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Detecção em situações de emergência


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DEFINIÇÃO
Características dos levantamentos radiométricos. Aplicação em monitoração de áreas e
superfícies. Aplicação de uso de detectores em emergências.
PROPÓSITO
Compreender as particularidades e características dos procedimentos para o levantamento
radiométrico e como devemos preparar a detecção de radiação em emergências.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Descrever o levantamento radiométrico
MÓDULO 2
Identificar os detectores mais recomendados
MÓDULO 3
Descrever o uso de detectores em emergências radiológicas
INTRODUÇÃO
Um dos pontos principais para que haja atuação de indivíduos ocupacionalmente expostos
(IOE) em situações de emergência radiológica é conseguir mensurar adequadamente e de
forma precisa a radiação ionizante presente.
A escolha correta do equipamento para detecção deve ser prevista de acordo com os tipos de
fontes presentes no ambiente profissional, como parte do plano de radioproteção da instituição.
Este plano deve prever, inclusive, os possíveis acidentes, permitindo a seleção e a aquisição
de detectores apropriados para resolver a situação e a detecção da radiação.
MÓDULO 1
 Descrever o levantamento radiométrico
LEVANTAMENTO RADIOMÉTRICO
Os ambientes, abertos ou dentro de uma edificação (laboratórios, escritórios, escolas ou outros
tipos de prédio), contam com a presença de radiação ionizante, que gera uma irradiação no
local. Isso é inerente à presença de radionuclídeos nos materiais de construção, no solo, e à
própria radiação cósmica.
Toda exposição por este tipo de radiação é chamada de radiação de fundo. O termo em inglês
bastante utilizado e difundido é background, que deve ser mensurado de forma adequada com
equipamento específico, visando conhecer a quantidade de radiação ionizante emitida em cada
ambiente. De preferência, o background deve ser medido antes da colocação de uma fonte de
radiação ionizante produzida pelo ser humano, pois ela pode alterar o nível da radiação de
fundo do ambiente.
 
Por rootstock | Fonte: Shutterstock
O LEVANTAMENTO RADIOMÉTRICO É A ATIVIDADE QUE
DEVEMOS EFETUAR PARA AVALIAR OS NÍVEIS DE RADIAÇÃO
EM DETERMINADO AMBIENTE, SEJA EM LOCAIS ONDE NÃO
TEMOS A PRESENÇA DE FONTES RADIOATIVAS, SEJA EM
LUGARES EM QUE HÁ PRESENÇA DE FONTES RADIOATIVAS.
TAIS FONTES PODEM (E DEVEM) ESTAR ARMAZENADAS DE
FORMA SEGURA EM SUAS DEVIDAS BLINDAGENS E SEUS
SISTEMAS DE PROTEÇÃO.
Esta atividade de levantamento radiométrico deve ser realizada para a proteção radiológica dos
indivíduos ocupacionalmente expostos e do público em geral em qualquer ambiente no qual
haja uma fonte emissora de radiação ionizante. Ele verifica os níveis de radiação dentro do
ambiente onde há a fonte e no ambiente externo, o que também serve como verificação das
blindagens e barreiras utilizadas como segurança.
GRANDEZAS OPERACIONAIS
 RECOMENDAÇÃO
Durante o estudo desse tópico, você verificará que as equações estão com a seguinte
identificação de ordem numérica: (1), (2), ...
Para as aplicações de avaliação de quantidade de dose no ambiente, para fins ocupacionais de
um IOE ou público em geral, devemos usar monitores calibrados em equivalente de dose
ambiente H * ( 10 ) .
 ATENÇÃO
Esta grandeza operacional mensura quanto de dose efetiva uma pessoa receberia em dado
ambiente e em uma posição específica se ali estivesse.
Devemos lembrar que as grandezas de limitação de dose previstas nas normas nacionais de
radioproteção da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN NN 3.01) são calculadas e
não podem ser medidas. Elas precisam de grandezas operacionais que permitam suas
quantificações para, posteriormente, serem comparadas aos valores previstos nos limites de
dose esperados em normas.
É necessário selecionar equipamentos que tenham:
Boa reprodutibilidade.
Repetitividade.
Tempo de resposta apropriado para o campo de radiação a que nos propomos quantificar.
Assim, conseguimos mensurar a taxa de equivalente de dose ambiente 
˙
H * 10 representada
em unidades de Sv/h, permitindo uma previsão de uso da grandeza tempo como parâmetro de
radioproteção, pois temos a seguinte relação:
˙
H * ( 10 ) =
H * 10
t
=
Sv
h
 (1)
H * 10 é a grandeza operacional apropriada para realizar levantamento radiométrico em
ambientes, principalmente aqueles voltados às atividades de emergência radiológica.

Com a taxa de equivalente de dose ambiente 
˙
H * ( 10 ) quantificada, conseguimos prever o
tempo que uma pessoa pode permanecer em um local sem atingir o limite de dose.
Quando trazemos o limite anual para uma atividade horária, particularmente em ações de
emergência radiológica, devemos prever as exposições, de forma que a dose seja a mais baixa
possível, utilizando o tempo como parâmetro de radioproteção.
Basta observar que o equivalente de dose ambiente representa a forma de quantificarmos e
avaliarmos a dose efetiva. Então, podemos escrever:
˙
E=
E
t
=
Sv
h
 (2)
Como na equação anterior, 
˙
E é a taxa de dose efetiva, que deve ser quantificada com
monitores de radiação calibrados e medidos em 
˙
H * ( 10 ) . Esta equação representa a mesma
da anterior, medida em taxa de equivalente de dose ambiente.
Se resolvermos esta equação explicitando o tempo como grandeza a ser calculada, teremos:
t=
E
˙
E
 (3)
DESSA FORMA, SERÁ POSSÍVEL AVALIAR O TEMPO DE
EXPOSIÇÃO COMO UM PARÂMETRO DE RADIOPROTEÇÃO.
( )
( )
( )
Assista no vídeo a explicação sobre o conceito de grandeza operacional e sua relação com as
grandezas de limitação de dose, conforme previstas na Posição Regulatória.
CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS E LIMITES DE
DOSE
O levantamento radiométrico também serve para definirmos as áreas como livres e áreas
controladas, de acordo com a Posição Regulatória CNEN 3.01/004:2011.
LIVRES
javascript:void(0)
Qualquer área da instalação que não seja classificada como controlada ou supervisionada.
CONTROLADAS
Qualquer área na qual medidas específicas de proteção radiológica são ou podem ser
necessárias para controlar as exposições de rotina e evitar a disseminação da contaminação
durante as condições normais de operação ou evitar ou limitar a extensão das exposições
potenciais.
Nesta norma, encontramos a definição, em termos de taxa de dose efetiva ou dose efetiva,
como sendo 3/10 do valor do limite anual, que atualmente é de 50mSv por ano.
TAXA DE DOSE EFETIVA
Incremento da dose efetiva em função do tempo.
Sendo assim, para podermos quantificar, o melhor seria termos um valor de taxa de dose
efetiva e, sabendo que, em termos de radioproteção, um ano equivale a 2.000 horas, temos:
˙
E=
50mSv
a =
50mSv
2 . 000h (4)
RESOLVENDO ESTA CONTA, OBTEMOS:
˙
E=
50x10 - 6Sv
h =
50μSv
h (5)
Isso representa, por hora, o limite anual de dose de um IOE, e, como a norma prevê 3/10 deste
valor como um valor de referência para a área controlada, teremos:
área controlada=
3
10x
50μSv 
h (6)

javascript:void(0)
javascript:void(0)
javascript:void(0)
área controlada=
15μSv
h
 (7)
Então, se medirmos a taxa de dose efetiva no ambiente e encontrarmos um valor igual ou
superior a este (medindo com monitores a taxa de equivalente de dose ambiente), temos a
aplicação do levantamento radiométrico para definição da área controlada, em que somente
devem permanecer os IOEs envolvidos nas suas atividades profissionais devidamente
monitorados com dosímetros pessoais.
Para a área livre, a mesma posição regulatória (PR 3.01/004:2011) prevê que os valores de
dose efetivas não devem ultrapassar 1mSv em um ano.
1MSV EM UM ANO
Limite de dose primária para o público previsto na Norma CNEN NN 3.01.
Procedendo da mesma forma anterior, podemos ter este valor derivado para atividades
horárias, que seria:
área livre=
1mSv
a
=
1mSv
2 . 000h
 (8)
RESOLVENDO ESTA CONTA, OBTEMOS:
área controlada=
0 , 5x10 - 6Sv
h
=
0 , 5μSv
h
 (9)
Isso nos permite medir, durante o levantamento radiométrico, as taxas de equivalente de dose
ambiente e comparar diretamente comeste valor para definição de área livre, onde o público
em geral pode permanecer sem riscos radiológicos.
PORTANTO, DEVEMOS ENTENDER O LEVANTAMENTO
RADIOMÉTRICO COMO A MEDIÇÃO, EM CERTAS
CIRCUNSTÂNCIAS, DA RADIAÇÃO IONIZANTE EMITIDA POR
UMA FONTE E A NOSSA CAPACIDADE DE DIFERENCIAR
RADIAÇÃO NATURAL E RADIAÇÃO EMITIDA POR UMA FONTE
javascript:void(0)
javascript:void(0)
RADIOATIVA, QUE PODE SER UTILIZADA PARA FINS
INDUSTRIAIS, DE DIAGNÓSTICO, PESQUISA ETC.
ASPECTOS METROLÓGICOS
A quantificação da radiação, pensando-se em situações de emergência, deve ser, além da
quantificação do background, separada em duas partes.
QUANTIFICAÇÃO DA RADIAÇÃO A QUE UM IOE
ESTARÁ SUBMETIDO
A primeira, como já mencionamos, para fins de proteção do IOE, deve ser feita seguindo
alguns cuidados metrológicos para a quantificação da radiação a que um IOE estará
submetido quando de sua atuação nas atividades operacionais.
METROLÓGICOS
Relativo à metrologia. 
“A metrologia é uma palavra de origem grega: metron = medida; logos = ciência. É a
ciência das medidas e das medições.”
Fonte: (INMETRO)
Todas as medições devem ser realizadas com detectores calibrados previamente e testados.
Devemos testar, inicialmente, a funcionalidade do equipamento, com teste de baterias e
reprodução de uma medição com uma fonte padrão de teste, garantindo sua boa
funcionalidade.
O teste de bateria deve ser realizado pelo menos três vezes antes do uso, e a medição deve
ser feita com uma fonte de teste-padrão e, no mínimo, por cinco vezes consecutivas (o ideal
javascript:void(0)
são dez repetições). Essas repetições servem para verificar se, em cada uma das leituras, o
resultado está dentro do intervalo de incerteza para o qual o detector foi calibrado e se os
valores estão próximos um do outro em todas as leituras. Isso permite que o IOE que for utilizar
o equipamento tenha confiabilidade nos resultados obtidos.
 
Por Panumat_08 | Fonte: Shutterstock
Após os testes iniciais do detector, a realização da mensuração da grandeza operacional H*
(10), equivalente de dose ambiente para avaliação da dose efetiva, também deve ser realizada
seguindo alguns critérios metrológicos a fim de minimizar as incertezas inerentes a este tipo de
medição.
Em situações de emergência radiológica ou nuclear, nem sempre estamos em um ambiente
laboratorial com todas as condições metrológicas, como controle de temperatura, suportes de
fixação de equipamentos etc.
Sendo assim, para minimizar alguma possível diferença nas medições, obedecemos às
condições a seguir:
CONDIÇÕES PARA MEDIÇÕES
Realizar a medição com o detector longe do contato com o corpo do IOE.
Posicionar a área sensível do detector para a direção da fonte que se deseja medir, de
forma que o visor numérico do equipamento fique sempre em condições de leitura e livre
de obstáculos entre o detector e a fonte, evitando atenuações indesejáveis ou
espalhamento da radiação, o que pode interferir na medição a ser feita.
Posicionar o detector na altura do tórax do IOE, lembrando-se de não ficar com o
equipamento muito próximo ao corpo, pois estes equipamentos usados em
levantamentos radiométricos são calibrados livres no ar, direcionados para a fonte
radioativa. Devemos lembrar que o que se deseja medir é quanto de dose efetiva um IOE
receberia se estivesse no lugar do detector, e as medições de dose efetiva realizadas
pelos dosímetros pessoais são feitas com o dosímetro fixado no tórax do IOE.
Realizar entre cinco e dez medições em cada posição selecionada para o levantamento
radiométrico, pois, assim, diminuímos a incerteza metrológica em cada leitura.
Anotar os valores de todas as medições realizadas e analisar se houve alguma diferença
significativa em cada uma das leituras. Em caso negativo, deve ser feito um cálculo da
média aritmética usando os resultados das leituras obtidas, mantendo como incerteza
desta média das leituras o valor da incerteza para o qual o equipamento foi calibrado no
laboratório. Este resultado de incerteza está sempre presente nos certificados de
calibração de cada equipamento.
Deixar registrado e utilizar este resultado como sendo o valor de dose efetiva para aquela
posição da fonte ao IOE, para fins de planejamento de radioproteção e segurança das
atividades.
Seguindo estas condições, as incertezas são diminuídas entre medições feitas por IOEs
diferentes, em distintas situações ou épocas. Há sempre uma incerteza neste tipo de atividade
profissional, contudo, com estes procedimentos, elas são minimizadas.
QUANTIFICAÇÃO DA DOSE EFETIVA QUE A
FONTE ESTÁ EMITINDO
Outro ponto importante de um levantamento radiométrico em situação de emergência é a
quantificação da dose efetiva emitida, muito próximo dela, o que contribuirá significativamente
para a atuação dos IOEs de forma segura, bem como para o controle da fonte ou de rejeitos
radioativos.
ESTE RESULTADO DEVE SER ANOTADO PELO
RESPONSÁVEL PELA PROTEÇÃO RADIOLÓGICA E FIXADO
NA FONTE OU NA EMBALAGEM MAIS EXTERNA DA FONTE,
DE FORMA VISÍVEL E LEGÍVEL, CONTENDO ALGUMAS
INFORMAÇÕES, COMO:
Valor da taxa de equivalente de dose ambiente obtida na medição no momento da
atuação da situação de emergência.
Identificação do radionuclídeo, radioisótopo emissor de radiação.
Data e horário em que a medição for realizada.
Símbolo internacional de radiação ionizante.
Estas medições próximas à fonte permitem maior controle e segurança para os IOEs não só
durante a emergência, pois também facilitam o controle e o planejamento de proteção
radiológica com esta fonte ou rejeito radioativo.
A medição mais recomendada é aquela mais próxima possível da fonte, desde que os níveis
de dose e as condições de medições permitam. A posição e a distância onde a medição for
realizada devem ser anotadas para fins de reprodução do setup e utilização da distância como
um parâmetro de radioproteção e segurança para o IOE.
Em função de estar muito próximos da fonte e, consequentemente, aumentar a quantidade de
radiação que incide no detector, a estatística de resposta dos detectores também aumenta.
Logo, recomenda-se que sejam feitas de três a cinco leituras para podermos diminuir ao
máximo o tempo de exposição do profissional que está realizando a aquisição dos dados.
 
Por Satakorn | Fonte: Shutterstock
Após as leituras, deve-se anotar os valores obtidos e calcular a média aritmética, incluindo o
valor da incerteza no certificado de calibração do detector. Este valor de incerteza deve ser
usado como planejamento da atuação em emergência para prever a segurança do IOE e do
público, usando como parâmetros de radioproteção o tempo e a distância com o objetivo de
avaliar o tipo de blindagem e a espessura necessária para conter a fonte ou o rejeito na
atuação de emergência.
PARA ATIVIDADES DE EMERGÊNCIAS RADIOLÓGICAS, O
LEVANTAMENTO RADIOMÉTRICO É MUITO ÚTIL PARA MAIOR
SEGURANÇA DAS ATIVIDADES NECESSÁRIAS, COMO
POSSÍVEIS DESCONTAMINAÇÕES, SEM A PRESENÇA DO
PÚBLICO POR PERTO E COM MAIOR SEGURANÇA PARA OS
IOES.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. O LEVANTAMENTO RADIOMÉTRICO DEVE SER USADO PARA
AVALIAÇÃO DE DETERMINADA BLINDAGEM DE RADIAÇÃO. PARA ISSO,
PRECISAMOS MEDIR A QUANTIDADE DE RADIAÇÃO EM QUAIS
SITUAÇÕES?
A) Medir duas vezes após a blindagem por segurança.
B) Medir após a blindagem apenas.
C) Medir antes da blindagem apenas.
D) Antes da blindagem e após a blindagem.
2. O LEVANTAMENTO RADIOMÉTRICO PODE SER USADO PARA
DEFINIÇÃO DE ÁREAS IMPORTANTES EM TERMOS DE
RADIOPROTEÇÃO E EMERGÊNCIA RADIOLÓGICA. QUAIS SÃO ESTAS
ÁREAS?
A) Área livre e área controlada.
B) Área livre e área quente.
C) Área supervisionada e área controlada.
D) Área controlada e área de radioproteção.
GABARITO
1. O levantamento radiométrico deve ser usado para avaliação de determinada
blindagem de radiação. Para isso, precisamos medir a quantidade de radiação em quais
situações?
A alternativa "D " está correta.
 
O levantamento radiométrico antes e após a blindagem permite que seja avaliada a quantidadede radiação que consegue atravessar a blindagem, permitindo, assim, verificar sua eficiência.
2. O levantamento radiométrico pode ser usado para definição de áreas importantes em
termos de radioproteção e emergência radiológica. Quais são estas áreas?
A alternativa "A " está correta.
 
O levantamento radiométrico também pode ser usado para embasar a definição de área livre,
onde o valor do limite anual de público é usado como referência, e serve como base para área
controlada, onde um valor de 3/10 do limite anual deve ser usado como referência.
MÓDULO 2
 Identificar os detectores mais recomendados
SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA
A Norma CNEN NN 3.01 (Diretrizes Básicas de Proteção Radiológica) define emergência
como “situação envolvendo exposição temporária de pessoas, em decorrência de
acidente, terrorismo ou sabotagem, que implique em intervenção”.
Assim, devemos planejar a atuação dos IOEs em situação de emergência, sendo importante:
A quantificação da radiação nos ambientes

A monitoração individual dos profissionais

A identificação das fontes emissoras de radiação.
Por isso, precisamos ter em mente que há a necessidade de utilização de diferentes detectores
de radiação para finalidades distintas, a fim de que a emergência possa ser resolvida de forma
técnica e segura.
Vamos descrever e apresentar os detectores mais recomendados e utilizados para cada
finalidade em uma emergência radiológica, citada aqui e na norma da CNEN como situação de
emergência (CNEN NN 3.01). Não faremos isso, necessariamente, em uma ordem de como os
detectores devem ser utilizados, mas com a descrição por finalidade.
MONITORAÇÃO INDIVIDUAL
Assim como nas atividades rotineiras de um IOE, a monitoração individual dever ser mantida e
ampliada. A dosimetria pessoal, como é normalmente chamada, deve ser feita com
dosímetros pessoais fornecidos por
laboratórios devidamente credenciados e autorizados pela CNEN.
LABORATÓRIOS DEVIDAMENTE
CREDENCIADOS E AUTORIZADOS PELA
CNEN
Estas informações podem ser obtidas na página da Comissão Nacional de Energia
Nuclear (CNEN).
DOSÍMETROS PASSIVOS
Atualmente, são utilizados dosímetros passivos em quase todos os laboratórios, e,
principalmente por questões de custo e de certificação junto a CNEN, são usados dosímetros
de TLD. Esses dosímetros, após a exposição à radiação ionizante, precisam ser enviados ao
laboratório credenciado para que seja submetido a um equipamento chamado leitora de TLD.
Por um processo de aquecimento, a leitora faz com que o TLD converta a quantidade de
radiação recebida em informação da grandeza apropriada. Assim, podemos saber a dose
efetiva a qual o IOE foi exposto, comparando com os limites previstos em norma. Este tipo de
dosimetria é e deve ser usado, pois, além de ser reconhecido pela CNEN, permite ser usado
para fins legais, caso necessário.
javascript:void(0)
 
Fonte: YDUQS
 Dosímetro pessoal passivo, com uso de TLD – Dosímetro Termo Luminescente.
Funciona muito bem para atividades normais. Atualmente, a periodicidade prevista pela CNEN
é mensal, ou seja, a dosimetria de um IOE é quantificada e avaliada todo mês.
Nas atividades em situações de emergência, esta não deve ser a única forma de monitoração
individual. Sempre que possível, além desta forma de monitoração individual passiva,
recomenda-se a utilização de uma forma adicional, com dosímetros ativos.
DOSÍMETROS ATIVOS
Os dosímetros ativos devem permitir a quantificação e avaliação da radiação à qual o IOE
está sendo exposto de forma direta, efetuando a leitura durante a exposição à radiação
ionizante em tempo real.
Os dosímetros que possibilitam este tipo de dosimetria mencionada por último são chamados
de dosímetros pessoais ativos (dosímetros de leitura direta), pois permitem a leitura da
quantidade de radiação recebida a qualquer momento, conferindo maior controle da exposição
dos profissionais.
Pode existir a possibilidade de, em certos locais, haver exposição do IOE à fonte de radiação
acima dos limites ou muito além. Essas exposições podem gerar efeitos determinísticos, que
estão relacionados a valores de dose considerados altos.
Para evitar que isso ocorra, existem dosímetros pessoais calibrados na grandeza Hp (0,07), Hp
(0,3) e Hp (10), que são as grandezas operacionais para avaliação dos limites de dose
equivalente na pele e nas mãos e nos pés, dose equivalente no cristalino e dose efetiva,
respectivamente.
 
Por rootstock | Fonte: Shutterstock
 Dosímetro eletrônico para quantificar as grandezas operacionais para avaliação das
grandezas de limitação de dose.
O mais comum é o equipamento vir calibrado em Hp (10) para avaliar a dose efetiva. Este tipo
de equipamento para monitoração individual deve ser utilizado na altura do tórax, assim como
os dosímetros passivos, pois foram calibrados para serem usados desta forma.
Muitos dosímetros de leitura direta têm a capacidade de emitir alarme, acumular valores de
dose, transmitir estes valores de dose para uma central de controle próxima ou remota,
permitindo maior controle do responsável pela emergência. Eles são normalmente chamados
de dosímetros eletrônicos.
CANETAS DOSIMÉTRICAS
Os dosímetros eletrônicos não são sistemas com baixo custo financeiro e, por isso, alguns
locais de trabalho ainda utilizam canetas dosimétricas.
As canetas permitem a leitura direta da quantidade de radiação a que o IOE está sendo
exposto a qualquer momento, apesar de haver a necessidade de realizar a leitura sem
possiblidades de alarme. Elas permitem também uma leitura da dose acumulada no final da
atividade. Devem ser calibradas na grandeza operacional Hp(10) para avaliação da dose
efetiva.
A dosimetria pessoal é um controle ocupacional que deve ser feito com mais rigor e cuidado
nas atividade de emergência, pois, em algumas situações, o IOE pode estar exposto a fontes
abertas que possibilitem a contaminação do profissional e de seu equipamento de monitoração
individual.
 
Fonte: YDUQS
 Canetas dosimétricas. Dosímetros de leitura direta para serem usados na altura do tórax.
Como não se sabe o que esperar, é prudente envolver estes equipamentos em invólucros
plásticos impermeáreis e transparentes, permitindo a identificação e leitura dos valores.
Dependendo das características da fonte, em termos de atividade, ela pode danificar o
equipamento, sem falar na necessidade e preocupação de precisar descontaminá-lo.
GEIGER-MÜLLER
Devemos prever, para atuações em situação de emergência, a utilização de detectores que
quantifiquem radiação beta negativa e alfa, como os do tipo Geiger-Müller.
javascript:void(0)
GEIGER-MÜLLER
Hans Geiger (1882-1945) 
Na década de 1920, o físico alemão Hans Geiger e seu aluno, Walther Müller,
desenvolveram e aperfeiçoaram o detector Geiger-Müller, capaz de detectar vários tipos
de radiação ionizante.
Este tipo de detector deve possuir janelas internas finas que permitam a interação das
radiações alfa e beta. Ele deve possibilitar também a verificação de locais específicos
contaminados com emissores de radiações que possuem alcance pequeno no ar, sendo difícil
ou impossível a detecção à longa distância.
Toda equipe que atua em emergência deve possuir este tipo de detector, pois ele permite
também, após a realização de descontaminações em alguns locais, verificar se a
descontaminação foi eficiente. Podem ser usados como monitores de superfície, diretamente
nela ou, em alguns casos, usando uma técnica conhecida como esfregaço.
 
Fonte: YDUQS
 Detector Geiger-Müller.
javascript:void(0)
ESFREGAÇO
Nesta técnica, utilizamos um papel absorvedor, que é esfregado na superfície para
coletar material radioativo, para uma quantificação com uma geometria e eficiência de
detecção melhores ou ainda em locais que possuam difícil acesso.
 
Fonte: YDUQS
 Probe.
Em situações de emergência, normalmente, são utilizados detectores Geiger-Müller, pois,
nestas condições, estamos mais interessados em quantificar para verificar se há a presençade
material radioativo no local, onde usamos uma probe conectada ao equipamento eletrônico,
permitindo maior mobilidade e agilidade na leitura dos dados de exposição.
Alguns equipamentos eletrônicos, atualmente, possuem uma probe externa, que pode ser
acoplada somente no momento de avaliação da contaminação de superfícies, alterando a
funcionalidade do equipamento original, que poderia ser de quantificação de área.
javascript:void(0)
PROBE
Detector que pode ser posicionado mais perto da superfície, realizando a análise sem
que todo o equipamento fique próximo ao local.
A monitoração de superfícies requer cuidado com a grande possibilidade de contaminação do
equipamento, principalmente a probe, pois ela deverá estar bem próxima à superfície, que
pode estar contaminada com determinada fonte.
 RECOMENDAÇÃO
Sendo assim, devemos envolver a probe com um plástico impermeável, porém com o cuidado
de ser bem fino também, de forma a não servir como uma blindagem para a radiação que se
quer medir, o que impossibilitaria a detecção.
 DICA
Uma sugestão de baixo custo e fácil aquisição, com a vantagem de ser bem fina e evitar
possíveis contaminações, é o uso de filme plástico de uso doméstico/culinário.
LEMBRE-SE DE QUE A PROBE, CASO SEJA ACOPLÁVEL A
OUTRO EQUIPAMENTO, DEVE SER CALIBRADA EM
LABORATÓRIO CREDENCIADO E AUTORIZADO PELA CNEN
PARA GARANTIR A IDENTIFICAÇÃO SEGURA DA
CONTAMINAÇÃO OU NÃO DE UMA SUPERFÍCIE.
LIMITES EM SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA
Outro ponto importante na detecção em situação de emergência está relacionado às
quantificações que devem ser feitas no ambiente.
A Norma CNEN NN 3.01 e seu item 6.3, “Exposição em Situação de Emergência”, prevê
valores de dose efetiva para atuação nestas situações (CNEN NN 3.01).
 EXEMPLO
Devemos ter monitores de radiação com detectores de resposta rápida, de preferência
cintiladores, como de iodeto de sódio (NaI).
Estes equipamentos devem ser detectores de volumes diferentes, permitindo atuações
diversas, como levantamento radiométrico inicial, localização de fontes ou contaminações em
locais de difícil acesso, bem como a identificação dos radionuclídeos e quantificação mais
precisa da exposição ocupacional.
Desta forma, estes equipamentos devem estar calibrados na grandeza operacional taxa 
˙
H * ( 10 ) em Sv / h, que é a grandeza equivalente de dose ambiente usada para a avaliação
da taxa de dose efetiva. Caso um IOE esteja naquela posição e integrando no tempo, teremos
a dose efetiva.
 
Por Satakorn | Fonte: Shutterstock
A norma CNEN, na posição regulatória PR 3.01/006:2011, no seu item 3.2, “Ações Protetoras
Imediatas e Níveis Genéricos de Intervenção”, prevê valores relacionados a limiares de efeito
determinístico e que a dose de corpo inteiro em período menor do que dois dias é de 1 Gy
(Gray).
Este valor está relacionado à dose absorvida, portanto a melhor forma de mensurar para evitar
que se atinja este limite é através de equipamentos calibrados em taxa de kerma no ar e
considerar que o valor medido é equivalente à taxa de dose absorvida, possibilitando, assim,
novamente , o uso do tempo como parâmetro de radioproteção pelas seguintes equações:
˙
k =
k
t =
Gy
h (10)
k =
Etr *
m =
J
kg = Gy (11)
(*) Etr: É o somatório das energias cinéticas iniciais de todas as partículas carregadas liberadas por partículas
neutras ou fótons incidentes em um material de massa m (LNMRI, 2011).
Equipamentos que possuem detectores câmara de ionização ou detectores proporcionais são
os mais recomendados para esta atividade.
 
Por bmaki | Fonte: Shutterstock

( )
Câmara de ionização
Detector proporcional

 
Fonte: YDUQS
Assista no vídeo um aprofundamento sobre as condições operacionais e situações limítrofes.
MEDIÇÃO EM GRANDES EVENTOS
Nos eventos de grande visibilidade no mundo e no Brasil, como a Conferência das Nações
Unidas Rio+20, em 2012, e os Jogos Olímpicos, em 2016, por exemplo, é necessária a
utilização de equipamentos que permitem, além de quantificar a exposição, a identificação dos
radioisótopos emissores.
 
Por Shahjehan | Fonte: Shutterstock
 Cerimônia de abertura oficial dos Jogos olímpicos 2016. Maracanã, Rio de Janeiro.
Isso é possível com o avanço dos monitores de radiação, sendo uma ferramenta bastante útil
em situações de emergência, onde não se sabe quais radionuclídeos podem estar envolvidos
nos cenários.
 EXEMPLO
Com esses equipamentos, podemos tomar medidas extras de radioproteção, como, por
exemplo, se o radionuclídeo envolvido for Cs-137, sabemos que é solúvel em água e pode
contaminar facilmente e se dispersar com facilidade, além de ser possível saber a origem desta
fonte: se, por exemplo, são radionuclídeos usados em medicina nuclear ou indústria.
 
Fonte: YDUQS
 Identificador radiológico. Permite gerar espectro, quantificar níveis de radiação identificar
radioisótopos e transmitir via WiFi para armazenamento e tratamento de dados remotos.
Os detectores atualmente comercializados e mais empregados para este tipo de atuação são
os detectores cintiladores – em que o equipamento possui eletrônica e processamento, além
da detecção –, que identificam os picos de energia característicos de cada emissor gama
presente em uma biblioteca de dados previamente instalada no software do equipamento. Este
tipo de monitor é conhecido como identificador radiológico.
Há, atualmente, equipamentos deste tipo, de tamanhos diferentes e para aplicações distintas;
desde equipamentos portáteis facilmente manipulados pelo IOE, que estudaremos no módulo
3, até equipamentos maiores, que se aplicam a rastreamento em viaturas terrestres e aéreas,
bem como os que podem ser usados como portais para monitoração de grande quantitativo de
pessoas ou viaturas.
Detectores que podem ser usados em situações de emergência, com o avanço tecnológico,
possuem funcionalidades de transmissão dos dados coletados em tempo real, permitindo que
pessoas fora do cenário possam apoiar e auxiliar nas tomadas de decisões para a solução dos
problemas.
SITUAÇÃO DE CONTAMINAÇÃO
Vamos supor, para ilustrar, uma situação em que houve a contaminação de uma bancada de
um setor de guarda de rejeitos em um serviço de medicina nuclear, com contaminação por uma
fonte líquida. Inicialmente, devemos fazer um levantamento radiométrico para verificação de
qual nível de radiação está presente e, em seguida, iniciar o processo de descontaminação,
usando material absorvedor, como papel ou estopa, por exemplo.
Este rejeito deve ser armazenado em sacos plásticos impermeáveis e identificados com
símbolo internacional de radiação ionizante. Após a absorção de todo o líquido na bancada,
devemos realizar novo levantamento radiométrico da superfície, utilizando uma câmara de
ionização, por exemplo.
Caso ainda apresente alguma leitura acima do nível de radiação natural, chamado
corriqueiramente de background, como já vimos, devemos executar novo processo de
descontaminação.
Mesmo que a leitura com a câmara de ionização esteja dentro do nível de radiação
naturalmente presente neste ambiente (background do local), deve-se utilizar um equipamento
com a probe Geiger-Müller, verificando lentamente toda a superfície descontaminada da
bancada para assegurar que nenhum ponto de contaminação tenha permanecido.
Por fim, na embalagem plástica com o rejeito do processo de descontaminação, devemos
realizar uma medição da quantidade de radiação próxima à superfície externa do embalado,
anotando este valor na embalagem com a data.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. QUAL TIPO DE DETECTOR EM SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA É
RECOMENDÁVEL PARA CONTROLAR A DOSE DOS IOES DURANTE OS
PROCEDIMENTOS?
A) Dosímetros de leitura direta, dosímetros passivos.
B) Dosímetros de leitura direta, dosímetros ativos.
C) Detectores câmara de ionização.
D) Dosímetros de leitura indireta, dosímetros passivos.
2. QUAL TIPO DE EQUIPAMENTO PERMITE QUE UM IOE EM UMA
SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA SAIBA QUAIS OS RADIONUCLÍDEOS
ESTÃOPRESENTES NO CENÁRIO?
A) Geiger-Müller.
B) Dosímetro pessoal.
C) Identificadores radiológicos.
D) Filme dosimétrico.
GABARITO
1. Qual tipo de detector em situação de emergência é recomendável para controlar a
dose dos IOEs durante os procedimentos?
A alternativa "B " está correta.
 
É importante mensurar a quantidade de exposição de um IOE em situação de emergência no
momento em que a atuação está sendo feita, permitindo, assim, maior controle de
radioproteção deste profissional, o que é possível com o uso de dosímetros pessoais de leitura
direta, os chamados dosímetros ativos.
2. Qual tipo de equipamento permite que um IOE em uma situação de emergência saiba
quais os radionuclídeos estão presentes no cenário?
A alternativa "C " está correta.
 
Os identificadores radiológicos são equipamentos muito úteis em situação de emergência, pois
permitem que identifiquemos, de forma rápida e eficiente, quais radionuclídeos estão presentes
no cenário. Eles possuem uma biblioteca ampla de radionuclídeos emissores gama com suas
energias bem definidas e, por essa quantificação da energia emitida, são capazes de identificar
os radionuclídeos.
MÓDULO 3
 Descrever o uso de detectores em emergências radiológicas
DETECTORES E SUAS APLICAÇÕES EM
SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA
Neste módulo, vamos analisar as aplicações dos principais tipos de detectores em situações de
emergência.
LEMBRE-SE DE QUE ESTAMOS TRATANDO DE EMERGÊNCIA
COM A PRESENÇA DE RADIAÇÃO IONIZANTE.
A seleção do conjunto de detectores para atuação em situação de emergência deve ser uma
atividade do grupo de proteção radiológica ou do supervisor de radioproteção de cada
instituição, levando em consideração, principalmente, os tipos e as características das fontes
radioativas presentes nos ambientes de trabalho.
Contudo, em linhas gerais, a atuação em emergência deve ser realizada pensando sempre em
devolver o cenário à sua condição anterior ao acidente, e os profissionais envolvidos e o
público em geral devem ser o foco, como previsto nas normas da CNEN.
 
Por Egoreichenkov Evgenii | Fonte: Shutterstock
Sendo assim, uma etapa muito importante é a detecção da radiação ionizante nesta situação.
Para isto, devemos utilizar diferentes tipos de detectores para variadas situações em um
cenário de emergência.
QUANTIFICAÇÃO DA RADIAÇÃO RECEBIDA
PELO IOE
A quantificação do nível de radiação a que um IOE está exposto deve ser o primeiro
pensamento em uma emergência, garantindo que o profissional não atinja os limites de dose
previstos em norma.
Para isso, devem ser usados os dosímetros passivos. Os mais utilizados são os TLD.
Contudo, este tipo de detector não permite a informação do nível de radiação no momento da
atuação, já que devem ser enviados a um laboratório credenciado para ser submetido a uma
leitora de TLD. Por isso, é recomendado o uso de dosímetros ativos, de leitura direta, como
vimos no módulo anterior.
Esses equipamentos têm a funcionalidade de ajuste de alarme, permitindo mais proteção para
o profissional. Este tipo de equipamento é calibrado nos laboratórios de calibração, colocando-
os na parte frontal de um modelo de corpo humano para simular a interação da radiação com o
tórax.
 
Fonte: YDUQS
Imagem de dosímetro pessoal passivo para medir a dose à qual um IOE foi exposto.
 
Por Krysja | Fonte: Shutterstock
javascript:void(0)
javascript:void(0)
Imagem de um dosímetro pessoal ativo para medir a dose à qual um IOE foi exposto e informar
o resultado no momento da exposição à radiação.
QUANTIFICAÇÃO DA RADIAÇÃO RECEBIDA
PELO AMBIENTE
A quantificação da radiação recebida pelo IOE, com o uso de dosímetro pessoal, não é a única
quantificação que devemos realizar em uma situação de emergência. Devemos medir o nível
de radiação natural em um ambiente semelhante e longe do local onde temos de atuar na
emergência. Desta forma, saberemos o valor de radiação natural como referência.
Em seguida, devemos entrar na região onde devemos atuar em emergência com o
equipamento ligado e medir a variação da taxa de dose.
 RELEMBRANDO
Lembrando que este equipamento deve ter uma resposta rápida à variação de exposição e
apresentar o resultado na grandeza H*(10), equivalente de dose ambiente (LNMRI, 2011) para:
Comparar diretamente com a dose efetiva para fim de limitação de dose do IOE.
Saber o nível de radiação ao qual o profissional está se expondo em diferentes posições
no cenário da emergência.
MELHORES EQUIPAMENTOS PARA
CONTROLAR O AMBIENTE
Os equipamentos que melhor se aplicam a esta finalidade são os que possuem detectores de
estado sólido, de pequeno volume, o que facilita o manuseio do equipamento e a localização
de fontes e possíveis contaminações em diferentes locais.
Estes monitores de área são bem úteis na localização de fontes perdidas, regiões de
contaminação e demarcação de áreas com níveis de doses maiores.
Estes equipamentos fornecem a possibilidade de medição da dose integrada, medida em Sv
(Sievert), e da taxa de dose, medida em Sv/h, como mostrado na figura ao lado.
 
Fonte: YDUQS
 Monitor de radiação que detecta e apresenta resultado em H*(10) para quantificar a dose
efetiva de uma área onde há a presença de radiação. Equipamento portátil cabe na palma da
mão e pesa cerca de 200g.
O modo taxa de dose facilita quando queremos atuar na localização de fontes radioativas ou
locais de contaminação, pois podemos acompanhar no visor do equipamento o crescimento
das medidas em tempo real, indicando que o aumento dos valores de taxa de dose indicam a
proximidade de uma fonte ou ponto de contaminação radioativa. Caso contrário, quando os
valores das leituras diminuem, significa que estamos nos afastando da fonte ou do local de
contaminação, permitindo, assim, a localização e demarcação de fontes e locais de
contaminação, o que facilita o estudo do cenário da emergência.
Quando utilizamos o modo dose integrada, em Sv, avaliamos o valor da dose efetiva ao qual
o IOE foi submetido, no período em que exerceu os procedimentos profissionais na situação de
emergência.
Os detectores utilizados para medições de área servirão para orientação e proteção
radiológica, pois avaliarão a dose em posições específicas. O conhecimento da dose nessas
posições servirá como uma forma de orientar o responsável pela emergência, minimizando a
dose dos profissionais que estão atuando na emergência.
 RELEMBRANDO
Os monitores de área devem ser usados longe do corpo do IOEs, pois foram calibrados no ar
sem a presença de simuladores do corpo humano.
Estes monitores são utilizados para o levantamento radiométrico da fonte, da contaminação e
do nível de radiação natural – background do local, como já descrevemos no módulo 1.
Estes equipamentos possuem uma massa muito reduzida, normalmente em torno de 200g, e,
por serem detectores de estado sólido, possuem um tempo de resposta muito rápido. Em
aproximadamente 2 segundos, eles já se estabilizam e indicam a leitura final do nível de taxa
de dose medido, o que dá uma segurança e maior versatilidade aos profissionais envolvidos na
emergência.
 
Por Egoreichenkov Evgenii | Fonte: Shutterstock
A confiabilidade nas medições é importante também para o supervisor de radioproteção e o
responsável pela instalação, pois, assim, eles planejam a atuação dos diferentes IOEs na
emergência.
Por meio dos cálculos das grandezas tempo e distância, podem prever e selecionar blindagens
adequadas, seguindo o princípio de radioproteção da otimização, como recomendado na
CNEN NN 3.01.
IDENTIFICADORES
Outro equipamento muito útil é o identificador radiológico, principalmente quando a situação
de emergência ocorre onde não se conhece qual tipo de radionuclídeo (fonte radioativa) está
no cenário. Sendo assim, além de quantificar o nível de radiação, também possibilita a
identificação do radioisótopo.
Esta informação nos dá uma indicação da origem da fonte, se é, por exemplo, de origem de
medicina nuclear (I-131, Tc-99 etc.) ou deorigem industrial (Cs-137, Se-75 etc.) . Além
disso, permite a tomada de novas decisões, pois, sabendo qual o radionuclídeo envolvido, é
possível conhecer sua forma de apresentação, ou seja, se está na forma líquida, por exemplo,
ou na forma metálica, em que teremos irradiação.
A utilização dos detectores identificadores em situações de emergências, normalmente, vem
em uma segunda etapa, pois são utilizados onde já sabemos que há a presença de uma fonte
ou contaminação, que já foi realizada com o detector do tipo Geiger-Müller, como
mencionamos anteriormente. Os identificadores possuem um custo financeiro mais elevado,
pois têm um processamento eletrônico complexo associado, mas não há necessidade de se ter
mais de um equipamento deste tipo para cada situação de emergência.
 
Por Stoyan Yotov | Fonte: Shutterstock
Após a verificação da quantificação da dose efetiva emitida pela fonte, a identificação, o
recolhimento e o acondicionamento em embalagem impermeável, devemos realizar o registro
destas informações no embalado, incluindo a data da atuação.
EXEMPLOS DE IDENTIFICADORES PORTÁTEIS
A seguir, temos mais detalhes sobre alguns equipamentos portáteis capazes de realizar a
detecção e a quantificação da grandeza H*(10), ou seja, a avaliação da dose efetiva e a
identificação do radioisótopo.
 
Fonte: YDUQS
Identificador radiológico possibilita a identificação de até oito tipos diferentes de radioisótopos
simultaneamente e os classifica por área, tipo aplicação médica, industrial ou de origem
natural. Pesa, aproximadamente, 5kg.
 
Fonte: YDUQS
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javascript:void(0)
Identificador radiológico possibilita a identificação de até oito tipos diferentes de radioisótopos.
Pesa, aproximadamente, 1kg.
Estes identificadores radiológicos portáteis, como já mencionamos, conseguem atuar como
monitores de área, operando principalmente no modo taxa de dose, em Sv/h, mas têm a
possibilidade de obtenção da dose, em Sv, durante o período em que ela atuou.
Por serem detectores de estado sólido e possuírem um cristal maior do que outros
equipamentos portáteis, conseguem ter um tempo de resposta menor. Além disso, identificam
diferentes radionuclídeos com espectros previamente inseridos pelo fabricante, em sua
biblioteca de dados, fazendo com que, como mencionamos, estes equipamentos sejam bem
mais caros do que os que fazem apenas a quantificação da taxa e dose.
Mesmo sendo mais rápidos e mais versáteis do que os equipamentos menores, eles também
devem seguir cuidados metrológicos para a aquisição da leitura da taxa e dose e para
identificação dos radionuclídeos, diminuindo a probabilidade de identificação equivocada de
radionuclídeos.
AINDA QUE A EMERGÊNCIA DEVA SER RESOLVIDA O MAIS
RÁPIDO POSSÍVEL, NÃO DEVEMOS REALIZAR A
QUANTIFICAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DE UMA FONTE OU
CONTAMINAÇÃO DE FORMA ACELERADA E DESCUIDADA.
RECOMENDAÇÕES PARA O BOM USO DOS
IDENTIFICADORES
Para quantificação e identificação metrologicamente confiáveis, devemos seguir
recomendações importantes com os identificadores radiológicos. Clique e leia sobre essas
recomendações:
RECOMENDAÇÕES PARA QUANTIFICAÇÃO E
IDENTIFICAÇÃO
Aproximar o identificador da fonte ou do ponto de contaminação e aguardar de 2 a 5 segundos,
de modo que a taxa de dose medida em Sv/h seja suficientemente alta para que o
equipamento se estabilize e, internamente, possa gerar o espectro para a identificação dos
radionuclídeos presentes. Nos equipamentos mostrados nas imagens anteriores, a taxa de
dose a partir de 3 µSv/h (taxa de dose cerca de 10 vezes o valor do background da maioria dos
locais) já é suficiente para a estatística de interação da radiação com o detector, permitindo
identificação segura dos radionuclídeos presentes.
Os identificadores possuem, em suas configurações de fábrica, a indicação do percentual de
chance de identificação correta de cada radionuclídeo. Nos equipamentos mostrados nas
figuras anteriores, eles apresentam valores entre 0% e 100% de chance de os radionuclídeos
indicados estarem corretamente identificados.
Em emergências, recomendamos que sejam considerados corretos os radionuclídeos
identificados com percentuais de 70% ou superiores informados pelos equipamentos.
Caso os valores percentuais de certeza de identificação sejam menores que 70%, devemos
observar os valores de taxa de dose que normalmente estão menores do que dez vezes o valor
do background. Recomendamos, então, que se aproxime o identificador da fonte ou altere seu
direcionamento com relação à fonte para melhorar a estatística de interação da radiação com o
detector, aumentando a taxa de dose.
Os identificadores, como os mostrados nas imagens anteriores, conseguem identificar até oito
radionuclídeos diferentes ou oito fontes de radiação distintos, o que torna este tipo de
equipamento muito útil para os procedimentos operacionais da atuação em emergência.
As medições para a obtenção da identificação das fontes devem ser feitas com uma repetição
de aproximadamente cinco leituras a fim de verificar possíveis equívocos estatisticamente. Os
valores de taxa de dose devem ser anotados, assim como o percentual de certeza da
identificação e os radionuclídeos identificados para verificar se houve alteração nos resultados
de cada leitura.
VERIFICAÇÃO DA DESCONTAMINAÇÃO
Em situação de emergência, quando há a contaminação de uma superfície, após a
identificação e localização da contaminação, devemos realizar o processo de descontaminação
do local ou da superfície, removendo toda a presença do radioisótopo emissor.
Após esta ação, precisamos verificar se a superfície ou o local está completamente
descontaminado e, para isso, recomenda-se, como vimos, o uso de detectores de radiação
com uma probe externa que possibilite a aproximação ao máximo do local a ser averiguado e
que seja possível medir pequenas variações do nível de radiação natural, normalmente
presente, indicando a presença de pequenos focos de contaminação.
 
Por Ilya Rabkin | Fonte: Shutterstock
Normalmente, são utilizados probes externas acopladas ao monitor de radiação, permitindo
que pequena quantidade de radiação interaja com sua área sensível.
Além deste uso, este tipo de detector permite a verificação de fontes emissoras de radiações
beta e alfa.
Estes detectores, geralmente, como estudamos no módulo anterior, são do tipo Geiger-Müller e
são muito utilizados na quantificação de contagens por segundo, sem grande preocupação
com a quantificação da dose, mas, sim, com a verificação da presença ou não de
radioisótopos.
RADIAÇÕES BETA E ALFA
Demais detectores podem não ser capazes de detectar as radiações beta e alfa, devido à
sua estrutura metálica externa, que absorve essas radiações antes que consigam
interagir com a área sensível do detector de radiação.
javascript:void(0)
 ATENÇÃO
Lembre-se de que, nas situações de emergência, já foram usados detectores para quantificar e
identificar os radionuclídeos e a finalidade agora é liberar o cenário de emergência ou não.
A seguir, observe as figuras, repare os detalhes do equipamento e a sua probe externa, que
pode ser removida do corpo do detector (continua acoplada pelo cabo de conexão) e
aproximada dos locais para verificação e medição.
 
Fonte: YDUQS
Detector tipo Geiger-Müller com probe externa removível para verificação de contaminação de
superfícies e detecção de radiações beta e alfa. Peso aproximado: 500g.
javascript:void(0)
 
Fonte: YDUQS
Probe por baixo da área sensível de interação da radiação com o detector.
SITUAÇÃO DE CONTAMINAÇÃO
Este tipo de detector é muito usado em serviços de medicina nuclear, em que podem ocorrer
pequenas situações de contaminações, como, por exemplo, nas bancadas de preparação dos
radiofármacos, quando parte líquida da fonte pode ser derramada sobre uma bancada do
laboratório.
Uma ação imediata neste tipo de situação é a utilização de material absorvedor para remover a
fonte líquida da bancada, eliminando a contaminaçãoe a subsequente liberação do local
contaminado para continuação das atividades profissionais.
Após remover a parte líquida com papel absorvedor, ele deve ser acondicionado em sacos
plásticos, para evitar a disseminação da contaminação.
Como garantir que a bancada está totalmente descontaminada? Este processo, como
aprendemos, não pode ser visual, apenas observando se ela está seca. Devemos usar, então,
a probe para fazer uma medição em toda a bancada para verificar se ainda há algum resquício
do material radioativo.
Este procedimento, por se tratar de pouca quantidade de material radioativo, deve ser feito com
cuidado metrológico, como:
javascript:void(0)
Usar a probe posicionada bem próxima à superfície da bancada, com o cuidado de não
permitir que ela toque na bancada, evitando a contaminação do detector.
As medidas com as probes devem ser feitas com calma, deixando tempo suficiente para
estabilizar a leitura do detector, normalmente de 20 a 30 segundos, a fim de estabilizar
este tipo de detector.
Realizar cinco medições em cada local, anotando os valores e calculando a média
aritmética do resultado usando a incerteza apresentada no certificado de calibração da
probe.
Realizar medições até que os valores das leituras sejam próximos dos valores do
background do local.
Veja, no vídeo, explicações sobre os procedimentos de escolha do melhor detector para cada
situação de emergência.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. EM UMA SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA RADIOLÓGICA, QUE TIPO DE
DETECTOR DEVEMOS USAR PARA GARANTIR O CONTROLE
OCUPACIONAL DO IOE?
A) Detector Geiger-Müller com probe externa.
B) Dosímetros passivos (TLDs) e Dosímetros ativos (de leitura direta).
C) Detectores câmara de ionização.
D) Detector identificador de radiação.
2. QUAL TIPO DE DETECTOR DEVE SER USADO PARA VERIFICAÇÃO DE
CONTAMINAÇÃO DE UMA SUPERFÍCIE, APÓS A ATUAÇÃO DE
EMERGÊNCIA, PARA FIM DE VERIFICAÇÃO?
A) Detector Geiger-Müller com probe externa.
B) Dosímetros pessoais TLD e Dosímetros pessoais eletrônicos.
C) Detectores câmara de ionização.
D) Detector identificador de radiação.
GABARITO
1. Em uma situação de emergência radiológica, que tipo de detector devemos usar para
garantir o controle ocupacional do IOE?
A alternativa "B " está correta.
 
Para uma situação de emergência, devemos, além da monitoração individual de rotina
realizada com dosímetro pessoal passivo, em que o mais usado é o TLD, realizar a
monitoração ativa, com a possibilidade em tempo real de quantificação do nível de exposição
do IOE durante a atuação de emergência, que é possível com o dosímetro pessoal ativo (de
leitura direta).
2. Qual tipo de detector deve ser usado para verificação de contaminação de uma
superfície, após a atuação de emergência, para fim de verificação?
A alternativa "A " está correta.
 
Para uma situação de emergência, devemos, mesmo após a descontaminação total de uma
superfície, verificar se a descontaminação foi efetivamente feita ou se há ainda pequenos
pontos de contaminação. Para isso, recomenda-se o uso de detectores tipo Geiger-Müller, com
uma probe externa que é capaz de fazer a verificação bem de perto, evitando que pequenos
pontos contaminados permaneçam.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste tema, abordamos um assunto muito importante para a atuação em situação de
emergência radiológica, que é a seleção de equipamentos apropriados para a detecção e
quantificação correta, em cada atividade, permitindo que os IOEs consigam atuar de forma
segura usando os conceitos e princípios da radioproteção.
Sem a detecção correta nas atividades de levantamento radiométrico e na avaliação de
contaminações de superfícies e a identificação do radionuclídeo emissor contido na fonte
radioativa, a atuação em emergência fica muito prejudicada, ou até mesmo inviabilizada, pois,
dessa forma, não seria possível quantificar, por exemplo, o nível de exposição a que uma
pessoa estaria submetida, ou até mesmo se a fonte pode ser facilmente dispersada no meio
ambiente. A detecção em situação de emergência é o ponto de partida para se resolver o
problema e devolver o local às condições normais.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
CNEN NN 3.01, Norma CNEN: DIRETRIZES BÁSICAS DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA.
Resolução 164/14 – Publicado no DOU em 11 de março de 2014.
PR 3.01/004:2011, Posição Regulatória da Norma CNEN NN 3.01: RESTRIÇÃO DE DOSE,
NÍVEIS DE REFERÊNCIA OCUPACIONAIS E CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS, incluído pela
Resolução CNEN no 230/2018, Publicado no DOU em 25 de setembro de 2018.
PR 3.01/006:2011, Posição Regulatória da Norma CNEN NN 3.01: MEDIDAS DE PROTEÇÃO
E CRITÉRIOS DE INTERVENÇÃO EM SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA, aprovada pela
Resolução CNEN no 102 de 22.12.2010, Publicado no DOU em 10 de maio de 2011.
INMETRO. CICMAC. Conceito de Metrologia. Consultado em meio eletrônico em: 17 ago.
2020.
LNMRI - Laboratório Nacional de Metrologia da Radiações Ionizantes: GRANDEZAS E
UNIDADES PARA RADIAÇÃO IONIZANTE (Recomendações e definições). IRD – Instituto de
Radioproteção e Dosimetria. Outubro de 2011. Consultado em meio eletrônico em: 17 ago.
2020.
EXPLORE+
Profissionais que trabalham ou estudam áreas de conhecimento onde são utilizadas radiações
ionizantes devem conhecer as normas e as formas de detecção relacionadas a situações de
emergência e radioproteção. Por isso, não deixe de pesquisar:
As Normas Técnicas, na página da CNEN.
Os materiais disponíveis no site da Radiation Emergency Medical Management (REMM)
Visite também a plataforma de treinamento do IRD.
CONTEUDISTA
Mario Cesar Viegas Balthar
 CURRÍCULO LATTES
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