Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Clínica Médica Doenças Esofagianas Arthur Linhares de Almeida : 201910865 : UniFOA Estrutura e Função do Esôfago → tubo muscular → atravessa mediastino posterior → interliga hipofaringe ao estômago com um esfíncter em cada extremidade → transporta alimentos e líquidos entre as duas extremidades → doenças esofágicas podem ser evidenciadas por disfunção ou dor → a dor pode ser indistinguível da dor torácica de origem cardíaca e pode ser causada por inflamação, infecção, distúrbios da motilidade ou neoplasia Sintomas de Doença Esofágica → história clínica é essencial → detalhes importantes • aumento/redução do peso • hemorragia digestiva • hábitos dietéticos (horários das refeições é importante) • tabagismo • ingestão de álcool → principais sintomas • pirose • regurgitação • dor torácica • disfagia • odinofagia • sensação de bolo retroesternal Pirose → sintoma esofágico mais comum → sensação de desconforto ou ardência por trás do esterno; pode ocorrer com frequência e interferir nas atividades habituais como o sono → início em epigástrio e pode irradiar para pescoço → percebido geralmente dps da ingestão de alimentos, durante a realização de ativ fís e enquanto paciente está deitado → desconforto aliviado pela ingestão de água ou antiácido → a pirose e a DRGE estão tão associadas que o tratamento empírico da DRGE é a abordagem mais aceita Regurgitação → retorno involuntário de alimentos ou líquidos para a faringe sem náuseas ou ânsia de vômito → paciente relata presença de líquido amargo ou ardente na garganta/boca, podendo conter partículas alimentares não digeridas → provocada por atividades como se abaixar, arrotar ou outras manobras que aumentem a pressão intra-abdominal → importante diferencia de: • vômito – precedido de náuseas e acompanhado de ânsia de vomitar • ruminação – alimento recém-deglutido é regurgitado e deglutido novamente por várias vzs por até 1h Dor Torácica → sintoma comum → DRGE é a causa mais comum → características semelhantes à de origem cardíaca; isso provavelmente ocorre por compartilharem do mesmo plexo nervoso → a distensão e a estimulação química do esôfago costuma ser percebida como dor torácica 2 Clínica Médica Disfagia Esofágica → sensação que o alimento “agarra” ou até q fica retido no tórax → disfagia entre sólidos e liq sugere distúrbio de motilidade, como acalasia → disfagia somente de sólidos sugere estenose, anel ou tumor → localização da retenção do alimento é imprecisa Odinofagia → dor causada/agravada pela deglutição → pode se manifestar junto com a disfagia → em pacientes com DRGE o sintoma provavelmente está relacionado com uma úlcera ou erosões Sensação de Bolo Retroesternal / “Bolo Faríngeo” → percebida como uma massa ou plenitude na garganta mesmo qnd indivíduo não está engolindo → ocorre mts vzs nos indivíduos com transtornos de ansiedade ou obsessivo- compulsivo → comumente atribuível à DRGE Hipersalivação → sintoma não é comum → resultante de reflexo vagal ativado pela acidificação da mucosa esofágica → em geral, ocorre associada a pirose Exames Diagnósticos Endoscopia / Esofagogastroduodenoscopia (EGD) → melhor exame para investigar trato gastrintestinal proximal → vantagens em comparação as radiografias com bário: • sensibilidade maior para detectar lesões da mucosa e anormalidades identificáveis sobretudo por cores, inclusive metaplasia de Barret ou lesões vasculares • possibilidade de obter espécimes de biópsia para exame histológico das anormalidades suspeitas e de dilatar estenoses durante o exame → desvantagens principais • sensibilidade baixa para detectar estenoses difusas (não focais) • custo mais alto • necessidade de usar sedativos ou anestésicos Radiografia → principal inconveniente é q raramente a radiografia evita a necessidade de realizar a endoscopia; exames positivos ou negativos são seguidos da avaliação endoscópica → radiografias contrastadas do esôfago, do estômago e do duodeno podem demonstrar refluxo do contraste, hérnia de hiato, granulações da mucosa, erosões, úlceras e estenoses → sensibilidade para detectar estenoses do esôfago é maior do que a endoscopia Ultrassonografia endoscópica → gera imagens transparietais dos tecidos localizados ao redor da ponta do endoscópio → resolução mt maior da imagem do que técnicas radiológicas → principais aplicações – estadiamento do câncer de esôfago, avaliação da displasia do esôfago de Barrett e investigação de lesões submucosas Manometria esofágica → analisa contratilidade do esôfago dps da deglutição → diagnostica distúrbios de motilidade – acalasia, espasmo esofágico difuso (EED) – e avalia integridade peristáltica antes de cirurgia para refluxo Teste de Refluxo → teste de refluxo/ pHmetria pode demonstrar exposição excessiva do esôfago ao suco gástrico refluído, q é a anormalidade fisiológica da DRGE → facilita a investigação dos pacientes que se queixam de sintomas típicos ou q, inexplicavelmente, têm resposta insatisfatória ao tratamento 3 Clínica Médica Distúrbios Estruturais Hérnia de hiato → herniação do estômago (na maioria dos casos, mas pode ocorrer com outras vísceras) para dentro do mediastino pelo hiato esofágico do diafragma → resultam do desgaste e da laceração – aumentam com a elevação da pressão intra- abdominal secundária a obesidade abdominal, gestação, etc., junto de fatores hereditários que predispõem a essa condição → as hérnias de hiato predispõem à DRGE → 4 tipos de hérnia de hiato • tipo I (por deslizamento) – 95% de todos os casos; corresponde a translocação cefálica da junção gastroesofágica e da cárdia do estômago • tipo II, III e IV – subtipos da hérnia paraesofágica (herniação para dentro do mediastino inclui outra estrutura visceral diferente da cárdia gástrica; reparação cirúrgica é recomendada frequentemente como tratamento, principalmente qnd causam sintomas o tipo II – fundo gástrico sofre herniação e junção gastroesofágica permanece fixada ao hiato o tipo III (hérnia mista) – fundo gástrico sofre herniação; hérnia paraesofágica e por deslizamento o tipo IV – outras vísceras além do estômago sofrem herniação para dentro do mediastino, geralmente o cólon • hérnias paraesofágicas II e III – estômago inverte e as hérnias paraesofágicas volumosas podem causar “inversão completa do estômago” Anéis e Membranas → anel B / anel mucosa esofágico inferior – estreitamento membranoso fino localizado na junção escamocolunar da mucosa; causa é desconhecida e pode ser encontrado em até 15% da população geral e geralmente são assintomáticos → anéis de Shatzki – anéis distais geralmente associados a episódios de disfagia para alimentos sólidos; comum q paciente tenha mais de 40a; uma das causas mais comuns de impactação alimentar “síndrome da churrascaria”; anéis sintomáticos são tratados por dilatação → constrições membranosas nos segmentos mais proximais do esôfago podem ser congênitas ou inflamatórias; detectadas em 10% dos indivíduos; casos típicos originam-se da superfície anterior do esôfago; qnd circunferenciais podem causar disfagia intermitente como nos anéis de Shatzki; tratamento por dilatação → síndrome de Plummer-Vinson – combinação de membranas esofágicas proximais sintomáticas com anemia ferropriva nas mulheres de meia idade Divertículos → classificados com base na localização → mais comuns são epifrênicos, hipofaríngeos (divertículo de Zenker) e mesoesofágicos 4 Clínica Médica → divertículos epifrênico e de Zenker • pseudovertículos • herniação da mucosa e da submucosa através da camada muscular do esôfago • resultam de da pressãointraluminal associada à obstrução distal • tratamento por meio de diverticulectomia cirúrgica e miotomia cricofaríngea, ou uma cirurgia de marsupialização na qual um dispositivo de grampeamento endoscópico é usado para cortar esse músculo • epifrênicos frequentemente causam acalasia, distúrbios do esôfago hipercontrátil ou estenose esofágica distal Exemplos de divertículos de Zenker pequenos (A) e grandes (B, C) originados do triângulo de Killian na hipofaringe distal. Os divertículos menores ficam aparentes apenas durante a deglutição, enquanto os grandes retêm alimentos e líquidos. → divertículos mesoesofágicos • podem ser causados por tração produzida por inflamação adjacente (tuberculose por ex); em casos de inflamação adjacente são divertículos verdadeiros, pois incluem todas as camadas da parede esofágica • tbm podem ser causados por pulsão associada aos distúrbios motores do esôfago → divertículos epifrênicos e mesoesofágicos costumam ser assintomáticos até o ponto em q retem alimentos e causam disfagia e regurgitação → divertículos volumosos podem ser retirados cirurgicamente, em geral simultaneamente a uma miotomia qnd há distúrbio da motilidade coexistente Tumores → apresentação típica – disfagia progressiva aos alimentos sólidos e emagrecimento → sinais e sintomas associados – odinofagia, deficiência de ferro e rouquidão causada pela lesão do nervo laríngeo recorrente esquerdo (tumores de terço médio do esôfago) → as manifestações clínicas são indícios de doença localmente invasiva ou até metastática evidenciada por fístulas traqueoesofágicas e paralisia das pregas vocais → sobrevida do câncer de esôfago é curta por conta dos numerosos linfático esofágicos, possibilitando metástases para linfonodos regionais → tumores esofágicos comumente não são benignos → tumores costumam causar sintomas associados à disfagia e devem ser retirados nessas mesmas circunstâncias → ordem de frequência decrescente – leiomiomas, pólipos fibrovasculares, papilomas escamosos, tumores de cels granulosas, lipomas escamosos, tumores de cels granulosas, lipomas, neurofibromas e pólipos fibroides inflamatórios Anomalias Congênitas → atresia esofágica – mais comum; ocorre falha de desenvolvimento durante a fusão entre os esôfagos proximal e distal associada a uma fístula traqueoesofágicas; geralmente diagnosticada e corrigida nos primeiros dias de vida; complicação tardia mais comum é a disfagia → anomalias menos comuns – estenose esofágica congênita, membranas e duplicações 5 Clínica Médica Distúrbios da Motilidade Esofágica → doenças atribuíveis à disfunção neuromuscular do esôfago e, em geral, causam disfagia, dor torácica ou pirose → principais distúrbios – acalasia, EED e DRGE → podem ser secundários a doenças mais difusas – pseudoacalasia, doença de Chagas e esclerodermia Acalasia → doença rara → ocorre incapacidade de relaxar o esfíncter esofágico inferior durante a deglutição e ausência de peristalse → causa destruição das cels ganglionares no plexo mioentérico do esôfago → acredita-se que a causa seja autoimune atribuível à infecção latente pelo herpesvírus tipo 1 → geralmente evidenciada dos 25-60a → manifestações clínicas • disfagia, regurgitação(ocorre qnd alimentos, liq e secreções ficam retidos no esôfago dilatado), dor torácica (comum nos estágios iniciais, provavelmente causada por espasmo do esôfago; dor retroesternal opressiva e em aperto, por vzs com irradiação para pescoço, braços, mandíbula e dorso) e emagrecimento • pacientes referem – disfagia aos alimentos sólidos e aos líquidos • qnd crônica observa-se aganglionose • qnd avançada pode levar a bronquite, pneumonia ou abcesso pulmonar secundário a regurgitação e aspiração crônica → diagnóstico • radiografia com deglutição de bário e/ou pela manometria esofágica o RX revela esôfago dilatado com esvaziamento incompleto, nível hidroaéreo e afilamento na região EEI (aspecto em bico de pássaro) o no RX pode se observar divertículo • endoscopia exclui pseudoacalasia; • manometria esofágica o exame diagnóstico mais sensível o critérios diagnósticos – relaxamento reduzido do EEI e ausência de peristalse o capaz de detectar doença em fase precoce, antes que haja dilatação do esôfago e retenção de alimentos → tratamento • tratamento farmacológico - nitratos ou BCC antes das refeições • toxina botulínica - aplicada no EEI durante endoscopia; dura em torno de 6m • dilatação com balão pneumático – tratamento duradouro; • miotomia de Heller – tratamento duradouro • em casos refratários pode ser feita ressecção do esôfago com tração do estômago ou interposição de um segmento do cólon transverso • observações o acalasia não pode ser evitada ou revertida por qlqr intervenção terapêutica o alivia mais a disfagia e a regurgitação doq a dor torácica o objetivo do tratamento é reduzir a pressão do EEI, mas é importante notar q a peristalse não é recuperada o → diagnóstico diferencial – EED, doença de Chagas e pseudoacalasia (essa última diagnosticada por endoscopia, TC ou USE) 6 Clínica Médica Espasmo Esofágico Difuso → episódios de disfagia e dor torácica – ocorre por contrações esofágicas anormais com relaxamento normal do EEI durante a deglutição → fisiopatologia e história natural pouco esclarecidas → manifestações clínicas • dor torácica de origem esofágica mt semelhante à angina pectoris • indícios sugestivos de dor esofágica – dor prolongada sem relação com esforço, q interrompe o sono; relacionada com refeições; aliviada por antiácidos; pode ser acompanhada de pirose, disfagia ou regurgitação → diagnóstico de EED deve ser estabelecido somente após exclusão de dor torácica, doenças esofágicas e esofagite péptica ou infecciosa → diagnóstico • manometria - EED pode ser definido como atividade descoordenada (“espástica”) do esôfago distal; ocorrem contrações espontâneas e repetitivas; ou contrações prolongadas de amplitude alta espontâneas e repetitivas; ou contrações prolongadas de amplitude alta • endoscopia – ajuda a detectar outras lesões estruturais e inflamatórias q podem causar dor torácica • RX – contrações terciárias ou “esôfago em saca-rolhas”; “esôfago em conta de rosário”, pseudovertículos ou ondulações do esôfago (tais alterações tbm podem ser encontradas na acalasia) esôfago típico em “saca-rolha” q é resultado da contração espástica da musculatura circular da parede esofágica; na verdade, essa musculatura é formada por músculos em disposição helicoidal. Essas anormalidades também são encontradas na acalasia espástica → tratamento • ainda não existe tratamento estabelecido • pode haver melhora com nitratos, BCC, hidralazina, toxina botulínica e ansiolíticos - experiências controladas q demonstraram eficácia utilizaram ansiolítico • tratamento cirúrgico considerado apenas qnd há emagrecimento extremo ou dor insuportável Achados Manométricos Inespecíficos → exames manométricos q investigam dor torácica e/ou disfagia geralmente detectam anormalidades leves, q n são suficiente para diagnosticar acalasia ou EED → essas anormalidades são comuns entre pacientes com refluxo e transtornos psiquiátricos (como ansiedade e depressão) Doença do Refluxo Gastroesofágico → conjunto de distúrbios causados pelo refluxo gastroesofágico, acarretando sintomas incômodos ou diversas manifestações esofágicas e extraesofágicas → em relação ao esôfago as lesões incluem esofagite, estenose, esôfago de Barret e adenocarcinoma 7 Clínica Médica Fisiopatologia → esofagite corresponde a minoria dos casos, mas é o subgrupo da DRGE mais bem definido → esofagite ocorre qnd ác gástrico e pepsina refluídos causam necrose da mucosaesofágica levando a processos como erosões e úlceras → a esofagite é resultante de um processo excessivo de refluxo; para que ocorra limitação adequada de refluxo é necessário que haja integridade anatômica e fisiológica da junção esofagogástrica → 3 principais mecanismos q causam incompetência da junção gastroesofágica • relaxamentos transitórios do EEI – corresponde a 90% de causa dos refluxos dos indivíduos normais ou dos pacientes com DRGE sem hérnia de hiato • hipotensão do EEI • distorção anatômica da junção esofagogástrica → fatores de piora do refluxo – obesidade abdominal, gravidez, estados de hipersecreção gástrica, retardo do esvaziamento gástrico, supressão da peristalse esofágica e glutonaria → o suco gástrico é deletério ao epitélio do esôfago → apesar de a hipersecreção de ácido gástrico não ser o fator predominante da patogênese da esofagite existem casos a parte como na: • síndrome de Zollinger-Ellison – associada à esofagite em 50% dos pacientes • gastrite crônica por Helicobacter pylori – confere efeito protetor ao induzir gastrite atrófica com hipoacidez associada Sintomas → sintomas típicos – pirose (frequência e gravidade da pirose não se correlacionam diretamente com a presença ou a gravidade da esofagite) e regurgitação → sintomas um pouco menos comuns • disfagia – o refluxo crônico pode resultar no desenvolvimento de estenose péptica ou adenocarcinoma • dor torácica - importante considerar cuidadosamente existência de doença cardíaca → síndrome extraesofágicas associadas à DGRE - tosse crônica, laringite, asma e erosões dentárias Diagnóstico Diferencial → esofagites (infecciosa, farmacogênica ou eosinofílica), doença ulcerosa péptica, dispepsia, cólica biliar, doença arterial coronariana e distúrbios da motilidade esofágica → primeira consideração deve ser excluir doença arterial coronariana → as outras possibilidades podem ser investigadas por endoscopia, exames radiográficos contrastados do trato gastrintestinal superior ou manometria Complicações → relacionadas com • esofagite crônica (sangramento e estenose) • a relação entre DRGE e adenocarcinoma do esôfago → esofagite e estenoses pépticas atualmente são menos comuns pelo uso de fármacos que bloqueiam a secreção ácida → complicação grave da DRGE é a metaplasia de Barrett; aumenta o risco de adenocarcinoma esofágico; maior risco para homens brancos obesos em sexta década de vida Tratamento → MEV • evitar alimentos q reduzem a pressão do EEI - alimentos gordurosos, álcool, hortelã, pimenta e possivelmente chá e café • evitar alimentos ácidos - frutas cítricas e alimentos à base de tomates • adotar comportamentos q atenuem refluxo e/ou pirose – elevar cabeceira do leito, evitar ingerir alimentos antes de deitar, reduzir peso → farmacológico • inibidores da secreção ácida gástrica – ñ impede refluxo, mas atenua sintomas e possibilita cicatrização da esofagite • eficácia corresponde à potência do fármaco como antissecretor; • inibidores das bombas de prótons (IBPs) – mais eficazes; o aumento de doses causa benefício modesto 8 Clínica Médica • antagonistas do receptor 2 de histamina (AR2H) – superiores a placebo • tratamento normalmente ocorre por tempo indefinido de forma a controlar os sintomas • efeitos colaterais são mínimos; pode ocorrer aumento da susceptibilidade às infecções entéricas (C. difficile) e déficit na absorção de vit B12 e ferro → fundoplicatura laparoscópica de Nissen • alternativa cirúrgica para tratamento da DRGE crônica • utilidade principal é o tratamento da esofagite (estudos indicam eficácia semelhante à do tratamento com IBP) • atenção para potenciais efeitos deletérios – morbidade e mortalidade operatórias, disfagia pós-operatória, insucesso ou recidiva com necessidade de segunda intervenção, incapacidade de eructar e acentuação da distensão, flatulência e queixas intestinais após a cirurgia Esofagite Infecciosa → rara em pacientes imunologicamente competentes; nesses pacientes os ag etiológicos mais comuns são herpes simples e Candida albicans → tornou-se relativamente mais comum pela utilização crescente de imunossupressão para transplantes de órgãos, doenças inflamatórias crônicas e quimioterapia, além da epidemia de AIDS e infecções por espécies Candida, herpesvírus e citomegalovírus (CMV) → sintomas típico – odinofagia (esse sintoma não é comum com esofagite de refluxo); tbm pode se encontrar disfagia, dor torácica e hemorragia Esofagite por Candida → Candida é normalmente encontrada na faringe, mas pode causar esofagite em indivíduos imunossuprimidos → tbm ocorre qnd há estase esofágica secundária aos distúrbios da motilidade esofágica e aos divertículos → sintomas típicos – odinofagia e disfagia → tratamento é empírico, mas se houver persistência dos sintomas há necessidade de endoscopia imediata com biópsia (na endoscopia visualiza-se placas brancas friáveis) → tratamento – Fluconazol 14-21d • se ñ houver melhora – Voriconazol ou Posaconazol • em casos de paciente q n conseguem deglutir fármacos – Equinocandina IV Esofagite Herpética → causada por Herpes Simplex 1 ou 2 → vesículas no nariz e nos lábios sugerem etiologia herpética → anormalidades endoscópicas – vesículas e pqns úlceras em saca-bocado; → tratamento (p/ imunocomprometidos) – Aciclovir 5x/d 14-21d • pacientes c/ grave odinofagia – Aciclovir IV 8/8h 7-14d Citomegalovírus → ocorre principalmente em imunossuprimidos, sobretudo nos receptores de transplantes d e órgãos → anormalidades endoscópicas – úlceras serpiginosas sobre mucosa oral normal → tratamento – Valganciclovir VO 12/12h (mantido até cicatrização) Traumatismo Mecânico e Lesão Iatrogênica Perfuração Esofágica → maioria dos casos de perfuração ocorre por instrumentação ou traumatismo → perfuração esofágica causa dor retroesternal pleurítica devido a pneumomediastino e enfisema subcutâneo • TC de tórax é mais sensível para detectar ar no mediastino → perfuração pode ocorrer em área de estenose durante a dilatação do esôfago → tratamento – • vazamentos ñ contidos - aspiração nasogástrica e ATB parenterais de amplo espectro com drenagem e reparo cirúrgico imediatos • perfurações iatrogênicas ou pacientes inoperáveis – aplicação endoscópica de grampos ou a colocação de stent Laceração de Mallory-Weiss 9 Clínica Médica → laceração parcial da junção gastroesofágica causada por vômitos, esforço repetido para vomitar ou tosse vigorosa → hematêmese é comum → em geral, o sangramento regride espontaneamente, mas pode melhorar com aplicação tópica de Epinefrina → raramente é necessária intervenção cirúrgica Esofagite pós-Irradiação → pode complicar o tratamento dos cânceres torácicos → mucosa esofágica torna-se eritematosa, edemaciada e friável → pode ocorrer formação de estenoses anos dps da exposição à radiação → tratamento com medidas de suporte e em casos de estenoses crônicas faz-se dilatação esofágica Esofagite Corrosiva → lesão cáustica do esôfago por ingestão de álcalis ou ingestão acidental/intencional de ácidos → pode não haver lesões orais → necessário exame endoscópico → lesão grave pode causar perfuração do esôfago, sangramento, estenose e morte → a cicatrização de lesões mais graves costumam causar estenoses graves, q requerem repetidas dilatações Esofagite Causada por Ingestão de Comprimidos → ocorre qnd comprimido ñ consegue atravessar todo esôfago e aloja-se em seu interior → costuma ocorrer devido a hábitos inadequados de ingestão de comprimidos → sintomas típicos – dor torácica e odinofagia de início súbito; dor começa horas dps da ingestão ou desperta indivíduo q dorme → endoscopia evidencia ulceração ou inflamação localizada→ tratamento – fármacos q bloqueiam secreção ác do estômago para aliviar refluxo coexistente; qnd houver cicatrização a dilatação está indicada Corpo Estranho e Impactação de Alimentos → resulta em incapacidade de eliminar as secreções (espuma na boca) e dor torácica grave → alimento impactado pode ser retirado por endoscopia Manifestações Esofágicas de Doença Sistêmica Esclerodermia e Doenças Vasculares do Colágeno → esofagite esclerodérmica - hipotensão do EEI e peristalse esofágica ausente → anormalidades manométricas predispõem os pacientes à DRGE grave em consequência da disfunção da barreira formada pelo EEI e da eliminação dificultada do ac refluído para o esôfago → qnd ocorre disfagia é aliviada pela ingestão de alimentos na posição ereta e pelo uso de liq para facilitar a passagem dos alimentos Doenças Dermatológicas → distúrbios dermatológicos q podem afetar a orofaringe e o esôfago – pênfigo vulgar, penfigoide bolhoso, penfigoide cicatricial, síndrome de Behçet e epidermólise bolhosa → tratamento – glicocorticoides; dilatação pode ser necessária para tratar as estenoses
Compartilhar