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Funções Psíquicas - Psicopatologia

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Funções Psíquicas
DALGALARRONDO, Paulo. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. Artmed Editora, 2018.
Consciência
De�nições:
Neuropsicologia: relacionado a questão da vigilância, ou seja, estar acordado.
Psicologia: diz respeito à dimensão subjetiva do sujeito
Alterações Patológicas:
Quantitativas:
● Obnubilação: o paciente
encontra-se em um estado de
sonolência, com diminuição da
clareza do sensório. Lentidão
nas questões relacionadas à
compreensão e dificuldade de
concentração.
● Sopor: o paciente só pode ser
despertado a partir de estímulos
energéticos, a psicomotricidade
encontra-se comprometida.
● Coma: grau mais profundo de
alteração da consciência, pode
ser induzido.
Qualitativas
● Estados Crepusculares: há
ocorrência dos atos automáticos,
atos violentos ou explosivos.
Geralmente relacionados a
choques emocionais intensos ou
causas orgânicas.
● Estado Segundo: realização de
atos totalmente incongruentes à
realidade daquele indivíduos,
ocasionados por choques
emocionais muito exagerados.
● Dissociação da consciência:
ocorre uma fragmentação da
realidade. Relacionado aos
sonhos. O paciente desliga-se da
realidade.
● Transe: assemelha-se a sonhar
acordado.
● Estado hipnótico: exige o
rebaixamento da consciência,
dessa forma, a pessoa fica com
uma atenção mais concentrada e
tornando-se mais sugestiva.
● Experiência de quase morte: é
como se um flash de sua vida
passasse na sua cabeça trazendo
uma retrospectiva de tudo que
viveu.
Delirium Delírio
Está relacionado ao rebaixamento da
consciência.
É alteração de juízo sendo caracterizado por ideias
delirantes.
Atenção
É o conjunto de processos psicológicos que torna o ser humano capaz de selecionar,
organizar e filtrar as informações. As alterações mais frequentes da atenção são
encontradas nas seguintes condições: transtorno de déficit de atenção/hiperatividade
(TDAH), transtornos do humor (depressão e mania), transtorno obsessivo-compulsivo
(TOC) e esquizofrenia.
Tipos de Atenção
⤐ Voluntária: concentração ativa e intencional da consciência sobre um objeto.
⤐ Espontânea: atenção suscitada pelo interesse momentâneo incidental que desperta
este ou aquele objeto.
Processos do Sistema de Atenção
Seletiva:
⤐ Atenção dividida: processo
simultâneo de dois ou mais estímulos
captados pela atenção ao mesmo
tempo.
⤐ Atenção alternada: mudança do
foco de atenção, alternando
voluntariamente o foco de um estímulo
para outro durante a execução de
tarefas.
⤐ Atenção sustentada: é a capacidade
de manter a atenção ao longo do tempo
durante uma atividade contínua e
repetitiva.
⤐ Hipoprosexia: diminuição na
capacidade de concentração, fadiga, de
forma que dificulta a percepção dos
estímulos ambientais e a compreensão.
⤐ Aprosexia: total abolição da
capacidade de atenção.
⤐ Hiperprosexia: estado de atenção
exacerbada
⤐ Distrabilidade: estado patológico,
instabilidade marcante e mobilidade
acentuada da atenção voluntária e
dificuldade para fixar-se em qualquer
coisa.
Orientação
A avaliação da orientação é um instrumento valioso para a verificação das
perturbações do nível de consciência, da percepção, da atenção, da memória e de toda
a cognição.
1. Orientação Espacial:
quanto ao local onde o
sujeito está no momento.
É investigada
perguntando ao paciente
o lugar exato onde ele se
encontra.
2. Orientação Temporal:
percepção do tempo;
indica se o paciente sabe
em que momento
cronológico está vivendo.
Senso - Percepção
● Sensação: fenômeno elementar
gerado por estímulos físicos,
químicos ou biológicos
variados, originados fora ou
dentro do organismo, que
produzem alterações nos órgãos
receptores, estimulando-os.
Dimensão neuronal, ainda não
plenamente consciente.
Fenômeno passivo.
● Percepção: entende-se pela
tomada de consciência, pelo
indivíduo. Transformação de
estímulos puramente sensoriais
em fenômenos perceptivos
conscientes. Tomada de
conhecimento sensorial de
objetos ou de fatos exteriores
mais ou menos complexos.
Fenômeno Ativo.
Alterações quantitativas: hiperestesia (percepções anormalmente ampliadas; drogas
geram esse tipo de efeito). Existem outras também como hiperpatia, hipoestesia e
hipoestesia tátil.
Alterações qualitativas: são as mais importantes em psicopatologia. Compreendem as
ilusões, as alucinações, a alucinose e a pseudoalucinação.
● As ilusões são encontradas, com maior frequência, nos quadros de delirium, em
que há rebaixamento do nível de consciência e consequente distorção do
processo perceptivo.
● Alucinações define-se como a percepção de um objeto, sem que este esteja
presente, sem o estímulo sensorial respectivo. É a percepção clara e definida de
um objeto (voz, ruído, imagem) sem a presença de objeto estimulante real.
1. Alucinação Audioverbal: forma de alucinação auditiva complexa mais
frequente e significativa. O paciente escuta vozes sem qualquer estímulo
real. São vozes que geralmente o ameaçam ou insultam é de conteúdo
depreciativo e/ou de perseguição.
2. Vozes que comandam a ação ou comentam a ação e as atividades
corriqueiras do paciente, são aquelas que mandam o indivíduo fazer
coisas.
3. Alucinações Visuais: são visões, muitas vezes nítidas, que o paciente
experimenta, sem a presença de estímulos visuais. Incluem, por
exemplo, figuras e imagens de pessoas, de partes do corpo, de entidades,
de objetos inanimados, animais ou crianças.
4. Alucinações olfativas;
5. Alucinações gustativas.
Memória
É a capacidade de codificar (registrar), armazenar (manter) e evocar as experiências,
impressões e fatos que ocorrem em nossas vidas.
Alterações: esquecimentos, amnésias, quadros de uso de Substâncias Psicoativas
(SPA) e quadros demenciais.
⤐ Ilusões Mnêmicas: nesse caso, há o acréscimo de elementos falsos á elementos da
memória de fatos que aconteceram. A lembrança adquire um conteúdo fictício.
Afeto
Na tradição psicopatológica distinguem-se cinco tipos básicos de vivências afetivas:
humor ou estado de ânimo; emoções; sentimentos; afetos e paixões.
Alterações:
● Distimia: designa a alteração básica
do humor, tanto no sentido da inibição
como no sentido da exaltação;
● Euforia: humor morbidamente
exagerado, no qual predomina um
estado de alegria intensa e
desproporcional às circunstâncias;
● Disforia: quando se fala em depressão
ou mania disfórica, está sendo
designado um quadro de depressão ou
de mania acompanhado de forte
componente de irritação, amargura,
desgosto ou agressividade;
● Hipotimia/Hipertimia: hipotimia é a
base afetiva de todo transtorno
depressivo. A hipertimia, refere-se a
humor patologicamente alterado no
sentido da exaltação e da alegria;
● Puerilidade;
● Irritabilidade;
● Apatia: diminuição da excitabilidade
emocional.
● Anedonia: incapacidade total ou
parcial de obter e sentir prazer com
determinadas atividades e
experiências da vida.
● Labilidade/Incontinência afetiva: na
labilidade afetiva, o indivíduo oscila de
forma abrupta, rápida e inesperada de
um estado afetivo para outro. Na
incontinência afetiva, o indivíduo não
consegue conter de forma alguma sua
reação afetiva.
● Devastação afetiva: perda profunda
de todo tipo de vivência afetiva.
Ocorre, em geral, nas formas
negativas e deficitárias de
esquizofrenia.
● Inadequação do afeto: reação
completamente incongruente a
situações existenciais ou a
determinados conteúdos de ideação,
revelando desarmonia profunda da
vida psíquica (ataxia intrapsíquica). A
inadequação do afeto pode ser
observada na esquizofrenia e no
transtorno da personalidade
esquizotípica.
● Mania: se caracteriza por humor
alegre, às vezes eufórico ou exaltado;
outras vezes, o humor alegre é
substituído pela irritabilidade ou
mesmo agressividade.
Volição
É uma dimensão complexa da vida mental, relacionada intimamente com as esferas
instintiva, afetiva e intelectual (que envolve avaliar, julgar, analisar, decidir), bem
como com o conjunto de valores, princípios, hábitos e normas éticas socioculturais do
indivíduo.
Alterações:
● Hipobulia/Abulia: o indivíduo refere que “não tem vontade para nada”.
● Atos impulsivos: predisposiçãopara agir e reagir de forma rápida, não planejada,
respondendo a estímulos externos ou internos com pouca ou nenhuma preocupação
sobre as possíveis consequências negativas para si e/ou para os outros.
● Atos compulsivos: é geralmente uma ação motora complexa que pode envolver desde
atos relativamente simples, como coçar-se, picar-se, arranhar-se, até rituais
compulsivos complexos, como tomar banho de forma repetida e muito ritualizada,
lavar as mãos e secar-se de modo repetitivo e/ou estereotipado, por inúmeras vezes
seguidas, etc.
Tipos de impulsos e compulsões patológicas
● Automutilação: é o impulso (ou a compulsão) seguido de comportamento de
autolesão voluntária. São observadas em indivíduos com transtorno da
personalidade borderline, e transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).
● Frangofilia: impulso patológico de destruir os objetos que circundam o
indivíduo estados de excitação impulsiva intensa e agressiva. Ocorre nas
psicoses (principalmente esquizofrenia e mania), em alguns quadros de
intoxicação por psicotrópicos (drogas e/ou medicamentos), em indivíduos com
transtornos da personalidade (explosiva, borderline, anti social, etc.) e em
alguns pacientes com transtornos mentais associados a deficiências intelectuais.
Funções Psíquicas: distúrbios alimentares e sexuais (atrelados à volição)
● Bulimia;Anorexia;
● Atos e compulsões relacionados ao desejo e ao comportamento sexuais:
perversões sexuais; parafilia; pedofilia e gerontofilia.
● Exibicionismo: é o impulso de mostrar os órgãos genitais, geralmente contra a
vontade da pessoa a quem o ato se direciona a crianças ou adolescentes (mas
não apenas). O ato de exibir - se já é suficiente para o indivíduo obter prazer.
Ele em geral não busca contato sexual direto com a pessoa para a qual se exibe;
o prazer que sente está relacionado ao pavor causado no outro.
● Voyeurismo: é o impulso de obter prazer observando uma pessoa que está tendo
relação sexual, ou que simplesmente está nua ou se despindo.
● Fetichismo: é o impulso e o desejo sexuais concentrados em/ou exclusivamente
relacionados à partes da vestimenta ou do corpo da pessoa desejada.
Afetividade
1. Emoções: reações afetivas
momentâneas, intenso, de curta
duração, originado de reações
externas ou internas,
conscientes, não conscientes ou
inconscientes.
2. Sentimentos: configurações
afetivas estáveis, intensas,
associadas a conteúdos
intelectuais, valores,
representações, dependem da
existência e da cultura.
3. Afeto: qualidade e tônus
emocional que acompanha uma
ideia ou representação mental.
4. Paixão: estado afetivo intenso,
domina a atividade psíquica
dirigindo para uma só direção,
impede de uma lógica parcial.
Pensamento
1. Juízo: consiste na articulação de dois ou mais conceitos, relações significativas
entre conceitos, relação unívoca entre sujeito e predicado.
2. Raciocínio: ligação entre termos ou conceitos, de sequência de juízos, de
encadeamento de conhecimentos, derivando sempre uns dos outros, afirmando,
negando ou confrontando.
Personalidade
Modo característico de uma pessoa sentir, pensar, agir, como se comporta e se
relaciona. É um conjunto de traços psíquicos, experiências adquiridas ao longo da
vida.
● Temperamento: padrões de reação psicológica inata, o que diferencia um do
outro. Determinados por fatores genéticos ou constitucionais precoces, por
exemplo alguns indivíduos nascem com uma tendência passividade e outros
com temperamento mais forte.
● Caráter: comportamento geral do indivíduo nas relações sociais ou sua
disposição sentimental ou de humor predominante, ou seja, como eu me
relaciono com o meio.
Grupos de personalidades:
1. Esquisitice/desconfiança: distante sem relações íntimas, estranho, vive no seu
próprio mundo, desconfiança constante, sempre prejudicado, ideias e crenças
estranhas.
2. Impulsividade/manipuladores: emocionalmente instáveis, humor e
relacionamento instáveis, frio, insensível, não sente remorso, mente, busca ser
o centro das atenções, dramatiza. (Psicopatas).
3. Ansiedade/controle: obsessivo, rígido, metódico, minucioso, segue
rigorosamente as regras, dependente alto grau, necessidade de agradar,
sentimento constante de inadequação, evita interações sociais.

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