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PMES/CBMES PORTUGUÊS, MATEMÁTICA, RACIOCÍNIO LÓGICO, GEOGRAFIA E HISTÓRIA APOSTILA PREPARATORIOJC.COM.BR PREPARATÓRIO Licenciado para - Leydiane A lves P ereira D uarte - 18890479000144 - P rotegido por E duzz.com Licenciado para - B runo do R osário Z anelato - 16991911747 - P rotegido por E duzz.com _________________________________ÍNDICE__________________________________ Língua Portuguesa: 1- Compreensão, interpretação e inferências de textos. ................................................................. 1 2- Tipologia e Gêneros textuais. ........................................................................................................... 1 3- Variação Linguística. .......................................................................................................................... 4 4- O processo de comunicação e as funções da linguagem. ............................................................ 4 5- Fonética e Fonologia: som e fonema, encontros vocálicos e consonantais e dígrafos. ............ 12 6- Relações semântico-lexicais, como conotação e denotação, metáfora, metonímia, antonímia, sinonímia, hiperonímia, hiponímia, reiteração, comparação, redundância e outras. .................................................................................................................................................................. 16 7- Formação de palavras, Norma ortográfica. ................................................................................... 24 8- Morfossintaxe das classes de palavras: substantivo, adjetivo, artigo, pronome, advérbio, preposição, conjunção, interjeição, numerais e os seus respectivos empregos............................ 28 9- Verbo. .................................................................................................................................................. 36 10- Colocação dos Pronomes Átonos................................................................................................... 44 11- Sintaxe: relações sintático-semânticas estabelecidas entre orações, períodos ou parágrafos (período simples e período composto por coordenação e subordinação). ................................................................................................................................................................... 50 12- Concordância verbal e nominal. .................................................................................................... 61 13- Regência nominal e verbal, crase. ................................................................................................. 70 14- Pontuação. ....................................................................................................................................... 99 15- Funções do “que” e do “se”........................................................................................................... 106 RACIOCÍNIO LÓGICO 1. Estruturas lógicas. ......................................................................................................................... 110 2. Lógica de argumentação. .............................................................................................................. 113 3. Diagramas lógicos. ........................................................................................................................ 113 MATEMÁTICA 1. Regra de Três Simples e Composta .............................................................................................. 119 2. Porcentagem .................................................................................................................................. 122 3. Juros Simples e composto.............................................................................................................. 124 4. Equações de 1º e 2º graus ................................................................................................................. 128 5. Teoria de conjuntos: conjuntos numéricos, números naturais, inteiros, racionais e reais........ 134 6. Geometria espacial . ........................................................................................................................... 136 7. Geometria de sólidos.......................................................................................................................... 136 8. Matrizes e Determinantes. .............................................................................................................. 139 9. Sistemas Lineares. ........................................................................................................................... 142 10. Análise Combinatória . ..................................................................................................................... 145 11. Inequações do 1º e do 2º grau. ...................................................................................................... 149 12. Relações, Funções do 1º grau e do 2º grau e sua representação gráfica................................... 151 Licenciado para - Leydiane A lves P ereira D uarte - 18890479000144 - P rotegido por E duzz.com Licenciado para - B runo do R osário Z anelato - 16991911747 - P rotegido por E duzz.com Geografia Geral, Brasil e do Espírito Santo: 1. A relação entre movimentos da Terra e a organização do espaço geográfico. ......................... 155 2. As paisagens mundiais. ................................................................................................................... 161 3. A dinâmica da Litosfera. .................................................................................................................. 163 4. Continentes e oceanos. ................................................................................................................... 163 5. Relevo terrestre. Minerais e rochas. .............................................................................................. 165 6. Solos: práticas de manejo e conservação. ..................................................................................... 167 7. Regiões brasileiras, marcas do Brasil em todos os cantos. .......................................................... 172 8. Regiões do Espírito Santo. ................................................................................................................ 177 9. A dinâmica relação entre os componentes das regiões. ............................................................. 178 10. Regiões mundiais: geopolíticas, econômicas, Biomas e domínios morfoclimáticos. ............. 195 11. A dinâmica da atmosfera: elementos e fatores, classificação e tipos de clima. ...................... 195 12. Fenômenos da natureza: alterações antrópicas e implicações em sua dinâmica global- local e local-global. ................................................................................................................................ 196 13. A dinâmica da hidrosfera: água no planeta. ................................................................................ 205 14. Bacias hidrográficas , rios, lagos. ................................................................................................... 210 15. Águas oceânicas............................................................................................................................... 210 História do Brasil e do Espírito Santo: 1. A sociedade colonial: economia, cultura, trabalho escravo, os bandeirantes e os jesuítas. .... 213 2. A independência e o nascimento do Estado brasileiro. ................................................................ 231 3. A organização do Estado monárquico . ........................................................................................... 231 4. Aorganização política e econômica do Estado republicano. ....................................................... 239 5. A Primeira Guerra Mundial e seus efeitos no Brasil. ..................................................................... 243 6. A revolução de 1930. ......................................................................................................................... 247 7. O Período Vargas. .............................................................................................................................. 247 8. A Segunda Guerra Mundial e os seus efeitos no Brasil................................................................. 254 9. Os governos democráticos, os governos militares e a Nova República. ........................................... 265 10. História do Estado do Espírito Santo: colonização , povoamento , sociedade e indústrias..... 270 11. A cultura do Brasil Republicano: arte e literatura. ....................................................................... 275 Licenciado para - Leydiane A lves P ereira D uarte - 18890479000144 - P rotegido por E duzz.com Licenciado para - B runo do R osário Z anelato - 16991911747 - P rotegido por E duzz.com Somos especialistas em Concursos Públicos e Vestibulares. www.preparatoriojc.com.br Nós somos CONCURSEIROS! A compreensão é quando você entende o que o texto diz de forma explícita , aquilo que está na superfície do texto. A interpretação é quando você entende o que está implícito ,nas entrelinhas , aquilo que está de modo mais profundo no texto ou que faça com que você realize inferências. BIZU: 1o Leia as questões superficialmente. 2o Leia o texto já marcando as partes que aparentemente respondam as questões. 3o Responda as questões indo nas partes, voltando ao texto se necessário. Dicas Matadoras Palavra Chave: Centro da atenção no parágrafo. Ideia chave: Síntese do parágrafo. Ponto de vista do autor: DO AUTOR, não o seu! Tipos de Linguagem • Linguagem Verbal é aquela que utiliza somente palavras. Ela pode ser escrita ou oral. • Linguagem não-verbal é aquela que utiliza somente imagens,fotos, gestos... não há presença de nenhuma palavra. • Linguagem Mista (ou híbrida) é aquele que utiliza tanto as palavras quanto as imagens. Ou seja, é a junção da linguagem verbal com a não-verbal. Existem cinco tipos clássicos que aparecem em provas: descritivo, injuntivo, expositivo (ou dissertativo-expositivo) dissertativo e narrativo. Vejamos alguns exemplos e as principais características de cada um deles. Tipo textual descritivo A descrição é uma modalidade de composição textual cujo objetivo é fazer um retrato por escrito (ou não) de um lugar, uma pessoa, um animal, um pensamento, um sentimento, um objeto, um movimento etc. Características principais: • Presença de adjetivos ou assemelhados. • Podem estar presentes em outros tipos textuais. Exemplo: Era uma casa muito engraçada Não tinha teto, não tinha nada Ninguém podia entrar nela, não Porque na casa não tinha chão Ninguém podia dormir na rede Porque na casa não tinha parede Ninguém podia fazer pipi Porque penico não tinha ali Mas era feita com muito esmero Na rua dos bobos, número zero (Vinícius de Moraes) Tipo textual injuntivo A injunção indica como realizar uma ação, aconselha, impõe,instrui o interlocutor. Chamado também de texto instrucional, o tipo de texto injuntivo é utilizado para predizer acontecimentos e comportamentos, nas leis jurídicas. PORTUGUÊS Compreensão , interpretação e inferências de textos Tipologia e Gêneros textuais 1 Licenciado para - Leydiane A lves P ereira D uarte - 18890479000144 - P rotegido por E duzz.com Licenciado para - B runo do R osário Z anelato - 16991911747 - P rotegido por E duzz.com http://www.preparatoriojc.com.br/ Somos especialistas em Concursos Públicos e Vestibulares. www.preparatoriojc.com.br Nós somos CONCURSEIROS! Características principais: • Normalmente apresenta frases curtas e objetivas, com verbos de comando, com tom imperativo; há também o uso do futuro do presente (10 mandamentos bíblicos e leis diversas). Exemplo: Impedidos do Alistamento Eleitoral (art. 5º do Código Eleitoral) – Não podem alistar-se eleitores: os que não saibam exprimir-se na língua nacional, e os que estejam privados, temporária ou definitivamente dos direitos políticos. Os militares são alistáveis, desde que oficiais, aspirantes a oficiais, guardas-marinha, subtenentes ou suboficiais, sargentos ou alunos das escolas militares de ensino superior para formação de oficiais. Tipo textual expositivo A dissertação é o ato de apresentar ideias, desenvolver raciocínio, analisar contextos, dados e fatos, por meio de exposição, discussão, argumentação e defesa do que pensamos. A dissertação pode ser expositiva ou argumentativa. A dissertação-expositiva é caracterizada por esclarecer um assunto de maneira atemporal, com o objetivo de explicá-lo de maneira clara, sem intenção de convencer o leitor ou criar debate. Características principais: • Apresenta introdução, desenvolvimento e conclusão. • O objetivo não é persuadir, mas meramente explicar, informar. • Normalmente a marca da dissertação é o verbo no presente. • Amplia-se a ideia central, mas sem subjetividade ou defesa de ponto de vista. • Apresenta linguagem clara e imparcial. Exemplo: O texto dissertativo consiste na ampliação, na discussão, no questionamento, na reflexão, na polemização, no debate, na expressão de um ponto de vista, na explicação a respeito de um determinado tema.Existem dois tipos de dissertação bem conhecidos: a dissertação expositiva (ou informativa) e a argumentativa (ou opinativa). Portanto, pode-se dissertar simplesmente explicando um assunto, imparcialmente, ou discutindo-o, parcialmente. Tipo textual dissertativo-argumentativo Este tipo de texto — muito frequente nas provas de concursos— apresenta posicionamentos pessoais e exposição de ideias apresentadas de forma lógica. Com razoável grau de objetividade, clareza, respeito pelo registro formal da língua e coerência, seu intuito é a defesa de um ponto de vista que convença o interlocutor (leitor ou ouvinte). Características principais: • Presença de estrutura básica (introdução, desenvolvimento e conclusão): ideia principal do texto (tese); argumentos (estratégias argumentativas: causa-efeito, dados estatísticos, testemunho de autoridade, citações, confronto, comparação, fato, exemplo, enumeração...); conclusão (síntese dos pontos principais com sugestão/solução). • Utiliza verbos na 1ª pessoa (normalmente nas argumentações informais) e na 3ª pessoa do presente do indicativo (normalmente nas argumentações formais) para imprimir uma atemporalidade e um caráter de verdade ao que está sendo dito. • Privilegiam-se as estruturas impessoais, com certas modalizações discursivas (indicando noções de possibilidade, certeza ou probabilidade) em vez de juízos de valor ou sentimentos exaltados. 2 Licenciado para - Leydiane A lves P ereira D uarte - 18890479000144 - P rotegido por E duzz.com Licenciado para - B runo do R osário Z anelato - 16991911747 - P rotegido por E duzz.com http://www.preparatoriojc.com.br/Somos especialistas em Concursos Públicos e Vestibulares. www.preparatoriojc.com.br Nós somos CONCURSEIROS! • Há um cuidado com a progressão temática, isto é, com o desenvolvimento coerente da ideia principal, evitando-se rodeios. Exemplo: A maioria dos problemas existentes em um país em desenvolvimento,como o nosso, podem ser resolvidos com uma eficiente administração política (tese), porque a força governamental certamente se sobrepõe a poderes paralelos, os quais – por negligência de nossos representantes – vêm aterrorizando as grandes metrópoles. Isso ficou claro no confronto entre a força militar do RJ e os traficantes, o que comprovou uma verdade simples: se for do desejo dos políticos uma mudança radical visando o bem-estar da população,isso é plenamente possível (estratégia argumentativa: fato--exemplo). É importante salientar, portanto, que não devemos ficar de mãos atadas à espera de uma atitude do governo só quando o caos se estabelece; o povo tem e sempre terá de colaborar com uma cobrança efetiva (conclusão). Tipo textual narrativo O texto narrativo é uma modalidade textual em que se conta um fato, fictício ou não, que ocorreu num determinado tempo e lugar,envolvendo certos personagens. Toda narração tem um enredo, personagens, tempo, espaço e narrador (ou foco narrativo). Características principais: • O tempo verbal predominante é o passado. • Presença de muitos verbos e advérbios. • Normalmente, nos concursos públicos, o texto aparece em prosa, não em verso. Exemplo: Solidão João era solteiro, vivia só e era feliz. Na verdade, a solidão era o que o tornava assim. Conheceu Maria, também solteira, só e feliz. Tão iguais, a afinidade logo se transforma em paixão. Casam-se. Dura poucas semanas. Não havia mesmo como dar certo: ao se unirem, um tirou do outro a essência da felicidade. GÊNEROS TEXTUAIS Os gêneros apresentam maior diversidade e exercem funções sociais específicas, próprias do dia a dia. Ademais, são passíveis de modificações ao longo do tempo, mesmo que preservando características preponderantes. Vejamos, agora, uma tabela que apresenta alguns gêneros textuais classificados com os tipos textuais que neles predominam. 3 Licenciado para - Leydiane A lves P ereira D uarte - 18890479000144 - P rotegido por E duzz.com Licenciado para - B runo do R osário Z anelato - 16991911747 - P rotegido por E duzz.com http://www.preparatoriojc.com.br/ Somos especialistas em Concursos Públicos e Vestibulares. www.preparatoriojc.com.br Nós somos CONCURSEIROS! Sintetizando: os tipos textuais são fixos, finitos e tratam da forma como o texto se apresenta. Os gêneros textuais são fluidos, infinitos e mudam de acordo com a demanda social. EXEMPLOS DE GÊNEROS COBRADOS EM PROVA Gêneros Discursivos Romance: descrição longa de ações e sentimentos de personagens fictícios, podendo ser de comparação com a realidade ou totalmente irreal. A diferença principal entre um romance e uma novela é a extensão do texto, ou seja, o romance é mais longo. No romance nós temos uma história central e várias histórias secundárias. Conto: obra de ficção onde é criado seres e locais totalmente imaginário. Com linguagem linear e curta, envolve poucas personagens, que geralmente se movimentam em torno de uma única ação, dada em um só espaço, eixo temático e conflito. Suas ações encaminham-se diretamente para um desfecho. Novela: muito parecida com o conto e o romance, diferenciado por sua extensão. Ela fica entre o conto e o romance, e tem a história principal, mas também tem várias histórias secundárias. O tempo na novela é baseada no calendário. O tempo e local são definidos pelas histórias dos personagens. A história (enredo) tem um ritmo mais acelerado do que a do romance por ter um texto mais curto. Crônica: texto que narra o cotidiano das pessoas, situações que nós mesmos já vivemos e normalmente é utilizado a ironia para mostrar um outro lado da mesma história. Na crônica o tempo não é relevante e quando é citado, geralmente são pequenos intervalos como horas ou mesmo minutos. Poesia: apresenta um trabalho voltado para o estudo da linguagem, fazendo-o de maneira particular, refletindo o momento, a vida dos homens através de figuras que possibilitam a criação de imagens. Editorial: texto dissertativo argumentativo onde expressa a opinião do editor através de argumentos e fatos sobre um assunto que está sendo muito comentado (polêmico). Sua intenção é convencer o leitor a concordar com ele. Entrevista: texto expositivo e é marcado pela conversa de um entrevistador e um entrevistado para a obtenção de informações.Tem como principal característica transmitir a opinião de pessoas de destaque sobre algum assunto de interesse. Cantiga de roda: gênero empírico, que na escola se materializa em uma concretude da realidade. A cantiga de roda permite as crianças terem mais sentido em relação a leitura e escrita, ajudando os professores a identificar o nível de alfabetização delas. Receita: texto instrucional e injuntivo que tem como objetivo de informar, aconselhar, ou seja, recomendam dando uma certa liberdade para quem recebe a informação. Linguagem é qualquer meio sistemático de comunicar ideias ou sentimentos através de signos convencionais, sonoros, gráficos, gestuais etc. A linguagem é individual e flexível e varia dependendo da idade, cultura, posição social, profissão etc. A maneira de articular as palavras, organizá-las na frase, no texto, determina nossa linguagem, nosso estilo (forma de expressão pessoal). As inovações linguísticas, criadas pelo falante, provocam, com o decorrer do tempo, mudanças na estrutura da língua, que só as incorpora muito lentamente, depois de aceitas por todo o grupo social. Muitas novidades criadas na linguagem não vingam na língua e caem em desuso. Variação Linguística O processo de comunicação e as funções da linguagem 4 Licenciado para - Leydiane A lves P ereira D uarte - 18890479000144 - P rotegido por E duzz.com Licenciado para - B runo do R osário Z anelato - 16991911747 - P rotegido por E duzz.com http://www.preparatoriojc.com.br/ Somos especialistas em Concursos Públicos e Vestibulares. www.preparatoriojc.com.br Nós somos CONCURSEIROS! Língua escrita e língua falada A língua escrita não é a simples reprodução gráfica da língua falada, por que os sinais gráficos não conseguem registrar grande parte dos elementos da fala, como o timbre da voz, a entonação, e ainda os gestos e a expressão facial. Na realidade a língua falada é mais descontraída, espontânea e informal, porque se manifesta na conversação diária, na sensibilidade e na liberdade de expressão do falante. Nessas situações informais, muitas regras determinadas pela língua padrão são quebradas em nome da naturalidade, da liberdade de expressão e da sensibilidade estilística do falante. Linguagem popular e linguagem culta Podem valer-se tanto da linguagem popular quanto da linguagem culta. Obviamente a linguagem popular é mais usada na fala, nas expressões orais cotidianas. Porém, nada impede que ela esteja presente em poesias (o Movimento Modernista Brasileiro procurou valorizar a linguagem popular), contos, crônicas e romances em que o diálogo é usado para representar a língua falada. Linguagem Popular ou Coloquial Usada espontânea e fluentemente pelo povo. Mostra-se quase sempre rebelde à norma gramatical e é carregada de vícios de linguagem (solecismo – errosde regência e concordância; barbarismo – erros de pronúncia, grafia e flexão; ambiguidade; cacofonia; pleonasmo), expressões vulgares, gírias e preferência pela coordenação, que ressalta o caráter oral e popular da língua. A linguagem popular está presente nas conversas familiares ou entre amigos, anedotas, irradiação de esportes, programas de TV e auditório, novelas, na expressão dos esta dos emocionais etc. A Linguagem Culta ou Padrão É a ensinada nas escolas e serve de veículo às ciências em que se apresenta com terminologia especial. É usada pelas pessoas instruídas das diferentes classes sociais e caracteriza-se pela obediência às normas gramaticais. Mais comumente usada na linguagem escrita e literária, reflete prestígio social e cultural. É mais artificial, mais estável, menos sujeita a variações. Está presente nas aulas, conferências, sermões, discursos políticos, comunicações científicas, noticiários de TV, programas culturais etc. Gíria A gíria relaciona-se ao cotidiano de certos grupos sociais como arma de defesa contra as classes dominantes. Esses grupos utilizam a gíria como meio de expressão do cotidiano, para que as mensagens sejam decodificadas apenas por eles mesmos. Assim a gíria é criada por determinados grupos que divulgam o palavreado para outros grupos até chegar à mídia. Os meios de comunicação de massa, como a televisão e o rádio, propagam os novos vocábulos, às vezes, também inventam alguns. A gíria pode acabar incorporada pela língua oficial, permanecer no vocabulário de pequenos grupos ou cair em desuso. Ex.: “chutar o pau da barraca”, “viajar na maionese”, “galera”, “mina”, “tipo assim”. Linguagem vulgar Existe uma linguagem vulgar relacionada aos que têm pouco ou nenhum contato com centros civilizados. Na linguagem vulgar há estruturas com “nóis vai, lá”, “eu di um beijo”, “Ponhei sal na comida”. Linguagem regional Regionalismos são variações geográficas do uso da língua padrão, quanto às construções gramaticais e empregos de certas palavras e expressões. Há, no Brasil, por exemplo, os falares amazônico, nordestino, baiano, fluminense, mineiro, sulino. 5 Licenciado para - Leydiane A lves P ereira D uarte - 18890479000144 - P rotegido por E duzz.com Licenciado para - B runo do R osário Z anelato - 16991911747 - P rotegido por E duzz.com http://www.preparatoriojc.com.br/ Somos especialistas em Concursos Públicos e Vestibulares. www.preparatoriojc.com.br Nós somos CONCURSEIROS! 1) Leia o texto e responda a questão. Até nas flores se vê O destino e a sorte Umas enfeitam a vida Outras enfeitam a morte O texto acima é: A) uma narração B) uma dissertação C) uma notícia D) uma poesia 2) O real poder da ciência Desde que se conhece por gente, a espécie humana busca explicações para o mundo ao seu redor. D urante boa parte dessa história, elas foram sim plistas – bastava atribuir ao incompreendido a mão invisível de um criador supremo, e tudo e stava resolvido. O advento da ciência mudou esse cenário. Os fenômenos naturais passara m a ser tratados como tais, e os mistérios d o cosmo começaram a ser revelados por mei o da razão e da linguagem universal da mate mática. Como seria de se esperar, as respostas que a ciência traz sobre a vida, o Universo e tudo mais são bem mais intrincadas que as dadas outrora pelos caminhos da fé. Para se rem compreendidas, elas dependem da alfabetiz ação científica, e por essa razão até hoje há muit os que preferem repudiá-las, em favor de uma visão puramente mística do mundo. Convenhamos: não é mais possível hoje a qualquer pessoa educada repudiar a evolução d as espécies pela seleção natural ou as transfor mações do Universo desde um estado muito que nte, denso e compactado, quase 14 bilhões d e anos atrás. Para alguns, até hoje, aceitar ess es fatos equivale a uma agressão ao pensament o religioso. Nada poderia estar mais longe da ver dade. A ciência é, indisputavelmente, o melhor ins trumento para a compreensão do Universo. É a ú nica forma de conhecimento que fornece o pod er da previsibilidade e da intervenção sobre as forças da natureza. Apesar disso, ela não é o nipotente. Ao usar a ciência para estudar a natur eza, o ser humano acaba chegando a mistérios de outra ordem, cuja explicação com toda pr obabilidade está fora do alcance do método cient ífico. Ou seja: ao explorar cientificamente o mu ndo, nós aprofundamos nossa relação com o desconhecido, em vez de destruí-la. (SUPERINTERESSANTE, edição 324-A) O texto que serve e de base para esta prova deve ser classificado como A) narrativo, pois apresenta uma sequência cronológica de fatos. B) descritivo, pois apresenta qualidades e características de realidades distintas. C) informativo, pois seu objetivo maior é informar o leitor sobre discussões de caráter intelectual. D) argumentativo, pois apresenta uma ideia e argumentos que a defendem. E) publicitário, pois apresenta temas que vão o ser abordados na revista. 3) Texto associado 6 Licenciado para - Leydiane A lves P ereira D uarte - 18890479000144 - P rotegido por E duzz.com Licenciado para - B runo do R osário Z anelato - 16991911747 - P rotegido por E duzz.com http://www.preparatoriojc.com.br/ https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes?difficulty%5B%5D=1&discipline_ids%5B%5D=1&subject_ids%5B%5D=14659#question-10245-text Somos especialistas em Concursos Públicos e Vestibulares. www.preparatoriojc.com.br Nós somos CONCURSEIROS! O texto, considerando-se as características formais e funcionais a partir das quais se estrutura, pertence ao gênero A) entrevista. B) bate papo. C) depoimento. D) relato. E) relatório. 4) Assinale a alternativa que indica corretamente a função de linguagem predominante no texto abaixo: A estação Júlio Prestes, marco histórico e turístico de São Paulo, completou 70 anos nesta semana. Atualmente, o local abriga a Sala São Paulo, sede da Orquestra Sinfônica do Estado, além de ser o ponto de partida da atual Linha 8 (Júlio Prestes-Itapevi) da CPTM [Companhia Paulista de Trens Metropolitanos]. A) emotiva B) apelativa C) referencial D) fática 5) Texto associado que se refere a funções da linguagem, predomina, no texto, a função A) fática, visto que o autor do texto busca, de forma sutil, convencer os leitores dos benefícios do projeto que visa incentivar o casamento entre pessoas pertencentes a castas diferentes. B) referencial, dado que a ênfase recai nas informações a respeito de determinado assunto. C) emotiva, dado que são as falas das autoridades entrevistadas que direcionam a forma como as informações são apresentadas. D) conativa, visto que as opiniões expressas estão devidamente referenciadas, não havendo, portanto, perda de objetividade na transmissão das informações. E) metalingüística, haja vista o foco em aspectos intertextuais, como demonstram as diversas vozes que acompanham a informação divulgada. 6) Texto associado Da ação dos justos Em recente entrevista na TV, uma conhecida e combative juíza brasileira citou esta frase de 7 Licenciado para - Leydiane A lves P ereira D uarte - 18890479000144 - P rotegido por E duzz.com Licenciado para - B runo do R osário Z anelato - 16991911747 - P rotegido por E duzz.com http://www.preparatoriojc.com.br/ https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes?difficulty%5B%5D=1&discipline_ids%5B%5D=1&subject_ids%5B%5D=14659#question-10245-text https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes?discipline_ids%5B%5D=1&subject_ids%5B%5D=14655#question-238-textSomos especialistas em Concursos Públicos e Vestibulares. www.preparatoriojc.com.br Nós somos CONCURSEIROS! Disraeli*: “É preciso que os homens de bem tenham a audácia dos canalhas”. Para a juíza, o sentido da frase é atualíssimo: diz respeito à freqüente omissão das pessoas justas e honestas diante das manifestações de violência e de corrupção que se multiplicam emvnossos dias e que, felizmente, têm chegado ao conhecimento público e vêm sendo investigadas e punidas. A frase propõe uma ética atuante, cujos valores se materializem em reação efetiva, em gestos de repúdio e medidas de combate à barbárie moral. Em outras palavras: que a desesperança e o silêncio não tomem conta daqueles que pautam sua vida por princípios de dignidade. Como não concordar com a oportunidade da frase? Normalmente, a indignação se reduz a conversas privadas, a comentários pessoais, não indo além de um mero discurso ético. Se não transpõe o limite da queixa, a indignação é impotente, e seu efeito é nenhum; mas se ela se converte em gesto público, objetivamente dirigido contra a arrogância acanalhada, alcança a dimensão da prática social e política, e gera conseqüências. A frase lembra-nos que não costuma haver qualquer hesitação entre aqueles que se decidem pela desonestidade e pelo egoísmo. Seus atos revelam iniciativa e astúcia, facilitadas pela total ausência de compromisso com o interesse público. Realmente, a falta de escrúpulo aplaina o caminho de quem não confronta o justo e o injusto; por outro lado, muitas vezes faltam coragem e iniciativa aos homens que conhecem e mantêm viva a diferença entre um e outro. Pois que estes a deixem clara, e não abram mão de reagir contra quem a ignore. A inação dos justos é tudo o que os contraventores e criminosos precisam para continuar operando. A cada vez que se propagam frases como “Os políticos são todos iguais”, “Brasileiro é assim mesmo” ou “Este país não tem jeito”, promove-se a resignação diante dos descalabros. Quem vê a barbárie como uma fatalidade torna-se, ainda que não o queira, seu cúmplice silencioso. * Benjamin Disraeli, escritor e político britânico do século XIX. (Aristides Villamar) Considerando-se o contexto do terceiro parágrafo, na frase Pois que estes a deixem clara, os pronomes estes e a estão se referindo, respectivamente, a: A) um e outro / a diferença. B) os homens / a diferença. C) desonestidade e egoísmo / iniciativa. D) os homens / iniciativa. E) o justo e o injusto / iniciativa. 7) Texto associado 8 Licenciado para - Leydiane A lves P ereira D uarte - 18890479000144 - P rotegido por E duzz.com Licenciado para - B runo do R osário Z anelato - 16991911747 - P rotegido por E duzz.com http://www.preparatoriojc.com.br/ https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes?discipline_ids%5B%5D=1&subject_ids%5B%5D=14655#question-380-text Somos especialistas em Concursos Públicos e Vestibulares. www.preparatoriojc.com.br Nós somos CONCURSEIROS! Considere as afirmações abaixo. I. Na pesquisa de Jeffrey Johnson, ficou claro que é um exagero estabelecer uma relação de causa e efeito entre a exposição prolongada a programas de TV e atitudes de violência. II. De acordo com o autor do texto, a literatura e o cinema já estimulavam , antes do surgimento da TV, os mesmos níveis de violência social. III. O autor do texto defende a idéia de que a mídia pode estimular ações de violência que são geradas por nossa insatisfação com nós mesmos. É correto o que se afirma em A) I, II e III. B) I e II, apenas. C) II e III, apenas. D) II, apenas. E) III, apenas. 8) Texto associado Atenção: As questões de números 1 a 15 referem-se ao texto abaixo: Cuidado: o uso desse aparelho pode produzir violência A revista Science publicou, em 2002, o relatório de uma pesquisa coordenada por Jeffrey Johnson , da Universidade de Colúmbia , em Nova York . O estudo mostra uma relação significativa entre o comportamento violento e o número de horas que um sujeito (adolescente ou jovem adulto) passa assistindo à TV. Pela pesquisa de Johnson , os televisores deveriam ser comercializados com um aviso, como os maços de cigarros : cuidado , a exposição prolongada à tela desse aparelho pode produzir violência. Estranho ? Nem tanto . É bem provável que a fonte de muita violência moderna seja nossa insubordinação básica : ninguém quer ser ou continuar sendo quem é. Podemos proclamar nossa nostalgia de tempos mais resignados, mas duvido que queiramos ou possamos renunciar à divisão constant entre o que somos e o que gostaríamos de ser. Para alimentar nossa insatisfação, inventamos a literature e , mais tarde , o cinema . Mas a invenção mais astuciosa talvez tenha sido a televisão . Graças a ela, instalamos em nossas salas uma janela sobre o devaneio, que pode ser aberta a qualquer instante e sem esforço. Pouco importa que fiquemos no zapping (*) ou que paremos para sonhar em ser policiais , gângsteres ou apenas nós mesmos (um pouco piores) no Big brother . A TV confirma uma idéia que está sempre conosco : existe outra dimensão , e nossas quatro paredes são uma jaula . A pesquisa de Johnson constata que , à força de olhar, podemos ficar a fim de sacudir as barras além do permitido. Faz sentido. (*) zapping = uso contínuo do controle remoto. (Contardo Calligaris, Terra de ninguém) A pesquisa de Johnson constata que, à força de olhar, podemos ficar a fim de sacudir as barras além do permitido. Preserva-se o sentido 9 Licenciado para - Leydiane A lves P ereira D uarte - 18890479000144 - P rotegido por E duzz.com Licenciado para - B runo do R osário Z anelato - 16991911747 - P rotegido por E duzz.com http://www.preparatoriojc.com.br/ https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes?discipline_ids%5B%5D=1&subject_ids%5B%5D=14655#question-386-text Somos especialistas em Concursos Públicos e Vestibulares. www.preparatoriojc.com.br Nós somos CONCURSEIROS! essencial dessa frase caso se substituam os elementos sublinhados, respectivamente, por A) por mais que olhemos - submetidos a B) de tanto olharmos - motivados para C) quanto mais olhamos - impregnados de D) tão logo olhemos - predispostos a E) conquanto olhemos - condicionados em 9) Texto associado TEXTO . OS COITADINHOS Clóvis Rossi . Folha de São Paulo, 25/02/01 SÃO PAULO . Anestesiada e derrotada, a sociedade nem está percebendo a enorme inversão de valores em curso. Parece aceitar como normal que um grupo de criminosos estenda faixas pela cidade e nelas fale de paz. Que paz? Não foram esses mesmos adoráveis senhores que decapitaram ou mandaram decapitar seus próprios companheiros de comunidade durante as recentes rebeliões? A sociedade ouve em silêncio o juiz titular da Vara de Execuções Penais, Otávio Augusto Barros Filho, dizer que não vai resolver nada a transferência e isolamento dos líderes do PCC (Primeiro Comando da Capital ou Partido do Crime). Digamos que não resolva. Qual é a alternative oferecida pelo juiz? Libertá-los todos? Devolvê-los aos presídios dos quais gerenciam livremente seus negócios e determinam quem deve viver e quem deve morrer? Vamos, por um momento que seja, cair na real: os presos, por mais hediondos que tenham sido seus crimes, merecem, sim, tratamento digno e humano. Mas não merecem um micrograma que seja de privilégios, entre eles o de determinar onde cada um deles fica preso. Há um coro, embora surdo, que tenta retratar criminosos como coitadinhos, vítimas do sistema. Calma lá. Coitadinhos e vítimas do sistema, aqui, são os milhões de brasileiros quesobrevivem com salários obscenamente baixos (ou sem salário algum) e, não obstante, mantêm-se teimosamente honestos. Coitadinhos e vítimas de um sistema ineficiente, aqui, são os parentes dos abatidos pela violência, condenados à prisão perpétua que é a dor pela perda de alguém querido, ao passo que o criminoso não fica mais que 30 anos na cadeia. Parafraseando Millôr Fernandes: ou restaure-se a dignidade para todos, principalmente para os coitadinhos de verdade, ou nos rendamos de uma vez à Crime Incorporation. O texto foi elaborado a propósito das rebeliões de presos nas prisões paulistas no mês de fevereiro de 2001; a melhor explicação para a escolha do título os coitadinhos é: A) a referência ambígua aos presos e às pessoas que sofrem pela ineficiência do sistema; B) a alusão às pessoas vítimas de salários baixos e teimosamente honestas; C) a existência de presos que, por orquestração surda, são tidos como vítimas do sistema; D) o fato de algumas pessoas padecerem eternamente pela perda de entes queridos; E) a referência aos presos que sofrem maus- tratos nas prisões brasileiras. 10) Texto associado Permitir às empresas que utilizem, em projetos artísticos, parte do dinheiro que gastariam com tributos. É esse o espírito das leis de incentivo, sejam elas municipais, estaduais ou federais. A proposta é simples: como no orçamento da maioria dos governos os recursos destinados à cultura são geralmente escassos, os artistas e produtores, em vez de recorrer ao Estado, procuram patrocínio da iniciativa privada, com o atraente argumento de que, sem desembolsar nenhum centavo, além do que gastaria em 10 Licenciado para - Leydiane A lves P ereira D uarte - 18890479000144 - P rotegido por E duzz.com Licenciado para - B runo do R osário Z anelato - 16991911747 - P rotegido por E duzz.com http://www.preparatoriojc.com.br/ https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes?discipline_ids%5B%5D=1&page=2&subject_ids%5B%5D=14655#question-740-text https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes?discipline_ids%5B%5D=1&page=6&subject_ids%5B%5D=14655#question-1329-text Somos especialistas em Concursos Públicos e Vestibulares. www.preparatoriojc.com.br Nós somos CONCURSEIROS! impostos, o empresário poderá vincular sua marca àquele livro , show , produção de artesanato ou outra ação desse tipo. A Lei Rouanet é o principal instrumento de captação de recursos para iniciativas culturais no Brasil . Por meio dela , as empresas podem investir em produções até 4% do imposto de renda devido e deduzir o valor na hora de pagar ao Fisco . A verba investida só não é abatida integralmente em investimentos em filmes de ficção ? que já têm uma lei específica ? e em projetos de música popular , cuja dedução é de 30% do valor aplicado . Pessoas físicas também podem patrocinar iniciativas culturais , com um desconto de , no máximo , 6% do imposto de renda. Há , ainda , as leis de incentivo à cultura estaduais , que oferecem geralmente abatimentos no Imposto sobre Comércio de Mercadorias e Serviços (ICMS), e municipais , que isentam os investimentos do pagamento do Imposto sobre Serviços (ISS ) ou do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU). E) os descontos em impostos devidos, previstos nas leis de incentivo a projetos culturais, variam de acordo com a esfera oficial de onde aqueles se originam. GABARITO 1-D 2-D 3-A 4-C 5-B 6 - B 7-E 8-B 9-A 10 -E (Adaptado de Alan Infante, Vida Bosch, out/nov/dez 2005 , p. 43 ) De acordo com o texto , é correto afirmar que A) filmes de ficção e projetos de música popular são atividades que se desenvolvem de forma independente, sem patrocínio oficial. B) leis de incentivo à cultura beneficiam pessoas jurídicas , com abatimentos em impostos devidos , mas deixam de lado pessoas físicas. C) a participação da iniciativa privada em projetos culturais limita -se , no Brasil , a financiar , principalmente , atividades que envolvem a música popular. D) novas propostas de orçamento, em qualquer das esferas de governo , deverão incluir recursos destinados a incentivar atividades culturais. 11 Licenciado para - Leydiane A lves P ereira D uarte - 18890479000144 - P rotegido por E duzz.com Licenciado para - B runo do R osário Z anelato - 16991911747 - P rotegido por E duzz.com http://www.preparatoriojc.com.br/ Ensino de qualidade focado em concursos. Nós somos CONCURSEIROS! A Fonologia é a parte da gramática que estuda os sons da língua, sua capacidade de combinação e sua capacidade de distinção. Ela se ocupa da função dos sons dentro da língua, os quais permitem aos falantes formar palavras e distinguir significados. Fonema é a menor unidade sonora da palavra e exerce duas funções: formar palavras e distinguir uma palavra da outra. É mais simples do que parece: quando os fonemas se combinam, formam palavras, ou seja, C + A + S + A = CASA. Percebeu? Quatro fonemas (sons) se combinaram e formaram uma pala- vra. Se substituirmos agora o som S por P, haverá uma nova palavra, certo? CAPA. A combinação de diferen- tes fonemas permite a formação de novas palavras com diferentes sentidos. Portanto, os fonemas de uma língua têm duas funções bem importantes: formar pa- lavras e distinguir uma palavra da outra. Ex.: cal / Gal / mal / sal / tal... Com a troca de fonemas, novas palavras surgiram, com sentidos diferentes. Letra é um símbolo que representa um som, é a repre- sentação gráfica dos fonemas da fala. É bom saber dois aspectos da letra : pode representar mais de um fonema ou pode simplesmente ajudar na pronúncia de um fonema . Como assim ? Por exemplo , a letra X pode representar os sons X (enxame ), Z (exame ), S ( têxtil) e KS (sexo ; neste caso a letra X representa dois fonemas – K e S = KS). Ou seja, uma letra pode repre- sentar mais de um fonema. Ex.: campo, anta/empresa, entrada/imbatível, caindo/ombro, onda/umbigo, untar. Chamamos de dífono o som KS representado pela le- tra X. Ex.: tóxico (tóksico), complexo (complekso), tó- rax (tóraks)... Classificação Dos Fonemas Os fonemas são de três tipos: vogais, semivogais e consoantes. Vogais São fonemas produzidos livremente, sem obstru- ção da passagem do ar. São mais tônicos, ou seja, Fonética e Fonologia : som e fonema , encontros vocálicos e consonantais e dígrafos O dígrafo constitui-se de duas letrasrepresentando um só fonema. Por exemplo, se dissermos caro, o R terá um som diferente de RR, em carro. Há dois tipos: Consonantais: gu, qu, ch, lh, nh, rr, ss, sc, sç, xc, xs . Ex.: guerreiro, queda, chave, lhama, nhoque, arras - tão, assado, descendente, cresça, excitado. Vocálicos ou nasais: a, e, i, o, u seguidos de m ou n na mesma sílaba (!) 12 Licenciado para - Leydiane A lves P ereira D uarte - 18890479000144 - P rotegido por E duzz.com Licenciado para - B runo do R osário Z anelato - 16991911747 - P rotegido por E duzz.com Ensino de qualidade focado em concursos. Nós somos CONCURSEIROS! têm a pronúncia mais forte que as semivogais. São o centro de toda sílaba. Podem ser orais (timbre aberto ou fechado) ou nasais (indicadas pelo ~, m, n). Semivogais Os fonemas semivocálicos (ou semivogais) têm o som de I e U (apoiados em uma vogal, na mesma sí- laba). São menos tônicos (mais fracos na pronúncia) que as vogais. pai: note que a letra I representa uma semivogal, pois está apoiada em uma vogal, na mesma sílaba. Sílaba A sílaba é, normalmente, um grupo de fonemas cen- trados numa vogal. Toda sílaba é expressa numa só emissão de voz, havendo breves pausas entre cada sílaba. Isso fica mais perceptível quando pronuncia- mos uma palavra bem pausadamente. Por isso, intuiti- vamente, a melhor maneira de separar as sílabas é fa- lar bem pausadamente a palavra. Exemplo: FO...NO... LO... GI... A. Percebeu? Fique sabendo que a base da sílaba é a vogal e, sem ela, não há sílaba, ok? Há palavras com apenas uma vogal formando cada sílaba: aí, que se pronuncia a-í (duas sílabas). Quanto ao número de sílabas, as palavras classifi- cam-se em: • Monossílabas (uma vogal, uma sílaba): mão. • Dissílabas (duas vogais, duas sílabas): man-ga. • Trissílabas (três vogais, três sílabas): man-guei-ra. • Polissílabas (mais de três vogais, mais de três síla- bas): man-guei-ren-se. Quanto à tonicidade, há sílaba tônica (alta intensi- dade na pronúncia) e átona (baixa intensidade na pro- núncia). Sempre há apenas uma (1) sílaba tônica por palavra, ok? Ela se encontra em uma das três sílabas finais da palavra (isto é, se a palavra apre- sentar três sílabas). Bizu: se houver acento agudo ou circunflexo em uma das vogais, aí estará a sí- laba tônica da palavra. Quanto à posição da sílaba tônica, as palavras só po- dem ser: • Oxítonas (última sílaba tônica): condor. • Paroxítonas (penúltima sílaba tônica): rubrica. • Proparoxítonas (antepenúltima sílaba tônica): ínte- rim. Encontros Vocálicos Como o nome sugere, é o contato entre fonemas vo- cálicos. Há três tipos: Hiato Ocorre hiato quando há o encontro de duas vogais, que acabam ficando em sílabas separadas (V – V), porque só pode haver uma vogal por sílaba. Ex.: sa-í-da, ra-i-nha, ba-ús, ca-ís-te, tu-cu-mã-í, su- cu-u-ba, ru-im, jú-ni-or... Ditongo Existem dois tipos: crescente ou decrescente (oral ou nasal). Crescente (SV + V, na mesma sílaba): Ex.: magistério (oral) (nasal), cinquenta (nasal) Decrescente (V + SV, na mesma sílaba): Ex.: item (nasal), , caule (oral), ouro (oral), veia (oral), Tritongo O tritongo é a união de SV + V + SV na mesma sílaba; pode ser oral ou nasal. Ex.: saguão (nasal), Paraguai (oral), enxáguem (na- sal), averiguou (oral). Encontros Consonantais É a sequência de consoantes numa palavra. Existem os perfeitos (inseparáveis, pois ficam na mesma sí- laba) e os imperfeitos (separáveis, pois não ficam na mesma sílaba). Separação Silábica Trata da adequada separação das sílabas de uma pa- lavra. Lembre-se: toda sílaba tem de apresentar uma vogal. Separam-se: Os hiatos: va-ri-a-do, car-na-ú-ba, pa-ra-í-so, ru-í-na. 13 Licenciado para - Leydiane A lves P ereira D uarte - 18890479000144 - P rotegido por E duzz.com Licenciado para - B runo do R osário Z anelato - 16991911747 - P rotegido por E duzz.com Ensino de qualidade focado em concursos. Nós somos CONCURSEIROS! Os dígrafos (rr, ss, sc, sç, xc, xs): car-rei-ra, cas-sa- ção, nas-cer, des-ça, ex-ces-so. Os encontros consonantais que não iniciam imedia- tamente as palavras (pç, bd, cc, cç, tn, bm, bst, bt, sp, ct, pt, sp, sc, sf, mn, br etc.): op-ção, ab-di-car, oc-ci- pi-tal, fic-ção, ét-ni-co, sub-me-ter, abs-tra-to, ob-ten- ção, trans-por-te, in-tac-to, ap-ti-dão, ins-pi-rar, cons- purcar, obs-cu-ro, at-mos-fe-ra, am-né-sia, ab-rup-to... A última consoante dos prefixos (bis, dis, sub, cis, trans, super, ex, inter etc.), quando seguida de vogal, junta-se a ela: bi-sa-vó, di-sen-te-ri-a, su-bem-pre-go, ci-sal-pi-no, transa-tlân-ti-co. Não se separam: Ditongos e tritongos: a-rac-nói-de-o (proparoxí- tona!), cau-sa, doi-do, a-fei-to, pleu-ra. Dígrafos (lh, nh, ch, qu, gu): ve-lho, ba-nhei-ra, mar- cha, quei-jo, guer-ra... Encontros consonantais perfeitos no início de pala- vras, normalmente: gno-mo, mne-môni-co. A última consoante dos prefixos (bis, dis, sub, cis, trans, super, ex, inter etc.), se seguida de consoante, não formará nova sílaba com ela: bis-ne-to, dis-cor- dân-cia, sub-li-nhar . Acentuação Gráfica A Acentuação Gráfica trata da correta colocação de sinais gráficos nas palavras. Acentuação das proparoxítonas Todas são acentuadas. Ex.: álcool, réquiem, máscara, zênite, álibi, plêiade, náufrago, duúnviro, seriíssimo... Acentuação das monossílabas tônicas Acentuam-se as terminadas em -a(s), -e(s), -o(s). Ex.: má(s), trás, pé(s), mês, só(s), pôs... Acentuação das oxítonas Acentuam-se as terminadas em -a(s), -e(s), -o(s), - em(-ens). Ex.: sofá(s), axé(s)*, bongô(s), vintém(éns)... Acentuação das paroxítonas Acentuam-se as terminadas em ditongo crescente ou decrescente (seguido ou não de s), ã ou ão. X/L/R PS/I/N/US Ex: Farmácia, imã, órfão, tórax, amável, revolver, táxi, éden, vênus. Acentuação dos hiatos tônicos (u e i) Acentuam-se com acento agudo as vogais U e I tôni- cas (segunda vogal do hiato!), isoladas ou seguidas de S na mesma sílaba, quando formam hiatos. Ex: Saúde, saída, país. Acentuação dos ditongos abertos Acentuam-se os ditongos abertos ÉI, ÓI, ÉU, seguidos ou não de S, somente quando for oxítonos. Ex.: céu, méis, Góis, coronéis, troféu(s), herói(s), Méier, destróier, aracnóideo... Acentos diferenciais Os acentos diferenciais servem para marcar algumas distinções de classe gramatical, pronúncia e/ou sen- tido entre algumas palavras. 1) Permanece o acento diferencial em pôde/pode. Pôde é a forma do passado do verbo poder (pretérito perfeito do indicativo), na 3.a pessoa do singular. Pode é a forma do presente do indicativo, na 3.a pessoa do singular. Ex.: Ontem ele não pôde sair mais cedo, mas hoje ele pode. 2) Permanece o acento diferencial em pôr/por. Pôr é verbo. Por é preposição. Ex.: Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim. 3) Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus de- rivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, ad- vir etc.). Ele tem duas lanchas. / Eles têm duas lanchas. Ele vem de Mato Grosso. / Eles vêm de Mato Grosso. Ele mantém sua palavra. / Eles mantêm sua palavra. 14 Licenciado para - Leydiane A lves P ereira D uarte - 18890479000144 - P rotegido por E duzz.com Licenciado para - B runo do R osário Z anelato - 16991911747 - P rotegido por E duzz.com Ensino de qualidade focado em concursos. Nós somos CONCURSEIROS! Ele intervém em todas as reuniões. / Eles intervêmem todas as reuniões. QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES 1) Ano: 2018 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PM- ES Prova: Aspirante da Polícia Militar Ter conhecimento das normas ortográficas de separa- ção silábica é fundamental, principalmente ao se redi- gir um texto manuscrito. Diante dessa afirmativa, assi- nale a alternativa cujas palavras apresentem separa- ção de acordo com a norma culta. A) Fla-u-tas; ta-bu-le-i-ro; te-c-no-lo-gi-as. B) O-sso; mú-si-ca; signi-fi-ca-ti-vas. C) Com-pu-ta-dor; ex-pec-ta-ti-vas; ta-bu-leiro. D) Mon-stros; hedo-nis-tas; so-ci-e-da-de. E) So-cie-da-de; de-sa-fian-do; ex-pe-ri-ên-cia. 2) Ano: 2016 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: EB- SERH Prova: Técnico em Enfermagem - Saúde do Trabalhador (CH-UFPA) Em “Que faz com seus resíduos tóxicos?”, o termo em destaque recebe acento, porque é uma palavra A) proparoxítona, ou seja, a sílaba mais forte é a última. B) oxítona, ou seja, a sílaba mais forte é a última. C) paroxítona, ou seja, a sílaba mais forte é a an- tepenúltima. D) paroxítona, ou seja, a sílaba mais forte é a pe- núltima. E) proparoxítona, ou seja, a sílaba mais forte é a antepenúltima. 3) Ano: 2017 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: SE- JUS – CE Prova: Agente Penitenciário Assinale a alternativa correta. A) As palavras “nítida” e “horário” recebem acento agudo pelo mesmo motivo: são paroxí- tonas terminadas em ditongo. B) As palavras “impressão” e “relações” recebem o til pelo mesmo motivo: são paroxítonas ter- minadas em ditongo nasal. C) As palavras “inúmeros” e “prejuízos” recebem acento agudo por motivos diferentes. No caso de “inúmeros”, a acentuação se dá por ser uma palavra proparoxítona terminada em “s”. No caso de “prejuízos”, a acentuação se dá por ser uma palavra paroxítona no plural. D) As palavras “têm” e “inglês” recebem acento circunflexo por motivos diferentes. No caso de “têm”, a acentuação se dá para marcar que o verbo concorda com a terceira pessoa do plu- ral. No caso de “inglês”, a acentuação se dá por ser uma palavra oxítona terminada em e(s). 4) Ano: 2014 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: MPE- BA Prova: Assistente Técnico - Administrativo A palavra que é acentuada pela mesma regra de “es- pecífica” é A) níveis B) tolerância. C) experiência. D) alguém. E) república. 5) Ano: 2017 Banca: MS CONCURSOS Órgão: SAP- SP Prova: Agente de Segurança Penitenciária Assinale a alternativa onde temos sequencialmente di- tongo, hiato e tritongo. A) Oblíqua - água - Paraguai. B) Quase - dia - conteúdo. C) Igual - mandioca - apaziguou. D) Qualidade - reeleger - quais. 6) Ano: 2018 Banca: UECE-CEV Órgão: DETRAN-CE Prova: AGENTE DE TRANSITO 15 Licenciado para - Leydiane A lves P ereira D uarte - 18890479000144 - P rotegido por E duzz.com Licenciado para - B runo do R osário Z anelato - 16991911747 - P rotegido por E duzz.com Ensino de qualidade focado em concursos. Nós somos CONCURSEIROS! Assinale a opção em que uma mesma regra ocasiona o acento de todas as palavras listadas. A) trânsito — próxima — Cândido — países B) deficiência — universitária — frequência — área C) usá-las — Ceará — país — também D) têm — só — mês — há 7) Ano: 2012 Banca: MS CONCURSOS Órgão: PC-PA Prova: Investigador de Polícia Segundo o novo acordo ortográfico, o acento em “he- matóide" A) será mantido, pois se acentuam as palavras paroxítonas que apresentam, na sílaba tônica, as vogais abertas. B) será excluído, pois não mais se acentuam as palavras paroxítonas que apresentam, na sí- laba tônica, as vogais abertas. C) será facultativo, pois há oscilação em muitos casos entre o fechamento e a abertura na arti- culação da abertura da vogal. D) será excluído, pois não se acentuam grafica- mente os ditongos representados por ei e oi da sílaba tônica das palavras oxítonas. E) será facultativo, pois a pronúncia entre o por- tuguês europeu e o brasileiro oscila. 8) Ano: 2009 Banca: CONSULPLAN Órgão: SEJUC- RN Prova: Agente Penitenciário O par de vocábulos do texto acentuado pela mesma regra é: A) nós / babá B) violência / países C) péssimo / difícil D) países / inimagináveis E) gravíssima / trânsito 9) Ano: 2015 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: EB- SERH Prova: Técnico de Enfermagem (HDT-UFT) Assinale a alternativa em que todas as palavras apre- sentam um encontro consonantal. A) Tempo – Crise – Planta. B) Chaveiro – Subsolo – Crise. C) Trator – Carta – Subsolo. D) Carreira – Professor – Passatempo. E) Pilha – Carta – Problema 10) Ano: 2014 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: UFSM Prova: Assistente Administrativo Assinale a alternativa em que a palavra NÃO está acentuada adequadamente. A) Área. B) Genética. C) Possível. D) Desenvolvído. E) Além. GABARITO: 1 - C 2 - E 3 - D 4 - E 5 – D 6 - B 7 - B 8 - E 9 - C 10 - D A semântica trata da significação das palavras, que podem estar isoladas ou contextualizadas. Denotação e Conotação A essa altura do campeonato, você já percebeu que o contexto é determinante para que atribuamos este ou aquele sentido a uma palavra, certo? É por aí que os conceitos de denotação e conotação passeiam (usei o verbo passear com sentido conotativo, percebeu?). Relações semântico-lexicais, como metáfora, metonímia , antonímia , sinonímia , hiperonímia , hiponímia , reiteração , comparação , redundância e outras 16 Licenciado para - Leydiane A lves P ereira D uarte - 18890479000144 - P rotegido por E duzz.com Licenciado para - B runo do R osário Z anelato - 16991911747 - P rotegido por E duzz.com Ensino de qualidade focado em concursos. Nós somos CONCURSEIROS! A denotação trata do significado básico e objetivo de uma palavra; uma palavra com sentido denotativo está no seu sentido literal, primário, real. – Gosto de estudar à noite. A conotação é o avesso, pois trata do sentido figu- rado, simbólico, não literal das palavras. – Há dias que amanhecem noite. Note que o verbo amanhecer também está no sentido figurado, porque dias não amanhecem. O ato de ama- nhecer não depende de ser algum, pois amanhecer é um fenômeno natural. Sinonímia Trata de palavras diferentes na forma, mas com senti- dos iguais ou aproximados, ou seja, sinônimos. Não se iluda: não existe sinônimo perfeito. Tudo depende do contexto e da intenção do falante. A sinonímia não trata apenas do léxico (palavra ou expressão), mas da frase também. Neste sentido, o uso de sinônimos é muito importante dentro de um texto – com eles, evitamos a repetição de vocábulos, porque eles servem para substituir palavras. Exemplos de sinonímia vocabular: – A multidão teve de clamar em protesto. Ela só bra- dou devido ao descaso dos políticos. – Graças a Deus conseguimos extinguir nossas dívi- das. Se não as saldássemos, não sei o que faríamos. – O jogo vai atrasar em virtude do temporal. Devido a isso, teremos de aguardar. Ademais, como já foi dito, existe sinonímia frasal, ou seja, uma frase pode ser reescrita com outras palavras sem alteração de sentido. – Ela construiu esta casa. = Esta residência foi edifi- cada por ela. – Parece que tu estás certo sobre o assunto. = Apa- rentemente a verdade sobre a questão está con- tigo. Antonímia Trata de palavras, expressões ou frases diferentes na forma e com significações opostas, excludentes, ou seja, antônimos. Normalmente ocorre por meio de pa- lavras de radicais diferentes, com prefixo negativo ou com prefixos de significação contrária. Veja estes exemplos: – O chegar e o partir são dois lados cruciais da vida. – Você é meu amigo ou meu inimigo? – Há menos imigrantes doque emigrantes no Brasil. – Ela se molhou de cima a baixo. Há antonímia frasal, desde que o conteúdo de uma frase ou oração esteja em conflito com o de outra: – Por ter ficado calado durante anos, aturando todos os tipos de maus-tratos, resolveu berrar sem parar em ataque a tudo e a todos. Homonímia Trata de palavras iguais na pronúncia e/ou na grafia, mas com significados diferentes, ou seja, homônimos. Veja: – São Jorge já foi cantado por muitos artistas. – Os alunos daqui são estudiosos. – Finalmente o garoto ficou são. Existem três tipos de vocábulos homônimos: homófo- nos, homógrafos e perfeitos. Veja: Homófonos: apresentam pronúncia igual e grafia dife- rente. Acender (iluminar, pôr fogo em) / Ascender (subir, elevar) Caçar (perseguir, capturar a caça) / Cassar (anular, revogar, proibir) Cela (aposento de religiosos ou de prisioneiros) / Sela (arreio de cavalo) Censo (recenseamento – estatística) / Senso (juízo claro, percepção) Cerrar (fechar) / Serrar (cortar) Concerto (apresentação musical) / Conserto (ato ou efeito de consertar, reparar) Homógrafos: apresentam grafia igual e pronúncia di- ferente. Almoço (timbre fechado: refeição) / Almoço (timbre aberto: forma do verbo almoçar) Conserto (timbre fechado: reparação, correção) / Conserto (timbre aberto: forma do verbo consertar) Colher (timbre fechado: verbo) / Colher (timbre aberto: instrumento usado para comer) Edito (decreto, lei) / Édito (ordem judicial) Gosto (timbre fechado: sabor) / Gosto (timbre aberto: forma do verbo gostar) Jogo (timbre fechado: recreação) / Jogo (timbre aberto: forma do verbo jogar) Perfeitos: apresentam grafia e pronúncia iguais. Casa (lar, moradia) / Casa (forma do verbo casar) Janta (refeição) / Janta (forma do verbo jantar) Cedo (advérbio) / Cedo (forma do verbo ceder) Livre (liberto, solto) / Livre (forma do verbo livrar) Lima (ferramenta) / Lima (forma do verbo limar) 17 Licenciado para - Leydiane A lves P ereira D uarte - 18890479000144 - P rotegido por E duzz.com Licenciado para - B runo do R osário Z anelato - 16991911747 - P rotegido por E duzz.com Ensino de qualidade focado em concursos. Nós somos CONCURSEIROS! Manga (fruta) / Manga (parte da camisa) / Manga (forma do verbo mangar) Somem (forma do verbo somar) / Somem (forma do verbo sumir) Paronímia Trata, normalmente, de pares de palavras parecidas tanto na grafia quanto na pronúncia, mas com sentidos diferentes. Veja: Abjeção (baixeza, degradação) / Objeção (contesta- ção, obstáculo) Absolver (absolvição) / Absorver (absorção) Acidente (ocorrência casual grave) / Incidente (episó- dio casual sem gravidade, sem importância) Aferir (conferir) / Auferir (colher, obter) Amoral (descaso com as regras de moral) / Imoral (contrário à moral) Arrear (colocar arreios em) / Arriar (abaixar) Cível (relativo ao Direito Civil) / Civil (cortês, civilizado, polido; referente às relações dos cidadãos entre si) Comprimento (uma das medidas de extensão – lar- gura e altura) / Cumprimento (ato de cumprimentar al- guém, ou cumprir algo) Cavaleiro (homem a cavalo) / Cavalheiro (homem gentil) Conjetura (suposição) / Conjuntura (momento) Deferimento (concessão, atendimento) / Diferimento (adiamento, demora, discordância, distinção) Polissemia Trata da pluralidade significativa de um mesmo vocá- bulo, que, a depender do contexto, terá uma significa- ção diversa. Em palavras mais simples: a palavra po- lissêmica é aquela que, dependendo do contexto, muda de sentido (mas não muda de classe gramati- cal!). Por exemplo, veja os sentidos de “peça”: “peça de au- tomóvel”, “peça de teatro”, “peça de bronze”, “és uma boa peça”, “uma peça de carne” etc. Só de curiosidade: a palavra ponto é a mais polissêmica da nossa língua! Consulte o dicionário e veja. Agora, observe mais estes exemplos: – Desculpe o bolo que te dei ontem. – Comemos um bolo delicioso na casa da Jéssica. – Tenho um bolo de revistas lá em casa. QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES 1) Ano: 2013 Banca: VUNESP Órgão: SEJUS-ES Prova: Agente de Escolta e Vigilância Penitenciário Analise as afirmações a seguir. I. Em – Há sete anos, Fransley Lapavani Silva está preso por homicídio. – o termo em destaque pode ser substituí-do, sem alteração do sentido do texto, por “faz”. II. A frase – Todo preso deseja a libertação. – pode ser reescrita da seguinte forma – Todo preso aspira à li- bertação. III. No trecho – ... estou sendo olhado de forma dife- rente aqui no presídio devido ao bom comportamento. – pode-se substituir a expressão em destaque por “em razão do”, sem alterar o sentido do texto. De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, está correto o que se afirma em A) I, II e III B) III, apenas. C) I e III, apenas. D) I, apenas. E) I e II, apenas. 2) Ano: 2013 Banca: VUNESP Órgão: SEJUS-ES Prova: Agente de Escolta e Vigilância Penitenciário No trecho – Muito mais do que o valor pecuniário do salário, avulta nessa jornada a importância de resga- tar-se inteiramente a dignidade do ser humano... – a palavra em destaque pode ser substituída, sem alterar o sentido do texto, por A) permanece. B) míngua C) decresce D) continua. E) avoluma. 3) Ano: 2013 Banca: FUNCAB Órgão: PC-ES Prova: Escrivão de Polícia Invertem-se os termos da relação de causa/conse- quência observada em: “A convivência de homens e mulheres também mudou, muitíssimo, tema para muita literatura e seminários, fonte de muitos problemas pes- soais.” (§ 2) com a substituição da palavra FONTE por: 18 Licenciado para - Leydiane A lves P ereira D uarte - 18890479000144 - P rotegido por E duzz.com Licenciado para - B runo do R osário Z anelato - 16991911747 - P rotegido por E duzz.com Ensino de qualidade focado em concursos. Nós somos CONCURSEIROS! A) razão. B) origem. C) raiz. D) fruto. E) fator. 4) Ano: 2011 Banca: CESPE Órgão: PC-ES Prova: Au- xiliar de Perícia Médico-legal Em relação às ideias e à estrutura linguística do texto acima, julgue os itens a seguir. Mantêm-se a coerência textual e as informações origi- nais do texto ao se substituir a palavra “retaliação" (L.18) por represália. ( ) Certo ( ) Errado 5) Ano: 2010 Banca: CESPE Órgão: DETRAN-ES Prova: Assistente Técnico de Trânsito Considerando os sentidos e as estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item a seguir. Preservam-se as relações entre os argumentos, bem como a correção gramatical do texto, ao se usar o tre- cho aos novos requisitos em lugar de “dos novos re- quisitos” ( l.15-16). ( ) Certo ( ) Errado 6) Ano: 2009 Banca: CESPE Órgão: SEJUS-ES Prova: Agente de Escolta e Vigilância Penitenciário Com base no texto acima, julgue os itens de a seguir O segmento “mudar as regras no meio do jogo” (L.23) tem natureza denotativa e deve ser compreendido de maneira literal. ( ) Certo ( ) Errado 7) Ano: 2013 Banca: FUNCAB Órgão: PC-ES Prova: Escrivão de Polícia Em “antes mesmo de acabar a pergunta” (§ 1), a pala- vra MESMO está empregada com sentido idêntico ao que possui em: A) Mesmo estudando muito, não se saiu bem na prova. 19 Licenciado para - Leydiane A lves P ereira D uarte - 18890479000144 - P rotegido por E duzz.com Licenciado para - B runo do R osário Z anelato - 16991911747 - P rotegido por E duzz.com Ensino de qualidade focado em concursos. Nós somos CONCURSEIROS! B) O homem tinha mesmo vontade de mudar de vida? C) Precisava do livro, porémo mesmo havia su- mido. D) Era experiente, mas ele mesmo não sabia o que fazer. E) Trabalhava, mesmo à noite, sempre com grande ânimo. 8) Ano: 2015 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: EB- SERH Prova: Técnico em CitopatogiaEm “Ou seja, se todo mundo ao seu redor tiver o mesmo número de recursos, você não vai se sentir pior do que ninguém, mas, se, de repente, uma pessoa do seu lado ficar muito mais rica, bonita, feliz e bem suce- dida, você vai se sentir infeliz.”, a expressão destacada é utilizada A) para explicar, mais detalhadamente, a afirma- ção expressa no período anterior. B) para introduzir um assunto diferente do que estava sendo abordado no período anterior. C) para introduzir uma dúvida a respeito do que está sendo discutido. D) como marcação temporal da passagem de um período para o outro, destacando o assunto enfatizado. E) para introduzir uma negação em relação ao que foi expresso no período anterior. 9) Ano: 2018 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: ITEP – RN Prova: Agente de Necrópsia Nos seguintes trechos do texto “Ficou amuado, triste.” e “[...] ao me colocar no lugar desse octogenário hi- perativo [...]”, as palavras em destaque significam, respectivamente: A) doente, pessoa que está na faixa dos oitenta anos de idade e aquele que sofre de pressão alta. B) pasmo, pessoa que perdeu parte dos reflexos e aquele que tem problemas de vista. C) pessoa com baixa autoestima, aquele que está com quadro inicial de depressão e aquele que é muito ativo. D) aborrecido, pessoa que está na faixa dos oi- tenta anos de idade e aquele que é excessiva- mente ativo. E) infeliz, pessoa que possui problemas cardio- vasculares e aquele que é mentalmente muito ativo. 10) Ano: 2015 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: Pre- feitura de Angra dos Reis – RJ Prova: Agente Adminis- trativo No terceiro quadrinho, a expressão “só que” poderia, sem prejuízo semântico, ser substituída por A) “somente”. B) “mas”. C) “apenas”. D) “sozinho”. E) “porque”. GABARITO: 1 - A 2 - E 3 - D 4 – C 5 – E 6 - E 7 - E 8 - A 9 - D 10 - B Fatos e Dificuldades da língua Culta Por que / Porque / Por quê / Porquê Porquê > substantivo MOTIVO. Se der para substituir pela palavra motivo é ele! – Não sei o por quê (motivo) dessa zorra! Formação de palavras, Norma ortográfica 20 Licenciado para - Leydiane A lves P ereira D uarte - 18890479000144 - P rotegido por E duzz.com Licenciado para - B runo do R osário Z anelato - 16991911747 - P rotegido por E duzz.com Ensino de qualidade focado em concursos. Nós somos CONCURSEIROS! Por quê > Final de oração. Esse sempre vem no final. Essa zorra está acontecendo por quê? (final) Porque > conjunção POIS. Você consegue substituir sem prejuízo pela conjunção pois. –Estamos muito felizes porque (pois) passamos no concurso. POR QUE > (resto) se não for nem um dos outros ca- sos acima. –Está foi a trajetória por que (nem um dos anteriores) passamos – Por que (nem um dos anteriores) está tão triste? – Diga por que (nem um dos anteriores) está cansado. Há / A Há > Passado, tempo decorrido. a > por sua vez, indica tempo futuro ou distância. – Há meses venho fazendo provas de concurso. – É por isso que você está a anos luz de mim. Se não / Senão A forma se não é constituída de conjunção condicional se + o advérbio de negação não (iniciando orações su- bordinadas adverbiais condicionais – normalmente os verbos dessa oração estão no modo subjuntivo e/ou indicando hipótese). BIZU: se puder tirar o não da frase, usa-se se não (se- parado). E mais: podemos, neste caso, substituir se não por caso não. – Se não estudar, não passará. (Se estudar, passará. / Caso não estude, não passará.) A forma se não é constituída de conjunção integrante se + o advérbio de negação não. – Ele perguntou se não iríamos à festa. (Ele perguntou se iríamos à festa.) A forma senão é usada nos seguintes casos: – Nada pode derrubar minha confiança senão as pala- vras de minha amada, pois que coisa sou eu senão seu escravo? (= exceto, salvo, a não ser) – Não quero seu amor, senão sua amizade. (= mas sim) – Meu amigo, não só estudo, senão trabalho; não te- nho esta vida fácil. (= mas também) – Ele apontou não só um senão, mas vários senões na tramitação do processo. (= problema, falha) – Estude, senão será reprovado! (= do contrário; Es- tude, se não estudar, será reprovado) – Fala três línguas, senão quatro. (= ou; Fala três lín- guas, se não falar quatro) Há um caso facultativo: quando o senão, indicando alternativa, incerteza, imprecisão, equivaler a ou. Nes- tes casos, pode-se interpretar que o verbo está suben- tendido. – É muito difícil, senão (se não (for)) impossível, pre- ver o resultado. – João é rico, senão (se não (for)) riquíssimo. – Comprarei duas TVs, senão (se não (comprar)) três. – Compareceu a maioria dos convidados, senão (se não (compareceu)) todos. Onde / Aonde Aonde = Para onde Onde = resto – Vocês virão aonde (para onde) foi Julia? – Onde (resto) você mora? Mal / Mau Mal x bem Mau x bom Mais / Mas A forma mais (normalmente advérbio ou pronome in- definido) está ligada à ideia de quantidade, intensidade ou tempo (neste caso, quando vem depois de uma ne- gação). Mas é uma conjunção coordenativa adversa- tiva, quando equivale a porém; é uma conjunção coor- denativa aditiva, quando antes vêm as expressões “não só/não apenas/não somente”. – Sou mais feliz quando estou com você, mas você nunca está aqui. (advérbio de intensidade, conjunção coordenativa adversativa) – Dedique mais tempo a sua esposa, e ela não vai mais cobrar nada de você. (pronome indefinido – quantidade –, advérbio de tempo) Afim / A fim de A forma afim é um adjetivo que significa afinidade, se- melhança, parentesco; a fim de é uma locução prepo- sitiva que indica finalidade, propósito, intenção. – Apesar de ele ser meu parente afim, nós não temos ideias afins. – Comecei a estudar a fim de fazer aquela famigerada prova. 21 Licenciado para - Leydiane A lves P ereira D uarte - 18890479000144 - P rotegido por E duzz.com Licenciado para - B runo do R osário Z anelato - 16991911747 - P rotegido por E duzz.com Ensino de qualidade focado em concursos. Nós somos CONCURSEIROS! Em vez de / Ao invés de A forma ao invés de é usada com termos antônimos na frase em que aparece; já em vez de equivale a no lugar de. – Em vez de estudar para a prova do TSE, estudou para a do AFT. – Ao invés de ser elogiado pelo que disse, foi vaiado efusivamente. Acerca de / Há cerca de / (a) cerca de A primeira forma equivale a sobre (assunto); a se- gunda indica número aproximado ou tempo decorrido aproximado; a terceira indica distância aproximada, tempo futuro aproximado ou quantidade aproximada. – Falamos acerca de futebol e de política. – Há cerca de vinte mil pessoas habitando aquele bairro. – Há cerca de uns anos venho estudando com von- tade. – Estou (a) cerca de um mês para a prova. – Cerca de cem amigos presentearam-no quando se casou. De encontro a / Ao encontro de A forma de encontro a está ligada à ideia de “choque, colisão, divergência, oposição”. A segunda forma (ao encontro de) está relacionada à ideia de “algo favorá- vel, aproximação positiva, pensamento convergente”. – Nunca fui de encontro às ideias dele, pois são óti- mas. – Resolvi ir ao encontro dela, uma vez que valia a pena. De mais / Demais De mais (contrário de ‘de menos’) é uma locução ad- jetiva; normalmente essa expressão se liga a um subs- tantivo. Já demais (equivale a ‘em excesso’ ou ‘ou- tros’) é um advérbio de intensidade ou um pronome in- definido. – Eles têm dinheiro de mais. – O professor fala demais. – Precisamos explicar os demais assuntos. Tampouco / Tão pouco Tampouco é, tradicionalmente, um advérbio e equi- vale a “também não, nem”; tão pouco é uma expres- são formada por advérbio de intensidade
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