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NEUROANATOMIA INTRODUÇÃO Neuroanatomia é a ciência que estuda a anatomia do SISTEMA NERVOSO e o sistema nervoso é aquele sistema capaz de integrar o corpo com o meio externo e, além disso, ele e capaz de fazer os ajustes necessários para o bom funcionamento dos órgãos internos. Realiza o controle das nossas funções internas, bem como permite diretamente a integração do nosso organismo com o meio externo. Ele faz isso, principalmente através da percepção de estímulos, encaminhamento de sensibilidades, processamento de informações e encaminhamento de respostas para partes do organismo que vão comandar funções internas, além de permitir uma ampla relação com o meio externo. RACIOCÍNIO CLÍNICO: Espetar a mão: o estimulo veio do meio externo, que gera o encaminhamento de uma percepção dolorosa por meio das fibras que carreiam os estímulos dolorosos e essa informação passa instantaneamente e é processada na área parietal e automaticamente gera uma resposta. O SISTEMA NERVOSO em sua totalidade, sendo o SISTEMA NERVOSO CENTRAL e o SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO, se somam para controlar as nossas funções internas e nossa relação com o meio externo. Quando falamos em equilíbrio das funções internas, estamos falando da HOMEOSTASE. SN – SNC e SNP – funções internas/relação externa = homeostase. Os dois sistemas homeostáticos que nós temos é o SISTEMA NERVOSO e o SISTEMA ENDÓCRINO, onde só conseguem fazer a homeostase se houver liberação de substância química. Para que tenhamos atividade das células é preciso ter nelas receptores e elas só funcionam se tiver substância química ligando a esses receptores. É assim que as células e as medicações funcionam e é assim que as doenças também se desenvolvem. É por meio da liberação de neurotransmissores que são substâncias químicas que o nosso organismo controla nossas funções sejam elas nossa movimentação voluntária e o controle dos nossos órgãos. Esses neurotransmissores normalmente atuam de maneira rápida e consistente. SN e SE – são homeostáticos – neurotransmissores (substância química) – receptores = controle das funções. Um exemplo de neurotransmissor conhecido é a ACETILCOLINA, podemos encontrá-la em toda parte do nosso corpo, a movimentação esquelética que comanda vários músculos estriados esqueléticos do corpo está repleta de acetilcolina. Temos também liberação de acetilcolina nos órgãos. A urina só sai se tivermos contração da bexiga urinária por meio da liberação de acetilcolina. O pênis só fica ereto se também houver liberação de acetilcolina. Dessa forma, nossos órgãos são comandados parcialmente por acetilcolina. Outros neurotransmissores mediadores químicos são SEROTONINA (substância do bem-estar). Muitos antidepressivos atuam diretamente nos circuitos serotoninérgicos. Na depressão tem-se uma queda de serotonina. Outro neurotransmissor muito importante é o GABA que é o principal neurotransmissor inibitório, podemos citar também a noradrenalina, o glutamato, dopamina e substancia P. Neurotransmissores: acelticolina, serotonina, GABA, noradrenalina, glutamato, dopamina e substancia P. GABA: principal neurotransmissor INIBITÓRIO RACIOCINIO CLINICO: A depressão pode ter várias causas, desde causas orgânicas quanto causas psíquicas. Uma causa muito comum de depressão é o hipotireoidismo, onde seus hormônios aceleram o metabolismo basal. Se houver uma diminuição desse metabolismo basal a pessoa pode ficar apática e com humor deprimido. Os transtornos do humor podem ser causados por fatores externos favorecidos por condições genéticas. O sistema endócrino também é homeostático porque ele libera hormônio na corrente sanguínea para chegar aos tecidos e conectar com receptores, mas geralmente a ação endócrina é mais lenta e prolongada. Então os dois sistemas homeostáticos que se somam para garantir a homeostasia do organismo são o SISTEMA NERVOSO e o SISTEMA ENDÓCRINO. O SISTEMA NERVOSO é subdividido em: O SNC é mais protegido e é formado por ENCÉFALO. A diferença entre encéfalo e cérebro é que o encéfalo é tudo o que está acima do forame magno e o cérebro é a maior parte do encéfalo, mas é uma parte. O sistema nervoso é protegido pelo crânio e pela coluna vertebral, sendo mais protegido que o restante do corpo por se tratar da área mais nobre. Ele é um local de conscientização e processamento das informações. Dessa forma, o SNC é formado pelo encéfalo que é tudo do sistema nervoso que está dentro da caixa craniana e a medula espinal ou espinhal. O encéfalo é subdividido estruturalmente, por partes. Portanto temos como definição que o encéfalo é formado pelo CÉREBRO, TRONCO ENCEFÁLICO e CEREBELO. Ligando o cérebro a medula espinhal e ao cerebelo também, nós temos o tronco encefálico que se subdivide em MESENCÉFALO, PONTE e BULBO. SN - local de conscientização e processamento das informações = encéfalo e medula espinal. ENCEFALO – tudo que está acima do forame magno = cérebro, cerebelo, tronco encefálico. CEREBRO – maior parte do encéfalo = diencéfalo e telencéfalo. TRONCO CEREBRAL = mesencéfalo, ponte e bulbo RACIOCINIO CLINICO: Paciente com Alzheimer avançado possui o córtex cerebral todo atrofiado. Dos 86 bilhões de neurônios, metade deles estão funcionando porque a maioria das vias estão degeneradas. A grande maioria dos AVC’s sejam eles hemorrágicos ou isquêmicos vão ser de artéria cerebral média, mas pode ocorrer AVC no tronco encefálico (mesencéfalo, ponte e bulbo). Nesse tipo de AVC é como se o paciente ficasse enclausurado no próprio corpo, podendo também ser chamado de síndrome do encarceramento. Posteriormente ao tronco encefálico temos o pequeno cérebro que é chamado por essa razão de CEREBELO. O cérebro se subdivide em TELENCÉFALO que corresponde a maior parte e é onde as informações são processadas. O “miolo”, porém não menos importante é a região central inferior do cérebro chamada de DIENCÉFALO. Do forame magno até L1 ou L2 temos a MEDULA ESPINHAL. Os nervos são tudo que está projetado fora da medula. O SNP é formado por NERVOS que subdividem em: 31 pares de nervos espinais ou raquidianos que vão comandar nossas funções principalmente do pescoço para baixo e 12 pares de nervos cranianos que vão comandar principalmente funções relacionadas a estruturas da cabeça e também do pescoço. SNP – formado por nervos, plexos e gânglios do corpo. NERVOS ESPINAIS – 31 pares = funções abaixo do pescoço NERVOS CRANIANOS – 12 pares = funções cabeça e pescoço. Os GÂNGLIOS são corpos de neurônios. O neurônio é formado por corpo, dendritos, axônio e o filamento terminal para fazer conexão com outras células para fazer ou não a outra célula funcionar através da liberação de neurotransmissores. Quando temos um local formado por acúmulo de corpos de neurônio, chamamos isso de SUBSTÂNCIA CINZENTA. As informações passam de um neurônio para o outro acionando os dendritos e desse neurônio para a próxima célula ou para o próximo neurônio através do axônio. Tem alguns lugares onde há predominância de corpos de neurônios, são locais onde há muita sinapse e muitas ativações de circuitos. A substância cinzenta é um conjunto formado predominantemente por corpos neuronais, mas também pode ter células gliais. Quando falamos em acúmulo, conjunto de corpos neuronais no SNP isso é chamado de gânglios ou terminações que são terminações nervosas que podem ser sensitivos e motores viscerais. NEURÔNIO = corpo, dendritos, axônio e o filamento terminal = GANGLIOS = SUBSTANCIA CINZENTA ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL DO SISTEMA NERVOSO A organização funcional do sistema nervoso é somente pelo periférico e é dividido em SISTEMA NERVOSO SOMÁTICO que é o que vai permitir o comando, uma integração do corpo com o meio externo. As duas funções mais complexas que nós temos é a movimentação como um todo e a fala. A VIA EFERENTE do sistema nervososomático comanda os movimentos e a manutenção da postura. A VIA AFERENTE, ou neurônio aferente é aquela que percebe o estímulo sensitivo e encaminha esse estímulo. SNP – SNS e SNA VIA EFERENTE – movimentos/postura - resposta VIA AFERENTE – percebe/encaminha o estímulo De maneira não generalizada é o neurônio sensitivo que carreia as sensibilidades como dor, temperatura, tato, vibração, pressão, visão, olfato, paladar, ou seja, percebemos o estimulo e encaminhamos esse estímulo para ser processado. O neurônio eferente é aquele que vai encaminhar a resposta, seja para o músculo estriado esquelético para gerar algum tipo de movimentação, ou seja, para o órgão. A resposta pode ser somática e/ou autonômica. Neurônio sensitivo, aferente – encaminha o estímulo Neurônio eferente – encaminha a resposta Então o SISTEMA NERVOSO SOMÁTICO é controlador das nossas funções, interagindo nosso organismo com o meio externo principalmente através das movimentações. EFERENTE - AFERENTE O SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO AFERENTE conduz impulsos dos visceros receptores, por fibras sensitivas que penetram no SNC e tornam-se ou não conscientes. O SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO EFERENTE é responsável pela motricidade visceral e pelo funcionamento adequado de glândulas, resultando na secreção de substâncias vitais para a manutenção da HOMEOSTASE. É o que vai realizar o comando das funções dos nossos órgãos, das funções viscerais, ele é o controlador homeostático das funções viscerais. Então o SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO é o que vai realizar o comando das funções dos nossos órgãos, das funções viscerais, ele é o controlador homeostático das funções viscerais. EFERENTE - AFERENTE Tendo em vista isso, o sistema nervoso somático tem um componente aferente, que se mescla, por exemplo, um único estímulo no meio auditivo pode gerar respostas autonômicas motoras e somáticas. O componente eferente comanda as células do músculo estriado esquelético. Ele vai comandar as funções de movimentação e postura. Dessa maneira, esse sistema é voluntário. O neurotransmissor liberado na placa motora que é uma fenda sináptica é a acetilcolina e o autonômico que comanda as funções viscerais, o componente eferente vai ser subdividido em Sistema nervoso SIMPÁTICO e sistema nervoso PARASSIMPÁTICO. Quase todos os nossos órgãos possuem inervação dupla, simpática e parassimpática e eles vão o tempo todo balancear nossas descargas. RACIOCINIO CLINICO: Takotsubo: Miocardite, cardiopatia por estresse. Pode ocorrer por descargas adrenérgicas inadequadas em situações de estresse da adrenalina e a pessoa começa a fazer contrações irregulares da musculatura do coração. Muitos pacientes estão complicando por Takotsubo após covid, podendo ser relacionada ao estresse no covid, parecendo que o coração está fibrilando. Uma pessoa pode morrer devido choque adrenérgico. A descarga inadequada vem do sistema nervoso central. Os neurônios comandam nossas funções por meio de conexões. Um neurônio eferente faz contato com as células do músculo estriado esquelético, músculo liso, músculo estriado cardíaco e glândulas. A parte eferente do autonômico tanto simpático quando parassimpática vai fazer conexão com o músculo liso, como estômago, bexiga e intestino. Tanto para situações positivas quanto para negativas temos acionamento do sistema simpático. Em situação de susto é necessário que se faça midríase para ampliar o campo de visão, broncodilatação para captar mais oxigênio, porque as células estão consumindo mais, taquicardia para circular mais sangue para as células, ofertando mais nutrientes e oxigênio, aumentar a força de contração do coração, gerando uma serie de respostas de fuga, mas nesse momento não queremos defecar sendo inibidor dos sistemas genitourinario e digestório que são sistemas não julgados como vitais. Para esses dois sistemas, o estimulante será o parassimpático. Depois de um susto, o parassimpático vai diminuir a frequência cardíaca novamente, broncocontrição, fazendo exatamente o oposto. A micção e a defecação é controle do parassimpático. RACIOCINIO CLINICO: Em uma crise asmática, o berotec é um agonista simpático, simula a ação do simpático. A crise asmática é uma broncoconstrição causada por um agente alergênico. Às vezes a crise é tanta que faz um atrovent que é um antagonista parassimpático, inibindo o acionamento do simpático. Dessa forma, potencializa a broncodilatação através de estímulo agonista simpático e a inibição do parassimpático quando se faz os dois juntos, potencializando a broncodilatação. DIVISÃO DO SN COM BASE NA SEGMENTAÇÃO SN Segmentar: - Medula espinal - Tronco encefálico SN Supra-segmentar: - Cérebro - Cerebelo - Paresia: fraqueza muscular O grau de força vai de 0 a 5 (0 é plegia e de 1-5 é paresia) - Plegia: ausência de força e por isso ausência de movimento - Esboçar o movimento, com grau mínio de força muscular = grau 1. - Movimentar o membro a favor da gravidade = grau de força 2. - Vencer ativamente a gravidade = grau de força 3. - Vencer uma resistência leve = grau de força 4. - Vencer uma resistência moderada = grau de força 5. EMBRIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO Após a fecundação, temos a formação do zigoto a divisão do processo mitótico, forma mórula, blastômero e formação do blastocisto que se implanta no endométrio. Após a implantação, formamos os folhetos embrionários capazes de se diferenciar nos tecidos. Os 3 folhetos são: ENDODERMA, MESODERMA e ECTODERMA. O ECTODERMA que dará origem aos elementos do SN. No ectoderma, estimulado pela NOTOCORDA temos um espaçamento chamado de PLACA NEURAL. Essa placa neural vai sofrer uma invaginação e formar o SULCO NEURAL, aprofundou mais forma-se a goteira neural, e os lados da goteira neural vão se unir para formar o TUBO NEURAL. A sobra da união dos lados da goteira neural vai formar a CRISTA NEURAL. O tubo neural dá origem ao SNC. Qual a origem embrionária do telencéfalo, diencéfalo, medula, cerebelo? O TUBO NEURAL. O tubo neural dá origem aos elementos do SNC. SALIÊNCIAS PRIMÁRIAS - PROSENCÉFALO: corresponde a parte anterior do encéfalo. Divide –se em: Telencéfalo e Diencéfalo. - MESENCÉFALO: corresponde a parte média do cérebro. - ROBOENCÉFALO: corresponde a parte posterior do cérebro. Divide-se em: Metencéfalo e Mielencéfalo. Na 4ª semana gestacional já teremos a formação das 3 saliências primárias (prosencéfalo, mesencéfalo e roboencéfalo). O crescimento é cefalo-caudal sendo o prosencéfalo mais desenvolvido do que o roboencéfalo. Já na 5ª semana o prosencéfalo se subdivide em telencéfalo e diencéfalo. Se um bebê nasce com má- formação no prosencéfalo vai ter uma má-formação do cérebro. O mesencéfalo permanece como mesencéfalo. O roboencéfalo na 5ª semana se subdivide em metencéfalo (ponte e cerebelo) e mielencéfalo (bulbo). Síndrome do Bebê Sacudido: concussões (inflamações nos axônios causadas pelo movimento de vai e vem da cabeça, favorecendo degenerações e não realização de mielinização. A LUZ DO TUBO NEURAL vai dar origem ao sistema ventricular, que é o sistema de produção e armazenamento do líquor (temos em torno de 140 ml de líquor) que banha o SNC permitindo sustentação, proteção contra choques mecânicos, e serve para punções para fins diagnósticos. LUZ DO TUBO NEURAL – sistema ventricular = líquor Cavidades (que originará o sistema VENTRICULAR) - PROSOCELE: formará os ventrículos laterais direito e esquerdo onde temos a maior produção do líquor e depois o líquor escorre para o 3º ventrículo, que é o espaço ventricular entre os dois diencéfalos por meio do forame interventricular. - MESOCELE: formará o aqueduto cerebral (ou Aqueduto de Silvius) que permite a passagem do líquor do 3º ventrículo para o 4º ventrículo. - ROMBOCELE: formará o 4° ventrículo. E do 4º ventrículo o líquoratinge o espaço subaracnóide para banhar o SNC e depois ser absorvido dentro das meninges por meio das estruturas chamadas granulações aracnóideas e depois absorvido no plasma sanguíneo. A cirurgia de DVP (derivação ventrículo peritoneal). realizada para hidrocefalia por meio de um orifício na cabeça, implanta uma válvula/cateter no ventrículo lateral ou 3º ventrículo, e quando enche muito a válvula se abre e é drenado para o peritônio - A origem da medula espinhal é na parte caudal do tubo neural. - Corticogênese: processo de formação do córtex cerebral. Camadas geradas durante a corticogênese: zona ventricular e zona marginal. - Conforme os neurônios vão surgindo como eles migram para formar o encéfalo, eles começam a se formar na região mais centralizada e vão migrando seus corpos para o córtex. - Camadas intermediárias: zona marginal, zona cortical, zona subplaca, zona intermediária, zona subventricular, zona ventricular. Mielomeingocele: não fechamento da medula espinal com extravasamento das meninges e do líquor. Meningocele: não fechamento dos ossos occipitais e crista neural com extravasamento das meninges e líquor. TECIDOS NERVOSOS – ASPECTOS CELULARES Dois tipos celulares que compõe o Tecido Nervoso: - CÉLULAS DA GLIA: vários tipos de células que se entrelaçam aos neurônios permitindo apoio, sustentação, isolamento, aumento da velocidade da propagação de impulso, armazenamento de glicose na forma de glicogênio, auxílio na defesa, na retirada de substâncias por meio de endocitose e fagocitose, modulação da atividade neuronal. Dependendo do local do SN podemos ter mais células da glia do que neurônios, no cerebelo temos mais neurônios do que neuroglia, na região cortical temos mais células gliais do que neurônios. Temos na região encefálica 86 bilhões de neurônios. - NEURÔNIO: é a célula funcional alto excitável do SN. COMPOSIÇÃO DOS NEURÔNIOS - DENDRITOS: são prolongamentos do corpo do neurônio, sendo áreas receptivas de percepções sinápticas. Cada vez que temos um neurônio arborizando e fazendo conexões sinápticas com outros neurônios, a grande maioria das vezes essas conexões se dão em áreas dendríticas, sendo terminal sináptico com área dendrítica de outro neurônio. Quando estímulos ou neurotransmissores são liberados nessas áreas receptivas dos dendritos, geram várias reações iônicas na membrana dos dendritos que desencadeiam uma despolarização ou hiperpolarização desses dendritos. *Leia o Quadro* - CORPO (soma ou pericário): é o centro metabólico do neurônio, apresentando núcleo, organela (lisossomos e ribossomos, REL e RER). - AXÔNIO: é um prolongamento único responsável pela produção do impulso nervoso (elétrico) bem como sua propagação. O axônio é igual a uma fibra nervosa que pode ter nanômetros de comprimento ou até metros de comprimento. - TERMINAÇÕES SINÁPTICAS: é a arborização do axônio capaz de fazer conexão com uma ou várias células seguintes. O potencial de repouso de membrana das células no geral é de - 70mv. Sabendo que dentro das células tem mais carga negativa do que fora da célula. Quando um neurotransmissor encaixa com seu receptor, isso gera alterações conformacionais que permitem a abertura de canais iônicos, apresentando um aumento da carga positiva no interior da célula ou diminuição das cargas positivas no interior da célula. Quando há abertura dos canais de Na+ por exemplo, entra muito Na+ e sai pouco K+ ambos são positivos, mas se entrou mais Na+ vai ocorrer a DESPOLARIZAÇÃO da membrana. Só que as sinapses que estão fazendo esse contato não despolarizam a membrana o suficiente para chegar no limiar do potencial de ação, e aí temos uma coleta de várias conexões que vão oscilar o potencial de ação e de maneira somatória, essa oscilação é encaminhada para o cone de implantação do axônio. Sinapse: local de transmissão da informação entre o neurônio e a célula seguinte. E ela deve culminar ou na ativação ou desligamento da célula seguinte. Sinapse Química: é aquela que tenho a liberação de neurotransmissor na fenda sináptica e podem ser divididas em: -Interneuronal: se dá entre 2 neurônios (acontece o tempo todo). -Neuroefetora: se dá entre neurônios e músculo estriado esquelético, músculo liso, músculo estriado cardíaco e glândulas. Temos vários neurotransmissores excitatórios, os mais comuns: - Acetilcolina (Ach) - Glicina, glutamato, asparato - Dopamina, adrenalina, noradrenalina, histamina - Substância P, endorfina Neurotransmissor inibitório: GABA Ex. de medicação que atua com efeito gabaérgico, aumentando a concentração de GABA na fenda sináptica? Benzodiazepínicos, elas atuam aumentando a concentração de GABA na fenda sináptica inibindo a ação dos neurônios nos circuitos gabaérgicos. As substâncias produzidas pelo corpo do neurônio seguem um fluxo axoplasmático: -Anterógrado: do corpo até o terminal sináptico; -Retrógrado: contaminação distal com fluxo de contaminação ascendente (ex. doença da raiva humana). TIPOS DE NEURÔNIOS - MULTIPOLARES: vários dendritos e um único axônio (grande maioria) - BIPOLARES: um dendrito e um axônio (encontrados na retina); - PSEUDO - UNIPOLARES: apresentam dois prolongamentos, com fusão posterior de suas partes iniciais (fibras aferentes dos nervos raquidianos). SINAPSE QUÍMICA As sinapses químicas se dividem em neuronais e efetoras e obrigatoriamente precisamos ter seus componentes básicos juntamente com os neurotransmissores, precisa ter o mediador químico. Ex. de uma doença que interfere nos mediadores químicos: Miastenia gravis doença de junção neuromuscular mais prevalente na população (Ach não faz seu papel para contração muscular), paciente apresenta visão dupla, ptose palpebral, fraqueza muscular. MECANISMO DE TRANSMISSÃO SINAPTICA SINAPSE EXCITATÓRIA Na imagem acima observamos a junção neuro- muscular (placa motora) de uma sinapse excitatória (gera a contração da célula seguinte): 1. Geração e propagação do impulso elétrico. 2. Abertura dos canais de Ca2+ e Influxo de Ca2+ no neurônio pré-sináptico: O impulso gera despolarização do potencial elétrico da membrana pré-sináptica. Então quando o impulso chega na membrana pré-sináptica com essas oscilações gera a abertura de canais de Ca2+ e influxo de Ca2+ no neurônio pré-sináptico. 3. Exocitose de neurotransmissor na fenda sináptica: A entrada de Ca2+ gera uma série de alterações conformacionais e vai promover a fusão da vesícula sináptica com a fenda sináptica liberando o neurotransmissor na fenda. 4. Encaixe do neurotransmissor com receptor de membrana pós-sináptica: O neurotransmissor se encaixa no receptor de membrana pós-sináptica. Esse encaixe é suficiente para gerar uma alteração conformacional que abrem canais de Na+ (não é a bomba de Na+k+). 5. Abertura dos canais iônicos: abertura dos canais de Na+com influxo de Na+. 6. Despolarização da placa motora e P.A da fibra muscular: O influxo Na+ gera a despolarização da placa motora – P.A na fibra muscular (liberação de Ca2+ pelo retículo sarcoplasmático e conexão de actina e miosina para contração muscular). 7. Degradação e Reaproveitamento do Neurotransmissor. Acetilcolinesterase que quebra a Ach em Acetato e Colina, o acetato vai ser eliminado absorvido pelo organismo e a colina vai ser recaptada sendo introduzida novamente no neurônio servindo como substrato para formação de nova Ach e ela entra por meio de uma bomba de captação SINAPSE INIBITÓRIA Possui a mesma representação da sinapse excitatória, com neurônio pré-sináptico, neurônio pós-sináptico e a sequência é a mesma com a geração e propagação do impulso, abertura de canais de Ca2+ liberando neurotransmissores (GABA – ácido gama - aminobutírico) na fenda sináptica, o GABA vai ter seu encaixe perfeito na membranapós-sináptica com a abertura do canal de Cl- (cloro) ocorre uma hiperpolarização do neurônio inibindo sua ação. O mecanismo de ação dos benzodiazepínicos vai ser potencializar a ação do GABA na célula. O neurotransmissor após ser utilizado vai ser degradado ou reaproveitado. No circuito da Ach como é feito a degradação ou reaproveitamento do neurotransmissor: através de ação enzimática ou da bomba de captação que fica na membrana pré- sináptica. A Ach na fenda sináptica depois que ela foi utilizada ela vai ser degradada via ação enzimática pela Acetilcolinesterase que quebra a Ach em Acetato e Colina, o acetato vai ser eliminado absorvido pelo organismo e a colina vai ser recaptada sendo introduzida novamente no neurônio servindo como substrato para formação de nova Ach e ela entra por meio de uma bomba de captação. Portanto, medicamentos ou patologias podem atuar via bomba de captação. Na doença autoimune Miastenia gravis o sistema imune começa produzir um ANTICORPO muito semelhante a Ach e ele começa a competir com a Ach e se acopla no receptor da Ach e ainda destrói, quanto antes o diagnóstico é feito melhor é o prognóstico para início do tratamento. Em situações em que a Ach não consegue se encaixar na membrana pós-sináptica é preciso dar uma medicação que inibe a ação da acetilcolinesterase como a fisostigmina. Se ela está inibida a Ach vai ficar na fenda sináptica por mais tempo. CÉLULAS GLIAIS/NEURÓGLIA Células Gliais/Neuróglia: células que se entrelaçam aos constituintes neuronais e vão fazer funções auxiliares de isolamento, revestimento, defesa, modulação da atividade neuronal. SNC: Astrócitos, Oligodendrócitos, Microgliócitos, Células ependimárias. - ASTRÓCITOS: forma de estrela, abundantes e com inúmeros prolongamentos. Eles abraçam a região dos corpos neuronais e região sináptica promovendo sustentação e isolamento; modulação da atividade neuronal. Local de armazenamento de glicogênio; formam cicatrizes no tecido nervoso lesado; realizam a fagocitose em caso de degeneração do axônio. Os neurônios são extremamente sensíveis e seletivos, se entrar qualquer substância como lipídeos, proteínas em alta concentração é tóxico, então temos uma peneira maior vascular promovida pela característica dos capilares, pela projeção dos pés vasculares dos astrócitos aumentando a seletividade daquilo que pode passar e o que não pode. Os astrócitos ajudam a formar a barreira hematoencefálica. Gliose: é a cicatrização do tecido nervoso, sendo uma proliferação dos prolongamentos dos astrócitos formando vários focos de gliose. Na imagem observamos vários focos de gliose na doença de Esclerose Múltipla que é uma doença desmielinizante do SNC, caracterizada por déficits flutuantes neurológicos espassados no tempo e por gliose em imagem. De todas as células gliais os ASTRÓCITOS são os mais IMPORTANTES, desempenha várias funções. - OLIGODENDRÓCITOS: menores que os astrócitos, possuem poucos prolongamentos, formam a bainha de mielina em axônios do sistema nervoso central e na periferia quem produz bainha de mielina são as células de Schwann. A bainha de mielina é uma capa lipoproteica que isola e reveste o axônio e também acelera a propagação do impulso neuronal, não sendo contínua por toda a fibra, o que forma em suas interrupções os nódulos de Ranvier. - MICROGLIÓCITOS: são células pequenas, alongadas e com poucos prolongamentos, realiza remoção por endocitose de células mortas e microrganismos (considerada célula de defesa). - CÉLULAS EPENDIMÁRIAS: células epiteliais que revestem o sistema ventricular e o canal da medula espinhal, e nos ventrículos se alteram formando os plexos coróides (correspondem a células Ependimárias diferenciadas mescladas à pia-máter) que são responsáveis pela formação do líquor. Se apresentar um desarranjo nas células Ependimárias o paciente pode apresentar hidrocefalia. NEURÓGLIA do SNP: células satélites que se localizam nos gânglios, essas células satélites envolvem a soma ou pericárdio dos neurônios nas regiões dos gânglios onde temos os corpos neuronais. CÉLULAS DE SCHWANN: são as células cujo os prolongamentos vão formar a bainha de mielina dos neurônios periféricos. **Doença de Guillain Barré: é uma polineuropatia inflamatória periférica, inflamação da bainha de mielina de forma ascendente, simétrica na bainha de mielina do SNP, causada por Zica vírus, Toxoplasmose, COVID-19. O SNC regenera? Não temos uma regeneração neuronal a partir do momento que tenho uma lesão. O que explica ex.: uma criança com tumor e necessitar de uma cirurgia com retirada de um hemisfério cerebral todo? Com tratamento o cérebro cresceu, não temos proliferação mitótica, mas temos neuroplasticidade que é a capacidade que os neurônios tem de criar colaterais sinápticos para desenvolver novas habilidades, por isso ela desenvolve as atividades e habilidades que foram perdidas. BAINHA DE MIELINA - Composta de lipídeos e proteínas - Isolante - Nódulos de Ranvier - Aumenta a velocidade de condução do impulso - Condução saltatória. NERVOS Conjunto de fibras nervosas sensitivas e motoras associadas com fibras colágenas. Envoltórios: - EPINEURO (reveste o nervo como um todo) - PERINEURO (os fascículos o revestimento será o perineuro) - ENDONEURO (revestimento mais íntimo que reveste o axônio antes da bainha de mielina). MEDULA ESPINAL A medula espinal é uma estrutura cilíndrica composta por tecido nervoso que tem aproximadamente 40 cm de comprimento. Ela ocupa e é protegida pelo canal vertebral. Os limites anatômicos da medula são: - Limite Superior: cranialmente, a medula limita-se com o bulbo, aproximadamente ao nível do forame magno do osso occipital. - O limite caudal da medula tem importância clínica e no adulto situa-se geralmente na 2ª vértebra lombar (L2). - A medula termina afilando-se para formar um cone, o cone medular, que continua com um delgado Filamento meníngeo, o filamento terminal. Dica para prova: Não existe nervo no SNC, eles são um conjunto de fibras axonais isoladas por membrana de tecido conjuntivo. Nervo é periférico. O que é a intumescência cervical ou lombar? É uma região onde temos uma dilatação do seguimento medular por um aumento do número de constituintes neuronais na medula. Substância cinzenta do SNC: - A nível medular são os cornos; - Anível encefálico núcleos (conjunto delimitado); no córtex é predominante de corpos de neurônios (substância cinzenta); - A Substância cinzenta do SNP são os gânglios. FUNÇÕES PRINCIPAIS: emergem 31 pares de nervos espinhais ou raquidianos e eles são formados de fibras motoras e sensitivas e essas fibras estão correlacionadas com a inervação dos seguimentos corporais distintos do pescoço para baixo. - A medula espinhal corresponde funcionalmente como uma via que carreia informações sensitivas e motoras do corpo, do pescoço para baixo. - Está relacionada com a inervação sensitiva e motora dos vários segmentos corporais. - Controle dos movimentos reflexos (primitivos). **Punção Liquórica é realizada em níveis abaixo de L2 e a prioridade é fazer entre L3 e L4 por ser um espaço maior e com mais facilidade. Relação Topográfica vértebro-medular: notoriamente sabemos que a medula não tem o mesmo tamanho da coluna vertebral apesar de estar dentro do canal vertebral. Durante o desenvolvimento intra- embrionário até o 4º mês de vida o crescimento é igual, então a medula é o mesmo tamanho da coluna vertebral. Depois do 4º mês a coluna acelera seu desenvolvimento em relação a medula espinhal, ela passa a crescer mais. Os nervos vão sair da medula e passar entre os forames intervertebrais e vão ter nomenclaturas de acordo com seu segmento. A medula tem os mesmos segmentos da coluna, porém é menor do quea coluna. Dessa maneira os nervos mais inferiores se prolongam antes de ter a passagem pela vértebra correspondente. DERMÁTOMO: segmento da pele que é inervado pelas fibras SENSITIVAS de um único nervo espinhal. MIÓTOMO: segmento muscular que é inervado pelas fibras MOTORAS de um único nervo espinhal. Segmentos da medula: - 8 cervicais - 12 torácicos - 5 lombares - 5 sacrais - 1 coccígeo Conseguimos identificar o nível da lesão do paciente em termos medular e coluna vertebral. - C5 já tem acometimento da musculatura respiratória. - Linha do mamilo T4. - Linha umbilical T10. - Virilha L1. - Joelho L2 a L4. - Pé (posterior) L5 a S1. É muito importante para o médico conhecer a correspondência entre vértebra e medula. Para isso, existe a seguinte regra prática (ver imagem): entre os níveis das vértebras C2 e T10, adiciona-se 2 ao número do processo espinhoso da vértebra e tem-se o número do segmento medular subjacente. Assim, o processo espinhoso da vértebra C6 sobre o segmento medular C8; o da vértebra T sobre o segmento T12. Aos processos espinhosos das vértebras T11 e T12 correspondem os cinco segmentos lombares, enquanto ao processo espinhoso de L1 correspondemos cinco segmentos sacrais. Esta regra não é muito exata, sobretudo nas vértebras logo abaixo de C2, mas na prática ela funciona bastante bem. Outro ex. um paciente apresentou uma fratura cominutiva de T11 e T12, sabemos então que de L1 para baixo tudo vai estar comprometido (micção, ereção, defecação e MMII). - Avaliação vertebral +2 para achar o segmento medular; - Para achar o segmento vertebral se eu já tenho na avaliação o dermátomo e miótomo quero achar a vértebra que gerou o problema EX. Paciente com dermátomo e miotómo acometido em região umbilical, o seguimento medular acometido é T10 (porque T9 o paciente sentiu), se Assim, o processo espinhoso da vértebra C6 está sobre o segmento medular C8; o da vértebra T10 sobre o segmento T12. Aos processos espinhosos das orrespondem os cinco lombares, enquanto ao processo espinhoso de L1 correspondemos cinco segmentos muito exata, sobretudo nas mas na prática ela Outro ex. um paciente apresentou uma fratura de T11 e T12, sabemos então que de L1 para baixo tudo vai estar comprometido (micção, para achar o segmento Para achar o segmento vertebral se eu já tenho na avaliação o dermátomo e miótomo acometido e quero achar a vértebra que gerou o problema -2. EX. Paciente com dermátomo e miotómo acometido em região umbilical, o seguimento medular acometido é T10 (porque T9 o paciente sentiu), se esse acometimento foi em decorrência de uma fratura traumática em segmento de coluna vertebral onde provavelmente estaria a fratura? Em vértebra T8. Choque medular: trauma importante na medula desencadeando um processo inflamatório que pode gerar uma plegia no paciente que vai recuperar com anti-inflamatórios e fisioterapia, sem sequelas com diagnóstico de trauma raquimedular com choque medular. Aula 03/03/2022- Camila Vaz Fernandes Falamos em aulas anteriores sobre o conceito da medula, localização, proteção por meio da coluna vertebral, os limites anatômic como por exemplo, a condição de topografia vertebro medular, onde foi apontada toda história relacionada ao desenvolvimento da medula e da coluna e da importância disso para nossa prática clínica do dia a dia, da identificação de der para procedimento como raquianestesias, peridural que vamos dar continuidade na aula de hoje. Falamos também das principais funções. Nosso próximo passo é a parte de envoltórios da medula antes de darmos sequência na parte que já viram ENVOLTÓRIO SN Antes de prosseguirmos gostaria de fazer um adendo em relação aos envoltórios. Não é apenas envoltório da medula espinhal. Esses envoltórios são contínuos e vão envolver todo o sistema nervoso central, encéfalo e medula que são basicamente as meninges, a MÁTER, PIA-MÁTER E ARACNOIDE. ENVOLTORIOS – todo o SNC Meninges = DURA-MATER, PIA Meninges são membranas formadas por tecido conjuntivo, algumas têm mais e outras menos tecido, mas é formada por tecido conjuntivo e são responsáveis por envolver, sustentar, proteger e isolar o sistema nervoso central entre duas dessas meninges, o espaço onde temos a circulação do liquor e automaticamente o liquor oferece algumas funções importantes como amortecimento de impactos. Junto com o liquor temos a penetração de vasos sanguíneos no espaço subaracnóideo e acaba que essas meninges associados promovem uma facilitação para a penetração dos vasos sanguíneos na nutrição do tecido nervoso. Temos algumas funções relevantes associadas a essas três meninges. As meninges de fora para dentro, ou esse acometimento foi em decorrência de uma fratura mática em segmento de coluna vertebral onde provavelmente estaria a fratura? Em vértebra T8. trauma importante na medula desencadeando um processo inflamatório que pode gerar uma plegia no paciente que vai recuperar com e fisioterapia, sem sequelas com diagnóstico de trauma raquimedular com choque Camila Vaz Fernandes Falamos em aulas anteriores sobre o conceito da medula, localização, proteção por meio da coluna vertebral, os limites anatômicos com as correlações, como por exemplo, a condição de topografia vertebro medular, onde foi apontada toda história relacionada ao desenvolvimento da medula e da coluna e da importância disso para nossa prática clínica do dia a dia, da identificação de dermatomos, miotomos e para procedimento como raquianestesias, peridural que vamos dar continuidade na aula de hoje. Falamos também das principais funções. Nosso próximo passo é a parte de envoltórios da medula antes de darmos sequência na parte que já viram com a Mariana. ENVOLTÓRIO SNC Antes de prosseguirmos gostaria de fazer um adendo em relação aos envoltórios. Não é apenas envoltório da medula espinhal. Esses envoltórios são contínuos e vão envolver todo o sistema nervoso central, encéfalo e são basicamente as meninges, a DURA- MÁTER E ARACNOIDE. todo o SNC – contínuos = meninges MATER, PIA-MATER e ARCNOIDE Meninges são membranas formadas por tecido conjuntivo, algumas têm mais e outras menos tecido, mas é formada por tecido conjuntivo e são envolver, sustentar, proteger e isolar o sistema nervoso central. Além disso, temos meninges, o espaço onde temos a circulação do liquor e automaticamente o liquor oferece algumas funções importantes como amortecimento de impactos. Junto com o liquor temos a penetração de vasos sanguíneos no espaço subaracnóideo e acaba que essas meninges e o liquor associados promovem uma facilitação para a penetração dos vasos sanguíneos na nutrição do Temos algumas funções relevantes associadas a essas três meninges. As meninges de fora para dentro, ou seja, de externo para interno, de mais lateralizado para mais íntimo ao tecido são denominadas como DURA-MÁTER que podemos chamar de Pac meninge porque ela tem mais tecido conjuntivo aderido na sua formação e acaba sendo a meninge mais espessa e a ARACNOIDE e a PIA-MÁTER que juntas formam a leptomeninge ou as leptomeninges que são meninges mais delgadas, mais frágeis, totalmente avascularizadas e desprovidas de inervação. DURA-MATER = externo p/ interno – mais tecido conjuntivo – espessa ARACNOIDE e PIA-MATER – delgadas, frágeis Quando falo que a aracnoide e a pia-máter que é a mais íntima não são vascularizadas e a gente vê que entre elas passa veia e artéria fica estranho. Na verdade elas se nutrem por meio do liquor que é o liquido cérebro espinal ou cefalorraquidiano, mas elas permitem que os vasos sanguíneos passem entre elas para penetrar no tecido nervoso. A dura-máter é a mais espessa, mais resistente, confere maior proteção tanto é que quando vamos realizar uma raquianestesia tem que sentir o último estalinho, a última resistência pela passagem da agulha entre os processosespinhosos penetrando nos músculos, nos ligamentos e a última resistência oferecida é a da dura-máter e automaticamente posteriormente já estamos no espaço subaracnóideo. As três meninges recobrem o tecido nervoso central, encéfalo e medula e quando chega ao cone medular que é a última parte da medula espinhal temos a aracnoide e a pia-máter envolvendo essa região, mas nós temos a dura-máter vinda até a região de S2 sacral. A dura-máter se prolonga para envolver parte da cauda equina e se fixar em um fundo cego que é o fundo do saco da dura-máter ao nível de S2 sacral e temos, portanto um local onde teremos um acúmulo de liquor onde podemos realizar a raquianestesia. O que é a raquianestesia? É um procedimento anestésico que devemos fazer pelo risco de pegar tecido nervoso no nível abaixo da medula espinhal. Abaixo de L2 qualquer espaço pode-se realizar a raquianestesia ou a punção lombar para fins de coleta de liquor para fins de diagnóstico. Então temos a possibilidade de nessa região inserir a agulha que vai coletar o liquor ou que vai infundir o anestésico para bloquear as raízes nervosas nessa região. Temos, portanto a possibilidade de realizar nesses locais. Qual o local padrão que realizamos pela facilidade de localização? Realizamos tanto a punção liquorica quanto anestesia raquina região lombar, geralmente entre L3 e L4. Sempre lembrando que deve ser abaixo de L2, porque é nessa região que temos a cauda equina que são os filamentos nervosos e, portanto fica difícil de pinçarmos, pois eles estão livres, não havendo risco de injetarmos dentro do tecido nervoso, por ter nessa região apenas filamentos livres da cauda equina e não mais medula espinhal. Onde é realizada a raquianestesia? Geralmente o espaço padronizado é entre L3 e L4. Como fazemos para encontrar esse espaço? Pegamos a crista ilíaca, pegamos o ponto mais elevado da crista ilíaca do paciente, o que não é difícil e vamos traçar uma linha imaginária horizontalmente e esse nível vai coincidir com o processo espinhoso de L4. Então se é entre L3 e L4, pegamos esse processo espinhoso como referência e pedimos o paciente para fletir o tronco, pois quando ele flete o tronco, o espaço entre um processo espinho e outro aumenta e aí fica mais fácil e livre para que a agulha adentre entre o espaço de L3 e L4 para a realização da raquianestesia. Quando usar a raquianestesia? Em vários tipos de cirurgia. Tanto a raquianestesia quanto a peridural tem suas indicações e contraindicações, mas um exemplo clássico é uma cesariana, onde temos que fazer a abordagem de incisão cirúrgica mais em baixo ventre, sem riscos maiores. A PERIDURAL pode fazer em qualquer nível da coluna vertebral porque a raquianestesia é feita no espaço subaracnóideo que contém o liquor. Já a peridural é outro tipo de anestesia que fazemos entre a dura- máter e o periósteo da coluna vertebral. Se o paciente tiver um grande lipoma nessa região, subimos ou descemos um pouco. Se tiver artrose, ou uma ponta óssea que não está deixando a agulha passar basta subirmos ou descermos um pouco. Entre as meninges e a coluna vertebral, existem espaços. O primeiro espaço é entre a dura-máter e o periósteo do canal vertebral, ou seja, o periósteo das vértebras e o espaço que está por fora da dura-máter chamamos de ESPAÇO EPIDURAL. Esse espaço é preenchido por gordura. Possui um tecido adiposo vertebral contendo várias veias, vasos sanguíneos do plexo venoso vertebral que faz uma comunicação de passagem de sangue tanto da coluna vertebral quanto da região medular e isso é importante porque às vezes temos um câncer que já disseminou para a coluna e disseminametástase para medula espinhal e encéfalo. Qual é a via de disseminação? São as comunicações vasculares tanto de órgãos da região abdominal e pélvica para esses vasos da coluna vertebral por meio de veias, por exemplo, lombares, intercostais, onde temos essas comunicações que infelizmente permitem em fluxo retrógrado a disseminação, por exemplo, de células cancerígenas. Temos a dura- máter e por fora dela, entre ela e a vertebra temos o ESPAÇO EPIDURAL onde é realizada a anestesia chamada peridural, por isso que a peridural pode ser feita em qualquer segmento da coluna vertebral porque ela não perfura a dura-máter, sendo o risco bem menor de atingir o tecido, ou seja, de atingir a medula espinhal e gerar lesões duradouras e irreversíveis na medula do paciente. Entre a dura- máter e a aracnoide nós temos um espaço denominado de ESPAÇO SUBDURAL, que é virtual e contém apenas uma subcamada de líquido praticamente imperceptível e ele passa a ser importante quando temos coleção de líquido ou quando temos alguma massa, porém a nível medular isso não acontece muito, mas pode acontecer, mas é muito mais comum no espaço subdural do crânio, ou seja, do encéfalo nós termos acometimentos importantes e por fim entre a aracnoide e a pia-máter nós temos o ESPAÇO SUBARACNOIDEO. O espaço subaracnóideo vai permitir comportar e a circular o liquor, ou o líquido cérebro-espinhal, cerebrorraquidiano, ou seja, é este espaço que ele vai preencher e é nesse espaço que ele vai circular. ESPAÇO EPIDURAL: dura-máter e o periósteo do canal vertebral ESPAÇO SUBDURAL: dura-máter e a aracnoide ESPAÇO SUBARACNOIDEO: aracnoide e a pia-máter A imagem abaixo é uma ressonância magnética. Podemos ver nitidamente o corpo vertebral, os discos intervertebrais, a setinha aponta a vertebra C7 e conseguimos perceber as diferentes densidades, onde a região mais hipodensa é a medula, onde podemos ver o liquor, depois do liquor vemos a dura-máter, porque in vivo a dura-máter é coladinha com a aracnoide. Vemos também a gordura do espaço epidural. Ao chegar próximo de T1 e T2, T3 e T4 vertebral, de T1 a T4 vertebral, medular seria T3 a T6, porque aprendemos que temos que somar 2 para encontrarmos o dermatomo e miotomo acometido. Porém, vemos uma massa e a dura-máter fica toda borrada e crescida, isso é um MENIGIOMA, que é um tumor da dura-máter que está comprimindo toda medula espinhal. Nessa pessoa, os funículos e cornos estão todos comprimidos. Supomos que esse paciente chegou com a clínica na neurologia pegando de terceiro dermatomo e miotomo para baixo com perturbações de sensibilidade e motricidade dessa região para baixo porque tem um tumor crescendo na meninge desse paciente que está comprimindo toda a passagem de informação pela medula espinhal ao nível torácico alto. É necessário fazer a cirurgia para retirada e estimular muito porque com certeza tem distúrbio de condução de informação. É um paciente que pode ter parestesias que é alteração da sensibilidade, formigamentos nos membros inferiores, pode ter comprometimento da força em membros inferiores e do tronco porque a informação motora do primeiro neurônio motor para o segundo não está conseguindo passar por causa desse meningioma que se está com comprometimento de nível vertebral de T1, T2, T3 e T4, medular vamos somar 2, então será de T3 a T6. ANATOMIA MACROSCÓPICA DA MEDULA ESPINHAL Esse é um corte transverso da medula espinhal, onde observamos uma inversão dos componentes em relação ao encéfalo. No encéfalo, a periferia é constituída de corpos e o miolo constituído principalmente de substância branca. Na medula, a parte periférica corresponde predominantemente a substância branca, ou seja, é o local onde está passando as informações axonais pelos axônios com sua bainha de mielina e o miolo forma o H medular que são os cornos ou colunas e essa região central contém uma predominância de corpos de neurônio e além dos elementos que formam a substância branca e a substância cinzenta da medula a espinhal, vemos que a medula está correlacionada com a formação dos nervos periféricos e todos os 31 pares de nervos espinhais ou raquidianos vão conter na sua formação um componente sensitivo e um componente motor.PARTE BRANCA – periferia – informações axonais PARTE CINZENTA – miolo, cornos – corpos de neurônio MEDULA – 31 pares de nervos – sensitivo e moto No componente sensitivo nós temos os gânglios, do sistema nervoso somático, ou seja, gânglios sensitivos espinhais e as fibras, os filamentos radiculares que formam a raiz sensitiva do nervo espinhal. Quando recebemos um beliscão, temos a informação dolorosa passando pelas fibras sensitivas, nos gânglios até fazer conexão no corno posterior. É sabido que na parte posterior da medula temos uma predominância de informações sensitivas. Lesões posteriores de medula geram mais repercussões sensitivas e lesões anteriores mais motoras. Então na região anterior da medula nós temos informações motoras. O beliscão sobe, sobe e sobe e após fazer conexão com o corno posterior, com corpos de neurônios e dendritos do corno posterior da medula essa informação de dor vai se propagar pelos axônios desses neurônios e vai subir e vai cruzar até virar informação dolorosa consciente no lobo parietal. Corno posterior – gânglios – sensitivas Corno anterior – informações motoras Corno = região de informação sensitiva e motora Temos que entender que cornos são regiões de conexões de informação sensitiva e motora. Por exemplo: Chegou ao parietal à informação de dor e eu quero tirar o meu braço de próximo do estímulo, eu encaminho uma informação motora que cruza e faz conexão com o corno anterior que emite a informação eferente pra a retirada do membro de maneira efetiva dependendo das conexões que foram feitas e promovidas pelo estímulo gerado que é o estímulo doloroso. Então temos os funículos que correspondem a substância branca da medula espinhal e são formados pelos axônios dos neurônios tanto sensitivos quanto motores e os cornos ou colunas posterior, anterior e lateral vão corresponder a região de corpos de neurônio onde temos conexões de informações, áreas sinápticas. Temos o CORNO ANTERIOR, CORNO POSTERIOR, O CANAL CENTRAL que é o vestígio da luz do tubo neural, lembrando que a medula é formada a partir da região caudal do tubo neural e dependendo do nível da medula espinhal ainda vamos ter o CORNO LATERAL. Se o segmento medular for toraco-lombar, torácico, até L2 medular, ainda tem o que vimos na prática que são os chifrinhos que seria o corno lateral. Lembrando que o tamanho e a disposição dos cornos vão ser diferentes conforme o segmento da medula espinhal. Por exemplo: na região lombar, na formação da medula, temos mais corpos de neurônios do que fibras. Já na região cervical, temos mais fibras do que corpos neuronais, porque as fibras que estão conduzindo informações sensitivas e motoras, por exemplo, dos membros inferiores, tórax, abdome, pelve, tudo está passando também no segmento cervical e nos segmentos mais inferiores passam apensas às fibras relacionadas à segmentação inferior, a inervação mais inferior do corpo e nós sabemos que na substância branca nós temos a formação de funículos. Então vamos ter de cada lado da medula o FUNÍCULO ANTERIOR que é predominantemente motor, os FUNÍCULOS LATERAIS com informação mista, motora e sensitiva e os FUNÍCULOS POSTERIORES com informações predominantemente sensitivas e os cornos são os CORNOS POSTERIORES, ANTERIORES e no segmento toraco-lombar ainda vamos ter a presença do CORNO LATERAL que corresponde à região onde temos a presença de corpos de neurônios do sistema nervoso autônomo simpático, com origem no corno lateral de T1 a L2. O corno anterior e o corno lateral vão encaminhar ou receber fibras dos nervos, mas a parte somática desses nervos, então seria sistema nervoso somático. FUNICULO ANTERIOR – motor FUNICULO LATERAL – motor e sensitivo FUNICO POSTERIOR – sensitivo CORNO LATERAL - corpos de neurônios do sistema nervoso autônomo simpático Um fato interessante é que a medula é a composição só de funículos e cornos, mas associado a ela temos os 31 pares de nervos. O que é a formação do nervo principalmente se for espinhal? O nervo espinhal nada mais é que um conjunto de fibras sensitivas e motoras envoltas por uma membrana de tecido conjuntivo que é o epineuro. Na sua composição ele tem o GÂNGLIO SENSITIVO SOMÁTICO DO NERVO ESPINHAL, os filamentos radiculares, ou seja, que formam a raiz sensitiva, os FILAMENTOS RADICULARES SENSITIVOS que juntos formam a RAIZ SENSITIVA DO NERVO ESPINHAL. Temos os FILAMENTOS RADICULARES MOTORES que formam a RAIZ MOTORA DO NERVO ESPINHAL e ao juntar é o NERVO ESPINHAL. Quando vamos ver, a medula não possui cortes. Quando falei de dermatomo e miotomo vocês ficaram um pouco confusos, mas a medula na sua totalidade não tem sulcos transversais que fala que esse é o segmento C3, C4, C5, C6 da medula, o que vai definir a segmentação da medula é a emergência dos nervos, então cada nervo sai de um segmento especifico, mas essa segmentação medular de maneira transversal não existe a não ser pela emergência dos nervos, porém a medula tem na sua composição sulcos longitudinais representativos. O primeiro e mais profundo, é chamado de FISSURA MEDIANA ANTERIOR, na prática ela que guia se é a parte da frente ou se é a parte de trás da medula. Posteriormente temos o SULCO MEDIANO POSTERIOR. Na parte mais anterior da medula, temos ainda o SULCO LATERAL ANTERIOR que corresponde à região de saída da raiz motora do nervo espinhal. Então os filamentos que formam a raiz motora do nervo espinhal vão sair pelo sulco lateral anterior. No mesmo nível, porém atrás temos o SULCO LATERAL POSTERIOR que corresponde a região de entrada dos filamentos que formam a raiz sensitiva do nervo espinhal e outro sulco que vamos ter no segmento torácico de T6 para cima temos ainda o SULCO OU SEPTO INTERMÉDIO POSTERIOR que vai fazer a separação entre o FASCÍCULO GRÁCIL E O FASCÍCULO CUNEIFORME. Na parte final da medula espinhal temos o CONE MEDULAR que é a estrutura de afinamento, a parte mais caudal da medula espinhal é denominada como cone medular que termina em L1 ou L2 e a partir do cone medular nós vamos ter a pia-máter se projetando, ela esta coladinha no tecido nervoso, no cone medular e ela se projetam do cone medular, passa junto com os filamentos da cauda equina ate chegar em S2. Além do cone medular, temos um filamento diferente dos demais que continua até chegar em S2 que é chamado de FILAMENTO TERMINAL que serve para manter presa a medula espinhal, ela não fica livre de movimentação dentro do canal vertebral. O que mantém a medula espinhal presa é o filamento terminal. Quando chega em S2 a pia-máter se mescla com a aracnoide e a dura-máter e vai dissipar um monte de filamentos que forma um único filamento chamado de LIGAMENTO COCCÍGEO que se projeta de S2 até o cóccix para aumentar a fixação da dura-máter. O que são as intumescências medulares? Quando observamos a medula espinhal, ela possui um formato cilíndrico, porém ela não é cilíndrica com o mesmo diâmetro do inicio ao fim. Existem partes dela que possuem dilatações e nessas partes onde tem essas dilatações, chamamos de intumescências. Existe a INTUMESCÊNCIA CERVICAL e a INTUMESCÊNCIA LOMBAR OU LOMBO SACRAL. O que são essas dilatações? A medula do ser humano é fina, delgada na parte torácica, porque na região torácica, os nervos que estão saindo, estão saindo para inervar dermatomos e miotomos muito próximos e sem complexidade de informações, então temos um número reduzido de neurônios para o comando dessa área, mas no membro superior e membro inferior não. Os neurônios, os axônios de neurônios que comandam os membros superiores e os membros Então os elementos responsáveis pela fixação da dura- máter são o filamento terminal e o complemento envolvendo todas as meninges é o filamento coccígeo. inferiores estão saindo para inervar áreas mais distantes e com alta complexidade neuronal e isso envolve um número muito grande de neurôniospara comandar essas áreas mais distantes e tão complexas que tem movimentação fina, movimentos de preensão e escrita e por essa razão temos que ter mais neurônios e fibras neuronais associadas a essas regiões. Então as intumescências são dilatações da medula espinhal, formada por um número grande de neurônios e suas fibras por estarem relacionadas com a inervação de áreas distantes com funcionalidade complexa, MS e MI. Dessa maneira, a intumescência cervical está relacionada diretamente com o controle neurológico dos membros superiores e a intumescência lombo sacral está relacionada com a inervação direta dos membros inferiores, não somente membros inferiores, mas também a pelve. IC – membros superiores IL – membros inferiores e pelve A medula termina em L1 ou L2, mas os nervos não podem terminar, tanto é que nessa região de L1 e L2 temos a segmentação sacrococcígea. T11 e T12 vertebral têm uma medula lombar. Então por mais que a medula acabe os nervos vão continuar sendo direcionados para as regiões mais inferiores do corpo. O conceito de CAUDA EQUINA corresponde a um conjunto de filamentos nervosos caudais da medula que se projetam para o interior do canal vertebral da coluna lombar e do canal sacral direcionando a inervação para estruturas pélvicas, de região glútea e membros inferiores. Ou seja, a cauda equina corresponde a um conjunto de filamentos nervosos caudais da medula espinhal que se prolonga além do nível da medula e se exterioriza entre as vértebras e os forames sacrais para promover inervação de estruturas da região pélvica, glútea e membros inferiores. A medula termina em L1 e L2, mas eu tenho que projetar abaixo de cada vértebra o seu respectivo nervo espinhal. Por exemplo, o nervo L3 faz parte da cauda equina e vai passar por baixo da vértebra L3 para ganhar o seu dermátomo e o seu miotomo correspondente e assim sucessivamente. CONEXÕES COM NERVOS ESPINHAIS A medula não possui uma segmentação transversal produzida por meio de sulcos transversais, mas sim por meio de raízes nervosas, por meio de nervos que se formam e se projetam para a periferia corporal no espaço entre as vértebras na forma vertebral ate a região sacral e na região sacral pelo forames sacrais anteriores e posteriores. Nós temos 31 pares de NERVOS ESPINHAIS ou radiculares ou radiquianos, e como se dá a nomenclatura dessa inervação? Os nervos são também considerados, são nomeados pelo o seu segmento. Os nervos espinhais respeitam a segmentação da coluna vertebral, dessa forma nos temos: - 7 vértebras cervicais - 12 vértebras torácicas - 05 vértebras lombares - 05 vértebras sacrais (na criança) Exceto a região cervical todas as demais vão respeitar o mesmo número de vértebras: - 12 pares de nervos espinhais torácicos (T1 a T12) - 05 pares de nervos lombares (L1 a L5) - 05 pares de nervos sacrais, passam pelos forames sacrais anteriores e posteriores e arco sacral (S1 a S5) - 01 par coccígeo - 08 pares de nervos cervicais onde o 8º nervo sendo o nervo de transição. Qual a nomenclatura? O primeiro nervo cervical passa acima do atlas, então na região cervical a nomenclatura vai ser dada de acordo com a vértebra que se posiciona abaixo, então sempre o nervo vai estar saindo acima, então primeiro nervo cervical saí acima do atlas que é a primeira vértebra, o segundo saí acima do axis, o terceiro, o nervo C3 saí acima de C3, o nervo C4 saí acima de C4, o nervo C5 saí acima de C5, então para a segmentação cervical os nervos vão estar sempre saindo acima da sua vértebra correspondente, então a vértebra está sempre inferior ao seu nervo, porém o nervo C8 é considerado o nervo de transição, ele vai sair abaixo da vértebra C7 e a partir de então nos segmentos mais inferiores torácico, lombar, sacral e coccígeo sempre a emergência do nervo vai se dar abaixo da sua vértebra correspondente, então na região cervical é sempre acima e depois do nervo de transição que é C8 os nervos vão ter a nomenclatura da vértebra que estar acima, por exemplo: o nervo T2 ele sai inferiormente a vértebra T2, o nervo L3 ele vai sair inferiormente a vértebra L3 apenas na cervical que será acima a emergência nas demais abaixo exatamente pela condição do nervo de transição C8 que ajuda na inervação dos membros superiores, vai fazer parte do plexo braquial. Cervical – acima da vértebra a emergência do nervo T, L, S, C – abaixo da vértebra a emergência do nervo C8 é o nervo de transição – abaixo da de C7 CONCEITOS IMPORTANTES - SUBSTÂNCIA CINZENTA: é um conjunto formado predominantemente por corpos neuronais, a nível de medula espinal esse conjunto é denominado de CORNO ou coluna, já a nível central, a nível encefálico vai ser NUCLEO ou CORTEX, sabemos que córtex tem o seguinte significado, corresponde a superfície de um órgão, neste caso o córtex cerebral é formado predominantemente por corpos neuronais, parte mais superficial de um órgão, existe por exemplo o córtex da glândula suprarenal que libera aldosterona que libera glicocorticóide, tem o córtex do timo, vários órgãos vão ter córtex e medula, medula significa miolo. - SUBSTANCIA BRANCA: conjunto formado predominantemente por fibras mielenizadas, possui tamanho diferenciado da bainha de mielina que vai determinar se a informação vai correr mais rápido ou mais de lentamente mas enfim substancia branca significa conjunto de fibras mielenizadas, por onde passam as informações. A substancia branca é o FUNICULO. - FUNICULO: cada funículo, anterior, lateral, posterior vai ser formado por um conjunto de TRACTO/FASCÍCULO, então o funículo é o todo que são formados por um conjunto de tractos e fascículos (figura abaixo). Qual o conceito de tracto? Qual é o conceito de fascículo? O que diferencia o tracto do fascículo é o número de fibras, geralmente os fascículos são tractos mais espessos com um numero maior de fibras. Podemos definir trasto como conjunto de fibras que tem a mesma origem e destino e é responsável por carrear as mesmas informações. Se tratando de tractos a nomenclatura obedece a seguinte regra, o nome inicial é o local de origem, o nome final é o local de destino e a posição, por exemplo, Tracto Espinotalamico Lateral ele vai começar, as fibras vão adentrar a medula espinal, vão subir para uma região tálamo na sua lateral, dessa forma apenas falando o nome dele á é possível sabe que ele é um tracto sensitivo porque tratos sensitivos aferentes são aqueles que sobem e tratos eferentes são aqueles descem com a informação motora, então toda vez que tiver um tracto mesmo sem saber neste momento inicial a função de cada tracto pelo nome já é possível saber se ele é carreador de informações sensitiva ou motora, todos que inicial com ESPINO sabemos que esta entrando pela medula espinal e esta subindo para uma outra área, sendo assim ele é sensitivo, está entrando na parte mais baixa e vai subir, então ele está carreando informações que sobem, informações que sobem são informações sensitivas. Agora os demais são tractos controladores de funções motoras porque esta vindo de uma área que é mais superior para uma área mais inferior do sistema nervoso central que é a medula. Além do fascículo ter mais fibras ele não respeita a nomenclatura, não existe uma regrinha para ele. - LEMNISCO: é um tracto que obrigatoriamente passa pelo tálamo, ele tem que passar pelo tálamo, e quem é o tálamo? É um elemento do sistema nervoso, um elemento do diencéfalo, ele fica bem no cérebro, na região mediana, ele é o recepcionista maior do sistema nervoso central, ele é fundamental para o encéfalo, ele é o recepcionista da maioria das informações tanto sensitivas como motoras, porem ele não tem a capacidade de processar e tornar as informações conscientes, elas só se tornam conscientes quando chegam no córtex, muito pouca informação será processada no tálamo, por exemplo temos a dorvisceral que é processada na região do tálamo, ele é um recepcionista, as informações sensitivas e motoras passam por ele primeiro onde são encaminhadas para o seu processamento no local correto das mesmas serem processadas. TALAMO: recepcionista maior – encéfalo – não processa - encaminha CORTEX: as informações se tornam conscientes. - DECUSSAÇÃO: corresponde ao cruzamento das fibras dos axônios no plano mediano de uma forma oblíqua, na figura abaixo podemos ver na região do bulbo esse cruzamento, a decussação mostra que as fibras estão cruzando o plano mediano de maneira obliqua de modo que esta determinada função exercida por ele tenha um comando corporal colateral. (a avô teve um derrame, um AVC do lado direito e ela ficou com seqüela na movimentação do lado direito do corpo), desse forma decussações e comissuras são importante para compreender a clinica cruzada das deficiências neurológicas sejam elas sensitivas ou motoras quando acontecem decussações ou comissuras. Nas comissuras ocorre o cruzamento transversal, horizontal, a principal comissura é corpo caloso. - FIBRAS DE PROJEÇÃO e ASSOCIAÇÃO: elas se diferem conceitualmente. Fibras de associação, foi exemplificado o reflexo, são conexões próximas, são neurônios que ligam neurônios próximos. Quando extrapolam os limites do órgão são chamados de fibras de projeção. Na figura abaixo vemos o estimulo dado (arco reflexo), onde as fibras do neurônio posterior já se conectam com os neurônios anteriores, então nesse processo teve um interneuronio com sua fibra de associação, as fibras foram muito próximas que não fugiu ao limite do órgão. INTERNEURONIO ou NEURONIO DE ASSOCIAÇÃO – liga neurônios próximos, sem extrapolar os limites dos órgãos. As fibras que extrapolam os órgãos são chamadas de NEURONIOS DE PROJEÇÃO. - NURONIO MOTOR SUPERIOR e INFERIOR: importantíssimo. O neurônio motor que manda no neurônio motor que executa a ação é o neurônio motor superior, e o que realmente executa a ação é o neurônio inferior. O neurônio motor superior controla o inferior. Quando se perde o controle central no superior começa a ter microreflexos ou seja contrações freqüentes e mínimas do músculo, começa com qualquer estimulozinho é capaz de gerar aumento do reflexo do indivíduo, dessa maneira quando se tem a lesão de um neurônio motor superior perde o controle do neurônio motor inferior, mas o inferior ele ainda continua tendo conexões com a periferia porque ele esta integro, neste caso pode aumentar o reflexo porque quem inibe é o comando do superior. Então no caso de lesão de neurônio superior, por exemplo um AVC no córtex motor direito,vai ser igual a uma paresia (fraqueza muscular, caracterizada pela espaticidadde), como perdeu o controle do 1º neurônio motor o 2º que é o neurônio motor inferior ele vai direto mandar descargas para contração do músculo que vai gerar ao longo do prazo hipertonia, aumento do tônus muscular e aumento dos reflexos musculares. HIPERTONIA – HIPERFLEXIA. Lesão de neurônio motor inferior tem como repercussão uma paresia flácida, perda de força, membro jogado, hipotonia com hiporreflexia e se seccionar todas as fribras, tem a arreflexia, ausência dos reflexos. Lesão de neurônio motor superior é paraseia espasticas, caracterizada por hipeonia com hiporreflexia. Lesão de neurônio inferior é paresia, perda de força flácida, diminuição do tônus muscular, hiporreflexia ou arreflexia. VIAS Sabemos que na parte posterior da medula estão chegando fibras sensitivas dos nervos espinais, fazendo conexão com a parte posterior trazendo as informações dos vários tipos de sensibilidade (dor, temperatura, tato, pressão) e essas informações que chegaram no corno posterior só vão se tornar conscientes quando chegarem ao córtex. Então a sensibilidade quase todas serão processadas e se tornarão conscientes quando chegar no lobo parietal, que quando chegam lá também são processadas e retornam, e se eu tiver que gerar respostas motoras, teremos um retorno através de vias eferentes acionando neurônios eferentes (2º neurônio motor). Na imagem acima vemos um corte transversal da região cervical da medula. Um dado relevante das vias motoras é que aqueles neurônios cujo axônios fazem contato e comandam os corpos neuronais que se posicionam mais medialmente nos cornos anteriores seja da região cervical ou lombo-sacral, eles vão direcionar fibras que vão comandar mais a parte axial e proximal do nervo, e aqueles corpos neuronais que estão se posicionando mais lateralmente nos cornos anteriores vão ser comandados pelo neurônio motor superior mas os neurônios mais laterais vão comandar a motricidade das partes mais distais de MMSS e MMII. Então se temos lesão de parte mais lateralizada do corno anterior e se for da região cervical ou lombar já sabemos que o acometimento vai ficar mais distal no seguimento corporal específico daquele indivíduo. Quando falamos de via descendente, já sabemos que é via eferente (via motora), e a nossa mais complexa de interagir com o meio externo é através da movimentação que é comandada ou modulada por vários circuitos que se somam. VIA PIRAMIDAL O circuito principal do movimento é o que chamamos de VIA PIRAMIDAL, que recebe este nome porque os neurônios de origem dessa via são um pouco mais piramidais e porque os axônios dessa via vão se unindo para passar por uma região do bulbo chamada de pirâmide bulbar. A via piramidal contem o neurônio motor superior (ou neurônio de 1ª ordem), sendo uma via de controle do movimento voluntário, então todo comando voluntário da movimentação começa na via piramidal no córtex motor do lobo frontal. VIA PIRAMIDAL: comando voluntário do movimento A via piramidal é formada por 3 tractos: - Tracto córtico-espinal lateral; - Tracto córtico-espinal anterior; - Tracto córtico-nuclear (abordado posteriormente). A via piramidal começa no lobo frontal, na região do córtex (telencéfalo) onde as informações se tornam conscientes, e ela é uma via única formada por milhões de neurônios e seus axônios que descem pelas partes mais anteriores do tronco encefálico, passam para formar a pirâmide bulbar (no bulbo) e 75% dessas fibras se cruzam numa região do bulbo chamada de pirâmide bulbar e segui para medula espinhal onde farão conexão de comando com os neurônios do corno anterior da medula, principalmente os mais lateralizados. Então aquelas fibras (75%) que cruzaram lá no bulbo, falamos que é o tracto córtico-espinal lateral e ele vai fazer conexões contra-laterais com corpos de neurônios do neurônio motor inferior que estão localizados lateralmente no corpo anterior. Já as fibras que não cruzaram lá na decussação das pirâmides do bulbo, elas descem e algumas ainda cruzam e outras não, e fazem conexão com partes mais mediais do corno anterior, ou seja, elas acionam o neurônio motor inferior da parte mais medial do corno anterior. Então desta maneira, o tracto córtico- espinal anterior (aquele que não cruza na região do bulbo, mas parcialmente depois) controla a musculatura mais axial, de uma maneira bilateral porque eu tenho um cruzamento parcial das fibras. Por isso que quando se tem AVEI na área esquerda do cérebro, o comprometimento do paciente vai ser do lado direito e principalmente nos membros, o troco é mais fácil de se recuperar, porque o tronco tem um controle bilateral e cruzamento parcial das fibras do tracto córtico-espinhal anterior, agora o córtico- espinhal lateral cruza completamente, e isso quer dizer que nossos movimentos de membros são controlados pela área motora no lobo frontal contra- lateral. Resumindo: Então a via piramidal, seja o tracto córtico-espinhal lateral ou tracto córtico-espinhal anterior, eles vão controlar nossa motricidade voluntária; o tracto córtico-espinhal lateral é aquele que vai cruzar no bulbo totalmente e o tractocórtico-espinhal anterior são as fibras que vão continuar ipsi-lateralmente e quando chegar na medula se cruzam parcialmente. Função: exercer o comando e a execução voluntária dos movimentos. VIA EXTRA-PIRAMIDAL: Formada por 4 tractos que exercem uma ação auxiliar a movimentação dos membros, movimentação corporal e ajudam a modular e exercer os movimentos de maneira mais automática, menos consciente. O Tracto rubrospinhal vem de uma região chamada núcleo rubro no mesencéfalo, que dissipa a informação através de seus axônios de maneira cruzada que desce pelo funículo lateral da medula, e os seus terminais sinápticos fazem conexões com a parte mais lateralizada do corno anterior na região cervical. Então, o tracto rubrospinhal auxilia na execução dos movimentos de flexão dos movimentos superiores, controle motor distal da região braquial/cervical (C5 a T1). Então o tracto rubrospinhal é um tracto que também exerce comando contralateral assim como o tracto córtico-espinal lateral e auxilia no controle dos movimentos distais, principalmente movimentos de flexão em MMSS. Tracto rubrospinhal: mesencéfalo - funículo lateral - corno anterior lateralizado - movimentos de flexão dos movimentos superiores, controle motor distal da região braquial/cervical (C5 a T1). Tracto tecto-espinhal está localizado no teto do mesencéfalo no cunículo superior que é um dos elementos do teto do mesencéfalo, e os axônios dessa região cruzam e vão acionar corpos de neurônios mais mediais no corno anterior da região cervical. Então o tracto tecto-espinhal tem o controle da cabeça e dos olhos (movimentação decorrente de estímulos visuais) ajustes de movimentos de olhos e cabeça. Tracto tecto-espinhal: mesencéfalo - corno anterior medial - controle da cabeça e dos olhos. Tracto Retículo-espinhal vem de uma região chamada de formação reticular, e suas fibras descem fazendo conexão com partes mediais do corno anterior, porém, em toda extensão, e juntamente com ele é acionado também o Tracto vestíbulo-espinhal, suas fibras descem pela região anterior que também fazem conexões com corpos neuronais mediais. Então tanto o tracto retículo-espinhal como o vestíbulo-espinhal auxiliam na manutenção da postura corporal e do equilíbrio. Tracto Retículo-espinhal e Tracto vestíbulo-espinhal: corno anterior medial - auxiliam na manutenção da postura corporal e do equilíbrio. Na imagem abaixo vemos o posicionamento das vias sensitivas (em cinza) e as vias motoras (em vermelho). Nas vias ascendentes respeitamos a disposição por meio dos funículos. Funículo posterior: formado pelo fascículo grácil e cuneiforme. Em determinado segmento medular temos a formação de um sulco chamado de sulco intermédio posterior. Temos o fascículo grácil e depois que vai surgir o cuneiforme, nas partes mais inferiores da medula espinhal só existe fascículo grácil, porque todas as sensibilidades mencionadas aqui que correspondem as funções carreadas pelos axônios dos fascículos grácil e cuneiformes estarão relacionadas com os MMSS e MMII. Então só tenho surgimento do fascículo cuneiforme quando chega a nível T6 medular para cima, então só vai existir a nível T6 medular torácico fascículo grácil. E ali quando começa a ter a propriocepção da parte torácica do corpo e MMSS é que vai surgir o fascículo cuneiforme. O comando é contralateral por causa do cruzamento em forma de decussação dessas vias no bulbo. As sensibilidades carreadas pelo fascículo grácil e cuneiforme são: propriocepção consciente (percepção dos segmentos corporais no espaço, principalmente dos membros, ex. bater palmas, colocar a mão direita em ombro esquerdo), tato discriminativo (tato mais apurado), estereognosia (capacidade da interpretação dos sentidos por meio do tato) e a sensibilidade vibratória. Funículo anterior: - Tracto espino-talâmico anterior que sai da medula espinhal, cruzando diretamente para o lado oposto e sobe fazendo conexão no tálamo até virar tato protopático e pressão (tato grosseiro e pressão). -Tracto espinolivar vai fazer conexão com as olivas do bulbo e propriocepção inconsciente. - Tracto espinoreticular vai fazer conexão com a formação reticular e depois vai para o tálamo, carreia informações relacionadas a dor visceral. Funículo lateral: - Tracto espino-talâmico lateral entra pelo corno posterior da medula e cruza as fibras vão subir pelo funículo lateral até fazer conexão com o tálamo e depois jogar a informação para o lobo parietal. Essa via comanda a percepção de dor somática (dor e temperatura corporal). - Tracto espino-cerebelar anterior e posterior controlam a propriocepção inconsciente. CORRELAÇÕES ANATOMO-CLÍNICAS Plegia: ausência de força, automaticamente ausência de movimentos (grau de força 0). Paresia: diminuição de força. Hipotonia: diminuição do tônus muscular (lesão de neurônio motor inferior). Hipertonia: aumento do tônus muscular(lesão de neurônio motor superior). Hiporreflexia: diminuição do reflexo. Hiperreflexia: aumento do reflexo. Anestesia: perda da sensibilidade. Hipoestesia: diminuição da sensibilidade. Hiperestesia: aumento da sensibilidade. Parestesia: sensação espontânea e mal definida (formigamento). Alodínea: percepção dolorosa, na presença de estímulo que habitualmente não provoca dor. Poliomielite: doença cujo vírus tem uma pré- disposição em se fixar e destruir o corno anterior da medula, onde temos neurônio motor inferior (corpos de neurônios), e naqueles segmentos onde o vírus se implantou e destruiu os cornos vai apresentar uma clínica típica de neurônio motor inferior, causando uma paresia flácida, hipotonia e hiporreflexia. Tabes Dorsalis: é a neurosífilis que só se desenvolve após décadas do contato. O vírus começa a destruir o fascículo grácil e cuneiforme e funículo posterior, o paciente perde a propriocepção consciente, apresenta a marcha tabética (?). Síndrome de Brow Sequard: secção da metade da medula espinhal, causa paralisia, perda da propriocepção e perda da sensibilidade vibratória ipsilateral; Perda da sensibilidade térmica e dolorosa contra-lateral. Choque medular: lesão muito próxima da medula, que gera uma inflamação na medula que cria um curto-circuito. Mas se descomprimir e abordar com tratamento alcança melhora. Tumor na medula. Siringomielia: não é tão frequente, mas é uma destruição do canal medular, que é um vestígio do tubo neural que contem o líquor, e começa uma destruição de neurônios e cornos em volta do canal medular e ao invés de ter líquor no canal tem a presença de ar, com acometimento sensitivo e motor.
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