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Apostila Opção - PM PR

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Prévia do material em texto

PM / CBM-PR - Polícia Militar do Estado do Paraná
Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Paraná 
Soldado de 2ª Classe Policial Militar 
 Soldado de 2ª Classe Bombeiro Militar
OP-145MR-20
CÓD.: 7891182031059
Língua Portuguesa
As questões de Língua Portuguesa visam a averiguar a capacidade da candidata e do candidato, quanto: à 
apreensão do significado global dos textos; . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .01
ao estabelecimento de relações intratextuais e intertextuais; . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11
ao reconhecimento da função desempenhada por diferentes recursos gramaticais no texto, nos níveis 
fonológico, morfológico, sintático, semântico e textual/discursivo; . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .14
à apreensão dos efeitos de sentido decorrentes do uso de recursos verbais e não verbais em textos de diferentes 
gêneros: tiras, quadrinhos, charges, gráficos, infográficos etc.; . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .34
à identificação das ideias expressas no texto, bem como de sua hierarquia (principal ou secundária) e das 
relações entre elas (oposição, restrição, causa/consequência, exemplificação etc.); . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .35
à análise da organização argumentativa do texto: identificação do ponto de vista (tese) do autor, reconhecimento 
e avaliação dos argumentos usados para fundamentá-lo; . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .44
à dedução de ideias e pontos de vista implícitos no texto; . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .51
ao reconhecimento das diferentes “vozes” dentro de um texto, bem como dos recursos linguísticos empregados 
para demarcá-las; . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .53
ao reconhecimento da posição do autor frente às informações apresentadas no texto (fato ou opinião; 
sério ou ridículo; concordância ou discordância etc.), bem como dos recursos linguísticos indicadores 
dessas avaliações; . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .56
à identificação do significado de palavras, expressões ou estruturas frasais em determinados contextos; . . . . . . .57
à identificação dos recursos coesivos do texto (expressões, formas pronominais, relatores) e das relações de 
sentido que estabelecem; . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .64
ao domínio da variedade padrão escrita: normas de concordância, regência, ortografia, pontuação etc. . . .66
ao reconhecimento de relações estruturais e semânticas entre frases ou expressões; . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .87
à identificação, em textos de diferentes gêneros, das marcas linguísticas que singularizam as variedades 
linguísticas sociais, regionais ou de registro. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .88
Raciocínio Matemático
1. Resolução de problemas numéricos, porcentagem, conjuntos e contagem. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .01
2. Sistemas, equações e regra de três simples. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .17
3. Área, volume e capacidade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .22
4. Cálculo da média, leitura e interpretação de dados representados em tabelas e gráficos. . . . . . . . . . . . . . . . .28
Informática
1. Noções de Informática: conceitos básicos de operação com arquivos nos sistemas operacionais Windows 10 
e Linux (Ubuntu versão 14 ou superior). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .01
2. Noções consistentes de uso de Internet para a informação (Mozila Firefox e Google Chrome) e correio 
eletrônico nos sistemas operacionais Windows 10 e Linux (Ubuntu versão 14 ou superior). . . . . . . . . . . . . . .05
3. Noções de trabalho com computadores em rede interna, nos sistemas operacionais Windows 10 e Linux 
(Ubuntu versão 14 ou superior). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .12
4. Noções de escrita e editoração de texto utilizando LibreOffice-Writer (versão 5.0.6 ou superior). . . . . . . .16
5. Noções de cálculo e organização de dados em planilhas eletrônicas utilizando o LibreOffice-Calc (versão 
5.0.6 ou superior). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .41
6. Noções, como usuário, do funcionamento de computadores e de periféricos (impressoras e 
digitalizadoras). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .58
7. Noções, como usuário, dos sistemas operacionais Windows 10 e Linux (Ubuntu versão 14 ou superior). . . . . .65
História
1. Brasil Colônia. 1.1. Sistema colonial: sociedade do açúcar e da mineração. 1.2. Paraná: movimentos de 
ocupação do território. 1.3. A Família Real no Brasil (1808-1822). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .01
2. Brasil Império. 2.1. Paraná: a dinâmica do tropeirismo. 2.2. Café: escravidão e trabalho livre. 2.3. A 
emancipação política do Paraná. 2.4. O ciclo da erva-mate. 2.5. A queda da monarquia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . .04
3. Brasil República. 3.1. Implantação do regime republicano e conflitos sociais. 3.2. A Guerra do Contestado. 
3.3. Política oligárquica e coronelismo. 3.4. A era Vargas: Estado, Trabalho e Cultura. 3.5. O Golpe Civil-Militar 
de 1964. 3.6. Movimentos de resistência à ditadura. 3.7. A abertura política. 3.8. A Nova República e as 
características do Estado Democrático de Direito estabelecidas pela Constituição de 1988. 3.8.1. Cidadania e 
movimentos sociais. 3.8.2. A questão da desigualdade e da inclusão social. 3.8.3. A Democracia e o papel das 
instituições de segurança pública . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11
Geografia
1. População e estruturação socioespacial em múltiplas escalas (Paraná, Brasil, Mundo). 1.1. Teorias e conceitos 
básicos em demografia e políticas demográficas. 1.2. Estrutura demográfica, distribuição da população e 
novos arranjos familiares. Movimentos, redes de migração e impactos econômicos, culturais e sociais dos 
deslocamentos populacionais. População, meio ambiente e riscos ambientais. 1.3. Transformação das relações 
de trabalho e economia informal. 1.4. Diversidade étnica e cultural da população. 1.5. Geografias das diferenças: 
questões de gênero, sexualidade e étnico-raciais. 1.6. Espacialidades e identidades territoriais. . . . . . . . . . . .01
2. Estrutura produtiva, economia e regionalização do espaço em múltiplas escalas (Paraná, Brasil, Mundo). 
2.1. O espaço geográfico na formação econômica capitalista. 2.2. Exploração e uso de recursos naturais. 2.3. 
Estrutura e dinâmica agrárias. 2.4. Industrialização, complexos industriais, concentração e desconcentração 
das atividades industriais. 2.5. Espacialidade do setor terciário: comércio, sistema financeiro. 2.6. Redes de 
transporte, energia e telecomunicações. 2.7. Processos de urbanização, produção, planejamento e estruturação 
do espaço urbano e metropolitano. 2.8. As relações rurais-urbanas, novas ruralidades e problemáticas 
socioambientais no campo e na cidade. 2.9. Evolução da estrutura fundiária, estrangeirização de terras, reforma 
agrária e movimentos sociais no campo. 2.10. Agronegócio: dinâmica produtiva, econômica e regional. 2.11. 
Povos e comunidades tradicionais e conflitos por terra e território no Brasil. 2.12. Produção e comercialização 
de alimentos, segurança, soberania alimentar e agroecologia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10
3. Formação, estrutura e organização política do Brasil e do mundo contemporâneo. 3.1. Produção histórica 
e contemporânea do território no Brasil. 3.2. Federalismo, federação e divisão territorial no Brasil. 3.3. 
Formação e problemática contemporânea das fronteiras. 3.4. Conflitos geopolíticos emergentes: ambientais, 
sociais, religiosos e econômicos. 3.5. Ordem mundial e territórios supranacionais: blocos e fluxos econômicos 
e políticos, alianças militares e movimentos sociais internacionais. 3.6. Regionalização e a organização do novo 
sistema mundial. 3.7. Globalização: características, impactos negativos e positivos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .22
4. A representação do espaço terrestre. 4.1. A evolução das representações cartográficas e a introdução das 
novas tecnologias para o mapeamento, através do sensoriamento remoto (fotografias aéreas e imagens de 
satélite) e dos Sistemas de Posicionamento Terrestre (GPS). 4.2. As formas básicas de representação do espaço 
terrestre e das distribuições dos fenômenos geográficos (mapas, cartas, plantas e cartogramas). 4.3. Escalas, 
reconhecimento e cálculo. 4.4. Sistema de coordenadas geográficas e a orientação no espaço terrestre. 4.5. 
Projeções cartográficas. 4.6. Identificação dos principais elementos de uma representação cartográfica, leitura 
e interpretação de tabelas, gráficos, perfis, plantas, cartas, mapas e cartogramas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .32
Legislação 
1. Lei nº 8.069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente) e suas alterações. 1.1. Parte geral: Título I – Das 
Disposições Preliminares. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .01
Título II – Dos Direitos Fundamentais: Capítulos I (Do Direito à Vida e à Saúde), II (Do Direito à Liberdade, ao 
Respeito e à Dignidade), III (Do Direito à Convivência Familiar e Comunitária), IV (Do Direito à Educação, à 
Cultura, ao Esporte e ao Lazer) e V (Do Direito à Profissionalização e à Proteção no Trabalho. . . . . . . . . . . . .01
Título III – Da Prevenção: Capítulo II, Seção I (Da informação, Cultura, Lazer, Esportes, Diversões e Espetáculos), 
Seção II (Dos Produtos e Serviços) e Seção III (Da Autorização para Viajar). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .12
1.2. Parte Especial: Título III – Da Prática de Ato Infracional: Capítulos I (Disposições Gerais), II (Dos Direitos 
Individuais) e III (Das garantias processuais) e IV (Das Medidas Socioeducativas). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .13
 Título IV – Das Medidas Pertinentes aos Pais ou Responsável. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .15
 Título V – Do Conselho Tutelar: Capítulos I (Disposições Gerais) e II (Das Atribuições do Conselho). . . . .16
LÍNGUA PORTUGUESA
Língua Portuguesa A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
1
AS QUESTÕES DE LÍNGUA PORTUGUESA VI-
SAM A AVERIGUAR A CAPACIDADE DA CANDI-
DATA E DO CANDIDATO, QUANTO: À APREEN-
SÃO DO SIGNIFICADO GLOBAL DOS TEXTOS;
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
Interpretar um texto quer dizer dar sentido, inferir, che-
gar a uma conclusão do que se lê. A interpretação é muito 
ligada ao subentendido. Sendo assim, ela trabalha com o 
que se pode deduzir de um texto.
A interpretação implica a mobilização dos conhecimen-
tos prévios que cada pessoa possui antes da leitura de um 
determinado texto, pressupõe que a aquisição do novo 
conteúdo lido estabeleça uma relação com a informação já 
possuída, o que leva ao crescimento do conhecimento do 
leitor, e espera que haja uma apreciação pessoal e crítica 
sobre a análise do novo conteúdo lido, afetando de alguma 
forma o leitor.
Sendo assim, podemos dizer que existem diferentes ti-
pos de leitura: uma leitura prévia, uma leitura seletiva, uma 
leitura analítica e, por fim, uma leitura interpretativa.
É muito importante que você:
- Assista os mais diferenciados jornais sobre a sua cida-
de, estado, país e mundo;
- Se possível, procure por jornais escritos para saber 
de notícias (e também da estrutura das palavras para dar 
opiniões);
- Leia livros sobre diversos temas para sugar informa-
ções ortográficas, gramaticais e interpretativas;
- Procure estar sempre informado sobre os assuntos 
mais polêmicos;
- Procure debater ou conversar com diversas pessoas 
sobre qualquer tema para presenciar opiniões diversas das 
suas.
Dicas para interpretar um texto:
- Leia lentamente o texto todo.
No primeiro contato com o texto, o mais importante é 
tentar compreender o sentido global do texto e identificar o 
seu objetivo. 
- Releia o texto quantas vezes forem necessárias.
Assim, será mais fácil identificar as ideias principais de 
cada parágrafo e compreender o desenvolvimento do texto.
- Sublinhe as ideias mais importantes.
Sublinhar apenas quando já se tiver uma boa noção da 
ideia principal e das ideias secundárias do texto. 
- Separe fatos de opiniões.
O leitor precisa separar o que é um fato (verdadeiro, 
objetivo e comprovável) do que é uma opinião (pessoal, 
tendenciosa e mutável). 
- Retorne ao texto sempre que necessário.
Além disso, é importante entender com cuidado e aten-
ção os enunciados das questões.
- Reescreva o conteúdo lido.
Para uma melhor compreensão, podem ser feitos resu-
mos, tópicos ou esquemas.
Além dessas dicas importantes, você também pode 
grifar palavras novas, e procurar seu significado para au-
mentar seu vocabulário, fazer atividades como caça-pala-
vras, ou cruzadinhas são uma distração, mas também um 
aprendizado.
Não se esqueça, além da prática da leituraaprimorar 
a compreensão do texto e ajudar a aprovação, ela também 
estimula nossa imaginação, distrai, relaxa, informa, educa, 
atualiza, melhora nosso foco, cria perspectivas, nos torna 
reflexivos, pensantes, além de melhorar nossa habilidade 
de fala, de escrita e de memória.
Um texto para ser compreendido deve apresentar 
ideias seletas e organizadas, através dos parágrafos que é 
composto pela ideia central, argumentação e/ou desenvol-
vimento e a conclusão do texto.
O primeiro objetivo de uma interpretação de um texto é 
a identificação de sua ideia principal. A partir daí, localizam-
-se as ideias secundárias, ou fundamentações, as argu-
mentações, ou explicações, que levem ao esclarecimento 
das questões apresentadas na prova. 
Compreendido tudo isso, interpretar significa extrair um 
significado. Ou seja, a ideia está lá, às vezes escondida, e 
por isso o candidato só precisa entendê-la – e não a com-
plementar com algum valor individual. Portanto, apegue-se 
tão somente ao texto, e nunca extrapole a visão dele.
Questões
01. (Prefeitura de São José do Rio Preto - SP -Audi-
tor Fiscal Tributário Municipal – FCC – 2019)
Custos da ciência
Peça a um congressista dos Estados Unidos para des-
tinar um milhão de dólares adicional à Fundação Nacional 
da Ciência de seu país a fim de financiar pesquisas elemen-
tares, e ele, compreensivelmente, perguntará se o dinheiro 
não seria mais bem utilizado para financiar a capacitação 
de professores ou para conceder uma necessária isenção 
de impostos a uma fábrica em seu distrito que vem enfren-
tando dificuldades.
Para destinar recursos limitados, precisamos responder 
a perguntas do tipo “O que é mais importante?” e “O que 
é bom?”. E essas não são perguntas científicas. A ciência 
pode explicar o que existe no mundo, como as coisas fun-
cionam e o que poderia haver no futuro. Por definição, não 
tem pretensões de saber o que deveria haver no futuro. 
Somente religiões e ideologias procuram responder a essas 
perguntas.
(Adaptado de: HARARI, Yuval Noah. Sapiens − Uma 
breve história da humanidade. Trad. Janaína Marcoanto-
nio. Porto Alegre: L&PM, 2018, p. 283)
Língua Portuguesa A Opção Certa Para a Sua Realização
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2
No segundo parágrafo, o autor do texto
A) lembra que os procedimentos científi cos não se con-
fundem com projeções de valor religioso ou ideológico.
B) admite que a ideologia e a religião podem ser deter-
minantes para a metodologia de projetos científi cos.
C) postula que os valores subjetivos de determinada 
cultura podem ser parâmetros para a boa pesquisa acadê-
mica.
D) mostra que as perguntas feitas pela ciência, sendo 
as mesmas que fazem a religião e a ideologia, têm respos-
tas distintas.
E) assegura que os achados de uma pesquisa científi ca 
não são necessariamente mais limitados que os da religião.
02. (Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ – Professor - 
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ – 2019)
Texto I: As línguas do passado eram como as de 
hoje? (trecho)
Quando os linguistas afi rmam que as línguas khoi-
san1, ou as línguas indígenas americanas, são tão avan-
çadas quanto as grandes línguas europeias, eles estão se 
referindo ao sistema linguístico. Todas as características 
fundamentais das línguas faladas no mundo afora são as 
mesmas. Cada língua tem um conjunto de sons distintivos 
que se combinam em palavras signifi cativas. Cada língua 
tem modos de denotar noções gramaticais como pessoa 
(“eu, você, ela”), singular ou plural, presente ou passado 
etc. Cada língua tem regras que governam o modo como 
as palavras devem ser combinadas para formar enunciados 
completos.
T. JANSON (A história das línguas: uma introdução. 
Trad. de Marcos Bagno. São Paulo: Parábola, 2015, p. 23)
1 Refere-se à família linguística africana cuja caracte-
rística destacada nos estudos de linguagem se vincula à 
presença de cliques
O uso do pronome “cada” no texto pressupõe uma ideia de:
A) conjunto
B) tempo
C) dúvida
D) localização
03. (Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ – Professor - 
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ- 2019)
Texto I: As línguas do passado eram como as de 
hoje? (trecho)
Quando os linguistas afi rmam que as línguas khoi-
san1 , ou as línguas indígenas americanas, são tão avan-
çadas quanto as grandes línguas europeias, eles estão se 
referindo ao sistema linguístico. Todas as características 
fundamentais das línguas faladas no mundo afora são as 
mesmas. Cada língua tem um conjunto de sons distintivos 
que se combinam em palavras signifi cativas. Cada língua 
tem modos de denotar noções gramaticais como pessoa 
(“eu, você, ela”), singular ou plural, presente ou passado 
etc. Cada língua tem regras que governam o modo como 
as palavras devem ser combinadas para formar enunciados 
completos.
T. JANSON (A história das línguas: uma introdução. 
Trad. de Marcos Bagno. São Paulo: Parábola, 2015, p. 23)
1 Refere-se à família linguística africana cuja caracte-
rística destacada nos estudos de linguagem se vincula à 
presença de cliques
Na discussão proposta, o autor adota uma concepção 
de língua fundamentada na abordagem:
A) prescritiva
B) estrutura
C) histórica
D) informal
04. (Prefeitura de Campinas - SP – Instrutor Surdo – 
VUNESP – 2019)
A charge apresenta
A) a distinção entre duas atitudes saudáveis.
B) a diferença entre duas posturas opostas
C) os resultados positivos de uma ação.
D) a comparação entre dois comportamentos seme-
lhantes.
E) o impacto de cada ato isolado sobre o ambiente.
05. (Prefeitura de Campinas - SP – Agente Fiscal Tri-
butário – VUNESP – 2019)
Redes antissociais
Para além do hábito, as redes sociais se transformaram 
em paixão. Toda paixão nos torna cegos, incapazes de ver 
o que nos cerca com bom senso, para não dizer lógica e 
racionalidade. Nesse momento de nossa experiência com 
as redes sociais, convém prestar atenção no seu caráter 
antissocial e psicopatológico. Ele é cada vez mais evidente.
O que estava escondido, aquilo que fi cava oculto nas 
microrrelações, no âmbito das casas e das famílias, diga-
mos que a neurose particular de cada um, tornou-se públi-
co. O termo neurose tem um caráter genérico e serve para 
apontar algum sofrimento psíquico. Há níveis de sofrimen-
Língua Portuguesa A Opção Certa Para a Sua Realização
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3
to e suportabilidade por parte das pessoas. Buscar apoio 
psicológico para amenizar neuroses faz parte do histórico 
de todas as linhagens da medicina ao longo do tempo. Ela 
encontra nas redes sociais o seu lugar, pois toda neurose 
é um distúrbio que envolve algum aspecto relacional. As 
nossas neuroses têm, inevitavelmente, relação com o que 
somos em relação a outros. Assim como é o outro que nos 
perturba na neurose, é também ele que pode nos curar. 
Contudo, há muita neurose não tratada e ela também pro-
cura seu lugar.
A rede social poderia ter se tornado um lugar terapêutico 
para acolher as neuroses? Nesse sentido, poderia ser um 
lugar de apoio, um lugar que trouxesse alento e desenvolvi-
mento emocional? Nas redes sociais, trata-se de convívios 
em grupo. Poderíamos pensar nelas no sentido potencial 
de terapias de grupo que fi zessem bem a quem delas par-
ticipa; no entanto, as redes sociais parecem mais favorecer 
uma espécie de “enlouquecimento coletivo”. Nesse sentido, 
o caráter antissocial das redes precisa ser analisado.
 (Cult, junho de 2019)
Leia a charge.
A partir da leitura do texto e da charge, é correto afi rmar 
que
A) as pessoas têm buscado apoio psicológico nas re-
des sociais.
B) as relações pessoais e familiares se fortalecem nas 
redes sociais.
C) as redes sociais têm promovido certo enlouqueci-
mento coletivo.
D) as redes sociais são lugares terapêuticos para aco-
lher as neuroses.
E) as pessoas vivem confusas e desagregadas sem as 
redes sociais.
06. (TJ-MA – Ofi cial de Justiça – FCC -2019)
[Os nomes e os lugares]É sempre perigoso usar termos geográfi cos no discurso 
histórico. É preciso ter muita cautela, pois a cartografi a dá 
um ar de espúria objetividade a termos que, com frequên-
cia, talvez geralmente, pertencem à política, ao reino dos 
programas, mais que à realidade. Historiadores e diploma-
tas sabem com que frequência a ideologia e a política se 
fazem passar por fatos. Rios, representados nos mapas por 
linhas claras, são transformados não apenas em fronteiras 
entre países, mas fronteiras “naturais”. Demarcações lin-
guísticas justifi cam fronteiras estatais.
A própria escolha dos nomes nos mapas costuma criar 
para os cartógrafos a necessidade de tomar decisões polí-
ticas. Como devem chamar lugares ou características geo-
gráfi cas que já têm vários nomes, ou aqueles cujos nomes 
foram mudados ofi cialmente? Se for oferecida uma lista 
alternativa, que nomes são indicados como principais? Se 
os nomes mudaram, por quanto tempo devem os nomes 
antigos ser lembrados?
(HOBSBAWM, Eric. Tempos fraturados. Trad. Berilo 
Vargas. São Paulo: Companhia das Letras, 2013, p. 109)
Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamen-
te o sentido de um segmento do primeiro parágrafo do texto 
em:
A) um ar de espúria objetividade = um aspecto de pre-
tensa verdade.
B) reino dos programas = domínio das ciências.
C) se fazem passar por fatos = subestimam a potência 
do que é real.
D) sabem com que frequência = conhecem o quanto é 
raro.
E) demarcações linguísticas = atribulações da lingua-
gem.
07. (TJ-MA – Técnico Judiciário – Técnico em Edifi -
cações – FCC -2019)
Como assistiremos a fi lmes daqui a 20 anos?
 
Com muitos cineastas trocando câmeras tradicionais 
por câmeras 360 (que capturam vistas de todos os ângu-
los), o momento atual do cinema é comparável aos primei-
ros anos intensamente experimentais dos fi lmes no fi nal do 
século 19 e início do século 20.
Uma série de tecnologias em rápido desenvolvimen-
to oferece um potencial incrível para o futuro dos fi lmes – 
como a realidade aumentada, a inteligência artifi cial e a ca-
pacidade cada vez maior de computadores de criar mundos 
digitais detalhados.
Como serão os fi lmes daqui a 20 anos? E como as his-
tórias cinematográfi cas do futuro diferem das experiências 
disponíveis hoje? De acordo com o guru da realidade virtual 
e artista Chris Milk, os fi lmes do futuro oferecerão experi-
ências imersivas sob medida. Eles serão capazes de “criar 
uma história em tempo real que é só para você, que satis-
faça exclusivamente a você e o que você gosta ou não”, 
diz ele.
 (Adaptado de: BUCKMASTER, Luke. 
Disponível em: www.bbc.com) 
O pronome “Eles”, em destaque no 3° parágrafo, faz 
referência aos
A) artistas individualistas do futuro.
B) fi lmes da atualidade.
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C) espectadores do futuro.
D) diretores hoje renomados.
E) fi lmes do futuro.
0 8. (Prefeitura de Campinas - SP – Agente Administrativo – VUNESP – 2019)
De acordo com a fala da personagem no último quadrinho, o diálogo
A) contrapõe-se à tolerância.
B) decorre da tolerância.
C) depende da tolerância.
D) aumenta a tolerância.
E) abre espaço para a tolerância.
09. ( Prefeitura de Itapevi - SP – Orientador Social – VUNESP – 2019)
No contexto da tira, emprega-se a frase
A) “O mundo é uma máquina...”, em sentido próprio, para fazer referência ao atual estágio de evolução tecnológica 
em que se encontra a humanidade.
B) “... é uma máquina de moer corações.”, em sentido fi gurado, para expressar a ideia de que, nas relações sociais, 
predominam o respeito e o altruísmo.
C) “Como alguém tem coragem de operar...”, em sentido fi gurado, para condenar a apatia de algumas pessoas em um 
contexto de transformações sociais.
D) “Certamente é gente...”, em sentido próprio, para negar que possam existir pessoas indiferentes ao fato de o mundo 
ser um ambiente hostil.
E) “... gente que não tem coração.”, em sentido fi gurado, para se referir à insensibilidade de pessoas cujas ações 
tornam o mundo um lugar opressivo.
Gabarito
01. A / 02. A / 03. B / 04. D / 05. C / 06. A / 07. E / 08. A / 09. E
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TIPOLOGIA TEXTUAL
Descrever, narrar, dissertar
Tudo o que se escreve é redação. Elaboramos bilhe-
tes, cartas, telegramas, respostas de questões discursivas, 
contos, crônicas, romances, empregando as modalidades 
redacionais ou tipos de composição: descrição, narra-
ção ou dissertação. Geralmente as modalidades redacio-
nais aparecem combinadas entre si. Seja qual for o tipo de 
composição, a criação de um texto envolve conteúdo (ní-
vel de ideias, mensagem, assunto), estrutura (organização 
das ideias, distribuição adequada em introdução, desenvol-
vimento e conclusão), linguagem (expressividade, seleção 
de vocabulário) e gramática (norma da língua).
Narra-se o que tem história, o que é factual, o que 
acontece no tempo; afinal, o narrador só conta o que viu 
acontecer, o que lhe contaram como tendo acontecido ou 
aquilo que ele próprio criou para acontecer.
Descreve-se o que tem sensorialidade e, principal-
mente, perceptibilidade; afinal, o descrevedor é um discri-
minador de sensações. Assim, descreve-se o que se vê ou 
imagina-se ver, o que se ouve ou imagina-se ouvir, o que se 
pega ou imagina-se pegar, o que se prova gustativamente 
ou imagina-se provar, o que se cheira ou imagina-se chei-
rar. Em outras palavras, descreve-se o que tem linhas, for-
ma, volume, cor, tamanho, espessura, consistência, cheiro, 
gosto etc. Sentimentos e sensações também podem ser ca-
racterizados pela descrição (exemplos: paixão abrasadora, 
raiva surda).
Disserta-se sobre o que pode ser discutido; o disser-
tador trabalha com ideias, para montar juízos e raciocínios.
Descrição
A descrição procura apresentar, com palavras, a ima-
gem de seres animados ou inanimados — em seus traços 
mais peculiares e marcantes —, captados através dos cinco 
sentidos. A caracterização desses entes obedece a uma de-
limitação espacial.
O quarto respirava todo um ar triste de desmazelo e 
boemia. Fazia má impressão estar ali: o vômito de Amâncio 
secava-se no chão, azedando o ambiente; a louça, que ser-
via ao último jantar, ainda coberta pela gordura coalhada, 
aparecia dentro de uma lata abominável, cheia de contu-
sões e roída de ferrugem. Uma banquinha, encostada à pa-
rede, dizia com seu frio aspecto desarranjado que alguém 
estivera aí a trabalhar durante a noite, até que se extinguira 
a vela, cujas últimas gotas de estearina se derramavam me-
lancolicamente pelas bordas de um frasco vazio de xarope 
Larose, que lhe fizera as vezes de castiçal.
(Aluísio Azevedo)
Narração
A narração constitui uma sequência temporal de ações 
desencadeadas por personagens envoltas numa trama que 
culmina num clímax e que, geralmente, esclarecesse no 
desfecho.
Ouvimos passos no corredor; era D. Fortunata. Capi-
tu compôsse depressa, tão depressa que, quando a mãe 
apontou à porta, ela abanava a cabeça e ria. Nenhum laivo 
amarelo, nenhuma contração de acanhamento, um riso es-
pontâneo e claro, que ela explicou por estas palavras ale-
gres:
— Mamãe, olhe como este senhor cabeleireiro me pen-
teou; pediu-me para acabar o penteado, e fez isto. Veja que 
tranças!
— Que tem? acudiu a mãe, transbordando de benevo-
lência. Está muito bem, ninguém dirá que é de pessoa que 
não sabe pentear.
— O quê, mamãe? Isto? redarguiu Capitu, desfazendo 
as tranças. Ora, mamãe!
E com um enfadamento gracioso e voluntário que às 
vezes tinha, pegou do pente e alisou os cabelos para reno-
var o penteado. D. Fortunata chamou-lhe tonta, e disse-lhe 
que não fizesse caso, não era nada, maluquices da filha. 
Olhava com ternura para mim e para ela. Depois, parece-
-me que desconfiou. Vendo-me calado, enfiado, cosido à 
parede, achou talvez que houvera entre nós algo mais que 
penteado,e sorriu por dissimulação...
(Machado de Assis)
O narrador conta fatos que ocorrem no tempo, recor-
dando, imaginando ou vendo... O descrevedor caracteriza 
entes localizados no espaço. Para isso, basta sentir, perce-
ber e, principalmente, ver. O dissertador expõe juízos estru-
turados racionalmente.
A trama narrativa apreende a ocorrência na sua dinâ-
mica temporal. O processo descritivo suspende o tempo e 
capta o ente na sua espacialidade atemporal. A estrutura 
dissertativa articula ideias, relaciona juízos, monta raciocí-
nios e engendra teses.
O texto narrativo é caracterizado pelos verbos nocio-
nais (ações, fenômenos e movimentos); o descritivo, pelos 
verbos relacionais (estados, qualidades e condições) ou 
pela ausência de verbos; o dissertativo, indiferentemente, 
pelos verbos nocionais e/ou relacionais.
Dissertação
A dissertação consiste na exposição lógica de ideias 
discutidas com criticidade por meio de argumentos bem 
fundamentados.
Homens e livros
Monteiro Lobato dizia que um país se faz com homens 
e livros. O Brasil tem homens e livros. O problema é o pre-
ço. A vida humana está valendo muito pouco, já as cifras 
cobradas por livros exorbitam.
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A notícia de que uma mãe vendeu o seu filho à enfer-
meira por R$ 200,00, em duas prestações, mostra como 
anda baixa a cotação da vida humana neste país. Se esse 
é o valor que uma mãe atribui a seu próprio filho, o que dizer 
quando não existem vínculos de parentesco. De uma fútil 
briga de trânsito aos interesses da indústria do tráfico, no 
Brasil, hoje, mata-se por nada.
A falta de instrução, impedindo a maioria dos brasileiros 
de conhecer o conceito de cidadania, está entre as causas 
das brutais taxas de violência registradas no país.
Os livros são, como é óbvio, a principal fonte de ins-
trução já inventada pelo homem. E, para aprender com os 
livros, são necessárias apenas duas condições: saber lê-los 
e poder adquiri-los. Pelo menos 23% dos brasileiros já en-
contram um obstáculo intransponível na primeira condição. 
Um número incalculável, mas certamente bastante alto, es-
barra na segunda.
Aqui, um exemplar de uma obra de cerca de cem pá-
ginas sai por cerca de R$ 15,00, ou seja, 15% do salário 
mínimo. Nos EUA, uma obra com quase mil páginas custa 
US$ 7,95, menos da metade da brasileira e com 900 pági-
nas a mais.
O principal fator para explicar o alto preço das edições 
nacionais são as pequenas tiragens. Num país onde pouco 
se lê, de nada adianta fazer grandes tiragens. Perde-se, as-
sim, a possibilidade de reduzir o custo do produto por meio 
dos ganhos de produção de escala.
Numa aparente contradição à famosa lei da oferta e da 
procura, o livro no Brasil é caro porque o brasileiro não lê. 
Vencer esse suposto paradoxo, alfabetizando a população 
e incentivando-a a ler cada vez mais, poderia resultar num 
salutar processo de queda do preço do livro e valorização 
da vida.
Um país se faz com homens e livros. Mas é preciso que 
os homens valham mais, muito mais, do que os livros.
(Folha de S. Paulo)
Na narração, encontramos traços descritivos que ca-
racterizam cenários, personagens ou outros elementos da 
história. 
A descrição pode iniciar-se com um pequeno parágra-
fo narrativo para precisar a localização espacial. 
A dissertação pode apresentar tese ou breves trechos 
argumentativos de natureza descritiva ou narrativa, desde 
que sejam exemplificativos para o assunto abordado. 
Resumindo:
A descrição caracteriza seres num determinado espa-
ço → fotografia.
A narração sequencia ações num determinado tem-
po → história.
A dissertação expõe, questiona e avalia juízos → dis-
cussão.
QUESTÕES
01. ( CRECI - 5º Região (GO) - Profissional de Supor-
te Administrativo – QUADRIX – 2019)
No texto, há predominância da tipologia:
A) narrativa.
B) dissertativa.
C) descritiva.
D) injuntiva.
E) instrucional.
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02. (Prefeitura de Cuiabá - MT - Profi ssional Nível Médio - Ofi cial Administrativo – IBFC – 2019) 
Leia a charge a seguir e assinale a alternativa incorreta.
A) O texto faz uso da prosopopeia, ou seja, da personifi cação de objetos inanimados para representar as mudanças 
tecnológicas.
B) O vocábulo “moleque”, que aparece no balão da direita, é o sujeito da oração.
C) O vocábulo “moleque”, que aparece no balão da direita, é o vocativo da oração.
D) O vocábulo “moleque”, que aparece no balão da direita, alude à novidade tecnológica.
03. (Prefeitura de Teixeiras - MG - Assistente Administrativo – FUNDEP -Gestão de Concursos – 2019)
Analise os textos a seguir.
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Apesar de distintos, os dois textos pertencem à mesma 
tipologia. Trata-se, portanto, de textos
A) injuntivos.
B) narrativos.
C) dissertativos.
D) descritivos.
04. (BRB – IADES-2019- Escriturário – IADES – 2019)
Com relação à tipologia, assinale a alternativa correta.
A) Os dois primeiros períodos do texto correspondem 
ao tópico-frasal de um parágrafo argumentativo, em que se 
apresenta um ponto de vista acerca dos primeiros compu-
tadores.
B) O parágrafo apresenta características de texto injun-
tivo, visto que pretende convencer o leitor da importância do 
uso de computadores em bancos e seguradoras.
C) O parágrafo corresponde à introdução de um texto 
narrativo, em que se apresenta a história da evolução dos 
computadores.
D) O texto é predominantemente informativo, já que 
pretende apenas apresentar fatos que compõem uma breve 
história dos computadores e a importância deles.
E) O texto é predominantemente descritivo, uma vez 
que objetiva pormenorizar o funcionamento dos computa-
dores do respectivo surgimento aos dias de hoje.
05. (Prefeitura de Salvador - BA - Técnico de Enfer-
magem do Trabalho – FGV – 2019)
Não foi para isso
“Não sei se é verdade. Dizem que Santos-Dumont sui-
cidou-se quando soube que, durante a Guerra Mundial, 
a primeira, de 1914 a 1918, estavam usando aviões para 
bombardear cidades indefesas. Não fora para isso -- pensa-
va ele -- que inventara a navegabilidade no ar, façanha que 
ninguém lhe contesta, tampouco inventara o avião, cuja au-
toria lhe é indevidamente negada pelos norte-americanos.
Excetuando o Dr. Guilhotin, que construiu um aparelho 
específi co para matar mais rapidamente durante os anos 
do Terror, na Revolução Francesa, em geral o pessoal que 
inventa alguma coisa pensa em benefi ciar a humanidade, 
dotando-a de recursos que tornam a vida melhor, se possí-
vel para todos”.
Carlos Heitor Cony, in Folha de São Paulo. 
27/12/2007.
Esse fragmento de uma crônica de Cony é um exemplo 
de texto:
A) didático, pois ensina algo sobre personagens famo-
sos.
B) descritivo, pois fornece dados sobre as invenções 
citadas.
C) narrativo, pois relata a história da criação do avião e 
da guilhotina.
D) argumentativo, pois apresenta fato que comprova o 
título da crônica.
E) histórico, pois traz informações sobre o passado a 
fi m de registrá-lo.
06. (DPE-RJ - Técnico Médio de Defensoria Pública 
– FGV – 2019)
“Em linhas gerais a arquitetura brasileira sempre con-
servou a boa tradição da arquitetura portuguesa. De Por-
tugal, desde o descobrimento do Brasil, vieram para aqui 
os fundamentos típicos da arquitetura colonial. Não se ve-
rifi cou, todavia, uma transplantação integral de gosto e de 
estilo, porque as novas condições de vida em clima e terras 
diferentes impuseram adaptações e mesmo improvisações 
que acabariam por dar à do Brasil uma feição um tanto dife-
rente da arquitetura genuinamente portuguesa ou de feição 
portuguesa. E como arquitetura portuguesa, nesse caso, 
cumpre reconhecer a de característica ou de estilo barroco”.
(Luís Jardim, Arquitetura brasileira. Cultura, SP: 1952)
Pela estrutura geral do texto 2,ele deve ser incluído 
entre os textos:
A) descritivos;
B) narrativos;
C) dissertativo-expositivos;
D) dissertativo-argumentativos;
E) injuntivos.
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07. (DPE-RJ - Técnico Médio de Defensoria Pública – FGV – 2019)
O jornal O Globo, de 15/2/2019, publicou o seguinte texto:
“Sem equipamentos, previsão de tempo no Rio é falha. Dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) mos-
tram que o Rio tem apenas sete estações meteorológicas na capital, insufi cientes para prever ou monitorar com precisão o 
volume de chuvas. Pelo padrão internacional, seriam necessárias 84 no município. Falta de pessoal também é problema”.
Sendo um texto informativo, o texto apresenta a seguinte falha:
A) mostra dois problemas sem dar detalhes;
B) deixa de indicar o problema mais grave;
C) não indica a razão de a previsão ser falha;
D) anexa uma frase fi nal não previsível no título;
E) confusão semântica entre Rio, capital e município.
08. (UERJ – Técnico em Enfermagem – CEPUERJ – 2019) 
A fala do médico pode ser considerada um exemplo do modo de organização textual:
A) argumentativo, uma vez que apresenta argumentos para defender a literatura como método terapêutico.
B) injuntivo, uma vez que apresenta instruções para a obtenção de uma vida saudável por meio da terapia literária.
C) narrativo, uma vez que narra situações em que a literatura pode ser empregada como um recurso terapêutico.
D) descritivo, uma vez que descreve os procedimentos terapêuticos necessários para viver melhor com o auxílio da 
literatura.
Gabarito
01. B / 02. B / 03. A / 04. D / 05.D / 06. D / 07.D / 08. B
GÊNEROS TEXTUAIS
Os gêneros variam de acordo com a intenção comunicativa e com as particularidades em relação à linguagem, à 
estrutura e ao conteúdo. Assim, os gêneros textuais exercem uma função social dentro de um processo de comunicação.
O processo de comunicação se dá através dos gêneros textuais, pois eles estão intimamente ligados à história da 
comunicação e da linguagem. Cada gênero textual apresenta especifi cidades que permitem identifi car a sua classifi cação. 
Os gêneros possuem estruturas e características próprias, no entanto, vale ressaltar que eles são fl exíveis e não possuem 
estrutura fi xa.
Desse modo, os gêneros textuais estão em permanente evolução. Isso signifi ca que dependendo da necessidade de 
comunicação, novos gêneros podem surgir. A linguagem aparece nos textos de forma diversa. Alguns textos podem apre-
sentar mais de um tipo de linguagem, em outros a linguagem pode aparecer de forma mesclada. Portanto, para identifi car 
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o gênero de um texto, é preciso observar qual a linguagem 
predominante. Para isso, o primeiro passo é conhecer quais 
são os tipos de gêneros textuais.
Propaganda
Conjunto das técnicas e atividades de informação e de 
persuasão, destinadas a influenciar as opiniões, os senti-
mentos e as atitudes do público num determinado sentido. 
Ação planejada e racional, desenvolvida através dos veí-
culos de comunicação, para divulgação das vantagens, 
das qualidades e da superioridade de um produto, de um 
serviço, de uma marca, de uma ideia, de uma doutrina, de 
uma instituição etc. Processo de disseminar informações 
para fins ideológicos (políticos, filosóficos, religiosos) ou 
para fins comerciais. No Brasil e em alguns outros países 
de língua latina, as palavras propaganda e publicidade são 
geralmente usadas com o mesmo sentido, e esta tendência 
para ser definitiva, independente das tentativas de definição 
que possamos elaborar em dicionários ou em livros acadê-
micos. As expressões agência de propaganda e agência de 
publicidade são usadas indistintamente. 
Qualquer mensagem, texto, anúncio, cartaz etc., com 
caráter publicitário.
(Dicionário de Comunicação, Carlos Alberto Rabaça.)
Anúncio publicitário
O anúncio publicitário (ou simplesmente publicidade) 
é um gênero textual que promove um produto ou uma ideia 
sendo veiculado pelos meios de comunicação de massa: 
jornais, revistas, televisão, rádio e internet. Podemos en-
contrá-lo também em outdoors, panfletos, faixas ou carta-
zes na rua, no ônibus, no metrô etc.
A principal característica desse tipo de texto é precisa-
mente o convencimento do consumidor para a compra 
de um produto ou serviço.
Os publicitários, ou seja, aqueles que produzem os 
anúncios publicitários, utilizam diversas ferramentas dis-
cursivas, como imagens linguagens simples e humor, 
como o intuito de chamar a atenção do consumidor. Para 
tanto, apresentam verbos no imperativo, vocativo ou prono-
mes de tratamento como você, senhor, senhora etc.
“Você também pode ter um”; “Estudante, faça o curso 
conosco”, “Compre dois e leve três”.
De acordo com as funções de linguagem, os anúncios 
publicitários são textos que apresentam a função conati-
va ou apelativa da linguagem.
Publicidade de utilidade pública
Destina-se a divulgar temas de interesse social e apre-
senta comando de ação objetivo, claro e de fácil entendi-
mento, com o intuito de informar, educar, orientar, mobilizar, 
prevenir ou alertar a população para a adoção de compor-
tamentos que gerem benefícios individuais e/ou coletivos;
Publicidade de utilidade pública deve:
I. Vincular-se a objetos sociais de inquestionável inte-
resse público, sempre assumindo caráter educativo, infor-
mativo ou de orientação social;
II. Conter sempre um comando, que oriente a popula-
ção a adotar um comportamento, e uma promessa de be-
nefício, individual ou coletivo, que possa vir a ser cobrado 
pelo cidadão;
III. Expressar-se com objetividade e clareza;
IV. Utilizar linguagem de fácil entendimento para o ci-
dadão.
Cartum (do inglês cartoon)
“Desenho caricatural que apresenta uma situação hu-
morística, utilizando, ou não, legendas.” (Aurélio). Desenho 
humorístico ou caricatural, espécie de anedota gráfica, que 
satiriza os comportamentos humanos, geralmente destina-
da à publicação jornalística.
Charge
Representação pictórica, de caráter burlesco e carica-
tural, em que se satiriza um fato específico, em geral de 
caráter político e que é do conhecimento público.
Tira
Segmento de uma história em quadrinhos, usualmente 
constituído de uma única faixa horizontal, contendo três ou 
quatro quadros.
História em quadrinhos
Arte de narrar uma história através da sequência de de-
senhos e legendas dispostos em quadros.
Slogan
Palavra ou frase usada com frequência, em geral asso-
ciada à propaganda comercial. Expressão concisa, fácil de 
lembrar, utilizada em campanhas políticas, de publicidade, 
de propaganda, para lançar um produto, marca etc.
Carta
A carta é uma modalidade redacional livre, pois nela 
podem aparecer a narração, a descrição, a reflexão ou o 
parecer dissertativo. O que determina a abordagem, a lin-
guagem e os aspectos formais de uma carta é o fim a que 
ela se destina: um amigo, um negócio, um interesse pesso-
al, um ente amado, um parente, uma seção de jornal ou re-
vista etc. Assim, as cartas podem ser amorosas, familiares, 
didáticas, apreciativas ou críticas, doutrinárias.
A estética da carta varia conforme a finalidade. Se o 
destinatário é um órgão do governo, a carta deve conter 
procedimentos formais como a disposição da data, do vo-
cativo (nome, cargo ou título do destinatário), do remetente 
e a assinatura.
No caso das correspondências comercial e oficial — 
textos jurídicos, comunicados, ofícios, memorandos emiti-
dos por órgãos públicos —, a linguagem é muitas vezes 
feita de jargões e expressões de uso comum ao contexto 
que lhes é próprio.
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Quando um exame vestibular sugere uma carta como proposta, o aspecto formal, bem como a abertura e o fechamen-
to do texto segundo o jargão, é irrelevante,pois o que prevalece é o conteúdo e a linguagem.
O gênero epistolar na literatura
É preciso enfatizar que uma obra literária pode apresentar a forma de carta sem, contudo, pertencer ao gênero epis-
tolar, como é, por exemplo, o caso de Lucíola, de José de Alencar: a história é narrada através de cartas dirigidas a uma 
senhora, o que não descaracteriza a obra como romance.
Há exemplos famosos de correspondências apreciativas ou críticas, como as de Machado de Assis, Eça de Queirós, 
Mário de Andrade e outros escritores.
Entre as cartas doutrinárias, temos as religiosas, como as epístolas de São Paulo, e as políticas, como algumas cartas 
de Pe. Antônio Vieira.
Carta persuasiva
A carta tem teor crítico e assemelha-se à dissertação, quando a intenção de quem escreve é envolver o leitor de ma-
neira a persuadi-lo a fazer algo, ou mudar de opinião a respeito de determinado assunto. A diferença entre as duas moda-
lidades (carta e dissertação) é que na carta aparece o vocativo (pessoa a quem se destina); assim, o leitor é determinado 
e não impessoal como no caso da dissertação. Na carta persuasiva, o remetente deve apresentar um texto organizado 
segundo a estrutura dissertativa (tese, argumentação e conclusão). Os argumentos devem ser bem fundamentados a 
partir de exemplos extraídos do cotidiano ou da história e a conclusão deve convencer o destinatário a apoiar o remetente.
Dessa forma, tanto na carta quanto na dissertação são indispensáveis:
a) organização: obedecer à sequência lógica do assunto;
b) unidade: o corpo da carta (conteúdo) deve relacionar-se (sem desvios) ao assunto posto em discussão;
c) coerência: ideias devidamente concatenadas entre parágrafos e uso correto dos elementos de ligação (preposi-
ções, conjunções e advérbios);
d) clareza: diversidade e adequação do vocabulário; a linguagem deve refletir o padrão culto da língua;
e) concisão: as palavras em pregadas devem ser fundamentais e informativas;
f) criticidade: exame e discussão crítica do assunto.
A carta persuasiva é uma das opções do vestibular da Unicamp.
No vestibular, se optar pela carta, você deve lembrar-se de que esta modalidade textual tem por finalidade persu-
adir o leitor. Portanto, a argumentação é o forte, tal como no caso do texto dissertativo. Lembre-se, também, de não 
assiná-la ao terminar; use apenas as iniciais de seu nome.
-
Os pronomes de tratamento devem ser usados corretamente, bem como suas abreviações.
Abreviatura
Vossa(s) Alteza(s) V.A., VV.AA. Príncipes, (arqui) duques
Vossa(s) Eminência(s) V.Emª(s) Cardeais
Vossa(s) Excelência(s) V.Exª(s) Altas autoridades do governo e das classes ar-madas
Vossa(s) Magnificência(s) V.Magª(s) Reitores de universidades
Vossa Santidade V.S. Papa
Vossa(s) Senhoria(s) V.Sª(s) Funcionários públicos, oficiais até coronel, pes-soas de cerimônia
AO ESTABELECIMENTO DE RELAÇÕES INTRATEXTUAIS E INTERTEXTUAIS; 
INTERTEXTUALIDADE
Intertextualidade é o nome dado à relação que se estabelece entre dois textos, quando um texto já criado exerce in-
fluência na criação de um novo texto. Pode-se definir, então, a intertextualidade como sendo a criação de um texto a partir 
de outro texto já existente. Dependendo da situação, a intertextualidade tem funções diferentes que dependem muito dos 
textos/contextos em que ela é inserida.
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O diálogo pode ocorrer em diversas áreas do conheci-
mento, não se restringindo única e exclusivamente a textos 
literários.
Em alguns casos pode-se dizer que a intertextualidade 
assume a função de não só persuadir o leitor como também 
de difundir a cultura, uma vez que se trata de uma relação 
com a arte (pintura, escultura, literatura etc). Intertextualida-
de é a relação entre dois textos caracterizada por um citar 
o outro.
A intertextualidade é o diálogo entre textos. Ocorre 
quando um texto (oral, escrito, verbal ou não verbal), de 
alguma maneira, se utiliza de outro na elaboração de sua 
mensagem. Os dois textos – a fonte e o que dialoga com 
ela – podem ser do mesmo gênero ou de gêneros distintos, 
terem a mesma finalidade ou propósitos diferentes. Assim, 
como você constatou, uma história em quadrinhos pode 
utilizar algo de um texto científico, assim como um poema 
pode valer-se de uma letra de música ou um artigo de opi-
nião pode mencionar um provérbio conhecido.
Há várias maneiras de um texto manter intertextua-
lidade com outro, entre elas, ao citá-lo, ao resumi-lo, ao 
reproduzi-lo com outras palavras, ao traduzi-lo para outro 
idioma, ao ampliá-lo, ao tomá-lo como ponto de partida, ao 
defendê-lo, ao criticá-lo, ao ironizá-lo ou ao compará-lo com 
outros.
Os estudiosos afirmam que em todos os textos ocor-
re algum grau de intertextualidade, pois quando falamos, 
escrevemos, desenhamos, pintamos, moldamos, ou seja, 
sempre que nos expressamos, estamos nos valendo de 
ideias e conceitos que já foram formulados por outros para 
reafirmá-los, ampliá-los ou mesmo contradizê-los. Em ou-
tras palavras, não há textos absolutamente originais, pois 
eles sempre – de maneira explícita ou implícita – mantêm 
alguma relação com algo que foi visto, ouvido ou lido.
Tipos de Intertextualidade
A intertextualidade acontece quando há uma referência 
explícita ou implícita de um texto em outro. Também pode 
ocorrer com outras formas além do texto, música, pintura, 
filme, novela etc. Toda vez que uma obra fizer alusão à ou-
tra ocorre a intertextualidade. 
Por isso é importante para o leitor o conhecimento 
de mundo, um saber prévio, para reconhecer e identificar 
quando há um diálogo entre os textos. A intertextualidade 
pode ocorrer afirmando as mesmas ideias da obra citada 
ou contestando-as. 
Na paráfrase as palavras são mudadas, porém a ideia 
do texto é confirmada pelo novo texto, a alusão ocorre para 
atualizar, reafirmar os sentidos ou alguns sentidos do texto 
citado. É dizer com outras palavras o que já foi dito. 
A paródia é uma forma de contestar ou ridicularizar ou-
tros textos, há uma ruptura com as ideologias impostas e 
por isso é objeto de interesse para os estudiosos da língua 
e das artes. Ocorre, aqui, um choque de interpretação, a 
voz do texto original é retomada para transformar seu sen-
tido, leva o leitor a uma reflexão crítica de suas verdades 
incontestadas anteriormente, com esse processo há uma 
indagação sobre os dogmas estabelecidos e uma busca 
pela verdade real, concebida através do raciocínio e da crí-
tica. Os programas humorísticos fazem uso contínuo dessa 
arte, frequentemente os discursos de políticos são aborda-
dos de maneira cômica e contestadora, provocando risos e 
também reflexão a respeito da demagogia praticada pela 
classe dominante. 
A Epígrafe é um recurso bastante utilizado em obras, 
textos científicos, desde artigos, resenhas, monografias, 
uma vez que consiste no acréscimo de uma frase ou pará-
grafo que tenha alguma relação com o que será discutido 
no texto. Do grego, o termo “epígrafhe” é formado pelos vo-
cábulos “epi” (posição superior) e “graphé” (escrita). Como 
exemplo podemos citar um artigo sobre Patrimônio Cultural 
e a epígrafe do filósofo Aristóteles (384 a.C.-322 a.C.): “A 
cultura é o melhor conforto para a velhice”.
A Citação é o Acréscimo de partes de outras obras 
numa produção textual, de forma que dialoga com ele; ge-
ralmente vem expressa entre aspas e itálico, já que se trata 
da enunciação de outro autor. Esse recurso é importante 
haja vista que sua apresentação sem relacionar a fonte uti-
lizada é considerado “plágio”. Do Latim, o termo “citação” 
(citare) significa convocar.
A Alusão faz referência aos elementos presentes em 
outros textos. Do Latim, o vocábulo “alusão” (alludere) é 
formado por dois termos: “ad” (a, para) e “ludere” (brincar).
Pastiche é uma recorrência a um gênero.
A Tradução está no campo da intertextualidade porque 
implica a recriação de um texto.
Evidentemente, a intertextualidade está ligada ao “co-
nhecimentode mundo”, que deve ser compartilhado, ou 
seja, comum ao produtor e ao receptor de textos. 
A intertextualidade pressupõe um universo cultural 
muito amplo e complexo, pois implica a identificação / o re-
conhecimento de remissões a obras ou a textos / trechos 
mais, ou menos conhecidos, além de exigir do interlocutor 
a capacidade de interpretar a função daquela citação ou 
alusão em questão. 
Intertextualidade explícita e intertextualidade implí-
cita
A intertextualidade pode ser caracterizada como explícita 
ou implícita, de acordo com a relação estabelecida com o 
texto fonte, ou seja, se mais direta ou se mais subentendida.
A intertextualidade explícita:
- é facilmente identificada pelos leitores;
- estabelece uma relação direta com o texto fonte;
- apresenta elementos que identificam o texto fonte;
- não exige que haja dedução por parte do leitor;
- apenas apela à compreensão do conteúdos.
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A intertextualidade implícita:
- não é facilmente identifi cada pelos leitores;
- não estabelece uma relação direta com o texto fonte;
- não apresenta elementos que identifi cam o texto fonte;
- exige que haja dedução, inferência, atenção e análise 
por parte dos leitores;
- exige que os leitores recorram a conhecimentos pré-
vios para a compreensão do conteúdo.
Questões
01. (Prefeitura de Rondonópolis – MT – Procurador 
Jurídico – Prefeitura de Rondonópolis – 2019)
Instrução: Leia atentamente os dois primeiros pa-
rágrafos do texto Panta rei?, do fi lósofo Mario Sergio 
Cortella e responda à questão.
Novo ano, vida nova? Esperança não delirante? Então, 
mais uma vez, cante -se a primeira estrofe da marcha-ran-
cho “Até quarta-feira” (composta por H. Silva e Paulo Setti), 
grande sucesso em 1967 na voz do sambista Noite Ilustra-
da: “este ano não vai ser igual àquele que passou”. Então, 
novamente, levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima! 
Em meados do século 20, o mesmo Noite Ilustrada gravou 
esse clássico do cientista Paulo Vanzolini e, desde aquela 
época, amiúde recordamos da fundamental – em todos os 
sentidos – “Volta por cima”. Afi nal em vários momentos e de 
muitas maneiras, cada um do seu jeito, sempre podemos 
dizer que “ali onde eu chorei / qualquer um chorava / dar a 
volta por cima que eu dei / quero ver quem dava”.
Este ano não vai ser igual àquele que passou! Aliás, da-
ria para ser de outro modo? Há possibilidade de algum ano, 
mês ou dia ser idêntico a outro qualquer, como se fi cás-
semos aprisionados no “feitiço do tempo”? Eis aí a chave 
para abrir um dos pensamentos mais instigantes quando se 
deseja refl etir sobre a vida no dia a dia e as intercorrências 
dela advindas; fala-se com frequência uma frase que pare-
ceria máxima popular: “Nenhum homem toma banho duas 
vezes no mesmo rio, pois, quando volta a ele, nem o rio é o 
mesmo e nem mais o homem o é”. [...]
(CORTELLA, M. S. Não espere pelo epitáfi o. Provo-
cações fi losófi cas. Petrópolis: Vozes, 2014.)
Entre os recursos linguísticos empregados na constru-
ção de um texto está a intertextualidade. Qual trecho desse 
texto NÃO é exemplo de intertextualidade explícita?
A) este ano não vai ser igual àquele que passou.
B) um dos pensamentos mais instigantes quando se 
deseja refl etir sobre a vida no dia a dia.
C) levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima.
D) ali onde eu chorei / qualquer um chorava / dar a 
volta por cima que eu dei / quero ver quem dava.
02. (CS-UFG – Técnico de Engenharia – SANEAGO 
– 2018)
RUCKE. Disponível em: <http://hfgeografi a.blogspot.
com.br/2011/10/?m=0>. Acesso em: 20 jan. 2018.
Quanto à construção de sentido do texto, o principal re-
curso empregado foi a:
A) ambiguidade.
B) intertextualidade.
C) inferência.
D) pressuposição.
03. (TJ-CE – Técnico Judiciário- Área Judiciária – 
FGV – 2019)
Algumas frases são construídas tendo por base outras 
já formuladas e conhecidas (intertextualidade); isso só NÃO 
ocorre em:
A) Em dentadura dada não se olham os dentes;
B) A justiça pode ser cega, mas não devemos fazê-la 
paralítica;
C) Água mole em pedra dura tanto bate até que causa 
um rombo;
D) A pressa é inimiga da refeição;
E) Para mim, o verdadeiro valor é a prudência.
04. (Prefeitura de Quatro Barras – PR – Agente de 
Combate a Endemias – NC- UFPR-2019)
Livro “A Hora do Lanche” avalia merendas pelo 
mundo
 _______________ seja recomendada a presença de 
verduras nas merendas, as escolas indianas dependem 
muito do custo governamental, que é bastante precário, e 
logo não dispõem de recursos fi nanceiros para comprá-las. 
Conhecido como dal, esse prato de lentilha, ervilha ou grão 
de bico cozido, é uma das refeições mais comuns na Índia, 
rico em proteína, ferro e fi bras, e ideal para os indianos que 
seguem a religião hinduísta e não comem carnes.
 A sopa colorida chama-se borsch e a cor intensa vem 
da beterraba, rica em fi bras e excelente fonte de nutrientes. 
A kasha é um mingau feito de trigo ou outros cereais, como 
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farinha e aveia, temperado com sal, manteiga e cebola frita. 
O pão está sempre presente no prato dos russos, que che-
gam a comer em média 60 kg de pão por ano.
 Não há programa de merenda escolar no México, por 
isso as crianças comem o que trazem de casa. Batata chips 
é um petisco comum entre os alunos, sendo acompanha-
da – pela maior parte das crianças – por refrigerante. Pou-
cas escolhem algo mais saudável, como frutas, sanduíche 
natural e suco. Não é à toa que 1/3 das crianças em idade 
escolar estão com sobrepeso ou obesas.
 As cenouras são o segundo legume predileto dos 
ingleses, e são cultivadas no próprio país. Rosbife ou carne 
assada com molho é a receita do prato tradicional inglês. 
O yorkshire pudding é um bolinho assado e depois frito, que 
era servido de acompanhamento para reforçar o jantar das 
famílias mais pobres, e hoje alunos ingleses de baixa renda 
podem comer de graça nas escolas.
(Adaptado de: https://revistacrescer.globo.com/Crian-
cas/Alimentacao/noticia/2015/08/livro-hora-do-lanche-ava-
lia-merendas-pelo-mundo.html) 
 
As palavras dal, borsch e kash estão em itálico com 
a finalidade de:
A) destacar que essas palavras podem esclarecer dú-
vidas.
B) justificar uma nomenclatura científica.
C) explicitar as características de cada prato.
D) ressaltar que são nomes próprios.
E) enfatizar que são palavras estrangeiras.
05. (Prefeitura de Várzea – PB – Professor de Edu-
cação Básica II – Língua Portuguesa – EDUCA – 2019) 
 [...] é uma referência ou uma incorporação de um ele-
mento discursivo a outro, podendo-se reconhecê-lo quan-
do um autor constrói a sua obra com referências a textos, 
imagens ou a sons de outras obras e autores e até por si 
mesmo, como uma forma de reverência, de complemento e 
de elaboração do nexo e sentido deste texto/imagem.
Esse conceito caracteriza
A) Parataxe.
B) Estilística.
C) Intertextualidade.
D) Polissemia.
E) Multimodalidade.
06. (Prefeitura de Quatro Barras -PR – Agente de 
Combate a Endemias – NC-UFPR – 2019)
Considere o seguinte texto: Cuide de sua ligação 
de água!
A responsabilidade pela integridade do cavalete e do 
hidrômetro é do cliente a partir da adesão ao serviço. Vale 
lembrar que o cliente está sujeito a sanções administrativas 
e custos de regularização nos casos de violação, furto, per-
da, quebra ou adulteração do padrão da ligação. 
(http://site.sanepar.com.br/sites/site.sanepar.com.br/
files/clientes2012/guia-do-cliente.pdf)
O trecho retirado do site da Sanepar faz referência a:
A) solicitação de serviço.
B) deveres do cliente em relação ao hidrômetro.
C) aplicação de multa ao cliente.
D) denúncia de violação de hidrômetro.
E) oferta de venda de hidrômetro.
Gabarito
01. B / 02. B / 03. E / 04. E / 05. C / 06. B
AO RECONHECIMENTO DA FUNÇÃO DESEMPE-
NHADA POR DIFERENTES RECURSOS GRAMA-
TICAISNO TEXTO, NOS NÍVEIS FONOLÓGICO, 
MORFOLÓGICO, SINTÁTICO, SEMÂNTICO E 
TEXTUAL/DISCURSIVO; 
FONÉTICA E FONOLOGIA: LETRA E FONEMA
A palavra fonologia é formada pelos elementos gregos 
fono (“som, voz”) e log, logia (“estudo”, “conhecimento”). 
Significa literalmente “estudo dos sons” ou “estudo dos sons 
da voz”. Fonologia é a parte da gramática que estuda os 
sons da língua quanto à sua função no sistema de comuni-
cação linguística, quanto à sua organização e classificação. 
Cuida, também, de aspectos relacionados à divisão silábi-
ca, à ortografia, à acentuação, bem como da forma correta 
de pronunciar certas palavras. Lembrando que, cada indiví-
duo tem uma maneira própria de realizar estes sons no ato 
da fala. Particularidades na pronúncia de cada falante são 
estudadas pela Fonética.
Na língua falada, as palavras se constituem de fone-
mas; na língua escrita, as palavras são reproduzidas por 
meio de símbolos gráficos, chamados de letras ou grafe-
mas. Dá-se o nome de fonema ao menor elemento sonoro 
capaz de estabelecer uma distinção de significado entre as 
palavras. Observe, nos exemplos a seguir, os fonemas que 
marcam a distinção entre os pares de palavras:
amor – ator / morro – corro / vento - cento
Cada segmento sonoro se refere a um dado da língua 
portuguesa que está em sua memória: a imagem acústica 
que você - como falante de português - guarda de cada um 
deles. É essa imagem acústica que constitui o fonema. Este 
forma os significantes dos signos linguísticos. Geralmente, 
aparece representado entre barras: /m/, /b/, /a/, /v/, etc.
Fonema e Letra
- O fonema não deve ser confundido com a letra. Esta é 
a representação gráfica do fonema. Na palavra sapo, por 
exemplo, a letra “s” representa o fonema /s/ (lê-se sê); já na 
palavra brasa, a letra “s” representa o fonema /z/ (lê-se zê).
- Às vezes, o mesmo fonema pode ser representado 
por mais de uma letra do alfabeto. É o caso do fonema /z/, 
que pode ser representado pelas letras z, s, x: zebra, casa-
mento, exílio.
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- Em alguns casos, a mesma letra pode representar mais de um fonema. A letra “x”, por exemplo, pode representar:
- o fonema /sê/: texto
- o fonema /zê/: exibir
- o fonema /che/: enxame
- o grupo de sons /ks/: táxi
- O número de letras nem sempre coincide com o número de fonemas.
Tóxico = fonemas: /t/ó/k/s/i/c/o/ letras: t ó x i c o
 1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 5 6
Galho = fonemas: /g/a/lh/o/ letras: g a l h o
 1 2 3 4 1 2 3 4 5
- As letras “m” e “n”, em determinadas palavras, não representam fonemas. Observe os exemplos: compra, conta. 
Nestas palavras, “m” e “n” indicam a nasalização das vogais que as antecedem: /õ/. Veja ainda: nave: o /n/ é um fonema; 
dança: o “n” não é um fonema; o fonema é /ã/, representado na escrita pelas letras “a” e “n”.
- A letra h, ao iniciar uma palavra, não representa fonema.
Hoje = fonemas: ho / j / e / letras: h o j e
 1 2 3 1 2 3 4
Classificação dos Fonemas
Os fonemas da língua portuguesa são classificados em:
1) Vogais
As vogais são os fonemas sonoros produzidos por uma corrente de ar que passa livremente pela boca. Em nossa 
língua, desempenham o papel de núcleo das sílabas. Isso significa que em toda sílaba há, necessariamente, uma única 
vogal.
Na produção de vogais, a boca fica aberta ou entreaberta. As vogais podem ser:
- Orais: quando o ar sai apenas pela boca: /a/, /e/, /i/, /o/, /u/.
- Nasais: quando o ar sai pela boca e pelas fossas nasais.
/ã/: fã, canto, tampa 
/ ẽ /: dente, tempero
/ ĩ/: lindo, mim
/õ/: bonde, tombo
/ ũ /: nunca, algum
- Átonas: pronunciadas com menor intensidade: até, bola.
- Tônicas: pronunciadas com maior intensidade: até, bola.
Quanto ao timbre, as vogais podem ser:
- Abertas: pé, lata, pó
- Fechadas: mês, luta, amor
- Reduzidas - Aparecem quase sempre no final das palavras: dedo (“dedu”), ave (“avi”), gente (“genti”).
2) Semivogais
Os fonemas /i/ e /u/, algumas vezes, não são vogais. Aparecem apoiados em uma vogal, formando com ela uma só 
emissão de voz (uma sílaba). Neste caso, estes fonemas são chamados de semivogais. A diferença fundamental entre 
vogais e semivogais está no fato de que estas não desempenham o papel de núcleo silábico.
Observe a palavra papai. Ela é formada de duas sílabas: pa - pai. Na última sílaba, o fonema vocálico que se destaca 
é o “a”. Ele é a vogal. O outro fonema vocálico “i” não é tão forte quanto ele. É a semivogal. Outros exemplos: saudade, 
história, série.
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3) Consoantes
Para a produção das consoantes, a corrente de ar expirada pelos pulmões encontra obstáculos ao passar pela cavi-
dade bucal, fazendo com que as consoantes sejam verdadeiros “ruídos”, incapazes de atuar como núcleos silábicos. Seu 
nome provém justamente desse fato, pois, em português, sempre consoam (“soam com”) as vogais. Exemplos: /b/, /t/, /d/, 
/v/, /l/, /m/, etc.
Encontros Vocálicos
Os encontros vocálicos são agrupamentos de vogais e semivogais, sem consoantes intermediárias. É importante 
reconhecê-los para dividir corretamente os vocábulos em sílabas. Existem três tipos de encontros: o ditongo, o tritongo e 
o hiato.
1) Ditongo
É o encontro de uma vogal e uma semivogal (ou vice-versa) numa mesma sílaba. Pode ser:
- Crescente: quando a semivogal vem antes da vogal: sé-rie (i = semivogal, e = vogal)
- Decrescente: quando a vogal vem antes da semivogal: pai (a = vogal, i = semivogal)
- Oral: quando o ar sai apenas pela boca: pai
- Nasal: quando o ar sai pela boca e pelas fossas nasais: mãe
2) Tritongo
É a sequência formada por uma semivogal, uma vogal e uma semivogal, sempre nesta ordem, numa só sílaba. Pode 
ser oral ou nasal: Paraguai - Tritongo oral, quão - Tritongo nasal.
3) Hiato
É a sequência de duas vogais numa mesma palavra que pertencem a sílabas diferentes, uma vez que nunca há mais 
de uma vogal numa mesma sílaba: saída (sa-í-da), poesia (po-e-si-a).
Encontros Consonantais
O agrupamento de duas ou mais consoantes, sem vogal intermediária, recebe o nome de encontro consonantal. Exis-
tem basicamente dois tipos:
1-) os que resultam do contato consoante + “l” ou “r” e ocorrem numa mesma sílaba, como em: pe-dra, pla-no, a-tle-ta, 
cri-se.
2-) os que resultam do contato de duas consoantes pertencentes a sílabas diferentes: por-ta, rit-mo, lis-ta.
Há ainda grupos consonantais que surgem no início dos vocábulos; são, por isso, inseparáveis: pneu, gno-mo, psi-
-có-lo-go.
Dígrafos
De maneira geral, cada fonema é representado, na escrita, por apenas uma letra: lixo - Possui quatro fonemas e 
quatro letras.
Há, no entanto, fonemas que são representados, na escrita, por duas letras: bicho - Possui quatro fonemas e cinco 
letras.
Na palavra acima, para representar o fonema /xe/ foram utilizadas duas letras: o “c” e o “h”.
Assim, o dígrafo ocorre quando duas letras são usadas para representar um único fonema (di = dois + grafo = letra). 
Em nossa língua, há um número razoável de dígrafos que convém conhecer. Podemos agrupá-los em dois tipos: conso-
nantais e vocálicos.
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Dígrafos Consonantais
Letras Fonemas Exemplos
lh /lhe/ telhado
nh /nhe/ marinheiro
ch /xe/ chave
rr /re/ (no interior da palavra) carro
ss /se/ (no interior da palavra) passo
qu /k/ (qu seguido de e e i) queijo, quiabo
gu /g/ ( gu seguido de e e i) guerra, guia
sc /se/ crescer
sç /se/ desço
xc /se/ exceção
Dígrafos Vocálicos
Registram-se na representação das vogais nasais:Fonemas Letras Exemplos
/ã/ am tampa
 an canto
/ẽ/	 	 em	 	 templo
 en lenda 
	/ĩ/	 	 im	 	 limpo
 in lindo
 õ/ om tombo 
 on tonto 
/ũ/	 	 um	 	 chumbo
 un corcunda
* Observação: “gu” e “qu” são dígrafos somente quando seguidos de “e” ou “i”, representam os fonemas /g/ e /k/: 
guitarra, aquilo. Nestes casos, a letra “u” não corresponde a nenhum fonema. Em algumas palavras, no entanto, o “u” 
representa um fonema - semivogal ou vogal - (aguentar, linguiça, aquífero...). Aqui, “gu” e “qu” não são dígrafos. Também 
não há dígrafos quando são seguidos de “a” ou “o” (quase, averiguo) . 
** Dica: Conseguimos ouvir o som da letra “u” também, por isso não há dígrafo! Veja outros exemplos: Água = /agua/ 
nós pronunciamos a letra “u”, ou então teríamos /aga/. Temos, em “água”, 4 letras e 4 fonemas. Já em guitarra = /gitara/ - 
não pronunciamos o “u”, então temos dígrafo [aliás, dois dígrafos: “gu” e “rr”]. Portanto: 8 letras e 6 fonemas).
Dífonos
Assim como existem duas letras que representam um só fonema (os dígrafos), existem letras que representam dois 
fonemas. Sim! É o caso de “fixo”, por exemplo, em que o “x” representa o fonema /ks/; táxi e crucifixo também são exem-
plos de dífonos. Quando uma letra representa dois fonemas temos um caso de dífono.
Fontes de pesquisa:
http://www.soportugues.com.br/secoes/fono/fono1.php
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português: novas palavras: literatura, gramática, redação / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: 
Saraiva, 2010.
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Questões
1-) (PREFEITURA DE PINHAIS/PR – INTÉRPRETE 
DE LIBRAS – FAFIPA/2014) Em todas as palavras a seguir 
há um dígrafo, EXCETO em 
(A) prazo. 
(B) cantor. 
(C) trabalho. 
(D) professor.
1-) 
(A) prazo – “pr” é encontro consonantal
(B) cantor – “an” é dígrafo 
(C) trabalho – “tr” encontro consonantal / “lh” é dígrafo 
(D) professor – “pr” encontro consonantal q “ss” é dí-
grafo
RESPOSTA: “A”.
2-) (PREFEITURA DE PINHAIS/PR – INTÉRPRETE 
DE LIBRAS – FAFIPA/2014) Assinale a alternativa em que 
os itens destacados possuem o mesmo fonema consonan-
tal em todas as palavras da sequência. 
(A) Externo – precisa – som – usuário. 
(B) Gente – segurança – adjunto – Japão. 
(C) Chefe – caixas – deixo – exatamente. 
(D) Cozinha – pesada – lesão – exemplo.
2-) Coloquei entre barras ( / / ) o fonema representado 
pela letra destacada:
(A) Externo /s/ – precisa /s/ – som /s/ – usuário /z/ 
(B) Gente /j/ – segurança /g/ – adjunto /j/ – Japão /j/ 
(C) Chefe /x/ – caixas /x/ – deixo /x/ – exatamente 
/z/ 
(D) cozinha /z/ – pesada /z/ – lesão /z/– exemplo /z/
RESPOSTA: “D”.
3-) (CORPO DE BOMBEIROS MILITAR/PI – CURSO 
DE FORMAÇÃO DE SOLDADOS – UESPI/2014) “Seja 
Sangue Bom!” Na sílaba final da palavra “sangue”, encon-
tramos duas letras representando um único fonema. Esse 
fenômeno também está presente em: 
A) cartola. 
B) problema. 
C) guaraná. 
D) água. 
E) nascimento.
3-) Duas letras representando um único fonema = dí-
grafo
A) cartola = não há dígrafo
B) problema = não há dígrafo 
C) guaraná = não há dígrafo (você ouve o som do “u”) 
D) água = não há dígrafo (você ouve o som do “u”) 
E) nascimento = dígrafo: sc
RESPOSTA: “E”.
ESTRUTURA E FORMAÇÃO DAS PALAVRAS
As palavras são formadas por estruturas menores, com 
significados próprios. Para isso, há vários processos que 
contribuem para a formação das palavras.
Estrutura das palavras
As palavras podem ser subdivididas em estruturas sig-
nificativas menores - os morfemas, também chamados de 
elementos mórficos: 
- radical e raiz;
- vogal temática;
- tema;
- desinências;
- afixos;
- vogais e consoantes de ligação.
Radical : Elemento que contém a base de significação 
do vocábulo.
Exemplos
VENDer, PARTir, ALUNo, MAR.
Desinências: Elementos que indicam as flexões dos 
vocábulos.
Dividem-se em:
Nominais
Indicam flexões de gênero e número nos substantivos.
Exemplos
pequenO, pequenA, alunO, aluna.
pequenoS, pequenaS, alunoS, alunas.
Verbais
Indicam flexões de modo, tempo, pessoa e número nos 
verbos
Exemplos
vendêSSEmos, entregáRAmos. (modo e tempo)
vendesteS, entregásseIS. (pessoa e número)
Indica, nos verbos, a conjugação a que pertencem.
Exemplos
1ª conjugação: – A – cantAr
2ª conjugação: – E – fazEr
3ª conjugação: – I – sumIr
Observação
Nos substantivos ocorre vogal temática quando ela não 
indica oposição masculino/feminino.
Exemplos
livrO, dentE, paletó.
Tema: União do radical e a vogal temática.
Exemplos
CANTAr, CORREr, CONSUMIr.
Vogal e consoante de ligação: São os elementos que 
se interpõem aos vocábulos por necessidade de eufonia.
Exemplos
chaLeira, cafeZal.
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Afixos
Os afixos são elementos que se acrescentam antes ou 
depois do radical de uma palavra para a formação de outra 
palavra. Dividem-se em:
Prefixo: Partícula que se coloca antes do radical.
Exemplos
DISpor, EMpobrecer, DESorganizar.
Sufixo
Afixo que se coloca depois do radical.
Exemplos
contentaMENTO, reallDADE, enaltECER.
Processos de formação das palavras
Composição 
Formação de uma palavra nova por meio da junção de 
dois ou mais vocábulos primitivos. Temos:
Justaposição: Formação de palavra composta sem al-
teração na estrutura fonética das primitivas.
Exemplos
passa + tempo = passatempo
gira + sol = girassol
Aglutinação: Formação de palavra composta com al-
teração da estrutura fonética das primitivas.
Exemplos
em + boa + hora = embora
vossa + merce = você
Derivação
Formação de uma nova palavra a partir de uma primi-
tiva. Temos:
Prefixação: Formação de palavra derivada com acrés-
cimo de um prefixo ao radical da primitiva.
Exemplos
CONter, INapto, DESleal.
Sufixação: Formação de palavra nova com acréscimo 
de um sufixo ao radical da primitiva.
Exemplos
cafezAL, meninINHa, loucaMENTE.
Parassíntese: Formação de palavra derivada com 
acréscimo de um prefixo e um sufixo ao radical da primitiva 
ao mesmo tempo.
Exemplos
EMtardECER, DESanimADO, ENgravidAR.
Derivação imprópria: Alteração da função de uma pa-
lavra primitiva.
Exemplo
Todos ficaram encantados com seu andar: verbo usado 
com valor de substantivo.
Derivação regressiva: Ocorre a alteração da estrutura 
fonética de uma palavra primitiva para a formação de uma 
derivada. Em geral de um verbo para substantivo ou vice-
-versa.
Exemplos
combater – o combate
chorar – o choro
Prefixos
Os prefixos existentes em Língua Portuguesa são divi-
didos em: vernáculos, latinos e gregos.
Vernáculos: Prefixos latinos que sofreram modifica-
ções ou foram aportuguesados: a, além, ante, aquém, bem, 
des, em, entre, mal, menos, sem, sob, sobre, soto.
Nota-se o emprego desses prefixos em palavras como: 
abordar, além-mar, bem-aventurado, desleal, engarrafar, 
maldição, menosprezar, sem-cerimônia, sopé, sobpor, so-
bre-humano, etc.
Latinos: Prefixos que conservam até hoje a sua forma 
latina original:
a, ab, abs – afastamento: aversão, abjurar.
a, ad – aproximação, direção: amontoar.
ambi – dualidade: ambidestro.
bis, bin, bi – repetição, dualidade: bisneto, binário.
centum – cem: centúnviro, centuplicar, centígrado.
circum, circun, circu – em volta de: circumpolar, circuns-
tante.
cis – aquem de: cisalpino, cisgangético.
com, con, co – companhia, concomitância: comba-
ter, contemporâneo.
contra – oposição, posição inferior: contradizer.
de – movimento de cima para baixo, origem, afasta-
mento: decrescer, deportar.
des – negação, separação, ação contrária: desleal, 
desviar.
dis, di – movimento para diversas partes, ideia contrá-
ria: distrair, dimanar.
entre – situação intermediaria, reciprocidade: entreli-
nha, entrevista.
ex, es, e – movimento

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