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Controle e Prevenção da Poluição do Solo Profª. Vanessa Riccioppo de Moraes Descrição O controle e prevenção da poluição do solo a partir do entendimento de suas fontes e tipologias, danos, requisitos legais, técnicas e métodos relacionados. Propósito Conhecer a fonte e as características dos aspectos ambientais relacionados, além das melhores formas de prevenção e controle da poluição, a fim de atender aos requisitos legais e mitigar os impactos ambientais, é de suma importância para uma eficiente atuação profissional e melhoria da qualidade de vida da sociedade como um todo. Objetivos Módulo 1 Solo: poluição e danos decorrentes Identificar as fontes e os tipos de poluição do solo, bem como os danos causados à saúde e ao meio ambiente. Módulo 2 Prevenção da poluição do solo Descrever as técnicas e métodos de prevenção e controle da poluição do solo. A poluição do solo causa uma série de danos ao meio ambiente na medida em que afeta o desenvolvimento da fauna e da flora, podendo até contaminar águas subterrâneas e águas superficiais usadas para abastecimento de cidades e ambientes rurais. Quando se trata de solo, é importante ressaltar que falaremos aqui tanto de poluição quanto de contaminação. Assim, vamos começar entendendo a diferença entre esses dois conceitos que se confundem. Veremos que o solo impacta diretamente na água, por serem compartimentos ambientais integrados. Dessa forma, nos módulos a seguir, quando tratarmos de qualidade e poluição de solo, poderemos tratar também de água subterrânea. É importante percebermos que a poluição do solo pode causar severos danos à saúde, por isso, existem técnicas e métodos empregados no controle e prevenção desse tipo de poluição, como vamos conhecer. Introdução 1 - Solo: poluição e danos decorrentes Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car as fontes e os tipos de poluição do solo, bem como os danos à saúde e ao meio ambiente. O solo Entenderemos neste tópico a importância de se identificar as fontes e ter consciência dos danos causados pela poluição do solo, por meio de sua caracterização e levantamento dos principais danos causados por tipologia de poluição, assim como os requisitos legais aplicáveis ao tema. Mas, antes, cabe uma importante pergunta: Você sabe o que é o solo? De acordo com a CETESB (2021): O solo é um meio complexo e heterogêneo, produto de alteração do remanejamento e da organização do material original (rocha, sedimento ou outro solo), sob a ação da vida, da atmosfera e das trocas de energia que aí se manifestam, e constituído por quantidades variáveis de minerais, matéria orgânica, água da zona não saturada e saturada, ar e organismos vivos, incluindo plantas, bactérias, fungos, protozoários, invertebrados e outros p g p animais. (CETESB, 2021) Ainda, de acordo com o órgão ambiental paulista, o solo possui como funções: Sustentar a vida e o “habitat” para pessoas, animais, plantas e outros organismos. Manter o ciclo da água e dos nutrientes. Proteger a água subterrânea. Manter o patrimônio histórico, natural e cultural. Conservar as reservas minerais e de matérias-primas. Produzir alimentos. Ser meio para manutenção da atividade socioeconômica. Agora que sabemos o que é o solo, vamos compreender a diferença entre poluição e contaminação. Pode se dizer que contaminação é a “introdução de um agente indesejável (contaminante) em um meio previamente não contaminado. Assim, a contaminação ambiental só é definida como poluição quando atinge níveis que causam efeitos deletérios na saúde humana, ou efeitos prejudiciais nos organismos vivos” (adaptado de ACIESP, 1987, apud 3CETESB, 2021). Ainda, a concepção jurídica de poluição de acordo com o art. 3°, inciso III, da Lei n° 6.938/81, diz que poluição “Consiste na degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que, direta ou indiretamente: 1. Prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população; 2. Criem condições adversas às atividades sociais e econômicas; 3. Afetem desfavoravelmente a biota; 4 Afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente; 4. Afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente; 5. Lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos”. Solo contaminado por despejos industriais. Resumindo Contaminação não necessariamente gera poluição. Ou seja, apenas a contaminação, cujos contaminantes estejam em desacordo com os padrões ambientais e/ou causem efeitos adversos ao meio ambiente, é considerada poluição. No Brasil e no mundo, há uma série de procedimentos para a proteção da qualidade do solo e das águas subterrâneas, como também para gerenciamento de áreas contaminadas. Essas práticas atuam de forma preventiva desde o controle de áreas com potencial de contaminação, onde ocorre o lançamento de efluentes ou resíduos no solo, por exemplo, como parte de sistemas de tratamento ou disposição final, até mesmo na remediação de locais já contaminados ou poluídos. Quando abordamos contaminação e poluição do solo, por que também falamos das águas? Relação entre solo e água. Não ha como falar de solo sem se falar de água. O ciclo da água depende do solo e assim há uma conexão entre esses dois recursos naturais. Composição do solo. Além da água, o ar também está presente no solo e as concentrações de ambos variam de acordo com a ocorrência de chuvas. Poluição do solo Abordamos até aqui a definição do solo bem como as definições de poluição e contaminação. Agora aprenderemos sobre a poluição do solo em detalhes, as fontes e tipos de poluição do solo, os danos que causa à saúde e ao ambiente, entre outros. Mas antes, é importante respondermos a uma pergunta: O que caracteriza a poluição do solo? Quando cavamos um buraco na praia, a uma distância da água, ou próximo à margem de um rio, o que acontece? A uma certa profundidade começa a aparecer água e o buraco começa a encher. Isso ocorre porque a água se movimenta dentro do solo. Essa passagem da água através do solo faz com que parasitas, microrganismos e outras partículas de impurezas em suspensão fiquem retidas no solo. Dessa forma, o solo atua como filtro, porém de capacidade limitada. Dependendo do volume de entrada de poluentes atmosféricos, defensivos agrícolas, fertilizantes, resíduos sólidos de origem industrial, urbana, de natureza tóxica ou radioativa, pode haver alteração da qualidade do solo por efeito cumulativo. Fontes de poluição, como pesticidas, agrotóxicos e resíduos. De forma simplificada, podemos caracterizar o solo como uma mistura complexa de componentes minerais, orgânicos, ar e água. Dependendo das características da rocha matriz que origina os componentes minerais e da entrada de outros componentes, os diferentes solos vão apresentar características distintas, entretanto, ainda naturais. Qualquer alteração ocorrida em sua composição original e natural, derivada do acréscimo de outros componentes, especialmente químicos, como substâncias tóxicas, elementos radiativos e microrganismos patogênicos, configura um solo como poluído. A poluição dos solos é motivo de grande preocupação, pois é dele que sai a base dos produtos alimentícios humanos, cuja contaminação, a partir da absorção e fixação de elementos poluentes, pode trazer grandes prejuízos à saúde. Somado a isso, pode provocar distúrbios significativos ao meio ambiente. Discussões entre especialistas e pesquisadores ainda buscam a plena compreensão sobre a poluição dos solos e como abordá-la, uma vez que há fortes questões políticas envolvidas. Essas questões são cruciais, pois é através do solo que ocorre a ciclagem de nutrientes, como carbono, nitrogênio e fósforo, além do próprio ciclo da água, que impactam diretamente a produção de vegetais e animais e podem sofrer consequências irreversíveis se não forem tratados de forma adequada. Ilustração demonstrando o ciclo da água. Fontes e tipos de poluição dos solos Historicamente, o solo vem sendo utilizadocomo local de recepção de poluentes e contaminantes nos âmbitos local e regional: Âmbito local O solo é usado como depósito de resíduos, seja por estocagem ou processamento de substâncias químicas; por disposição de resíduos e efluentes, derramamentos ou vazamentos. Âmbito regional O despejo de resíduos no solo tem por consequência a deposição de resíduos da atmosfera, ocorrência de inundações ou práticas agrícolas incorretas. Com todo esse aporte de poluentes para o solo, ocorre o escoamento constante por infiltração, alcançando os reservatórios subterrâneos de águas, podendo trazer prejuízos para as populações que venham a utilizar essa água. Observe na imagem a seguir as fontes de poluição do solo e como elas migram. Resumo das principais fontes de poluição do solo e sua migração. Quando as partículas poluentes ou contaminantes atingem o solo, podem ocorrer as seguintes situações: As partículas podem ser absorvidas; As partículas podem ser levadas pelo vento; As partículas podem ser arrastadas pela superfície do solo e escoadas para outros corpos d’água superficiais; Pode ocorrer a lixiviação pelas águas que se infiltram, alcançando as camadas mais internas do solo e atingindo as águas subterrâneas. Ao atingirem as águas subterrâneas, as partículas poluentes serão levadas para outras áreas pelo fluxo constante que existe nessas águas. Saiba mais Dentre os químicos mais comuns na poluição dos solos temos os hidrocarbonetos de petróleo metais Dentre os químicos mais comuns na poluição dos solos, temos os hidrocarbonetos de petróleo, metais pesados (como o chumbo, cádmio, mercúrio, cromo e arsênio), pesticidas e solventes. Os contaminantes, que podem vir a ser poluentes, entram em contato com o solo a partir de diferentes fontes, como: No meio rural, a poluição gerada no solo vem, geralmente, do uso indiscriminado de fertilizantes, que alteram a sua composição natural, além de serem fontes de metais pesados. Além disso, podem resultar em elevada concentração de nutrientes, uma vez que as plantas não são capazes de absorvê- los completamente. A presença de cádmio e chumbo nos fertilizantes contamina o solo com esses metais pesados, tornando-o tóxico. Além dos fertilizantes, os defensivos agrícolas, como inseticidas e herbicidas, são empregados no combate a pragas, como insetos e ervas daninhas invasoras, que costumam infestar as lavouras. Essas substâncias se infiltram no solo e contaminam as plantas da produção, uma vez que não são seletivos. Na área urbana, os resíduos originados de indústrias, residências, serviços e comércio são o grande desafio no combate à poluição do solo. Especialmente, os resíduos sólidos gerados em residências, serviços e comércio são ricos em matéria orgânica que, ao se decompor, forma o chorume, rico em substâncias poluentes. Além de poluir o solo, o chorume causa contaminação das águas superficiais e subterrâneas por metais pesados e microrganismos, quando os resíduos são depositados a céu aberto nos chamados lixões. Uso de fertilizantes e defensivos agrícolas Poluição de origem urbana Do ponto de vista das indústrias, os seus efluentes precisam receber tratamento adequado antes de serem lançados nas redes de coleta, para não despejarem os contaminantes e poluentes presentes em seus resíduos, especialmente metais pesados e substâncias radioativas. Os esgotos representam resíduos líquidos que, quando lançados a céu aberto, sem nenhum tipo de controle ou tratamento, também causam poluição. Lembrando que, quando falamos de resíduos, estamos falando de todos os tipos, como urbanos, industriais, de saúde, eletroeletrônicos e efluentes, não só esgoto doméstico como também industrial e rural. Desastres ambientais causados por negligência, imperícia ou imprudência de atividades humanas, como, por exemplo, rompimento de barragens e acidentes em usinas nucleares, podem lançar na natureza substâncias nocivas, como material radioativo e metais pesados. Assim também, os desastres naturais, como atividades vulcânicas, vendavais, inundações e terremotos, podem gerar poluição nos solos. Atividades que utilizam químicos que podem vazar e, consequentemente, se infiltrar no solo, como Desastres ambientais Processos produtivos postos de gasolina, atividades industriais e alguns comércios, são, nessa ordem, as práticas humanas de maior poluição do solo. Vejamos alguns exemplos clássicos de poluição do solo por processos produtivos industriais: A contaminação do solo pode ser resultante de entrega, armazenagem e manuseio de materiais químicos. Também pode ser decorrente de vazamentos de óleo ou outros fluidos de máquinas ou da planta industrial. A contaminação pode ocorrer por equipamentos e resíduos contendo óleo, sem devido isolamento e contenção. O descarte inapropriado de biocidas ou outros produtos químicos; rachaduras em tanques de armazenamento de químicos ou efluentes, quaisquer que sejam; disposição de resíduos sólidos diretamente sobre o solo, enfim, são várias as possibilidades de poluição. Assim, toda atividade que utiliza químicos em seu processo, desde seu transporte, armazenamento, manuseio e processamento, pode ser fonte causadora de contaminação e poluição do solo e da água subterrânea. Salinização do solo Um outro exemplo, embora menos discutido, de fonte de contaminação do solo é o processo de salinização. Esse processo pode ser resultado de características ambientais – logo, sendo uma salinização natural – ou de ação antrópica, especialmente em áreas agrícolas. Exemplo Entre as características naturais que causam a salinização, podemos citar: o escoamento de sedimentos contendo sais para áreas não salinas e as taxas elevadas de evapotranspiração. Entre as ações humanas que levam à salinização do solo, podemos citar: uso de águas com alto teor de sais, irrigação sem um sistema de drenagem eficiente e aplicação de defensivos agrícolas e fertilizantes que contenham altos teores de sais. Nas regiões tropicais, em condições de clima quente e seco ocorre alta taxa de evaporação e transpiração, ao mesmo tempo em que as chuvas são escassas, resultando no aumento da concentração de sais solúveis no solo. Consequentemente, ocorre a elevação do potencial osmótico do solo, dificultando a absorção de água e nutrientes pelas plantas, levando a déficits no seu desenvolvimento, do ponto de vista visual diagnosticado por meio de distúrbios foliares, principalmente. Como consequências da salinização dos solos, podemos observar o comprometimento da dinâmica de organização espacial da espécie cultivada, com redução da produção agrícola, além de deslocamentos de populações em condições naturais. Uma consequência mais crítica é a desertificação, que vem sendo observada, inclusive no Brasil. Área agrícola arruinada devido ao nível de salinização do solo. De acordo com a CETESB (2021), os parâmetros de controle e monitoramento utilizados para solos são a determinação de substâncias orgânicas e inorgânicas (metais) para comparação com valores estabelecidos pela Res. CONAMA 420/09, como porcentagem de sódio trocável – PST (%) e a porcentagem de potássio trocável em análises de fertilidade de solos para fins agrícolas. Mas a salinização pode ser considerada uma poluição dependendo dos efeitos adversos, alguns deles citados acima, e ainda pode ser ocasionada pelo homem conforme sua atividade. Em áreas irrigadas, é comum o surgimento de solos afetados por sais, causado principalmente pelo manejo inadequado da irrigação e de outras práticas, de modo que importantes extensões de terras férteis e agricultáveis vêm cada vez mais tornando-se salinas no mundo inteiro. Existe contaminação de solo em ambiente marinho? Vamos pensar fora da caixinha? Que tal sair do óbvio que é a poluição do solo em ambientes rurais e industriais e refletir num tema complexo que é a contaminação no ambiente marinho? Neste vídeo, a especialista mostrará como ocorre a poluição no solo marinho, conformeos tipos de impactos ambientais, as garantias contratuais e se elas são suficientes para sanar os danos. Legislação relacionada à poluição do solo São muitas normas, tanto instrumentos legais como técnicos, que regem a questão da contaminação e poluição dos solos e, por consequência, da água subterrânea. Aqui vamos falar das principais normas para que vocês possam explorar mais em seus estudos. Além de existir uma série de legislações aplicáveis para cada tipo de unidade/atividade específica e por estado da federação – por exemplo, o Decreto n° 59.263/2013 de São Paulo que regulamenta a Lei n° 13.577/2009, a qual dispõe sobre diretrizes e procedimentos para a proteção da qualidade do solo e gerenciamento de áreas contaminadas –, podemos citar como referência os critérios e diretrizes estabelecidos nas seguintes normas de âmbito nacional e internacional (destaque para as normas em negrito): Resolução CONAMA n° 23/96 que regulamenta a importação e uso de resíduos perigosos. Resolução CONAMA nº 420, de 28 de dezembro de 2009, que dispõe sobre critérios e valores orientadores de qualidade do solo quanto à presença de substâncias químicas e estabelece diretrizes para o gerenciamento ambiental de áreas contaminadas por essas substâncias em decorrência de atividades antrópicas (alterada pela Resolução CONAMA nº 460/2013 – altera o prazo do art. 8º, e acrescenta novo parágrafo). Lei n° 12.305/10 e seu Decreto regulamentador n° 7.404/10, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos. ABNT NBR 15.515 – Passivo ambiental em solo e água subterrânea Parte 1: avaliação ambiental preliminar, que estabelece os procedimentos mínimos para avaliação ambiental preliminar de passivo ambiental, visando à identificação de indícios de contaminação de solo e água subterrânea, emitido pela Associação Brasileira de Normas Técnicas. Parte 2: investigação confirmatória. Parte 3: investigação detalhada. ABNT NBR 15.492 – Sondagem de reconhecimento para fins de qualidade ambiental – Procedimento. ABNT NBR 15.495 – Poços de monitoramento de águas subterrâneas em aquíferos granulares Parte 1: projeto e construção. Parte 2: desenvolvimento. ABNT NBR 15.847 – Amostragem de água subterrânea em poços de monitoramento – Métodos de purga. ABNT NBR 16.210 – Modelo conceitual no gerenciamento de áreas contaminadas. Procedimento. Manual de gerenciamento de áreas contaminadas Adiante, retomaremos as ABNTs destacadas acima, pois são base da prevenção e controle da contaminação e poluição dos solos, além de requisitos de licenciamento ambiental para atividades específicas, como postos de gasolina, por exemplo, e requisitos de auditorias como Due Diligences. Requisitos de licenciamento ambiental e poluição do solo Dentro do planejamento de um empreendimento, na fase de licenciamento prévio, tanto a partir do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e dos Estudos Ambientais Simplificados (EAS), em ordem decrescente de complexidade e detalhamento, que podem ser fundamentados por outros estudos específicos, como a Análise de Riscos (EAR), já se tem uma noção dos passivos e riscos presentes na área onde se pretende instalar, além dos riscos futuros aos quais se deve prevenir, controlar e já ter listadas medidas mitigadoras e ABNT NBR 16.434 – Amostragem de resíduos sólidos, solos e sedimentos – Análise de compostos orgânicos voláteis (COVs) – Procedimento. ABNT NBR 16.435 – Controle da qualidade na amostragem para fins de investigação de áreas contaminadas – Procedimento. ASTM E 1527-13 Standard Practice for Environmental Site Assessments: Phase I Environmental Site Assessment Process (Padrão para realização de avaliações ambientais – Fase 1: processo de avaliação ambiental), emitido pelo órgão estadunidense American Society for Testing and Material. Alguns componentes específicos desta norma, incluindo a obtenção de registros específicos sobre as propriedades, não são aplicáveis em países fora dos Estados Unidos, de forma que, aqui no Brasil, não seguimos integralmente os requisitos da norma, apesar da mesma ser muito utilizada. compensatórias. Com base nesses estudos, os empreendimentos devem estabelecer os controles necessários à prevenção e redução da poluição; quando não for possível, devem determinar a compensação. Normalmente, dentro do Plano Básico Ambiental (PBA) do empreendimento, são propostos planos e programas que devem atender as condicionantes específicas sobre o tema poluição, as quais respondem aos requisitos legais (em sua maioria descritos no item acima). Além disso, preveem controles e monitoramentos tanto para a fase de obras/implantação, quanto para a fase de operação do empreendimento. Em cada etapa, equipamentos/fontes diversas são acionadas e utilizadas, sendo as atividades de controle e monitoramento específicas para cada fase/tipo de fontes. Esses planos e programas viabilizam o constante monitoramento da qualidade dos recursos naturais, como o solo e a água aqui estudados, na região do empreendimento, com o objetivo de identificar possíveis extrapolações aos limites previstos em legislação (vide item anterior). Indicam, assim, a eficiência dos controles aplicados ou a necessidade de melhoria e aprimoramento destes, de forma a proteger o meio ambiente e a saúde humana dos efeitos da poluição do solo. A Resolução CONAMA nº 420/2009 recomenda aos órgãos competentes tornar públicas em seus portais informações sobre as áreas cadastradas, classificadas de acordo com a etapa do Gerenciamento de Áreas Contaminadas: Área Contaminada sob Investigação (AI), Área Contaminada sob Intervenção (ACI), Áreas em Processo de Monitoramento para reabilitação (AMR) e Área Reabilitada para Uso Declarado (AR). Vejamos abaixo alguns exemplos de aplicação prática pelos estados. O Instituto Estadual do Ambiente (INEA), órgão ambiental estadual do Rio de Janeiro, tornou disponível a primeira edição do Cadastro de Áreas Contaminadas e Reabilitadas, identificadas no Estado do Rio de Janeiro, em 2013, que apresenta as principais características de cada área, divididas entre atividade industrial, aterro de resíduos, viação (empresas de transporte de passageiros) e postos de combustíveis. Hoje é possível acessar a quinta edição do cadastro no portal GeoInea, uma versão georreferenciada que possibilita a integração com outros dados ambientais, assim como o download do mapa. Então, Exemplos práticos: gerenciamento de áreas contaminadas pelos estados da federação explore mais e acesse. Outros estados também possuem seu cadastro e relação de áreas contaminadas, como São Paulo. Ainda é interessante explorar no site da CETESB e conhecer o Manual de Gerenciamento de Áreas Contaminadas, com um arcabouço técnico, legal e administrativo dos mais avançados no mundo, que se aplica, de forma eficiente e eficaz, na reabilitação de áreas contaminadas no Estado de São Paulo e permite, também, subsidiar e assessorar ações semelhantes em outros estados. Em função dos avanços ocorridos nos 21 anos desde a publicação da primeira edição do Manual de Gerenciamento de Áreas Contaminadas, em 1999, a CETESB está apresentando uma atualização, fruto do empenho do Departamento de Áreas Contaminadas e da Câmara Ambiental de Áreas Contaminadas, órgão integrado por técnicos da CETESB e do setor privado. Então, mão na massa, explore mais e acesse. Danos à saúde e ao ambiente causados pela poluição do solo Entre as maiores consequências da presença de contaminantes do solo no meio ambiente estão: a redução da fertilidade do solo, erosão, desertificação, diminuição da vegetação, liberação de gases poluentes, contaminação de alimentos e a disseminação de doenças e problemas de saúde diversos entre a população. Danos à saúde Vamos agora relacionar as fontes e tipos de poluição dos solos com os possíveis exemplos de danos à saúde: Uso de fertilizantes e defensivos agrícolas Os defensivos agrícolas (inseticidas, herbicidas etc.) são utilizados para combater pragas queatuam em plantações. Essas substâncias são absorvidas pelo solo, contaminam as plantações e são inseridas nas cadeias alimentares presentes no local, o que inclui os alimentos que chegam à nossa mesa. Ou seja, esses contaminantes são incorporados à nossa cadeia alimentar, causando em curto prazo mal-estar e em médio e longo prazos reações ainda desconhecidas. Poluição de origem urbana Os dejetos humanos contribuem para a contaminação do solo quando são despejados diretamente sobre ele. Seus microrganismos patogênicos se infiltram no solo e alcançam as águas que consumimos e que podem ser usadas para o cultivo de alimentos, contaminando-os. Consequentemente, pode ocorrer a transmissão de doenças, especialmente parasitoses e infecções por bactérias patogênicas. Daí, a importância de sempre higienizarmos os alimentos antes de consumi-los crus e de termos um bom sistema de filtragem da água para beber. Na área urbana, além dos dejetos humanos, ainda temos os rejeitos industriais e hospitalares, entre outros, de grande risco à saúde pública e ao meio ambiente se não receberem o tratamento adequado em seu descarte. Desastres ambientais Em desastres ambientais de atividades humanas, como já discutido, o solo pode ficar contaminado por muitos anos e as pessoas que entram em contato com esse tipo de poluente podem desenvolver câncer ou até ir a óbito. Processos produtivos O solo uma vez contaminado por químicos industriais, por exemplo, pode ficar contaminado por muitos anos. Quando as pessoas entram em contato com esse tipo de poluente, podem desenvolver algumas doenças, inclusive câncer ou até mesmo ir a óbito. Esse tipo de poluição ainda pode migrar para quilômetros de distância da fonte e contaminar regiões inteiras. Há potencial risco carcinogênico e não carcinogênico para os trabalhadores de certas plantas industriais, considerando-se a inalação de vapores provenientes da água subterrânea contaminada em ambiente fechado; além de riscos carcinogênicos e não carcinogênicos relacionados aos trabalhadores da construção civil que trabalham com o solo contaminado desenvolvendo atividades de escavação sobre as áreas das plumas de contaminação. Danos ao ambiente A poluição do solo provoca sérios problemas ambientais e entre os principais danos ao meio ambiente causados pela poluição dos solos estão: Redução de fertilidade do solo; Aumento de sua erodibilidade; Perda de nutrientes; Desequilíbrio ecológico; Aumento da salinidade; Redução da vegetação; Problemas de saúde pública; Liberação de gases poluentes; Entupimento de encanamentos; Contaminação de alimentos; Desertificação. Vamos agora relacionar as fontes e tipos de poluição dos solos com os possíveis exemplos de danos Vamos agora relacionar as fontes e tipos de poluição dos solos com os possíveis exemplos de danos ambientais: Uso de fertilizantes e defensivos agrícolas (herbicidas e inseticidas): Como consequência do uso de fertilizantes e defensores agrícolas, não somente as plantações podem ser prejudicadas como também os corpos hídricos. Além disso, essas substâncias são absorvidas pelo solo, contaminam as plantações e são inseridas nas cadeias alimentares presentes no local. Outra consequência é a redução da fertilidade do solo contaminado. Resíduos perigosos Como já dito anteriormente, os resíduos perigosos depositados no solo também constituem um sério problema de poluição. Esses resíduos apresentam riscos à saúde dos seres humanos e ao meio ambiente. A falta de uma gestão eficiente dos resíduos sólidos e dos efluentes faz com que as substâncias nocivas presentes no lixo e efluente doméstico, industrial e rural entrem em contato com a natureza e causem contaminação e mortandade de fauna e flora, além de contaminar o lençol freático. Lançamento de resíduos a céu aberto e poluição do solo e água. Desastres ambientais O solo pode ficar contaminado por muitos anos e nunca mais se torna utilizável ou habitável a depender do tipo de desastre. As formas de desastres naturais também podem alterar todo um equilíbrio ecológico de fauna e flora. Processos produtivos industriais Em processos produtivos de indústrias, é muito comum ocorrer migração da poluição do solo para águas subterrâneas e córregos/rios, o que também pode alterar todo um equilíbrio ecológico de fauna e flora. Vem que eu te explico! Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar. Módulo 1 - Vem que eu te explico! A diferença entre poluição e contaminação Módulo 1 - Vem que eu te explico! Salinização do solo Módulo 1 - Vem que eu te explico! Danos à saúde causados pela poluição do solo Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos? Questão 1 O solo vem sendo cada vez mais impactado por poluentes e contaminantes. Dentre as fontes de poluição do solo, podemos destacar: A Os minerais e as rochas B Os agrotóxicos C A vegetação sob o solo D Os reservatórios subterrâneos de água E Os adubos orgânicos Parabéns! A alternativa B está correta. No meio rural, a poluição do solo geralmente é causada com o uso indiscriminado de agrotóxicos que alteram a sua composição natural e são fontes de metais pesados de alta toxicidade. Os fertilizantes, assim como os inseticidas e os herbicidas usados no combate às pragas, se infiltram no solo contaminando também as plantas, outros seres vivos e até a água. Questão 2 Na Política Nacional do Meio Ambiente, poluição é a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente: A Podem melhorar a saúde, a segurança e o bem-estar da população. B Criem condições favoráveis às atividades sociais e econômicas. C Afetem favoravelmente a biota. D Melhorem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente E Lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos. 2 - Prevenção da poluição do solo Ao �nal deste módulo, vocês será capaz de descrever as técnicas e métodos de prevenção e controle da poluição do solo. Requisitos de gestão, licenciamento e auditorias ambientais Vejamos o que diz a Resolução 420/2009 do CONAMA (art. 3°), acerca da proteção do solo: Parabéns! A alternativa E está correta. A poluição ocorre quando há degradação do ambiente, logo, uma possibilidade que inclusive diferencia contaminação da poluição é o lançamento de matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos. A proteção do solo deve ser realizada de maneira preventiva, a fim de garantir a manutenção da sua funcionalidade ou, de maneira corretiva, visando restaurar sua qualidade ou recuperá-la de forma compatível com os usos previstos (CONAMA, 2009) Assim, basicamente as técnicas e métodos de prevenção e controle da poluição do solo seguem os requisitos técnicos e legais apresentados na Resolução CONAMA n° 420/09 e as normas ABNT/NBRs. Como vimos, os métodos de prevenção e controle da poluição são muito fruto dos requisitos de gestão, licenciamento e auditorias ambientais. Um dos procedimentos técnico-jurídicos é a Due Diligence Ambiental, que se aplica para identificação e avaliação dos riscos legais e ambientais, tanto nos processos de aquisição de imóveis, quanto de fusão de empresas. Por esse procedimento, são analisados documentos relativos ao empreendimento, assim como é feita uma análise ambiental. Essa análise criteriosa possibilita a identificação de problemas ambientais que não seriam identificados por meio de outros métodos. Além disso, para realizar a identificação e diagnóstico ambientais do empreendimento, deve-se empregar o processo de investigação de passivos ambientais, empregando legislação e normas específicas para tal. Essas técnicas e diagnósticos consistem basicamente em diferentes fases possíveis de investigação: análise preliminar, investigação confirmatória, investigação detalhada, análise de risco à saúde humana, análise de risco ecológico, estudos de background e monitoramento.Além disso, emprega técnicas aplicáveis de correção, remediação, reabilitação ou, de maneira mais ampla, de intervenção ambiental. Ferramentas de suporte Para a melhor escolha dentre as técnicas e medidas preventivas e de controle, existem ferramentas de suporte como é o caso do Guia de Orientação para a Seleção de Tecnologias – GOST, disponibilizado pelo portal do governo Canadense. Ela consiste em um questionário que, após seu completo preenchimento, disponibiliza uma lista de tecnologias aplicáveis à reabilitação de áreas contaminadas. Outra ferramenta encontra‐se no Programa de Inovação Tecnológica, da USEPA, no campo de Informações de Tratamento de Sítios Contaminados ou simplesmente Clu‐in. Nesse ambiente, há uma ferramenta de suporte à decisão (DST – Decision Support Tools), desenvolvida pelo Federal Remediation Technologies Roundtable – FRTR, que auxilia no processo de tomada de decisão, também a partir da utilização de uma matriz de decisão, a qual indica as técnicas mais adequadas para a intervenção sobre a área possivelmente contaminada e/ou poluída em relação ao solo. O uso dessas duas ferramentas, por exemplo, possibilita a realização de uma triagem das alternativas tecnológicas de intervenção, pois são muitos os custos para intervenção sobre eventuais passivos e sua estimativa só é realizada a partir do conhecimento detalhado da natureza, extensão e abrangência do passivo, bem como da(s) tecnologia(s) efetivamente aplicável (is). E por isso é melhor prevenir do que remediar, certo ? Exemplo No caso das atividades de mineração, em seu licenciamento ambiental prévio, já é requerido que o empreendedor apresente um plano de desmobilização e uso futuro, incluindo a previsão das técnicas a serem utilizadas para descomissionamento, reabilitação, monitoramentos e seus custos. Além disso, esse valor já deve ser provisionado para que, no futuro, não restem passivos ambientais para a sociedade. O assunto é muito denso e técnico, além disso, toda a parte de diagnóstico e intervenção exige especialização e prática. Técnicas de intervenção para remediação de contaminação do solo A seguir, veja alguns exemplos de técnicas de intervenção para remediação de contaminação de solo por mineração: Recuperação ou atenuação natural monitorada (NMR) Atenuação natural monitorada inclui uma variedade de processos físicos, químicos e biológicos, sob condições favoráveis, reduzindo a massa, a toxicidade, mobilidade, volume e concentração de contaminantes no solo e em águas subterrâneas. Os custos totais podem ser baixos e a biodegradação natural pode resultar na destruição completa dos contaminantes in situ. Pode ser utilizada conjuntamente ou como continuação de outras medidas corretivas ativas. Escavação e/ou dragagem e disposição de solos, sedimentos ou lamas Essa é a técnica que pressupõe a remoção dos materiais contaminados para fora da área impactada, seja para um aterro de resíduos externo à unidade, seja para uma estrutura (preexistente ou não) de disposição de resíduos interna à unidade, por meio de escavação/carregamento/transporte mecânicos ou através de dragagem. Remoção de resíduos de mineração por dragagem. Bombeamento e tratamento/controle hidráulico (pump and treat) Trata‐se da técnica de extração das águas subterrâneas por bombeamento e posterior tratamento ex situ, em planta de tratamento ativo ou em sistema de tratamento passivo. Esquema de sistema de bombeamento e tratamento. Capeamento e cobertura de engenharia O capeamento in situ envolve o recobrimento de material limpo sobre os sedimentos ou solos contaminados. O revestimento pode ser composto de sedimento limpo, areia ou cascalho, e pode incluir um design mais elaborado, utilizando geotêxteis, geomembranas e algumas camadas especializadas de diferentes composições e funções. Essa tecnologia baseia‐se na premissa geralmente aceita de que a maioria dos contaminantes em sedimentos e solos tende a ser adsorvida sobre a fase sólida. Ao confinar os materiais, os contaminantes também são isolados. Cobertura de um geotêxtil como proteção contra a contaminação tóxica do solo. Aplicação de solo limpo com a escavadeira. O capeamento in situ reduz significativamente a exposição de organismos a contaminantes e o risco associado à exposição ao isolar o material contaminado e minimizar os processos de transporte de água intersticial, que são os meios principais de exposição. Barreiras físicas Estas são técnicas in situ que se caracterizam pela redução da mobilidade dos contaminantes na matriz do solo ou no transporte dos contaminantes nas águas, mediante os seguintes mecanismos: redução da infiltração no meio contaminado por meio do uso de barreiras; redução da infiltração por meio da modificação da permeabilidade da matriz contaminada; e controle do fluxo dos contaminantes nas águas para permitir a coleta e o tratamento. Barreira física para retenção de sedimentos e poluentes na água. Barreiras reativas permeáveis Técnica que vem sendo utilizada na intervenção sobre plumas de contaminação no lençol freático. O princípio dessa tecnologia consiste na colocação de um material reativo no subsolo; a pluma de água subterrânea contaminada flui por esse material, promovendo reações que atenuam a carga de contaminante. Essas barreiras promovem a passagem das águas subterrâneas através de porções reativas que possibilitam a remediação, por processos físicos, químicos e/ou biológicos, de solos contaminados principalmente com compostos organoclorados e metais. É realizada uma escavação no terreno até a profundidade desejada, preenchendo‐o com um reaterro de material reativo, até a profundidade do nível d’água. Esquema de funcionamento de barreira reativa permeável. Dica Uma alternativa à escavação e reaterro é a instalação de poços de injeção de solução reativa, que em conjunto atuam como uma barreira. A água subterrânea passa pela barreira reativa e o resultado é a redução das concentrações dos contaminantes no meio aquoso. Solidi�cação / estabilização Técnica que promove o isolamento de contaminantes (metais, por exemplo), mas não a sua remoção. Trata‐ se da imobilização física ou química dos contaminantes, por meio da introdução de material que pode provocar a solidificação ou pode causar uma reação química ou modificação do pH; como resultado da aplicação, tem‐se a imobilização dos contaminantes. É considerado um processo simples e de custo baixo por utilizar equipamentos convencionais e facilmente disponíveis, contudo, o processo exige um longo período de monitoramento para a certificação de que, de fato, não ocorra a reversão do processo e a consequente liberação dos contaminantes. Passivação ou recobrimento de paredes de minas Consiste no recobrimento de paredes que apresentam potencial de geração de drenagem ácida de rocha (ARD) com polímeros ou outras substâncias normalmente patenteadas pelas empresas que aplicam a técnica. Embora não seja de ampla aplicação em campo e em larga escala, é uma das poucas opções para minimização da geração ARD nesse tipo de situação. Fitorremediação Etapas da fitorremediação direta. A fitorremediação se refere ao uso de plantas na descontaminação de solos, principalmente com metais pesados e poluentes orgânicos, reduzindo seus teores a níveis seguros para a saúde humana. Essa prática também contribui para a melhoria das características físicas, químicas e biológicas das áreas em que ela é aplicada. Na fitorremediação, os vegetais podem atuar de forma direta ou indireta na redução e/ou remoção dos contaminantes. Na remediação direta, os compostos são absorvidos e acumulados ou metabolizados nos tecidos, por meio da mineralização deles. Na forma indireta, os vegetais extraem contaminantes das águas subterrâneas, quando propiciam meio favorável ao aumento da atividade microbiana que, por sua vez, permite a degradação do contaminante. Técnicas e métodos de prevenção da poluição do solo Como já abordado nesse conteúdo,é melhor prevenir do que remediar. E como prevenir? Adotando todas as medidas de redução no uso de químicos e aplicação do controle necessário a evitar acidentes com produtos químicos, atender a todos os requisitos legais e técnicos que evitem esse tipo de poluição. O diagnóstico precoce também evita que uma possível contaminação vire poluição e gere consequências à saúde e ao ambiente. Procedimentos para identi�cação e diagnóstico de áreas contaminadas Assim, vamos a alguns métodos, todos eles baseados nos requisitos legais e técnicos: A avaliação ambiental preliminar (AAP ou fase I) é realizada de forma a identificar potenciais impactos ambientais no solo, águas subterrâneas e/ou superficiais na propriedade ou áreas circunvizinhas, tendo como base observações visuais e o levantamento de informações históricas referentes às atividades executadas no local, que envolvam principalmente estocagem, transferência, uso, tratamento ou disposição de resíduos, efluentes e produtos químicos. De forma geral e resumida, uma avaliação fase I é dividida em: A – Veri�cação de dados históricos / bibliográ�cos Levantamento de informações históricas disponíveis relacionadas à propriedade ou atividade, incluindo fotografias aéreas, plantas históricas e registros disponíveis no momento da avaliação, com intuito de definir o uso histórico do terreno e identificar atividades que possam ter impactado o solo, água subterrânea e água superficial sob a propriedade. Nessa verificação, normalmente também são consideradas as informações históricas disponíveis relacionadas à utilização dos terrenos adjacentes à propriedade, em um raio de até 300m, a fim de identificar potenciais impactos originados nas mesmas que possam impactar a área objeto da avaliação. Dentro dessa verificação histórica, há a avaliação de documentos, cujo objetivo é obter e revisar informações que possam auxiliar na identificação das questões ambientais relevantes. Os documentos geralmente avaliados incluem: Relatórios de avaliações e investigações ambientais anteriores; Relatórios de auditorias de conformidade ambiental; Licenças/autorizações ambientais (de instalação/operação, outorgas etc.); Registro de tanques de armazenamento aéreos (AST) e subterrâneos (UST); Plantas topográficas antigas e atuais (escala entre 1:500 e 1:2.000); Projetos de terraplenagem, rede de efluentes e drenagem pluvial; Notificações, correspondências e outros documentos de caráter ambiental, problemas, violações ou leis ambientais; Registros, relatórios e informações quanto à utilização pretérita da área; Informações relacionadas à geração de resíduos e lançamento de efluentes; Consultas informais aos órgãos públicos. Qual a importância desse levantamento? Muitas substâncias potencialmente perigosas podem estar presentes em um local, embora geralmente suas concentrações sejam baixas. Os valores orientadores para as concentrações de substâncias estão estabelecidos na Resolução CONAMA nº 420/2009, que deve ser usada como parâmetro para comparar os teores encontrados no local com o que é determinado como regular para a qualidade do solo. Em geral, as substâncias se acumulam nas áreas onde foram processadas, estocadas ou utilizadas, sem terem sofrido os devidos processos de eliminação ou descarte. Essa é uma informação que deve ser trazida durante os levantamentos do histórico do local. B – Visita de reconhecimento Trabalho de campo em que ocorrem entrevistas com representantes da propriedade/atividade, para a obtenção de informações de caráter ambiental, incluindo questões relativas à disposição de resíduos e tratamento de efluentes, entre outras. Essa etapa também envolverá a obtenção de informações quanto ao uso atual dos terrenos adjacentes (conforme já mencionado no item acima). Durante a visita, também há observação visual do terreno e das instalações, com intuito de levantar informações, tanto históricas quanto atuais, relacionadas à utilização e/ou armazenamento de combustíveis, substâncias químicas especiais, estocagem/tratamento/disposição de resíduos, vazamentos de produtos perigosos e efluentes, que possam ter alterado as condições de solo, águas subterrâneas e/ou corpos d’água adjacentes. No intuito de finalizar o reconhecimento da área, podem ser agendadas visitas a órgãos competentes avaliados como aplicáveis ou mesmo verificações on-line nesses órgãos, a fim de obter informações necessárias ao desenvolvimento do trabalho. Assim, também são levantadas informações sobre licenças aplicáveis e/ou eventuais restrições de uso do local em função da localização do imóvel. Comentário Nesse sentido, como já abordado no módulo 1, no item Gerenciamento de áreas contaminadas pelos estados da federação, os cadastros de áreas contaminadas e reabilitadas estaduais são ferramentas de prevenção à poluição do solo. C – Elaboração de relatório técnico Dentro do escopo da AAP, são identificadas Áreas de Interesse Ambiental, classificadas conforme critérios da norma ABNT NBR 15.515-1, cujas definições são apresentadas a seguir: Área com Potencial de Contaminação (AP): Área onde estão sendo desenvolvidas ou onde foram desenvolvidas atividades com potencial de contaminação que, por suas características, podem acumular quantidades ou concentrações de contaminantes em condições que a torne contaminada. Área Suspeita de Contaminação (AS): Área na qual, após a realização de uma avaliação preliminar, foram observados indícios de contaminação. Área Contaminada (AC): Área onde as concentrações de substâncias químicas de interesse estão acima de um valor de referência vigente na região, no país ou, na ausência desse, aquele internacionalmente aceito, que indica a existência de um risco potencial à segurança, à saúde humana ou ao meio ambiente. Todas as informações obtidas nas atividades descritas servirão de base para a elaboração de um relatório técnico compilando todas as análises acima e como recomendação final a proposição de uma eventual avaliação ambiental confirmatória (fase II), se considerada necessária. Também pode-se recomendar a realização de campanha de coleta de amostras de solo que podem contemplar a execução de sondagens, além de análises químicas das amostras de solo com ênfase para hidrocarbonetos, compostos orgânicos voláteis e metais. No geral, essas análises confirmatórias visam verificar a ocorrência da alteração da qualidade do solo da propriedade/atividade avaliada, em função de incidentes ocorridos no passado. Atenção Conforme descrito no Item 3 da Norma ABNT NBR 15.515-1, uma avaliação preliminar pode não esgotar as possibilidades de encontrar todas as fontes de contaminação, não eliminando totalmente as incertezas relacionadas à existência de potenciais passivos ou riscos ambientais na área de interesse. Dessa forma, assume-se que qualquer resultado de uma avaliação ambiental preliminar não deva ser interpretado como uma garantia absoluta de que certa propriedade/atividade apresenta ou não impactos ambientais resultantes de sua atividade atual ou pretérita. A qualquer indício ou suspeita de contaminação, recomenda-se a avaliação ambiental confirmatória (fase II), etapa do processo de identificação de áreas contaminadas que tem como objetivo principal confirmar ou não a existência de substâncias de origem antrópica nas áreas suspeitas, no solo ou nas águas subterrâneas, em concentrações acima dos valores de investigação (vide Res. CONAMA 420/09). Isso também vale para a investigação detalhada (ABNT NBR 15.515-3 – Parte 3), etapa do processo de gerenciamento de áreas contaminadas, que consiste no levantamento e interpretação de dados da área contaminada que está sob investigação. Ela tem o objetivo de compreender como ocorreu a dinâmica da contaminação nos ambientes físicos atingidos, bem como de identificar os cenários específicos de uso e ocupação do solo, bem como quais são os receptores de risco que estão envolvidos, os caminhos que a exposição percorre e quais sãoas vias por onde os riscos ingressam. Dependendo do grau de contaminação, tipo e concentração de poluentes, além do uso que é realizado na área, entre outros fatores, é realizada uma avaliação de risco à saúde humana. Essa avaliação de risco é um processo pelo qual são identificados, avaliados e quantificados os riscos à saúde humana ou a bem de relevante interesse ambiental a ser protegido. Então, nem sempre esse tipo de avaliação é necessário ou demandado pelo órgão ambiental competente. Técnicas e métodos de controle da poluição do solo A necessidade e os tipos de tratamento de recuperação de uma área contaminada são vários e vão depender dos contaminantes identificados na área contaminada. Por isso, na hora de tratar um local contaminado, o primeiro passo deve ser a realização de avaliação preliminar e investigações como abordado anteriormente. A partir disso, fica mais fácil escolher as melhores técnicas de intervenção e remediação, como, por exemplo: Empregada em solos argilosos com elevada contaminação. Nesse processo, a área do solo atingida deve ser retirada, conduzida para o local adequado, onde será lavada com surfactantes ou químicos, para depois ser recolocada no local de onde foi removida. Esta é uma técnica complexa, que exige experiência, pois o solo contaminado deve ser cimentado, sem que ocorra a cimentação do solo não contaminado. O processo de cimentação do solo contaminado diminui a velocidade ou interrompe a contaminação. Importante destacar que o cimento utilizado é específico, que deve se solidificar assim que atingir a poluição, sem solidificar o solo não Lavagem do solo Solidificação poluído ou não contaminado. Nesta técnica são empregados microrganismos, como fungos e bactérias, que atuam no solo, reduzindo os contaminantes. É uma técnica usada em áreas atingidas por petróleo bruto, por exemplo. Fossa de biorremediação para solo contaminado com petróleo bruto em uma plataforma na Amazônia. Nesta técnica, são empregadas espécies de plantas capazes de extrair, degradar e imobilizar os contaminantes, promovendo a recuperação do solo. Esta técnica não configura propriamente um tratamento, pois consiste na remoção do solo contaminado, quando o tratamento é altamente complexo ou inviável. O solo é removido para aterros apropriados ou para fornos de cimenteiras, dependendo dos tipos de contaminantes. Monitoramento da contaminação – caracterização geoquímica Biorremediação Fitorremediação Remoção No geral, o monitoramento da contaminação é realizado após ações de intervenção e remediação, e ainda dá base à análise de risco à saúde humana no tempo. Assim se faz o monitoramento, para que se certifique de que a contaminação foi extinta de vez ou está controlada/estável ou, ainda, que as ações tomadas não surtiram efeito e novas ações precisam ser realizadas. Isso porque a contaminação, se não extinta, pode se movimentar e migrar/se espalhar, aumentando ainda mais os estragos e gerando riscos à saúde de pessoas antes não expostas. Análise de solo pra monitoramento. Infelizmente, não é sempre que isso acontece, muitas vezes por falta de controle e abandono, mas algumas vezes por não ser mesmo possível remediar 100%, e assim se monitora continuamente e se compensa. Monitoramento da contaminação na água subterrânea O processo de monitoramento da contaminação na água subterrânea se divide em: Monitoramento de fase livre Quando se tem “ocorrência de substância ou produto imiscível, em fase separada da água”. Monitoramento da fase dissolvida Mas se há passivo, este não deveria ser remediado 100%? Quando se tem ocorrência de substância constituída pela dissolução de compostos polares e por uma fração emulsionada que possui maior mobilidade, movimentando-se junto com a água subterrânea. O monitoramento da contaminação na água subterrânea é realizado por análises químicas de amostras da água por meio de poços de monitoramento e poços de extração de água (se houver). Nessas amostras, são analisadas substâncias químicas de interesse (SQI), como, por exemplo, compostos orgânicos voláteis (VOC), compostos orgânicos semivoláteis (SVOC), hidrocarbonetos totais de petróleo (TPH), pesticidas organoclorados, PCB e metais. A análise da água subterrânea dos poços de extração de água e cacimba inclui parâmetros considerados essenciais para avaliar a potabilidade da água para consumo humano, tais como coliformes totais, cor e turbidez. Atenção Dependendo dos fatos apurados no monitoramento, podem ser requeridas instalações de poços com diferentes profundidades, para assim formar um sistema multinível. Monitoramento da contaminação residual do solo (fase retida) Quando se tem ocorrência de substância que se apresenta na forma de uma fina película, envolvendo partículas de solo, e que compreende a fração retida por adsorção e por formação de filme superficial. Esses monitoramentos são realizados por meio de sondagens com coleta de amostras de solo para análises químicas. Nas amostras de solo também são analisadas as concentrações das substâncias químicas de interesse (SQI) para verificação se alguma substância se apresenta acima dos valores de investigação na água subterrânea, adotando os padrões da Resolução CONAMA n° 420/09. As amostras de solo podem ser coletadas por liners, de forma a fornecer um perfil de toda a sondagem. As amostras devem ser caracterizadas em campo. A caracterização das amostras deve incluir a descrição do solo e sua caracterização de acordo com o Sistema Unificado de Caracterização dos Solos (SUCS). A profundidade das amostras de solo também deverá ser anotada durante o processo de caracterização. Todas as informações mencionadas deverão ser apresentadas em um boletim de sondagem. As amostras de solo das sondagens, quando submetidas à medição de compostos orgânicos voláteis (VOCs) em campo, devem utilizar um equipamento PID (photoionization detector), além da verificação visual de indícios de contaminação. Baseado nas observações táteis e visuais, e a partir dos resultados das leituras de VOC, as amostras de solo com maior evidência de contaminação são selecionadas para envio ao laboratório para análises químicas. Caso não sejam observadas evidências de contaminação, a amostra localizada diretamente acima do nível d’água é selecionada para envio ao laboratório para análises químicas. Recomendação O acondicionamento e identificação das amostras deve ser realizado com todos os cuidados para envio ao laboratório. Recomenda-se o preenchimento de cadeias de custódia para acompanhamento das amostras até o laboratório. A Resolução CONAMA 420/09 traz especificidades quanto à coleta para áreas submetidas a aplicação de produtos agrotóxicos e fertilizantes, por exemplo. Então, para mais detalhes, é muito importante que explorem mais as normas, principalmente essa resolução. Postos de combustíveis e a contaminação de solo Neste vídeo, falaremos do setor mais conhecido no Brasil com histórico de passivo ambiental por contaminação do solo, você sabe qual é? Vem que eu te explico! Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar. Módulo 2 - Vem que eu te explico! Barreiras reativas permeáveis Módulo 2 - Vem que eu te explico! Veri�cação de dados históricos / bibliográ�cos Módulo 2 - Vem que eu te explico! Medidas de intervenção e remediação Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos? Questão 1 Sabemos que, em se tratando de poluição dos solos, é melhor prevenir do que remediar, certo? Nesse contexto, qual dos exemplos abaixo se caracteriza como técnica de intervenção para remediação de contaminação de solo por mineração? A Recuperação artesanal B Erosão de solos, sedimentos ou lamas C Barreiras humanas D Monitoramento da contaminação E Fitorremediação Parabéns! A alternativa E está correta. Apenas a fitorremediação é uma técnica de intervenção para remediação. As outras opçõesnão se caracterizam como técnicas de intervenção. Algumas nem existem. O monitoramento é o acompanhamento pós-intervenção. Questão 2 Qual tipo de monitoramento se enquadra no monitoramento de contaminação do solo? A Monitoramento da fase presa. B Monitoramento da pluma de dispersão do ar. C Monitoramento da fase solta. D Monitoramento da contaminação na fauna silvestre. Considerações �nais Agora já podemos dizer que sabemos identificar possíveis fontes e danos da poluição do solo, além de conseguirmos nomear as principais técnicas e métodos empregados no controle e prevenção desse tipo de poluição tão peculiar. Por meio da caracterização da poluição do solo em todos os seus aspectos, além do levantamento dos principais requisitos legais e técnicos aplicáveis ao tema, é importante que cada indivíduo reveja suas atitudes individuais e explore mais. Assim, você, futuro profissional, também passa a ter uma base para se tornar um profissional de meio ambiente capaz de identificar, analisar e propor as medidas mais eficientes de prevenção e controle da poluição do solo. Podcast Antes de encerrarmos, a especialista apresenta uma reflexão sobre a gestão dos resíduos e como evitar a poluição dos solos. E Monitoramento da fase dissolvida. Parabéns! A alternativa E está correta. Apenas o monitoramento de fase dissolvida se caracteriza como um monitoramento de solo. As outras opções nem existem ou são referentes a outro tema de poluição, como a atmosférica, por exemplo. Referências BRASIL. LEI Nº 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. Consultado na Internet em: 06 out. 2021. CETESB, 2021. Áreas contaminadas. 2021. Consultado na Internet em: 27 out. 2021. CETESB, 2021. Poluição. 2021. Consultado na Internet em: 27 out. 2021. CETESB, 2021. Qualidade do solo. 2021. Consultado na Internet em: 27 out. 2021. CETESB, 2021. Salinização. 2021. Consultado na Internet em: 27 out. 2021. CONAMA. Resolução nº 420, de 28 de dezembro de 2009 – Dispõe sobre critérios e valores orientadores de qualidade do solo quanto à presença de substâncias químicas e estabelece diretrizes para o gerenciamento ambiental de áreas contaminadas por essas substâncias em decorrência de atividades antrópicas. Consultado na Internet em: 06 out. 2021. FAVAS, P. J. C.; VARUN, M.; D’SOUZA, R.; MANOJ, S. P. Phytoremediation of Soils Contaminated with Metals and Metalloids at Mining Areas: Potential of Native Flora. Environmental Risk Assessment of Soil Contamination, 2014, p. 485 - 517. POWELL, R. et al. Economic Analysis of the Implementation of Permeable Reactive Barriers for Remediation of Contaminated Ground Water. United States Environmental Protection Agency – EPA. 2002. UNITED STATES ENVIRONMENTAL PROTECTION AGENCY – EPA. Groundwater Pump and Treat Systems: Summary of Selected Cost and Performance Information at Superfund-financed Sites. 2001. Explore + Para aprofundar seus conhecimentos sobre o conteúdo apresentado, pesquise: As Resoluções CONAMA e as normas ABNT/NBR, para saber mais acerca dos muitos requisitos legais e técnicos relacionados ao conteúdo. O Manual de Gerenciamento de Áreas Contaminadas de São Paulo (CETESB), em sua terceira edição, que teve início ainda nos anos 1990 como um dos produtos do Projeto de Cooperação Técnica CETESB/GTZ, órgão do governo alemão, que permitiu o suporte necessário para a capacitação do corpo técnico da CETESB, com vistas a estabelecer a metodologia para a identificação, o gerenciamento e a reabilitação de áreas contaminadas. A versão georreferenciada do Cadastro de Áreas Contaminadas e Reabilitadas Identificadas no Estado do Rio de Janeiro pelo portal GeoInea, o que possibilita a integração com outros dados ambientais, assim como o download do mapa, no site do INEA. Por ser um portal interativo, você precisa habilitar a camada que queira ver de acordo com o conteúdo (neste caso, a camada: Cadastro de Áreas Contaminadas e Reabilitadas no ERJ – 5ª edição). O conteúdo da ABNT NBR 15.515 – Passivo ambiental em solo e água subterrânea – Parte 2: investigação confirmatória. Isso também vale para a Investigação Detalhada (ABNT NBR 15.515-3 – Parte 3), para saber mais acerca da investigação de indícios ou suspeita de contaminação, a partir da avaliação ambiental confirmatória (Fase II). Baixar conteúdo javascript:CriaPDF()
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