Buscar

resumos Geografia final

Prévia do material em texto

Geografia Social 
 
Teoria e epistemologia em Geografia social 
 
A Génese e a evolução da Geografia Social 
 
A geografia social é uma área que pode ser dividida em geografia Física e Geografia 
Humana que se relacionam entre si, estas duas áreas tem sempre ido buscar 
informações e matéria de outras áreas. A geografia física tem ido buscar informações a 
áreas como a biologia, a geologia e até as engenharias, no caso da geografia humana 
vai buscar a economia, a sociologia e até mesmo a psicologia. 
Pull Klabal diz que inicialmente a geografia tinha a geografia tinha um caracter muito 
descritivo, ou seja, um caracter muito corográfico. Tendo perdurado até ao Sec. XIX 
início do Sec. XX, esta geografia baseava-se em relatos de viajantes que iam para áreas 
menos conhecidos e relatavam aquilo que observavam. Os dois pais da geografia 
moderna (Karl Ritter e Alexander von Humbolt), fomentaram o desenvolvimento do 
que é a geografia, começando por uma geografia descritiva. 
Assim sendo podemos afirmar que a geografia social não esta na origem da geografia 
esta veio mais tarde. Com a evolução da geografia foi necessário começar a remeter a 
uma dualidade de causa-efeito, onde era necessário perceber e explicar o porque 
daquilo que se descrevia. Momentos na geografia corográfica houve vários momentos 
em que esta morfologia explicava a diferenciação cultural dessa zona ou vice-versa, ou 
seja, havia zonas onde elementos naturais estavam diretamente ligados a traços 
culturais. 
No início do Sec. XXI até a Guerra mundial a geografia torna-se assim uma geografia 
determinista, onde tenta-se perceber as causas que levam a determinadas 
consequências ou efeitos. No final da segunda Grande guerra mundial as ciências 
sociais e a geografia são alteradas por imensas condições resultantes da segunda 
grande guerra, que leva a que acha uma grande mudança no pensamento Geográfico. 
Podemos afirmar então que o pós-segunda guerra mundial leva a criação da Geografia 
social, que se preocupa em dar resposta as questões sociais muito ligadas as 
desigualdades e iniquidades muito ligada a correntes políticas especialmente de 
esquerda. 
Os acontecimentos que potenciaram durante e após a segunda guerra mundial a 
criação da geografia social, estão: 
• a guerra fria e o movimento dos países não alinhados, ou seja, aqui há a uma 
geografia que separa ao mundo em dois blocos em que há uma diferenciação 
do posicionamento político e de posicionamento face a essas questões 
havendo aqui então uma geografia muito politizada. 
• A descolonização cria aqui então um despertar e assumir dos problemas 
económicos existentes nas colónias, gerando aqui um papel importante da 
geografia social em entender as iniquidades sociais, culturais e económicas 
aqui existentes gerados pelo tempo de colonização e do processo de 
descolonização. 
• As iniquidades económicas e sociais no que diz respeito as diferenças de 
desenvolvimento entre países. 
• Outros movimentos sociais como o fim guerra do Vietname, o 
apartheid/movimentos antirracistas e os movimentos pela paz são estudados 
pela geografia social, onde esta ganha aqui representação tentando entender e 
dar resposta a esses movimentos. 
A Geografia sendo muito diversa, temos por um lado uma geografia muito quantitativa 
onde há uma análise de dados, questionários e tratamentos de dados matemático, por 
outro temos uma geografia muito ligado a engenharia geográfica como os SIG onde 
estão envolvidas a cartografia, já no caso da geografia social esta, está muito ligada a 
uma metodologia qualitativa, os grupos foco, recolha de dados por entrevista. 
 
 
 
Quanto a atuação do individuo no espaço e na escolha deste, na geografia social 
podemos perceber que esta deligou-se um pouco daquilo que são as geografias mais 
numéricas tentando perceber no contacto direto com o individuo a razão por detrás de 
permanecer ou escolher por exemplo um espaço, sendo assim podemos identificar 
então que foram três, as grandes correntes geográficas que a influenciram.: 
• A primeira é a Geografia da perceção é um ramo epistemológico que se 
preocupa em responder a questões sobre o meio e sobre como a forma como 
indivíduo se organiza no espaço tendo em cota a sua perceção, ou seja, a forma 
como o individuo vê, entende, interpreta e atua no espaço. 
o A organização do meio varia de acordo com a perceção do individuo e 
tem diretamente e ver com imagens mentais que se tem sobre o 
território. Essas imagens contruída pela perceção que o individuo tem 
sobre um local, tem muita mais influencia na tomada de decisões do 
individuo, do que por vezes a razão. Exemplos disso é a distância de um 
local ao outro e o que durante o caminho entre esses dois locais é 
percecionado pelos indivíduos. Assim percebemos que por vezes a 
escolha do local para viver deriva muitas vezes por conta da perceção e 
da sua imagem mental do local. 
• A Geografia Humanista tem vindo a responder as questões da construção em 
áreas de risco por parte dos indivíduos, derivadas da emoção dos indivíduos 
com os locais em questão. A relação afetiva dos indivíduos com o território 
(topofilia) tem a ver com fatores muito diversos. Na Geografia económica diz 
nos que os indivíduos escolhem o local com base na razão e nos seus interesses 
ou poderes económicos, só que a Geografia humana diz nos que estes fatores 
são muitas vezes trocados em razão do fator topofilia. Assim pode ser 
explicado a escolha desses locais através da geografia humana. 
 
• A geografia social vai buscar muito as geografias politizadas de esquerda, que 
são políticas que se preocupam muito com aquilo que são os problemas sociais 
nomeadamente na europa e na américa do Norte. Entre essas problemáticas 
estão a questão dos pobres e pobreza, dos grupos marginais e minorias, a vida 
urbana, a criminalidade entre muitos outros problemas. 
Na atualidade a Geografia Social tem-se ligado muito a questão dos ricos antrópicos e 
dos riscos sociais, tendo assim sido alvo de estudo das ciências sindinicas que estudam 
os ricos associados ao território. Esses grandes grupos de risco são os riscos Naturais 
como os sismos, vulcões e terremotos entre outros; os riscos Mistos ligados a dinâmica 
da vida social como a indústria e os transportes, entre outros; os riscos Antrópicos é 
onde estão inseridos os riscos sociais. 
Associado aos riscos sociais e a geografia social tem-se em atenção duas dimensões: 
o A dimensão individual analisa á escala do individuo ou de pequenos grupos 
sociais as questões relacionadas com o trabalho (tentar perceber a 
instabilidade laboral, a precariedade e do desemprego), a vida social (questão 
da pobreza e da alienação) e nas relações sociais (envelhecimento, solidão). 
 
o A dimensão Coletiva analisa a nível geral o comportamento das multidões 
(comportamento grupo, ou seja, a mobilização de massas como por exemplo 
movimentos políticos de estrema direita ou de motivações religiosas ligadas a 
atentados terroristas), a repressão (na questão da repressão e da 
estigmatização), Migrações (fricção social entre autóctones e estrangeiros), 
saúde (experiências como o ser humano, depressão e suicídio), a justiça ( 
inacessibilidade e iniquidade), criminalidade (Terrorismo, sabotagem e 
violência). 
 
Aqui podemos perceber que existe temas que são alvo de estudos desde o início da 
geografia como o desemprego e a justiça e por outro lado temas mais 
contemporâneos como as migrações. A partir destas duas dimensões podemos dizer 
que a Geografia Social se baseia numa tríade com 3 palavras chave: 
o A Incerteza na vida quotidiana a nível da continuidade e estabilidade do advir 
tendo em conta os problemas sociais de hoje. A incerteza no trabalho por 
exemplo tem provocado um conjunto de mudanças sociais como a saída mais 
tarde de casa dos pais, o nascimento dos filhos e o casamento. 
o A Insegurança a nível do própriocorpo, do vizinho e da comunidade e como 
certas situações geram insegurança em todas estas dimensões como questões 
de ataques terroristas, ou de homicídios entre outros casos. 
o A Falta de garantias devido a uma sociedade que impõe cada vez níveis mais 
altos, mas que não cria um conjunto de condições a nível de estabilidade e de 
garantias para se puder cumprir esses desígnios. 
 
Significado e dinâmica da Geografia social 
 
A geografia social vai buscar influencias a geografia política, económica e cultural. A 
geografia social refere-se as relações sociais entre pessoas e territórios, mas também 
das iniquidades, sendo a Geografia social tem como principal objetivo definir 
estratégias sociais e políticas, que tenham como objetivo promover o bem-estar das 
populações. 
Assim podemos evidenciar vários princípios que constituem a Geografia social, como 
por exemplo o princípio de que o espaço reflete a atividade social, onde por exemplo 
áreas urbanas que refletem o poder económico. A diferenciação da residência no 
parque das nações e do parque da Jamaica, podemos denotar daqui uma desigualdade 
a nível do poder económico, do grau académico da população, entre muitos outros 
fatores. 
No entanto, por vezes é possível dizer que o espaço constrói a atividade social uma vez 
que o espaço tem um papel importante nas iniquidades sociais mas que também este 
pode ser visto como um instrumento de resistência e de celebração como por exemplo 
o caso de trípoli na líbia foi considerada como um dos bastiões da resistência dos 
regimes autoritários, ou dos amish nos EUA onde se encontram muita resistência ao 
modo de vida moderno, tendo e contruindo assim nas suas áreas um movo de vida 
tradicional, vendo como os indivíduos também constroem o espaço. 
 
 
A importância do território e da escala associada a geografia social 
 
Na geografia social procura-se três fatores que podem proporcionar o bem-estar dos 
indivíduos e o que eles procuram num lugar: 
• O equilíbrio ligado a dimensão de uma dimensão territorial em equilíbrio com a 
natureza. 
• A segurança ontológica que procura muito que se refere a um estado mental 
estável dos indivíduos baseado num estado de ordem e continuidade, como 
por exemplo o trabalho, ou do contacto com as emoções das pessoas 
• Topofilia 
Ou seja, em síntese, os divíduos procuram no território que haja uma boa qualidade 
ambiental sendo passada para segurança ou 3º plano, a segurança é outro fator muito 
importância, questões estéticas como a procura por um sitio bonito, por questões 
sentimentais levado a ligações a família próximo, as atividades sociais e económicos 
prevalece por vezes acima de todas estas como + ofertas de emprego, + ofertas de 
ensino, entre outras. 
Das fontes técnicas 
 
A escala Local e a escala regional a geografia usa muito a metodologia qualitativa, baseando a 
sua pesquisa em grupos foco e nas entrevistas onde está em contacto direto com as 
populações, no entanto, há por vezes especialmente em populações de grande dimensão, uma 
ligação entre a metodologia qualitativa e quantitativa. 
O Relatório e índice de desenvolvimento humano, que é algo que nos dá uma ideia do 
desenvolvimento destas regiões, no entanto, o conceito de desenvolvimento tem 
atendimentos diferentes dependendo da realidade que estamos inseridos, ou seja, perguntar 
num país da europa o que é um país desenvolvido não iremos ter a mesma resposta que 
perguntarmos em muitos países africanos. 
No índice de desenvolvimento humano cujo cálculo se baseia: 
• Na esperança media de vida a nascença onde são tidos em conta a longevidade e 
qualidade de vida da população. Países com esperança de vida mais longas 
normalmente são países que detém bons cuidados de saúde e médicos ao longo da 
vida, níveis de emprego e segurança social mais elevados, no entanto, entanto sempre 
é tão linear. 
 
• No Índice e educação e conhecimento está sobretudo relacionado com o número 
medio de anos que o individuo frequenta no ensino, o número medio de anos por 
género e também as taxas de analfabetismo 
 
• O nível de vida satisfatório recorrendo muito ao pib per capita, partindo do princípio 
de que os níveis de desenvolvimento elevados há também um elevado pib per capita 
por individuo, ou seja, a liberdade económica normalmente existente nos países 
desenvolvidos leva a que haja a um maior poder económico. O maior poder 
económico existente nos países desenvolvidos vai levar a que haja mais gente a 
aceder aos serviços e ter uma melhor justiça, saúde, educação entre outros. 
Assim podemos denotar que para uma sociedade se desenvolver os níveis de saúde, educação 
e poder económico tem de ser altos 
 
Outros índices como o índice de desigualdade de género, o índice de pobreza, e o índice de 
desenvolvimento ajustado a desigualdade para perceber as desigualdades entre os espaços, de 
maneira a complementar a informação dada pelo índice de desenvolvimento humano 
Amartya Sen diz que o desenvolvimento o que importante não é o que temos, mas o que 
fazemos com aquilo que nós temos, ou seja, o foco de desenvolvimento tem muito a ver com a 
responsabilidade do que fazemos com o que temos. Amartya diz-nos que a liberdade é um dos 
fatores essenciais para o desenvolvimento, aqui é preciso nos termos uma liberdade de acesso 
e liberdade de escolha. Liberdade de acesso para poder aceder a determinadas áreas e 
liberdade de escolha para poder escolher dentro das áreas aquelas que que queremos. 
Amartya Sem mostra que o desenvolvimento depende então da liberdade de acesso e de 
escolha de três áreas essências. 
• Dispositivos sociais e económicos – o acesso a educação, cuidados de saúde e serviços 
burocráticos como justiça até serviços a áreas mais comercias como o mercado de 
trabalho. 
• Direitos políticos e cívicos – a liberdade de poder participar no debate publico ou no 
escrutínio eleitoral, ou seja, a liberdade de eleger e de pessoa eleito. 
• Eliminação das fontes de restrição, ou seja, a capacidade da pop de poder fugir da 
tirania e dos estados repressivos de serviços precários e esclavagistas. Ou seja, ter o 
poder de escolha de fugir de este tipo de sistemas 
 
Muhammad yunnus criador do microcrédito algo que se relevou muito eficaz em diminuir a 
estrema pobreza em certos grupos por vezes, que de outra maneira não seria capaz de 
quebrar. Este achou que empoderar pessoas mais desfavorecidas ia quebrar esse ciclo da 
impossibilidade de quebrar a pobreza. 
Microcrédito não pedia nenhuma garantia de pagamento, foi possível verificar que algum 
tempo depois maior parte trazia o dinheiro de volta. Muitas pessoas usaram isto para investir 
em negócios pequenos como as mulheres que muitas investiram em máquinas de costura. 
Este era inseridos em populações marginalizados. Assim possibilitou o empoderamento e 
aumento do poder económico das pessoas sem sair do país. 
Amartya sem diz que há 5 tipos de liberdade e quando estes tipos de liberdade estão 
disponíveis aos indivíduos o processo de desenvolvimento é equilibrado e bem visível. 
• Liberdades políticas – tem a ver com a oportunidade de participar no sistema político, 
para promover a segurança e confiança nas instituições politicas 
• As disponibilidades económicas – possibilidade de participar no comercio e emprego, 
ou seja, poder produzir e consumir para assim poder gerar riqueza a várias escalas. 
• Oportunidades sociais – A forma relativamente ágil que se consegue aceder aos 
serviços de educação e saúde. 
• Garantias de transparência- países onde há uma maior transparência e menor 
corrupção para clarificar para saber melhor como o dinheiro e gasto de maneira a 
garantir uma melhor gestão. A senseção de confiança nas instituições leva a uma 
maior preocupação no desenvolvimento 
• Proteção e segurança- Necessidade de haver uma proteção social em vários caos como 
assistência a maternidade, caso de assistênciaa pessoas idosas entre outros é 
necessário para impedir que os leve a extrema pobreza 
Segundo o relatório para o desenvolvimento, o desenvolvimento também deriva muito 
daquilo que é a resposta social as capacidades básicas e capacidades avançadas. 
 
O acesso a tecnologia não e algo tao linear a nível nacional como podemos ver. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplos de capacidades básicas 
necessárias 
Exemplos de quando se tem capacidades 
avançadas num país 
 
 
 
O PNUD tem abordado com especial foco todos anos um tema diferente em foco. 
 
 
 
 
 
Para fazer uma melhor analise de uma área e interpretar bem o que se pretende estudar é 
necessário comparar perspetivas, outro índice tem sido importante para observar o panorma 
internacional no desenvolvimento. 
O índice de global da paz relaciona os contextos de estabilidade ou de instabilidade da paz, 
destacando a que a paz como um elemento essencial para o desenvolvimento das sociedades. 
Paz é entendido pela ausência de conflito e harmonia gerada por essa paz, a promoção de 
cultura paz deve basear se no não incitamento a violência quer por parte dos movimentos civis 
ou das forças de polícia e a prevenção de conflitos e o compromisso a resolver os problemas 
com base no diálogo. 
O índice da paz é dado por indicadores mais gerais (driver information) muito explanados no 
desenvolvimento humano, saúde, educação e participação política, entre outros, mas depois 
vai se buscar índices mais específico relacionados com os níveis de acesso a liberdade e 
segurança onde se analisa a existência de conflitos, a presença das forças de segurança, a 
relação com os países vizinhos, os níveis de criminalidade, o acesso as armas, o respeito pelos 
direitos humanos, ataques terroristas, instabilidade politica. 
O índice da felicidade – numero de anos em que e feliz 
 
 
ecological footprint - pegada ecológica, a necessidade ambiental e relação do bem estar de 
homem com natureza 
inequality outcomes - resultados de desigualdade (inequidades económicas) 
Experienced wellbeing- experiência do bem estar ( perceção individual do bem estar do 
individuo) 
 
O índice de desenvolvimento humano está muito relacionado desde fatores pessoais como a 
forma como atuamos nos nossos recursos, ate fatores globais como acesso e a liberdade a 
certos serviços, ate a segurança e qualidade ambiental existente. 
 
 
 
 
 
 
 
O Corpo 
 
Ideias introdutórias no tema – O que é o corpo 
 
O corpo é um objeto de estudo em geografia social é considerado a geografia mais íntima que 
existe. O corpo pode ser considerado uma forma de cartografia uma vez que a forma como nos 
vestimos, nos expressamos, os objetos e a forma como usamos os gestos para nos 
expressamos, entre outras não passa de uma construção do que fazemos com o nosso corpo e 
ser possível por vezes identificar através dele umas características culturais bem únicas da 
sociedade que fazemos parte. 
O corpo é um espaço íntimo da maneira em que certas coisas são feitas na nossa intimidade 
como a higiene e os cuidados corporais que temos com eles, mas por outro também é um 
espaço publico que pode ser usado como meio de protesto ou de contestação publica para 
afirmar determinadas ideais como o retiro do sutiã nos movimentos feministas ou o usso de 
saias por adolescentes na Inglaterra de maneira a ir contra leis de impedimento de saias nas 
raparigas dos colégios. 
A visão que impera sobre o corpo do homem e da mulher é uma visão cartesiana em que ele 
defendia uma base dualista do corpo, em que existe o cérebro aliado a inteligência, a liberdade 
e o raciocínio, no casso do corpo este operava apenas como uma máquina onde esta 
representava apenas as funções menores como comer, as funções fisiológicas entre outras. Ao 
homem era atribuída a mente em que este era um ser racional, pouco emotivo, inteligente e 
por isso que devia se sobrepor aos outros no caso da mulher esta é vista como um ser mais 
ligado ao corpo uma vez que não tinha aptidão na altura para o controlar devido aos seus 
ciclos menstruais, e o facto de esta não os conseguir controlar leva a que esta crie uma 
sensação de fraqueza e seja mais emotiva. Esta conceção do corpo leva a que haja uma a 
diferença entre homens e e mulheres em que o homem é mais capaz do que as mulheres uma 
vez que estas jogam muito mais pela emoção do que pela razão. 
A subjugação do corpo feminino é sustentada por dois argumentos, onde o existencialista em 
que mostra a diferença entre homens e mulheres pois biologicamente são diferentes 
(argumento existencialista serviu para justificar a superioridade face aos de pele preta). No 
argumento socio-construtivista mostra que há diferenças biológicas entre homens e mulheres, 
no entanto, aqui a diferença na educação potencia essa discrepância entre as diferenças entre 
o corpo feminino e masculino. Tarefas de limpeza mais atribuídos as raparigas e de bricolage 
aos rapazes pode sustentas esse argumento construtivista. 
Julia Krime usa o argumento construtivista, normalmente na sociedade somos inseridos numa 
sociedade binaria eliminando toda uma outra área não binaria. Os transexuais por exemplo 
onde há uma necessidade de se mudar para um corpo que realmente seja o que eles se 
sentem bem, os intersex bayby´s e ainda as mulheres XXY. Podemos denotar que toda estes 
exemplos leva a existência da fuga binaria, ou seja, atualmente é impossível negar a existência 
destas pessoas que não seguem as regras convencionais das normas binarias. 
O nosso comportamento do corpo no espaço é algo que sem dúvida tem vindo a mudar. 
Nobert elias diz que há mudanças sociais no corpo que hoje era muito estranho, mas que na 
idade media seria algo aceitável, arrotar cuspir e defecar em publico eram comportamentos 
aceitáveis e considerados normais, assim podemos ver que fomos mudando o nosso corpo 
aquilo que é a realidade espacial. A evolução do corpo no espaço vem sido civilizado ao longo 
dos tempos da idade, passando a criar filtros e comportamentos conforme aquilo que a 
sociedade haja aceitável. 
Segundo Pierre bordier o corpo pode ser também algo que demostre a classe social a que 
pertencemos uma vez que a utilização do corpo é diferenciada mediante a classe a que 
pertencemos, a classe media baixa usa muito mais para descomprimir do que propriamente 
para o formatar. A classe media e media alta já usa o corpo como exibição, e modelação de 
corpo, este no caso das elites burguesas ainda pode servir para praticar outros desportos 
como forma de fazer negócio, sociabilizar e aumentar as redes de contacto. 
O michel fucou relaciona o corpo com a relação de poder, onde muitas formas de poder são 
feitas através de controlo do corpo. O controlo de corpo mostra que o controle do corpo 
transforma a forma de estar da pessoa. 
O corpo como projeto 
 
As sociedades a partir do SEC.XX caracterizam-se como sociedades consumistas, ou seja, pelo 
consumo em massa. A ideia de consumo em massa está muito ligada muito ao hedonismo 
onde se busca pelo que mais nos dá prazer e a diminuição daquilo que não que não gostamos. 
O hedonismo levou a que fosse realizado cada vez mais investimento no corpo traduzindo-se 
numa maior preocupação com a imagem, exemplos são a depilação e a cremes para o corpo. 
existência de uma forte influencia hedonista que potencializou a relação que hoje temos com 
o nosso corpo, ou seja, há uma procura muito grande pelo os momentos que nos dá prazer e a 
redução dos momentos que não nos transmite prazer, fazendo com que assim a sociedade de 
consumo atual, sinta uma necessidade cada vez maior de terem um cuidado e investimento no 
corpo e na imagem. 
“A sociedade atual diz nos que é suposto nós sermos vigilantes quanto ao tamanho, a forma e 
a aparência do corpo para nós deduzirmos então o que é os corpos desejáveis. “ isto leva a 
existência de por exemplo de mulheres“PLUZ SIZE” nas agencias de moda, a representação 
das mulheres e homens pretos e de outras origens étnicas em campanhas publicitarias e nas 
agencias, as campanhas de empresas ligadas a beleza, com mulheres “normais” que não 
correspondessem aos padrões de beleza estabelecidos, é importante para ajudar a entender 
que, há uma diversidade de tipos corpos imensa. 
A marcação do corpo com tatuagens entre outras pode servir para vários prepoitositos desde 
individualizar-se dos restantes, tonar -se uma marca referencia, mas também pode ter um 
caracter mais simbólico, e que fazem questão de marcar no seu corpo. Rituais de alteração de 
corpo já vem desde há muito tempo é possível ver isso em tribos indígenas ainda existentes. 
Por vezes esta, marcação tmb pode ser vista como uma transição a fase adulta. 
Podemos assim afirmar que o espaço mediático nos impele muito para ter um determinado 
tipo de corpo e uma determinada forma de corpo. Ou seja, os media através de propaganda e 
idealização do corpo. 
Por vezes quando há uma tentativa falhada de obter estes corpos, através da dieta ou do 
exercício físico, resulta numa baixa autoestima, depressão e transtornos alimentares, o que 
afeta a sua saúde física e psicológica. As cirurgias plásticas intensivas e os massivos esforços de 
modificação do corpo por dieta ou exercício físico, entre outros, mostra bem como o corpo é 
uma forma de instrumentalização daquilo que é a sociedade de consumo. 
Na questão do espaço e do corpo ainda pude evidenciar que este se encontra com limitações 
na questão do sexo/género, ou seja, há ainda uma enorme pressão social na tentativa da 
imposição de um conjunto de regras para que se tenha um determinado tipo de 
comportamento em relação ao seu corpo. 
O corpo e a velhice e infância 
 
A medida que vamos crescendo aquilo que nos permitem ou nos permitimos vai mudando. O 
corpo é marcado por normas sociais que influenciam aquilo que se pode ou n fazer ou pode ou 
não usar em determinadas idades. Aquilo que aceitável vestir por exemplo num local 
descontraído como a praia, não será aceitável noutros cassos, ou seja, o contexto vai mudar 
muito a forma como mostramos o nosso corpo. 
Visão polunomiana dos sec XVII mostra a criança como um ser frágil que se deve proteger, é 
possível ver que antes não havia adolesençia. já no caso da visão dionisiana que diz que as 
crianças são o pecado original que estas devem ser excluídas de vários espaços por o seu 
comportamento bárbaro que não podem aceder a qualquer tipo de sítios pq vai compremeter 
a convivência dos adultos. 
Há uma visão ainda muito na questão da idade que leva a que o corpo deva ser excluído 
nomeadamente em algumas funções que ele com a velhice não esta disposto para tal como 
por exemplo a gravidez. O corpo pode ser útil e reprodutivo até uma idade avançado, no 
entanto há uma ideia de que será que é viável uma vez que a medicina e a idade avançada 
podem condicionar ainda os anos de relação da\o filha\o com a progenitora. O grey power é 
responsável talvez por isto onde existe um envelhecimento bastante ativo, onde a conceção 
do que o idoso pode ou não fazer tem vindo a ser alterada, e que o idoso agora faz coisas que 
antes não potencializado pela esperança media de vida. 
 
 
 
 
 
 
A casa 
 
Passando para outro tipo de escala um pouco maior que o corpo temos a casa esta 
pode congregar um agregado familiar. A casa não é apenas uma estrutura material ou 
tridimensional, mas sim além da estrutura de proteção é um abrigo e um espaço de 
convívio social. 
Ideias introdutórias da casa 
 
A casa é um elemento material e tridimensional, no entanto esta também pode ser 
considerado um espaço emocional na medida em que se estabelece redes de relações 
sociais com um valor muito simbólico e emocional muito forte. 
No posto de simbólico, a casa é vista como um espaço de topofilia onde se estabelece 
uma relação efetiva e marcada, sendo sempre um ponto de referência onde queremos 
sempre voltar e um sítio de segurança ontológica. A casa será um sítio de segurança 
ontológica onde na medida em que é vista como um sítio seguro quer do ponto de 
vista físico quer do ponto vista emocional e afetiva. 
 A questão da partilha e associadas a casa, põem em evidencia o fator da casa no 
espaço publico e privado. A parte material da casa como as paredes, as portas e os 
vidros criam aqui uma barreira a parte exterior, que pode ser considerado um espaço 
publico, na medida em que na parte exterior na rua pode circular quem quiser já na 
parte interior entra só quem nos quisermos. Na atualidade, por via tecnológica por 
vezes quebra-se aqui um pouco esta distância entre espaço publico e privado, e por 
vezes é necessário proteger e criar medidas para impedir que se haja uma invasão do 
espaço privado. 
A casa pode ser entendida como espaço plural, existindo assim uma dimensão 
cronotrópica, através de uma análise do espaço VS tempo. Dependendo da variação da 
dimensão cronotrópica, existir um conjunto de casas dentro da casa, ou seja, na 
questão do espaço temos a casa dividida em várias secções sendo que todas 
apresentam uma função diferenciada, como por exemplo o espaço da cozinha que não 
tem o mesmo significado e funções diferentes do quarto. No caso do tempo, a casa se 
divide em várias partes, ou seja, nós temos ao longo do tempo uma evolução da casa 
tendo em conta a nossa idade. O caso do quarto é um dos sítios que mãos sofre 
mutações desde o quarto da idade de criança á jovem, mas também para idade adulta 
e idosa, que varia os ussos e as cores e até os moveis. No entanto nem sempre é fácil 
distinguir que o espaço da casa se traduz numa fronteira muito ténue entre o espaço 
comunitário e privado, como quando abrimos a porta a vizinhos para eventos como a 
matança do porco entre outros. 
O papel da mulher dentro de casa sempre foi muito valorizado, consideradas como 
centro da vida familiar, sobretudo no que diz respeito aos filhos, elas eram vistas como 
o centro de organização, equilíbrio e de união, mesmo na sua conquista no direito ao 
trabalho a esta ainda é dada uma conotação muito importante e essencial. A função da 
mulher dentro da casa durante a 2º guerra mundial, era muito distintiva mediante a 
classe social a que esta pertencia se as mulheres de classes medias altas ficavam em 
casa a tratar dos filhos, a classe mais baixa ia buscar o rendimento fora de casa como 
no trabalho agrícola. 
 Atualmente, ficar em casa pode ser visto como forma depreciativa quer de forma 
formal em que não e reconhecida como um trabalho, não pertencendo a população 
ativa, quer de forma informal em que ela é entendida como mulher preguiçosa ou 
dependente e um retrocesso dos direitos das mulheres. 
Várias máquinas e eletrodomésticos surgiram para facilitar a vida em casa da 
doméstica. A relação da mulher com a casa também pode ser denotada a submissão 
desta em relação do homem, onde a dominação masculina sempre presente, no 
entanto a mulher está responsável por gerir a casa, sendo o pilar essencial dentro da 
casa. 
No caso dos Estados unidos a morfologia urbana americana dos subúrbios entendida 
como locais feitos para as mulheres. 
 
 
 
A questão da casa e da comunidade como territórios de partilha, ou seja, a casa e 
entendida por fazer parte da identidade e por partilhas espaços comuns. Surgiram dois 
projetos sociais nesta época o projeto HOME e o projeto BIG. 
No caso do projeto HOME que tinha como objetivo reabilitar áreas residenciais nos 
subúrbios passavam a partilhar partes habitacionais e exterior, ou seja, tinham o 
objetivo de ter áreas comuns de partida como espaços de cresce, verdes entre outros, 
e por exemplo espaço de partilha no caso das crianças em que um pai rotativamente 
tomava conta de outros.O projeto BIG tem a mesma intenção do HOME mas esta era 
distribuída em altura, com espaços comuns desde verdes entre outros. 
Os significadosde Casa 
 
Peter Somerville diz que a casa assume 7 significados: 
• Abrigo na medida em que nos da segurança física, proteção e resguardo, onde chegar 
a casa mostra que esta é um sítio de abrigo e conforto de situações, mas que nos 
acontecem. 
• Heart 1 a casa transmite um sentimento de calor, de conforto e relaxamento, 
ou seja, um conjunto de situações que nos dá bem estar mas também um sitio 
de aconchego e de chegada de pessoas que nos diz muito, ou seja, a vinda de 
pessoas familiares a casa. 
• A casa é um sítio onde expressamos mais à vontade as nossas emoções e o que 
pensamos, onde recebemos o apoio e o carinho que necessitamos. 
• A privacidade onde temos um mecanismo de controlo, em que decidimos 
quem entre e quem sai, há vários meios de controlo desde portões a alarmes. A 
casa também pode aqui ser uma maneira de trazermos bens sem sermos vistos 
como no caso das compras online. 
• Raízes ou origens onde a casa é um local de topofilia que nós sentimos 
pertencer e deter uma relação emocional a ele. Este não e propriamente 
alienante face a multidão em que podemos colocar a casa ao nosso gostos e 
personalidades. 
• Residência que é local onde nos dormimos e descansamos mas também é um 
local de pertença oficial, no caso dos estudantes que se deslocam para outro 
ponto do pais durante a semana, a casa continua a ser aonde que se encontra a 
nossa residência principal\oficial. 
• Paraíso na imagem de um espaço idílico. 
 
A representação da casa segundo ele depende de vários fatores: 
• A idade e do ciclo de vida onde a representação e a ideia que se tem da 
casa depende da fase do ciclo de vida em que nos encontramos, onde 
pessoas jovens teremos uma maior propensão de sair de casa muito maior, 
já em caso dos idosos esta se encontra muitas vezes mais difícil onde aqui a 
casa já e vista de uma maneira muito diferente. 
• A localização onde as compras de casa por vezes estão ligadas a um valor 
atribuído pelo mercado e não pelo real valor de custo. 
• A constituição do agregado familiar onde na msm casa pode viver na 
mesma casa ou em casas relativamente perto uma casa onde esta tem por 
vezes um agregado familiar grande com avós e tios ou por vezes pequenos 
só com 1 filho e monoparentais. 
As experiências da casa 
 
Com o terminar da segunda guerra mundial, a lide doméstica e confinamento a casa começa a 
ser criticada, as mulheres começas a sair da esfera doméstica e começam a ser substituídas 
por empregadas domésticas, passando-se aqui a casa a ser um espaço de partilha (continua a 
ser de liderança da mulher pois passa da figura da mãe para a figura da empregada 
doméstica). A casa continua a ser um espaço de encontro daquilo que e o agregado familiar 
mas agora numa situação muito diferenciada, uma vez que a casa como local de trabalho 
passa a ser quase que atribuída a empregada domestica. 
A casa muitas vezes também pode apresentar conotações muito negativas como o 
silenciamento da violência domestica, a questão tridimensional das paredes é uma questão de 
proteção não quanto a segurança física mas pelo contrario em que este espaço é usado como 
um espaço de violência sobretudo em relação as mulheres. A casa pode albergar dois tipos de 
violência desde a física que tem a ver com um abuso físico que são perpetradas relativamente 
as mulheres, aos idosos entre outros. A violência psicológica também existe, aqui há agressões 
verbais acompanhadas de gritos ou não, onde há humilhação e descredibilização, aqui a casa 
assume um caracter negativo em que chegar a casa é adiado e visto como desespero e não 
afogo e o espaço publico ganha aqui um caracter de tranquilidade. 
As vezes então o facto da casa ser um espaço interdito onde nem forças de segurança não 
podem entrar mesmo em casos de violência ou agressão domestica, mas no outro sentido tem 
que ter um mandato de busca para tal. A casa pode ser vista como um local de resistência 
como os idosos em idade avançada, pretos no apartheid. 
 Os sem-casa 
 
São considerados sem abrigo todos aqueles que não tem casa para dormir assim como 
aqueles que fazem desfiliação social. São também considerados sem abrigo aqueles 
que por motivo de segurança tem de se deslocar, como os por incendio como os que 
fogem de países em guerra e tem de ficar em campos de refugiados, ou seja sem 
abrigo são todos aqueles que não beneficiam da casa como uma estrutura 
tridimensional. 
Há 3 tipos de sem abrigo: 
• Tocour pessoas que não tem residência, nem local físico para residir vivendo 
nas ruas ou em abrigos improvisados. 
• Os sem abrigo Ocoultos que tem casa, mas vivem em situações muito precárias 
e que por vezes em situações de quase despejo ou de ruir. 
• Os sem abrigo oculto que vivem em casa de amigos, sempre em constante 
mudança e na iminência de ficar na rua. 
Os sem abrigo existe devido a dependência de drogas, e de problemas económicos 
e de doenças mentais as vezes. Os sem abrigo sofrem uma desfiliação da casa, mas 
por outro é possível haver uma filiação há rua, como um banco no parque ou uma 
porta de um estabelecimento entre outras. Os sem abrigo vivem numa situação de 
sobrevivência individual ou coletiva, sendo que o contacto social com estes bem 
devido as associações que os ajudam. 
 
 
A comunidade 
 
A comunidade é um conceito complexo sendo que podemos estabelecer uma 
definição etimológica que diz que é aquilo que é comum a um grupo que pertence a 
um determinado território. Normalmente solidariedade, apoio e interajuda são 
algumas das palavras que podemos associar a comunidade. 
Há tempos onde as comunidades se formam com um prepósito específico, sendo que 
por vezes as com comunidades não passam de idealizações, ou seja, nem sempre se 
são materializáveis na prática ou se apresentam num espaço físico. Por vezes nestas 
comunidades apresentam-se laços e ligações e indivíduos devido a uma partilha de 
uma história comum, ou seja, que se conhecem toda a vida, quer entre uma 
idealização menos comum em que são reunidos por um determinado objetivo. 
Assim podemos denotar que uma comunidade é a existência de algo em comum, que 
partilha o mesmo espaço, têm algum tipo de relações afetivas, que tece uma rede de 
interajuda de solidariedade e que se baseia em características comuns. 
Do ponto de vista geográfico a favela por exemplo pode ser considerada uma 
comunidade, ou seja, uma área de localização onde se desenvolve um determinado 
paradigma de urbanização. No entanto, o termo favela no ponto de vista social tem 
sempre uma conotação negativa, estando ligado a precariedade e criminalidade. No 
caso da comunidade quando se fala de favela não diz tanto respeito ao território, mas 
sim ao grupo que se encontra a experienciar e a vivenciar a favela. 
O futebol é outro exemplo de comunidade na medida em que há uma existência de 
micro comunidades que se identificam por pertencer ao mesmo clube (clubismo), mas 
também geram mega comunidades na paixão e participação no futebol como um todo. 
Assim as comunidades embora sendo unidades por vezes relativamente pequenas, nós 
podemos dizer que as comunidades têm uma multi-esclariadade que nós podemos 
associar a diferentes fenómenos, onde por exemplos as comunidades de bairro 
apoiam o futebol de bairro e depois vamos subindo de nível até as grandes ligas ou 
grandes comunidades. 
 
O caso da realeza é outro tipo de comunidade que tem uma forte componente 
histórica, a realeza britânica por exemplo, baseia-se sobretudo na antiguidade das suas 
relações, mas também se baseia naquilo que é o sistema de classe, havendo aqui uma 
comunidade relativamente hermética (fechada), no entanto já é possível denotar aqui 
uma endogamia nos relacionamentos matrimoniais. 
Então temos três tipos de comunidades já evidenciadas: 
• A comunidade na questão da favela com uma forte componente geográfica 
• A comunidade cujo denominador tem a ver com valores em conjunto, nocaso 
os valores desportivos. 
• A comunidade no caso da família real que o denominador comum é a classe a 
que pertencem e denominador histórico. 
Dentro das comunidades ainda é possível evidenciar as comunidades religiosas que se 
agregam devido a valores morais e religiosos. Esses valores imateriais derivam dos 
próprios deveres religiosos como apoio ao próximo entre outros. 
Todas estas comunidades podem ser de alguma maneira materializadas, ou seja, é 
possível denotar valores materiais nessas comunidades: 
• As comunidades religiosas, uma vez que existem pontos geográficos que unem 
estas comunidades como por exemplo Fátima e Meca, que são lugares com um 
valor simbólico muito importante. 
• As favelas o seu teor geográfico está muito ligado as zonas de fraca reabilitação 
urbana. 
• No desporto, mais concretamente o futebol no caso o estádio aprece como a 
materialização dessas comunidades. 
• A realeza há várias áreas ligadas ao património histórico destas comunidades 
como por exemplo as áreas de residência, ou de espaços e atividades muito 
ligados a essa comunidade ou que são característicos dessas comunidades, 
como as corridas de cavalo. 
 
Natureza das Comunidades 
 
No início do SEC. XX os sociólogos da universidade de Chicago, podendo perceber que 
a noção da comunidade surgiu na sociologia nesta universidade que é descrito no libro 
the city por Robert Park. Segundo Robert Park diz que o estabelecimento de 
comunidades urbanas deriva de três aspetos fundamentais. 
• A competição – Algumas áreas da cidade são tomadas pelos mais competentes 
do ponto de vista económico, ou seja, a cidade e os espaços que as pessoas 
ocupam nesta não é igual para todos. Esta iniquidade daquilo que são 
estabelecimentos das comunidades na cidade tem a ver com a competição, 
onde o mais forte tem a capacidade de escolher quais as áreas da cidade onde 
querem viver e em que comunidade. 
A especulação imobiliária mostra bem que as áreas centrais são muito mais 
desejadas e tornando o terreno mais caro, sendo assim só acessíveis a alguns. 
• O domínio ecológico – dentro daquilo que são as comunidades há sempre uma 
espécie que se destaca, e isto tem a ver mais com as questões de poder do que 
com a característica geográfica, ou seja, dentro das comunidades há sempre 
algumas pessoas que possuem mais uma característica de líder e outra não 
tanto de liderança, mas algo mias ligado a multidão. 
 
• Evasão e sucessão – Tal como as plantas a comunidade pode mudar de 
território ou de área. 
 
A perspetiva de park é uma perspetiva muito ecológica 
 
Os vizinhos da comunidade 
 
A palavra comunidade é muitas vezes substituída pela palavra vizinhança ou vizinho 
quando a comunidade tem uma dimensão quantitativa mais pequena (como o bairro) 
e mais concentrada. As características constituintes da comunidade no termo lacto ou 
no termo vizinhança são as seguintes: 
• História - A comunidade inclui aquilo que é a partilha de laços culturais entre os 
elementos, havendo assim uma base comum daquilo que é a temporalidade de 
uma determinada vizinhança ou comunidade. A comunidade já se conhece há 
várias gerações e a intimidade e o relacionamento derivam dessa relação. 
• Identidade - História também pode denotar aqui com o reconhecimento de 
uma certa identidade que os aproxima, e essa identidade tem uma certa forma 
de ser, estar, expressar. O sotaque pode ser um exemplo característico da 
comunidade a que pertencemos. 
• A reciprocidade – porque se traduz na entreajuda entre outras atos. Como 
pessoas que que detém agricultura e a partilha com os seus vizinhos, ou a 
matança do porco. 
• Pluralidade – ou seja a pertença a mais de uma comunidade como os cassos 
dos estudantes universitários que pertence a comunidade académica de 
Coimbra e a comunidade de onde vive. 
• Autonomia- A existência de uma individualidade, ou seja, apesar das 
características e desígnios comuns existe aquilo que é a autonomia individual, 
onde decide o que quer fazer, quando quer fazer e onde, embora acha estes 
desígnios comuns que muitas vezes está estabelecido por normas sociais. 
Mesmo havendo regras e críticas para o caso deste não o seguir há sempre a 
escolha de não o fazer 
• Participação - onde cada um tem um papel diferente dentro da comunidade, 
desde papei mais autónomos e discretos, no entanto, por vezes tem indivíduos 
com um grande comprimento com a comunidade., de maneira a se preocupar 
com o bem da comunidade através da oferta de serviços que levam a um bem 
melhor da comunidade. 
• integração na sociedade global, mesmo a comunidade tem uma necessidade de 
por vezes integrar e cumprir as regras quer de governos locais ou estatal. 
Fatores agregantes para uma comunidade: 
• Tempo – Remete a história que remete a relação de várias gerações atrás 
(temporalidade). 
• Território- a partilha do espaço e a relação que a população detém com este 
remetendo aqui para um caracter de topofilia. 
• Proximidade – As pessoas sentem se ligadas quer por pertencer a um lugar 
comum e as relações temporais, quer pela procura de um objetivo comum. 
• Homogeneidade social- um conjunto de normas, valores e características 
comuns dentro da sociedade 
Assim sendo podemos denotar que os fatores que levam a agregação de uma 
comunidade são o tempo, o espaço e a sociedade. 
As comunidades imaginarias não tem tanto a ver com o território, mas sim com 
construções mentais sobre o território (construção dos mapas mentais), e esses mapas 
mentais se baseiam na ideia de uma comunidade inexistente ou pouco característica 
da comunidade atual. Celebrações de Santo António em lisboa, onde se vão buscar 
valores históricos daquilo que era lisboa a 100 anos atrás, diferente do que era atrás. A 
recriação em feriados nacionais pelos imigrantes de uma realidade era a sua na 
comunidade onde pertenciam noutro espaço. 
Quanto as políticas de comunidades podemos evidenciar três tipos de comunidades: 
• Comunidades recíprocas – são comunidades em que os laços familiares se 
estendem para fora do laço familiar. Festa do avante onde as famílias 
agregadas ao partido partilham essa militância ativa tratando todos como 
camarada. 
• Comunidades ao serviço – Comunidades associadas a determinadas profissões 
tendo como fator presente comum a questão económica e laboral. A ordem 
dos engenheiros onde partilham dos mesmos valores morais e da mesma 
formação técnica. 
• Comunidades como Estado – Grupos de influencia capazes de imanar e de fazer 
regras para a comunidades e do estado, onde por vezes o lobe económico e o 
politico se interligam muito. Como é o exemplo do caso do novo banc 
 
O ativismo pode então ser considerado outro tipo de comunidades, onde ativismo 
passa a ser uma forma de materializar aquilo que é uma comunidade. No entanto, 
estas nem sempre formas comunidades homogenias. Black lives matter e lgtbq rights 
moivments são exemplos. 
O modelo Bottom-up tem a ver com um tipo de comunidade (comunidades ativas), 
sendo que esta tem a capacidade de se organizar e de fazer uma imanar para um nível 
superior aquilo que são decisões á escala da comunidade. O modelo bottom-up põem 
aquilo que é as comunidades locais no centro da análise problemática para soluções e 
decisões. Este movimento está muito ligado com o movimento not in my back yard, 
onde os movimentos ativistas que seguem um destes modelos partem de 
comunidades locais que se revoltam contra posições e decisões tomadas por governos 
nacionais protestando e lutando contra essas decisões. Estes ativismos têm sempre 
uma componente muito ambiental. 
O género e a Sexualidade 
 
Sexo é atribuído as diferenças biológicas entre homens e mulheres, sendo entendido num 
sistema binário. No caso do género está presente as diferenças biológicas entre homens e 
mulheres, no entanto, se assume que há uma construção social daquilo que é um homem e 
mulher. No caso dogénero já não se assume apenas o sistema binário, mas se assume géneros 
completamente diferentes. Muitas áreas mostraram que estas diferenciações biológicas são o 
pretexto utilizado para a diferenciação do papeis dos homens e mulheres. 
O género, no entanto, não é só essa diferenciação social dos papeis masculinos e femininos, 
mas também da relação entre eles, sendo que o concerne da questão será entender aquilo 
que são os direitos das mulheres e dos homens. A geografia social assim estuda estas 
iniquidades entre homens e mulheres baseadas naquilo que é a conceção de género e a 
conceção da sua própria sexualidade. 
A Rachel pane e Gil Valentine e estas autoras mostram que aquilo que é concessionado e 
dirigido para cada género tem muito a ver com a relação que se desenrola com o espaço e com 
as continuidades. Na questão da estereotipação e da normatividade temos um conjunto de 
exemplos seguintes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Podemos ainda evidenciar outros estereótipos de género mais recorrentes. 
 
(Quer no trabalho e no lazer). / doméstico 
Tendo em conta os 
direitos e deveres das 
mulheres, e como estes 
são muito desiguais em 
termos espaciais, 
havendo locais onde os 
direitos das mulheres, 
ainda se encontram 
muito limitados. 
Existe vários sítios da 
imposição sobre a mulher 
para esta por exemplo se 
cobrir, formando muitas 
vezes uma regra e 
obrigação. 
Necessário evidenciar que 
por vezes a imposição nos 
estados laicos, para 
acabar com as imposições 
da religião pode ser 
também uma forma de 
imposição. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mulheres mais emocionais já os 
homens mais racionais e diretos. 
 
 
 
 
Mulheres mais racionais e diretas 
homens mais emocionais e ligados 
ao corpo. 
A conceção feminina por vezes ainda e vista como um papel doméstico e interior, 
enquanto o homem mais associado ainda ao trabalho e a fonte de dinheiro. Ainda 
existe muitas diferenças entre a mulher e homem na sociedade. 
Exemplos: 
 
 
Estas disparidades sociais podem ser explicadas por vezes pela ideia de que a mulher 
trabalha menos devido a ter que manter outras ocupações cimo as lides domésticas ou 
ir buscar os filhos entre noutras, que diminui o empenho ou as horas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Idade 
 
Gil Valentine concorda que tanto as crianças quanto os idosos são considerados 
outsiders, ou seja, grupos de franja por serem considerados não ativos. Os grupos de 
franja caracterizam-se então por serem grupos não ativos, ou seja, onde normalmente 
há uma maior despesa do que lucro, os grupos de franja na parte dos idosos ganha 
mais representatividade devido a população ir envelhecendo causa do aumento da 
esperança media de vida. 
O envelhecimento muitas vezes é considerado uma ameaça por o facto de então ser 
um estatuto que encarga muitas despesas, que são então suportados pela população 
ativa. A ameaça da população ativa traduz se assim nos encargos financeiros 
suportados pela população ativa. Os principais encargos são os para a saúde, para a 
segurança social a nível das reformas. No entanto, a perspetiva a pop idosa tem vindo 
a contornar esta ideia de que apenas representam um gasto, tornando-se também elas 
um potencial económico na medida em que pode ser um centro gerador de emprego, 
uma vez que é uma população que acede a serviços de saúde e de solidariedade muito 
específicos gerando emprego nesses cassos, mas também a aposta no envelhecimento 
ativo, traduzindo-se num papel ainda relevante na economia e na sociedade (turismo 
sénior). Assim é importante estudar em temos de idade mais a população idosa e 
jovem, do que a pop ativa. 
Em termos da população idosa e jovem torna-se então comprar estas duas camadas da 
população para perceber as necessidades, a importância e o papel de cada um na 
economia e na sociedade, ao qual a Gil Valentine faz as seguintes constatações . 
 
 
 
 
 
 
Na próxima página 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(Extremos da vida inicial e final) 
(Dependência 
económica) 
Dependência 
económica dos 
jovens, mas vistos 
como um 
potencial 
económico. 
Dependência dos 
idosos, mas tendo 
em conta o seu 
tempo de 
contributo para a 
economia. 
Limitações na sua 
capacidade física, 
que a nível das 
crianças pois 
precisam de uma 
evolução e 
desenvolvimento 
ao nível da idade, 
já nível dos idosos 
perdem essas 
aptidões físicas. 
Estas duas 
camadas da 
população usam 
certos tipos de 
serviços com mais 
frequência que os 
restantes, como a 
saúde. 
Embora como 
vimos nas 
semelhanças 
ambos estão 
estremos de vida. 
Há aqui uma 
noção que a idade 
nas crianças leva a 
que estas ainda 
não tenham certas 
capacidades 
físicas. Já nos 
idosos é mais uma 
questão de perda 
de aptidões físicas 
com o avanço da 
idade 
 
Os idosos 
enquanto 
costumam ser 
retirados do 
espaço social, as 
crianças 
costumam ser 
introduzidas, ou 
seja, nem todos os 
espaços sociais 
são para todas as 
idades. (Discoteca, 
cinema, entre 
outras) 
O aspeto mostra 
que a atitude em 
relação a esse 
fator. Enquanto as 
crianças são 
crianças são 
consideradas 
muito queridas e 
fofas, no caso dos 
idosos como uma 
concessão de um 
certo declínio 
onde por vezes até 
evitam tocar-lhes. 
Os padrões de 
beleza podem ser 
um bom fator que 
explica esta 
diferença 
UM investimento 
nas crianças 
sobretudo na 
educação, devido 
ao seu potencial 
económico. Idosos 
pode se investir 
em cuidados e em 
cuidados a nível 
social, mas não 
com perspetiva de 
retorno. 
A síndrome da idade ou o idadismo é uma visão estereotipada dos idosos 
considerando como pessoas inatas ou incapazes por si só, levando a que estes muitas 
vezes sejam discriminados atribuindo características muito generalizadas que não 
representam essa população. Exemplo dizer que os jovens são muito irresponsáveis 
por causa da sua idade. 
Há um conjunto de normas assim que associam espaços e comportamentos a 
determinadas idades, um idoso por exemplo não será aceitável para a sociedade a ver 
do biquíni. 
A idade do ponto de vista estratégico é uma serie cronológico, mas do ponto de vista, 
da geografia social podemos denotar a existência de três tipos de idades. 
• A idade cronológica\biológica corresponde ao número de anos vividos. Esta é 
considerada em termos formais como a entrada na escola, tirar a carta, votar e 
entre outras coisas, ou seja, esta cria limita o acesso a determinados territórios 
ou espaços, dependendo dessa idade. 
• A idade psicológica envolve o estado de saúde e de aparência do corpo onde há 
uma pressão para o não envelhecimento, onde há uma perceção de como a 
pessoa se sente face a idade que aparenta. “Tenho 40, mas sinto me ou pareço 
ter 30” tem muito a ver com esta ideia de idade psicológica, onde há aqui uma 
noção do cuidado com o corpo. 
• A idade social tem a ver com um conjunto de crenças e atitudes onde o 
comportamento que esta deve\pode adotar depende do espaço e da idade da 
pessoa (Estranheza de uma pessoa de idade frequentar a faculdade ou clube 
noturno), ou seja não há uma proibição de frequentar determinados espaços, 
mas há uma norma implícita que causa impedimento na frequentação dos 
espaços. 
Esse impedimento pode vir das suas características dos espaços como as discotecas 
com luz ou som muito alto. O espaço dos idosos está muito confinado ao espaço da 
casa, que pode ser vista como um espaço de resistência. A síndrome da idade vem 
confinando as pessoas a esses espaços, no entanto, tem vindo cada vez mais a ser 
contrariada por um envelhecimento ativo da população idosa. 
O grew power está muito ligado aquilo que é o envelhecimento da população e o 
aumento da esperança media de vida que embora a medicina ainda não consiga dar 
resposta a todas as demandas no envelhecimento, este movimento tem trazido um 
avançodo grew power. 
Há uma necessidade de suavizar este envelhecimento, e há uma necessidade de 
investimento na população mais velha devido a este movimento. O grew power 
mostra que o envelhecimento pode ser feito de uma forma saudável e sustentável e 
que o investimento na população idosa é bom e saudável. 
• A questão reprodutiva acaba por ser mais marcada nas mulheres do que nos 
homens, a capacidade da mulher na questão da reprodução é limitada a uma 
idade. 
 
• Há questão também da existência de vários espaços. As redes sociais por 
exemplo cada vez mais uma presença dos espaços, onde encontraram uma 
forma de se reunir com as outras pessoas. 
 
As relações sociais e afetivas e o funcionamento ou questão etária do casal tem vindo 
a ser alterada. As diferenças idades nas relações são algo que tem sido muito 
mostrado, os homens normalmente apresentam idades muito superiores em relação 
as mulheres, mas também tem surgido o contrário, (o envelhecimento não é igual no 
homem e da mulher é muito diferente). O direito afetivo tem sido ganhos então em 
paralelo com os direitos das mulheres. 
 
 
 
 
 
 
O Crime 
 
O crime é uma ofensa punível por lei, onde há uma norma embutida e obrigatória 
embutido por lei e a violação\infração dessa lei leva a criação do crime. O que é 
considerado crime varia dependendo do espaço ou da cultura onde estamos, exemplos 
são: 
• A discrepância da criminalização da homofobia ou por outro lado da 
homossexualidade dependendo país mostra bem essa diferenciação. 
• A diferenciação da legalização das drogas. 
• As touradas e confrontos violentos. 
• A violência contra as mulheres entre países ocidentais e orientais. 
• A corrupção e a sua transversalidade em todo território, sobretudo entre países 
desenvolvidos e em vias de desenvolvimento. 
Newman diz que há quatro aspetos na localização da criminalidade: 
• Perceção e da imagem territorial - tem a ver com a ideia que as pessoas e a 
comunidade constroem dos territórios. A especulação imobiliária mostra que 
algumas são inseguras levando a uma tendência á não habitação nessas áreas. 
Quem compra normalmente são pessoas com baixo poder aquisitivo, 
vulnerável que vai alimentar este círculo vicioso ou como vítima ou como 
incidente da criminalidade 
• Vigilância quer privada ou publica é importante, onde se defende a si mesmo 
através dela. A vigilância publica pode ser feito através da presença, ou seja, a 
por exemplo durante o dia a frequência de população na rua torna a mais 
segura. A videovigilância tem efeitos perniciosos no território, de maneira a 
fazer as pessoas cumprirem as normas e por outro lado a criar um ambiente de 
segurança, no entanto esta pode levar a uma deslocalização da criminalidade 
para áreas não vigiadas. 
• Justaposição quer dizer se está perto ou não desta área de presença de 
criminalidade. 
 
A geografia do medo pode derivar de dois aspetos: 
• Uma experiência negativa que tenha tido num determinado lugar, ou seja, um 
conjunto de acontecimentos negativos num lugar que causa a geografia do 
medo levando a que evitemos esses acontecimentos como não andar sozinho 
na rua a essas horas, essas experiências não necessitam de ser nossas, mas 
pode ser de alguém que conhecemos. 
• Imagem territorial negativa onde não há uma experiência negativa concreta, 
mas que tenhamos a ideia de que há uma grande probabilidade de existir 
algum tipo de crime. 
No caso das experiências negativas podemos perceber que há uma questão de que a 
possibilidade voltar a acontecer por causa de experiências conhecidas e famosas 
passadas nessa área, evitando assim ir lá. 
Outra questão muito presente é que a subcultura por exemplo cria territórios de 
crime, como favelas ou cova da moura em Portugal, que por vezes até pode gerar 
algum tipo de turismo negro, entre outras, ou seja estes ganham um ponto de 
interesse ou de atração por não serem conhecidos pela sua sociedade devido a sua 
conotação negativa. 
O crime está normalmente associado a uma população vulnerável, que por vezes vê no 
crime uma situação de tentar contornar esta situação. 
 As consequências da geografia do medo para o território e as pessoas: 
• Prevenção e precaução: têm a ver com atos e sistemas que as populações 
encontram para tornar os seus territórios seguros como ficar em casa a noite, 
evitar determinados locais, evitar contacto visual com estranhos. A segurança 
no espaço privado como no espaço publico. 
• Resistência: ter e trazer uma arma consigo. 
 
 
 
A pobreza 
 
Para começar podemos perceber que a pobreza muitas vezes é um fator para a 
criminalidade. A pobreza é uma definição de uma população com poucos recursos 
financeiros, e com dificuldade obter níveis satisfatórios de qualidade de vida de um 
parâmetro económico estável. Assim a pobreza reflete-se não só nas condições 
económicas, mas também nas alimentares, na habitabilidade e na saúde. 
 
A nível nacional depois mesmo em países desenvolvidos é possível 
encontrar cassos onde a pobreza extrema ainda se encontra devido a 
diversos fatores. 
 
 
 
 
 
 
É possível denotar que a pobreza muda consoante o género, a idade e o espaço devido 
ao panorama por exemplo nacional do estabelecimento do ordenado mínimo, garantia 
dos direitos do trabalhador pelo estado. 
Existência de dois tipos de pobreza 
 
 Baseia se nos padrões do nível de vida em cada comunidade, ou seja, 
definido como os mínimos dados pela sociedade para não viver na pobreza. 
 Baseia se no mínimo das necessidades básicas para a sobrevivência física e 
subsistência – esta tem a ver com as padrões matérias bem definidos, que ta 
entendido os gastos e ganhos e consumos de calorias. 
As diferenças entre os dois é que a pobreza absoluta é algo tido a escala mundial, 
como a falta de alimentação condigna, já só a pobreza relativa tem a ver com aquilo 
que a sociedade considera pobre. 
O caso do acesso na educação é diferente nos países desenvolvidos quais os critérios 
mínimos aqui estabelecidos dos países em desenvolvimento. Nos países desenvolvidos 
uma escola bem equipada estes tem de ter acesso a tecnologia, já em países em 
desenvolvimento esta tecnologia não existe, mas uma escola bem equipada é uma 
escola com livros e material escolar. 
Há teorias que se desenvolveram em torno daquilo que é a conceção de pobreza: 
• Teoria patológica: a pobreza é fruto é consequência da fraqueza e fracasso do 
individuo estimuladas pela indolência e da instabilidade. A culpa dessa pobreza 
é do mesmo quer por motivos de indolência, preguiça, e a instabilidade familiar 
entre outras que desvia o seu foco que devia ser sair da pobreza. 
 
• Teoria Genético – A pobreza está relacionada com a herança genética a nível de 
não haver inteligência para sair deste ciclo de pobreza. 
 
 
• Modelo psicológico – Diz que a pobreza ocorre devido a traços de 
personalidade q o conduzem isso, como por exemplo a forma como geram o 
seu quotidiano (pessoas muito expressivas e caóticas na forma de se organizar). 
 
• Teoria da cultura da pobreza - a pobreza ocorre por culpa dos pobres, onde 
estes não querem sair daqui. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O ciclo da pobreza 
Rachel pane diz que a pobreza é algo cíclico, onde mostra a urgência de quebrar certos 
aspetos: 
ewq1 \ 
 
 
O acesso a uma educação forte e 
adequada é uma fora adequada para 
romper através do acesso a empregos 
mais remunerados e acesso a informação 
fidedigna. Sendo que há uma ligação direta ao 
mercado de trabalho. 
 
 
 
 
Acesso a empregos melhores e 
mais bem remunerados. 
Micro credito – para arranjar 
forma por vezes de conseguir 
certo tipo de equipamentos que 
lhe permitem esse extra 
Necessidade de melhores 
cuidados de saúde. 
A saída de sítios que são 
considerados criminosos e 
perigosos e de alguma maneira 
descriminalizados, para poder 
entãoisso. 
Sistemas que oprimem as pessoas 
e as obrigam a ter uma atitude de 
submissão, não permitindo que 
estas tenham um progresso 
económico. 
 
 
 
A pobreza e opressão social 
A pobreza está muitas vezes ligada a questões sociais nomeadamente a questão da 
pobreza e do racismo, onde muitas há uma dificuldade de quebrar a pobreza pois ela 
sofre questões de racismo que lhe impede de chegar a trabalhos mais bem 
remunerados. 
A questão da pobreza e do género em que os homens e mulheres vivenciam a pobreza 
de diferentes maneiras devido sobretudo, no acesso a educação ou emprego em que 
varias realidades e que a mulher não tem direito a ter uma educação ou esta é muito 
limitada. 
A idade em que os idosos são a pop mais favorável a pobreza devido a estes já terem 
tido a sua vida na pop ativa saindo, onde a reforma por exemplo a reforma fornecida 
não chega para os gastos na saúde, entre outros. 
A pobreza e deficiência dificuldades no acesso a saúde e grande preconceito muito 
grande. 
 
 
 
TEORIA E EPISTOMOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fontes técnicas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Site do PNUD brasil 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Não [se] pode fundar uma concepção de desenvolvimento que (…) verta simplesmente 
numa mera «fórmula» de acumulação de capital, ou de abertura dos mercados, ou de 
planeamento económico eficiente (embora cada um destes traços particulares se 
inscreva no quadro global). O princípio organizador que coloca todos os bocados e peças 
num todo integrado é a preocupação abrangente com o processo de fortalecimento das 
liberdades individuais e com o empenhamento social em promovêlas.” 
Amartya Sen (2003) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O corpo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A casa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Genero e sexualidade

Continue navegando