle dos atos 
administrativos, em especial aqueles ditos discricionários, onde a lei dá duas 
ou mais opções válidas ao administrador. Se este toma alguma decisão 
destituída de razoabilidade ou coerência, será ilegítima, ainda que dentro da 
lei. 
 
Princípio da proporcionalidade 
O princípio da proporcionalidade pode ser visto no art. 2º, parágrafo 
único, VI, VIII e IX, da Lei nº 9.784/99, considerado apenas como um aspecto 
do princípio da razoabilidade: 
“Art. 2º (...) Parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados, 
entre outros, os critérios de: 
VI - adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, 
restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao 
atendimento do interesse público; 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/2186546/artigo-37-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10712091/inciso-vii-do-artigo-37-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10673887/artigo-142-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10673757/par%C3%A1grafo-3-artigo-142-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10673571/inciso-iv-do-par%C3%A1grafo-3-do-artigo-142-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11324871/artigo-2-da-lei-n-9784-de-29-de-janeiro-de-1999
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11324829/par%C3%A1grafo-1-artigo-2-da-lei-n-9784-de-29-de-janeiro-de-1999
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11324829/par%C3%A1grafo-1-artigo-2-da-lei-n-9784-de-29-de-janeiro-de-1999http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11324647/inciso-vi-do-par%C3%A1grafo-1-do-artigo-2-da-lei-n-9784-de-29-de-janeiro-de-1999
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11324590/inciso-viii-do-par%C3%A1grafo-1-do-artigo-2-da-lei-n-9784-de-29-de-janeiro-de-1999
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11324563/inciso-ix-do-par%C3%A1grafo-1-do-artigo-2-da-lei-n-9784-de-29-de-janeiro-de-1999
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104076/lei-de-procedimento-administrativo-lei-9784-99
 
 
 
14 
 
VIII – observância das formalidades essenciais à garantia dos direitos dos 
administrados; 
IX - adoção de formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de 
certeza, segurança e respeito aos direitos dos administrados.” 
 
Princípio da Motivação 
Cada decisão tomada pela Administração Pública deve estar fundamentada 
pelas razões de fato e direito que levaram a ela. 
“Art. 2º(...) Parágrafo Único. Nos processos administrativos serão observados, 
entre outros, os critérios de: 
VII – indicação dos pressupostos de fato e direito que determinarem a decisão.” 
 
Princípio da Igualdade 
Já que todos são iguais perante a lei por disposição expressa 
da Constituição (Art. 5º), perante a Administrativo Pública todos também devem 
receber o mesmo tratamento impessoal, igualitário, isonômico. 
Naturalmente, esse princípio não é absoluto. 
Cabe à Administração Pública o regramento para a fruição de serviços 
públicos, o que não fere este princípio. O que está vedada é a existência de 
privilégios ou favorecimentos de uns em detrimento de outros. 
 
Princípio da Segurança Jurídica 
Também chamado por alguns de princípio da estabilidade das relações 
jurídicas, revela a importância de ser ter certa imutabilidade ou certeza de 
permanência dessas relações jurídicas, visando impedir ou reduzir as 
possibilidades de alteração dos atos administrativo, sem a devida 
fundamentação. 
Esse mesmo princípio também é base das previsões sobre decadência e 
prescrição, do prazo da validade de Medidas Provisória (art. 62, CF/88), do 
prazo para a Administração Pública rever seus próprios atos etc., ou seja, tudo 
para dar um mínimo de garantia aos administrados. 
 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10631793/artigo-62-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
 
 
 
15 
 
Princípio do Devido Processo Legal 
Com base constitucional, todo processo, inclusive o administrativo, deve 
obediência ao devido processo legal (“due process of law”), de onde provém 
também os princípios contraditório e da ampla defesa. É particularmente 
importante esse princípio na esfera judicial, mas a Constituição é clara ao exigi-
lo também no âmbito da Administração Pública: 
“art. 5º (...) LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o 
devido processo legal; LV - aos litigantes, em processo judicial ou 
administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e 
ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;” 
 
Legalidade: Este principio diz que todos os atos da administração pública 
devem ser feitos de acordo com a lei. Ou seja, em nenhum momento o 
administrador público pode se desviar do que a lei diz. Porém há três casos em 
que o Principio da Legalidade pode não ser aplicado: Estado de Defesa, 
Estado de Sítio e Medidas provisórias 
Impessoalidade: O principio da impessoalidade possui três aspectos que o 
caracterizam: 1) Dever de isonomia por parte da administração pública: Diz que 
a administração pública deve tratar a todos os seus administrados de maneira 
igualitária, não fazendo entre eles nenhum tipo de distinção; 2) Dever de 
conformidade aos interesses públicos: A lei deve ser cumprida com o objetivo 
de atender aos interesses da coletividade. 3) Vedação à promoção pessoal de 
agentes públicos: Qualquer obra ou ato da administração pública nunca devem 
ser feitos com o objetivo de promover um único agente ou terceiros. 
Moralidade: Todos os atos da administração pública devem ter cunho moral. 
Ou seja, deve ser bem visto pela coletividade. Além disso, a moralidade é 
requisito para que um ato administrativo seja considerado válido. Ou seja um 
ato imoral é um ato inválido. 
Publicidade: Diz que todos os atos da administração pública devem ser 
publicados em imprensa oficial. A publicidade é requisito para que o ato tenha 
eficácia. Logo se um ato feito não for publicado para que todos vejam, ele não 
terá eficácia nenhuma. 
Eficiência: Todos os serviços da administração pública devem ser feitos de 
maneira eficiente. 
 
 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
 
 
 
16 
 
ATOS ADMINISTRATIVOS 
 
Ato administrativo é toda manifestação unilateral de vontade da administração 
pública que, agindo nesta qualidade, tenha por fim imediato resguardar, 
adquirir, modificar, extinguir e declarar direitos ou impor obrigações aos 
administrados ou a si própria. Somente o agente público competente pode 
praticá-lo, sendo prerrogativa exclusiva deste. 
Na Administração pública brasileira, um ato administrativo é o ato jurídico que 
concretiza o exercício da função administrativa do Estado. Como todo ato 
jurídico, constitui, modifica, suspende, revoga situações jurídicas. Em geral, os 
autores adotam o conceito restrito de ato administrativo, restringindo o uso do 
conceito aos atos jurídicos individuais e concretos que realizam a função 
administrativa do Estado. O ato administrativo é a forma jurídica básica 
estudada pelo direito administrativo. 
Dizem respeito aos requisitos para a validade de um ato administrativo: 
 
Competência 
Conjunto de poderes que a lei confere aos agentes públicos para que exerçam 
suas funções com eficiência e assim assegurem o interesse público. A 
competência é um poder-dever, é uma série de poderes, que o ordenamento 
outorga aos agentes públicos para que eles possam cumprir a contento seu 
dever de atingir da melhor forma possível o interesse público. Nenhum ato será 
válido se não for executado por autoridade legalmente competente. É requisito 
de ordem pública, ou seja, não pode ser derrogado pelos interessados nem 
pela administração. Pode, no entanto, ser delegada (transferência de funções 
de um sujeito, normalmente para outro hierarquicamente inferior) e avocada 
(órgão superior atrai para si a competência para cumprir determinado ato 
atribuído a outro inferior). Se a competência for, legalmente, exclusiva de certo 
órgão ou agente, não poderá ser delegada ou avocada. 
 
Características da competência: 
A mais importante de todas as característica desse requisito é a 
irrenunciabilidade, que tem caráter relativo, e o que a relativiza são os institutos 
da delegação e avocação. 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Administra%C3%A7%C3%A3o_p%C3%BAblica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Administra%C3%A7%C3%A3o_p%C3%BAblica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Agente_p%C3%BAblico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Administra%C3%A7%C3%A3o_p%C3%BAblica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ato_jur%C3%ADdico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Estado
https://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_administrativo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Compet%C3%AAncia_(direito)
 
 
 
17 
 
Inderrogabilidade 
A competência não pode ser derrogada, isto é, a modificação de seu conteúdo 
ou titularidade não pode ser operada por mero acordo de vontades entre 
particulares e/ou agentes públicos. Trata-se de uma característica de caráter 
absoluto. 
 
Improrrogabilidade 
Veda-se aos agentes públicos que atuem além da lei, ou seja, além das 
competências previstas em lei. Tem caráter relativo, pois se refere ao exercício 
da competência(passível de transferência através delegação e avocação) e 
não à sua titularidade. 
 
Imprescritibilidade 
As competências devem ser exercidas a qualquer tempo. O agente público é 
obrigado a exercer suas competências a qualquer tempo, salvo nas hipóteses a 
que a lei estabelece prazos da administração. 
 
Finalidade 
Deve sempre ser o interesse público. É o objetivo que a administração 
pretende alcançar com a prática do ato administrativo, sendo aquela que a lei 
institui explícita ou implicitamente, não sendo cabível que o administrador a 
substitua por outra. A finalidade deve ser sempre o interesse público e a 
finalidade específica prevista em lei para aquele ato da administração. É nulo 
qualquer ato praticado visando exclusivamente ao interesse privado, no entanto 
é válido o ato visando ao interesse privado (desde que, cumulativamente, ele 
vise também ao interesse público). 
 
Forma 
É o revestimento exteriorizador do ato administrativo. Todo ato administrativo é, 
em princípio, formal. Em sentido amplo, a forma é o procedimento previsto em 
lei para a prática do ato administrativo. Em sentido estrito, refere-se ao 
conjunto de requisitos formais que devem estar presentes no ato 
administrativo. 
 
 
 
18 
 
Motivo 
É a situação de direito ou de fato que autoriza ou determina a realização do ato 
administrativo, podendo ser expresso em lei (atos vinculados) ou advir do 
critério do administrador (ato discricionário). Difere da motivação, que é a 
exposição dos motivos. 
 
Objeto ou conteúdo 
É o efeito jurídico imediato que o ato deve produzir. Por exemplo, o ato 
administrativo de demissão produz o desligamento do servidor público. 
 
Os atos administrativos podem ser classificados em discricionários ou 
vinculados. Os atos discricionários são atos realizados mediante critérios de 
oportunidade, conveniência, justiça e equidade, implicando maior liberdade de 
atuação da Administração. Em análise, sob o ângulo dos requisitos do ato 
administrativo, competência, finalidade e forma sempre vinculam o 
administrador, mesmo nos atos discricionários. 
Assim, apenas motivo e objeto tornam-se mais abertos para a livre decisão do 
administrador no caso de um ato discricionário. 
Os atos administrativos vinculados, ao seu turno, possuem todos os seus 
requisitos definidos em lei, de modo que não está presente nesses atos o 
conceito de mérito. Nos atos vinculados, o administrador não tem liberdade de 
atuação e está rigidamente atrelado ao que dispõe a lei. 
A doutrina jurídica brasileira frisa a diferença entre discricionariedade e 
arbitrariedade. Mesmo nos atos discricionários, a liberdade de decisão da 
Administração Pública fica limitada pelas balizas da legislação. Se a apreciação 
subjetiva do administrador não se ativer aos limites permitidos em lei, tornar-se-
á um juízo arbitrário e passível de questionamento. 
 
Procedimento Administrativo - É a sucessão ordenada de operações que 
propiciam a formação de um ato final objetivado pela administração pública. 
Constitui-se de atos intermediários, preparatórios e autônomos, porém, sempre 
interligados, de maneira tal que a sua conjugação dá conteúdo e forma ao ato 
principal. 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ato_discricion%C3%A1rio
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ato_vinculado&action=edit&redlink=1
 
 
 
19 
 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
A administração se define através de um âmbito institucional-legal, baseada na 
Constituição, leis e regulamentos. Originou-se na França, no fim do século 
XVIII, mas só se consagrou como ramo autônomo do direito com o 
desenvolvimento do Estado de Direito. Teve como base os conceitos 
de serviço público, autoridade, poder público e especialidade de jurisdição. 
Os princípios norteadores da administração pública e do próprio direito 
administrativo foram os da separação das autoridades administrativas e 
judiciária; da legalidade; da responsabilidade do poder público; e, decisões 
executórias dos atos jurídicos, emitidos unilateralmente. 
O gestor público tem como função gerir, administrar de forma ética, técnica e 
transparente a coisa pública, seja esta órgãos, departamentos ou políticas 
públicas visando o bem comum da comunidade a que se destina e em 
consonância com as normas legais e administrativas vigentes. 
Entre o pessoal da administração pública há diferenças importantes 
relativamente ao direito pertinaz ao exercício da função, diferenças estas que 
variam em razão do regime jurídico no qual se insere o agente público; chama-
se regime estatutário o do exercente de cargo público, e as bases deste regime 
são as mesmas do regime jurídico-administrativo comum. O servidor público - 
denominação concedida ao ocupante de cargo público, logo submetido a 
regime estatutário - se distingue do empregado público, que, apesar de 
também ser espécie do gênero agente público, é regido pela legislação 
contratual trabalhista (no Brasil, por exemplo, o empregado público mantém 
suas relações jurídicas com base na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) 
- daí o neologismo celetista). 
A administração no Brasil aconteceu de três formas, sendo a primeira na época 
do Império; a administração pública patrimonialista onde o Estado nomeava 
pessoas de confiança e altos-oficiais para exercer cargos políticos. 
Esta fase é seguida, após a instalação da república, pelo nepotismo e 
grande corrupção no serviço público, indo até a Constituição de 1934. Já 
na Era Vargas, houve a administração pública burocrática, com a finalidade 
combater a corrupção e o nepotismo, orientando-se pelos princípios da 
profissionalização, da ideia de carreira, da hierarquia funcional, da 
impessoalidade, do formalismo, características do poder racional legal. 
Atualmente, há uma transição para a administração pública gerencial, a qual 
busca a otimização e expansão dos serviços públicos, visando a redução dos 
custos e o aumento da efetividade e eficiência dos serviços prestados aos 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Servi%C3%A7o_p%C3%BAblico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Poder_p%C3%BAblico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_administrativo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_administrativo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Poder_p%C3%BAblico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ato_jur%C3%ADdico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Comunidade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil
https://pt.wikipedia.org/wiki/Imp%C3%A9rio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Patrimonialismo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Rep%C3%BAblica_Velha
https://pt.wikipedia.org/wiki/Nepotismo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Corrup%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Servi%C3%A7o_p%C3%BAblico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Era_Vargas
https://pt.wikipedia.org/wiki/Modelo_burocr%C3%A1tico_da_administra%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Modelo_gerencial_de_administra%C3%A7%C3%A3o_p%C3%BAblica
 
 
 
20 
 
cidadãos. Nos termos da Constituição brasileira de 1988, a administração 
pública deve seguir os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, 
publicidade e eficiência. 
Aspectos objetivo e subjetivo: 
Para alguns doutrinadores brasileiros, a administração pública é conceituada 
com base em dois aspectos: objetivo (também chamado material ou funcional) 
e subjetivo (também chamado formal ou orgânico). 
Sentido objetivo, material ou funcional (de atividade): a administração pública é 
a atividade concreta e imediata que o Estado desenvolve para a consecução 
dos interesses coletivos, sob regime jurídico de direito público. Neste sentido, a 
administração pública compreende atividades de intervenção, de fomento, 
o serviço público e o poder de polícia. 
Sentido subjetivo, formal ou orgânico (de pessoa): a administração pública é o 
conjunto de órgãos, pessoas jurídicas e agentes, aos quais a lei atribui o 
exercício da função administrativa do Estado. 
Neste sentido, a administração pública pode ser direta, quando composta pelos 
entes federados(União, Estados, Municípios e DF), ou indireta, quando 
composta por entidades autárquicas, fundacionais, sociedades de economia 
mista e empresas públicas. 
O sentido subjetivo do termo foi o preferido do legislador brasileiro, como se 
observa no Decreto-lei nº 200/67 e na Constituição de 1988. 
Segundo Hely Lopes Meireles, há 12 princípios básicos que regem a 
Administração Pública: 
 Legalidade; 
 Impessoalidade ou Finalidade; 
 Moralidade; 
 Publicidade; 
 Eficiência; 
 Proporcionalidade; 
 Razoabilidade; 
 Ampla Defesa; 
 Segurança Jurídica; 
 Supremacia do Interesse Público; 
 Contraditório; 
 Motivação. 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Doutrina_jur%C3%ADdica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_p%C3%BAblico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Intervencionismo_(economia)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fomento
https://pt.wikipedia.org/wiki/Servi%C3%A7o_p%C3%BAblico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Poder_de_pol%C3%ADcia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Autarquia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Funda%C3%A7%C3%A3o_p%C3%BAblica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sociedade_de_economia_mista
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sociedade_de_economia_mista
https://pt.wikipedia.org/wiki/Empresa_p%C3%BAblica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Princ%C3%ADpio_da_Legalidade
 
 
 
21 
 
PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
Princípio da Legalidade 
A Legalidade está no alicerce do Estado de Direito, no princípio da autonomia 
da vontade. É um dos mais importantes para a Administração Pública. Baseia-
se no Art. 5º da CF, que diz que "ninguém será obrigado a fazer ou deixar de 
fazer alguma coisa senão em virtude de lei", pressuposto de que tudo o que 
não é proibido, é permitido por lei. Mas o administrador público deve fazer as 
coisas sob a regência da lei imposta. Portanto, só pode fazer o que a lei lhe 
autoriza. Ele não pode se distanciar dessa realidade, caso contrário será 
julgado de acordo com seus atos. 
 
Princípio da Impessoalidade 
A imagem de administrador público não deve ser identificada quando a 
Administração Pública estiver atuando. Outro fator é que o administrador não 
pode fazer sua própria promoção, tendo em vista seu cargo, pois esse atua em 
nome do interesse público. E mais, ao representante público é proibido o 
privilégio de pessoas específicas. Todos devem ser tratados de forma igual. 
 
Princípio da Moralidade 
Esse princípio tem a junção de Legalidade com Finalidade, resultando em 
Moralidade. Ou seja, o administrador deve trabalhar com bases éticas na 
administração, lembrando que não pode ser limitada na distinção de bem ou 
mal. Não se deve visar apenas esses dois aspectos, adicionando a ideia de 
que o fim é sempre será o bem comum. A legalidade e finalidade devem andar 
juntas na conduta de qualquer servidor público, para o alcance da moralidade. 
 
Princípio da Publicidade 
Na Publicidade, o gerenciamento deve ser feito de forma legal, não oculta. A 
publicação dos assuntos é importante para a fiscalização, o que contribui para 
ambos os lados, tanto para o administrador quanto para o público. Porém, a 
publicidade não pode ser usada de forma errada, para a propaganda pessoal, 
e, sim, para haver um verdadeiro controle social. 
 
 
 
 
22 
 
Princípio da Eficiência 
O administrador tem o dever de fazer uma boa gestão. É o que esse princípio 
afirma. O representante deve trazer as melhores saídas, sob a legalidade da 
lei, bem como mais efetiva. Com esse princípio, o administrador obtém a 
resposta do interesse público e o Estado possui maior eficácia na elaboração 
de suas ações. Esse princípio anteriormente não estava previsto na 
Constituição e foi inserido após a Emenda Constitucional nº 19/98, relativo a 
Reforma Administrativa do Estado. 
 
Todos os Poderes devem observar os princípios da Administração Pública, no 
exercício de atividades administrativas e em todas as esferas de governo, 
União, Estados, Distrito Federal e Municípios, tanto na administração direta 
quanto na indireta, conforme artigo 37, caput, da CF/88, quando diz, 
“Administração Pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerão aos princípios da 
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência”. 
A lista de princípios pode ser ampliada com outros princípios que norteiam a 
Administração Pública Direta, Indireta e Fundacional. O art. 2º da Lei 
Federal 9.784/99, que trata sobre o processo administrativo no âmbito da 
Administração Pública Federal, diz que “a Administração Pública obedecerá, 
dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, motivação, 
razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, 
segurança jurídica, interesse público e eficiência”. 
Art. 2o A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da 
legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, 
ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência. 
Parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados, entre 
outros, os critérios de: 
I - atuação conforme a lei e o Direito; 
II - atendimento a fins de interesse geral, vedada a renúncia total ou parcial de 
poderes ou competências, salvo autorização em lei; 
III - objetividade no atendimento do interesse público, vedada a promoção 
pessoal de agentes ou autoridades; 
IV - atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé; 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/2186546/artigo-37-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11324871/artigo-2-da-lei-n-9784-de-29-de-janeiro-de-1999
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104076/lei-de-procedimento-administrativo-lei-9784-99
 
 
 
23 
 
V - divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as hipóteses de 
sigilo previstas na Constituição; 
VI - adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, 
restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao 
atendimento do interesse público; 
VII - indicação dos pressupostos de fato e de direito que determinarem a 
decisão; 
VIII – observância das formalidades essenciais à garantia dos direitos dos 
administrados; 
IX - adoção de formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de 
certeza, segurança e respeito aos direitos dos administrados; 
X - garantia dos direitos à comunicação, à apresentação de alegações finais, à 
produção de provas e à interposição de recursos, nos processos de que 
possam resultar sanções e nas situações de litígio; 
XI - proibição de cobrança de despesas processuais, ressalvadas as previstas 
em lei; 
XII - impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem prejuízo da atuação 
dos interessados; 
XIII - interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o 
atendimento do fim público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova 
interpretação. 
 
Art. 3o O administrado tem os seguintes direitos perante a Administração, sem 
prejuízo de outros que lhe sejam assegurados: 
I - ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão facilitar 
o exercício de seus direitos e o cumprimento de suas obrigações; 
II - ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a 
condição de interessado, ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles 
contidos e conhecer as decisões proferidas; 
III - formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, os quais 
serão objeto de consideração pelo órgão competente; 
IV - fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando obrigatória 
a representação, por força de lei. 
 
 
 
24 
 
BENS PÚBLICOS 
 
Tais bens podem ser de qualquer espécie, móveis, imóveis, e até incorpóreos, 
como direitos de créditoe ações. A doutrina divide os bens públicos entre 
aqueles de Domínio Público, quando forem destinados ao uso de toda a 
coletividade, como as praças, as estradas, os rios e praias, ou de Domínio 
Privado do Estado, quando consistirem em propriedade privada da 
Administração Direta e Indireta. 
 
 
Bem público Bem pertencente a algum Estado. 
 
 
Os bens públicos podem ser classificados utilizando-se diversos critérios. 
Quanto a sua titularidade, podem eles ser divididos 
entre Federais, Estaduais e Municipais, de acordo com a entidade a que 
estejam vinculados. 
Quanto ao seu regime jurídico, pode-se dividi-los entre bens de Domínio 
Público, que são aqueles voltados ao atendimento da população em geral, 
sendo inalienáveis, e de Domínio Privado do Estado, que consistem na 
propriedade privada dos entes da Administração Pública, que tem total domínio 
sobre o bem e podem dispor dele como julgar adequado, inclusive podendo se 
desfazer do bem por alienação. 
Quanto a sua finalidade, podem ser os bens de uso comum do povo, quando a 
própria natureza do bem ou a lei estatuam ser este bem de uso coletivo, bens 
de uso especial, quando são destinados a serem utilizados pela administração 
pública, e os dominicais, que não possuem finalidade específica, consistindo 
em propriedade privada da administração pública. 
O Código Civil Brasileiro divide os bens públicos em três categorias, cada qual 
com suas regras próprias: 
I - bens de uso comum do povo: são aqueles que toda população pode usar, 
como estradas, ruas, praças, rios e mares. Embora os bens desta categoria 
pertençam a uma entidade estatal, esta entidade não pode aliená-los nem 
dispor deles de qualquer maneira, tal como faria com uma propriedade privada. 
O ente titular destes bens deve garantir a finalidade de uso coletivo, não 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cr%C3%A9dito
https://pt.wikipedia.org/wiki/A%C3%A7%C3%A3o_(finan%C3%A7as)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Propriedade_privada
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bem_(economia)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Estado
https://pt.wikipedia.org/wiki/Governo_federal_do_Brasil
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ente_federativo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Municipalismo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Propriedade_privada
 
 
 
25 
 
cabendo nenhum tipo de restrição à circulação de pessoas ou cobrança de 
taxa para uso destes bens. O estabelecimento de pedágio, por exemplo, 
desconfigura o caráter de bem de uso comum do povo da rodovia e a torna 
bem de uso especial. 
II - bens de uso especial: são aqueles que o estado usa para realizar seus 
serviços, como os prédios aonde funcionam universidades públicas, os 
edifícios dos hospitais públicos, as viaturas de polícia, etc. Estes bens não são 
de livre acesso por qualquer um da população, como ocorre nos bens de uso 
comum do povo, havendo restrições quanto a quem pode acessar aquele 
ambiente, muitas vezes restringindo o seu uso apenas a agentes públicos, ou 
então há a exigência de pagamento de taxa, como ocorre nas rodovias com 
pedágio. Por possuírem finalidade pública definitiva, estes bens também são 
inalienáveis. 
III - bens dominicais: são aqueles sobre os quais a administração pública 
possui total direito de propriedade, podendo usá-los e dispor deles como 
desejar, tendo inclusive o poder de aliená-los. 
 
Na regra geral, os bens públicos são impenhoráveis, imprescritíveis, e é 
proibida a sua oneração. 
Impenhorabilidade dos bens públicos: A impenhorabilidade destes bens 
decorre da previsão constitucional contida no art. 100 da Constituição Federal 
Brasileira, que proíbe a penhora para pagamento de dívidas da Administração 
Pública. 
Imprescritibilidade dos bens públicos: Os bens públicos são imprescritíveis, 
não perece o direito do estado sobre eles, portanto os bens públicos não são 
sucessíveis de aquisição por usucapião. 
Não-oneração: Não podem os bens públicos ser onerados como garantia por 
penhor, anticrese ou hipoteca 
 
 
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26 
 
ÓRGÃOS E AGENTES PÚBLICOS 
 
Órgão público é um conjunto de competências criado pelo Estado para 
representar sua opinião em determinadas matérias. É importante saber que os 
órgãos públicos não possuem personalidade jurídica ou capacidade 
processual, dessa maneira respondem pelos seus atos o ente federativo 
(União, Distrito Federal, Estado ou Município) que o criou. 
 Os órgãos públicos são resultado da desconcentração da função 
administrativa, que é a distribuição de competências da entidade entre núcleos 
menores e subordinados de atuação. 
São diversos os critérios adotados pela doutrina brasileira para classificar os 
órgãos públicos: 
 
Quanto à Esfera de ação 
Centrais: aqueles cujas atribuições são exercidas em todo o território nacional, 
estadual ou municipal, conforme o ente político do poder executivo a que 
estiver ligado. São os Ministérios, as Secretarias de Estado e as de Município, 
respectivamente. 
Locais: são aqueles cuja atuação se dá numa parte específica do território. É o 
caso das Delegacias Regionais da Receita Federal e das Delegacias de 
Polícia. 
 
Quanto à Posição Estatal 
a) Independentes: Têm suas competências definidas pelo texto constitucional e 
são representativos dos três poderes do Estado. São considerados o mais alto 
escalão do governo, sem qualquer subordinação hierárquica ou funcional e 
sujeitos apenas ao controle constitucional de um sobre o outro. Entram nessa 
categoria as Casas Legislativas, a Chefia do Executivo (tendo seus agentes 
inseridos por meio de eleições) e os Tribunais. 
b) Autônomos: estão localizados na cúpula da administração e gozam de 
autonomia administrativa, técnica e financeira, estando subordinados 
diretamente à chefia dos órgãos independentes. São exemplos: os Ministérios, 
o Serviço Nacional de Informações e o Ministério Público. 
 
 
 
27 
 
c) Superiores: são órgãos de direção, controle e comando, porém sujeitos à 
subordinação e ao controle hierárquico de suas chefias. Além disso, não 
possuem autonomia administrativa nem financeira. É o caso das 
coordenadorias, gabinetes e departamentos. 
d) Subalternos: exercem atribuições de mera execução e possuem reduzido 
poder decisório. Eles encontram-se subordinados hierarquicamente aos órgãos 
superiores de decisão. São exemplos as seções de expediente, de material, de 
portaria etc. 
 
Quanto à Estrutura 
A classificação quanto à estrutura leva em consideração, a partir do órgão 
analisado, se existe ou não um processo de desconcentração, se há 
ramificações que levam a órgãos subordinados ao órgão analisado. 
a) Simples ou Unitários: são constituídos por um único centro de atribuições, 
sem subdivisões internas, independentemente do número de cargos. É o caso 
do Gabinete da Presidência da República. 
b) Compostos: são aqueles que reúnem em sua estrutura diversos outros 
órgãos, como é o caso dos Ministérios, que possuem várias ramificações até 
chegar aos órgãos unitários, onde não há mais divisões. 
 
Quanto à Composição ou Atuação Funcional 
a) Singulares: são aqueles cujas decisões são atribuições de um único agente. 
Assim, ainda que possuam agentes auxiliares, um deles é o titular, o 
responsável pelas principais decisões a serem tomadas. Temos como exemplo 
a Presidência da República 
b) Colegiados: a atuação e as decisões dos órgãos colegiados acontecem 
mediante obrigatória manifestação conjunta de seus membros. O Tribunal de 
Impostos e Taxas é um exemplo. 
 
Agentespúblicos são todos aqueles que, a qualquer título, executam uma 
função pública como prepostos do Estado. 
São integrantes dos órgãos públicos, cuja vontade é imputada à pessoa 
jurídica. 
 
 
 
28 
 
ADMINISTRAÇÃO DIREITA E INDIRETA 
 
A Administração Pública é dividida em administração direta e indireta. A 
administração direta é composta pelos órgãos diretamente ligados aos entes 
da federação: União, estados, Distrito Federal e municípios. A administração 
indireta é feita por órgãos descentralizados e autônomos, mas sujeitos ao 
controle do Estado. 
A Administração Direta corresponde à prestação dos serviços públicos 
diretamente pelo próprio Estado e seus órgãos. 
Indireto é o serviço prestado por pessoa jurídica criada pelo poder público para 
exercer tal atividade. 
Assim, quando a União, os Estados-membros, Distrito Federal e Municípios, 
prestam serviços públicos por seus próprios meios, diz que há atuação da 
Administração Direita. Se cria autarquias, fundações, sociedades de economia 
mista ou empresas públicas e lhes repassa serviços públicos, haverá 
Administração Indireta. 
Segundo o inciso XIX do art. 37 da CF/88, alterado pela EC nº 19/98, somente 
compõem a administração Pública Indireta as autarquias, fundações, 
sociedades de economia mista e empresas públicas, e nenhuma outra 
entidade, valendo essa regra para todos os entes da federação. No âmbito 
federal, essa enumeração já era vista no Decreto-Lei 200/67, recepcionado 
pela CF/88. 
Chama-se centralizada a atividade exercida diretamente pelos entes estatais, 
ou seja, pela Administração Direita. Descentralizada, por sua vez, á a atividade 
delegada (por contrato), ou outorgada (por lei), para as entidades da 
Administração Indireta. 
Quando o Estado cria pessoas jurídicas de direito público (autarquias ou 
fundações públicas), estas acabam por ter quase todas as características da 
Administração Direta. Algumas características próprias da Administração 
Direta, como a imunidade tributária, possibilidade de rescisão ou alteração de 
contratos administrativos, impenhorabilidade de seus bens, sujeição ao 
princípio da legalidade, licitação, concursos públicos etc., também fazer parte 
das características da autarquias e fundações públicas. 
Os serviços públicos prestados pela Administração Pública direta e indireta 
envolvem as mais diversas áreas de interesse coletivo, como saúde, educação, 
transporte, previdência, segurança pública e desenvolvimento econômico. 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/2186546/artigo-37-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/121113126/emenda-constitucional-19-98
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104099/decreto-lei-200-67
 
 
 
29 
 
AUTARQUIAS / FUNDAÇÕES 
 
As autarquias são o que chamamos de pessoas jurídicas de direito público. De 
direito público significa que apenas o Estado pode criá-las (o Zezinho das 
Couves não pode criar uma autarquia). Elas não exercem atividades industriais 
ou comerciais, mas apenas aquelas relacionadas ao interesse da sociedade. 
Tradicionalmente são definidas como entidades criadas por leis específicas 
para a realização de atividades especializadas de forma descentralizada. 
As fundações são pessoas jurídicas de direito privado (ainda quando sejam 
estabelecidas pelo governo). As fundações públicas, assim como as privadas, 
visam objetivos não-econômicos. Elas não visam lucro. São constituídas 
visando algo diferente do mero retorno financeiro direto, como a educação, a 
saúde, o amparo ao trabalhador etc. Assim, a Fundacentro (ligado ao Ministério 
do Trabalho) visa difundir conhecimento sobre segurança e saúde no trabalho 
e meio ambiente; o IBGE (Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e 
Estatística) visa compreender e apoiar o desenvolvimento do Brasil através da 
coleta de informações estatísticas; a Funai (Fundação Nacional do Índio) visa o 
amparo das populações indígenas, etc. Nenhuma delas objetiva dar lucro. 
A descentralização pode ser feita de várias formas, dentre estas destaca-se a 
descentralização por serviços, que se verifica quando o poder público (União, 
Estados, Municípios ou Distrito Federal) cria uma pessoa jurídica de direito 
público ou privado e a ela atribui à titularidade e a execução de determinado 
serviço público, surgindo às entidades da Administração Indireta. 
 
 
São consideradas entidades da Administração Indireta no direito moderno a 
Autarquia, a Empresa Pública, a Sociedade de Economia Mista e as 
Fundações Públicas. 
 
 
A fundação instituída pelo Poder Público caracteriza-se por ser um patrimônio, 
total ou parcialmente público, a que a lei atribui personalidade jurídica de direito 
público ou privado, para consecução de fins públicos; quando tem 
personalidade pública, o seu regime jurídico é idêntico ao das autarquias, 
sendo por isso mesmo, chamada de autarquia fundacional, em oposição a 
autarquia corporativa. As fundações de direito privado regem-se pelo Direito 
Civil em tudo o que não for derrogado pelo direito público. 
 
 
 
30 
 
CONCESSÃO E PERMISSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO 
 
É um ato administrativo por meio do qual a administração pública possibilita ao 
particular a realização de alguma atividade de predominante interesse deste, 
ou a utilização de um bem público. 
Alguns doutrinadores entendem que a autorização de serviço público encontra 
guarida no Art. 21, incisos XI e XII. A maioria entende incabível, em face do 
art. 175 da CF: Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob 
regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação 
de serviços públicos. 
 
Permissão 
É ato administrativo discricionário e precário mediante o qual é consentida ao 
particular alguma conduta em que exista interesse predominante da 
coletividade. 
Lei 8.987/95, Art. 2º, IV - permissão de serviço público: a delegação, a título 
precário, mediante licitação, da prestação de serviços públicos, feita pelo poder 
concedente à pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade para seu 
desempenho, por sua conta e risco. 
 
Concessão 
É o contrato entre a Administração Pública e uma empresa particular, pelo qual 
o governo transfere ao segundo a execução de um serviço público, para que 
este o exerça em seu próprio nome e por sua conta e risco, mediante tarifa 
paga pelo usuário, em regime de monopólio ou não. 
Lei 8.987/95, Art. 2º, II - concessão de serviço público: a delegação de sua 
prestação, feita pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade 
de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre 
capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo 
determinado. 
 
Contrato administrativo (art. 4º, Lei 8.987/95) 
 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10659529/artigo-175-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033819/lei-de-concessoes-lei-8987-95
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11583235/artigo-2-da-lei-n-8987-de-13-de-fevereiro-de-1995
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11583089/inciso-iv-do-artigo-2-da-lei-n-8987-de-13-de-fevereiro-de-1995
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033819/lei-de-concessoes-lei-8987-95
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11583235/artigo-2-da-lei-n-8987-de-13-de-fevereiro-de-1995
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11583153/inciso-ii-do-artigo-2-da-lei-n-8987-de-13-de-fevereiro-de-1995
 
 
 
31 
 
CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
No Brasil, qualquer atuação administrativa está condicionada 
aos princípios expressos no art. 37 da Constituição brasileira. O controle da 
administração pública é regulamentado atravésde diversos atos normativos, 
que trazem regras, modalidades e instrumentos para a organização desse 
controle. 
 
Controle da Administração Pública 
 
Orientação e correção que um Poder, órgão ou autoridade exerce sobre a 
conduta funcional de outro. 
 
O controle judiciário ou judicial é o exercido pelos órgãos do Poder Judiciário 
sobre os atos administrativos exercidos pelos Poderes Executivo, Legislativo e 
do próprio Judiciário – quando este realiza atividade administrativa, sendo 
exercido, por via de regra, posteriormente. 
Os atos administrativos podem ser anulados mediante o exercício do controle 
judicial, mas nunca revogados. A anulação ocorrerá nos casos em que a 
ilegalidade for constatada no ato administrativo, podendo a anulação ser feita 
pela própria Administração pública ou pelo Poder Judiciário, e terá efeitos 
retroativos, desfazendo as relações resultantes do ato. Entretanto, a regra de o 
ato nulo não gerar efeitos há que ser excepcionada para com os terceiros de 
boa-fé que tenham sido atingidos pelos efeitos do ato anulado. Em relação a 
esses, em face da presunção de legitimidade que norteia toda a atividade 
administrativa, devem ser preservados os efeitos já produzidos na vigência do 
ato posteriormente anulado. 
O controle judicial da administração pública pode ser feito pelos seguintes 
meios: 
 Habeas corpus; 
 Habeas data; 
 Mandado de segurança individual; 
 Mandado de segurança coletivo; 
 Ação popular; 
 Ação civil pública. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil
https://pt.wikipedia.org/wiki/Princ%C3%ADpio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Constitui%C3%A7%C3%A3o_brasileira
https://pt.wikipedia.org/wiki/Poder
https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%93rg%C3%A3o_p%C3%BAblico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Autoridade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Revoga%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Administra%C3%A7%C3%A3o_p%C3%BAblica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Poder_Judici%C3%A1rio
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Efeito_retroativo&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Efeito_retroativo&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Habeas_corpus
https://pt.wikipedia.org/wiki/Habeas_data
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mandado_de_seguran%C3%A7a
https://pt.wikipedia.org/wiki/A%C3%A7%C3%A3o_popular
https://pt.wikipedia.org/wiki/A%C3%A7%C3%A3o_civil_p%C3%BAblica
 
 
 
32 
 
Formas de Controle: 
 
Controle interno: é aquele exercido pela entidade ou órgão que é o 
responsável pela atividade controlada, no âmbito de sua própria estrutura. 
Todo superior hierárquico poderá exercer controle administrativo nos atos de 
seus subalternos, sendo, por isso, responsável por todos os atos praticados em 
seu setor por servidores sob seu comando. 
Controle externo: é o que se realiza por órgão estranho à Administração 
responsável pelo ato controlado. 
Controle externo popular: refere-se à existência de mecanismos que 
possibilitem a verificação da regularidade da atuação da administração por 
parte dos administrados, impedindo a prática de atos ilegítimos, lesivos tanto 
ao indivíduo como à coletividade. 
Controle prévio ou preventivo (a priori): é exercido antes do início ou da 
conclusão do ato administrativo, sendo um requisito para 
sua eficácia e validade. 
Controle concomitante: é exercido durante o ato, acompanhando a sua 
realização, com o intento de verificar a regularidade de sua formação. 
Controle subsequente ou corretivo (a posteriori): é exercido após a 
conclusão do ato, tendo como intenção, corrigir eventuais defeitos, declarar 
sua nulidade ou dar-lhe eficácia, a exemplo da homologação 
na licitação. O controle judicial dos atos administrativos, por via de regra é um 
controle subsequente. 
Controle de legalidade ou legitimidade: é o que objetiva verificar unicamente 
a conformação do ato ou do procedimento administrativo com as normas legais 
que o regem. 
Controle de mérito: tem como objetivo a verificação da eficiência, da 
oportunidade, da conveniência e do resultado do ato controlado. 
Controle hierárquico: é aquele que resulta automaticamente do 
escalonamento vertical dos órgãos do Poder Executivo, em que os inferiores 
estão subordinados aos superiores. 
Controle finalístico: é o controle exercido pela Administração direta sobre as 
pessoas jurídicas integrantes da Administração indireta. 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Administra%C3%A7%C3%A3o_indireta
https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%93rg%C3%A3o_p%C3%BAblico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ato_administrativo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Efic%C3%A1cia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Validade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Nulidade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Licita%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Controle_judicial
https://pt.wikipedia.org/wiki/Poder_Executivo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Administra%C3%A7%C3%A3o_direta
https://pt.wikipedia.org/wiki/Administra%C3%A7%C3%A3o_indireta
 
 
 
33 
 
PODER VINCULADO / PODER DISCRICIONÁRIO / PODER HIERÁRQUICO 
 
Poder vinculado 
Parte da doutrina entende que não é um poder, mas sim a mera observância 
dos ditames legais. Entendem que é um tipo de ato administrativo. 
Trata-se do dever da Administração de obedecer a lei em uma situação 
concreta em que ela só possui esta opção (a Administração fica inteiramente 
presa ao enunciado da lei). Só há um único comportamento possível, e ele é o 
que a lei determina. O administrador não tem liberdade de atuação, apenas 
deve seguir o que a lei prescreve. 
 
Poder discricionário 
Para os que defendem ser poder, é este exercido em situação em que é 
possível juízo de conveniência e oportunidade. Há mais de um comportamento 
possível. A escolha do ato se dá com base em juízo de valor, observando 
a conveniência e a oportunidade. O administrador certa liberdade de 
atuação (mas dentro da lei). 
 
Poder hierárquico (ou decorrente de hierarquia) 
É utilizado pela Administração para que ela possa organizar, estruturar, 
estabelecer relações de coordenação e subordinação entre seus órgãos e seus 
servidores (distribuir competências internamente). 
 
Há 4 espécies de poderes da Administração Pública. São eles: 
 Poder normativo (ou regulamentar) 
 Poder hierárquico 
 Poder disciplinar 
 Poder de polícia 
 
Vamos estudar um pouco mais sobre os Poderes da Administração Pública 
Os poderes da Administração Pública são instrumentos que o Estado tem para 
preservar o interesse público. 
 
 
 
34 
 
PODER DISCIPLINAR / PODER REGULAMENTAR / PODER DE POLÍCIA 
 
Poder disciplinar 
O poder disciplinar serve para apurar infrações e aplicar sanções, aos agentes 
públicos pela lei, aos contratados, pela lei e pelo contrato e, segundo parte da 
doutrina, aos particulares submetidos à disciplina da Administração. 
O poder disciplinar é discricionário (em geral) de forma limitada. Outorga-se à 
Administração a possibilidade de avaliar, no momento da aplicação da pena, 
qual será a sanção correta (pela definição da infração), assegurado o 
contraditório e a ampla defesa, e qual será a quantificação da sanção. 
 
Poder Regulamentar 
Poder de editar regulamentos. O poder regulamentar do empregador exerce-se 
mediante ordens genéricas de serviço, por instruções e, sobretudo, pelo 
regulamento da empresa. O empregador, por muito tempo, pôde exercer este 
poder arbitrariamente no seu exclusivo interesse. Era livre para fixar o 
conteúdo do regulamento. Dois procedimentos limitam atualmente o poder 
regulamentar do chefe da empresa: 
a) a intervenção da autoridade pública na sua elaboração; 
b) a atuação do caráter unilateral do regulamento por meio dos órgãos de 
representação do pessoal. 
 
Poder de polícia 
O poder de polícia objetiva condicionar/limitar/restringir/disciplinar o exercício 
dos direitos e atividades de particulares para a preservação do interesse 
público. Assim, visa garantir o bem estar coletivo, buscando assegurar que não 
sejam os direitos

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