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PLANEJAMENTO FAMILIAR NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE Profª. Ma. Tatyane Andrade dos Santos SAÚDE REPRODUTIVA NA ATENÇÃO BÁSICA O Ministério da Saúde define Atenção Básica como um conjunto de ações, no âmbito individual ou coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde. Deve ser desenvolvida sob a forma de trabalho em equipe e ser dirigida a populações de territórios bem delimitados, pelas quais a equipe assume responsabilidade sanitária (BRASIL, 2007) SAÚDE REPRODUTIVA NA ATENÇÃO BÁSICA No Brasil, as políticas públicas têm como um dos primeiros marcos nessa área a elaboração do Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM), em 1984, que incluiu o planejamento familiar no elenco mínimo de ações voltadas para a atenção integral à saúde da mulher. Até então, não havia, no Brasil, política instituída no campo do planejamento familiar. SAÚDE REPRODUTIVA NA ATENÇÃO BÁSICA O planejamento familiar é definido no art. 2º da Lei nº 9.263, de 12 de janeiro de 1996, da seguinte forma: Para fins desta Lei, entende-se planejamento familiar como o conjunto de ações de regulação da fecundidade que garanta direitos iguais de constituição, limitação ou aumento da prole pela mulher, pelo homem ou pelo casal. Parágrafo único – É proibida a utilização das ações a que se refere o caput para qualquer tipo de controle demográfico. (BRASIL, 1996) LEI N° 9.263 DE 12 DE JANEIRO DE 1996 • Parágrafo único - É proibida a utilização das ações a que se refere o caput para qualquer tipo de controle demográfico; • Art. 1° - O planejamento familiar é direito de todo o cidadão brasileiro; • Art. 2° - Planejamento familiar como o conjunto de ações de regulação da fecundidade que garanta diretos iguais constituição, limitação ou aumento da prole pela mulher, pelo homem ou pelo casal. • Art. 3° - O planejamento familiar é parte integrante de um conjunto de ações de atenção à mulher, ao homem, ou ao casal, dentro de uma visão de atendimento global e integral a saúde. • Art. 4° - O planejamento familiar orienta-se por ações preventivas e educativas e pela garantia de acesso igualitário a informações, meios, métodos e técnicas disponíveis para a regulação da fecundidade. • Parágrafo único - As instâncias gestoras do Sistema Único de Saúde, obrigam-se a garantir, em toda a sua rede de serviços, no que respeita a atenção à mulher, homem, ou ao casal, programa de atenção integral à saúde, em todos os seus ciclos vitais, que inclua, como atividades básicas, entre outras: planejamento familiar, pré-natal primeira consulta , parto e pós-parto. SAÚDE SEXUAL ➢Para os indivíduos a vivência livre, agradável, prazerosa e segura, por meio de abordagens positivas da sexualidade humana e respeito mútuo nas relações sexuais, valorização da identidade e das experiências individuais, das relações interpessoais e da vida, independentemente de orientação sexual e identidades de gênero. ➢Mulheres lésbicas e bissexuais têm direito ao planejamento da vida sexual e reprodutiva, às tecnologias reprodutivas, ao aborto legal e à assistência humanizada durante a gestação, o parto e o puerpério. SAÚDE REPRODUTIVA ➢Implica que a pessoa possa “ter uma vida sexual segura e satisfatória, tendo autonomia para se reproduzir e a liberdade de decidir sobre quando e quantas vezes deve fazê-lo”. ➢Devem, portanto, ser ofertados a homens e mulheres adultos, jovens e adolescentes informação, acesso e escolha a métodos eficientes, seguros, permissíveis, aceitáveis e não contrários à Lei nº 9.263/1996, além da oferta de outros métodos de regulação da fecundidade e o direito ao acesso a serviços apropriados de saúde para o pré-natal, o parto e o puerpério. PLANEJAMENTO REPRODUTIVO ➢Também de planejamento familiar, designa um conjunto de ações de regulação da fecundidade, as quais podem auxiliar as pessoas a prever e controlar a geração e o nascimento de filhos, e englobam adultos, jovens e adolescentes, com vida sexual com e sem parcerias estáveis, bem como aqueles e aquelas que se preparam para iniciar sua vida sexual. ➢As ações do planejamento reprodutivo ou planejamento familiar são definidas e amparadas pela Lei nº 9.263/1996, que também estabelece penalidades e dá outras providências. AÇÕES DE PLANEJAMENTO REPRODUTIVO ➢São voltadas para o fortalecimento dos direitos sexuais e reprodutivos dos indivíduos e se baseiam em ações clínicas, preventivas, educativas, oferta de informações e dos meios, métodos e técnicas para regulação da fecundidade. ➢Devem incluir e valorizar a participação masculina, uma vez que a responsabilidade e os riscos das práticas anticoncepcionais são predominantemente assumidos pelas mulheres. PLANEJAMENTO REPRODUTIVO X CONTROLE DE NATALIDADE É frequente a utilização do termo controle de natalidade como sinônimo de planejamento reprodutivo, todavia se tratam de conceitos diferentes. O controle de natalidade implica imposições do governo sobre a vida reprodutiva de homens e mulheres. O planejamento reprodutivo baseia-se no respeito aos direitos sexuais e aos direitos reprodutivos. PRINCÍPIOS BÁSICOS DO PLANEJAMENTO FAMILIAR • A política demográfica é de soberania de cada país; • A decisão sobre o número e espaçamento dos filhos é direito inalienável do individuo e/ou casal; • A função do estado restringe-se á garantia do exercício deste direito, ou seja, acesso ao método e informação sobre os mesmos; • O planejamento familiar deve ser implementado em um conjunto de ações que visam à assistência integral à saúde; • Nenhum procedimento na área de planejamento familiar é totalmente inócuo, exigindo, como responsabilidade coletiva, continua avaliação dos usuários por profissionais capacitados, com qualidade e resolução. PAPEL DA ATENÇÃO PRIMÁRIA No que se refere ao planejamento reprodutivo, a atuação dos profissionais de saúde deve estar pautada na Lei nº 9.263, de 12 de janeiro de 1996, que regulamenta o § 7º do art. 226 da Constituição Federal. Deve ser tratado dentro do contexto dos direitos sexuais e dos direitos reprodutivos. Os profissionais de saúde da Atenção Básica devem procurar compreender as expectativas das pessoas no que diz respeito à reprodução e ajudá-las a concretizarem essas expectativas, respeitando suas escolhas. PAPEL DA ATENÇÃO PRIMÁRIA ➢As ações de saúde voltadas para a saúde sexual e a saúde reprodutiva, em sua maioria, têm sido focadas na mulher, com poucas iniciativas para o envolvimento dos homens nessas questões. E, mesmo nas ações direcionadas para as mulheres, predominam aquelas voltadas ao ciclo gravídico-puerperal e à prevenção do câncer de colo de útero e de mama. ➢É preciso avançar no sentido de ampliar a abordagem também para os homens, promovendo o seu efetivo envolvimento nas ações, considerando e valorizando sua corresponsabilidade nas questões referentes à saúde sexual e à saúde reprodutiva. PAPEL DA ATENÇÃO PRIMÁRIA Os serviços de saúde devem oferecer ações educativas individuais, ao casal e em grupo, e acesso a informações, meios, métodos e técnicas disponíveis para a regulação da fecundidade que não comprometam a vida e a saúde das pessoas, garantindo direitos iguais para a mulher, para o homem ou para o casal, num contexto de escolha livre e informada ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS NA ATENÇÃO EM SAÚDE REPRODUTIVA No que se refere ao planejamento reprodutivo, envolve, principalmente, três tipos de atividades: • Aconselhamento. • Atividades educativas. • Atividades clínicas. Essas atividades devem ser desenvolvidas de forma integrada, tendo-se sempre em vista que toda visita ao serviço de saúde constitui-se numa oportunidade para a prática de ações educativas. ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS NA ATENÇÃO EM SAÚDE REPRODUTIVA : ACONSELHAMENTO O aconselhamento é um diálogo baseado em uma relação de confiança entre o profissional de saúde e o indivíduo ou casal que visa a proporcionar à pessoa condições para queavalie suas próprias vulnerabilidades, tome decisões sobre ter ou não filhos e sobre os recursos a serem utilizados para concretizar suas escolhas, considerando o que seja mais adequado à sua realidade e à prática do sexo seguro. Essa prática pressupõe: • Acolhimento da demanda da pessoa ou casal, entendida como suas necessidades, curiosidades, dúvidas, preocupações, medos e angústias, relacionadas às questões de sexualidade, planejamento reprodutivo e prevenção das DST/HIV/Aids. • Identificação do contexto de vida da pessoa ou do casal e suas ideias, desejos ou não desejos em relação a ter ou não ter filhos. • Abordagem proativa com questionamentos sobre a atividade sexual. • Avaliação de vulnerabilidades individual ou do casal, para a infecção pelo HIV e outras DST. • Compreensão de que o sucesso a ser alcançado depende da ação conjunta e solidária dos profissionais de saúde com a pessoa ou o casal. ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS NA ATENÇÃO EM SAÚDE REPRODUTIVA : ACONSELHAMENTO ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS NA ATENÇÃO EM SAÚDE REPRODUTIVA : ATIVIDADE EDUCATIVAS As atividades educativas são fundamentais para a qualidade da atenção prestada. Têm como objetivo oferecer às pessoas os conhecimentos necessários para a escolha livre e informada. Propicia a reflexão sobre os temas relacionados à sexualidade e à reprodução. ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS NA ATENÇÃO EM SAÚDE REPRODUTIVA: ATIVIDADES CLÍNICAS As atividades clínicas, voltadas para a saúde sexual e a saúde reprodutiva, devem ser realizadas visando a promoção, a proteção e a recuperação da saúde. É importante salientar que elas devem se inserir na perspectiva da atenção integral à saúde, evitando-se a fragmentação das ações. As atividades clínicas devem incluir: • Anamnese. • Exame físico. • Identificação das necessidades individuais e/ou do casal, incentivando a livre expressão dos sentimentos e dúvidas quanto à sexualidade e à saúde reprodutiva. • Identificação de dificuldades quanto às relações sexuais ou de disfunção sexual. As atividades clínicas devem incluir: • Anamnese. • Exame físico. • Identificação das necessidades individuais e/ou do casal, incentivando a livre expressão dos sentimentos e dúvidas quanto à sexualidade e à saúde reprodutiva. • Identificação de dificuldades quanto às relações sexuais ou de disfunção sexual. • Ações de prevenção do câncer de próstata. Em homens com idade superior a 50 anos, recomenda-se a avaliação anual e realização de exames (Antígeno Prostático Específico – PSA e toque retal) para detecção precoce do câncer de próstata. • Orientações para a prevenção do câncer de pênis, incluindo recomendações para o autoexame, principalmente para homens com idade acima de 50 anos. • Acompanhamento da pessoa ou do casal. As atividades clínicas devem incluir: • Ações de prevenção do câncer de colo de útero e de mama, com especial atenção para a orientação do autoexame das mamas e para a realização do exame preventivo do câncer de colo de útero. • Identificação da data da última coleta do exame preventivo do câncer de colo de útero e avaliação da necessidade de realização de nova coleta, de acordo com o protocolo vigente. • Atenção pré-natal e puerperal. • Atenção à saúde da mulher no climatério/menopausa. • Orientação para prevenção de IST/HIV/Aids, com incentivo à dupla proteção. • Orientação para a escolha dos recursos à concepção ou à anticoncepção, incentivando a participação ativa na decisão individual ou do casal. • Prescrição e oferta do método escolhido. ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS NA ATENÇÃO EM SAÚDE REPRODUTIVA: INDICAÇÃO DE PRESERVATIVOS • Orientar sobre o uso e formas de inserção dos preservativos masculinos e femininos. • Orientar sobre sua função como método de barreira e a importância da dupla proteção. • Ofertar preservativos masculinos e femininos para as usuárias e usuários. • Atentar em especial para aquelas(es) desproporcionalmente afetadas(os) pelo HIV/aids: profissionais do sexo, homens que fazem sexo com homens, população transgênero e transexual, pessoas que utilizam substâncias psicoativas injetáveis e população em privação de liberdade. ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS NA ATENÇÃO EM SAÚDE REPRODUTIVA: ESCOLHA DO MÉTODO ANTICONCEPCIONAL • Orientar sobre os métodos anticoncepcionais existentes e disponíveis na Atenção Básica. • Informar a eficácia de cada método, sua forma de uso e possíveis efeitos adversos. • Orientar sobre suas contraindicações diante de certos antecedentes clínicos e/ou ginecológicos. • Reforçar a importância do retorno para acompanhamento clínico conforme método em uso e disponibilidade da usuária. • Recomendar métodos de acordo com adequação e escolha informada da usuária, considerando fatores individuais e contexto de vida dos usuários(as) no momento da escolha do método. ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS NA ATENÇÃO EM SAÚDE REPRODUTIVA: ESCOLHA DO MÉTODO CONTRACEPTIVO DE EMERGÊNCIA • Informar sobre a forma de uso e indicações (relação sexual sem uso de preservativo ou falha do método em uso. Inclui também a indicação em casos de violência sexual) • Ofertar o método sempre que necessário, uma vez que é um direito da usuária. Mulheres que mantenham relações sexuais ocasionalmente podem optar pelo contraceptivo de emergência sem que isso lhe acarrete qualquer dificuldade de acesso ao método. ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS NA ATENÇÃO EM SAÚDE REPRODUTIVA: ABORDAGEM DE JOVENS E ADOLESCENTES • Respeitar o sigilo profissional inerente à abordagem em saúde. • Orientar sobre os métodos de escolha, reforçando a necessidade da dupla proteção. • Abordar as necessidades de jovens e adolescentes em educação sexual e planejamento reprodutivo sem que haja a necessidade do acompanhamento de pais ou responsáveis legais, exceto em caso de incapacidade daqueles. ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS NA ATENÇÃO EM SAÚDE REPRODUTIVA: RESPONSABILIZAÇÃO DA FIGURA MASCULINA NA ANTICONCEPÇÃO • Estimular a participação do casal no momento da escolha do método. • Estimular a participação masculina nos demais momentos além da escolha do método, como durante o acompanhamento de pré-natal e na saúde da criança. • Orientar sobre direitos sexuais e reprodutivos para além do controle de natalidade. ABORDAGEM DA MULHER OU DO CASAL QUE PLANEJA A GRAVIDEZ – AUXÍLIO À CONCEPÇÃO - Administração preventiva de ácido fólico (400μg ou 0,4mg, VO/dia, pelo menos 30 dias antes da concepção). Mulheres com história de distúrbio de tubo neural devem usar dose diária de 4mg, iniciadas pelo menos 30 dias antes da concepção. - Investigação para toxoplasmose, sífilis e rubéola e hepatite B/C para o casal (prover a imunização prévia à gestação, tanto para a mulher quanto para o homem). - Oferecer a realização do teste anti-HIV para o casal. Para outras IST, ofertar tratamento sindrômico. ABORDAGEM DA MULHER OU DO CASAL QUE PLANEJA A GRAVIDEZ – AUXÍLIO À CONCEPÇÃO ABORDAGEM DA MULHER OU DO CASAL QUE PLANEJA A GRAVIDEZ – AUXÍLIO À CONCEPÇÃO - Realização de colpocitologia oncótica, de acordo com o protocolo vigente. - Bom controle das condições clínicas preexistentes, como o diabetes, hipertensão arterial, epilepsia e HIV/aids (acompanhamento para prevenção de transmissão vertical). - Suspender quaisquer métodos anticoncepcionais em uso e avaliar a prática sexual do casal (frequência de relações sexuais, prática de sexo vaginal com ejaculação na vagina, uso lubrificantes e de duchas após a relação etc.). ANTICONCEPCIONAL ORAL COMBINADO (AOC) ➢São pílulas que contêm baixas doses de dois hormônios - progestógeno e estrógeno - similares aos hormônios naturais progesterona e estrógeno existentes no corpo da mulher. ➢Funcionam basicamente impedindo a liberação de óvulos pelos ovários. Alterações nos padrões da menstruação, entre os quais: – Sangramento em menor quantidade e menos dias de sangramento – Sangramento irregular – Sangramento ocasional – Ausência de menstruação ANTICONCEPCIONAL ORAL COMBINADO(AOC): EFEITOS COLATERAIS Dores de cabeça Tontura Náusea Sensibilidade das mamas Alteração do peso Alterações de humor Acne (pode melhorar ou piorar, mas geralmente melhora) Ajudam a proteger contra: Riscos de gravidez Câncer da membrana que recobre a parede da cavidade uterina (câncer de endométrio) Câncer do ovário Doença inflamatória pélvica sintomática Podem ajudar a proteger contra: Cistos ovarianos Anemia por deficiência de ferro ANTICONCEPCIONAL ORAL COMBINADO (AOC): BENEFÍCIOS À SAÚDE CONHEC IDOS Reduzem: Cólicas menstruais Problemas de sangramento menstrual Dor na ovulação Excesso de pelos na face ou no corpo Sintomas de síndrome do ovário policístico (sangramento irregular, acne, excesso de pelos na face ou no corpo) Sintomas de endometriose (dor pélvica, sangramento irregular) ANTICONCEPCIONAL ORAL COMBINADO (AOC): DESFAZENDO MITOS ➢Não se acumulam no corpo da mulher. As mulheres não precisam de um “descanso” extra além da semana de pausa entre as cartelas. ➢Devem ser tomados diariamente, independente da mulher ter feito sexo naquele dia. ➢Não tornam a mulher infértil. ➢Não provocam defeitos (ou malformações) de nascença ou múltiplos nascimentos. ➢Não alteram o comportamento sexual da mulher. ➢Não se acumula no estômago (ao contrário, a pílula se dissolve a cada dia) ➢Não interrompe uma gravidez já existente. ANTICONCEPCIONAL ORAL COMBINADO (AOC): SEGURO E ADEQUADO PARA QUASE TODAS AS MULHERES ➢Tenham ou não tido filhos ➢Não sejam casadas ➢De qualquer idade, inclusive adolescentes e mulheres acima dos 40 anos ➢Tenham acabado de passar por um aborto, inclusive natural ➢Fumem cigarros—caso tenham menos de 35 anos de idade ➢Tenham anemia no momento ou já tenham tido no passado ➢Tenham varizes ➢Estejam infectadas com o HIV, estejam ou não em terapia anti-retroviral EXPLICAÇÕES SOBRE O USO EXPLICAÇÕES SOBRE O USO MINIPÍLULAS: PÍLULAS SÓ DE PROGESTÓGENO ➢São pílulas que contem doses muito baixas de progestógeno semelhante ao hormônio natural progesterona, existente no corpo da mulher. ➢Não contem estrógeno e, por isso, podem ser usadas durante toda a amamentação e por mulheres que não utilizam métodos com estrógeno. ➢Seu funcionamento básico ocorre pelo espessamento do muco cervical e interrupção do ciclo menstrual, impedindo inclusive a liberação de óvulos pelos ovários. MINIPÍLULA: EFEITOS COLATERAIS Alterações nos padrões de menstruação: – No caso de mulheres amamentando, demora maior no retorno da menstruação após o parto (amenorreia pós-parto prolongada) – Sangramento frequente – Sangramento irregular – Sangramento ocasional – Sangramento prolongado – Ausência de menstruação A amamentação também afeta os padrões de menstruação de uma mulher. Dores de cabeça Tontura Alterações no humor Sensibilidade dos seios Dor abdominal Náusea MINIPÍLULA: DESFAZENDO MITOS ➢Não fazem com que o leite de uma mulher amamentando seque totalmente. ➢Devem ser ingeridas diariamente, independente da mulher ter feito sexo ➢naquele dia. ➢Não tornam a mulher estéril. ➢Não provocam diarreia em bebes amamentando. ➢Reduzem o risco de gravidez ectópica. MINIPÍLULAS: SEGURA E ADEQUADA PARA QUASE TODAS AS MULHERES ➢Mulheres que estejam amamentando (iniciando a 6 semanas depois do parto) ➢Já tiveram filhos ou não ➢Não sejam casadas ➢Sejam de qualquer idade, inclusive adolescentes e mulheres acima de 40 anos ➢Acabaram de ter um aborto espontâneo ou induzido, ou uma gravidez ectópica ➢Fumem cigarros, independente da idade da mulher ou do número de cigarros fumados ➢Tenham anemia atualmente ou a tiveram no passado ➢Tenham varizes ➢Estejam infectadas com o HIV, estejam ou não em terapia antirretroviral EXPLICAÇÕES SOBRE O USO EXPLICAÇÕES SOBRE O USO SE ESQUECER DE TOMAR PÍPULAS! SE ESQUECER DE TOMAR PÍPULAS! SE ESQUECER DE TOMAR PÍPULAS! PÍLULAS ANTICONCEPCIONAIS DE EMERGÊNCIA (AE) ➢São pílulas que contém somente progestógeno ou progestógeno e estrógeno juntos em alta dosagem - hormônios semelhantes aos hormônios naturais progesterona e estrógeno existentes no corpo de uma mulher. ➢Funcionam basicamente impedindo ou retardando a liberação de óvulos do ovário. PÍLULAS ANTICONCEPCIONAIS DE EMERGÊNCIA (AE): EFEITOS COLATERAIS – Ligeiro sangramento irregular de 1–2 dias após a ingestão de PAEs – Sangramento mensal que começa antes ou depois do esperado Na semana posterior à ingestão de PAEs: Náusea Dor abdominal Fadiga Dores de cabeça Sensibilidade dos seios Tontura Vômitos PÍLULAS ANTICONCEPCIONAIS DE EMERGÊNCIA (AE): DESFAZENDO MITOS ➢Não provocam aborto. ➢Não causam defeitos (malformações) de nascença caso ocorra gravidez. ➢Não representam perigo à saúde da mulher. ➢Não promovem condutas sexuais de risco. ➢Não tornam a mulher estéril. PÍLULAS ANTICONCEPCIONAIS DE EMERGÊNCIA (AE): QUANDO UTILIZAR? ➢Sexo feito sem seu consentimento (estupro) ou sob coerção ➢Qualquer ato sexual desprotegido ➢Erro na contracepção, tais como: – O preservativo foi usado incorretamente, escorregou ou se rompeu – O casal utilizou incorretamente um método baseado na detecção do período fértil (por exemplo, não conseguir abster-se de usar outro método durante o período fértil) – O homem não conseguiu retirar o pênis, como pretendia, antes de ejacular – A mulher deixou de tomar 3 ou mais pílulas anticoncepcionais orais combinadas ou iniciou uma nova cartela com 3 ou mais dias de atraso – O DIU saiu do lugar – A mulher está atrasada em mais de 2 semanas para tomar uma nova injeção só de progestógeno ou mais de 7 dias para a injeção de mensal combinada INJETÁVEIS SÓ DE PROGESTÓGENO=INJETÁVEIS TRIMESTRAL ➢Os anticoncepcionais injetáveis de acetato de medroxiprogesterona de depósito e enantato de noretisterona contem, cada um, progestógeno similar ao hormônio natural progesterona existente no corpo da mulher. ➢Não contem estrógeno e, por isso, podem ser usados durante toda a amamentação e por mulheres que não podem utilizar métodos com estrógeno. ➢É aplicada por meio de injeção do músculo - IM. ➢O hormônio é então liberado lentamente na corrente sanguínea; ➢Funciona basicamente impedindo a liberação de óvulos pelos ovários (ovulação). INJETÁVEIS SÓ DE PROGESTÓGENO: EFEITOS COLATERAIS Primeiros 3 meses: – Sangramento irregular – Sangramento prolongado Em um ano de uso: – Ausência de menstruação – Sangramento raro – Sangramento irregular Ganho de peso Dores de cabeça Tontura Inchaço/desconforto no estômago Alterações no humor Diminuição do desejo sexual Outras alterações físicas possíveis: Perda de densidade óssea INJETÁVEIS SÓ DE PROGESTÓGENO: BENEFÍCIOS À SAÚDE CONHECIDOS Ajuda a proteger contra: Riscos de gravidez Câncer da membrana que recobre a parede da cavidade uterina (câncer do endométrio) Fibróides uterinos Pode ajudar a proteger contra: Doença inflamatória pélvica sintomática Anemia por deficiência de ferro Reduz: Crises hemolíticas em mulheres com anemia falciforme Sintomas de endometriose (dor pélvica, sangramento irregular) INJETÁVEIS SÓ DE PROGESTÓGENO: DESFAZENDO MITOS ➢Ajudam a interromper a menstruação (não é algo prejudicial) ➢O sangue não fica se acumulando dentro da mulher. ➢Não perturba ou interrompe uma gravidez já em curso. ➢Não torna a mulher estéril. INJETÁVEIS MENSAIS Os injetáveis mensais contém dois hormônios - progestógeno semelhantes aos hormônios naturais progesterona e estrógeno existentes no corpo de uma mulher. INJETÁVEIS MENSAIS: EFEITOS COLATERAIS – Menstruação de menor intensidade ou menos dias de menstruação – Menstruação irregular – Menstruação ocasional – Menstruação prolongada – Ausência de menstruação Ganho de peso Dores de cabeça Tontura Sensibilidade dos seios INJETÁVEIS MENSAIS: DESFAZENDO MITOS Podem interromper a menstruação (não é algo prejudicial) O sangue não está se acumulando dentro da mulher. Não estão em fase experimental de estudo. Já foram aprovados pelas agências governamentais. Nãotornam a mulher estéril. Não provocam menopausa precoce. Não causam defeitos (malformações) de nascença ou múltiplos partos. Não provocam coceira. Não alteram o comportamento sexual da mulher. CONTRACEPTIVO HORMONAL EM ADESIVO Um pequeno e fino quadrado de plástico flexível que é usado em contato com o corpo; Libera continuamente hormônios - progestógeno e estrógeno, semelhante aos hormônios naturais progesterona e estrógeno existentes no corpo da mulher, diretamente através da pele para a corrente sanguínea. Usa-se um novo adesivo a cada semana, durante 3 semanas, e a seguir não se usa nenhum adesivo na quarta semana, a mulher ficará menstruada. Funciona basicamente impedindo a liberação de óvulos pelos ovários (ovulação). CONTRACEPTIVO HORMONAL EM ADESIVO: EFEITOS COLATERAIS Irritação ou erupção da pele no local onde o adesivo é aplicado Alterações na menstruação: – Menstruação de menor intensidade e menos dias de menstruação – Menstruação irregular – Menstruação prolongada – Ausência de menstruação Dores de cabeça Náusea Vômitos Sensibilidade e dor nos seios Dor abdominal Sintomas de gripe/infecção da parte superior do aparelho respiratório Irritação, vermelhidão ou inflamação da vagina (vaginite) CONTRACEPTIVO HORMONAL IMPLANTE Pequenas cápsulas ou hastes plásticas, cada uma do tamanho aproximado de um palito de fósforo, que liberam um progestógeno semelhante ao hormônio natural progesterona existente no corpo da mulher. Funciona basicamente por meio do espessamento do muco cervical (produzindo um bloqueio que impede o esperma de chagar até um óvulo) e interrupção do ciclo menstrual, o que também impede a liberação de óvulos pelos ovários (ovulação) CONTRACEPTIVO HORMONAL IMPLANTE Um profissional devidamente treinado para este fim realiza um pequeno procedimento cirúrgico para inserir os implantes sob a pele no lado de dentro do antebraço da mulher. Não contêm estrógeno e, por isso, podem ser utilizados durante toda a amamentação e por mulheres que não podem utilizar métodos com estrógeno. Funciona basicamente por meio de: – Espessamento do muco cervical (produzindo um bloqueio que impede o esperma de chegar até um óvulo) – Interrupção do ciclo menstrual CONTRACEPTIVO HORMONAL IMPLANTE Há muitos tipos de implantes: − Jadelle: 2 hastes, efi caz por 5 anos − Implanon: 1 haste, eficaz por 3 anos (há estudos em andamento para verificar se dura 4 anos) − Norplant: 6 cápsulas, com indicação de 5 anos de uso (estudos de grande porte constataram que têm eficácia durante 7 anos) − Sinoplant: 2 hastes, eficaz por 5 anos CONTRACEPTIVO HORMONAL IMPLANTE Alterações nos padrões de menstruação, entre as quais: Nos primeiros meses: – Menstruação de menor intensidade e menos dias de menstruação – Menstruação irregular que dura mais de 8 dias – Menstruação ocasional – Ausência de menstruação Após cerca de um ano: – Menstruação de menos intensidade e menos dias de menstruação – Menstruação irregular – Menstruação ocasional As usuárias de Implanon têm maior probabilidade de ter menstruação ocasional ou ausência dela do que ter menstruação irregular que dure mais do que 8 dias. Dores de cabeça Dor abdominal Acne (pode melhorar ou se agravar) Mudança no peso Sensibilidade nos seios Tontura Mudanças de humor Náusea CONTRACEPTIVO HORMONAL INTRAVAGINAL: ANEL VAGINAL O anel vaginal é um pequeno anel flexível de superfície lisa, não porosa e não absorvente, que contem etonogestrel e etinilestradiol. O anel deve ser colocado na vagina, no formato de um 8, na parte superior, uma região bastante elástica e não sensível ao toque, no 5° dias da menstruação, permanecendo nessa posição durante três semanas (21 dias). CONTRACEPTIVO HORMONAL INTRAVAGINAL: ANEL VAGINAL Libera continuamente 2 hormônios—um progestógeno e um estrógeno, semelhantes aos hormônios naturais progesterona e estrógeno existentes no corpo da mulher—de dentro do anel. Os hormônios são absorvidos através da parede da vagina indo diretamente para a corrente sanguínea. O anel é mantido no lugar por 3 semanas, depois é retirado durante a quarta semana. Na quarta semana, a mulher habitualmente fi cará menstruada. Também chamado de NuvaRing. Funciona basicamente impedindo a liberação de óvulos pelos ovários (ovulação). CONTRACEPTIVO HORMONAL INTRAVAGINAL: ANEL VAGINAL: EFEITOS COLATERAIS Alterações na menstruação: – Menstruação de menor intensidade e menos dias de menstruação – Menstruação irregular – Menstruação ocasional – Menstruação prolongada – Ausência de menstruação Dores de cabeça Irritação, vermelhidão ou inflamação da vagina (vaginite) Supuração vaginal branca EXPLICAÇÕES SOBRE O MODO DE USAR EXPLICAÇÕES SOBRE O MODO DE USAR EXPLICAÇÕES SOBRE O MODO DE USAR DISPOSITIVO INTRAUTERINO (DIU) Com cobre é uma pequena estrutura de plástico flexível com a forma da letra T com um fio de cobre na haste vertical do T e tubinhos de cobre em cada braço horizontal. Um profissional de saúde especificamente treinado para tal insere o DIU no útero da mulher através de sua vagina e cérvix. DISPOSITIVO INTRAUTERINO (DIU): EFEITOS COLATERAIS Alterações nos padrões de menstruação: – Sangramento prolongado e intenso – Sangramento irregular – Mais cólicas e dor durante a menstruação DIU DIU COM LEVONORGESTREL É um dispositivo plástico em forma de T que libera constante e regularmente pequenas quantidades de levonorgestrel por dia. O levonorgestrel é um progestógeno largamente utilizado em implantes e pílulas anticoncepcionais orais. É também conhecido como sistema de liberação de levonorgestrel, ou DIU hormonal. Comercializado sob a marca de Mirena. Funciona basicamente pela supressão do crescimento da membrana que recobre a parede da cavidade uterina (endométrio). DIU COM LEVONORGESTREL: EFEITOS COLATERAIS – Sangramento de menor intensidade e menos dias de menstruação – Menstruação ocasional – Menstruação irregular – Ausência de menstruação – Menstruação prolongada • Acne • Dores de cabeça • Dor ou sensibilidade nos seios • Náusea • Ganho de peso • Tontura • Mudanças de humor MÉTODO CONTRACEPTIVO DEFINITIVO • Laqueadura • Vasectomia LAQUEADURA É a contracepção permanente para mulheres que não querem mais ter filhos. Há 2 abordagens cirúrgicas que são as utilizadas com maior frequência: − A mini laparotomia envolve a realização de uma pequena incisão no abdômen. As trompas de falópio são trazidas até a incisão para serem cortadas ou bloqueadas. − A laparoscopia envolve a introdução de um tubo longo e fino com lentes no abdômen por meio de uma pequena incisão. Este laparoscópio permite que o médico observe e bloqueie ou corte as trompas de falópio no abdômen. Também conhecida como esterilização das trompas, ligação das trompas, contracepção cirúrgica voluntária, ligação dupla das trompas, amarração das trompas, mini lap e “a operação.” Funciona através do corte ou bloqueio das trompas de falópio. Os óvulos liberados pelos ovários não conseguem se deslocar pelas trompas e, por este motivo, não encontram o espermatozoide. LAQUEADURA VASECTOMIA É a contracepção permanente para homens que não queiram mais ter filhos. Através de uma punctura ou pequena incisão no escroto, o profissional localiza cada um dos 2 tubos por onde o esperma é transportado até o pênis (vaso deferente) e corta e bloqueia o mesmo, cortando e amarrando-o de modo a fecha- lo ou aplicando calor ou eletricidade (cautério). Também conhecida por esterilização masculina e contracepção cirúrgica masculina. Funciona por meio do fechamento de cada vaso deferente, fazendo com que o sêmen não contenha espermatozoides. O sêmen é ejaculado, mas não pode provocar uma gravidez. VASECTOMIA ESPERMICIDAS São substâncias que matam os espermatozoides que são inseridas profundamente no interior da vagina, perto do cérvix, antes do sexo. − A mais largamente utilizada é o Nonoxynol-9. − Além dessas, há também o cloretode benzalcônio, clorexidina, menfegol, octoxynol-9 e docusate sódico. Disponíveis em tabletes de espuma, supositórios de espuma ou que derretem, latas de espuma pressurizada, fi na camada que derrete, geleia e creme. − As geleias, cremes e espuma que vêm em latas podem ser usadas sozinhas, com um Diafragma ou com preservativos. − Filmes, supositórios, tabletes de espuma ou supositórios de espuma podem ser usados sozinhos ou com preservativos. Funcionam provocando a ruptura da membrana das células dos espermatozoides, matando-as ou desacelerando seu movimento. Isto impede que o espermatozoide encontre um óvulo. ESPERMICIDA: EFICÁCIA A eficácia depende da usuária: o risco de gravidez é maior quando os espermicidas não são usados em cada relação sexual. É um dos métodos de planejamento familiar menos eficazes. Tal como comumente utilizado, ocorrem cerca 29 gravidezes por 100 mulheres que usam espermicidas no primeiro ano. Isto significa que 71 de cada 100 mulheres usando espermicidas não engravidarão. Quando usado corretamente em cada relação sexual, ocorrem cerca de18 gravidezes por 100 mulheres que usam espermicidas no primeiro ano. ESPERMICIDA: EFEITOS COLATERAIS Algumas usuárias relatam o seguinte: ➢Irritação na ou ao redor da vagina ou do pênis ➢Outras possíveis alterações físicas: ➢Lesões vaginais DIAFRAGMA Um “copo” de látex macio que cobre o cérvix. Há também diafragmas de plásticos disponíveis. A borda contém uma mola flexível e firme que mantém o diafragma no lugar. É usado junto com creme, geleia ou espuma espermicida para aumentar a eficácia. Vem em diferentes tamanhos e o ajuste deve ser feito por um profissional especificamente treinado para tal. Funciona por meio de um bloqueio que impede o espermatozoide de entrar no cérvix; o espermicida mata os espermatozoides ou os torna inativos. Ambos impedem que o espermatozoide encontre um óvulo. DIAFRAGMA: EFICÁCIA A eficácia depende da usuária: o risco de gravidez é maior quando o diafragma com espermicida não é utilizado em cada relação sexual. Tal como usado comumente, ocorrem cerca de 16 gravidezes por 100 mulheres que utilizam o diafragma com espermicida no primeiro ano. Isto significa que 84 de cada 100 mulheres utilizando o diafragma não engravidarão. Quando usado corretamente em toda relação sexual, ocorrem cerca de 6 gravidezes por 100 mulheres que usam o diafragma com espermicida no primeiro ano. DIAFRAGMA: EFEITOS COLATERAIS ➢Algumas usuárias relatam o seguinte: ➢Irritação na ou ao redor da vagina ou do pênis ➢Outras possíveis mudanças físicas: ➢Lesões vaginais COMPARAÇÃO DA EFICÁCIA DOS MÉTODOS DE PLANEJAMENTO FAMILIAR COMPARAÇÃO DA EFICÁCIA DOS MÉTODOS DE PLANEJAMENTO FAMILIAR FATORES DE RISCO REPRODUTIVO • Idade: -Acima de 35; -Abaixo de 16 anos. • Grau de escolaridade: Baixa escolaridade materna - mãe que não tenha completado até a 4° série do ensino fundamental. • Antecedentes obstétricos desfavoráveis: - Abortos; - Mortes fetais e neonatais; - Baixo peso ao nascer (<2.500); - Pré-eclampsia; - Malformação congênitas; - Grandes multíparas; - Circlagem em gravidez anterior; -Amniorrexe prematura; - Trabalho de parto prematuro; FATORES DE RISCO REPRODUTIVO • Doenças crônicas: (Risco reprodutivo severo) - Hipertensão Arterial sistêmica; - Diabetes Mellitus; - Doença Renal; - Cardiopatia; - Colagenases (LES); - Infecção HIV/AIDS. FATORES DE RISCO REPRODUTIVO • Tabagismo - alcoolismo - dependência química: - Benzodiazepínicos; - Anticonvulsivantes; - Outras drogas. • Estado nutricional: - Obesidade; - Desnutrição. FATORES DE RISCO REPRODUTIVO Avaliação da mulher → Avaliar quanto ao risco reprodutivo; → Orientar a anotar o primeiro dia das suas menstruações; → Avaliar (Peso, altura, PA, uso crônico de medicamentos, uso de drogas licitas e ilícitas, comportamento sexual de risco, etc...); → Encaminhar à vacinação antitetânica e contra a rubéola ; → Orientar a realizar, colpociologia oncótica regularmente; AVALIAÇÃO À PRÉ-CONCEPÇÃO AVALIAÇÃO À PRÉ-CONCEPÇÃO Avaliação da mulher → Orientar sobre riscos genéticos: idade dos pais, antecedentes de malformação, antecedentes familiares de doenças genéticas, etc...); → Anamnese e exame físico; → Situação vacinal; → Questionar sobre o conhecimento e uso de práticas de sexo seguro; → Avaliar a prevenção d patologias como o câncer de colo uterino e de mama; → Encaminhar quando necessário, para os setores correspondentes para a realização dos exames; → Encaminhar às atividades educativas. Consultas subsequentes: → Avaliar a aceitabilidade do método; → O controle dos ciclos menstruais; → Estimular a adesão ao método escolhido e às atividades educativas; → Reavaliação clínica periódica; → Registrar e intervir nas possíveis intercorrências. AVALIAÇÃO À PRÉ-CONCEPÇÃO ANTICONCEPÇÃO PÓS-PARTO E PÓS-ABORTO • 1° opção de método - LAM (Método da amenorreia pela lactação - aleitamento exclusivo); até 6 meses. • 2° opção de método - Método de barreira - uso de preservativo em todas as relações sexuais, ou diafragma (medição do tamanho 6 a 8 semana após o parto); • 3° opção de método - DIU (inserir no parto ou 48 após ou na 1° menstruação ou 6 semanas após o parto). • 4° opção de método - Minipílula injetável trimestral (após amamentação ou 40 dias após o parto, ou no 1° dia da menstruação); • 5° opção de método - Métodos naturais - avaliação do muco cervical e da temperatura basal após 15 dias do parto. Método ideal para mulheres com experiência anterior. O método da tabela só deve ser iniciado a partir de 6 ciclos menstruais após o parto. ANTICONCEPÇÃO NA ADOLESCÊNCIA • 1° opção de método - Pílula anticoncepcional combinada de baixa dosagem (6 meses após a menarca), ou injetável mensal (2 anos após a menarca) ou injetável trimestral (não deve ser usada em menores de 16 anos); • 2° opção de método - Método de barreira - preservativo feminino ou masculino; • 3° opção de método - DIU (não usar em menores de 16 anos devido ao risco de osteoporose). ANTICONCEPÇÃO NO CLIMATÉRIO • 1° opção de método - Pílula anticoncepcional combinada de baixa dosagem, ou injetável mensal ou trimestral; • 2° opção de método - Método de barreira - preservativo feminino ou masculino com espermicida; • 3° opção de método - DIU ANTICONCEPÇÃO NA HIPERTENSÃO ARTERIAL • 1° opção de método - DIU, injetável trimestral contendo apenas progestogênio associado sempre ao preservativo para fazer a dupla proteção; • 2° opção de método - Anticoncepcionais hormonais combinados de baixa dose ou progestogênios contínuos por via oral (minipílula) associado sempre ao preservativo para fazer a dupla proteção; • 3° opção de método - Métodos de barreira (diafragma ou preservativo); • 4° opção de método - Métodos comportamentais associados à barreira; • 5° opção de método - Contracepção cirúrgica feminina enfatizar o uso do preservativo para prevenir as DST/AIDS; ANTICONCEPÇÃO NA MULHER DIABÉTICA • 1° opção de método - Minipílula ou injetável trimestral associado sempre ao preservativo para fazer a dupla proteção; • 2° opção de método - DIU, com cobre associado sempre ao preservativo para fazer a dupla proteção; • 3° opção de método - Métodos de barreira (preservativo); • 4° opção de método - Métodos comportamentais associados à barreira; • 5° opção de método - Contracepção cirúrgica feminina enfatizar o uso de preservativo para prevenir as DST/AIDS. AÇÕES DO ENFERMEIRO • Realizar consulta de enfermagem semestral nas pacientes de baixo risco reprodutivo para avaliação clínica observando prováveis intercorrências em relação ao método prescrito e encaminhamento para o médico da equipe, quando necessário; • Realizar manutenção da prescrição médica semestral nas pacientes que não apresentem risco ou com baixo risco reprodutivo estimulando sempre a dupla proteção; • Promover atividades educativas que esclareçam os métodos disponíveis favorecendo a escolha parao casal; • Disparar a busca ativa das pacientes faltosas e estimular a captação para inserção no programa. DÚVIDAS E-mail: tatyane_andrade01@hotmail.com REFERÊNCIAS
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