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NEUROANATOMIA I

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NEUROANATOMIA 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Neuroanatomia é a ciência que estuda a anatomia do 
SISTEMA NERVOSO e o sistema nervoso é aquele 
sistema capaz de integrar o corpo com o meio externo 
e, além disso, ele e capaz de fazer os ajustes 
necessários para o bom funcionamento dos órgãos 
internos. Realiza o controle das nossas funções 
internas, bem como permite diretamente a integração 
do nosso organismo com o meio externo. Ele faz isso, 
principalmente através da percepção de estímulos, 
encaminhamento de sensibilidades, processamento 
de informações e encaminhamento de respostas para 
partes do organismo que vão comandar funções 
internas, além de permitir uma ampla relação com o 
meio externo. 
 
RACIOCÍNIO CLÍNICO: Espetar a mão: o estimulo veio 
do meio externo, que gera o encaminhamento de 
uma percepção dolorosa por meio das fibras que 
carreiam os estímulos dolorosos e essa informação 
passa instantaneamente e é processada na área 
parietal e automaticamente gera uma resposta. 
 
O SISTEMA NERVOSO em sua totalidade, sendo o 
SISTEMA NERVOSO CENTRAL e o SISTEMA NERVOSO 
PERIFÉRICO, se somam para controlar as nossas 
funções internas e nossa relação com o meio externo. 
Quando falamos em equilíbrio das funções internas, 
estamos falando da HOMEOSTASE. 
 
SN – SNC e SNP – funções internas/relação externa = 
homeostase. 
 
Os dois sistemas homeostáticos que nós temos é o 
SISTEMA NERVOSO e o SISTEMA ENDÓCRINO, onde 
só conseguem fazer a homeostase se houver liberação 
de substância química. Para que tenhamos atividade 
das células é preciso ter nelas receptores e elas só 
funcionam se tiver substância química ligando a esses 
receptores. É assim que as células e as medicações 
funcionam e é assim que as doenças também se 
desenvolvem. É por meio da liberação de 
neurotransmissores que são substâncias químicas que 
o nosso organismo controla nossas funções sejam elas 
nossa movimentação voluntária e o controle dos 
nossos órgãos. Esses neurotransmissores 
normalmente atuam de maneira rápida e consistente. 
 
SN e SE – são homeostáticos – neurotransmissores 
(substância química) – receptores = controle das 
funções. 
Um exemplo de neurotransmissor conhecido é a 
ACETILCOLINA, podemos encontrá-la em toda parte 
do nosso corpo, a movimentação esquelética que 
comanda vários músculos estriados esqueléticos do 
corpo está repleta de acetilcolina. Temos também 
liberação de acetilcolina nos órgãos. A urina só sai se 
tivermos contração da bexiga urinária por meio da 
liberação de acetilcolina. O pênis só fica ereto se 
também houver liberação de acetilcolina. Dessa 
forma, nossos órgãos são comandados parcialmente 
por acetilcolina. 
 
Outros neurotransmissores mediadores químicos são 
SEROTONINA (substância do bem-estar). Muitos 
antidepressivos atuam diretamente nos circuitos 
serotoninérgicos. Na depressão tem-se uma queda de 
serotonina. Outro neurotransmissor muito importante 
é o GABA que é o principal neurotransmissor 
inibitório, podemos citar também a noradrenalina, o 
glutamato, dopamina e substancia P. 
 
Neurotransmissores: acelticolina, serotonina, GABA, 
noradrenalina, glutamato, dopamina e substancia P. 
 
GABA: principal neurotransmissor INIBITÓRIO 
 
RACIOCINIO CLINICO: A depressão pode ter várias 
causas, desde causas orgânicas quanto causas 
psíquicas. Uma causa muito comum de depressão é o 
hipotireoidismo, onde seus hormônios aceleram o 
metabolismo basal. Se houver uma diminuição desse 
metabolismo basal a pessoa pode ficar apática e com 
humor deprimido. Os transtornos do humor podem 
ser causados por fatores externos favorecidos por 
condições genéticas. 
 
O sistema endócrino também é homeostático porque 
ele libera hormônio na corrente sanguínea para 
chegar aos tecidos e conectar com receptores, mas 
geralmente a ação endócrina é mais lenta e 
prolongada. 
 
Então os dois sistemas homeostáticos que se somam 
para garantir a homeostasia do organismo são o 
SISTEMA NERVOSO e o SISTEMA ENDÓCRINO. 
 
O SISTEMA NERVOSO é subdividido em: 
 
 
O SNC é mais protegido e é formado por ENCÉFALO. A 
diferença entre encéfalo e cérebro é que o encéfalo é 
tudo o que está acima do forame magno e o cérebro é 
a maior parte do encéfalo, mas é uma parte. O 
sistema nervoso é protegido pelo crânio e pela coluna 
vertebral, sendo mais protegido que o restante do 
corpo por se tratar da área mais nobre. Ele é um local 
de conscientização e processamento das informações. 
Dessa forma, o SNC é formado pelo encéfalo que é 
tudo do sistema nervoso que está dentro da caixa 
craniana e a medula espinal ou espinhal. O encéfalo é 
subdividido estruturalmente, por partes. Portanto 
temos como definição que o encéfalo é formado pelo 
CÉREBRO, TRONCO ENCEFÁLICO e CEREBELO. Ligando 
o cérebro a medula espinhal e ao cerebelo também, 
nós temos o tronco encefálico que se subdivide em 
MESENCÉFALO, PONTE e BULBO. 
 
SN - local de conscientização e processamento das 
informações = encéfalo e medula espinal. 
 
ENCEFALO – tudo que está acima do forame magno = 
cérebro, cerebelo, tronco encefálico. 
 
CEREBRO – maior parte do encéfalo = diencéfalo e 
telencéfalo. 
 
TRONCO CEREBRAL = mesencéfalo, ponte e bulbo 
 
 
 
RACIOCINIO CLINICO: Paciente com Alzheimer 
avançado possui o córtex cerebral todo atrofiado. Dos 
86 bilhões de neurônios, metade deles estão 
funcionando porque a maioria das vias estão 
degeneradas. 
 
A grande maioria dos AVC’s sejam eles hemorrágicos 
ou isquêmicos vão ser de artéria cerebral média, mas 
pode ocorrer AVC no tronco encefálico (mesencéfalo, 
ponte e bulbo). Nesse tipo de AVC é como se o 
paciente ficasse enclausurado no próprio corpo, 
podendo também ser chamado de síndrome do 
encarceramento. 
 
Posteriormente ao tronco encefálico temos o 
pequeno cérebro que é chamado por essa razão de 
CEREBELO. O cérebro se subdivide em TELENCÉFALO 
que corresponde a maior parte e é onde as 
informações são processadas. O “miolo”, porém não 
menos importante é a região central inferior do 
cérebro chamada de DIENCÉFALO. 
 
 
 
Do forame magno até L1 ou L2 temos a MEDULA 
ESPINHAL. Os nervos são tudo que está projetado 
fora da medula. O SNP é formado por NERVOS que 
subdividem em: 31 pares de nervos espinais ou 
raquidianos que vão comandar nossas funções 
principalmente do pescoço para baixo e 12 pares de 
nervos cranianos que vão comandar principalmente 
funções relacionadas a estruturas da cabeça e 
também do pescoço. 
 
SNP – formado por nervos, plexos e gânglios do corpo. 
 
NERVOS ESPINAIS – 31 pares = funções abaixo do 
pescoço 
 
NERVOS CRANIANOS – 12 pares = funções cabeça e 
pescoço. 
 
Os GÂNGLIOS são corpos de neurônios. O neurônio é 
formado por corpo, dendritos, axônio e o filamento 
terminal para fazer conexão com outras células para 
fazer ou não a outra célula funcionar através da 
liberação de neurotransmissores. 
 
Quando temos um local formado por acúmulo de 
corpos de neurônio, chamamos isso de SUBSTÂNCIA 
CINZENTA. 
 
As informações passam de um neurônio para o outro 
acionando os dendritos e desse neurônio para a 
próxima célula ou para o próximo neurônio através do 
axônio. Tem alguns lugares onde há predominância de 
corpos de neurônios, são locais onde há muita sinapse 
e muitas ativações de circuitos. A substância cinzenta 
é um conjunto formado predominantemente por 
corpos neuronais, mas também pode ter células 
gliais. Quando falamos em acúmulo, conjunto de 
corpos neuronais no SNP isso é chamado de gânglios 
ou terminações que são terminações nervosas que 
podem ser sensitivos e motores viscerais. 
 
NEURÔNIO = corpo, dendritos, axônio e o filamento 
terminal = GANGLIOS = SUBSTANCIA CINZENTA 
ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL DO SISTEMA NERVOSO 
 
A organização funcional do sistema nervoso é 
somente pelo periférico e é dividido em SISTEMA 
NERVOSO SOMÁTICO que é o que vai permitir o 
comando, uma integração do corpo com o meio 
externo. As duas funções mais complexas que nós 
temos é a movimentação como um todo e a fala. A 
VIA EFERENTE do sistema nervososomático comanda 
os movimentos e a manutenção da postura. A VIA 
AFERENTE, ou neurônio aferente é aquela que 
percebe o estímulo sensitivo e encaminha esse 
estímulo. 
 
SNP – SNS e SNA 
VIA EFERENTE – movimentos/postura - resposta 
VIA AFERENTE – percebe/encaminha o estímulo 
 
De maneira não generalizada é o neurônio sensitivo 
que carreia as sensibilidades como dor, temperatura, 
tato, vibração, pressão, visão, olfato, paladar, ou seja, 
percebemos o estimulo e encaminhamos esse 
estímulo para ser processado. 
 
O neurônio eferente é aquele que vai encaminhar a 
resposta, seja para o músculo estriado esquelético 
para gerar algum tipo de movimentação, ou seja, para 
o órgão. A resposta pode ser somática e/ou 
autonômica. 
 
Neurônio sensitivo, aferente – encaminha o estímulo 
Neurônio eferente – encaminha a resposta 
 
Então o SISTEMA NERVOSO SOMÁTICO é controlador 
das nossas funções, interagindo nosso organismo com 
o meio externo principalmente através das 
movimentações. EFERENTE - AFERENTE 
 
 
O SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO AFERENTE conduz 
impulsos dos visceros receptores, por fibras sensitivas 
que penetram no SNC e tornam-se ou não 
conscientes. 
 
O SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO EFERENTE é 
responsável pela motricidade visceral e pelo 
funcionamento adequado de glândulas, resultando na 
secreção de substâncias vitais para a manutenção da 
HOMEOSTASE. É o que vai realizar o comando das 
funções dos nossos órgãos, das funções viscerais, ele 
é o controlador homeostático das funções viscerais. 
 
Então o SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO é o que vai 
realizar o comando das funções dos nossos órgãos, 
das funções viscerais, ele é o controlador 
homeostático das funções viscerais. EFERENTE - 
AFERENTE 
Tendo em vista isso, o sistema nervoso somático tem 
um componente aferente, que se mescla, por 
exemplo, um único estímulo no meio auditivo pode 
gerar respostas autonômicas motoras e somáticas. O 
componente eferente comanda as células do músculo 
estriado esquelético. Ele vai comandar as funções de 
movimentação e postura. Dessa maneira, esse 
sistema é voluntário. O neurotransmissor liberado na 
placa motora que é uma fenda sináptica é a 
acetilcolina e o autonômico que comanda as funções 
viscerais, o componente eferente vai ser subdividido 
em Sistema nervoso SIMPÁTICO e sistema nervoso 
PARASSIMPÁTICO. Quase todos os nossos órgãos 
possuem inervação dupla, simpática e parassimpática 
e eles vão o tempo todo balancear nossas descargas. 
 
 
 
RACIOCINIO CLINICO: Takotsubo: Miocardite, 
cardiopatia por estresse. Pode ocorrer por descargas 
adrenérgicas inadequadas em situações de estresse 
da adrenalina e a pessoa começa a fazer contrações 
irregulares da musculatura do coração. Muitos 
pacientes estão complicando por Takotsubo após 
covid, podendo ser relacionada ao estresse no covid, 
parecendo que o coração está fibrilando. Uma pessoa 
pode morrer devido choque adrenérgico. A descarga 
inadequada vem do sistema nervoso central. 
 
Os neurônios comandam nossas funções por meio de 
conexões. Um neurônio eferente faz contato com as 
células do músculo estriado esquelético, músculo liso, 
músculo estriado cardíaco e glândulas. A parte 
eferente do autonômico tanto simpático quando 
parassimpática vai fazer conexão com o músculo liso, 
como estômago, bexiga e intestino. 
 
Tanto para situações positivas quanto para negativas 
temos acionamento do sistema simpático. Em 
situação de susto é necessário que se faça midríase 
para ampliar o campo de visão, broncodilatação para 
captar mais oxigênio, porque as células estão 
consumindo mais, taquicardia para circular mais 
sangue para as células, ofertando mais nutrientes e 
oxigênio, aumentar a força de contração do coração, 
gerando uma serie de respostas de fuga, mas nesse 
momento não queremos defecar sendo inibidor dos 
sistemas genitourinario e digestório que são sistemas 
não julgados como vitais. Para esses dois sistemas, o 
estimulante será o parassimpático. Depois de um 
susto, o parassimpático vai diminuir a frequência 
cardíaca novamente, broncocontrição, fazendo 
exatamente o oposto. A micção e a defecação é 
controle do parassimpático. 
 
RACIOCINIO CLINICO: Em uma crise asmática, o 
berotec é um agonista simpático, simula a ação do 
simpático. A crise asmática é uma broncoconstrição 
causada por um agente alergênico. Às vezes a crise é 
tanta que faz um atrovent que é um antagonista 
parassimpático, inibindo o acionamento do simpático. 
Dessa forma, potencializa a broncodilatação através 
de estímulo agonista simpático e a inibição do 
parassimpático quando se faz os dois juntos, 
potencializando a broncodilatação. 
 
 
DIVISÃO DO SN COM BASE NA SEGMENTAÇÃO 
 
SN Segmentar: 
 - Medula espinal 
 - Tronco encefálico 
 
SN Supra-segmentar: 
 - Cérebro 
 - Cerebelo 
 
- Paresia: fraqueza muscular 
 
O grau de força vai de 0 a 5 (0 é plegia e de 1-5 é 
paresia) 
 
- Plegia: ausência de força e por isso ausência de 
movimento 
 
- Esboçar o movimento, com grau mínio de força 
muscular = grau 1. 
- Movimentar o membro a favor da gravidade = grau 
de força 2. 
- Vencer ativamente a gravidade = grau de força 3. 
- Vencer uma resistência leve = grau de força 4. 
- Vencer uma resistência moderada = grau de força 5. 
 
 
EMBRIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO 
 
Após a fecundação, temos a formação do zigoto a 
divisão do processo mitótico, forma mórula, 
blastômero e formação do blastocisto que se implanta 
no endométrio. Após a implantação, formamos os 
folhetos embrionários capazes de se diferenciar nos 
tecidos. Os 3 folhetos são: ENDODERMA, 
MESODERMA e ECTODERMA. 
 
O ECTODERMA que dará origem aos elementos do SN. 
 
No ectoderma, estimulado pela NOTOCORDA temos 
um espaçamento chamado de PLACA NEURAL. Essa 
placa neural vai sofrer uma invaginação e formar o 
SULCO NEURAL, aprofundou mais forma-se a goteira 
neural, e os lados da goteira neural vão se unir para 
formar o TUBO NEURAL. A sobra da união dos lados 
da goteira neural vai formar a CRISTA NEURAL. O 
tubo neural dá origem ao SNC. 
 
Qual a origem embrionária do telencéfalo, diencéfalo, 
medula, cerebelo? O TUBO NEURAL. O tubo neural dá 
origem aos elementos do SNC. 
 
 
 
 
 
SALIÊNCIAS PRIMÁRIAS 
 
- PROSENCÉFALO: corresponde a parte anterior do 
encéfalo. Divide –se em: Telencéfalo e Diencéfalo. 
- MESENCÉFALO: corresponde a parte média do 
cérebro. 
- ROBOENCÉFALO: corresponde a parte posterior do 
cérebro. Divide-se em: Metencéfalo e Mielencéfalo. 
 
Na 4ª semana gestacional já teremos a formação das 
3 saliências primárias (prosencéfalo, mesencéfalo e 
roboencéfalo). O crescimento é cefalo-caudal sendo o 
prosencéfalo mais desenvolvido do que o 
roboencéfalo. 
 
Já na 5ª semana o prosencéfalo se subdivide em 
telencéfalo e diencéfalo. Se um bebê nasce com má-
formação no prosencéfalo vai ter uma má-formação 
do cérebro. 
 
O mesencéfalo permanece como mesencéfalo. 
O roboencéfalo na 5ª semana se subdivide em 
metencéfalo (ponte e cerebelo) e mielencéfalo 
(bulbo). 
 
 
 
Síndrome do Bebê Sacudido: concussões (inflamações 
nos axônios causadas pelo movimento de vai e vem 
da cabeça, favorecendo degenerações e não 
realização de mielinização. 
 
A LUZ DO TUBO NEURAL vai dar origem ao sistema 
ventricular, que é o sistema de produção e 
armazenamento do líquor (temos em torno de 140 ml 
de líquor) que banha o SNC permitindo sustentação, 
proteção contra choques mecânicos, e serve para 
punções para fins diagnósticos. 
 
LUZ DO TUBO NEURAL – sistema ventricular = líquor 
 
 
Cavidades (que originará o sistema VENTRICULAR) 
 
 
 
- PROSOCELE: formará os ventrículos laterais direito e 
esquerdo onde temos a maior produção do líquor e 
depois o líquor escorre para o 3º ventrículo, que é o 
espaço ventricular entre os dois diencéfalos por meio 
do forame interventricular. 
- MESOCELE: formará o aqueduto cerebral (ou 
Aqueduto de Silvius) que permite a passagem do 
líquor do 3º ventrículo para o 4º ventrículo. 
- ROMBOCELE: formará o 4° ventrículo. E do 4º 
ventrículo o líquoratinge o espaço subaracnóide para 
banhar o SNC e depois ser absorvido dentro das 
meninges por meio das estruturas chamadas 
granulações aracnóideas e depois absorvido no 
plasma sanguíneo. 
A cirurgia de DVP (derivação ventrículo peritoneal). 
realizada para hidrocefalia por meio de um orifício na 
cabeça, implanta uma válvula/cateter no ventrículo 
lateral ou 3º ventrículo, e quando enche muito a 
válvula se abre e é drenado para o peritônio 
 
- A origem da medula espinhal é na parte caudal do 
tubo neural. 
 
- Corticogênese: processo de formação do córtex 
cerebral. Camadas geradas durante a corticogênese: 
zona ventricular e zona marginal. 
- Conforme os neurônios vão surgindo como eles 
migram para formar o encéfalo, eles começam a se 
formar na região mais centralizada e vão migrando 
seus corpos para o córtex. 
- Camadas intermediárias: zona marginal, zona 
cortical, zona subplaca, zona intermediária, zona 
subventricular, zona ventricular. 
 
 
 
Mielomeingocele: não fechamento da medula espinal 
com extravasamento das meninges e do líquor. 
 
Meningocele: não fechamento dos ossos occipitais e 
crista neural com extravasamento das meninges e 
líquor. 
 
 
 
 
TECIDOS NERVOSOS – ASPECTOS CELULARES 
 
Dois tipos celulares que compõe o Tecido Nervoso: 
 
- CÉLULAS DA GLIA: vários tipos de células que se 
entrelaçam aos neurônios permitindo apoio, 
sustentação, isolamento, aumento da velocidade da 
propagação de impulso, armazenamento de glicose na 
forma de glicogênio, auxílio na defesa, na retirada de 
substâncias por meio de endocitose e fagocitose, 
modulação da atividade neuronal. Dependendo do 
local do SN podemos ter mais células da glia do que 
neurônios, no cerebelo temos mais neurônios do que 
neuroglia, na região cortical temos mais células gliais 
do que neurônios. Temos na região encefálica 86 
bilhões de neurônios. 
 
 
 
- NEURÔNIO: é a célula funcional alto excitável do SN. 
 
 
 
 
COMPOSIÇÃO DOS NEURÔNIOS 
 
 
 
 
- DENDRITOS: são prolongamentos do corpo do 
neurônio, sendo áreas receptivas de percepções 
sinápticas. Cada vez que temos um neurônio 
arborizando e fazendo conexões sinápticas com 
outros neurônios, a grande maioria das vezes essas 
conexões se dão em áreas dendríticas, sendo terminal 
sináptico com área dendrítica de outro neurônio. 
Quando estímulos ou neurotransmissores são 
liberados nessas áreas receptivas dos dendritos, 
geram várias reações iônicas na membrana dos 
dendritos que desencadeiam uma despolarização ou 
hiperpolarização desses dendritos. *Leia o Quadro* 
- CORPO (soma ou pericário): é o centro metabólico 
do neurônio, apresentando núcleo, organela 
(lisossomos e ribossomos, REL e RER). 
 
- AXÔNIO: é um prolongamento único responsável 
pela produção do impulso nervoso (elétrico) bem 
como sua propagação. O axônio é igual a uma fibra 
nervosa que pode ter nanômetros de comprimento 
ou até metros de comprimento. 
 
- TERMINAÇÕES SINÁPTICAS: é a arborização do 
axônio capaz de fazer conexão com uma ou várias 
células seguintes. 
 
 
O potencial de repouso de membrana das células no 
geral é de - 70mv. Sabendo que dentro das células 
tem mais carga negativa do que fora da célula. 
Quando um neurotransmissor encaixa com seu 
receptor, isso gera alterações conformacionais que 
permitem a abertura de canais iônicos, apresentando 
um aumento da carga positiva no interior da célula ou 
diminuição das cargas positivas no interior da célula. 
Quando há abertura dos canais de Na+ por exemplo, 
entra muito Na+ e sai pouco K+ ambos são positivos, 
mas se entrou mais Na+ vai ocorrer a 
DESPOLARIZAÇÃO da membrana. Só que as sinapses 
que estão fazendo esse contato não despolarizam a 
membrana o suficiente para chegar no limiar do 
potencial de ação, e aí temos uma coleta de várias 
conexões que vão oscilar o potencial de ação e de 
maneira somatória, essa oscilação é encaminhada 
para o cone de implantação do axônio. 
 
 
 
Sinapse: local de transmissão da informação entre 
o neurônio e a célula seguinte. E ela deve culminar 
ou na ativação ou desligamento da célula 
seguinte. 
 
Sinapse Química: é aquela que tenho a liberação 
de neurotransmissor na fenda sináptica e podem 
ser divididas em: 
 
 -Interneuronal: se dá entre 2 neurônios 
(acontece o tempo todo). 
 
-Neuroefetora: se dá entre neurônios e músculo 
estriado esquelético, músculo liso, músculo 
estriado cardíaco e glândulas. 
 
 
 
Temos vários neurotransmissores excitatórios, os mais 
comuns: 
 
- Acetilcolina (Ach) 
- Glicina, glutamato, asparato 
- Dopamina, adrenalina, noradrenalina, histamina 
- Substância P, endorfina 
Neurotransmissor inibitório: GABA 
 
Ex. de medicação que atua com efeito gabaérgico, 
aumentando a concentração de GABA na fenda 
sináptica? Benzodiazepínicos, elas atuam aumentando 
a concentração de GABA na fenda sináptica inibindo a 
ação dos neurônios nos circuitos gabaérgicos. 
 
As substâncias produzidas pelo corpo do neurônio 
seguem um fluxo axoplasmático: 
 
-Anterógrado: do corpo até o terminal sináptico; 
-Retrógrado: contaminação distal com fluxo de 
contaminação ascendente (ex. doença da raiva 
humana). 
 
TIPOS DE NEURÔNIOS 
 
- MULTIPOLARES: vários dendritos e um único axônio 
(grande maioria) 
- BIPOLARES: um dendrito e um axônio (encontrados 
na retina); 
- PSEUDO - UNIPOLARES: apresentam dois 
prolongamentos, com fusão posterior de suas partes 
iniciais (fibras aferentes dos nervos raquidianos). 
 
 
 
 
 
SINAPSE QUÍMICA 
 
As sinapses químicas se dividem em neuronais e 
efetoras e obrigatoriamente precisamos ter seus 
componentes básicos juntamente com os 
neurotransmissores, precisa ter o mediador químico. 
 
Ex. de uma doença que interfere nos mediadores 
químicos: Miastenia gravis doença de junção 
neuromuscular mais prevalente na população (Ach 
não faz seu papel para contração muscular), paciente 
apresenta visão dupla, ptose palpebral, fraqueza 
muscular. 
 
 
 
 
MECANISMO DE TRANSMISSÃO SINAPTICA 
 
 
 
 
SINAPSE EXCITATÓRIA 
 
Na imagem acima observamos a junção neuro-
muscular (placa motora) de uma sinapse excitatória 
(gera a contração da célula seguinte): 
1. Geração e propagação do impulso elétrico. 
 
2. Abertura dos canais de Ca2+ e Influxo de Ca2+ no 
neurônio pré-sináptico: O impulso gera 
despolarização do potencial elétrico da membrana 
pré-sináptica. Então quando o impulso chega na 
membrana pré-sináptica com essas oscilações gera a 
abertura de canais de Ca2+ e influxo de Ca2+ no 
neurônio pré-sináptico. 
 
3. Exocitose de neurotransmissor na fenda sináptica: 
A entrada de Ca2+ gera uma série de alterações 
conformacionais e vai promover a fusão da vesícula 
sináptica com a fenda sináptica liberando o 
neurotransmissor na fenda. 
 
4. Encaixe do neurotransmissor com receptor de 
membrana pós-sináptica: O neurotransmissor se 
encaixa no receptor de membrana pós-sináptica. Esse 
encaixe é suficiente para gerar uma alteração 
conformacional que abrem canais de Na+ (não é a 
bomba de Na+k+). 
 
5. Abertura dos canais iônicos: abertura dos canais de 
Na+com influxo de Na+. 
 
6. Despolarização da placa motora e P.A da fibra 
muscular: O influxo Na+ gera a despolarização da 
placa motora – P.A na fibra muscular (liberação de 
Ca2+ pelo retículo sarcoplasmático e conexão de 
actina e miosina para contração muscular). 
 
7. Degradação e Reaproveitamento do 
Neurotransmissor. Acetilcolinesterase que quebra a 
Ach em Acetato e Colina, o acetato vai ser eliminado 
absorvido pelo organismo e a colina vai ser recaptada 
sendo introduzida novamente no neurônio servindo 
como substrato para formação de nova Ach e ela 
entra por meio de uma bomba de captação 
 
SINAPSE INIBITÓRIA 
 
Possui a mesma representação da sinapse excitatória, 
com neurônio pré-sináptico, neurônio pós-sináptico e 
a sequência é a mesma com a geração e propagação 
do impulso, abertura de canais de Ca2+ liberando 
neurotransmissores (GABA – ácido gama -
aminobutírico) na fenda sináptica, o GABA vai ter seu 
encaixe perfeito na membranapós-sináptica com a 
abertura do canal de Cl- (cloro) ocorre uma 
hiperpolarização do neurônio inibindo sua ação. O 
mecanismo de ação dos benzodiazepínicos vai ser 
potencializar a ação do GABA na célula. 
 
O neurotransmissor após ser utilizado vai ser 
degradado ou reaproveitado. No circuito da Ach como 
é feito a degradação ou reaproveitamento do 
neurotransmissor: através de ação enzimática ou da 
bomba de captação que fica na membrana pré-
sináptica. A Ach na fenda sináptica depois que ela foi 
utilizada ela vai ser degradada via ação enzimática 
pela Acetilcolinesterase que quebra a Ach em Acetato 
e Colina, o acetato vai ser eliminado absorvido pelo 
organismo e a colina vai ser recaptada sendo 
introduzida novamente no neurônio servindo como 
substrato para formação de nova Ach e ela entra por 
meio de uma bomba de captação. Portanto, 
medicamentos ou patologias podem atuar via bomba 
de captação. 
 
 
 
Na doença autoimune Miastenia gravis o sistema 
imune começa produzir um ANTICORPO muito 
semelhante a Ach e ele começa a competir com a Ach 
e se acopla no receptor da Ach e ainda destrói, quanto 
antes o diagnóstico é feito melhor é o prognóstico 
para início do tratamento. 
 
Em situações em que a Ach não consegue se encaixar 
na membrana pós-sináptica é preciso dar uma 
medicação que inibe a ação da acetilcolinesterase 
como a fisostigmina. Se ela está inibida a Ach vai ficar 
na fenda sináptica por mais tempo. 
 
 
CÉLULAS GLIAIS/NEURÓGLIA 
 
Células Gliais/Neuróglia: células que se entrelaçam 
aos constituintes neuronais e vão fazer funções 
auxiliares de isolamento, revestimento, defesa, 
modulação da atividade neuronal. 
 
SNC: Astrócitos, Oligodendrócitos, Microgliócitos, 
Células ependimárias. 
 
 
- ASTRÓCITOS: forma de estrela, abundantes e com 
inúmeros prolongamentos. Eles 
abraçam a região dos corpos 
neuronais e região sináptica 
promovendo sustentação e 
isolamento; modulação da 
atividade neuronal. Local de 
armazenamento de glicogênio; 
formam cicatrizes no tecido nervoso lesado; realizam 
a fagocitose em caso de degeneração do axônio. 
 
Os neurônios são extremamente sensíveis e seletivos, 
se entrar qualquer substância como lipídeos, 
proteínas em alta concentração é tóxico, então temos 
uma peneira maior vascular promovida pela 
característica dos capilares, pela projeção dos pés 
vasculares dos astrócitos aumentando a seletividade 
daquilo que pode passar e o que não pode. Os 
astrócitos ajudam a formar a barreira 
hematoencefálica. 
 
Gliose: é a cicatrização do tecido nervoso, sendo uma 
proliferação dos prolongamentos dos astrócitos 
formando vários focos de gliose. 
Na imagem observamos vários 
focos de gliose na doença de 
Esclerose Múltipla que é uma 
doença desmielinizante do SNC, 
caracterizada por déficits 
flutuantes neurológicos espassados no tempo e por 
gliose em imagem. 
 
De todas as células gliais os ASTRÓCITOS são os mais 
IMPORTANTES, desempenha várias funções. 
 
 
- OLIGODENDRÓCITOS: menores 
que os astrócitos, possuem 
poucos prolongamentos, 
formam a bainha de mielina em 
axônios do sistema nervoso 
central e na periferia quem 
produz bainha de mielina são as 
células de Schwann. A bainha de 
mielina é uma capa lipoproteica 
que isola e reveste o axônio e 
também acelera a propagação 
do impulso neuronal, não sendo 
contínua por toda a fibra, o que 
forma em suas interrupções os 
nódulos de Ranvier. 
 
 
 
- MICROGLIÓCITOS: são células pequenas, alongadas 
e com poucos prolongamentos, realiza remoção por 
endocitose de células mortas e microrganismos 
(considerada célula de defesa). 
 
- CÉLULAS EPENDIMÁRIAS: células epiteliais que 
revestem o sistema ventricular e o canal da medula 
espinhal, e nos ventrículos se alteram formando os 
plexos coróides (correspondem a células 
Ependimárias diferenciadas mescladas à pia-máter) 
que são responsáveis pela formação do líquor. Se 
apresentar um desarranjo nas células Ependimárias o 
paciente pode apresentar hidrocefalia. 
 
NEURÓGLIA do SNP: células satélites que se localizam 
nos gânglios, essas células satélites envolvem a soma 
ou pericárdio dos neurônios nas regiões dos gânglios 
onde temos os corpos neuronais. 
 
CÉLULAS DE SCHWANN: são as células cujo os 
prolongamentos vão formar a bainha de mielina dos 
neurônios periféricos. 
 
**Doença de Guillain Barré: é uma polineuropatia 
inflamatória periférica, inflamação da bainha de 
mielina de forma ascendente, simétrica na bainha de 
mielina do SNP, causada por Zica vírus, Toxoplasmose, 
COVID-19. 
 
 
 
 
 
 
O SNC regenera? Não temos uma regeneração 
neuronal a partir do momento que tenho uma lesão. 
O que explica ex.: uma criança com tumor e necessitar 
de uma cirurgia com retirada de um hemisfério 
cerebral todo? Com tratamento o cérebro cresceu, 
não temos proliferação mitótica, mas temos 
neuroplasticidade que é a capacidade que os 
neurônios tem de criar colaterais sinápticos para 
desenvolver novas habilidades, por isso ela 
desenvolve as atividades e habilidades que foram 
perdidas. 
 
BAINHA DE MIELINA 
 
- Composta de lipídeos e proteínas 
- Isolante 
- Nódulos de Ranvier 
- Aumenta a velocidade de condução do impulso 
- Condução saltatória. 
 
NERVOS 
 
Conjunto de fibras nervosas sensitivas e motoras 
associadas com fibras colágenas. 
 
Envoltórios: 
 
- EPINEURO (reveste o nervo como um todo) 
- PERINEURO (os fascículos o revestimento será o 
perineuro) 
- ENDONEURO (revestimento mais íntimo que reveste 
o axônio antes da bainha de mielina). 
 
 
 
 
MEDULA ESPINAL 
 
A medula espinal é uma 
estrutura cilíndrica composta 
por tecido nervoso que tem 
aproximadamente 40 cm de 
comprimento. Ela ocupa e é 
protegida pelo canal vertebral. 
 
Os limites anatômicos da 
medula são: 
 
- Limite Superior: cranialmente, 
a medula limita-se com o bulbo, 
aproximadamente ao nível do 
forame magno do osso occipital. 
 
- O limite caudal da medula tem 
importância clínica e no adulto 
situa-se geralmente na 2ª 
vértebra lombar (L2). 
 
- A medula termina afilando-se 
para formar um cone, o cone 
medular, que continua com um 
delgado Filamento meníngeo, o 
filamento terminal. 
 
 
 
 
 
 
 
Dica para prova: Não existe nervo no SNC, eles 
são um conjunto de fibras axonais isoladas por 
membrana de tecido conjuntivo. Nervo é 
periférico. 
O que é a intumescência cervical ou lombar? É 
uma região onde temos uma dilatação do 
seguimento medular por um aumento do 
número de constituintes neuronais na medula. 
Substância cinzenta do SNC: 
- A nível medular são os cornos; 
- Anível encefálico núcleos (conjunto 
delimitado); no córtex é predominante de 
corpos de neurônios (substância cinzenta); 
- A Substância cinzenta do SNP são os gânglios. 
 
 
FUNÇÕES PRINCIPAIS: emergem 31 pares de nervos 
espinhais ou raquidianos e eles são formados de fibras 
motoras e sensitivas e essas fibras estão 
correlacionadas com a inervação dos seguimentos 
corporais distintos do pescoço para baixo. 
 
- A medula espinhal corresponde funcionalmente 
como uma via que carreia informações sensitivas e 
motoras do corpo, do pescoço para baixo. 
- Está relacionada com a inervação sensitiva e motora 
dos vários segmentos corporais. 
- Controle dos movimentos reflexos (primitivos). 
 
 
 
 
 
**Punção Liquórica é realizada em níveis abaixo de L2 
e a prioridade é fazer entre L3 e L4 por ser um espaço 
maior e com mais facilidade. 
 
Relação Topográfica vértebro-medular: notoriamente 
sabemos que a medula não tem o mesmo tamanho da 
coluna vertebral apesar de estar dentro do canal 
vertebral. Durante o desenvolvimento intra-
embrionário até o 4º mês de vida o crescimento é 
igual, então a medula é o mesmo tamanho da coluna 
vertebral. Depois do 4º mês a coluna acelera seu 
desenvolvimento em relação a medula espinhal, ela 
passa a crescer mais. 
 
Os nervos vão sair da medula e passar entre os 
forames intervertebrais e vão ter nomenclaturas de 
acordo com seu segmento. A medula tem os mesmos 
segmentos da coluna, porém é menor do quea 
coluna. Dessa maneira os nervos mais inferiores se 
prolongam antes de ter a passagem pela vértebra 
correspondente. 
 
DERMÁTOMO: segmento da pele que é inervado 
pelas fibras SENSITIVAS de um único nervo espinhal. 
 
MIÓTOMO: segmento muscular que é inervado 
pelas fibras MOTORAS de um único nervo espinhal. 
 
Segmentos da medula: 
- 8 cervicais 
- 12 torácicos 
- 5 lombares 
- 5 sacrais 
- 1 coccígeo 
 
Conseguimos identificar 
o nível da lesão do 
paciente em termos 
medular e coluna 
vertebral. 
 
 
 
- C5 já tem acometimento da musculatura 
respiratória. 
 
- Linha do mamilo T4. 
- Linha umbilical T10. 
- Virilha L1. 
- Joelho L2 a L4. 
- Pé (posterior) L5 a S1. 
 
É muito importante para o médico conhecer a 
correspondência entre vértebra e medula. Para isso, 
existe a seguinte regra prática (ver imagem): entre os 
níveis das vértebras C2 e T10, adiciona-se 2 ao 
número do processo espinhoso da vértebra e tem-se 
o número do segmento medular subjacente. 
Assim, o processo espinhoso da vértebra C6
sobre o segmento medular C8; o da vértebra T
sobre o segmento T12. Aos processos espinhosos das
vértebras T11 e T12 correspondem os cinco 
segmentos lombares, enquanto ao processo 
espinhoso de L1 correspondemos cinco segmentos 
sacrais. Esta regra não é muito exata, sobretudo nas 
vértebras logo abaixo de C2, mas na prática ela 
funciona bastante bem. 
 
 
Outro ex. um paciente apresentou uma fratura 
cominutiva de T11 e T12, sabemos então que de L1 
para baixo tudo vai estar comprometido (micção, 
ereção, defecação e MMII). 
 
- Avaliação vertebral +2 para achar o segmento 
medular; 
- Para achar o segmento vertebral se eu já tenho na 
avaliação o dermátomo e miótomo 
quero achar a vértebra que gerou o problema 
 
EX. Paciente com dermátomo e miotómo acometido 
em região umbilical, o seguimento medular 
acometido é T10 (porque T9 o paciente sentiu), se 
Assim, o processo espinhoso da vértebra C6 está 
sobre o segmento medular C8; o da vértebra T10 
sobre o segmento T12. Aos processos espinhosos das 
orrespondem os cinco 
lombares, enquanto ao processo 
espinhoso de L1 correspondemos cinco segmentos 
muito exata, sobretudo nas 
mas na prática ela 
 
Outro ex. um paciente apresentou uma fratura 
de T11 e T12, sabemos então que de L1 
para baixo tudo vai estar comprometido (micção, 
para achar o segmento 
Para achar o segmento vertebral se eu já tenho na 
avaliação o dermátomo e miótomo acometido e 
quero achar a vértebra que gerou o problema -2. 
EX. Paciente com dermátomo e miotómo acometido 
em região umbilical, o seguimento medular 
acometido é T10 (porque T9 o paciente sentiu), se 
esse acometimento foi em decorrência de uma fratura 
traumática em segmento de coluna vertebral onde 
provavelmente estaria a fratura? Em vértebra T8.
 
Choque medular: trauma importante na medula 
desencadeando um processo inflamatório que pode 
gerar uma plegia no paciente que vai recuperar com 
anti-inflamatórios e fisioterapia, sem sequelas com 
diagnóstico de trauma raquimedular com choque 
medular. 
 
Aula 03/03/2022- Camila Vaz Fernandes
 
Falamos em aulas anteriores sobre o conceito da 
medula, localização, proteção por meio da coluna 
vertebral, os limites anatômic
como por exemplo, a condição de topografia vertebro 
medular, onde foi apontada toda história relacionada 
ao desenvolvimento da medula e da coluna e da 
importância disso para nossa prática clínica do dia a 
dia, da identificação de der
para procedimento como raquianestesias, peridural 
que vamos dar continuidade na aula de hoje. Falamos 
também das principais funções. Nosso próximo passo 
é a parte de envoltórios da medula antes de darmos 
sequência na parte que já viram 
 
 
ENVOLTÓRIO SN
 
Antes de prosseguirmos gostaria de fazer um adendo 
em relação aos envoltórios. Não é apenas envoltório 
da medula espinhal. Esses envoltórios são contínuos e 
vão envolver todo o sistema nervoso central, encéfalo 
e medula que são basicamente as meninges, a 
MÁTER, PIA-MÁTER E ARACNOIDE.
 
ENVOLTORIOS – todo o SNC 
Meninges = DURA-MATER, PIA
 
Meninges são membranas formadas por tecido 
conjuntivo, algumas têm mais e outras menos tecido, 
mas é formada por tecido conjuntivo e são 
responsáveis por envolver, sustentar, proteger e 
isolar o sistema nervoso central
entre duas dessas meninges, o espaço onde temos a 
circulação do liquor e automaticamente o liquor 
oferece algumas funções importantes como 
amortecimento de impactos. Junto com o liquor 
temos a penetração de vasos sanguíneos no espaço 
subaracnóideo e acaba que essas meninges
associados promovem uma facilitação para a 
penetração dos vasos sanguíneos na nutrição do 
tecido nervoso. 
 
Temos algumas funções relevantes associadas a essas 
três meninges. As meninges de fora para dentro, ou 
esse acometimento foi em decorrência de uma fratura 
mática em segmento de coluna vertebral onde 
provavelmente estaria a fratura? Em vértebra T8. 
trauma importante na medula 
desencadeando um processo inflamatório que pode 
gerar uma plegia no paciente que vai recuperar com 
e fisioterapia, sem sequelas com 
diagnóstico de trauma raquimedular com choque 
Camila Vaz Fernandes 
Falamos em aulas anteriores sobre o conceito da 
medula, localização, proteção por meio da coluna 
vertebral, os limites anatômicos com as correlações, 
como por exemplo, a condição de topografia vertebro 
medular, onde foi apontada toda história relacionada 
ao desenvolvimento da medula e da coluna e da 
importância disso para nossa prática clínica do dia a 
dia, da identificação de dermatomos, miotomos e 
para procedimento como raquianestesias, peridural 
que vamos dar continuidade na aula de hoje. Falamos 
também das principais funções. Nosso próximo passo 
é a parte de envoltórios da medula antes de darmos 
sequência na parte que já viram com a Mariana. 
ENVOLTÓRIO SNC 
Antes de prosseguirmos gostaria de fazer um adendo 
em relação aos envoltórios. Não é apenas envoltório 
da medula espinhal. Esses envoltórios são contínuos e 
vão envolver todo o sistema nervoso central, encéfalo 
e são basicamente as meninges, a DURA-
MÁTER E ARACNOIDE. 
todo o SNC – contínuos = meninges 
MATER, PIA-MATER e ARCNOIDE 
Meninges são membranas formadas por tecido 
conjuntivo, algumas têm mais e outras menos tecido, 
mas é formada por tecido conjuntivo e são 
envolver, sustentar, proteger e 
isolar o sistema nervoso central. Além disso, temos 
meninges, o espaço onde temos a 
circulação do liquor e automaticamente o liquor 
oferece algumas funções importantes como 
amortecimento de impactos. Junto com o liquor 
temos a penetração de vasos sanguíneos no espaço 
subaracnóideo e acaba que essas meninges e o liquor 
associados promovem uma facilitação para a 
penetração dos vasos sanguíneos na nutrição do 
Temos algumas funções relevantes associadas a essas 
três meninges. As meninges de fora para dentro, ou 
seja, de externo para interno, de mais lateralizado 
para mais íntimo ao tecido são denominadas como 
DURA-MÁTER que podemos chamar de Pac meninge 
porque ela tem mais tecido conjuntivo aderido na sua 
formação e acaba sendo a meninge mais espessa e a 
ARACNOIDE e a PIA-MÁTER que juntas formam a 
leptomeninge ou as leptomeninges que são meninges 
mais delgadas, mais frágeis, totalmente 
avascularizadas e desprovidas de inervação. 
 
DURA-MATER = externo p/ interno – mais tecido 
conjuntivo – espessa 
ARACNOIDE e PIA-MATER – delgadas, frágeis 
 
Quando falo que a aracnoide e a pia-máter que é a 
mais íntima não são vascularizadas e a gente vê que 
entre elas passa veia e artéria fica estranho. Na 
verdade elas se nutrem por meio do liquor que é o 
liquido cérebro espinal ou cefalorraquidiano, mas elas 
permitem que os vasos sanguíneos passem entre elas 
para penetrar no tecido nervoso. A dura-máter é a 
mais espessa, mais resistente, confere maior proteção 
tanto é que quando vamos realizar uma 
raquianestesia tem que sentir o último estalinho, a 
última resistência pela passagem da agulha entre os 
processosespinhosos penetrando nos músculos, nos 
ligamentos e a última resistência oferecida é a da 
dura-máter e automaticamente posteriormente já 
estamos no espaço subaracnóideo. 
 
 
 
As três meninges recobrem o tecido nervoso central, 
encéfalo e medula e quando chega ao cone medular 
que é a última parte da medula espinhal temos a 
aracnoide e a pia-máter envolvendo essa região, mas 
nós temos a dura-máter vinda até a região de S2 
sacral. A dura-máter se prolonga para envolver parte 
da cauda equina e se fixar em um fundo cego que é o 
fundo do saco da dura-máter ao nível de S2 sacral e 
temos, portanto um local onde teremos um acúmulo 
de liquor onde podemos realizar a raquianestesia. 
 
O que é a raquianestesia? É um procedimento 
anestésico que devemos fazer pelo risco de pegar 
tecido nervoso no nível abaixo da medula espinhal. 
Abaixo de L2 qualquer espaço pode-se realizar a 
raquianestesia ou a punção lombar para fins de coleta 
de liquor para fins de diagnóstico. Então temos a 
possibilidade de nessa região inserir a agulha que vai 
coletar o liquor ou que vai infundir o anestésico para 
bloquear as raízes nervosas nessa região. Temos, 
portanto a possibilidade de realizar nesses locais. 
 
Qual o local padrão que realizamos pela facilidade de 
localização? Realizamos tanto a punção liquorica 
quanto anestesia raquina região lombar, geralmente 
entre L3 e L4. 
 
 
Sempre lembrando que deve ser abaixo de L2, porque 
é nessa região que temos a cauda equina que são os 
filamentos nervosos e, portanto fica difícil de 
pinçarmos, pois eles estão livres, não havendo risco 
de injetarmos dentro do tecido nervoso, por ter nessa 
região apenas filamentos livres da cauda equina e não 
mais medula espinhal. 
 
Onde é realizada a raquianestesia? Geralmente o 
espaço padronizado é entre L3 e L4. 
 
Como fazemos para encontrar esse espaço? Pegamos 
a crista ilíaca, pegamos o ponto mais elevado da crista 
ilíaca do paciente, o que não é difícil e vamos traçar 
uma linha imaginária horizontalmente e esse nível vai 
coincidir com o processo espinhoso de L4. Então se é 
entre L3 e L4, pegamos esse processo espinhoso como 
referência e pedimos o paciente para fletir o tronco, 
pois quando ele flete o tronco, o espaço entre um 
processo espinho e outro aumenta e aí fica mais fácil 
e livre para que a agulha adentre entre o espaço de L3 
e L4 para a realização da raquianestesia. 
 
Quando usar a raquianestesia? Em vários tipos de 
cirurgia. Tanto a raquianestesia quanto a peridural 
tem suas indicações e contraindicações, mas um 
exemplo clássico é uma cesariana, onde temos que 
fazer a abordagem de incisão cirúrgica mais em baixo 
ventre, sem riscos maiores. 
 
A PERIDURAL pode fazer em qualquer nível da coluna 
vertebral porque a raquianestesia é feita no espaço 
subaracnóideo que contém o liquor. Já a peridural é 
outro tipo de anestesia que fazemos entre a dura-
máter e o periósteo da coluna vertebral. 
Se o paciente tiver um grande lipoma nessa região, 
subimos ou descemos um pouco. 
 
Se tiver artrose, ou uma ponta óssea que não está 
deixando a agulha passar basta subirmos ou 
descermos um pouco. 
Entre as meninges e a coluna vertebral, existem 
espaços. O primeiro espaço é entre a dura-máter e o 
periósteo do canal vertebral, ou seja, o periósteo das 
vértebras e o espaço que está por fora da dura-máter 
chamamos de ESPAÇO EPIDURAL. Esse espaço é 
preenchido por gordura. Possui um tecido adiposo 
vertebral contendo várias veias, vasos sanguíneos do 
plexo venoso vertebral que faz uma comunicação de 
passagem de sangue tanto da coluna vertebral quanto 
da região medular e isso é importante porque às 
vezes temos um câncer que já disseminou para a 
coluna e disseminametástase para medula espinhal e 
encéfalo. 
 
Qual é a via de disseminação? São as comunicações 
vasculares tanto de órgãos da região abdominal e 
pélvica para esses vasos da coluna vertebral por meio 
de veias, por exemplo, lombares, intercostais, onde 
temos essas comunicações que infelizmente 
permitem em fluxo retrógrado a disseminação, por 
exemplo, de células cancerígenas. Temos a dura-
máter e por fora dela, entre ela e a vertebra temos o 
ESPAÇO EPIDURAL onde é realizada a anestesia 
chamada peridural, por isso que a peridural pode ser 
feita em qualquer segmento da coluna vertebral 
porque ela não perfura a dura-máter, sendo o risco 
bem menor de atingir o tecido, ou seja, de atingir a 
medula espinhal e gerar lesões duradouras e 
irreversíveis na medula do paciente. Entre a dura-
máter e a aracnoide nós temos um espaço 
denominado de ESPAÇO SUBDURAL, que é virtual e 
contém apenas uma subcamada de líquido 
praticamente imperceptível e ele passa a ser 
importante quando temos coleção de líquido ou 
quando temos alguma massa, porém a nível medular 
isso não acontece muito, mas pode acontecer, mas é 
muito mais comum no espaço subdural do crânio, ou 
seja, do encéfalo nós termos acometimentos 
importantes e por fim entre a aracnoide e a pia-máter 
nós temos o ESPAÇO SUBARACNOIDEO. O espaço 
subaracnóideo vai permitir comportar e a circular o 
liquor, ou o líquido cérebro-espinhal, 
cerebrorraquidiano, ou seja, é este espaço que ele vai 
preencher e é nesse espaço que ele vai circular. 
 
 
ESPAÇO EPIDURAL: dura-máter e o periósteo do canal 
vertebral 
ESPAÇO SUBDURAL: dura-máter e a aracnoide 
ESPAÇO SUBARACNOIDEO: aracnoide e a pia-máter 
 
A imagem abaixo é uma ressonância magnética. 
Podemos ver nitidamente o corpo vertebral, os discos 
intervertebrais, a setinha aponta a vertebra C7 e 
conseguimos perceber as diferentes densidades, onde 
a região mais hipodensa é a medula, onde podemos 
ver o liquor, depois do liquor vemos a dura-máter, 
porque in vivo a dura-máter é coladinha com a 
aracnoide. Vemos também a gordura do espaço 
epidural. Ao chegar próximo de T1 e T2, T3 e T4 
vertebral, de T1 a T4 vertebral, medular seria T3 a T6, 
porque aprendemos que temos que somar 2 para 
encontrarmos o dermatomo e miotomo acometido. 
Porém, vemos uma massa e a dura-máter fica toda 
borrada e crescida, isso é um MENIGIOMA, que é um 
tumor da dura-máter que está comprimindo toda 
medula espinhal. Nessa pessoa, os funículos e cornos 
estão todos comprimidos. Supomos que esse paciente 
chegou com a clínica na neurologia pegando de 
terceiro dermatomo e miotomo para baixo com 
perturbações de sensibilidade e motricidade dessa 
região para baixo porque tem um tumor crescendo na 
meninge desse paciente que está comprimindo toda a 
passagem de informação pela medula espinhal ao 
nível torácico alto. É necessário fazer a cirurgia para 
retirada e estimular muito porque com certeza tem 
distúrbio de condução de informação. É um paciente 
que pode ter parestesias que é alteração da 
sensibilidade, formigamentos nos membros inferiores, 
pode ter comprometimento da força em membros 
inferiores e do tronco porque a informação motora do 
primeiro neurônio motor para o segundo não está 
conseguindo passar por causa desse meningioma que 
se está com comprometimento de nível vertebral de 
T1, T2, T3 e T4, medular vamos somar 2, então será de 
T3 a T6. 
 
 
 
ANATOMIA MACROSCÓPICA DA MEDULA ESPINHAL 
Esse é um corte transverso da medula espinhal, onde 
observamos uma inversão dos componentes em 
relação ao encéfalo. No encéfalo, a periferia é 
constituída de corpos e o miolo constituído 
principalmente de substância branca. Na medula, a 
parte periférica corresponde predominantemente a 
substância branca, ou seja, é o local onde está 
passando as informações axonais pelos axônios com 
sua bainha de mielina e o miolo forma o H medular 
que são os cornos ou colunas e essa região central 
contém uma predominância de corpos de neurônio e 
além dos elementos que formam a substância branca 
e a substância cinzenta da medula a espinhal, vemos 
que a medula está correlacionada com a formação 
dos nervos periféricos e todos os 31 pares de nervos 
espinhais ou raquidianos vão conter na sua formação 
um componente sensitivo e um componente motor.PARTE BRANCA – periferia – informações axonais 
PARTE CINZENTA – miolo, cornos – corpos de 
neurônio 
 
MEDULA – 31 pares de nervos – sensitivo e moto 
 
No componente sensitivo nós temos os gânglios, do 
sistema nervoso somático, ou seja, gânglios sensitivos 
espinhais e as fibras, os filamentos radiculares que 
formam a raiz sensitiva do nervo espinhal. 
 
Quando recebemos um beliscão, temos a informação 
dolorosa passando pelas fibras sensitivas, nos gânglios 
até fazer conexão no corno posterior. É sabido que na 
parte posterior da medula temos uma predominância 
de informações sensitivas. Lesões posteriores de 
medula geram mais repercussões sensitivas e lesões 
anteriores mais motoras. Então na região anterior da 
medula nós temos informações motoras. O beliscão 
sobe, sobe e sobe e após fazer conexão com o corno 
posterior, com corpos de neurônios e dendritos do 
corno posterior da medula essa informação de dor vai 
se propagar pelos axônios desses neurônios e vai subir 
e vai cruzar até virar informação dolorosa consciente 
no lobo parietal. 
 
Corno posterior – gânglios – sensitivas 
Corno anterior – informações motoras 
 
Corno = região de informação sensitiva e motora 
 
Temos que entender que cornos são regiões de 
conexões de informação sensitiva e motora. Por 
exemplo: Chegou ao parietal à informação de dor e eu 
quero tirar o meu braço de próximo do estímulo, eu 
encaminho uma informação motora que cruza e faz 
conexão com o corno anterior que emite a informação 
eferente pra a retirada do membro de maneira efetiva 
dependendo das conexões que foram feitas e 
promovidas pelo estímulo gerado que é o estímulo 
doloroso. 
 
Então temos os funículos que correspondem a 
substância branca da medula espinhal e são formados 
pelos axônios dos neurônios tanto sensitivos quanto 
motores e os cornos ou colunas posterior, anterior e 
lateral vão corresponder a região de corpos de 
neurônio onde temos conexões de informações, áreas 
sinápticas. 
 
Temos o CORNO ANTERIOR, CORNO POSTERIOR, O 
CANAL CENTRAL que é o vestígio da luz do tubo 
neural, lembrando que a medula é formada a partir da 
região caudal do tubo neural e dependendo do nível 
da medula espinhal ainda vamos ter o CORNO 
LATERAL. Se o segmento medular for toraco-lombar, 
torácico, até L2 medular, ainda tem o que vimos na 
prática que são os chifrinhos que seria o corno lateral. 
Lembrando que o tamanho e a disposição dos cornos 
vão ser diferentes conforme o segmento da medula 
espinhal. Por exemplo: na região lombar, na formação 
da medula, temos mais corpos de neurônios do que 
fibras. Já na região cervical, temos mais fibras do que 
corpos neuronais, porque as fibras que estão 
conduzindo informações sensitivas e motoras, por 
exemplo, dos membros inferiores, tórax, abdome, 
pelve, tudo está passando também no segmento 
cervical e nos segmentos mais inferiores passam 
apensas às fibras relacionadas à segmentação inferior, 
a inervação mais inferior do corpo e nós sabemos que 
na substância branca nós temos a formação de 
funículos. 
 
Então vamos ter de cada lado da medula o FUNÍCULO 
ANTERIOR que é predominantemente motor, os 
FUNÍCULOS LATERAIS com informação mista, motora 
e sensitiva e os FUNÍCULOS POSTERIORES com 
informações predominantemente sensitivas e os 
cornos são os CORNOS POSTERIORES, ANTERIORES e 
no segmento toraco-lombar ainda vamos ter a 
presença do CORNO LATERAL que corresponde à 
região onde temos a presença de corpos de neurônios 
do sistema nervoso autônomo simpático, com origem 
no corno lateral de T1 a L2. O corno anterior e o corno 
lateral vão encaminhar ou receber fibras dos nervos, 
mas a parte somática desses nervos, então seria 
sistema nervoso somático. 
 
FUNICULO ANTERIOR – motor 
FUNICULO LATERAL – motor e sensitivo 
FUNICO POSTERIOR – sensitivo 
 
CORNO LATERAL - corpos de neurônios do sistema 
nervoso autônomo simpático 
 
 
 
Um fato interessante é que a medula é a composição 
só de funículos e cornos, mas associado a ela temos os 
31 pares de nervos. 
 
O que é a formação do nervo principalmente se for 
espinhal? O nervo espinhal nada mais é que um 
conjunto de fibras sensitivas e motoras envoltas por 
uma membrana de tecido conjuntivo que é o 
epineuro. Na sua composição ele tem o GÂNGLIO 
SENSITIVO SOMÁTICO DO NERVO ESPINHAL, os 
filamentos radiculares, ou seja, que formam a raiz 
sensitiva, os FILAMENTOS RADICULARES SENSITIVOS 
que juntos formam a RAIZ SENSITIVA DO NERVO 
ESPINHAL. Temos os FILAMENTOS RADICULARES 
MOTORES que formam a RAIZ MOTORA DO NERVO 
ESPINHAL e ao juntar é o NERVO ESPINHAL. 
 
Quando vamos ver, a medula não possui cortes. 
Quando falei de dermatomo e miotomo vocês ficaram 
um pouco confusos, mas a medula na sua totalidade 
não tem sulcos transversais que fala que esse é o 
segmento C3, C4, C5, C6 da medula, o que vai definir a 
segmentação da medula é a emergência dos nervos, 
então cada nervo sai de um segmento especifico, mas 
essa segmentação medular de maneira transversal 
não existe a não ser pela emergência dos nervos, 
porém a medula tem na sua composição sulcos 
longitudinais representativos. O primeiro e mais 
profundo, é chamado de FISSURA MEDIANA 
ANTERIOR, na prática ela que guia se é a parte da 
frente ou se é a parte de trás da medula. 
 
Posteriormente temos o SULCO MEDIANO 
POSTERIOR. Na parte mais anterior da medula, temos 
ainda o SULCO LATERAL ANTERIOR que corresponde 
à região de saída da raiz motora do nervo espinhal. 
Então os filamentos que formam a raiz motora do 
nervo espinhal vão sair pelo sulco lateral anterior. No 
mesmo nível, porém atrás temos o SULCO LATERAL 
POSTERIOR que corresponde a região de entrada dos 
filamentos que formam a raiz sensitiva do nervo 
espinhal e outro sulco que vamos ter no segmento 
torácico de T6 para cima temos ainda o SULCO OU 
SEPTO INTERMÉDIO POSTERIOR que vai fazer a 
separação entre o FASCÍCULO GRÁCIL E O FASCÍCULO 
CUNEIFORME. 
 
Na parte final da medula espinhal temos o CONE 
MEDULAR que é a estrutura de afinamento, a parte 
mais caudal da medula espinhal é denominada como 
cone medular que termina em L1 ou L2 e a partir do 
cone medular nós vamos ter a pia-máter se 
projetando, ela esta coladinha no tecido nervoso, no 
cone medular e ela se projetam do cone medular, 
passa junto com os filamentos da cauda equina ate 
chegar em S2. Além do cone medular, temos um 
filamento diferente dos demais que continua até 
chegar em S2 que é chamado de FILAMENTO 
TERMINAL que serve para manter presa a medula 
espinhal, ela não fica livre de movimentação dentro 
do canal vertebral. O que mantém a medula espinhal 
presa é o filamento terminal. Quando chega em S2 a 
pia-máter se mescla com a aracnoide e a dura-máter e 
vai dissipar um monte de filamentos que forma um 
único filamento chamado de LIGAMENTO COCCÍGEO 
que se projeta de S2 até o cóccix para aumentar a 
fixação da dura-máter. 
 
 
 
 
O que são as intumescências medulares? Quando 
observamos a medula espinhal, ela possui um formato 
cilíndrico, porém ela não é cilíndrica com o mesmo 
diâmetro do inicio ao fim. Existem partes dela que 
possuem dilatações e nessas partes onde tem essas 
dilatações, chamamos de intumescências. Existe a 
INTUMESCÊNCIA CERVICAL e a INTUMESCÊNCIA 
LOMBAR OU LOMBO SACRAL. 
 
O que são essas dilatações? A medula do ser humano 
é fina, delgada na parte torácica, porque na região 
torácica, os nervos que estão saindo, estão saindo 
para inervar dermatomos e miotomos muito próximos 
e sem complexidade de informações, então temos um 
número reduzido de neurônios para o comando dessa 
área, mas no membro superior e membro inferior 
não. Os neurônios, os axônios de neurônios que 
comandam os membros superiores e os membros 
Então os elementos responsáveis pela fixação da dura-
máter são o filamento terminal e o complemento 
envolvendo todas as meninges é o filamento coccígeo. 
inferiores estão saindo para inervar áreas mais 
distantes e com alta complexidade neuronal e isso 
envolve um número muito grande de neurôniospara 
comandar essas áreas mais distantes e tão complexas 
que tem movimentação fina, movimentos de 
preensão e escrita e por essa razão temos que ter 
mais neurônios e fibras neuronais associadas a essas 
regiões. 
 
Então as intumescências são dilatações da medula 
espinhal, formada por um número grande de 
neurônios e suas fibras por estarem relacionadas com 
a inervação de áreas distantes com funcionalidade 
complexa, MS e MI. 
 
Dessa maneira, a intumescência cervical está 
relacionada diretamente com o controle neurológico 
dos membros superiores e a intumescência lombo 
sacral está relacionada com a inervação direta dos 
membros inferiores, não somente membros 
inferiores, mas também a pelve. 
 
IC – membros superiores 
IL – membros inferiores e pelve 
 
A medula termina em L1 ou L2, mas os nervos não 
podem terminar, tanto é que nessa região de L1 e L2 
temos a segmentação sacrococcígea. T11 e T12 
vertebral têm uma medula lombar. Então por mais 
que a medula acabe os nervos vão continuar sendo 
direcionados para as regiões mais inferiores do corpo. 
 
O conceito de CAUDA EQUINA corresponde a um 
conjunto de filamentos nervosos caudais da medula 
que se projetam para o interior do canal vertebral da 
coluna lombar e do canal sacral direcionando a 
inervação para estruturas pélvicas, de região glútea e 
membros inferiores. 
 
Ou seja, a cauda equina corresponde a um conjunto 
de filamentos nervosos caudais da medula espinhal 
que se prolonga além do nível da medula e se 
exterioriza entre as vértebras e os forames sacrais 
para promover inervação de estruturas da região 
pélvica, glútea e membros inferiores. 
 
A medula termina em L1 e L2, mas eu tenho que 
projetar abaixo de cada vértebra o seu respectivo 
nervo espinhal. Por exemplo, o nervo L3 faz parte da 
cauda equina e vai passar por baixo da vértebra L3 
para ganhar o seu dermátomo e o seu miotomo 
correspondente e assim sucessivamente. 
 
 
 
 
CONEXÕES COM NERVOS ESPINHAIS 
 
A medula não possui uma segmentação transversal 
produzida por meio de sulcos transversais, mas sim 
por meio de raízes nervosas, por meio de nervos que 
se formam e se projetam para a periferia corporal no 
espaço entre as vértebras na forma vertebral ate a 
região sacral e na região sacral pelo forames sacrais 
anteriores e posteriores. 
 
Nós temos 31 pares de NERVOS ESPINHAIS ou 
radiculares ou radiquianos, e como se dá a 
nomenclatura dessa inervação? Os nervos são 
também considerados, são nomeados pelo o seu 
segmento. Os nervos espinhais respeitam a 
segmentação da coluna vertebral, dessa forma nos 
temos: 
 
- 7 vértebras cervicais 
- 12 vértebras torácicas 
- 05 vértebras lombares 
- 05 vértebras sacrais (na criança) 
 
Exceto a região cervical todas as demais vão respeitar 
o mesmo número de vértebras: 
 
- 12 pares de nervos espinhais torácicos (T1 a T12) 
- 05 pares de nervos lombares (L1 a L5) 
- 05 pares de nervos sacrais, passam pelos forames 
sacrais anteriores e posteriores e arco sacral (S1 a S5) 
- 01 par coccígeo 
- 08 pares de nervos cervicais onde o 8º nervo sendo o 
nervo de transição. 
 
Qual a nomenclatura? O primeiro nervo cervical passa 
acima do atlas, então na região cervical a 
nomenclatura vai ser dada de acordo com a vértebra 
que se posiciona abaixo, então sempre o nervo vai 
estar saindo acima, então primeiro nervo cervical saí 
acima do atlas que é a primeira vértebra, o segundo 
saí acima do axis, o terceiro, o nervo C3 saí acima de 
C3, o nervo C4 saí acima de C4, o nervo C5 saí acima 
de C5, então para a segmentação cervical os nervos 
vão estar sempre saindo acima da sua vértebra 
correspondente, então a vértebra está sempre 
inferior ao seu nervo, porém o nervo C8 é 
considerado o nervo de transição, ele vai sair abaixo 
da vértebra C7 e a partir de então nos segmentos 
mais inferiores torácico, lombar, sacral e coccígeo 
sempre a emergência do nervo vai se dar abaixo da 
sua vértebra correspondente, então na região cervical 
é sempre acima e depois do nervo de transição que é 
C8 os nervos vão ter a nomenclatura da vértebra que 
estar acima, por exemplo: o nervo T2 ele sai 
inferiormente a vértebra T2, o nervo L3 ele vai sair 
inferiormente a vértebra L3 apenas na cervical que 
será acima a emergência nas demais abaixo 
exatamente pela condição do nervo de transição C8 
que ajuda na inervação dos membros superiores, vai 
fazer parte do plexo braquial. 
 
Cervical – acima da vértebra a emergência do nervo 
T, L, S, C – abaixo da vértebra a emergência do nervo 
C8 é o nervo de transição – abaixo da de C7 
 
 
CONCEITOS IMPORTANTES 
 
- SUBSTÂNCIA CINZENTA: é um conjunto formado 
predominantemente por corpos neuronais, a nível de 
medula espinal esse conjunto é denominado de 
CORNO ou coluna, já a nível central, a nível encefálico 
vai ser NUCLEO ou CORTEX, sabemos que córtex tem 
o seguinte significado, corresponde a superfície de um 
órgão, neste caso o córtex cerebral é formado 
predominantemente por corpos neuronais, parte mais 
superficial de um órgão, existe por exemplo o córtex 
da glândula suprarenal que libera aldosterona que 
libera glicocorticóide, tem o córtex do timo, vários 
órgãos vão ter córtex e medula, medula significa 
miolo. 
 
- SUBSTANCIA BRANCA: conjunto formado 
predominantemente por fibras mielenizadas, possui 
tamanho diferenciado da bainha de mielina que vai 
determinar se a informação vai correr mais rápido ou 
mais de lentamente mas enfim substancia branca 
significa conjunto de fibras mielenizadas, por onde 
passam as informações. A substancia branca é o 
FUNICULO. 
 
- FUNICULO: cada funículo, anterior, lateral, posterior 
vai ser formado por um conjunto de 
TRACTO/FASCÍCULO, então o funículo é o todo que 
são formados por um conjunto de tractos e fascículos 
(figura abaixo). Qual o conceito de tracto? Qual é o 
conceito de fascículo? O que diferencia o tracto do 
fascículo é o número de fibras, geralmente os 
fascículos são tractos mais espessos com um numero 
maior de fibras. Podemos definir trasto como 
conjunto de fibras que tem a mesma origem e destino 
e é responsável por carrear as mesmas informações. 
Se tratando de tractos a nomenclatura obedece a 
seguinte regra, o nome inicial é o local de origem, o 
nome final é o local de destino e a posição, por 
exemplo, Tracto Espinotalamico Lateral ele vai 
começar, as fibras vão adentrar a medula espinal, vão 
subir para uma região tálamo na sua lateral, dessa 
forma apenas falando o nome dele á é possível sabe 
que ele é um tracto sensitivo porque tratos sensitivos 
aferentes são aqueles que sobem e tratos eferentes 
são aqueles descem com a informação motora, então 
toda vez que tiver um tracto mesmo sem saber neste 
momento inicial a função de cada tracto pelo nome já 
é possível saber se ele é carreador de informações 
sensitiva ou motora, todos que inicial com ESPINO 
sabemos que esta entrando pela medula espinal e 
esta subindo para uma outra área, sendo assim ele é 
sensitivo, está entrando na parte mais baixa e vai 
subir, então ele está carreando informações que 
sobem, informações que sobem são informações 
sensitivas. Agora os demais são tractos controladores 
de funções motoras porque esta vindo de uma área 
que é mais superior para uma área mais inferior do 
sistema nervoso central que é a medula. Além do 
fascículo ter mais fibras ele não respeita a 
nomenclatura, não existe uma regrinha para ele. 
 
 
- LEMNISCO: é um tracto que obrigatoriamente passa 
pelo tálamo, ele tem que passar pelo tálamo, e quem 
é o tálamo? É um elemento do sistema nervoso, um 
elemento do diencéfalo, ele fica bem no cérebro, na 
região mediana, ele é o recepcionista maior do 
sistema nervoso central, ele é fundamental para o 
encéfalo, ele é o recepcionista da maioria das 
informações tanto sensitivas como motoras, porem 
ele não tem a capacidade de processar e tornar as 
informações conscientes, elas só se tornam 
conscientes quando chegam no córtex, muito pouca 
informação será processada no tálamo, por exemplo 
temos a dorvisceral que é processada na região do 
tálamo, ele é um recepcionista, as informações 
sensitivas e motoras passam por ele primeiro onde 
são encaminhadas para o seu processamento no local 
correto das mesmas serem processadas. 
TALAMO: recepcionista maior – encéfalo – não 
processa - encaminha 
CORTEX: as informações se tornam conscientes. 
 
- DECUSSAÇÃO: corresponde ao cruzamento das 
fibras dos axônios no plano mediano de uma forma 
oblíqua, na figura abaixo podemos ver na região do 
bulbo esse cruzamento, a decussação mostra que as 
fibras estão cruzando o plano mediano de maneira 
obliqua de modo que esta determinada função 
exercida por ele tenha um comando corporal 
colateral. (a avô teve um derrame, um AVC do lado 
direito e ela ficou com seqüela na movimentação do 
lado direito do corpo), desse forma decussações e 
comissuras são importante para compreender a 
clinica cruzada das deficiências neurológicas sejam 
elas sensitivas ou motoras quando acontecem 
decussações ou comissuras. 
 
 
 
Nas comissuras ocorre o cruzamento transversal, 
horizontal, a principal comissura é corpo caloso. 
 
- FIBRAS DE PROJEÇÃO e ASSOCIAÇÃO: elas se 
diferem conceitualmente. Fibras de associação, foi 
exemplificado o reflexo, são conexões próximas, são 
neurônios que ligam neurônios próximos. Quando 
extrapolam os limites do órgão são chamados de 
fibras de projeção. Na figura abaixo vemos o estimulo 
dado (arco reflexo), onde as fibras do neurônio 
posterior já se conectam com os neurônios anteriores, 
então nesse processo teve um interneuronio com sua 
fibra de associação, as fibras foram muito próximas 
que não fugiu ao limite do órgão. INTERNEURONIO ou 
NEURONIO DE ASSOCIAÇÃO – liga neurônios 
próximos, sem extrapolar os limites dos órgãos. 
 
 
As fibras que extrapolam os órgãos são chamadas de 
NEURONIOS DE PROJEÇÃO. 
 
- NURONIO MOTOR SUPERIOR e INFERIOR: 
importantíssimo. O neurônio motor que manda no 
neurônio motor que executa a ação é o neurônio 
motor superior, e o que realmente executa a ação é o 
neurônio inferior. O neurônio motor superior controla 
o inferior. Quando se perde o controle central no 
superior começa a ter microreflexos ou seja 
contrações freqüentes e mínimas do músculo, começa 
com qualquer estimulozinho é capaz de gerar 
aumento do reflexo do indivíduo, dessa maneira 
quando se tem a lesão de um neurônio motor 
superior perde o controle do neurônio motor inferior, 
mas o inferior ele ainda continua tendo conexões com 
a periferia porque ele esta integro, neste caso pode 
aumentar o reflexo porque quem inibe é o comando 
do superior. 
 
Então no caso de lesão de neurônio superior, por 
exemplo um AVC no córtex motor direito,vai ser igual 
a uma paresia (fraqueza muscular, caracterizada pela 
espaticidadde), como perdeu o controle do 1º 
neurônio motor o 2º que é o neurônio motor inferior 
ele vai direto mandar descargas para contração do 
músculo que vai gerar ao longo do prazo hipertonia, 
aumento do tônus muscular e aumento dos reflexos 
musculares. HIPERTONIA – HIPERFLEXIA. 
 
Lesão de neurônio motor inferior tem como 
repercussão uma paresia flácida, perda de força, 
membro jogado, hipotonia com hiporreflexia e se 
seccionar todas as fribras, tem a arreflexia, ausência 
dos reflexos. 
 
Lesão de neurônio motor superior é paraseia 
espasticas, caracterizada por hipeonia com 
hiporreflexia. 
 
Lesão de neurônio inferior é paresia, perda de força 
flácida, diminuição do tônus muscular, hiporreflexia 
ou arreflexia. 
 
 
VIAS 
 
Sabemos que na parte posterior da medula estão 
chegando fibras sensitivas dos nervos espinais, 
fazendo conexão com a parte posterior trazendo as 
informações dos vários tipos de sensibilidade (dor, 
temperatura, tato, pressão) e essas informações que 
chegaram no corno posterior só vão se tornar 
conscientes quando chegarem ao córtex. Então a 
sensibilidade quase todas serão processadas e se 
tornarão conscientes quando chegar no lobo parietal, 
que quando chegam lá também são processadas e 
retornam, e se eu tiver que gerar respostas motoras, 
teremos um retorno através de vias eferentes 
acionando neurônios eferentes (2º neurônio motor). 
 
 
 
 
Na imagem acima vemos um corte transversal da 
região cervical da medula. Um dado relevante das vias 
motoras é que aqueles neurônios cujo axônios fazem 
contato e comandam os corpos neuronais que se 
posicionam mais medialmente nos cornos anteriores 
seja da região cervical ou lombo-sacral, eles vão 
direcionar fibras que vão comandar mais a parte axial 
e proximal do nervo, e aqueles corpos neuronais que 
estão se posicionando mais lateralmente nos cornos 
anteriores vão ser comandados pelo neurônio motor 
superior mas os neurônios mais laterais vão comandar 
a motricidade das partes mais distais de MMSS e 
MMII. 
 
Então se temos lesão de parte mais lateralizada do 
corno anterior e se for da região cervical ou lombar já 
sabemos que o acometimento vai ficar mais distal no 
seguimento corporal específico daquele indivíduo. 
 
 
 
Quando falamos de via descendente, já sabemos que 
é via eferente (via motora), e a nossa mais complexa 
de interagir com o meio externo é através da 
movimentação que é comandada ou modulada por 
vários circuitos que se somam. 
 
VIA PIRAMIDAL 
 
O circuito principal do movimento é o que chamamos 
de VIA PIRAMIDAL, que recebe este nome porque os 
neurônios de origem dessa via são um pouco mais 
piramidais e porque os axônios dessa via vão se 
unindo para passar por uma região do bulbo chamada 
de pirâmide bulbar. A via piramidal contem o 
neurônio motor superior (ou neurônio de 1ª ordem), 
sendo uma via de controle do movimento voluntário, 
então todo comando voluntário da movimentação 
começa na via piramidal no córtex motor do lobo 
frontal. 
 
VIA PIRAMIDAL: comando voluntário do movimento 
 
A via piramidal é formada por 3 tractos: 
- Tracto córtico-espinal lateral; 
- Tracto córtico-espinal anterior; 
- Tracto córtico-nuclear (abordado posteriormente). 
 
A via piramidal começa no lobo frontal, na região do 
córtex (telencéfalo) onde as informações se tornam 
conscientes, e ela é uma via única formada por 
milhões de neurônios e seus axônios que descem 
pelas partes mais anteriores do tronco encefálico, 
passam para formar a pirâmide bulbar (no bulbo) e 
75% dessas fibras se cruzam numa região do bulbo 
chamada de pirâmide bulbar e segui para medula 
espinhal onde farão conexão de comando com os 
neurônios do corno anterior da medula, 
principalmente os mais lateralizados. 
 
Então aquelas fibras (75%) que cruzaram lá no bulbo, 
falamos que é o tracto córtico-espinal lateral e ele vai 
fazer conexões contra-laterais com corpos de 
neurônios do neurônio motor inferior que estão 
localizados lateralmente no corpo anterior. 
 
Já as fibras que não cruzaram lá na decussação das 
pirâmides do bulbo, elas descem e algumas ainda 
cruzam e outras não, e fazem conexão com partes 
mais mediais do corno anterior, ou seja, elas acionam 
o neurônio motor inferior da parte mais medial do 
corno anterior. Então desta maneira, o tracto córtico-
espinal anterior (aquele que não cruza na região do 
bulbo, mas parcialmente depois) controla a 
musculatura mais axial, de uma maneira bilateral 
porque eu tenho um cruzamento parcial das fibras. 
Por isso que quando se tem AVEI na área esquerda do 
cérebro, o comprometimento do paciente vai ser do 
lado direito e principalmente nos membros, o troco é 
mais fácil de se recuperar, porque o tronco tem um 
controle bilateral e cruzamento parcial das fibras do 
tracto córtico-espinhal anterior, agora o córtico-
espinhal lateral cruza completamente, e isso quer 
dizer que nossos movimentos de membros são 
controlados pela área motora no lobo frontal contra-
lateral. 
 
Resumindo: 
 
Então a via piramidal, seja o tracto córtico-espinhal 
lateral ou tracto córtico-espinhal anterior, eles vão 
controlar nossa motricidade voluntária; o tracto 
córtico-espinhal lateral é aquele que vai cruzar no 
bulbo totalmente e o tractocórtico-espinhal anterior 
são as fibras que vão continuar ipsi-lateralmente e 
quando chegar na medula se cruzam parcialmente. 
Função: exercer o comando e a execução voluntária 
dos movimentos. 
 
 
 
 
VIA EXTRA-PIRAMIDAL: 
 
Formada por 4 tractos que exercem uma ação auxiliar 
a movimentação dos membros, movimentação 
corporal e ajudam a modular e exercer os 
movimentos de maneira mais automática, menos 
consciente. 
 
O Tracto rubrospinhal vem de uma região chamada 
núcleo rubro no mesencéfalo, que dissipa a 
informação através de seus axônios de maneira 
cruzada que desce pelo funículo lateral da medula, e 
os seus terminais sinápticos fazem conexões com a 
parte mais lateralizada do corno anterior na região 
cervical. Então, o tracto rubrospinhal auxilia na 
execução dos movimentos de flexão dos 
movimentos superiores, controle motor distal da 
região braquial/cervical (C5 a T1). 
 
Então o tracto rubrospinhal é um tracto que também 
exerce comando contralateral assim como o tracto 
córtico-espinal lateral e auxilia no controle dos 
movimentos distais, principalmente movimentos de 
flexão em MMSS. 
Tracto rubrospinhal: mesencéfalo - funículo lateral - 
corno anterior lateralizado - movimentos de flexão 
dos movimentos superiores, controle motor distal da 
região braquial/cervical (C5 a T1). 
 
Tracto tecto-espinhal está localizado no teto do 
mesencéfalo no cunículo superior que é um dos 
elementos do teto do mesencéfalo, e os axônios dessa 
região cruzam e vão acionar corpos de neurônios mais 
mediais no corno anterior da região cervical. Então o 
tracto tecto-espinhal tem o controle da cabeça e dos 
olhos (movimentação decorrente de estímulos 
visuais) ajustes de movimentos de olhos e cabeça. 
 
Tracto tecto-espinhal: mesencéfalo - corno anterior 
medial - controle da cabeça e dos olhos. 
 
Tracto Retículo-espinhal vem de uma região chamada 
de formação reticular, e suas fibras descem fazendo 
conexão com partes mediais do corno anterior, 
porém, em toda extensão, e juntamente com ele é 
acionado também o Tracto vestíbulo-espinhal, suas 
fibras descem pela região anterior que também fazem 
conexões com corpos neuronais mediais. Então tanto 
o tracto retículo-espinhal como o vestíbulo-espinhal 
auxiliam na manutenção da postura corporal e do 
equilíbrio. 
 
Tracto Retículo-espinhal e Tracto vestíbulo-espinhal: 
corno anterior medial - auxiliam na manutenção da 
postura corporal e do equilíbrio. 
 
Na imagem abaixo vemos o posicionamento das vias 
sensitivas (em cinza) e as vias motoras (em vermelho). 
 
 
 
 
 
 
Nas vias ascendentes respeitamos a disposição por 
meio dos funículos. 
 
Funículo posterior: formado pelo fascículo grácil e 
cuneiforme. Em determinado segmento medular 
temos a formação de um sulco chamado de sulco 
intermédio posterior. Temos o fascículo grácil e 
depois que vai surgir o cuneiforme, nas partes mais 
inferiores da medula espinhal só existe fascículo 
grácil, porque todas as sensibilidades mencionadas 
aqui que correspondem as funções carreadas pelos 
axônios dos fascículos grácil e cuneiformes estarão 
relacionadas com os MMSS e MMII. Então só tenho 
surgimento do fascículo cuneiforme quando chega a 
nível T6 medular para cima, então só vai existir a nível 
T6 medular torácico fascículo grácil. E ali quando 
começa a ter a propriocepção da parte torácica do 
corpo e MMSS é que vai surgir o fascículo cuneiforme. 
 
O comando é contralateral por causa do cruzamento 
em forma de decussação dessas vias no bulbo. 
 
As sensibilidades carreadas pelo fascículo grácil e 
cuneiforme são: propriocepção consciente (percepção 
dos segmentos corporais no espaço, principalmente 
dos membros, ex. bater palmas, colocar a mão direita 
em ombro esquerdo), tato discriminativo (tato mais 
apurado), estereognosia (capacidade da interpretação 
dos sentidos por meio do tato) e a sensibilidade 
vibratória. 
 
Funículo anterior: 
- Tracto espino-talâmico anterior que sai da medula 
espinhal, cruzando diretamente para o lado oposto e 
sobe fazendo conexão no tálamo até virar tato 
protopático e pressão (tato grosseiro e pressão). 
-Tracto espinolivar vai fazer conexão com as olivas do 
bulbo e propriocepção inconsciente. 
- Tracto espinoreticular vai fazer conexão com a 
formação reticular e depois vai para o tálamo, carreia 
informações relacionadas a dor visceral. 
 
Funículo lateral: 
- Tracto espino-talâmico lateral entra pelo corno 
posterior da medula e cruza as fibras vão subir pelo 
funículo lateral até fazer conexão com o tálamo e 
depois jogar a informação para o lobo parietal. Essa 
via comanda a percepção de dor somática (dor e 
temperatura corporal). 
- Tracto espino-cerebelar anterior e posterior 
controlam a propriocepção inconsciente. 
 
CORRELAÇÕES ANATOMO-CLÍNICAS 
 
Plegia: ausência de força, automaticamente ausência 
de movimentos (grau de força 0). 
Paresia: diminuição de força. 
Hipotonia: diminuição do tônus muscular (lesão de 
neurônio motor inferior). 
Hipertonia: aumento do tônus muscular(lesão de 
neurônio motor superior). 
Hiporreflexia: diminuição do reflexo. 
Hiperreflexia: aumento do reflexo. 
Anestesia: perda da sensibilidade. 
Hipoestesia: diminuição da sensibilidade. 
Hiperestesia: aumento da sensibilidade. 
Parestesia: sensação espontânea e mal definida 
(formigamento). 
Alodínea: percepção dolorosa, na presença de 
estímulo que habitualmente não provoca dor. 
 
Poliomielite: doença cujo vírus tem uma pré-
disposição em se fixar e destruir o corno anterior da 
medula, onde temos neurônio motor inferior (corpos 
de neurônios), e naqueles segmentos onde o vírus se 
implantou e destruiu os cornos vai apresentar uma 
clínica típica de neurônio motor inferior, causando 
uma paresia flácida, hipotonia e hiporreflexia. 
 
Tabes Dorsalis: é a neurosífilis que só se desenvolve 
após décadas do contato. O vírus começa a destruir o 
fascículo grácil e cuneiforme e funículo posterior, o 
paciente perde a propriocepção consciente, apresenta 
a marcha tabética (?). 
 
Síndrome de Brow Sequard: secção da metade da 
medula espinhal, causa paralisia, perda da 
propriocepção e perda da sensibilidade vibratória 
ipsilateral; Perda da sensibilidade térmica e dolorosa 
contra-lateral. 
 
Choque medular: lesão muito próxima da medula, 
que gera uma inflamação na medula que cria um 
curto-circuito. Mas se descomprimir e abordar com 
tratamento alcança melhora. 
 
Tumor na medula. 
 
Siringomielia: não é tão frequente, mas é uma 
destruição do canal medular, que é um vestígio do 
tubo neural que contem o líquor, e começa uma 
destruição de neurônios e cornos em volta do canal 
medular e ao invés de ter líquor no canal tem a 
presença de ar, com acometimento sensitivo e motor.

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