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DIREITO ADMINISTRATIVO I
BIBLIOGRAFIA: Maria Silva Zanela de Pietro – Manual de Direito Administrativo; Direito Administrativo Brasileiro – Eili Lopes Meileris; Curso de Direito Administrativo do Celso Antônio Bandeira de Melo; Alexandre Massa - Editora Saraiva; 
PROVA 1 – 29 de março
PROVA 2 – 10 de maio 
AVALIAÇÃO GLOBAL - 
Direito Administrativo I: 
· Origem (evolução histórica);
· Objeto;
· Conceito;
· Fontes (C.F. etc);
· Regime Jurídico e a constitucionalização do Direito Administrativo; 
· Princípios da Administração (Art.37 da C.F., LIMPE – Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência). Razoabilidade e Proporcionalidade; 
· Administração Pública (conceito, atividade administrativa, hierarquia, organização, o que é administração pública direta – quando o Estado exerce diretamente pela sua pessoa jurídica um ato e indireto – regime jurídico da previdência social, INSS, fala-se de uma autarquia etc); 
· Poderes administrativos (a administração é realizada por entes que possuem poder. Poder não é dividido, dividem-se as funções (Montesquieu)). Dentro da função administrativa há alguns poderes como, por exemplo, poderes políticos e administrativos. Poder de polícia e assim por diante. Abuso de poder pode constitui em uma ação administrativa e ação penal. 
· Como a atividade administrativa é exercida (a atividade administrativa é exercida através dos atos administrativos). Espécies destes atos. Conceito, classificação, espécies, ato jurídico, ato administrativo, diferença básica e necessária entre ato discricionário (conveniência ou oportunidade daquele que esta praticando e pode ferir se o prefeito resolver fazer 30 creches. Ato discricionário é revogado pela administração pública, somente, o poder judiciário somente anula o ato) e ato vinculado. 
· Agentes Públicos (aqueles que praticam os atos), agente político, não político, sistema remuneratório, responsabilidade etc. 
· Responsabilidade civil do Estado. Responsabilidade estatal x patrimonial x não patrimonial. Fundamento da responsabilidade. Em regra a responsabilização do Estado é objetiva, objetiva independe de culpa do agente (lista de precatório), atividade pode ser de risco ou estatal. Mas poderá ser subjetiva, sendo necessário provar a culpa, nexo de causalidade etc. 
1. ORIGEM
Na Idade Média até o Século XVII e XVIII não havia a possibilidade, já que quem mandava era sempre o rei absolutista. O Direito Administrativo iniciou com o início das revoluções burguesas e, especificamente, com a Revolução Francesa, que acabou sendo difundido com os lemas fraternidade, igualdade e liberdade.
O que vigia na época do absolutismo era o Estado de Polícia, já que a função do Estado era manter a ordem pública através do Direito Ilimitado de Administrar. Ou seja, o rei ou soberano fazia o que queria. O rei, soberano não se submetia ás regras que ele criava. Surge a teoria da irresponsabilidade de Estado atribuída nesta época, pois o rei criava as regras, já que tinha uma liberdade para administrar, mas ele mesmo não se submetia a essas regras. 
O rei, soberano ou imperador era a figura do Estado no absolutismo, logo, havia a teoria da irresponsabilidade do Estado, visando que o rei não responderia pelos seus atos e, por isso, tinha o poder soberano sobre todas as pessoas e coisas. 
Mesmo depois das conquistas do Estado Moderno esta teoria ainda persistiu em alguns Estados (Oriente Médio), mas na maioria dos países o Estado possui responsabilidade civil. 
Código de Justiniano – nos 3 últimos livros do Código eram destinados a administração e tributos. Autores que colaboraram como Sasoferrato, 1313 d.C., final do Império.
O Direito Administrativo ganha sua autonomia, pois o Estado começa a interferir mais na vida das pessoas. Assim, o Direito Administrativo nasce com o Direito Constitucional, praticamente. Nascem quando há um Estado mais organizado, moderno. Os governantes passam a se submeter às regras, tal como o princípio da legalidade. 
O devido processo legal, antes de suas alterações, dizia que “ninguém será privado de seus bens e liberdade sem ser observado o devido processo legal”, tal qual é dito atualmente. Até o João Sem Terra passou a se submeter a magna carta e ao devido processo legal. O Direito Administrativo vai caminhando junto, pois se haverá um Estado Organizado por uma Constituição é necessário uma administração para tal. 
O Direito Administrativo surge, necessariamente, com o Estado Moderno. “Só com o Estado Moderno que se cogitou regras, normas, delimitadoras da organização do Estado e de sua ação”. Aranha. 
Estabeleceram-se as prerrogativas de seus governantes e seus governados. Antes disso não se cogitava criar regras entre governantes e governados. Para alguns o Direito Administrativo é produtor e fruto exclusivo da Revolução Francesa e só existiria Direito Administrativo nos países adeptos dos princípios da revolução francesa. 
Diferença entre Estado Polícia e Estado de Bem Estar. O primeiro possui a ideia e função de assegurar a ordem pública, assim à interferência do Direito Administrativo é menos ampla, afinal, não seria nem muito necessário. Ou o Estado de Bem Estar é um Estado mais atuante e não se limita a manutenção da ordem pública, mas desenvolvem inúmeras outras atividades, tais como saúde, assistência, previdência etc, com o objetivo do bem estar da coletividade. 
O Direito Administrativo serve para regras normas e princípios entre o Estado e o Administrado, ou seja, Administrador e Administrado. 
Foi criado na França um sistema de regras novo. Pós-absolutismo. As questões administrativas que existiam antes do Estado novo Frances, criou-se o SISTEMA JURISDIÇÃO ADMINISTRATIVA. Ou seja, lá até hoje se chama de CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO, ou seja, todas as questões que envolvem Direito Administrativo são decididas pela jurisdição administrativa. 
As decisões proferidas com aptidão de coisa julgada não são revistas pelos tribunais. 
Existe coisa julgada no administrativo sim, no Brasil, mas sempre se pode buscar e rediscutir esta questão em juízo. O nosso sistema é o sistema inglês de jurisdição uma. Art. 5, XXXV, “A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciária lesão ou ameaça a direito”. Ou seja, a última palavra é do Judiciário. Diferentemente da França, que não se pode rever a decisão pelo Judiciário. 
Não se precisa buscar a esfera administrativa, no Brasil, pode-se buscar a esfera judicial. Em alguns casos, excepcionais, precisa buscar primeiro a esfera administrativa. Ex.: INSS. Não se pode querer a aposentadoria sem a prova negativa, o juiz não irá apreciar o pedido. 
Mas se eu requeri primeiro a esfera administrativa e esta nada fez, eu posso buscar auxilio judicial demonstrando que a esfera administrativa não me satisfez. São casos excepcionalíssimos. 
Art.217 CF. Estabelece a justiça desportiva. Há um código Brasileiro de justiça desportiva. Primeiro procura-se a justiça desportiva e então depois se procura a justiça comum. Nosso sistema é um sistema de jurisdição una. 
Mas pode-se falar em coisa julgada administrativa: é a decisão final proferida pela administração da qual não cabe mais recurso na esfera administrativa. 
OBS.: O fato de existir a coisa julgada administrativa, não impede da revisão desta decisão pelo poder judiciário, uma vez que o sistema adotado no Brasil é o inglês e jurisdição una. Art.5, XXXV, da C.F. 
2. OBJETO
É variado quanto a critérios para a verificação do objeto do Direito Administrativo. Embora no Brasil não se adote o ‘contencioso administrativo francês’, o Brasil, evidentemente, sofreu influências da França, Alemanha e Itália. 
Há alguns critérios para traçar o objeto do Direito Administrativo, segundo Diósgeno Gasparino, existem 6 correntes para a definição do objeto administrativo. Não existe Código de Direito Administrativo. Tiramos as fontes da C.F. e legislação esparsa, que gera uma séria de problemas. Seria muito melhor uma codificação para que pudéssemos ter uma visão panorâmica do sistema. 
Há a lei que trata do servidor público etc. Váriassão as legislações que tratam do Direito Administrativo. Melhor seria se tivéssemos um código. 
Critérios para encontrar seu objetivo: 
1. CRITÉRIO DA CORRENTE LEGALISTA: Segundo esta corrente o Direito Administrativo resume-se ao conjunto da legislação administrativa existente no país. Tal critério não deve ser considerado, pois é um tanto reducionista. Ele desconsidera o trabalho da doutrina que, evidentemente, traz a interpretação de todas as leis existentes dos princípios existentes etc. 
2. CRITÉRIO DO PODER EXECUTIVO: Este critério identifica-se o Direito Administrativo como um complexo de leis que vai regular a atuação do poder executivo. Crítica: não se divide o poder, mas sim suas funções. A função típica do executivo é administrar. Enquanto a do poder legislativa é de legislar, criar normas abstratas e a função do judiciário possui função típica de resolver os conflitos. Recentemente os carros dos senadores foram todos trocados em audis. Não se pode, simplesmente, pedir 15 carros audis, por exemplo. Pois o bem é público. Deve-se buscar o melhor negócio para a administração pública, faz-se uma LICITAÇÃO. O poder legislativo, então, compra o carro com a função atípica de administrar. A burocracia existente é necessária, pois se lida com bem público, mas as pessoas encontram brechas nessas licitações para fazer um direcionamento conveniente intencional na licitação. Este critério é inaceitável, pois segundo este critério só é direito administrativo as normas destinadas a regras as normas executivas e não é só o poder executivo que administra. Há outras funções que atuam atipicamente. Critério não aceito. 
3. CRITÉRIO DAS RELAÇÕES JURÍDICAS: Trata-se de um critério que se pretende definir o direito administrativo como disciplina das relações jurídicas entre administração pública e o particular. Crítica: este critério não pode ser aceito sem ressalvas, pois todos os ramos do direito público têm relações com o particular e o público. Ex.: Direito Processual. Não é por conta da relação do Estado com o particular que a disciplina da relação jurídica cuida do Direito Administrativo. O tributo que é gerado pelo INSS não é uma relação de Direito Administrativo, mas sim Tributário. 
4. CRITÉRIO DO SERVIÇO PÚBLICO: Critério muito utilizado pelos franceses. Ele tem como objeto a disciplina jurídica dos serviços públicos. Então, o Direito Administrativo disciplina juridicamente os serviços públicos. Este critério é insuficiente, pois nem toda administração é serviço público. Ex.: poder da polícia concessão. Não se pode condicionar o Direito Administrativo como Serviço Público tão simplesmente. A Administração Pública moderna exerce muitas outras atividades e não são considerados serviços públicos, ex.: poder de polícia ou atuação de fomento. 
5. CRITÉRIO TELEOLÓGICO OU FINALÍSTICO: Considera que o Direito Administrativo deve ser conceituado a partir da ideia de atividades que permitem ao Estado alcançar os seus fins. Este critério não é de todo ruim, mas é inconclusivo. Pois, nós temos uma série de dificuldades em definir quais são os sujeitos do Estado. Não se pode demonstrar qual é a garantia única do Estado, pois são várias garantias e não somente uma. 
6. CRITÉRIO NEGATIVISTA: Diante desta complexa tarefa de identificar o objeto do Direito Administrativo, alguns autores sustentam que a conceituação do Direito Administrativo deve ser feita por exclusão, ou seja, seriam pertinentes ao Direito Administrativo as questões não pertencentes ao objeto de nenhum outro ramo jurídico. Pois razões óbvias este critério é frágil, pois tudo o que for de outro ramo seria direito administrativo. 
7. CRITÉRIO FUNCIONAL: Segundo este critério o Direito Administrativo é o ramo jurídico que estuda a disciplina normativa da função administrativa, independentemente de quem esteja encarregado de exercê-la. Assim pode exercer o poder administrativo o poder judiciário, executivo e legislativo. O particular PODE exercer função administrativa, sim (questão de prova), indiretamente através de uma concessão ou delegação. O ensino é função do Estado, mas o Estado delega ao particular. O Ensino Superior é de competência da União. 
É necessário saber os critérios para criticar e debater. 
3. CONCEITO
	O Direito Administrativo é o complexo de princípios e normas reguladoras da função administrativa. 
Texto é precisamente o que está na lei. Enquanto a norma é a interpretação do texto. A norma é o fruto do texto de acordo, efetivamente, do contexto. A norma é o que se extrai do texto e do texto se pode extrair uma regra ou um princípio. 
Ex.: A C.F. artigo 93, IX, diz que os julgamentos são públicos e as decisões fundamentadas. Isto é uma regra constitucional. É regra. Na mesma C.F., art.5, inciso XIL, princípio do devido processo legal. 
O que é o devido processo legal não é dito especificamente pela Constituição. É fruto de uma construção histórica. 
4. REAÇÃO COM OUTROS RAMOS
O Direito Administrativo é um ramo autônomo da ciência jurídica que estuda a função administrativa. Mas que possui uma interdisciplinaridade com outros ramos. 
Direito Constitucional: Capítulo 7ª, Título III, Administração Pública. A Constituição fala sobre a desapropriação, restrição de bens, ação popular, competência para prestação de serviços públicos, contratação pública, concursos públicos, além de todos os princípios que regem a atividade administrativa estão presentes na Constituição. Assim, o Direito Administrativo está basicamente baseado no Direito Constitucional. A Constituição na metade do século passado para cá, tomou um lugar diferente. Após a Segunda Guerra Mundial o Direito passou a se modificar. A Carta Magna nada mais era do que um diploma para “inglês ver”, não possuía muita força normativa. Novo sistema: neoconstitucionalismo. A constituição não é mais o topo da pirâmide de Kelsen, mas está no centro do ordenamento que irradia seus princípios e regras, como o sol. Ou seja, todo o ramo jurídico tem que ser observado, analisado através da Constituição. A Constituição hoje tem força normativa e imediata. 
Direito Civil: O Direito Administrativo surge com uma característica mais presente a partir da Revolução Francesa, após o absolutismo. As regras de Direito comum que eram aplicadas por todos, começaram a ser aplicadas no Direito Administrativo, ou seja, houve uma migração das regras comuns ao Direito Administrativo, mas a partir da Revolução Francesa, tal como exemplo, a desapropriação. Há influência do Direito Civil. Estuda-se ato administrativo, a essência ou a gênese do ato administrativo está na teoria do ato jurídico, que se estuda no Direito Civil. A reação do Direito Administrativo com o Direito Civil é a influência dessas normas no Direito Administrativo. 
Direito Processual Civil: Lei recente de 1999, 9784 – Lei do Processo Administrativo. Relativamente recente. Foi baseada e subsidiada pelo processo civil, logo, a relação do Direito Administrativo e o Processo Civil é exatamente o Processo Administrativo. É baseado e subsidiário ao Processo Civil. Tal qual a lei 8429 de 92, também subsidiária ao Processo Civil, esta lei é Improbidade Administrativa, quem sancionou esta lei foi Fernando Collor de Melo. 
Direito do Trabalho: O Direito do Trabalho possui regime jurídico aplicado aos empregados públicos (há diferença entre empregados e funcionários públicos. O empregado público pode não ser admitido por concurso público, diferente do funcionário que deve ser admitido). Aos empregados públicos aplica-se o regime jurídico da CLT, diferente dos funcionários públicos, que é regido pelo Direito Administrativo. Alguns artigos e direitos da CLT são trazidos para o Direito Administrativo no que tange aos servidores públicos (regime estatutário). 
Direito Penal: Há algumas condutas que podem ser lesivas ao Administrativo, tanto quanto ao gestor como ao particular que entram no Direito Penal, a partir do art.312 e 319 do CP. Além da condenação penal propriamente dita, há a perda do cargo, trata-se de um efeito secundário da sentença penal queé a perda do cargo. 
Direito Processual Penal: A relação é o procedimento, ou seja, a forma de serem apurados os crimes-cometidas contra a administração pública. O Direito Administrativo possui uma legislação com competência concorrente em relação ao procedimento do Direito Penal, quanto aos funcionários públicos. Art.22 da C.F. Ato de probidade administrativa é errado, mas não necessariamente um crime. 
Direito Tributário: O Direito Tributário especificamente é uma especialização do Direito Administrativo, começou a surgir a partir da necessidade de criar regras para arrecadar tributos. É uma especialização do Direito Adm. Quando se necessita de regras para a arrecadação de tributos, para custear sua gestão. Os Arts.194 ao 208 do CTN (Código Tributário Nacional) trata sobre a Administração Tributária. Art.145, II, C.F., ao definir o fato gerador das taxas afirma que podem ser cobradas para remunerar serviços públicos divisíveis. 
Direito Financeiro: O direito financeiro é a disciplina jurídica que estuda a receita e as despesas públicas que são geradas pelo administrador público, o gestor público. Eis a relação intima do Direito Administrativo com o Direito Financeiro. O gestor público tem que prestar contas a sua gestão. Toda despesa tem que ter uma receita condizente ou que contempla esta despesa. Todo ano o administrador tem que enviar a sua lei orçamentária anual (LDO) e a ano plurianual. São três peças que dizem respeito às despesas. 
Direito Econômico: o Direito Econômico é um sub-ramo do Direito Administrativo que se especializa na compreensão das regras jurídicas aplicáveis a regulação estatal da economia. É a administração pública que interfere na economia, é necessário criar ferramentas para diminuir a inflação, por exemplo. Exemplo: CADE (Conselho de Administração e Defesa Econômica), competente para reprimir as infrações da ordem econômica. Lei 12529 de 2011, art.4. 
Direito Urbanístico: Ramo do Direito Administrativo que se volta ao estudo de instrumento para implementação da política urbana. A política urbana é a política pública. Ex.: plano diretor (lei municipal). Estatuto das Cidades. 
Direito Ambiental: Utiliza-se de vários instrumentos para a manutenção do meio ambiente. Tombamento público ou particular para patrimônio histórico. Medida administrativa ligada ao Direito Ambiental. Tombamento histórico. 
Direito Empresarial: Evidentemente é um ramo do Direito Privado e tem relação com o Direito Administrativo no que tange as empresas públicas ou mistas. Ex.: Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil etc. 
Direito Internacional Público: Tratados que o Brasil é signatário que o Brasil deve seguir como um todo. Trata-se de norma supra legal. O trato internacional tem aplicação imediata e normativa sem discutir. 
5. FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO
Os direitos emanam de uma relação jurídica. Há uma diferença entre texto e norma. O texto é aquilo que está posto, positivado na legislação e norma é aquilo que vamos extrair do texto. Pode-se extrair do texto uma regra ou um princípio. Do texto extra a regra e princípio, mas ambos são normas. A norma deve ser compreendida como um gênero e regra e princípio como espécies. A norma do art.X diz isso. 
REAÇÃO JURÍDICA
· PRIMÁRIA: Lei. Fonte primária é sempre a lei. A lei aqui deve ser compreendida em um sentido amplo. Ou seja, toda a espécie normativa. Todos os atos emanados do poder legiferante (legislativo) são fontes primárias do direito administrativo. Ex.: C.F., C.F.Estados, Leis ordinárias etc. A forma de produção de uma lei é precedida por um processo. Devido processo legal. Toda a forma de exercício de poder. Só exerce poder através de processo. O processo para ser devido substancial. Pode-se ter competência exclusiva da união, art.22 da C.F. Nestes casos só a união pode legislar. Qualquer espécie normativa, não importa o ente que ela é produzida, é ente federativo e, por isto este é complexo. 
· SECUNDÁRIA: 
· Doutrina: Nada mais é do que a lição dos mestres, estudiosos do direito. Que formam um sistema teórico de princípios aplicados ao direito positivo. O papel da doutrina é fazer com que exista uma congruência no direito. Serve também como uma fonte jurisprudencial. Jurisprudência que cita doutrina. 
· Jurisprudência: Emitir decisões reintegradas de um mesmo assunto é fazer jurisprudência. Dissídio coletivo é uma espécie de jurisprudência. Precedência, vem do common law. Decisão proferida em um processo que pode ser utilizada em outros processos como precedente. Súmulas é uma forma de uniformizar a jurisprudência. Essas súmulas orientam a produção jurisprudencial dos órgãos inferiores. Se a fundamentação do juiz for baseada em súmula, impede-se o recurso. A súmula impede o recurso. Art.103-A decreto 94, súmula vinculante. Somente o STF pode editar súmula vinculante. Assuntos mais polêmicos que já existiu. A súmula vinculante editada pelo STF vincula a todos, tanto a administração pública, como todos os particulares. Vincula a administração também. Lei que regula o art.103 A, 11.417 de 2006. Regula a edição e revogação de uma súmula vinculante. Repercussão geral tem o sentido de priorizar e aplicar o art.5, inciso setenta e oito, princípio da duração razoável do processo. Mandado de injunção até 2007. Tem um direito, mas não uma lei que regule este direito, 7793 de 89. 
· Costumes;
6. SISTEMAS ADMINISTRAIVOS
Quando se fala de sistemas administrativos deve-se verificar a origem. O sistema administrativo também pode ser chamado de Mecanismos de Controle. O que não se pode falar é que existem sistemas únicos, há sistema administrativo e jurisdicional em ambos, mas um pende mais do que em outro em cada sistema. 
CONTECIOSO: Criado na França, conhecido como sistema francês, todas as decisões ou a maioria delas que forem oriundas pela atividade administrativa serão resolvidas pela função administrativa. A correção dos atos administrativos é feitos pela própria administração pública. Ou seja, o sistema do contencioso administrativo também conhecido como sistema francês, preconiza a vedação à justiça comum do conhecimento e julgamento dos atos da administração, o que deve ser feito pelos próprios órgãos administrativos. Exceções: litígios decorrentes de atividades públicas com o caráter privado; repressão penal; propriedade privada; essas exceções quer dizer que nestes casos, necessariamente precisa da atividade jurisdicional. Os crimes de menor potencial ofensivo, Lei 9.099, se o indivíduo tem ficha limpa, sem antecedentes, ocorre uma transação penal (cidadão se submete a pena sem processo, não há processo, ele não é denunciado. Submete-se a pena sem que haja exceção). 
JURISDIÇÃO ÚNICA: Adotado pelo Brasil. Todas as questões envolvendo a administração pública ou não são resolvidas pelo poder judiciário, como regra. Previsto no Art.5, XXXV, C.F. Espécies de jurisdição: arbitragem, por exemplo. Não é monopólio do Estado a resolução dos conflitos, mas é a regra. Este sistema é o que predomina no Brasil, havendo a predominância da Justiça Comum (Poder Judiciário). Além das formas alternativas de resolução de conflito. A jurisdição especial são as cortes administrativas. Coisa julgada administrativa são os efeitos da decisão administrativa em razão do esgotamento da vida recursal. Mas não é coisa julgada material, pois se pode rever no judiciário. Assim, o mecanismo de controle é exercido pelo poder judiciário como palavra final. O juiz é competente para anular o ato do poder administrativo. Revogar, no entanto, não pode, pode apenas ser revogada pela própria atividade administrativa. A escolha de política pública é ato discricionário. Se este ato ferir a legalidade, ele pode ser anulado pelo poder judiciário. Atividade de justiça desportiva diz que para buscar justiça comum, primeiro devem-se esgotar todas as esferas da justiça desportiva, que são a esfera administrativa, Art. 217, C.F, parágrafo 1. 
ESTADO
CONCEITO: Sob o prisma constitucional é uma pessoa jurídica territorial soberana, também conhecida como nação politicamente organizada,dotada de personalidade jurídica própria de direito público e possui elementos e poderes. 
ELEMENTOS: Os elementos do Estado são: 	
· POVO: Componente humano;
· TERRITÓRIO: Base física; 
· GOVERNO SOBERANO: Elemento condutor do Estado; a soberania é o poder absoluto e indivisível e incontrastável de organizar-se e de conduzirem-se, segundo a vontade livre de seu povo e de fazer cumprir as suas decisões, inclusive pela força se necessário. Não existe Estado independente sem soberania. 
“PODERES” E FUNÇÕES DO ESTADO: Mesmo na clássica divisão de Montesquieu, não existe a divisão de poderes, existe apenas a função de divisão dos poderes. Até, pois, o poder é uno e indivisível. Dividem-se as funções do poder. Essas funções podem ser chamadas de elementos orgânicos. Para que a administração faça sua função ela precisa de prerrogativas. FUNÇÃO é a atividade exercida em nome e no interesse de terceiro. As funções do Estado podem ser divididas em típicas e atípicas. 
· FUNÇÃO LEGISLATIVA; 
· FUNÇÃO JUDICIÁRIA;
· FUNÇÃO ADMINISTRATIVA (EXECUTIVA): Administrar, função típica, mas não é só. Há uma série de atribuições. Critério da exclusão: o que não for legislativo ou judiciário é administrativo, tamanha a sua heterogeneidade, basicamente converte a lei em um ato individual e concreto, sem cria-la. A função administrativa são as funções rotineiras. 
· FUNÇÃO POLÍTICA: Também é exercida pelo Executivo (administrativo), mas difere da função rotineira. Ex.: Iniciativa da lei pelo poder executivo. Iniciativa da lei é do poder legislativo. Sanção e o veto, função política, pois, se por um acaso, esta lei for onerar os cofres públicos, de repente politicamente em uma política de finanças públicas não será interessante ainda que a lei seja aprovada. Declaração de estado de sítio, calamidade pública, estado de guerra. Etc. 
7. ADMINISTRAÇÃO
Governo e Administração são criações abstratas das leis, C.F. e atuam por intermédio dessas entidades. O Governo, em sentido formal, considera-se o conjunto de poderes e órgãos constitucionais. Sob o ponto de vista material, é o complexo de funções estatais básicas e, sob o enfoque operacional, é a condução política dos negócios públicos consistente em uma política de comando, de iniciativa, de fixação de objetivos do Estado, de manutenção da ordem jurídica vigente, o Governo faz isto através da soberania (poder absoluto e indivisível) sempre visando o interesse público. A responsabilidade do gestor administrativo é subjetiva, enquanto a responsabilidade do Estado é objetiva. Enquanto Administração Pública é o aparelhamento das funções básicas do Governo, ou seja, o exercício da atividade de Governo pelo Estado é feita através da administração. Assim, a administração é todo o aparelhamento do Estado pré-ordenado à realização de serviços visando à satisfação das necessidades coletivas. Assim a administração NÃO pratica atos do Governo, ela apenas EXECUTA os atos do Governo, esta prática do ato de execução varia de acordo com cada órgão da atividade administrativa e, por isto, é tão heterogêneo. Como não há codificação é complicado descrever qual a função da administração propriamente dita, pois é possível esta administração em diversos órgãos. 
Fernanda Marinella “A Administração pública pode ser conceituada como uma atividade neutra normalmente vinculada à lei ou a norma técnica, exercendo uma conduta hierarquizada sem responsabilidade constitucional e politica, mas com responsabilidade técnica e legal pela execução”. Assim, se o gestor ou prefeito, em uma decisão política, escolheu fazer mil creches, necessita-se fazer licitação para que a Administração as faça e tenha responsabilidade técnica. 
A natureza da administração pública é de munus público, ou seja, é um encargo, um dever de defesa conservação e aprimoramento dos bens e serviços da coletividade. Não se admite na administração pública qualquer desvio desta atividade. 
ATIVIDADE ADMINISTRATIVA: É a gestão de bens e interesses qualificados da comunidade. Esta gestão pode ser de âmbito federal, estadual e municipal seguindo os preceitos de direito e de moral, visando o bem comum, que decorre da República (res publica – coisa pública). 
8. REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO
Os Princípios e regras escolhidos de forma não aleatória que devem ser peculiares aos seus objetivos e devem especialmente guardar entre si uma correlação lógica. Uma correlação de coerência e unidade, compondo um regime. Exatamente com a falta da codificação é que precisamos nos debruçar sobre o estudo de cada um de uma forma mais apurada, pois os ramos que são mais apurados, as regras também são mais claras. 
O sistema do Direito Administrativo é muito esparso. Outros definem uma relação lógica entre princípio e subprincípio. 
DISTINÇÃO ENTRE PRINCÍPIOS E REGRAS
A distinção serve como um facilitador da aplicação dos direitos fundamentais. Quando existia uma lacuna na lei buscava-se o preenchimento da lacuna através de três formas. Que é a analogia, costumes e princípios gerais do direito. Assim, os princípios tinham uma característica de preencher lacunas apenas. 
Princípios, agora, são normas que obrigam aqueles que estão a eles sujeitos. O princípio deixa de ser uma mera recomendação, orientação para ser normas de eficácia normativa, obrigatória. O princípio como estado da busca de coisas é muito genérico. 
Hipótese fechada: A hipótese na norma é matar alguém. Hipótese fechada. 
Consequente determinado: Consequência é pena de 6 a quantos de prisão. Consequência determinada que é a pena. 
Hipótese aberta: Devido processo legal não é fácil de ser visualizado. 
Consequente aberta: A consequência também não. 
Deve-se adequar o princípio a realidade fática, pois quando o fato ocorrido não encontra o modelo na norma, ou seja, não existe uma subsunção (pois não se encontra o modelo na norma), quem traz é o juiz. A atividade jurisdicional é uma atividade criativa. Não há modelo do fato. 
O princípio deve ser geral e amplo, pois precisamos busca-los para preencher lacunas. Quando há dois princípios iguais, usa-se ponderação. 
O juiz não pode decidir sobre nenhum assunto que a parte não pode se manifestar (devido processo legal). 
Regras traz segurança jurídica e se caracteriza pela concretude. Quando o legislador faz a lei ele faz um exercício de abstração. Regras se caracterizam pela concretude. São mandamentos de definição que contém determinações sobre as situações fáticas e jurídicas possíveis e cuja amplitude é fixada antecipadamente. Uma exclui a outra. Se esta se aplica a outra pode não se aplicar. Os dois princípios podem se aplicar ao mesmo caso. As regras devem refletir os princípios. E, ao mesmo tempo, os princípios devem se exteriorizar nas regras. 
Norma é aquilo que a gente extrai do texto e deste texto podemos extrair tanto um princípio como uma regra. 
8.1. PRINCÍPIOS DO DIREITO ADMINISTRATIVO
LIMPE – Art. 37, caput, C.F.
São estes os princípios básicos. Mas há vários outros princípios que foram trazidos pela C.F. pela lei 9.784 de 99, Art.2. “A administração pública obedecerá dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência”. 
LEGALIDADE:
IMPESSOALIDADE:
MORALIDADE:
PUBLICIDADE:
EFICIÊNCIA:
Esses princípios se aplicam a toda atividade estatal de todos os entes e todos os poderes. Indireta são as autarquias (ex: INSS), fundações públicas, empresa pública( Caixa economia federal) e sociedade de economia mista(banco do Brasil, Petrobras). 
1) Legalidade: Celso Antonio de Melo “ o principio da legalidade é especifico do Estado de Direito, é justamente aquele que o qualifica,e que lhe dá identidade própria, por isso considerado basilar para o regime jurídico administrativo. Não confundir o principio da legalidade com a reserva legal, pois essa deve ter seu assunto tratado por lei especifica. O principio da legalidade para o direito público é um e para o direito privado é outro. O principio da legalidadeAplicado a administração publica diz que o administrador publico somente pode fazer o que a lei expressamente autorizar ou determinar, é um critério de submissão ou subordinação a lei. 
	Para o particular é dado fazer tudo o que a lei não proíbe. É um critério de não contradição da lei. 
2) Impessoalidade, deve visar sempre o interesse publico primário e sendo assim, não pode privilegiar ninguém. Seja por concurso público ou licitação não pode agir com perseguição ou favorecimento, sob pena de estar agindo de forma parcial, não isonômica. Simpatias ou animosidades, pessoais, políticas ou ideológicas, não podem interferir na conduta do administrador. Artigo 37 §1 CF diz respeito ao principio da impessoalidade. Sumula Vinculante n.13. 
Súmula Vinculante 13
A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal.
3) Moralidade: Fazer distinção entre moralidade social e moralidade administrativa. A moralidade social é a moralidade do administrador enquanto pessoa. E não pode ser confundida como moralidade administrativa. A moralidade é um conceito jurídico indeterminado. A jurisprudência verifica a falta da moralidade com a falta da legalidade. Mas, um ato administrativo imoral que seja legal. Falta de comportamento ético e de boa fé por parte do administrador. Lei 8429, 92. Improbidade Administrativa. A falta de moralidade causa improbidade administrativa. Art.5, inciso 73 da C.F. Moralidade Social é a moralidade do cidadão. A moralidade administrativa é a busca por bons resultados. 
4) Publicidade: Na gestão da coisa pública as praticas dos atos administrativos devem ser públicos. O administrador deve agir com publicidade. Não se pode ter ato secreto, como regra. A publicidade também é condição de eficácia do ato administrativo. Publicidade dá legitimidade ao ato. O ato que é existente e válido, só produz efeitos para a coletividade quando é publicado. É a partir da publicidade que se inicia a contagem de prazo. Lei 12.527 de 2011 que regulamentou alguns dispositivos da Constituição. Garante o Direito a informação, art.35, inciso XXIII. Art.5, inciso 72 – garantia fundamental que é o habeas data. Garantia do Direito a certidão também. EXCEÇÕES A PUBLICIDADE: Art.23 da lei 12.527, 2011. Que algumas informações não terão acesso irrestrito, pois podem ferir um outro bem jurídico tutelado, como, p.ex, colocar em risco a integridade do território nacional. Se a informação colocar em risco o território nacional, não será colocada. 
5) Eficiência: É um princípio que se tornou expresso pela emenda constitucional 19 de 98, pois até então o legislador. O constituinte ordinário havia colocado somente o Limp e depois se incluiu o Limpe. Para muitos doutrinadores foi um desabafo do legislador constituinte reformador. Se a moralidade for à busca por bons resultados, a eficiência serve para corroborar a moralidade administrativa. Busca-se a melhor gestão da coisa pública primária (bem estar da coletividade) defendendo o interesse secundário (não desperdiçar dinheiro público). A ideia é fazer que a prestação de serviços fosse adequada e, quando se fala isso, se possibilita, na verdade, uma transição. A transição do serviço público pelo particular. A partir do momento que alguns serviços são cedidos pelo particular, há maior eficiência. Ex.: manutenção de estradas. 
8.2. SUBPRINCÍPIOS
1. SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO AO PRIVADO: Confere a administração pública privilégios jurídicos em um patamar de superioridade sobre o particular, sempre na defesa do interesse público. Este princípio não esta expresso na C.F. Mas está contido em várias normas constitucionais ou infraconstitucionais. Ex.: em razão do interesse público a administração pode desapropriar uma propriedade privada. 
Interesse público primário: é o interesse da coletividade como um todo, corresponde aos interesses do povo. Para a satisfação desse direito primário, o interesse da coletiva deve estar em primeiro lugar, do que o interesse pessoal. 
Interesse público secundário: é o interesse da pessoa jurídica estatal, à vontade da administração pública. 
A regra é que nesses interesses haja uma convergência. 
Nesse sentido, todas as condutas estatais têm como finalidade a satisfação das necessidades coletivas.
A administração publica pode revogar seus próprios atos, poder de autotutela, quando o ato for inoportuno à própria administração pode revogar o ato. 
A possibilidade de alterar unilateralmente os contratos administrativos, cláusula exorbitante. Lei 8666 lei de licitação de contratos. 
Em algumas relações a administração publica, estabelece uma desigualdade jurídica, disposições sobre a proteção ao meio ambiente e relações de consumo. Como de proteção aos hipossuficientes. 
Prazos processuais diferenciados, com o novo CPC o prazo é em dobro, para todos os atos processuais, artigo 183. 
Nas sentenças contra a administração publica, havia a remessa necessária, obrigatória ao órgão superior, com o novo CPC vai haver mudanças artigo 496. 
2. INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO: 	esse princípio fixa limites para a atuação estatal. 	
OBS.: EFICIÊNCIA. O Art.41 C.F. prevê uma avaliação periódica dos servidores públicos mesmo depois da estabilidade. Depois do estágio que se torna efetivo o servidor. É decorrente do princípio da eficiência esta avaliação periódica que os servidores estáveis passam isso ocorre para que não haja acomodação. Regras do Art.169 CF também corroboram com a eficiência, fala das despesas com o pessoal ativo e inativo. Lei Complementar de Responsabilidade Fiscal, lei que estabelece limites de gastos do poder público. 
LOA – Lei Orçamentária Anual – todos os gastos devem ser previstos na lei orçamentária anual. Se se supera os limites de gastos previstos na LOA fere a responsabilidade fiscal e, além disso, se superar, as verbas são cortadas. Isso quer demonstrar que o administrador deve ser eficiente, ou seja, gastar dentro dos limites estabelecidos por lei. 
Regime Diferenciado de Contratação – serve para burlar. Aumenta a contingência de valores. Ex.: obras da COPA. Aumenta as licitações. Exemplo de falta de eficiência. Ainda sobre o ponto de vista do processo administrativo, este também deve ser eficiente. 
Dentro do princípio da Eficiência encontra-se: DURAÇÃO RAZOÁVEL DO PROCESSO (celeridade para alguns doutrinadores); DEVIDO PROCESSO LEGAL; CONTRADITÓRIO; AMPLA DEFESA. 
No Art.5, LXXVIII, “A TODOS NO AMBITO ADMINISTRATIVO OU JUDICIAL É GARANTIDO A DURAÇÃO RAZOÁVEL DO PROCESSO E OS MEIOS QUE GARANTAM A CELERIDADE DE SUA TRAMITAÇÃO”. Alguns autores colocam este princípio não como a duração razoável do processo, mas como princípio da celeridade. 
No entanto, não se trata de um princípio da celeridade, pois o processo não fala que tem que ser célere, mas tem que haver uma duração razoável, ou seja, o processo tem que transcorrer de uma maneira simples, adequada e, na medida do possível, célere. A celeridade não pode ser o objetivo. 
O Devido Processo Legal Art.5, LIV, “ninguém será privado de seus bens e de sua liberdade sem o devido processo legal”. É um subprincípio ou metaprincípio que estrutura todo o sistema processual. Toda a forma de produção normativa, ou seja, toda a ação estatal é precedida de um processo. O devido processo legal surgiu, expressão, há séculos. Due Processos of Law (devido processo do direito). 
Devido Processo Legal Formal: Conjunto de garantias processuais que todo processo deve ter. 
Devido Processo Legal Substancial: Conteúdo. Decisão adequada, razoável e proporcional. 
Contraditório: Art.5, LV, CF “Aos litigantes do processoadministrativo do processo judicial é garantido o contraditório e a ampla defesa com os meios e recursos a elas inerentes”. Por muito tempo o contraditório foi concebido como a possibilidade de participação da parte dentro do processo. Possível postergar o contraditório em decisões de inaudita altera partes, não se suprimi o contraditório, mas o posterga, trata-se do contraditório diferido ou retardado. 
· Diferencial: Poder de influenciar nas decisões; Assegurada as partes a paridade de armas. 
· Ampla Defesa: Caminha junto com o contraditório. A ampla defesa justifica o contraditório. 
3. CONTINUIDADE: Princípio implícito, não está estampado de certa forma na Constituição e pode-se retirá-lo na legislação infraconstitucional. Decorre do interesse público. Indisponibilidade do Interesse Público com o Interesse implícito. A administração, por conta deste princípio, deve ser ininterrupta. Não se pode interromper a administração do interesse público. Não se pode parar a prestação de serviço público. Art.6, parágrafo 1, lei 8987 de 1995. Dispõe sobre as regulamentações do 175 da C.F. 
EX.: Servidor público tem direito de greve? Sim e direito a sindicalização (esta não é obrigatória). STF entendeu que o servidor público tinha direito a grave, mas não havia regulamentação, impetrava-se mandado de injunção. Este, de um tempo pra cá, o STF aplicou um efeito concreto dizendo que a C.F. diz que o servidor tem direito de greve, mas não possui lei específica, logo, enquanto a lei não é editada aplica-se por analogia a lei da Iniciativa Privada do Direito de Greve. A Lei da Iniciativa Privada é a 7783 de 1989, lei geral. 
O servidor público tem direito a greve não pode ocorrer o não pagamento de seus subsídios. Mas, ao final da greve estes dias deverão ser repostos. 
Art.37, VII, CF. 
É possível interromper a prestação de um serviço por inadimplemento do usuário? Há uma lei que regula isso. Lei 8987, art.6, parágrafo 3 estabelece expressamente esta possibilidade. “Não se caracteriza como descontinuidade do serviço a sua interrupção em situação de emergência ou após prévio aviso quando: (...)”. “Inadimplemento do usuário considerado interesse da coletividade”. Esta lei expressamente autoriza a interrupção do interesse público ou o inadimplemento. Sim, é possível interromper a prestação de um serviço por inadimplemento do usuário (corrente majoritária, sim, pois é necessário à coletividade), (corrente minoritária, não pode, pois fere o princípio da dignidade da pessoa humana). Interesse de toda a coletividade (corrente) vê que todos pagam água e luz, assim, há universalidade da prestação de serviço público (água, esgoto etc). 
DO SERVIÇO ADEQUADO
        Art. 6o , LEI 8987. Toda concessão ou permissão pressupõe a prestação de serviço adequado ao pleno atendimento dos usuários, conforme estabelecido nesta Lei, nas normas pertinentes e no respectivo contrato.
        § 1o Serviço adequado é o que satisfaz as condições de regularidade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia na sua prestação e modicidade das tarifas.
        § 2o A atualidade compreende a modernidade das técnicas, do equipamento e das instalações e a sua conservação, bem como a melhoria e expansão do serviço.
        § 3o Não se caracteriza como descontinuidade do serviço a sua interrupção em situação de emergência ou após prévio aviso, quando:
        I - motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações; e,
        II - por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade.
A exceção de contrato não cumprido pode ser aplicada em contratos com a administração? A exceção de contrato não cumprido fere o princípio da continuidade (corrente), mas depois de 93, com a lei 8666, art.78, inciso XV, diz que há possibilidade do particular invocar esta exceção desde que a administração esteja inadimplente por mais de 90 dias. Ou seja, exatamente por conta do princípio da continuidade que o particular deve manter a prestação do serviço por 90 dias mesmo que a administração esteja inadimplente por mais de 90 dias ele pode suspender a prestação do serviço. Ele simplesmente suspende a prestação de serviço por inadimplemento ou precisa de autorização judicial? O particular notifica a administração pública dizendo que pelo inadimplemento por mais de 90 dias interromperá e só se recorre ao poder judiciário para reincidir o contrato e não para suspender o serviço.
Ocupação temporária de bens – Art.58, V, Lei 8666 de 1993, define que a administração pública para evitar a interrupção da atividade pública poderá nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente bens móveis, imóveis, pessoal e serviços vinculados ao objeto do contrato, no caso de necessidade de apuração administrativa de faltas contratuais pelo contratado, bem como na hipótese de rescisão contratual. Ou seja, a administração pública verifica que aquele prestador de serviço público não esta prestando serviço adequado. Esta prestando de forma a desejar o produto. É uma cláusula exorbitante, suspendendo temporariamente o contrato, valendo com que a própria administração pública passe a exercer o serviço enquanto as faltas são apuradas ou no caso de rescisão de contrato, trata-se de uma forma de zelar pelo interesse público (a administração pública não vai mais pagar o serviço que está sendo feito de forma inadequada), mas não poderá interromper o serviço, logo, ela própria (a administração pública) toma os bens e faça o serviço ela mesma, visando a continuidade do serviço. Ex.: Circulare. 
Ao final do contrato há a reversão dos bens, bens que eram da concessionária passam para a administração pública. Art.36 da Lei 8987, Possibilidade de reversão. 
4. AUTOTUTELA: A administração edita seus atos ou baseado na conveniência e oportunidade (ato discricionário) ou pratica um ato que está ligado intimamente ao princípio da legalidade (ato vinculado). A legalidade aplicada ao ato público (só pode fazer o que está em lei) é diferente da legalidade aplicada ao particular (particular pode fazer tudo aquilo que a lei não proíbe). Sempre que os atos extrapolarem os limites, não existindo conveniência ou oportunidade a administração pode pelo poder de AUTOTULA rever este ato. Autotutela é a possibilidade que tem a administração de rever os seus próprios atos quando inconvenientes e inoportunos ou, ainda, ilegais. A administração deve anular seus próprios atos e pode revoga-los, art.53 lei 9784 de 1999. Prazo decai em 5 anos. 
· REVISÃO DE ATOS: 
· INCONVENIENTES E INOPORTUNOS: Há a revogação do ato; por muito tempo se discutiu se a lei poderia rever o ato de conveniência e oportunidade, pois quando se fala neles fala-se do mérito. Somente a administração pode rever o mérito do ato. O poder judiciário pode rever o ato discricionário? Pois o mérito do ato é baseado na conveniência e oportunidade do administrador. 
· Se se ferir a legalidade em sentido amplo (leis e princípios constitucionais) o poder judiciário poderá rever este ano. Mas a possibilidade do poder judiciário rever este ato deve ser sempre provocada, diferente da administração que revê seus atos através da autotutela, não precisando ser provocada. O poder judiciário não pode agir de oficio e o judiciário só anula o ato, não revoga. Sumula 473 STF: A adm pode anular seus próprios atos, pois deles não se origina direitos ressalvados em todos os casos a apreciação judicial. A ADM só faz coisa julgada no âmbito da administração somente. 
· ATO ILEGAL: Há a anulação do ato; a própria administração pública pode anular o ato, mas o poder judiciário também pode ligado ao princípio da inafastabilidade (jurisdição una). Não há transição administrativa que transite em julgado, ou seja, só vale no administrativo e pode ser revista pelo judiciário. 
 5. RAZOABILIDADE: Como princípio constitucional a razoabilidade, tal qual a proporcionalidade são princípios implícitos. Não há artigo expresso na Constituição, mas há de forma expressa tais princípios na legislação infraconstitucional, art.2, Lei9784. Novo CPC, art.8. à aplicação da ordem jurídica vários princípios devem ser alcançados inclusive o princípio da proporcionalidade e razoabilidade. A razoabilidade visa impedir uma atuação desarrazoava e despropositada. Ou seja, o administrador sob o argumento que deve cumprir a lei não pode agir fora da razoabilidade. Ou seja, não pode agir fora dos limites aceitáveis. Fere a legalidade em sentido amplo e, portanto, pode ser revista pelo poder judiciário. 
6. PROPORCIONALIDADE: Está inserido na razoabilidade, como alguns doutrinadores dizem. Traz a necessidade de valoração de adequação da conduta do agente estatal. A proporcionalidade é igual à razoabilidade, é implícita na C.F. e expressa na infraconstitucional como dito acima. A proporcionalidade serve para equilibrar a atuação do agente público para que haja uma proporcionalidade entre os motivos que deram ensejo a prática do ato e a consequência jurídica da conduta. Ou seja, a proporcionalidade visa impedir que as condutas dos agentes públicos fossem inadequadas, que ultrapassem os limites de suas funções. 
7. MOTIVAÇÃO: A motivação ao lado da publicidade serve como mecanismo de controle da administração pública. Discussão se motivação é regra ou princípio. Mais uma regra do que princípio, pois as decisões da administração pública devem ser motivadas para que se saiba como se chegou àquela conclusão. Apresentação formal de fundamentos de fatos e jurídicos que justifiquem a decisão. Assim como uma correlação lógica entre a conduta e os motivos decorrentes desta conduta. Pois assim pode-se fazer uso da autotutela ou apreciação do judiciário, desde que esteja indevidamente motivado. O dever de motivação serve para toda a atividade estatal e em todos os poderes. OBS.: Não se confundem motivação e motivos dos atos administrativos, uma vez que estes são elementos formadores da atuação e a motivação é somente a fundamentação deste ato. Art.50 da lei 7487. 
8. ISONOMIA: A isonomia no ponto de vista formal está no Art.5 da C.F. Mas a isonomia só se consagra no ponto de vista material, ou seja, só se consagra se se estabelece tratamentos diferenciados. Parágrafo 2, art.5, lei 11.112 de 1990. Igualar as pessoas em situações desiguais. Sum. 683 STF. 
9. FINALIDADE: Decorrente do princípio da impessoalidade. Este princípio faz com que a administração pública tenha uma conduta orientada para o interesse público. Jose dos Santos Carvalho Filho “o princípio da impessoalidade reflete a aplicação do conhecido princípio da finalidade, sempre estampado na obra dos tratadistas da matéria, segundo o qual o alvo a ser alcançado pela administração é somente um interesse público e não se alcança o interesse público se for perseguido o interesse particular, porquanto haverá neste caso sempre uma atuação discriminatória”. A finalidade esta intimamente ligada a legalidade. Lei 4717, Art.2, trata da ação popular. Se a lei não fizer o que se propõe há um desvio da finalidade. Lei 9784 de 99. 
10. ESPECIALIDADE: Se baseia no princípio da indisponibilidade do interesse público e, também, dever de eficiência na execução da atividade administrativa. EX: IBAMA. Descentralização é a transferência dos serviços e atividade administrativas a pessoas jurídicas diversas, haja vista o fato de que a prestação, até então, centralizada entregue a outra entidade. Art.37 C.F., IXX. 
11. SEGURANÇA JURPIDICA: é princípio geral do direito, base geral do Estado Democrático. Lei não pode gerir o ato jurídico perfeito a coisa julgada e o direito adquirido exatamente para manter a segurança jurídica. Segurança jurídica deve sempre ser pautada na boa-fé. “Caso a administração pública pratique atos em benefício de determinados beneficiados não pode, posteriormente, sob a alegação de quem imprimiu nova interpretação a norma legal, retirar o benefício anteriormente concedido”. 
12. PRESUNÇÃO DE LEGITMIDADE E DE VERACIDADE DAS CONDUTAS ESTATAIS: Define o ato administrativo baseado em outro princípio. Até que se prove o contrário pelo particular o ato praticado pela administração pública ou ato administrativo tem presunção de legitimidade desde a sua publicação e só deixará de produzir efeitos quando for invalidado. Quando provocado pelo particular. OBS: o particular quando requer anulação do ato administrativo tendo em vista o referido princípio tem o ônus de provar a existência de vícios para a invalidação do ato. Inversão do ônus da prova. 
ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Estruturação do estado: Do ponto de vista objetivo, a função administrativa é dentre todas a mais ampla, porque ela cuida dos interesses de toda a coletividade. Esse ponto de vista objetivo, que é a função do ente, não é isso que vamos estudar agora, e sim o ponto de vista subjetivo que é como ou através de quem essa atividade será exercida. 
A estrutura da administração se da pelos entes da administração direta ou também conhecidos como entes centralizados, que são:
· União – Congresso nacional.
· Estados (membros) – Assembleia legislativa
· DF – Câmara legislativa
· Municípios – Câmara municipal
Também são conhecidos como entes políticos ou pessoas políticas. Por que? Porque tem uma dupla função: função administrativa e a capacidade legislativa, que quer dizer a edição de atos normativos de grau de generalidade e abstração. Cada um dos entes políticos tem suas casas responsáveis pela edição de leis.
O estudo da administração direta centralizada não é objeto do direito administrativo. É objeto do direito constitucional. O que pode ser aprendido aqui no direito administrativo é a possibilidade de delegação, quando existe um deslocamento de competência exercidos pelos órgãos da administração direta. 
EX: Quando o presidente da república atribui uma função a um ministério, há um deslocamento de competência. A competência que é originalmente do Presidente da Republica ele está atribuindo a um órgão qualquer. Ex2: O Presidente da Republica administra toda educação, mas para melhor administrar, desloca a competência para órgãos da administração pública direta (MEC).
 Mas quando foge da sua competência, ela precisa outorgar a titularidade do serviço a uma outra pessoa. Quando se fala de outorga de titularidade, está se pressupondo a criação de novas pessoas jurídicas. E aí é que surge a administração pública indireta e surgem as autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedade de economia mista. 
	ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA
	ADMINISTRAÇÃO PUBLICA INDIRETA
	UNIÃO
	AUTARQUIA
	ESTADOS MEMBROS
	FUNDAÇÕES PÚBLICAS
	DF
	EMPRESAS PÚBLICAS
	MUNICÍPIOS
	SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA
Obs: os entes da administração pública indireta, a sua competência, o Estado transferiu através de uma outorga para esse ente a sua titularidade e a execução desse serviço através de uma lei. Isso faz com que não exista uma hierarquia entre esse ente e aquele ente da administração pública direta.
PRINCÍPIOS INERENTES À ADMINISTRAÇÃO ADMINISTRATIVA
PRINCIPIO DO PLANEJAMENTO: Compreende a reelaboração e a atualização de plano de governo. Bem como a previsão de gastos em orçamento. Os gastos da previsão orçamentária. 
PRINCIPIO DA CORDENAÇÃO: Este princípio está ligado à hierarquia por meio da estruturação da atividade administrativa. Objetivo deste princípio é evitar a ocorrência de divergências na atividade estatal e, consequentemente, desperdício de recursos. 
PRINCIPIO DA DESCENTRALIZAÇÃO ADMINISTRATIVA: Consiste na transferência da prestação de serviços do ente federativo para outras pessoas jurídicas especializadas na execução destas atividades que atuarão mediante controle do Estado. Na busca da eficiência ad prestação do serviço público os entes federativos não possuem uma especialização do serviço, como não possuem a especialização do serviço, descentralizam e passam para as pessoas privada. Ex.: Poços de Caldas – DEMAE – outra pessoa jurídica, diversa da pública, que presta o serviço de água e esgoto. O DME não presta serviços só em Poços de Caldas, há em outros locais também. 
PRINCIPIO DA DELEGAÇÃO DE COMPETENCIA: Tambémvisando à melhora na prestação de serviço, ocorre uma extensão da competência administrativa. Ocorre por meio da extensão de uma competência administrativa entre agentes públicos dentro de uma mesma estrutura hierárquica de forma expressa e transitória. Há uma ampliação de competência entre os próprios agentes públicos na mesma estrutura hierárquica. 
PRINCIPIO DO CONTROLE: O controle das atividades da administração pública será exercido em todos os níveis e em todos os órgãos de governo. 
PRESTAÇÃO DA ATIVIDADE PÚBLICA
A prestação da atividade pública pode se dar:
1. Administração Pública Direta ou Centralizada: são pessoas políticas que possuem capacidade de legislar e executar, em suas funções atípicas. A administração pública direta não consegue, não tem capacidade para exercer todas as funções. 
· União;
· Estado;
· D.F.;
· Município; 
2. Administração Pública Indireta ou Descentralizada: São pessoas jurídicas especializadas; 
· Autarquias;
· Funções Públicas
· Empresas Públicas
· S.E.M – Sociedade de Economia Mista 
3. Particular:
· Concessão: É pessoa física e jurídica; 
· Permissão: Pessoa física e jurídica; Ex.: banca de jornal. 
· Autorização: Pessoa física somente; Ex.: táxi. 
Formas de prestação da atividade administrativa: pode ser prestada a atividade administrativa de forma DIREITA por descentralização ou por desconcentração. 
DESCENTRALIZAÇÃO ≠ DESCONCENTRALIZAÇÃO
	DESCENTRALIZAÇÃO	
CONCEITO: Descentralização é a transferência de atividades para outras pessoas jurídicas, após o estudo da eficiência para melhor prestação do serviço público. Vale tanto para a pessoa jurídica de direito público, como para de direito privado. A descentralização pode ser através de outorga ou delegação. Outorga transfere não só a execução como a titularidade do serviço. Aquele que recebe a outorga não é mero executor, mas também titular do serviço. Tendo em vista a importância desta forma de descentralização só pode se dar por lei e apenas os entes da administração pública indireta com personalidade jurídica de direito público é que poderão receber a outorga. Delegação, por sua vez, transfere só a execução do serviço público, pode se dar por lei ou contrato ou ato. Por lei a delegação se dá aos entes da administração pública indireta com personalidade jurídica com direito privado. Por contrato para as concessionárias e permissionárias de serviço público. Por ato as autorizadas ou autorizatárias do serviço público (ex. serviço e táxi). 
OBS.: Não há hierarquia, nem subordinação. As novas pessoas jurídicas surgidas a partir da descentralização não possuem hierarquia, nem subordinação em relação aos entes que as criou. Descentralização através de outorga só pode ser feita por LEI, pois está transferindo titularidade e execução. 
1. OUTORGA: A outorga é algo mais drástico e denso. Transfere-se titularidade e execução. Como se aquela pessoa jurídica que recebesse a prestação do serviço também se tornasse “proprietária” deste serviço. Outorga é repasse, transferência da titularidade da execução. Por conta da titularidade e execução só se pode ter através da LEI. A descentralização via outorga só pode ocorrer através de lei. Recebem por outorga esta titularidade e execução do serviço os entes da administração pública indireta; pessoas jurídicas de direito público (autarquia, fundações públicas) – a empresa de economia mista e empresas públicas são entes federados privados. 
2. DELEGAÇÃO: Só execução. É mais brando que a outorga, pois não há a titularidade do serviço, há apenas a execução. Ou seja, a titularidade continua com o ente, somente a execução é descentralizada. Quando se fala em execução transfere-se a execução por: 
· Lei: Empresa Pública, Sociedade de Economia Mista e Fundação Pública de Direito Privado (entes da ADM indireta);
· Contrato: concessionárias e permissionárias. 
· Ato: autorizatárias. Ex.: táxi, despachante etc. 
DESCONCENTRAÇÃO
Deslocamento de competência da administração direta. Desloca a competência para um órgão. Delega seu exercício para outro órgão. Na desconcentração não tem novas pessoas jurídicas. 
Deslocação de competência do ente direto sem a criação de novas criações de pessoas jurídicas. 
A Administração Pública Direta desconcentra-se para melhorar a administração, faz isso através de órgãos, entidades. 
TEORIAS QUE ESTUDAM A RELAÇÃO ENTRE ESTADO E SEUS AGENTES
Há 3 teorias que surgiram para tratar da relação entre a administração pública (Estado) e seu agente (aquele que pratica o ato propriamente dito, que vai exercer).
1. TEORIA DO MANDATO: Teoria NÃO aceita. O mandato fala sobre instrumento de procuração. Nesta teoria pressupõe uma outorga de poder conferida pelo Estado ao seu agente. Uma outorga de poder do Estado para o Agente, para que o agente, através do mantado exerce a atividade administrativa. Teoria não foi aceita, pois o Estado é uma abstração. É uma pessoa jurídica, não possui vontade própria. O Estado não possui vontade própria capaz de ser transferida a outrem. 
2. TEORIA DA REPRESENTAÇÃO: Teoria NÃO aceita. Teoria que dizia que o Estado seria representado por seus agentes. Representa-se absolutamente incapaz, não se pode, portanto, dizer que o Estado é absolutamente incapaz e, por óbvio, isto não é possível. (R.I.A = Representando absolutamente incapaz), (A.I.R = Assistir relativamente incapaz). OBS.: Alteração no C.C, absolutamente incapaz agora, a partir de 2016, são somente os menores de 16 anos.
3. TEORIA DO ÓRGÃO OU IMPUTAÇÃO VOLUTIVA OU PRESENTAÇÃO: Teoria aceita. Reconhece-se o agente como se fosse um órgão do Estado, “o órgão não se confunde com a pessoa jurídica embora seja uma de suas partes integrantes”, ou seja, quando o agente pratica o ato ele pratica não com a sua vontade, mas sim com a vontade do Estado. A atividade exercida pelo agente se confunde com a vontade do Estado. Doutrina alemã de Otto Friedrich Von Gierke (Teroai da Imputação Volutiva) e Pontes de Miranda (Teoria da Presentação). Maria Silva Zanella de Pietro “Enquanto a teoria da representação considera a existência da pessoa jurídica e do representante como dois entes autônomos, a teoria do órgão funde os dois elementos, para concluir que o órgão é parte integrante do Estado”. 
Art. 37, parágrafo 8, CF: “Autonomia gerencial orçamentária ou financeira os órgãos ou entidades diretas ou indiretas poderá ser firmada (...)”.
Se o órgão é parte integrante do Estado, desta pessoa jurídica, e atividade do órgão é a atividade do Estado (mesma vontade), não precisa atribuir a este agente uma gestão sendo que isso já faz parte de sua função. 
A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o Poder Público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre :
I. o prazo de duração do contrato;
II. os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e responsabilidade dos dirigentes;
III. a remuneração do pessoal.
O texto acima (§ 8º do art. 37 da CF) descreve a hipótese da celebração de um contrato de:
	a)
	gerência.
	b)
	controle.
	c)
	gestão.
	d)
	autonomia.
	 
	 
Órgão: Não tem personalidade jurídica. Não se confunde o órgão com a pessoa jurídica. O órgão é parte da pessoa jurídica. Celso Antônio Bandeira de Melo diz que “órgão é uma unidade abstrata que sintetiza os vários círculos de atribuições do Estado, ou seja, os órgãos não passam de simples partições internas da pessoa cuja intimidade estrutural integra, isto é, não tem personalidade jurídica”. 
Fundamentação legal de órgão: § 2, I, Art.1, Lei 9784 de 1999. Deslocamento de competência para melhor administração. 
Há órgãos na administração pública direta e indireta. Empresas privadas não podem criar órgãos. 
Criação de órgão: Só se pode criar e extinguir órgãos através de lei. 
Art.84 da C.F., inciso VI: “Compete privativamente ao presidente da república: Art.6. Dispor sobre decreto sobre organizaçãoda atividade federal quando não implicar aumento de despesa nem criação e extinção de órgãos”. 
Órgão tem capacidade processual? Não. Pois ele não tem personalidade jurídica. Não se pode propor ação contra a secretaria do Estado, mas deve-se propor contra o Estado. M.P é considerado órgão, assim como a Defensoria Pública. Pode-se dizer, portanto, que ambos não possuem capacidade jurídica, mas ambos vão estar em juízo defendendo suas prerrogativas, assim, o M.P e a Defensoria Pública tem capacidade processual ativa para defender suas prerrogativas. Ambos podem propor ação civil pública. MP propõe ação em nome alheio (exceção). 
Órgãos públicos, exatamente porque administram, muitas vezes elaboram contratos, convênios, apesar de não serem pessoas jurídicas possuem CNPJ. Mas o fato de terem CNJP não o transforma em pessoas jurídicas, possuem CNJP, pois a instrução normativa 1183, de 2011 – Secretaria da Receita Federal -, diz que esses órgãos estão sujeitos a este cadastro nacional de pessoas jurídicas afim de regulamentação tributária. 
CLASSIFICAÇÃO DOS ÓRGÃOS
1. QUANTO A HIERARQUIA OU POSIÇÃO ESTATAL 
a) Independente: Aqueles que estão no topo da hierarquia estatal. São órgãos que não estão hierarquicamente subordinados a nenhum outro. Sujeitam-se ao controle que é exercido pelos poderes estruturais do Estado. Ex.: presidente da república (União), governadoria (Estado). Estes órgãos tem origem constitucional e suas atribuições são exercidas por agentes políticos. Ou seja, o executivo representado pela presidência da república é um órgão que está acima de todos, só pode ser controlado pelos poderes do Estado (legislativo e judiciário). 
b) Autônomo: São órgãos imediatamente subordinados aos órgãos independentes e diretamente subordinados a seus agentes. Tem ampla autonomia administrativa e financeira. Tem função diretiva. Coordenação. Planejamento, além de orçamento próprio para gerir o exercício de sua atividade. Exemplo Ministério da Fazenda (qualquer ministério). 
c) Superiores: Possuem apenas poder de direção e controles específicos de sua competência. Mas, não possuem autonomia e não possuem independência. Dependem do controle de uma chefia, mas tem poder de decisão. Poder de decisão dos atos praticados durante a sua atividade. Ex.: Secretaria da receita federal, esta está ligada ao Ministério da Fazenda. Mas é a Secretaria da receita quem decide sobre ela mesma. 
d) Subalternos: São órgãos com reduzido poder de decisão. São órgãos meramente executivos, de mera execução de atividade administração. São estes órgãos que atuam diretamente no exercício da atividade estatal. Ex.: Dentro da secretaria da receita federal, há a receita pessoal. São órgãos subalternos que resolvem a administração, mas não possuem decisão. 
2. QUANTO À ATUAÇÃO FUNCIONAL 
a) Singular: Órgão de um único titular, ou seja, aquele órgão que age conforme a manifestação de vontade de um único agente. Ex.: Presidência da República. 
b) Colegiado: Órgão que atua e decide pela manifestação de vontade de seus membros. Funcionando um colegiado e, de acordo, com as regras de seu estatuto. Ex.: Assembleia Legislativa. 
			
3. QUANTO À ESTRUTURA
a) Simples: Órgãos unitários que possuem uma estrutura formada por um só centro de competência. Irrelevante saber a quantidade de agentes públicos que integram seus quadros. Não existem outros órgãos além daquele que é o centro de competência. 
b) Compostos: Reúnem-se outros órgãos ligados a sua estrutura, necessariamente tem-se uma desconcentração e se há desconcentração há uma divisão de atividades e competência. Ex.: Congresso Nacional é um órgão composto, afinal temos um sistema bicameral – dentro do CN há a Câmara dos Deputados e o Senado. 
4. QUANTO ÀS FUNÇÕES
a) Ativos: São aqueles a quem se atribuem diretamente no exercício da atividade administrativa. Ex.: Exercício do poder de polícia estatal. No sentido de patrulhar nossas rodovias estatais. Governo do Estado exerce mediante uma desconcentração de deslocamento de competência para a Secretaria da Saúde.
b) Consultivos: Órgãos encarregados de emitir pareceres jurídicos, dando aconselhamento. Tem função de aconselhamento. Assessoria. Ex.: Procuradoria do Estado (também é ativo, mas é preponderantemente órgão consultivo) que vão nortear a atividade administrativa dentro do critério da legalidade. 
c) De controle: Dentro da estrutura administrativa há a questão da hierarquia, subordinação e supervisão. Quando se fala em hierarquia e subordinação há um controle hierárquico. Pois estamos dentro do mesmo ente, houve uma mesma desconcentração do mesmo órgão, assim, quando a União cria ministérios há uma desconcentração da atividade. O controle é exercido de forma interna. Órgãos que atuam no controle dos demais órgãos. Ex.: Controladoria da União. 
	
5. QUANTO AO ÂMBITO DE ATUAÇÃO
a) Central: Órgãos que possuem atribuição em todo o território municipal (se o órgão for municipal) e estadual (se o órgão for estadual). 
b) Local: Competência dentro de um dado território, de um determinado local. Delegacia do bairro X, órgão quanto a abrangência local, pois só há abrangência dentro daquela localidade, diferente da Delegacia Seccional, que possuirá região maior. 
Órgão não é pessoa jurídica, é componente da pessoa jurídica. Mas disse também que órgão tem a necessidade de CNPJ por conta de previsão de orçamento, mas não é por isso que se torna uma pessoa jurídica. 
EXCEÇÃO: Exército tem vontade própria, embora seja órgão e não pessoa jurídica. 
		ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA
Criação de novas pessoas jurídicas
Criam-se novas pessoas jurídicas pela descentralização de outorga, através de lei. Esta lei pode: 
· Criar Pessoa Jurídica (Ex.: Autarquia – criada por lei especifica)
· Autorizar a Criação de Pessoas Jurídicas (Ex.: Empresa pública; sociedade de economia mista; fundações). 
Tem que registrar no cartório ou junta comercial. 	
Art.37, IX, C.F. 
São pessoas jurídicas de direito público interno, as autarquias e, inclusive as associações públicas. Associações públicas são consórcios públicos. Art.41, IV, CF.		
ADMINISTRAÇÃO PUBLICA INDIRETA 
(Criação de novas pessoas jurídicas – descentralização através de outorga – através de lei que pode criar uma pessoa jurídica e autorizar a criação de pessoas jurídicas – nesse ultimo caso, atos constitutivos devem ser registrados no cartório ou junta comercial – empresas públicas, sociedade de economia mista e fundações)
PS: Os consórcios públicos são assemelhados a autarquias e devem ser criados por lei.
CARACTERISTICAS DOS ENTES DA ADM PÚBLICA:
1. PERSONALIDADE JURÍDICA APARTADA DOS ENTES FEDERATIVOS RESPONSAVEIS POR SUA CRIAÇÃO: Elas são pessoas jurídicas próprias e tem capacidade de autoadministração tendo autonomia técnica e administrativa. Ou seja, gere seu orçamento e nomeia seus agentes públicos através de concurso. Elas têm patrimônio próprio, os bens então são públicos.
2. É COMUM A TODOS OS ENTES DA ADMINISTRAÇÃO INTIRETA A SUA CRIAÇÃO POR LEI ORDINÁRIA (ESPECÍFICA): Ressalva lei complementar da fundação. (Fundação pública – pode ter de direito público que tem natureza autárquica ou autarquia fundacional e estas devem ter lei específica para sua criação. E se for pública, mas de direito privado não há necessidade de lei específica para sua criação. A lei específica vai autorizar a sua criação.)
3. É COMUM A TODOS OS ENTES DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA A FINALIDADE PÚBLICA: A lei que cria ou que autoriza estabelece a finalidade do ente. Não é objetivo da administração pública auferir lucro, mas o lucro pode ser decorrência natural do exercício da atividade exercida pelo ente da administração pública indireta. Art. 173 CF Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei. OBS: Ainda que o ente estatal tenha sido criado com a intenção de explorar atividade econômica, essa atividade deverá ser praticada, perseguindoo interesse público e jamais com a intenção de lucro, o que é comum aos particulares. 
4. CONTROLE: Os entes da administração indireta estão sujeitos ao controle da administração pública direta (pessoa política que o criou), mas o controle não é hierárquico e sim finalístico (em respeito a finalidade do ente).
 Todos os entes da administração pública indireta por exercerem uma atividade pública, em razão do interesse público, em razão do patrimônio próprio, em razão da autonômica técnica e administrativa, em razão de sua gestão orçamentária estão sujeitos ao controle pelo tribunal de contas que terá competência e atribuição para o julgamento das contas, aplicação de multas e outras sanções, realização de auditorias e elaboração de pareceres.
AUTARQUIA
Precisa de lei específica para sua criação.
Regime jurídico;
· Privilégios processuais: Tem os mesmos privilégios de um ente da administração pública direta. Exatamente a mesma coisa. O prazo para fazenda pública é em dobro. O segundo privilegiado é a remessa necessária é o caso do Art. 496 CPC.  Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal, a sentença: I - proferida contra a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público; II - que julgar procedentes, no todo ou em parte, os embargos à execução fiscal. § 3o Não se aplica o disposto neste artigo quando a condenação ou o proveito econômico obtido na causa for de valor certo e líquido inferior a: I - 1.000 (mil) salários-mínimos para a União e as respectivas autarquias e fundações de direito público; III - 100 (cem) salários-mínimos para todos os demais Municípios e respectivas autarquias e fundações de direito público. Não se aplica no cumprimento de sentença a multa de 10%.
· Privilégios Fiscais: Imunidade tributária específica, ou seja, não paga tributo sob aquilo que recebe. 150 CF, § 2º A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes.
· Responsabilidade civil: Os entes da entidade indireta assim como a direta se submetem ao mesmo regime jurídico de responsabilidade civil objetiva. Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também. Seguinte: § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
· Contratos: A contratação por autarquia deve ser mediante licitação. É claro que temos brechas na lei que permitem a contratação sem licitação, ex cantor para cantar na cidade ou estado de calamidade pública. Existe a clausula exorbitante porque a administração pública pode a qualquer momento suspender o processo. Além disso, o art. 37 XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual s7mente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações. 8666/63 licitações
· Regime de pessoal: Os servidores que são aprovados no concurso público devem entender que são agentes públicos na categoria de servidores públicos regidos pela lei 8112/90. Mas veio a EC 23/98 e disse que o regime jurídico dos trabalhadores seria o de empregado público indireto. Todavia veio a ADIn 2135/07 e suspendeu a eficácia do artigo 39 da CF e determinou que por conta do tratamento diferenciado inconstitucional não existe empregado público, então são servidores públicos regidos pela 8112/90. E o artigo voltou a ser: Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas.  (Vide ADIN nº 2.135-4)
· Atos Administrativos: Os atos praticados pela administração pública indireta, autarquia, tem a qualidade de ato administrativo e deve respeitar os requisitos previstos no art 2 da lei 4717/65: sujeito competente, finalidade especificada em lei, forma, motivo e objeto. Qualquer ato goza de uma veracidade e uma presunção de legitimidade e quando dispuserem a respeito de obrigação e exigibilidade gostam da prerrogativa de imperatividade. Além disso por causa do poder de autoexecutabilidade. Por ultimo, por conta do principio de autotutela a autarquia também pode independente de provocação revogar ou determinar a novação de atos ilegais.
· Bens Públicos: O que se aplica a administração publica direta se aplica também a indireta. Art. 98 CC dispõe sobre isso (pessoa jurídica de direito interno). Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem. Art. 99. São bens públicos: II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;
· Controle: Os entes estão sujeitos ao controle finalístico que pode ser chamado de supervisão ministerial. Não estão sujeitos ao controle hierárquico.
· Prescrição: Estão sujeitos a prescrição quinquenal; prescrição de 5 anos. O dispositivo é: art. 1 do decreto 20910/32
AUTARQUIA ESPECIAL
Agência reguladora: Ex.: Anatel. Banda larga limitada. As agências reguladoras são autarquias especiais que, na verdade, foram introduzidas no Brasil a partir da Lei de 1997 para fiscalizar a atuação de determinados setores que prestam serviços públicos. Este serviço público prestado por particulares, qual a forma deste serviço deveria ser feito pela administração direta, mas a administração direta não tem um know how para tanto e, então, descentralizou para as autarquias especiais. Agência reguladora é, portanto, autarquias de regime especial responsáveis pela regulamentação, controle e fiscalização de serviços públicos, atividades e bens transferidos ao setor privado. Emenda n.8, de 1995, modificou o inciso XI do art.21 da C.F, incluindo a possibilidade de órgãos reguladores para a fiscalização, regulação e controle dos serviços públicos prestados por particular. É criada por lei específica. Possui característica de autarquia e, portanto, criada por lei específica. Quais são as características que as tornam especiais perante as outras, são: 
Características: 	
· Maio independência: para fiscalizar, controlar o serviço criado pelo próprio ente que descentralizou esta fiscalização; 
· Investidura: os membros dessa direção controladora são, na verdade, nomeados pelo presidente da república depois de uma aprovação do senado federal. Os dirigentes da autarquia são nomeados pelo presidente da república, após a aprovação do Senado Federal. 
· Mandato: Mandato é fixo dos dirigentes da autarquia especial (agência reguladora). Fixo conforme a lei que a criou. Lei específica que a criou. Estes dirigentes só podem ser destituídos se cometerem alguma ação grave, como por exemplo, improbidade administrativa. Do contrário, estes dirigentes só sairão quando este mandato terminar.
· Quarentena Ex Dirigente: os dirigentes que atuam frente a estas operadoras. Vantagem a qualquer outro agente. Quando estes dirigentes deixam de exercem o mandato podem até ir para a iniciativa privada, mas precisam cumprir o prazo de quarentena que é o período que vai constar

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