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Psicologia de Personalidade no Ensino de Inglês

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Assane Antonio Suber
 
 
Actividade da cadeira de Psicologia geral do ensino de inglês 
(Licenciatura em Ensino de inglês 1° Ano)
Sub orientação do Tutor: Jonasse Roque
 
Universidade Rovuma
Centro de recursos de Lichinga
Delegação do Niassa
2021
Assane Antonio Suber
 
 (Licenciatura em Ensino de inglês 1° Ano)
	
Trabalho de Psicologia Geral do ensino de inglês I a ser entregue, o docente Jonasse Roque, no departamento de ciências de educação e psicologia (EAD)
Universidade Rovuma
Centro de recursos de Lichinga
Delegação do Niassa
2021
Indice
1.Introdução ------------------------------------------------------------------------------------------ 4
1.1. Objectivos ---------------------------------------------------------------------------------- 6
1.2. Factores que influenciam a personalidade --------------------------------------------------- 7
1.3. Testes ou avaliação de personalidade --------------------------------------------------------- 7
1.4. Teorias de personalidade ------------------------------------------------------------------------8
1.5. Propriedades individuais da personalidade ---------------------------------------------------13
1.6. Conclusão --------------------------------------------------------------------------------------- 15
1.7. Bibliografia ---------------------------------------------------------------------------------------- 16
Introdução
A psicologia é uma ciência relativamente nova, e portanto, ainda muito dinâmica. Cada vez mais, os estudiosos trazem inovações e novas descobertas sobre o comportamento humano. E ainda há muito a ser estudado e revelado.
A metodologia do presente trabalho encontra-se pautada pesquisa bibliográfica que abordou sobre a psicologia de personalidade.
Segundo Bock (1999), a personalidade pode ser entendida como um modo relativamente constante e peculiar de perceber, pensar, sentir e agir do individuo, como estes aspectos se integram e organizam o que confere singularidade de peculiaridade a acda um. Cujo dentro do tema teve os seus seus subtemas dos quais; factores que influencia a personalidade, testes ou avaliacao da personalidade, teorias de personalidade e finalmente as propriedades individuais da personalidade.
Perante a pesquisa dos subtemas acima referenciados encontrou-se e desenvolveu-se os seguintes aspectos:
Dentro da dos factores que influenciam a personalidade contem os factores Biológicos, factores psicológicos e factores sócias.
E no segundo subtema que fala sobre os testes ou avaliação da personalidade, neste subtemas existem testes de personalidade com os mais diversos objectivos. Eles podem ser classificados de acordo com as suas finalidades, contudo desenvolveu-se os seguintes testes de personalidade:
1. Teste de Atenção Concentrada;
2. QUATI;
3. Teste Palográfico;
4. Inventário Factorial de Personalidade (IFP);
5. Teste não verbal de inteligência;
6. Teste de Raciocínio Lógico;
7. Z-Teste;
8. Inventário de Administração de Tempo. Seguidamente abordou-se das teorias das personalidades, na qual cada teoria psicológica concebe a personalidade e o seu desenvolvimento de maneira específica. A Psicanálise, que é considerada uma das teorias mais importantes sobre a personalidade, entende que a construção da personalidade ocorre a partir de um processo que é psicossexual. Para a teoria behaviorista a personalidade do indivíduo é determinada pela relação que este estabelece com o meio. Finalmente terminou-se com as propriedades individuas da personalidade ou em outra linguagem bem simples e detalhada é o memo que dizer tipos de temperamento. Os quatro temperamentos primários estabelecidos e descritos por Galeno, são conhecidos entre teóricos e leigos, sendo nomeados de acordo com os humores predominantes no corpo: 1) tipo sangüíneo, caracterizado por indivíduos atléticos e vigorosos, nos quais o humor corporal predominante era o sangue; 2) tipo colérico, indivíduos facilmente irritáveis, nos quais predominava a bile amarela; 3) tipo melancólico, indivíduos tristes e melancólicos que exibiam excesso de bile negra; e 4) tipo fleumático, indivíduos cronicamente cansados e lentos em seus movimentos, que possuíam excesso de fleuma (Aiken, 1991)
Objectivos
Geral:
Compreender a psicologia de personalidade
Específicos:
· Identificar os factores da personalidade;
· Descrever as teorias de personalidade;
· Explicar os testes ou avaliação da personalidade;
· Mencionar as propriedades individuais da personalidade.
Metodologia
A metodologia e técnicas de pesquisa usadas consistiram em selecção, leituras, análises de várias obras bibliográficas, em seguida que culminará com a compilação de dados em trabalho final.
Relevância
Espera-se que este trabalho possa servir de orientação para os que pretendem aprofundar o mesmo tema e o mesmo crie um acesso debate no seio da sociedade em particular académica, servindo de motivação para o seu aprofundamento.
FACTORES QUE INFLUENCIAN A PERSONALIDADE
· FACTOR BIOLOGICO- HEREDITARIEDADE- Transmissão de características genéticas dos pais para os filhos (crescimento físico/orgânico e maturação neurofisiologico;
· FACTOR PSICOLOGICO – compreende os processos, estados qualidades psíquicas/ ideativas (percepção, memoria, pensamento, imaginação e linguagem);
· FACTOR SOCIAL- o meio ambiente familiar, comunitário e cultural religioso, escolar, profissional etc.
WITTIG, 1981
TESTES OU AVALIACAO DE PERSONALIDADE
A psicologia é uma ciência relativamente nova, e portanto, ainda muito dinâmica. Cada vez mais, os estudiosos trazem inovações e novas descobertas sobre o comportamento humano. E ainda há muito a ser estudado e revelado.
Existem testes de personalidade com os mais diversos objectivos. Eles podem ser classificados de acordo com as suas finalidades. A seguir, confere quais são os mais utilizados em cada sector.
Os seguintes testes são muito usados na selecção de pessoas:
· Teste de Atenção Concentrada: ele é aplicado com o objectivo de avaliar o foco e capacidade de concentração que a pessoa possui ao realizar uma actividade, diante de vários cenários.
· QUATI: esse teste procura identificar padrões de comportamento referentes ao trabalho em grupo. A partir das escolhas de cada indivíduo, é possível identificar em que tipos de equipe ele pode se relacionar melhor.
· Teste Palográfico: ele é o famoso teste dos traços verticais e paralelos, aplicado durante o processo de habilitação para dirigir.  Ele possibilita medir a capacidade de concentração, foco e velocidade de resposta da pessoa frente a mudanças repentinas.
· Inventário Factorial de Personalidade (IFP): essa ferramenta é utilizada para avaliar a maneira de como um indivíduo se comporta em treze contextos diferentes: assistência, dominância, ordem, deferência, interacção, desempenho, exibição, afago, mudança, persistência, agressão, autonomia e afiliação.
· Teste não verbal de inteligência: a sua finalidade é avaliar um dos tipos de inteligência no candidato, a lógico-matemática. Ele é realizado através de actividades gráficas ou numéricas.
· Teste de Raciocínio Lógico: esse teste é realizado para avaliar a capacidade de raciocínio lógico e resolução de problemas  dos candidatos.
· Z-Teste: ele é utilizado para avaliar traços funcionais e dinâmicos da personalidade, com base no famoso teste de Rorschach.
· Inventário de Administração de Tempo: esse teste é aplicado para analisar como as pessoas utilizam o seu tempo no trabalho. Ele pode detectar padrões como hábitos de procrastinação e foco em metas.
TEORIAS DA PERSONALIDADE
Nenhum Homem nasce como personalidade. Entretanto, cada um de nós nasce como um projecto (esboço) da personalidade, quer dizer, cada indivíduo ao nascer é um centro de iniciativas, de buscas e de construções de boas qualidades. Isto significa que cada indivíduopermanentemente deve trabalhar para a formação da sua personalidade.
A personalidade do Homem constrói-se pelos sinais complexos e estáveis: temperamento, conduta, moral, interesse bem como as necessidades que definem as propriedades dos sentidos e do comportamento do mesmo Homem. A personalidade capacita-se ás diversas situações da vida, aí se define a sua totalidade.
A conduta humana é reconhecida como complexa. Assim, o comportamento não é determinado por um único factor, mas sim por muitos factores, de natureza diversa. Diante de tão complexo campo de investigação, diferentes grupos de estudiosos enfatizam diferentes grupos de aspectos de comportamento. Alguns concentram-se em hereditariedade e outros em influências ambientais. Outros ainda, favorecem a formação de um conjunto de leis gerais, entendendo o Homem como ser social e ao mesmo tempo biológico. As teorias da Personalidade que merecem distinção especial são: o Behaviorismo, o Gestaltismo, a Psicanálise.
Behaviorismo
O termo "Behaviorismo" que em Inglês "behavior" significa comportamento, foi inaugurado pelo americano John Watson. Watson postulava o comportamento como objecto de estudo da psicologia e defendia que este (comportamento) devia ser estudado em função de certas variáveis do meio.
Para entender a personalidade (comportamento) deve-se analisar as relações funcionais entre acções visíveis e suas consequências também visíveis.
A essência de todo o behaviorismo é ser a ciência do par Estímulo-Resposta. Todo o comportamento pode ser modificado pelo meio ambiente, de tal forma que o controle das condutas é possível e os fenómenos psíquicos são previsíveis.
A influência do meio ambiente predetermina o comportamento. Não se interessa pelos fenómenos como a consciência, a hereditariedade, o prazer e a dor.
O homem é considerado vítima passiva do meio ambiente. O ensino e a experiência são blocos de construção da personalidade.
O Gestaltismo
Os fundadores da escola da Gestalt foram WERTHEIMER (1880-1943), KURT KOFFKA (1886-1941) e WOLFGANG KOHLER (1887-1967). Todos eles negam a fragmentação entre acções e processos humanos, defendendo o principio de determinação relacional, isto é, que as propriedades das partes dependem do lugar, papel e função que têm no todo. Sustentam ainda que a maior parte das configurações, o todo não é igual á soma das partes demonstrando-se que o estímulo deve ser considerado como uma totalidade. A Gestalt Orienta-se pelos seguintes princípios:
· O todo é percebido antes das partes que o compõe;
· O todo é definido pelas interacções e interdependências das partes;
· As partes de uma configuração não mantêm sua identidade quando estão separadas da sua função e lugar no todo
A Psicanálise/Freud
Sigmund FREUD (1856-1939), médico vienense (Áustria), alterou, radicalmente, o modo de pensar a vida psíquica. Freud ousou colocar os "processos misteriosos" do psiquismo", suas "regiões obscuras", isto é as fantasias, os sonhos, os esquecimentos, a interioridade do homem, como problemas científicos. A investigação sistemática destes problemas levou Freud á criação da Psicanálise.
Freud emprega o termo Psicanálise pela primeira vez em 1896. A Psicanálise constituiu-se como método e como teoria, e ainda como terapia. Como método consiste na interpretação e busca do significado oculto daquilo que é manifesto por meio de palavras ou acções e como teoria pode ser definida como um conjunto de conhecimentos, sistematizados sobre o funcionamento da vida psíquica.
Freud, como hebreu, herdou uma rica tradição do pensamento hebraico, e por outro lado, de formação clássica (filosofia antiga) e perito linguista, ele veio a contacto com a literatura antiga e moderna. Sobre esta base assentaram-se os seus estudos de medicina e ciências naturais, no campo da fisiologia, neurofisiologia e farmacologia. Teve o mérito de ter descoberto a sexualidade (base fundamental de seus estudos), embora este fosse um tema debatido antes da publicação do sua obra intitulada "os três ensaios sobre a teoria sexual".
Freud postula o inconsciente como objecto de estudo da Psicologia, da mesma forma que quebra a tradição da psicologia como uma ciência da consciência e da razão.
A Teoria da Personalidade segundo Freud
Freud considerava a personalidade constituída de três grandes sistemas/estruturas cada um com sistemas próprios mas integrados: ID, EGO e SUPEREGO.
O Id
O ID ou inconsciente (infra-eu) é o núcleo primitivo da personalidade. Não sofre as influências das forças sociais e conscientes que forma o indivíduo. A sua preocupação é satisfazer as necessidades instintivas de acordo com o princípio de prazer. O Id é a estrutura original básica e mais central. As leis lógicas do pensamento não se aplicam ao Id O Idé a sede das pulsões e dos desejos recalcados e representações recalcadas (recalcamento = processo mental pelo qual pensamentos insuportáveis ao eu consciente são reprimidos) (agressivas e sexuais). Não conhece juízos de valor, nem o bem do mal, nenhuma moralidade. Os conteúdos do Id são quase todos inconscientes, assim como o material que foi considerado inaceitável pela consciência. O Id não suporta energia de muita tensão e o seu objectivo é reduzir a tensão dolorosa aos baixos níveis possíveis. O Id é baseado no princípio do Prazer.
Ego (Eu)
O Egoé a consciência propriamente dita . É a personalidade enquanto actua no momento presente. Caracteriza-se pela actividade consciente (percepções exteriores e elaboração de processos intelectuais) e a capacidade para estar em contacto com a realidade exterior. O Egoé dominado pelo princípio da realidade (pensamentos objectivos, actos socializados, actividade racional e verbal). Também caracteriza-se pelo estabelecimento de mecanismos de defesa contra as invasões da pulsão. As funções básicas do Ego são: percepção, memória, sentimento, pensamento. Em suma, o Ego tem a função de ajustar o homem ao meio da realidade física e social em que vive. É um instrumento de adaptação do indivíduo ao meio. O Ego é baseado no princípio do Realidade.
O Ego, orientado à realidade do mundo que o circunda, é a chave da adaptação que procura de mediar as pressões ditadas pelo princípio de prazer, a busca do prazer e da gratificação imediata, com as exigências impostas pelo principio da realidade, provenientes do mundo externo. O Ego utiliza a angústia como sinal de alarme diante dos perigos do mundo interno (pulsional), por outro lado, organiza mecanismos de defesa que consentem de moderar as exigências do Id com aquelas do mundo externo.
Os mecanismo de defesa: são mecanismos que o indivíduo usa para deformação da realidade, ou melhor, são processos realizados pelo ego e são inconscientes, isto é, ocorrem independentemente da vontade do indivíduo. Os mais comuns são:
· Recalcamento
· Formação reactiva
· Regressão
· Projecção
· Racionalização
· Sublimação
· Negação
Super-Ego (super-eu)
O superego é o resultado da interiorização de censuras que a criança faz suas (identificação) e que lhe vêm dos pais ou do meio ambiente. O conteúdo do superego refere-se a exigências sociais e culturais. Representa o ideal do que é real. É defensor dos impulsos rumo a perfeição. Origina-se com o complexo de Édipo, a partir da interiorização das proibições, dos limites e da autoridade. O superego é o depósito das normas morais e modelos de conduta. As suas funções são a consciência, a auto-observação e a formação das ideias. Podemos afirmar que o Superego é baseado no princípio da Moralidade/sociabilidade.
A combinação das três camadas, segundo Freud constitui factor importante para a formação e estruturação da Personalidade.
As investigações sobre os conteúdos do Id, conduziram Freud à formulação duma doutrina geral das pulsões nas quais a libido exprime-se percorrendo as zonas eróticas, cada uma das quais representa uma determinada fase de evolução (os estádios do desenvolvimento psicosexual). O desenvolvimento da libido pode acontecer naturalmente ou enfrentar bloqueios por interferência da fixação o da regressão que bloqueiamo desenvolvimento psíquico e o reconduzem a fases precedentes, com consequências na formação de sintomas nevróticos. Esta postulação chamou-se de teoria das pulsões.
O princípio do Prazer e o princípio da Realidade
Contudo, segundo Freud, o bebé no nascimento é dominado duma única estrutura de personalidade, o Id., fonte originária de todas as motivações e energias. Ele procura de realizar esta descarga de energia sem preocupar-se daquilo que é realizável o socialmente aprovável. O seu modo de funcionamento e regulado pelo principio de prazer, que procura a gratificação imediata e completa das pulsões. Mas desde o inicio dos primeiros meses de vida estas tentativas de obter uma gratificação imediata são frustradas ou punidas. Estas experiências contribuem para a formação do ego (eu), o qual é governado pelo princípio de realidade.
Propriedades individuais da personalidade
O estudo das diferenças individuais sempre despertou interesse entre teóricos, pesquisadores e leigos. Diferentes dimensões, traços ou características são identificadas nos indivíduos dependendo do enfoque teórico e do interesse.
Já na Grécia antiga, Hipócrates (século IV - V A.C.), o pai da medicina, desenvolveu a teoria dos humores corporais para explicar os estados de saúde e doença. Em sua dissertação intitulada "On the Nature Man", deduz dos quatro elementos primários do universo, terra, ar, fogo e água, quatro qualidades: calor, frio, úmido e seco, as quais foram relacionadas à quatro humores corporais: sangue, fleuma, bile branca e bile negra. O equilíbrio adequado entre estes humores determinaria a saúde, e o desequilíbrio causaria a doença (Strelau, 1998).
Baseado na teoria de Hipócrates, Galeno desenvolveu a primeira tipologia do temperamento, descrita em sua monografia "De Temperamentis", onde distinguiu e descreveu nove temperamentos: quatro temperamentos primários relacionados à dominância de uma das quatro qualidades descritas por Hipócrates; quatro temperamentos secundários, derivados do pareamento entre as qualidades, e um temperamento resultado da mistura estável das quatro qualidades, considerado como temperamento ideal (Strelau, 1998).
Os quatro temperamentos primários estabelecidos e descritos por Galeno, são conhecidos entre teóricos e leigos, sendo nomeados de acordo com os humores predominantes no corpo: 1) tipo sangüíneo, caracterizado por indivíduos atléticos e vigorosos, nos quais o humor corporal predominante era o sangue; 2) tipo colérico, indivíduos facilmente irritáveis, nos quais predominava a bile amarela; 3) tipo melancólico, indivíduos tristes e melancólicos que exibiam excesso de bile negra; e 4) tipo fleumático, indivíduos cronicamente cansados e lentos em seus movimentos, que possuíam excesso de fleuma (Aiken, 1991).
Em fins do século XVIII e meados do século XIX, é possível observar influências da tipologia estabelecida pelos antigos gregos, nas teorias de temperamento de estudiosos alemães como Immanuel Kant e Wilhelm Wundt.
Immanuel Kant, em 1798, publicou sua "Anthropology", na qual descrevia sua teoria de temperamento. Considerava este constructo como um fenómeno psicológico, compreendido por traços psíquicos determinados pela composição do sangue, que estaria relacionada a facilidade ou dificuldade da coagulação sanguínea e também sua temperatura. Kant distinguiu quatro tipos de temperamento considerando a composição sanguínea e usando critérios de energia de vida, que oscilam da excitabilidade à sonolência, além de características do comportamento dominante como emoção versus acção: 1) sanguíneo, caracterizado pela força, rapidez e emoções superficiais; 2) melancólico, designado pelas emoções intensas e vagarosidade das acções; 3) colérico, rapidez e impetuosidade no agir; e 4) fleumático, caracterizado pela ausência de reacções emocionais e vagarosidade no agir (Strelau, 1998).
Já Wilhelm Wundt, estudando emoções e tempo de reação em seu laboratório, deparou-se com a constatação da existência de diferenças individuais nas reacções emocionais, denominadas temperamento. Segundo este autor, temperamento define-se como disposições aplicadas às direcções das emoções. Partindo de dois factores emocionais, força e velocidade da mudança, Wundt distinguiu quatro tipos de temperamento: 1) coléricos e melancólicos, caracterizados pela força das emoções; 2) sanguíneos e fleumáticos, designados pela fraca emoção; 3) sanguíneos e coléricos, caracterizados pelas mudanças emocionais rápidas, e 4) melancólicos e fleumáticos, caracterizados por mudanças emocionais lentas (Strelau, 1998).
Apesar dos estudos de longa data, foi no início do século XX que psiquiatras e psicólogos começaram a desenvolver estudos mais efectivos sobre temperamento, alguns como Carl Gustav Jung e Alfred Adler, desenvolveram teorias mais especulativas, outros como Gerard Heymans, Ernst Kretschmer e Ivan Pavlov baseados em diferentes abordagens teóricas e provenientes de diferentes países, conduziram estudos mais empíricos.
As formulações teóricas mais especulativas que influenciaram as teorias mais contemporâneas de personalidade eram as de:
1. Carl Gustav Jung postulava que os indivíduos eram caracterizados por dois tipos de atitude, a extroversão e a introversão, as quais eram de origem biológica e reflectiam a direcção em que a energia psíquica era expressa. A extroversão, segundo ele, era governada por expectativas e necessidades sociais, estando orientada para a adaptação e reacções exteriores, enquanto a introversão teria sua energia dirigida para os estados subjectivos e processos psíquicos.
Conclusão
O termo personalidade vem do latim persona, que significa máscara. Para a Psicologia, no entanto, personalidade refere-se a uma organização de vários aspectos constitutivos, como o aspecto físico, psíquico, moral, social, que interagem e determinam o ajustamento do indivíduo ao seu meio ambiente.
Porem o conceio de psicologia de personalidade ou psicologia diferencia é a parte da psicologia que se dedica a desenvolver e explicar “as particularidades humanas duradouras, não patológicas que influenciam o comportamento dentro de uma determinada população” Asendorpf, Jens B (2004). Psychologie der perönlichkei (3. Aufl.). Berlin: springer, pág. 11. Alem disso em essa disciplina o objectivo de integrar os resultados empíricos em uma teoria de personalidade e de desenvolver métodos para o psicodiagnóstico e fundamenta-los teoricamente. Enquanto outros autores usam ambos os termos como sinónimos, ouros preferem trata-los como duais disciplinas diferentes.
Bibliografia:
SCHULZ, Duane. Teorias de personalidade. São Paulo; Thomson learning Edition, 2006
WITTIG, 1981
VETOR EDIORA psico-pedagogico, TESTEPALOGRAFICO. Adapado por prof. Álvaro José Lelé & Bruna Silva Yuculano 1ª ed. 2004
Asendorpf, Jens B (2004). Psychologie der perönlichkei (3. Aufl.). Berlin: springer, pág. 11
Stern, W. (1911). Die dieferenzielle psychologie in ihren methodischen Grundulagen. Leipzig: Basth( reprint 1994, Bern: huber
Xavier, Romão. 2009. Relatório de desenvolvimento humano, 1ᵅed. Matola:Mbook.vol.2, pag:18-21. Maputo: sográfa, Lda.

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