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Capacidade de gerar e alterar a diferença de potencial elétrico através da membrana Neurônios células musculares esqueléticas lisas cardíacas BIOELETROGÊNESE 1 A membrana biológica apresenta as propriedades de um capacitor, onde a bicamada lipídica representa o material isolante e os meios iônicos intra e extracelular, aquosos, representam as placas. Íons Extracelular (mM) Intracelular (mM) Extra:Intra Na+ 100 5 1 : 20 K+ 15 150 10 : 1 Ca++ 2 0,0002 10.000 : 1 Cl- 150 13 11,5 : 1 A distribuição e a composição de iôns dos compartimentos intra e extracelular. Direção de fluxo a favor do gradiente de concentração Gradiente de concentração Gradiente de carga + - Fluxo de íons através da membrana MEMBRANA PERMEÁVEL AO CÁTION DIFERENÇA de concentração do íon e permeabilidade para o íon Fluxo resultante 0 O cátion se move a favor do seu gradiente de concentração + + + + + + + + No sentido de A=>B MEMBRANA PERMEÁVEL AO CÁTION 1- Fluxo iônico gerando separação de cargas. 2- Fluxo pelo gradiente de concentração DIMINUI. 3- Fluxo oposto devido à atração de cargas AUMENTA 1 2 3 + + + + + + + + + 3 3 2 Força Elétrica contrária à Força de Concentração MEMBRANA PERMEÁVEL AO CÁTION + + + + Equilíbrio: Força Elétrica = Força de Concentração Fluxo efetivo é nulo _ _ _ _ + + + + _ + EQUILIBRIO Tensão Peso Diferença de CONCENTRAÇÃO QUÍMICA (mOsm/Kg) Diferença de POTENCIAL ELÉTRICO Em (mV) ANALOGIA Apesar da diferença de potencial químico, há potencial elétrico que se opõe ao movimento passivo do íon. Fluxo resultante = 0 Equilíbrio Principais fatores que influenciam o movimento de íons através da membrana: Permeabilidade e concentração: J= P C Duas forças atuam sobre os íons: Gradiente de concentração (força química) Diferença de potencial elétrico (força elétrica) O Equilíbrio Eletroquímico determina um Potencial de Equilíbrio eletroquímico para um determinado íon. D MEMBRANA PERMEÁVEL AO CÁTION O cátion se move a favor do seu gradiente de concentração + + + + + + + + No sentido de A=>B Dm = Variação do potencial químico ou gradiente químico Dm = mB - mA considerando as [K+]A e [K+]B µA = RT ln [K+]A e µB = RT ln [K+]B DmK+ = ( RTln[K+]B) - (RTln[K+]A) para o íon potássio OU DµK+ = RT ln [ K+]B ou ainda 2,3 RT log [ K+]B [K+]A [K+]A Força difusional ou química: Fluxo à favor do gradiente de concentração MEMBRANA PERMEÁVEL AO CÁTION 1- Fluxo iônico gerando separação de cargas. 2- Fluxo pelo gradiente de concentração DIMINUI. 3- Fluxo oposto devido à atração de cargas AUMENTA 1 2 3 + + + + + + + + + 3 3 2 Gênese da Força Elétrica contrária à Força de Concentração Onde: FEM = Força eletromotriz ou Força elétrica Z= Valência do íon F = magnitude da carga/mol => Constante de Faraday = 2,3x104cal/V.mol Força de migração: DFEM= E = ZFV MEMBRANA PERMEÁVEL AO CÁTION Equilíbrio: Força Elétrica = Força de Concentração = Fluxo efetivo é nulo Dm =DFEM 2,3 RT log [ K+]B = ZFV [K+]A Rearranjando: 2,3 RT log [ K+]B = V ZF [K+]A Se: R= 2 cal/mol.K t= 20oC (T=(20 + 273,15) = 293,15K) Z= 1 e F = 2,3x104cal/V.mol 2,3 RT = 0,058V ou 58 mV ZF + + + + _ _ _ _ + + + + _ + Reescrevendo: V= 58 log [ K+]B [K+]A Equação de Nernst V= 58 log [ ÍON+] EXTERNO [ÍON+] INTERNO V= 58 log [ ÍON-] INTERNO [ÍON-] EXTERNO É A MEDIDA DA CAPACIDADE DE TRABALHO DE UMA ESPÉCIE IÔNICA. O POTENCIAL DE EQUILÍBRIO GERADO POR UMA ESPÉCIE QUÍMICA PERMEÁVEL É CALCULADO PELA EQUAÇÃO DE NERNST: Vamos calcular o potencial de equilíbrio para os íons K+, Na+ e Cl -usando-se as concentrações conhecidas: Respostas: VK+ = -89,5 mV VNa+ = 66,8 mV VCl- = - 84,6 mV POTENCIAIS DE EQUILÍBRIO ÍON NEURÔNIO DE MAMÍFERO AXÔNIO GIGANTE (LULA) Intracelular Extracelular E(mV) Intracelular Extracelular E(mV) K+ 150 5,5 -90 400 10 -93 Na+ 15 150 +60 50 460 +56 Ca++ 1x10-4 1,5 +270 1x10-4 10 +300 Cl- 9 125 -70 100 540 -42 Íons Extracelular (mM) Intracelular (mM) Extra:Intra E ion (mV) Na+ 100 5 1 : 20 + 66,8 K+ 15 150 10 : 1 - 89,5 Ca++ 2 0,0002 10.000 : 1 + 246 Cl- 150 13 11,5 : 1 - 81,8 A distribuição e a composição de íons dos compartimentos intra e extracelular. Apesar da diferença de concentração, não há fluxo resultante de íons e o sistema encontra-se em equilíbrio dinâmico. Eion (mV) + 80 - 62 + 246 - 65 Exemplo Neurônio Interpretando os resultados encontrados Para impedir o fluxo a favor do gradiente de concentração, ou seja, observando a força difusional, a célula deverá gerar uma força elétrica, ou migracional, superior ao valor determinado pela Equação de Nernst. Como a célula gera essa força? Responsável pela determinação e manutenção Do gradiente químico de Na e de K O K tende a sair A permeabilidade ao Na é baixa mas ele tende a entrar EXTRA INTRA Na+ K+ Na+ K+ (Ativo) Bomba Na+K+ K+ K+ canal K+ Na+ Na+ canal Na+ ++++++++ - - - - - - - - ++++++++ - - - - - - - - Como o potencial gerado pelas movimentação de todos os íons? CALCULAR Cálculo simplificado: Íon Célula (mM) Sangue (mM) Permeabilidade (cm/s) Potássio 140 5 5 x 10-7 Sódio 5-15 145 5 x10-9 Cloreto 4 110 1 x 10-8 X- ( macromol negativa) 138 9 0 Concentrações típicas e permeabilidades: Membranas de mamíferos Como MEDIR o potencial gerado pelas movimentação de todos os íons? Potencial de repouso Quando a membrana é permeável a mais do que um tipo de íon, cada íon irá “puxar” a diferença de potencial na direção do seu potencial de equilíbrio. O íon mais permeável (o que apresenta o maior condutância) “puxará” mais fortemente. Equação de Condutância de Corda O resultado deste “Cabo de guerra” é que a diferença de potencial elétrico entre os dois lados da membrana é uma média ponderada dos potenciais de equilíbrio de todos os íons presentes, onde os fatores de ponderação são as respectivas condutâncias (GNa, GK, etc). GNa GK EK ENa Vm GNa GK EK ENa Vm Observe que isso significa que a célula consegue controlar o seu potencial de membrana simplesmente aumentando ou reduzindo a condutância de certos íons, ou seja, abrindo ou fechando os canais para íons. Importante: A quantidade de íons necessários para se mover para alterar a diferença de potencial elétrico é mínima. Equação de Nernst V= 58 log [ ÍON+] EXTERNO [ÍON+] INTERNO V= 58 log [ ÍON-] INTERNO [ÍON-] EXTERNO É A MEDIDA DA CAPACIDADE DE TRABALHO DE UMA ESPÉCIE IÔNICA. O POTENCIAL DE EQUILÍBRIO GERADO POR UMA ESPÉCIE QUÍMICA PERMEÁVEL É CALCULADO PELA EQUAÇÃO DE NERNST: Vamos calcular o potencial de equilíbrio para os íons K+, Na+ e Cl -usando-se as concentrações conhecidas: Respostas: VK+ = -89,5 mV VNa+ = 66,8 mV VCl- = - 84,6 mV Voltando ao exercício proposto Voltando ao exercício proposto: Interpretando os resultados Resposta: VK+ = -89,5 mV Potencial de Repouso da célula é de -80mV Para o K+ : O fluxo difusional indica o sentido para fora da célula. Para impedir esse fluxo a força migracional deverá ser igual ou maior do que VK+ = -89,5 mV Como o Vm = -80mv, menor do que o potencial de equilíbrio, a direção de fluxo é a difusional, ou seja, para fora. EQUILÍBRIO DE DONNAN Entre a célula e o meio ambiente podemos distinguir dois compartimentos separados pela membrana plasmática: o meio intracelular e o meio extracelular. Embora a membrana plasmática seja permeável a diversos íons, o meio intracelular contém substâncias tais como proteínas, ácidos nucléicos, ésteres e outras, que em pH fisiológico têm carga resultante negativa e não conseguem atravessá-la. A análise do comportamento de sistemas com características diferentes do estado de equilíbrio atingido por uma membrana permeável a um ion ou a todos os íons, como descrito nos casos anteriores leva ao chamado Equilíbrio de Donnan, Há dois príncipios que precisam ser respeitados: Eletroneutralidade Isoosomolaridade A eletroneutralidade diz que para um mesmo compartimento: Número de cargas positivas = Número de cargas negativas Ou seja somatório das cargas positivas do lado 1 = somatório das cargas negativas lado 1 Potencial químico e isoosmolaridade: Lembrando que : µs= µso + 2,3 RT log Cs Para uma solução de eletrólitos permeantes, [KCl]1 e [KCl]2, a isoosmolaridade será atingida quando: [KCl]1 = [KCl]2. Aplicando os conhecimentos de potencial químico teremos: µ1= (µK+o + 2,3 RT log[K+]1 ) + (µCl-o + 2,3 RT log[Cl-]1) µ2= (µK+o + 2,3 RT log[K+]2 ) + (µCl-o + 2,3 RT log[Cl-]2) No equilíbrio teremos para todos os íons difusíveis: µ1= µ2 ou (µK+o + 2,3 RT log[K+]1 ) + (µCl-o + 2,3 RT log[Cl-]1) = (µK+o + 2,3 RT log[K+]2 ) + (µCl-o + 2,3 RT log[Cl-]2) Colocando em evidência: 2,3 RT ( log[K+]1 + log[Cl-]1 ) = 2,3 RT ( log[K+]2 + log[Cl-]2 ) ou ainda log[K+]1 + log[Cl-]1 = log[K+]2 + log[Cl-]2 Lembrando que (log a + log b) = (log a X b) log [K+]1 X [Cl-]1 = log[K+]2 X [Cl-]2 teremos que: [K+]1 X [Cl-]1 = [K+]2 X [Cl-]2 ou seja O produto das concentrações dos íons difusíveis do lado 1 = produto das concentrações dos íons difusíveis lado 2. Assim, no estado de equilíbrio estabelece-se uma diferença de potencial elétrico através da membrana, tal que o compartimento que contém o ânion não difusível é eletronegativo em relação ao outro (polarização elétrica da membrana). Considere a situação inicial onde o soluto A- não é difusível. Quais serão as condições estabelecidas pelo equilíbrio de Donnan? O desenvolvimento desse potencial, onde íons fixos retêm um grupo de íons difusíveis de carga oposta na sua vizinhança, é a causa fundamental do potencial de membrana.
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