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07/10/2020 Ead.br
https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 1/38
LABORATÓRIO DE GESTÃO:LABORATÓRIO DE GESTÃO:
EMPREENDEDORISMOEMPREENDEDORISMO
SOCIALSOCIAL
Dr. Giancarlo Lucca
IN IC IAR
07/10/2020 Ead.br
https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 2/38
introdução
Introdução
Olá, caro(a) estudante! Trataremos a seguir dos conceitos iniciais de
empreendedorismo, que devem formar uma base teórica capaz de facilitar o nosso
entendimento a respeito da aplicabilidade prática dele tanto em nossas vidas
pessoais quanto pro�ssionais. Abordaremos. também, alguns aspectos históricos,
para que possamos nos situar acerca da questão do empreendedorismo e de sua
relação com a sociedade. Além de buscarmos a compreensão das características
comportamentais do empreendedor, estudaremos uma importante técnica para
estabelecimento de uma visão estratégica, o design thinking; veremos as etapas para
implantação prática de um projeto de design thinking. Finalizaremos nosso estudo
com um tema muito relevante nos dias atuais: a criatividade e sua sistematização
por meio da técnica SCAMPER.  Vamos lá? Bons estudos.
07/10/2020 Ead.br
https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 3/38
Caro(a) estudante, discutiremos a seguir o conceito de empreendedorismo; para
isso, convido você a se motivar, pois esta é a palavra de ordem quando tratamos da
Apresentação daApresentação da
DisciplinaDisciplina
Figura 1.1 - Ações empreendedoras
Fonte: Sergey Nivens / 123RF.
07/10/2020 Ead.br
https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 4/38
ação de empreender. A motivação é fundamental no processo de descoberta de
oportunidades ou de soluções que transformam ameaças em oportunidades.
Vivemos um momento conhecido como quarta revolução industrial, em que a
tecnologia avança sem limites e é exponencialmente mais rápido a cada dia.
Produtos inovadores hoje podem não ser obsoletos em seis meses. O uso da
inteligência arti�cial nas fábricas tem provocado um impacto social muito grande no
mercado de trabalho, e cabe aos empreendedores de plantão lidarem com essa
problemática.
Você já deve ter ouvido uma velha frase: "em casa de ferreiro, o espeto é de pau",
certo? Porém a frase deveria ser "em casa de ferreiro, o espeto é de ferro da melhor
qualidade!".  Essa frase é para nos incentivar a iniciar esta disciplina com um
contrato, na verdade, um contrato de uma única cláusula, que a�rma: "tudo que você
aprender nesta disciplina, você poderá aplicar em sua vida pessoal, assim como em
sua vida pro�ssional, individualmente ou em grupo". Nossos estudos permitirão o
conhecimento a respeito de técnicas que poderão melhorar o desempenho
�nanceiro, a imagem junto ao mercado e às pessoas que nos cercam, o desempenho
mercadológico, o desempenho operacional produtivo, a motivação e a competência
para exercer o ofício; gerando, assim, o interesse das pessoas pelo que temos a
Figura 1.2 - Em casa de ferreiro
Fonte: William Attard McCarthy / 123RF.
07/10/2020 Ead.br
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oferecer. Ficou motivado(a)? Espero que sim, porque acabamos de descrever
brevemente a ação empreendedora.
O empreender está na busca de respostas que ainda não foram dadas, ou, se já foram
dadas, que precisam e possam ser melhoradas. Antes de seguirmos por esse caminho
teórico, vamos para alguns exemplos práticos? Faremos uma analogia com um tipo
de empreendimento muito divertido e fácil de entender: uma viagem de férias. É
claro que é possível, simplesmente, colocar o pé na estrada sem que nenhum
planejamento seja realizado; surge, então, a pergunta: qual a probabilidade de
ocorrerem problemas que comprometam a viagem? Problemas de ordem diversa
podem ocorrer, desde a falta de dinheiro para realizar determinadas atividades até a
impossibilidade de realizar atividades de lazer devido ao clima.
Se mapearmos a possibilidade de acontecimento de problemas, criaremos cenários
do que pode acontecer durante a viagem e, nesse momento, exerceremos certo tipo
de planejamento, comportando-nos como empreendedores. Sendo assim, vamos
pensar na nossa viagem, começando pelas diretrizes estratégicas:
1. qual o objetivo da viagem?
2. qual o destino da viagem?
3. quem irá viajar?
4. quando a viagem deverá ocorrer?
5. quanto tempo a viagem durará?
6. como será a viagem? Qual o meio de transporte? Hospedagem?
7. qual é o custo estimado da viagem?
Com o simples fato de elaborar essas questões, estamos nos comportando como
empreendedores. De fato, estamos empreendendo algo novo: uma viagem de lazer;
além disso, podemos a�rmar que estamos de�nindo algumas diretrizes estratégicas
para esse empreendimento. A resposta para esses questionamentos pode dar
origem a um plano estratégico. A documentação das diretrizes estratégicas é o
limite entre o plano das ideias e o plano das ações; desse modo, a formalização das
diretrizes estratégicas é o primeiro passo de um empreendimento.
O empreendedorismo, porém, vai além das fronteiras individuais e organizacionais,
ele deve alcançar toda a sociedade. A busca por soluções inovadoras que tragam
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respostas aos problemas sociais provocados pelo avanço da humanidade faz parte
do que denominamos empreendedorismo social. Esse é nosso contexto nesta
importante disciplina; então, convido você, caro(a) estudante, a buscar um pouco
mais de conhecimento acerca das características do comportamento empreendedor.
praticarVamos Praticar
O planejamento constante, com base em uma visão de futuro, é o que diferencia um
empreendedor de sucesso de um administrador comum.
DORNELAS, J. Empreendedorismo: transformando ideias em negócios. 6. ed. São Paulo:
Atlas, 2016.
Quando se diz que o empreendedorismo social é uma característica dos indivíduos com
ideias inovadoras em busca de um bem-estar social, refere-se a quais tipos de
empreendimentos?
a) Empresas de tecnologia explorando as oportunidades da indústria 4.0.
b) Organizações que buscam soluções para o impacto da indústria 4.0 no mercado
de trabalho.
c) Empreendimentos altamente lucrativos que atuam no mercado de ações.
d) Empreendimentos do segmento comercial ou industrial que destinam parte do
lucro aos colaboradores.
e) Empreendimentos que exploram os recursos da natureza com a �nalidade de
lucro.
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Com o exemplo da viagem, podemos retornar aos aspectos teóricos e compreender
uma breve de�nição de empreendedorismo. De acordo com Chiavenato (2012), a
CaracterísticasCaracterísticas
Comportamentais doComportamentais do
EmpreendedorEmpreendedor
Figura 1.3 - Criando oportunidades
Fonte:  lightwise / 123RF.
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palavra empreendedor tem origem francesa, entrepreneur, sendo utilizada,
primeiramente, em 1725, pelo economista Richard Cantillon, que apresentava a
de�nição de um empreendedor como aquele que assume riscos. Alguns anos depois,
em 1814, Jean-Baptiste Say, um renomado economista francês, usou a terminologia
para  se referir àqueles que transferem recursos econômicos de um setor
improdutivo para um setor de maior produtividade. Chiavenato (2012) ainda cita
Carl Menger, um economista austríaco, que, em sua de�nição de 1871, apresenta o
empreendedor como aquele indivíduo que tem a capacidade de se antecipar às
necessidades futuras.
Dornelas (2016), por sua vez, a�rma que o primeiro uso da palavra
empreendedorismo foi feito por Marco Polo, ao tentar estabelecer uma rota para o
oriente. Atuandocomo um empreendedor, Marco Polo assumiu os riscos de um novo
negócio, assinando o contrato com um homem possuidor de dinheiro (podemos
chamá-lo de capitalista) e propondo vender as mercadorias vindas do oriente e
adquiridas com o dinheiro desse homem. Dornelas (2016) esclarece que o papel do
capitalista é, geralmente, assumir os riscos, porém de forma passiva, já o
empreendedor assume um papel mais aventureiro, por correr todos os riscos físicos
e emocionais.
Figura 1.4 - Marco Polo
Fonte: Olga Popova / 123RF.
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Com base nesses renomados autores e no exemplo citado, começamos a
compreender o conceito de empreendedorismo. Para �xarmos esse entendimento,
vamos estabelecer nossa própria de�nição: empreendedorismo é uma prática
constante do ato de empreender, que signi�ca estabelecer todos os esforços
necessários para a solução de uma situação-problema, seja esta simples ou
complexa. É necessária uma atenção especial para esse conceito, pois, muitas vezes,
ele �ca restrito e associado somente aos indivíduos que iniciam um novo negócio
empresarial. É possível, porém, empreender mesmo não sendo o proprietário de
uma empresa. Podemos empreender em todas as áreas de nossa vida pessoal e
pro�ssional, por exemplo, quando você tomou a decisão de realizar este curso, teve
uma atitude empreendedora, uma vez que espera se quali�car e, assim, avançar em
sua carreira pro�ssional. Podemos criar inúmeras soluções inovadoras e criativas
para melhorar nossa vida pessoal e pro�ssional, e esses esforços podem ser
de�nidos como empreendimentos.
Na literatura de empreendedorismo, é comum a confusão em relação aos limites da
visão administrativa e da visão empreendedora. O administrador de uma
organização é, geralmente, confundido com o empreendedor. O administrador pode
sim ser um empreendedor, mas isso não é uma obrigatoriedade. Muitos
administradores apenas seguem os direcionamentos estabelecidos pela visão
estratégica do empreendedor. Dornelas (2016) enfatiza essa questão e a�rma que o
administrador tem sido estudado há muito mais tempo que o empreendedor, mesmo
assim, muitas dúvidas a respeito do seu papel nas organizações ainda não estão bem
esclarecidas.
Será muito difícil nesta discussão encontrar uma fórmula mágica para elucidar o
tema, mas podemos evidenciar alguns aspectos dos respectivos papéis do
administrador e do empreendedor. Dornelas (2016) cita a visão clássica ou
processual da administração, em que o administrador se comporta com maior
impessoalidade, enfatizando a integração com a estrutura organizacional e com a
hierarquia das responsabilidades e autoridades. Segundo essa abordagem, o
administrador tende a se concentrar nas ações de planejar, organizar, dirigir e
controlar.
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Planejar é uma das funções mais importantes da administração e, talvez, esse seja o
ponto que gera maior confusão entre empreender e administrar. Planejar envolve a
arte de fazer planos, de identi�car oportunidades futuras de crescimento e de
estabelecimento de uma visão estratégica, assim como empreender. O
administrador, porém, tem uma visão administrativa desse processo, utilizando
métodos estruturados de estabelecimento de objetivos e metas. Além disso, as
demais funções (organizar, dirigir e controlar) têm um caráter completamente
técnico.
Na organização, é necessário dividir as responsabilidades, estabelecer as
autoridades, garantir a comunicação e o �uxo de informações e estabelecer um
sistema de decisão pautado em sistemas de informação. Dirigir ou controlar é a
atividade administrativa de coordenar o trabalho das equipes nos níveis
operacionais, táticos e estratégicos. Essa função exige o exercício de uma liderança
que garanta o comprometimento de toda a equipe. A função de controlar é
fundamental para medir o desempenho da administração por meio dos indicadores
de desempenho e, assim, avaliar se o planejamento estabelecido está sendo
realizado.
Segundo Dornelas (2016), a proposta de um ciclo de planejamento, organização,
direção e controle foi feita no início do século XX, por Henry Fayol, e vários outros
Figura 1.5 - Funções do Administrador
Fonte: Elaborada pelo autor.
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autores reformularam ou adaptaram seus conceitos com o passar do tempo.
Na verdade, existe uma relação importante entre administradores e
empreendedores, mas o espírito empreendedor tem algumas características que
devemos destacar. De acordo com Dornelas (2016), um empreendedor de sucesso
possui atributos extras, além das tradicionais características do administrador, e
algumas dessas características pessoais, somadas a outros atributos sociológicos e
ambientais, permitem o nascimento de um novo empreendimento. A seguir,
destacamos as características propostas por Dornelas (2016).
Os empreendedores costumam ser visionários: eles têm a visão de como
será o futuro para seu negócio e sua vida e, o mais importante, têm a
habilidade de implementar seus sonhos.
Os empreendedores sabem tomar decisões: eles não se sentem inseguros,
sabem tomar as decisões corretas na hora certa, principalmente nos
momentos de adversidade, fator-chave para o sucesso. Além de tomar
decisões, eles implementam suas ações rapidamente.
reflita
Re�ita
Você já re�etiu a respeito da satisfação dos clientes, mesmo
internamente, em uma organização? Muitas pessoas acreditam que
as técnicas estudadas nos livros acadêmicos são destinadas apenas
às organizações e acabam se esquecendo de aplicar métodos de
grande valor em si próprias. Se você é colaborador(a) de uma
organização e seu trabalho é recebido por outro pro�ssional, você
pode aplicar o conceito de design thinking para descobrir quais
características melhorar em seu trabalho, com o intuito de produzir
um bem-estar a todos que dependem dele. Re�ita a respeito disso.
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Os empreendedores são indivíduos que fazem a diferença: eles
transformam algo de difícil de�nição, uma ideia abstrata, em algo concreto,
que funciona, transformando o possível em realidade (KETS DE VRIES,
1997); sabem, então, agregar valor aos serviços e produtos que colocam no
mercado.
Os empreendedores sabem explorar ao máximo as oportunidades: para a
maioria das pessoas, as boas ideias são daqueles que as veem primeiro, por
sorte ou acaso. Para os visionários (os empreendedores), as boas ideias são
geradas a partir daquilo que todos conseguem ver, mas que não identi�cam
algo prático para transformá-las em oportunidade, por meio de dados e
informação. O empreendedor é aquele que cria um equilíbrio, encontrando
uma posição clara e positiva em um ambiente de caos e turbulência, ou
seja, identi�ca oportunidades na ordem presente. Os visionários e as
demais pessoas, porém, são enfáticos em a�rmar que o empreendedor é
um exímio identi�cador de oportunidades, um indivíduo curioso e atento a
informações, pois sabe que suas chances melhoram quando seu
conhecimento aumenta.
Os empreendedores são determinados e dinâmicos: implementam suas
ações com total comprometimento. Atropelam as adversidades,
ultrapassando os obstáculos, com uma vontade ímpar de “fazer acontecer”.
Eles se mantêm sempre dinâmicos e cultivam certo inconformismo diante
da rotina.
Os empreendedores são dedicados: eles se dedicam 24 horas por dia, sete
dias por semana, ao negócio. Comprometem o relacionamento com os
amigos, com a família e, até mesmo, com a própria saúde. São
trabalhadores exemplares e encontram energia para continuar, mesmo em
situações adversas. São incansáveis e loucos pelo trabalho.
Os empreendedores são otimistase apaixonados pelo que fazem: adoram o
trabalho que realizam. O amor pelo trabalho é o principal combustível que
os mantem cada vez mais animados e autodeterminados, tornando-os os
melhores vendedores de seus produtos e serviços, pois sabem, como
ninguém, como fazê-lo. O otimismo faz com que sempre enxerguem o
sucesso, em vez de imaginar o fracasso.
Os empreendedores são independentes e constroem o próprio destino:
querem estar à frente das mudanças e ser donos do próprio destino;
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querem ser independentes, em vez de empregados; querem criar algo novo
e determinar os próprios passos, abrir os próprios caminhos, ser o próprio
patrão e gerar empregos.
Os empreendedores �cam ricos: �car rico não é o principal objetivo dos
empreendedores, eles acreditam que o dinheiro é consequência do sucesso
dos negócios.
Os empreendedores são líderes e formadores de equipes: os
empreendedores têm um senso de liderança incomum e são respeitados e
adorados por seus funcionários, pois sabem valorizá-los, estimulá-los e
recompensá-los, formando um time em torno de si. Eles sabem que, para
obter êxito e sucesso, dependem de uma equipe de pro�ssionais
competentes; sabem, ainda, recrutar as melhores cabeças para assessorá-
los nos campos em que não detêm o melhor conhecimento.
Os empreendedores são bem relacionados (networking): os
empreendedores sabem construir uma rede de contatos que os auxilia no
ambiente externo da empresa, junto a clientes, fornecedores e entidades
de classe.
Os empreendedores são organizados: os empreendedores sabem obter e
alocar os recursos materiais, humanos, tecnológicos e �nanceiros, de forma
racional, procurando o melhor desempenho para o negócio.
Os empreendedores planejam, planejam, planejam: os empreendedores de
sucesso planejam cada passo de seu negócio, desde o primeiro rascunho do
plano de negócios até a apresentação do plano a investidores, a de�nição
das estratégias de marketing do negócio etc., sempre tendo como base a
forte visão de negócio que possuem.
Os empreendedores têm conhecimento: são sedentos pelo saber e
aprendem continuamente, pois entendem que, quanto maior o domínio
sobre um ramo de negócio, maior será a chance de êxito. Esse
conhecimento pode vir da experiência prática, de informações obtidas em
publicações especializadas, em cursos ou mesmo de conselhos de pessoas
que montaram empreendimentos semelhantes.
Os empreendedores assumem riscos calculados: talvez, essa seja a
característica mais conhecida dos empreendedores. O verdadeiro
empreendedor é aquele que assume riscos calculados e sabe gerenciar o
risco, avaliando as reais chances de sucesso. Assumir riscos tem relação
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com desa�os; para o empreendedor, quanto maior o desa�o, mais
estimulante será a jornada empreendedora.
Os empreendedores criam valor para a sociedade: os empreendedores
utilizam seu capital intelectual para criar valor para a sociedade, com a
geração de empregos, dinamização da economia e inovação, sempre
usando sua criatividade em busca de soluções que melhorem a vida das
pessoas.
Para Chiavenato (2012), uma característica marcante do empreendedor é ele
conseguir colocar em prática os projetos, por possuir sensibilidade para os negócios,
inclinação para a área �nanceira e capacidade de mapear e aproveitar
oportunidades que estão ocultas a muitos outros olhares. Com esse conjunto de
atributos, o empreendedor consegue transformar ideias em ações práticas, para
benefício próprio e, muitas vezes, da sociedade em que está inserido. O
empreendedor abusa da criatividade e da motivação, explora sua imaginação e age
com perseverança. Esses atributos combinados adequadamente possibilitam a
transformação de uma simples ideia em algo que produza resultados concretos e
bem-sucedidos no mercado.
Chiavenato (2012) complementa a�rmando que vários empreendedores
demonstram certas características, como facilidade para liderar pessoas, embora
muitas teorias baseadas nas características de personalidade para o exercício da
liderança estejam sendo criticadas por falta de validade. É evidente, ao observamos
as características de um empreendedor, que ele sabe conduzir equipes, e não apenas
recursos humanos.
praticarVamos Praticar
07/10/2020 Ead.br
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O senso comum trata, muitas vezes, de forma similar as denominações "administrador" e
"empreendedor", entendendo que ambas as terminologias se referem aos indivíduos com a
capacidade de conduzir uma empresa a uma situação futura desejada. Existem, porém,
características únicas demonstradas pelo empreendedor. Com base nisso, assinale a
alternativa que apresenta somente características de um empreendedor.
DORNELAS, J. Empreendedorismo: transformando ideias em negócios. 6. ed. São Paulo:
Atlas, 2016.
a) Tem necessária formação acadêmica em áreas correlatas à administração de
empresas.
b) Enfatiza o desempenho da empresa acima de tudo, em detrimento de outras
perspectivas estratégicas.
c) Capacidade de supervisionar equipes no nível operacional e identi�car os
culpados pelas falhas.
d) Assume riscos calculados e cria valor para a sociedade.
e) É conservador e evita correr riscos, a �m de garantir a saúde do
empreendimento.
07/10/2020 Ead.br
https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 16/38
O termo em inglês design thinking pode ser traduzido ao pé da letra como
"pensamento do desenho" ou, melhorando a expressão, "pensamento do designer".
Design Design ThinkingThinking
Figura 1.6 - Ideias criativas
Fonte: rawpixel / 123RF.
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Isso parece redundante, pois o próprio termo design, que tem, em sua concepção, o
projetar algo, traz em si a necessidade de muita re�exão e pensamento. Porém esse
reforço do "pensamento" é muito importante, uma vez que essa é uma abordagem
obtida a partir da área do design e incorporada às organizações de todos os portes e
segmentos. Então, o que, de fato, essa abordagem tem de diferente das práticas
tradicionais de planejamento estratégico e desenvolvimento de novos mercados e
produtos? É preciso considerar que essa proposta vai além de projetar bens e
serviços com qualidade e produtividade, que atendam às necessidades e às
expectativas dos clientes, ela propõe, também, a promoção de um "bem-estar" na
vida das pessoas.
Segundo Cavalcanti e Filatro (2016), a prática do design thinking no mundo
corporativo tem uma relação direta com a solução inovadora de problemas, visando
ao bem-estar social. Os membros de uma equipe de design thinking, os designers,
estão sempre em busca de compreender as pessoas ligadas à organização - os
stakeholders -, com o objetivo de projetar soluções que satisfaçam a todos.
Segundo Ambrose (2011), o conceito de design thinking não é novo. A abordagem do
design como “forma de pensamento” surgiu em 1969, com a publicação do livro The
Science of the Arti�cial, de Herbert A. Simon. Porém o grande divulgador dessa ideia
foi Tim Brown, presidente da empresa Ideo, uma organização norte-americana
consultora em design. Tim Brown enfatizou a diferença entre ser um pro�ssional de
designer e pensar como um pro�ssional de designer. Para o empresário, pensar como
designers deveria ser tarefa de todos, mesmo que não atuem na área, de forma a
conquistar um alto nível de inovação nas organizações e na própria vida.
Ambrose (2011) a�rma que, assim como um designer tem uma visão holística do
mundo que o rodeia, prestando muita atenção aos aspectos cognitivos, emocionais e
estéticos que impactam diretamente nas percepções humanas,os gestores precisam
estar atentos ao seu ambiente com empatia, com o objetivo de mapear problemas a
serem solucionados, bem como produzir respostas de forma inovadora para tais
problemas.
Dessa forma, podemos compreender o design thinking como uma forma não
convencional de pensar, pois, nessa abordagem, a capacidade de questionar
fenômenos deve estar no centro das atenções. Vamos retomar nosso exemplo da
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viagem de férias e, então, perceber como as perguntas “qual o objetivo da viagem?”,
“qual o destino da viagem?”, “quem irá viajar?”, “quando a viagem deverá ocorrer?”,
“quanto tempo a viagem durará?”, “como será a viagem?”, “qual o meio de
transporte?”, “qual o tipo de hospedagem?”, “qual o custo estimado da viagem?” etc.
podem ser respondidas a partir da observação do ambiente desejado para a viagem
de férias. Em outras palavras, são elaboradas perguntas para serem respondidas com
base nas informações obtidas durante a observação do ambiente que permeia o
problema; no nosso caso, uma viagem de férias. Assim, com a abordagem do design
thinking, o resultado da viagem não será derivado do problema, e sim se encaixará
perfeitamente nele.
O pensamento estratégico é tão velho quanto o próprio homem e é a base
fundamental do design thinking. Desde os primórdios, nas cavernas, os primeiros
seres humanos tinham preocupações estratégicas em relação à sobrevivência e à
continuidade da espécie. Registros em pinturas e utensílios em pedra descobertos
pela ciência historiadora há milhares de anos revelam já uma preocupação
organizacional dos homens das cavernas. Um certo tipo de contabilidade da caça e
da pesca mostram os primórdios da evolução do pensamento estratégico.
Existem relatos, não comprovados cienti�camente, da existência de um general
chinês conhecido como Sun Tzu, há cerca de 2300 anos. Esse líder militar teria
criado um tratado estratégico para alcançar sucesso em suas batalhas, denominado
A Arte da Guerra. Esse tratado, que a partir do século XX passou a ser difundido no
meio empresarial, faz uma analogia entre as táticas de guerra dos antigos guerreiros
chineses e o atual ambiente competitivo. Autores diversos da literatura sobre design
thinking e estratégias inovadoras a�rmam que A Arte da Guerra é um livro de
cabeceira dos grandes executivos, designers e gestores em todo o mundo.
Etapas do Design Thinking
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A melhor forma de compreender uma ideia é visualizá-la de forma sistêmica. Desse
modo, vamos recorrer a uma ferramenta criada na década de 40 para conhecermos
as etapas do design thinking. Um importante nome do movimento pela qualidade que
reconstruiu o Japão após a Segunda Guerra Mundial e transformou o país em um
dos produtores mais e�cientes do mundo foi o Dr. William Edwards Deming,
consultor de renome internacional e grande continuador das teorias do Dr.
Shewhart, criador do controle estatístico da qualidade TQC (Total Quality Control).
Deming aprendeu a avaliar o impacto que a carta de controle de Shewhart poderia
ter nos processos industriais. Em 1950, o Dr. Deming foi convidado pela Japanese
Union of Scientists and Engineers (JUSE) para uma série de seminários no Japão. No
roteiro básico desses seminários, constavam três pontos:
importância da variação dos processos.
controle do processo por meio do uso da carta de controle.
uso do ciclo PDCA (Plan, Do, Check, Action), ou seja, do ciclo de planejar,
fazer, veri�car e agir.
De acordo com Lucca (2001), foram muitas as contribuições de Deming, mas o ciclo
PDCA é considerado uma ferramenta básica para a sistematização de ideias. A �gura
a seguir mostra o esquema de funcionamento desse importante ciclo.
Figura 1.7 - Etapas do Design Thinking
Fonte: arcady31 / 123RF.
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Apesar de o ciclo PDCA ter sido criado na década de 40, mostra-se muito atual nos
dias de hoje, principalmente quando falamos em design thinking. Segundo Ambrose
(2011), existem sete importantes etapas do processo de design thinking a serem
observadas:
1. de�nir;
2. pesquisar;
3. gerar ideias;
4. testar protótipos;
5. selecionar;
6. implementar;
7. aprender.
O quadro a seguir especi�ca essas sete etapas organizadas, que formam, de acordo
com Ambrose (2011), um ciclo PDCA.
Figura 1.8 - Etapas do design thinking
Fonte: kchung / 123RF.
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Ciclo PDCA das etapas do design thinking
Plan
(planejar)
De�nir
Essa é a primeira etapa de qualquer processo de
design e quase sempre envolve a produção ou o
recebimento de um brie�ng. Os objetivos são,
simplesmente, o que o cliente espera obter com a
contratação de um serviço de design; é muito
importante que eles sejam inteiramente
entendidos e “mapeados” para o processo de
design thinking.
Pesquisar
Uma vez de�nido o brie�ng e estando todos de
acordo a respeito dele, um dos designers da equipe
começa a coletar informações que possam
alimentar o processo criativo na etapa de geração
de ideias.
Gerar ideias
Durante essa fase, a equipe de design se debruça
sobre as informações coletadas na pesquisa e as
restrições estabelecidas durante a etapa de
de�nição para gerar ideias que atendam ao brie�ng
de design. Os designers utilizam vários métodos
para criar ideias. As técnicas incluem o
brainstorming, o esboço ou rafe de ideias, a
adaptação de designs já testados e aprovados, a
adoção de uma abordagem analítica top-down (de
cima para baixo), com foco no produto, serviço ou
empresa, ou de uma abordagem bottom-up (de
baixo para cima) direcionada ao consumidor ou
usuário.
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Do (fazer) Testar
protótipos
Protótipos são usados para testar a viabilidade
técnica de uma ideia e ver se ela funciona como
objeto físico. Ideias para embalagens e
apresentações inovadoras, por exemplo,
normalmente, precisam de um protótipo. Os
protótipos também podem testar os aspectos
visuais de um projeto, ao apresentá-los da maneira
como seriam produzidos, o que também oferece a
oportunidade de veri�car, quando pertinente, o
projeto em três dimensões.
Check
(veri�car)
Selecionar
A seleção é a etapa em que uma das soluções de
design proposta é escolhida para ser desenvolvida.
O principal critério de decisão é a adequação à
�nalidade: o projeto atende às necessidades e aos
objetivos do brie�ng? Ele se comunica de maneira
e�ciente com o público-alvo para atingir esses
objetivos?
Action
(agir)
Implementar
Durante essa etapa, o designer repassa a arte e as
especi�cações de formato do projeto para os
responsáveis por produzir o produto �nal, que
podem ser uma grá�ca, um desenvolvedor web ou
um fabricante. Esse momento oferece uma boa
oportunidade para con�rmar as especi�cações de
produção, como a quantidade de impressões e o
resultado esperado.
Aprender A etapa �nal é o momento de aprender com os
estágios que aconteceram ao longo do processo
de design. Essa é a fase de feedback, durante a qual
o cliente e a agência de design procuram identi�car
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Quadro 1.1 - Ciclo PDCA das etapas do design thinking
Fonte: Adaptado de Ambrose (2016).
Segundo Cavalcanti e Filatro (2016), a abordagem do design thinking tem sido
expandida por diversas áreas no mundo dos negócios e áreas de marketing,
publicidade e propaganda e, principalmente, tecnologia, justamente por seu foco na
inovação. Atualmente, o design thinking é usado também na área educacional;é
importante destacar sua efetividade além dos aspectos que tratam da inovação,
mas, principalmente, nos aspectos de atendimento, que vão além das necessidades e
das expectativas dos envolvidos, e na promoção de um bem-estar a todos.
praticarVamos Praticar
O design thinking pode ser compreendido como uma forma não tradicional de pensar
estrategicamente; tem como principal objetivo construir estratégias direcionadas ao bem-
estar de todos os envolvidos, para isso, utiliza uma metodologia sistematizada em etapas
que lembram o ciclo PDCA.
CAVALCANTI, C. C.; FILATRO, A. C. Design thinking na educação presencial, a distância e
corporativa. 1. ed. São Paulo: Saraiva, 2016.
Com base na a�rmação, assinale a alternativa correta.
a) O design thinking é baseado nas funções básicas de planejamento, organização,
direção e controle.
o que funcionou bem e o que precisa ser
melhorado.
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b) O design thinking leva em consideração a visão dos especialistas e técnicos
envolvidos na solução de um problema.
c) O design thinking parte de uma hierarquia top-down (de cima para baixo) para
identi�car oportunidades de solução de um problema.
d) A capacidade de questionar está no centro das atenções do design thinking.
e) O design thinking não possui um método de trabalho, ou etapas de�nidas, tenta-se
solucionar qualquer tipo de problema pelo método mais rápido.
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Técnicas de CriatividadeTécnicas de Criatividade
Figura 1.9 - Técnicas de criatividade
Fonte: alphaspirit / 123RF.
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De acordo com Mariano (2011), a criatividade é uma manifestação que existe desde
a pré-história, nos homens mais primitivos; A capacidade criativa é, então, uma
característica de destaque no homem, sendo ele o único animal que faz planos para o
futuro, que produz ferramentas e tecnologias, expressa seus sentimentos por meio
da arte e que desenvolveu a religiosidade e a espiritualidade.
Segundo Zogbi (2014), o termo criatividade está rodeado de signi�cados, alguns
mais relevantes, como “o conjunto de ideias inovadoras”, “uma expressão artística”, “a
busca de algo inédito”, “uma informação inédita”, “uma solução inovadora para um
problema” ou “um processo inovador para o alcance de um determinado objetivo”.
Também existem autores e o senso comum que utilizam sign�cações horríveis para o
termo criatividade, por exemplo, “uma viagem com falta de contato com a realidade”,
“coisas descomprometidas, até irresponsáveis”, “elucubrações de gente maluca”,
“fuga (intencional ou não) da realidade”, “perda de tempo com coisas que não servem
para nada”, dentre outras de�nições que compõem uma longa listagem. Tais
denominações aparecem conforme a visão de quem está sendo impactado pela
criatividade, em geral, isso não parte de quem está desenvolvendo a ideia, ou
implantando tal ideia. Sendo assim, a aprovação ou não da ideia tem a ver com a
relação que ela cria com as pessoas.
Veremos, agora, um exemplo para compreendermos melhor. Imagine que você tenha
criado um novo aparelho de telefone e recebeu elogios por ser algo criativo e
inovador, porque foi idealizado e pensado para o uso de muitas pessoas. Agora,
pense em um quadro de Vincent Van Gogh com uma paisagem e perceba que esse
produto não se enquadra no mesmo tipo de processo de criação do telefone, pois se
utiliza da expressão do artista, que pode receber críticas em um momento e elogios
em outro. O mesmo artista, ao pintar um outro quadro sob encomenda, pode gerar
outra característica artística. Apesar de o artísta aplicar as mesmas técnicas, o
objetivo criativo foi diferente para atender às expectativas de quem o contratou.
Mariano (2011) a�rma que a criatividade se processa da mesma maneira na dança,
no teatro, nas artes plásticas, nos negócios e na ciência. Embora atuem em campos
bastante distintos, com objetivos bem diferentes e manifestações próprias, os
estudos sobre a funcionalidade do cérebro humano mostram que o processo criativo
é composto pelas mesmas atividades e áreas cerebrais tanto nas manifestações
artísticas quanto nas diversas áreas da ciência e, também, nos negócios.
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Adotando uma perspectiva mais geral, podemos de�nir a criatividade como um
processo mental que gera novas ideias por pessoas ou grupos. Considerando que a
geração de uma nova ideia é um novo bem ou serviço, uma obra de arte, uma nova
metodologia ou a solução de uma situação problemática, a criatividade pode ser
utilizada para diversão, inovação, transformação da sociedade, deixando, assim, uma
marca no tempo.
A criatividade nunca foi tão valorizada no meio empresarial quanto nos dias atuais,
pois vivemos uma nova revolução industrial, conhecida por quarta revolução
industrial, caracterizada pelo avanço rápido da tecnologia digital (tecnologias da
informação e da comunicação), que impacta na maneira como as pessoas se
relacionam, como elas se comunicam ou se comportam em sociedade, também na
maneira como as pessoas consomem os bens e serviços produzidos em uma
economia globalizada. Em outras palavras, a chegada dessas tecnologias inovadoras,
como a computação em nuvem, as redes sociais, as aplicações mais excêntricas para
smartphones, a exploração do big data, muda a maneira como as pessoas podem e
querem se relacionar com as organizações em um mundo capitalista, e isso gera
grandes desa�os e oportunidades para as empresas. As pessoas se tornaram
“digitais”, sejam cidadãos ou clientes, e buscam se comunicar em tempo real uns com
os outros e com as empresas por meio de inúmeros canais cada dia mais robustos e
e�cientes.
Agora, devemos responder a uma questão importante: será que as organizações
tradicionais estão preparadas para atender às necessidades e expectativas desse
cliente digital? A resposta é: "pouco provável", basta observarmos organizações
ainda tateando no mundo da tecnologia e cometendo erros crassos, como a má
qualidade de produtos e serviços, além de crimes contra a sociedade e o meio
ambiente. A busca por soluções rápidas e e�cientes é uma motivação para que essas
organizações desenvolvam ferramentas e metodologias inovadoras.
Para Zogbi (2014), uma das técnicas que visam estimular o pensamento criativo é a
ferramenta SCAMPER. Essa terminologia vem do acrônimo com origem nas iniciais
de sete operadores da ferramenta:
S - Substituir;
C - Combinar;
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A - Adaptar;
M - Modi�car;
P - Procurar outros usos;
E - Eliminar;  
R- Rearrumar.
Essa técnica foi desenvolvida por Bob Eberlee, com o intuito de melhoria na
criatividade de desenvolvimento de ideias criativas. Com o objetivo de buscar novas
formas de transformar um processo, um sistema ou qualquer objeto, os operadores
do SCAMPER agem como potenciais soluções gerais, e os indivíduos que as operam
são levados a pensar em soluções mais especí�cas. A aplicação dessa ferramenta é
adequada quando é necessário melhorar ou criar novos processos, sistemas ou
objetos a partir de versões pré-existentes. A técnica usa um conjunto de perguntas
direcionadas a respeito de um problema, com propósito de gerar novas ideias, que,
normalmente, não ocorreriam.
Não é fácil pensar em ideias inovadoras nas organizações sem considerar o atual
ambiente competitivoe o volume imenso de informações a se lidar; por isso,
sistematizar as ideias é uma ótima maneira de alcançar sucesso. A ferramenta
SCAMPER e o design thinking são ferramentas de excelência para auxiliar o processo
criativo. Esperamos que tenha assimilado esses importantes conceitos.
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praticarVamos Praticar
Uma das técnicas que visam estimular o pensamento criativo é a ferramenta SCAMPER,
desenvolvida por Bob Eberlee. Essa terminologia vem do acrônimo com origem nas iniciais
de sete operadores da ferramenta. Qual das alternativas a seguir apresenta esse acrônimo
corretamente?
MARIANO, S. R. H. Empreendedorismo: fundamentos e técnicas para criatividade. Rio de
Janeiro: LTC, 2011.
a) Subdividir, Controlar, Avaliar, Manter, Pontuar, Eliminar e Retroagir.
b) Subavaliar, Controlar, Compor, Advertir, Popular, Excluir e Reparar.
saiba mais
Saiba mais
A ferramenta SCAMPER é muito útil na
sistematização de ideias para a criatividade e a
inovação. É uma ferramenta difundida
mundialmente e muito utilizada para
melhoramento de soluções existentes. Para
saber mais sobre a ferramenta SCAMPER e
observar um exemplo de aplicação, acesse esta
animação bastante didática:
ASS I ST IR
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c) Superar, Combinar, Capacitar, Aderir, Pautar, Expressar e Resumir.
d) Substituir, Combinar, Adaptar, Modi�car, Procurar outros usos, Eliminar e
Rearrumar.
e) Substituir, Capacitar, Aderir, Manter, Procurar outros usos, Excluir e Reagir.
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indicações
Material
Complementar
L I V R O
Gestão Estratégica Balanceada
Giancarlo Lucca
Editora: Atlas
ISBN: 9788522483624
Comentário: Esse livro apresenta um conjunto de técnicas e
ferramentas para a implantação da gestão estratégica
balanceada, bem como aborda os conceitos básicos para o
seu entendimento. A gestão estratégica balanceada é uma
visão da administração estratégica e promove a integração
dos processos de gestão - �nanças, marketing, operações e
pessoas. Entende-se que o resultado �nanceiro será
sustentável à medida que o mercado estiver satisfeito e bem
atendido; e o mercado estará satisfeito e bem atendido se as
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operações funcionarem com excelência e de forma
otimizada. Também, os processos alcançarão a excelência se
as pessoas que os operam estiverem preparadas, motivadas
e inseridas em um ambiente organizacional propício. A
organização da obra foi feita com base em uma ferramenta
estratégica, o 5W2H (What, Why, Where, When, Who, How e
How Much), de forma que o leitor possa compreender. Os
termos signi�cam: What - o que é gestão estratégica
balanceada?; Why - por que gestão estratégica balanceada?;
Where - onde aplicar a gestão estratégica balanceada?; When
- quando aplicar a gestão estratégica balanceada?; Who -
quem deve aplicar a gestão estratégica balanceada?; How -
como implantar a gestão estratégica balanceada?; How Much
- quanto custa um projeto de gestão estratégica
balanceada? Os capítulos estão organizados de forma
construtiva, sendo que os conceitos gerais e teóricos que
dão suporte às práticas e às ferramentas aparecem primeiro.
Em todos os capítulos e seções desse trabalho, apresenta-se
uma atividade vivencial, bem como exercícios de re�exão e
�xação dos conteúdos.
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F I L M E
A Fuga das Galinhas
Ano: 2000
Comentário: O �lme trabalha a criatividade para solução de
uma situação-problema. Evidencia, também, o caráter
empreendedor das galinhas, em que o empreendimento é a
fuga do galinheiro. O grande problema da história, porém, é
que as galinhas não podem voar, ou podem? Todas as
tentativas de fuga delas acabam em morte ou ensopados de
frango; até que um galo chamado Rocky, que é totalmente
persuasivo, aterrissa no local e tenta ensinar Ginger e suas
amigas a voarem. Com um trabalho em equipe, bem como
com uma determinação e, ainda, um pouco de sorte, elas
começam a tramar a última e ousada tentativa de realizar
um lance completamente espetacular para que consigam a
sua liberdade.
T R A I L E R
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conclusão
Conclusão
Ao discutirmos o conceito de empreendedorismo, percebemos que é possível
empreender soluções que vão além do sucesso individual e, também, podem
abranger o bem-estar social. Conhecemos algumas importantes características dos
empreendedores e as comparamos com as ferramentas e as técnicas de gestão
próprias dos administradores. Abordamos, também, a metodologia design thinking,
discutindo seu conceito e destacando sua aplicabilidade no cenário altamente
competitivo em que vivemos. Por �m, tratamos do conceito de criatividade e
apresentamos a técnica SCAMPER, para melhoria de soluções ou criação de
respostas inovadoras. Até uma próxima oportunidade e bons estudos.
referências
Referências
Bibliográ�cas
AMBROSE, G. Design thinking. Porto Alegre: Bookman, 2011.
CAVALCANTI, C. C.; FILATRO, A. C. Design thinking na educação presencial, a
distância e corporativa. 1. ed. São Paulo: Saraiva, 2016.
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https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 35/38
CHIAVENATO, I. Empreendedorismo: dando asas ao espírito empreendedor. 4. ed.
Barueri: Manole, 2012.
DORNELAS, J. Empreendedorismo: transformando ideias em negócios. 6. ed. São
Paulo: Atlas, 2016.
KETS DE VRIES, M. F. R. Liderança na Empresa: como o comportamento dos líderes
afeta a cultura interna. São Paulo: Atlas, 1997.
LUCCA, G. Uma ferramenta computacional para gestão por processos: um estudo
de caso. 2001. 196 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção e Sistemas)
-  Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2001.
MARIANO, S. R. H. Empreendedorismo: fundamentos e técnicas para criatividade.
Rio de Janeiro: LTC, 2011.
ZOGBI, E. Criatividade: o comportamento inovador como padrão natural de viver e
trabalhar. São Paulo: Atlas, 2014.
IMPRIMIR
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