Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
HISTÓRIA DA QUÍMICA ALUNO: JOSÉ RODRIGO ARAÚJO DE ALMEIDA – MATRICULA: 20210072987 PROFESSOR:WALLACE TRABALHO 10 QUÍMICA & GUERRA As armas químicas são utilizadas desde os tempos mais remotos, nesse trabalho vamos discutir o uso de algumas armas químicas desde os tempos mais primórdios. Mas o que seria uma Guerra Química? Guerra química é um termo utilizado para classificar uma guerra que utiliza armas como: Gases tóxicos, ácidos, substâncias irritantes e que possuem poder de destruição, além de efeitos químicos. Há relatos históricos que demonstram a utilização de substâncias químicas como armas, em busca de vitorias nas batalhas, começaremos a analisar esses relatos por volta de 600 a.C, na Grécia Antiga. Tem-se relatos que nessa época, o ditador ateniense Solon, envenenou as águas de um rio, com a utilização de raízes de Helleborus (um gênero botânico da família Ranunculaceae), para que os inimigos que consumissem essa água durante a invasão a cidade de Crissa, pudessem ser acometidos de uma forte diarreia, uma vez que essa raiz possuía uma propriedade laxante. Por volta de 429 a.C, na Grécia Antiga, havia um conflito muito intenso entre Atenas e Esparta, conhecido como “Guerra do Peloponeso”, ocasionado pelo aumento do poder de Atenas. Os espartanos utilizaram como estratégia a queima de enxofre, com o intuito de produzir uma fumaça contendo gases bastantes sufocantes, no momento que o vento estivesse indo em direção à Atenas. O enxofre sofre um processo de combustão formando um óxido molecular com caráter ácido de acordo com a reação: S(s) + O2(g) → SO2(g). Esse gás produzido é o dióxido de enxofre, que é bastante solúvel em água, e reage fácil com as mucosas dos olhos e órgãos respiratórios. Em contato com essa água, esse gás formara o ácido sulfúrico (H2SO4), que é um ácido muito corrosivo e tóxico, e sua reação química pode ser representada pela seguinte reação: SO2(g) + H2O(l) + ½ O2(g) → H2SO4(g). Observe que esses reagentes que participam da reação com o dióxido de enxofre, são abundantes e muito comuns ao corpo humano. O grande objetivo dos espartanos, com a combustão do enxofre, era o de intoxicar a população e os adversários, obtendo assim grandes vantagens na guerra. Sendo assim, as muralhas de Atenas com seu povo dentro, foi atingida por vários focos de incêndio espartano. Até então, tudo se mostrava favorável à Esparta, uma vez que o vento ia em direção à muralha de Atena e tudo indicava sucesso na estratégia escolhida. Mas de uma hora para outra, veio uma chuva forte, apagando assim os focos de incêndio espartano. Dessa forma a estratégia não saiu como os espartanos esperavam e foi literalmente por água abaixo. Outro momento interessante, é que na idade média, com as Guerras Bizantino- Árabes, foi utilizada uma arma conhecida como “fogo grego”. Essa arma química foi utilizada pelos 38 bizantinos contra os sarracenos, no primeiro cerco de Constantinopla, em 676 d.C. Constantinopla (atual Istambul), localizava-se estrategicamente entre Corno de Ouro e o Mar de Mármara, justamente no ponto de encontro entre a Europa e a Ásia. Nessa época, esquadras de navios sarracenos interessados em tomar Constantinopla dos bizantinos, se organizaram para atacar os fortes da cidade. Os bizantinos, liderados pelo imperador Constantino IV, se defenderam do ataque sarraceno, trazendo uma novidade no conflito. Uma nova arma, descrita como líquido incendiário. O “fogo negro”, como ficou conhecido esse armamento, consistia em um preparado líquido utilizado nos combates marítimos e eram lançados por tubos sobre as embarcações inimigas com o objetivo de incendiá-las. A composição do “fogo grego” continha breu, piche, enxofre, nafta e cal.
Compartilhar