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Introdução à Neuroanatomia

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NEUROANATOMIA
Células e tecido nervoso 
Um conjunto de células forma o tecido; um conjunto de tecido forma um órgão; conjunto de órgãos forma um sistema e um sistema forma o organismo. 
O tecido nervoso é formado por neurônios e células da glia. O neurônio é a porção funcional e estrutural (chefe); as células da glia é o sustento do sistema e auxiliam os neurônios (equipe) = comando de função. 
Neurônio específico: 
1. Corpo celular possuinte de um núcleo e dentro deste núcleo possui um nucléolo e o citoplasma, onde todo este núcleo fica inserido (preenchimento); contendo os dendritos (braços = ramificações), é uma extensão do citoplasma. Os dendritos respondem a estímulos específicos; temos vários neurônios em nosso organismo e os dendritos é a comunicação entre eles e respondem a impulsos em direção ao corpo celular (o impulso chega no dendrito em direção ao corpo celular)
2. O axônio é um segundo tipo de prolongamento do citoplasma. O impulso passa do corpo celular em direção a outro neurônio pelo axônio; o impulso nervoso se afasta do corpo celular pelo axônio.
Células da glia:
Há 6 categorias:
1. Células de Schwann: responsável por formar a bainha de mielina em volta do axônio do SNP: a bainha de mielina não existe em todos os neurônios (representado de roxo na figura anterior), o neurônio pede o auxílio da célula da glia para formar a bainha de mielina. Se o meu neurônio estiver no SNP, quem forma a bainha é as células de schwann;
2. Oligodendrócitos: forma a camada da bainha de mielina dos axônios do SNC; se o meu neurônio estiver no SNC, quem forma a bainha é os oligodendrócitos;
3. Microglia: responsável por remover material estranho ou degenerado (todo lugar do nosso corpo existe uma célula para fazer remoção do que morre);
4. Astrócito: regula a passagem de moléculas de sangue para o encéfalo (passagens de substância de um local para outro: o sangue chega no sistema nervoso, necessitando de uma célula que pegue essa molécula presente no sangue passando para o sistema;
5. Células ependimárias: auxilia o neurônio a formar estruturas de revestimento (ajuda a formar os ventrículos do encéfalo e o canal central da medula espinhal);
6. Gliócitos ganglionares: localizados nos gânglios nervosos; dão suporte para os neurônios nos gânglios nervosos que ficam do SNP.
Bainha de mielina (processo de mielinização): 
Cada célula de Schwann envolve cerca de 1 mm de axônio; os espaços existentes entre cada 1 mm são chamados de nódulos de Ranvier (auxilia os impulsos a serem transmitidos de uma melhor forma). Existem neurônios mielínicos e amielínicos; claramente, os que contém mielina contém um potencial de ação mais veloz, de grande utilidade para algumas células em específico (proporciona suporte e ajuda na condução de impulsos – nódulos de Ranvier).
Tipos de neurônio 
Classificados em 2 formas:
Funcional: sendo três tipos – interneurônio (entre neurônios) faz associação; ligação entre um neurônio e outro. Permite um aumento de sinapses, estabelece conexões de um neurônio a outro, constitui a maioria dos neurônios existentes no SNC e o seu corpo está no SNC.
Ex.: o neurônio sensitivo presente na pele recebe uma informação, levando essa informação para o SNC (presença do interneurônio), ele recebe essa informação e fala para o músculo agir (quando encostamos em uma panela quente, por exemplo); teve a entrada da sensação (sensitivo) passa a informação e com o reflexo tiramos a mão imediatamente, contraindo a musculatura. Isso explica a grande quantidade de interneurônio que se liga a neurônios. 
Sensitivo (aferente): a informação vem de fora para dentro; a informação vem da periferia para o centro. Ele recebe informação do meio sensorial, meio ambiente e do próprio organismo (dos órgãos) são sensações; possui receptores que se modificam de acordo com o estímulo (temperatura, enrugado , etc).
Motor (eferente): a informação vem do centro para periferia. Conduz o impulso até o órgão que vai realizar a ação (músculo, glândulas).
A imagem representa o neurônio sensitivo, interneurônio e neurônio motor; o corpo do neurônio sensitivo está do lado de fora do SNC (neurônio com sua morfologia diferente), já o corpo do neurônio motor está dentro do SNC (representado pela parte amarela). Única parte que fica dentro do SNC pertencente ao neurônio sensitivo são os dendritos (dendritos manda informação para o corpo celular e o corpo celular manda para o axônio). Neste caso, como a informação vem de fora para dentro, representando na imagem, da esquerda para direita, o corpo celular não precisa estar dentro do SNC. No caso do neurônio motor, sua informação é contraditória, o corpo celular precisa receber a informação presente dentro do SNC, mandando para o axônio. 
Morfológica (anatômica): multipolares, apresenta vários dendritos e um axônio (neurônios motores).
Bipolares, dois prolongamentos, deixando o corpo celular no centro, um axônio e um dendrito (neurônios da retina, mucosa, olfatória, neurônios vestibulares e cocleares); interneurônio. 
Pseudo unipolares (falso, parece ser um, mas ele se divide em dois prolongamentos), um prolongamento deixando o corpo para fora se dividindo em dois (um central e um periférico) levando a informação pelos dois lados (gânglios sensitivos).
Potencial de ação e sinapses
Como meus neurônios transmitem sinal entre um e outro; as nossas células são formadas por três principais estruturas: citoplasma, material genético (dentro do núcleo) é membrana plasmática. O citoplasma é onde tem todas as organelas e algumas substâncias (o que mantém a minha célula funcionando); o material genético é fundamental para passagem de características hereditárias; a membrana plasmática delimita toda a célula, constituída de molécula de lipídeos e proteínas. Essa camada lipoproteica permite a passagem de conteúdos. A membrana permite quem entra e quem sai a partir de dois transportes (ativo e passivo); o transporte passivo não precisa de energia, ele segue o gradiente de concentração, as moléculas e os íons segue onde tem menos concentrado (uma molécula, o íon, por exemplo, se encaminha para o local com tem mais espaços, não precisando que a molécula seja conduzida, ela mesma vai por si só); o transporte ativo é indo contra o gradiente de concentração, precisando de energia (a molécula é levada para onde tem aglomeração, geralmente, quem as carrega são as proteínas, gastando energia - ATP), isso não é normal. As proteínas presente na camada lipoproteica altera sua forma para deslocar a membrana, indo contra o fluxo. O funcionamento do nosso corpo funciona através de íons (cálcio, potássio, sódio). Quando falamos de potencial de ação, nos neurônios em si, estamos falando de sódio e potássio. A célula para manter o equilíbrio de vida precisa da ação desses íons. Entender o potencial de ação e a sinapse é conceituado pela movimentação de íons que permite essas ações. 
Potencial de ação: 
Troca de íons sódio (Na+) e potássio (K+) ao longo de uma fibra nervosa (neurônio), resultado em um estímulo que ativa outro neurônio ou outro tecido (quero receber um estímulo da minha célula vizinha, recebo esse estimulo e passo por todo meu corpo e repasso para minha célula vizinha que está esperando). O impulso elétrico é repassado pelo axônio. A diferença entre potencial de ação e sinapse, é que o potencial de ação é o impulso elétrico no axônio no neurônio e sinapse é a passagem de informação de um neurônio para outro. 
O potencial de ação, simplesmente é a troca de íons (Na+ e K+), por todo axônio. A principio, o neurônio tem que estar polarizado (natural do neurônio), é um potencial de repouso. Conforme seu movimento, podemos dizer que ele está despolarizando ou repolarizando, ou seja, as alterações visíveis no neurônio mostra que ele esta sofrendo um potencial de ação. 
O primeiro neurônio mostra seu estado polarizado (está com carga negativa do lado de dentro e carga positiva do lado de fora), isso mesmo que o neurônio tem mais Na+ do lado de fora, na parte do axônio; esse Na+ do lado de forada membrana do axônio faz com que fique positivo e do lado de dentro negativo. O positivo e o negativo representa somente isso – estado polarizado (repouso).
No segundo neurônio mostra que ele está recebendo um estímulo (despolarização), começando a ficar positivo do lado de dentro e negativo do lado de fora, se resultando no começo de um potencial de ação; isso significa que os íons estão se movimentando, conforme essa movimentação vai alterando sua carga. A informação vai passando até chegar no axônio transmitindo o potencial de ação. Porém, existe um limite; quando chega na fase de despolarização máxima, os íons começam a se restabelecer (eles voltam ao normal, já alcançaram seu máximo de potencial de ação), eles começam a retornar, a curva começa a cair, a célula do neurônio começa a repolarizar (terceiro neurônio), com essa repolarização, com seu retorno normal, ele volta para seu potencial de repouso (positivo do lado de fora, negativo do lado de dentro), assim, permitindo receber outro estímulo novamente.
O potencial de ação é representado por um gráfico: 
No lado esquerdo mostra o potencial de membrana, como mencionado, o axônio do lado de dentro da membrana é negativo, então essa numeração (-55mV; -70mV) representa o potencial de membrana do lado de dentro. Pode-se observar -90mV; isso mostra então o neurônio polarizado (repouso) – tem mais íons Na+ do lado de fora. Quando o neurônio começa a receber o estímulo (despolarizando), a tendência é que ele fique mais positivo (representado no gráfico como fase ascendente). Quando um estímulo com força suficiente, ou seja, atingindo de forma limiar, começa a despolarizar. Sem esse estímulo, o neurônio nem se dá o trabalho de iniciar o potencia de ação. Mesmo depois dele ter atingido sua forma limiar, iniciado o potencial de ação, outros estímulos já chegaram (representado com dois traços vermelhos); o neurônio começou a receber o potencial de ação, já está passando esse potencial, porém, na parte onde já aconteceu, ela recebe outro estímulo, mesmo que o potencial não tenha acabado. Esses novos estímulos não consegue atingir o limiar, não sendo válidos (não pode começar outro potencial, pois são fracos). Na fase ascendente então, é a fase de despolarização, ele passou do zero e está começando a ficar positivo. Existe então um limite, quando ele alcança a despolarização máxima (quando o sódio terminou de entrar), acontece a repolarização (o potássio entra em ação), ele começa a promover esse retorno; é caracterizado pela fase descendente. Pode acontecer de extrapolar o potencial de repouso, pois a célula não é uma “coisa” mecânica, pode acontecer então a hiperpolarização (ela se estabelece, mas acaba saindo um pouco do controle), ela então volta ao seu valor normal, caracterizado por uma hiperpolarização. Na parte onde mostra a hiperpolarização dá para começar outro potencial de ação. 
A bainha de mielina aumenta a velocidade do impulso elétrico; o que faz um potencial de ação ser mais rápido em um local e devagar em outro é o diâmetro da fibra nervosa (o diâmetro altera: pequeno ou grande), pode variar deixando o potencial mais lento. Onde não tem a bainha (amielínica), o neurônio faz 0,5 m/s (metros por segundo) e quando tem a bainha (mielínica) o neurônio faz 130 m/s. 
Sinapses: 
O neurônio fez o potencial de ação e levou a informação até o final do axônio (terminal axônico); é uma conexão funcional entre o terminal axônico de um neurônio pré-sináptico e um dendrito de um neurônio pós-sináptico. A informação pode ser elétrica ou química (sinapse elétrica ou química). A sinapse elétrica é mais fácil; tem-se então as junções abertas ou GAP junctions. A conexão aberta é uma conexão direta com o neurônio e outro, a informação só passa, não preciso que alguém carregue ela de um neurônio a outro, tendo então um fluxo livre de íons. A sinapse química precisa de neurotransmissores (é preciso que alguém pegue a informação e leve para outro neurônio). Faz parte do processo as vesículas sinápticas no neurônio pré-sináptico, no final do axônio; essas vesículas possuem neurotransmissores dentro delas. Os neurotransmissores vão carregar as informações até aos receptores do próximo neurônio. 
O potencial de ação ativa canais de cálcio; quando chega no final do axônio, o potencial de ação formado, acometido ao longo do axônio, serve para quando chegar na ponta, ativar o canal de cálcio. O cálcio vai começar a sinapse; ele está em uma concentração muito grande fora do neurônio em comparação ao que tem dentro dele, então o cálcio começa a invadir a célula. Quando ele invade, ele começa a ver as vesículas, estimulando-as. Elas começam a se movimentar, indo em direção a membrana, se fundindo a ela, para que ela se estique e se abra, assim, o neurotransmissor sai da vesícula sináptica para um espaço que existe entre o neurônio anterior o um neurônio posterior (é o neurônio que vai receber o estímulo). Esse espaço é chamado de fenda sináptica. Os neurônios que vai receber a informação pode tanto se abrir ou fechar, dependendo do estimulo, assim, o neurotransmissor consegue se ligar a esse receptor, transmitindo a informação. Um exemplo de um neurotransmissor é a acetilcolina que carrega um estimulo até o próximo neurônio. Quando ele bate no receptor desse neurônio acontece novamente um novo estimulo (presença de sódio – potencial de ação); pode acontecer uma despolarização, o interior da célula pode se tornar mais positivo, começando um potencial de ação, ou então, se os canais de íons est]ao fechados, tem-se uma hiperpolarização, deixando o interior da célula mais negativa (dependendo do íon envolvido) – uma informação para saber se a célula está voltando ao normal ou não. 
Embriologia
Tudo começa com zigoto (única célula), a partir do zigoto é formado a mórula, e a mórula começa a acontecer três dias após a fecundação. O zigoto é uma única célula, mas é formada a partir de várias, para seguir uma sequência de célula, tecido e órgão, é preciso realizar uma divisão dessa única célula, chamada de mórula, composta por 12 a 32 blastômeros. A divisão é contínua, até o momento que a mórula chega ao útero, começando a surgir no interior da mórula uma cavidade (a bola está ficando oca), essa fase é chamada de blástula, com uma divisão maior de células. Dentro dessa cavidade possui um liquido; essa cavidade pode ser chamada de blastocisto ou blastocele. A divisão ainda é contínua, as alterações também, até chegar no processo de gastrulação, ou seja, gástrula; gastrulação é o nome do processo, e quando é chamado de gastrula, blástula, mórula, etc, é o nome do embrião naquele momento. O processo de gastrulação é muito importante, pois é onde vai surgir as camadas germinativas, surgindo todo o organismo; cada camada é responsável pela formação de determinados órgãos, tecidos. A partir do processo de gastrulação começa o processo de envaginação (ela começa a entrar), formando a mesoderma - meio (região no centro amarelado), ectoderma – exterior (região azulada) e a endoderme que é a camada mais interna, de proteção. A partir da endoderme vai surgir o sistema respiratório e digestório, da mesoderma vai vir a derme (pele), tecido conjuntivo e muscular, sistema circulatório e reprodutor e a ectorderma é responsável pelos epitélios, epiderme, cavidades e o sistema nervoso.
Após a gastrulação, começa o processo específico do sistema nervoso, chamada de neurulação – nessa fase, o embrião é chamado de nêurula. Todo esse processo de neurulação é induzido pelo processo de notocorda (é um aglomerado de células mesoderma estimulando todo o desenvolvimento do sistema nervoso, além de estimular o esqueleto axial – centro do organismo, definindo também o eixo do embrião, seu desenvolvimento). 
O objetivo do processo de neurulação é para formar o tubo neural, que é a partir dele que é obtido a formação do encéfalo e medula espinal. Ele é formado então a partir de uma placa de ectoderma, ela vai se espessando cada vez mais, até formar a placa neural. Na quarta semana de gestação, aplaca vai formar uma envaginação (entrando), formando o sulco neural, seu crescimento é contínuo, formando a goteira neural, com o fechamento do sulco. Com o fechamento total dessa junção de sulco e gota, está formado o tubo neural; na lateral sobra algumas células (laranja), formando as cristas neurais. Do tudo neural que é formado o sistema nervoso central (encéfalo e medula espinal), das cristas neurais vem uma parte do sistema nervoso periférico – nervos, gânglios e terminações nervosas. 
Com o desenvolvimento do feto, vem a formação das vesículas escefálicas, que são dilatações do tubo neural, ele começa a se desenvolver. Essas vesículas são chamadas de primárias, pois foram as primeiras a serem surgidas; são 3 principais dilatações que vão surgir: prosencéfalo (parte anterior do tubo), mesencéfalo (mais central) e rombencéfalo (posterior). Do prosencéfalo começa a surgir o telencéfalo e o diencéfalo, o mesencéfalo permanece, ele persiste até o desenvolvimento do sistema nervoso adulto, ele tem o seu desenvolvimento, porém, ele não sofre alterações. O rombencéfalo vai formar primeiro o metencéfalo e o mielencéfalo. O que chamamos de telencéfalo é o hemisfério cerebral (cheio de sulcos e giros), o diencéfalo são os tálamos (tálamo, hipotálamo, epitálamo, metatálamo), em baixo do diencéfalo tem a vesícula resistente, que é o mesencéfalo, e a partir do mesencéfalo tem a formação da ponte, bulbo e cerebelo. A ponte e o cerebelo vem do metencéfalo, o bulbo e a medula espinal vem no mielencéfalo, a partir de então, tem-se a formação do sistema nervoso. 
Divisão do sistema nervoso
Função geral do sistema nervoso:
Todo sistema possui um sistema geral – pela função dos neurônios e células da glia é receber e captar estímulos da periferia, transmitir estímulos da periferia à centros superiores e destes à periferia e interpretar e promover uma resposta, seja reflexa, motora, emocional e/ou cognitiva – recebe, processa e responde. Levando isso em consideração, é preciso considerar o centro e a periferia do sistema nervoso. A principal divisão é considerar o esqueleto axial: para entender o que faz parte do sistema nervoso central e periférico é lembrar do esqueleto axial; o esqueleto axial é o centro do corpo e depois os membros apendiculares (membros superiores e inferiores) – é incluindo o crânio e coluna vertebral (os órgãos que estão no crânio e coluna vertebral fazem parte do sistema nervoso central). O que está fora do esqueleto axial, fora da coluna vertebral, faz parte do sistema nervoso periférico. 
Três vesículas do tubo neural:
O telencéfalo vai até o corpo caloso, em baixo do corpo caloso é o diencéfalo (laranja) – cérebro. Em baixo do diencéfalo começa o tronco encefálico, formado por mesencéfalo, ponte e bulbo (vermelho), atrás do tronco encefálico está o cerebelo e em baixo do bulbo está a medula espinal, saindo do bulbo percorrendo toda a região da coluna vertebral. 
O sistema periférico é mais fácil, pois possui três estruturas: gânglios, nervos e terminações nervosas.
Gânglios: começo do SNP – comunicação entre o SNC e SNP; 
Nervos: é o que percorre todo o organismo;
Terminações nervosas: é o que chega no final – músculos, órgãos, etc.
O sistema nervoso pode ser dividido segundo a sua função: sua função é carregar informação; o sistema nervoso periférico pode ter uma divisão funcional. Seguindo a função, podem ser apresentados dois sistemas: sistema nervoso somático e sistema nervoso visceral. ANTERIORMENTE FOI FALADO SOBRE A DIVISÃO ANATÔMICA, AGORA VAI SER ABORDADA A DIVISÃO FUNCIONAL.
A diferença entre esses dois sistemas é que: o somático é falado quando envolve o ambiente – é o encostar nas coisas (quando o SN recebe informação do meio ambiente); o visceral é quando o SNC recebe informações dos órgãos – controle das estruturas viscerais; o órgão também precisa se comunicar com o SN. 
O sistema nervoso somático e visceral são divididos em componentes: componente aferente e eferente. Aferente é quando a informação vem da periferia para o SNC e eferente é quando vai do SNC para a periferia. 
Então, no sistema nervoso somático, quando ele trabalha com o componente aferente, significa dizer que ele conduz impulsos nervosos dos receptores periféricos aos centros nervosos informando-os sobre aquilo que se passa no meio ambiente.
Já no componente eferente leva o comando dos centros nervosos aos músculos estriados esqueléticos resultando em movimentos voluntários.
No sistema nervoso visceral aferente conduz impulsos nervosos dos receptores viscerais (visceroceptores) - ÓRGÃO à áreas específicas do SN.
E no eferente conduz impulsos dos centros superiores até as vísceras, terminando em gânglios, musculo liso e musculo estriado cardíaco, resultando em movimentos involuntários. O sistema nervoso visceral, de acordo com literaturas, ele pode receber outros nomes, como sistema nervoso autônomo: simpático, parassimpático e entérico – é controle das viscerais.
O entérico não é muito falado, pois é um conjunto de terminações nervosas que comunica com sistema digestório – faz a comunicação dos órgãos do sistema digestório. Além dele ser um sistema específico dessa região, o sistema simpático e parassimpático sobrepõe ao entérico; o entérico pode trabalhar sozinho, mas o simpático e parassimpático também pode exercer a função dele – tomando o lugar dele.
A saída do sistema nervoso autônomo simpático é na toracolombar (tórax e lombar) e do parassimpático é no craniossacral (crânio e sacro). 
O sistema nervoso autônomo (funcional) usa gânglios, nervos e terminações nervosas (anatomia) para fazer o controle de vísceras, e o sistema nervoso somático usa nervos, gânglios e terminações nervosas para fazer a resposta ao meio ambiente. 
O sistema nervoso simpático está relacionado a emergência (dilatação, aceleração dos batimentos cardíacos) – relacionado a parte agitada, já o parassimpático reduz a ação do simpático (controle dos batimentos cardíacos, contração) – relacionado a parte calma. 
Função do sistema nervoso
Telencéfalo: presença de sulcos e giros – durante o desenvolvimento embrionário, a substância cinzenta do córtex (região externa do telencéfalo; o telencéfalo, interiormente, é formando por uma substância branca); essa região aumenta com muita rapidez, mais do que a substância branca. Então, quando essa região cresce muito rapidamente, o córtex tende a se enrugar, pois não dá para crescer em tamanho porque a substância branca (interna) não acompanha sua velocidade de crescimento, formando então os sulcos e giros. A função dele é formar os sulcos e giros, aumentar a área de superfície, tendo mais formação de tecidos, de substância cinzenta, e consequentemente, tendo mais neurônio (se tem mais tecido, tem mais neurônio), isso permite uma maior área de processamento e habilidade dentro dos hemisférios cerebrais (aumenta o cérebro, sem aumentar o seu tamanho visual – aumenta área mas não tamanho, tendo mais neurônios). Em relação aos sulcos e giros, ele pode ser dividido em lobos: frontal, parietal, temporal, occipital e o da ínsula; isso lembra aos ossos do crânio – frontal (frente), parietal (acima), temporal (laterais) e occipital (atrás). A ínsula é um lobo que fica interiormente localizada, é menor e vai integrar todas as outras atividades cerebrais e também pode auxiliar na função da memória.
No lobo frontal tem-se a elaboração de pensamento, planejamento, programação, controle motor, personalidade, humor e linguagem;
Nos lobos parietais estão relacionados à sensação de dor, tato, gustação, temperatura, pressão e lógica matemática;
Nos lobos temporais estão relacionados aos ouvidos, relacionado à audição;
O lobo occipital está relacionado com o processamento da visão.
Esses lobos são divididos por sulcos:
O sulco central vai dividir o lobo frontal do parietal, o lateral divide o frontal com temporal e o parietal com o temporal, e o parieto occiptal que divide o parietal com occipital. Os giros acompanham os sulcos; é mais fácil pegar o sulco central para se localizar.
Alémdos sulcos e giros, são encontrados hemisférios dividido em lado direito e esquerdo, no meio da divisão dos hemisférios tem uma fissura, e profundamente a essa fissura possui o corpo caloso; vai ser o corpo caloso que vai ligar um hemisfério ao outro. O hemisfério esquerdo controla linguagem (2 principais áreas da linguagem) e fala na maioria das pessoas. O hemisfério direito comanda interpretação das imagens e espaços tridimensionais (tem mais a ver com espaços). O córtex cerebral (porção cinzenta) reveste o centro branco (onde fica a substância branca), é constituído por corpos de neurônios e também células da glia; o axônio que é onde fica a bainha de mielina, é constituído pela substância branca – quando é observado uma substância branca é por causa da presença da bainha de mielina; a parte cinzenta do córtex é formado por corpo neural e também células da glia. Nele pode ser distinguido diversas áreas, como limites e funções relativamente definidas.
As duas principais áreas corticais para a linguagem são as áreas de broca e wernicke, além da área motora, sensitiva, tem também centros específicos da visão e tato. Então, cada uma dessas áreas vão ser responsáveis por uma função específica.
Área de broca: fica localizada no giro frontal inferior – lobo fronto-parietal; área anterior da linguagem.
Área de wernicke: fica na junção entre os lobos temporal e parietal; área posterior da linguagem.
Ambas são áreas da linguagem, onde ocorre a comunicação; a área de broca é responsável pela expressão da linguagem, a de wernicke é pela percepção da linguagem – como é percebida a linguagem para ocorrer à comunicação. Na área de broca ocorrem lesões que causam afasia motora ou de expressão, já na área de wernicke as lesões causam afasia sensitiva ou de percepção; as duas lesões são localizadas no hemisfério esquerdo, afetando a linguagem. 
No telencéfalo também possui um centro branco do cérebro, é onde fica a substância branca (é como se fosse um centro de controle; é constituído de fibras mielínicas – onde tem a presença de bainha de mielina tem substância branca). Ele forma fibras de associação e projeção. As fibras de projeção vão ligar o córtex a centros subcorticais; ele faz a ligação de uma estrutura à outra. As fibras de associação vão lugar as áreas corticais situadas em pontos diferentes do próprio cérebro. Dentro das fibras de associação vão ser encontradas as intra-hemisféricas – se associam às áreas de um mesmo hemisfério e as inter-hemisféricas – que associam áreas entre os dois hemisférios. Então, o centro branco faz a ligação do córtex com outras áreas, fora do córtex e também faz ligações dentro do córtex, em áreas corticais dentro do cérebro (como se ocorresse uma associação entre os lobos ou os giros). O inter-hemisférico tem associação dos hemisféricos do corpo caloso – possui fibras de associação do inter-hemisférico no corpo caloso (fazendo uma conexão de um hemisfério ao outro).
O diencéfalo é constituído por 5 estruturas dos tálamos
É mostrado nesta imagem o corpo caloso, o tálamo, na região abaixo dele tem o hipotálamo, entre o tálamo e o mesencéfalo (tronco encefálico) tem o subtálamo e no fundo, atrás, tem o epitálamo. ORDEM VISUAL DE FRENTE PARA O FUNDO. 
Tálamo: como se fosse centro de transmissão de informações; mais um centro. De todos os tálamos, o tálamo é considerado um centro. Sinais abaixo do encéfalo são transmitidos por sinapse para o tálamo antes de irem para o córtex; é um caminho. Quando a informação chega na medula espinal, é preciso ser transmitida até chegar ao córtex, é preciso então passar por essas regiões. Sua função é distribuir impulsos motores e sensitivos, exceto o olfatório, pois ele pega uma via fora do tálamo para o córtex cerebral. Lembrou-se de tálamo é preciso lembrar que sua principal função é carrear impulsos para o córtex. No tálamo, são encontradas duas estruturas: corpo geniculado medial, responsável pela via auditiva e o corpo geniculado lateral, responsável pela via óptica. Esses corpos são considerados para alguns autores como metatálamo. Em alguns livros pode-se encontrar a exclusão do metatálamo no diencéfalo, pois eles estão presentes no tálamo, sendo representado por esses corpos. É considerado como mais um tálamo por alguns autores, e para outros, são referidos como corpos. 
Essas imagens representam os corpos geniculados:
 Visão posterior mostrando o mesencéfalo, ponte e bulbo. Mais acima está mostrando o tálamo e em baixo tem duas bolinhas (direita e esquerda); de verde é representado pelo corpo geniculado lateral – representada lateralmente e o corpo geniculado medial – voltada para dentro. A imagem que representa eles em cima, mostra que suas posições são exatamente no centro.
O hipotálamo é onde se é encontrado a hipófise: é uma glândula que rege as outras glândulas do corpo. O hipotálamo é responsável por regular comportamentos emocionais; tem haver com liberações de hormônios (raiva, medo, prazer), ele controla o sistema nervoso autônomo, regula temperatura corporal (possui termoreceptores para detectar variação de temperatura no sangue), tem geração e regulação de ritmos circadianos que estão relacionados ao sono, regulação da diurese, regulação do sistema endócrino, entre outros. É o que mais tem função da família do tálamo, justamente pela hipófise. 
O subtálamo está relacionado com funções motoras (bem especifico e pequeno).
O epitálamo, uma de suas funções é a secreção de melatonina, que está relacionado ao sono e a regulação de vias motoras e emocionais. 
No mesencéfalo desempenha um papel importante no movimento dos olhos, processamento visual e auditivo, no estado de alerta e regulação de temperatura. Os colículos superiores representam a estação retransmissora para reflexos visuais (reflexos visuais), já no colículo inferior funciona como estação retransmissora da via auditiva (reflexos auditivos). 
Já a ponte, localizada abaixo do mesencéfalo, é constituída de fibras brancas que seguem duas direções: fibras superficiais que vão para conectar o cerebelo – pedúnculo cerebelar médio que faz a conexão entre o cerebelo e a ponte (transmissão de informação); o cerebelo, localizado posteriormente ao tronco encefálico faz a comunicação com o resto de encéfalo pela ponte. Já as fibras longitudinais são profundas e conectam o bulbo com tratos do mesencéfalo – como a ponte fica no meio do tronco encefálico, o bulbo e o mesencéfalo se conectam pela ponte. Então, as funções da ponte envolvem a conexão entre o cerebelo, bulbo e mesencéfalo. Alguns núcleos da ponte funcionam junto com os núcleos do bulbo – é um conjunto de neurônios, onde vão sair os nervos cranianos; a maior parte desses núcleos é localizada no tronco encefálico. Na ponte possui dois centros respiratórios importantes, que são chamadas de áreas apnêustica e área pneumotáxica – são duas áreas importantes na respiração. O bulbo possui o centro respiratório que fica na região mesmo do bulbo, porem, tem também duas áreas respiratórias importantes na ponte; a apneustica e a pneumotáxica ficam mais próximas do bulbo.
O bulbo é uma região que possui a decussação piramidal - o trato corticoespinhal ou trato piramidal, significa dizer que está vindo do córtex até a medula espinal; é uma grande coleção de axônios que viajam entre o córtex e medula. Esse trato corticoespinhal passa pelo bulbo, e 80% do trato corticoespinhal se cruza (anterior e lateral se cruzam), e 20% não faz essa decussação piramidal. A informação vem da medula e se cruza, ao cruzar, o que vem do lado direito vai para o esquerdo, e o do lado esquerdo vai para o direito. Algumas lesões causadas no lado direito afeta o lado esquerdo do membro e vice e versa. Isso acontece porque a lesão foi em uma parte do trato que faz decussação (que se cruza). Sua principal função é conduzir impulsos nervosos do cérebro para a medula espinal e vice e versa. 
Quando falamos de tronco encefálico, é preciso levar em consideração o nome da estrutura; o tronco é aonde se tem a comunicação entre a raiz com a ponta – tudo quetiver que passar de um lugar para outro, vai passar pelo tronco. No tronco encefálico tem-se a passagem dessas informações. O bulbo faz o auxilio desses impulsos. Ele também produz estímulos nervosos que controlam a circulação, respiração, digestão, secreção (parte renal), que são os nervos cranianos. 
Quando olhamos internamente a estrutura do tronco encefálico, suas três estruturas, tem-se a presença de núcleos desses nervos cranianos. Eles são responsáveis pela conexão com o encéfalo, são 12 pares cranianos. Dos 12 pares, somente os 2 primeiros não estão presentes no tronco encefálico, não possuem núcleo no tronco encefálico. 
O cerebelo, localizado no lado posterior do tronco encefálico, é dividido em dois hemisférios direito e esquerdo (muito parecido com o cérebro) ligados pelo vérmis. Ele é em formato de folhas, pois esses hemisférios possuem dobras transversais, fazendo com que o cerebelo possui um grande número de folhas constituído de tecido nervoso.
 
O cerebelo é composto por uma parte central de substância branca – também parecido com o resto do encéfalo, coberto também por uma substância cinzenta que representa o córtex cerebelar. Sua função está inserida na manutenção de equilíbrio e postura, faz controle de tônus muscular, ajuste de movimentos corporais e aprendizagem motora (aprender movimentos).
A medula espinal se inicia no forame magno, indo até a L2 (2ª vértebra lombar); ela se estende até o cone medular, ela vai se afinando, no formato de um cone. Abaixo do nível da L2 são meninges e raízes nervosas dos últimos nervos espinais. O filamento terminal juntamente com as raízes nervosas forma a causa equina. Existem duas dilatações, duas regiões, que é a intumescência cervical e intumescência lombar: é onde possui uma maior quantidade de neurônios e fibras nervosas que entram e saem formando o plexo; da intumescência cervical sai o plexo braquial e da intumescência lombar sai o plexo lombossacral. O plexo braquial é destinado a inervar membros superiores e o plexo lombossacral é responsável por inervar membros inferiores. 
Além disse, tem-se a saindo dos nervos espinais fazendo a inervação do corpo. São 31 pares de nervos espinais; dos pares de nervos espinais, possui também 8 cervicais. O primeiro par de nervos espinal sai acima da 1ª vértebra e quando chega na 7ª vértebra, tem-se um par espinal abaixo da 7ª vértebra (abaixo da C7). Da C1 até a C8 começa – 8 pares de nervos espinais – começa acima da vértebra e termina abaixo da vértebra. A partir da T1, tem-se vértebra, abaixo parte de nervo, vértebra, par de nervos, e assim, sucessivamente.
Da C1 a C8 é obtido o controle de sensibilidade e movimento da região cervical dos membros superiores.
Da T1 a T12 tem-se o controle de tórax, região abdominal e uma pequena parte dos membros superiores.
L1 a L5 estão relacionadas com movimentos e sensibilidade dos membros inferiores.
Da S1 a S5 controlam uma pequena parte dos membros inferiores, sensibilidade da região genital e funcionamento da bexiga e intestino – são regiões mais específicas, perto do sacro.

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