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Dossie III

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FAJE – DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
DISCIPLINA: Teoria do Conhecimento – 2014 – 2
PROFESSOR: ELTON VITORIANO RIBEIRO
	ALUNO: DAVID JOSÉ DOS SANTOS
ENTREGA: 27/08/2014
Dossiê: Teoria do conhecimento: A crença, Cap. III.
Este capítulo pretende examinar as múltiplas características da crença que desempenham papel central em suas funções epistêmicas. Pela analise tradicional se não se compreende o que é a crença, não se compreende o conhecimento, dado isso ela deve ser estudada de modo minucioso pelas teorias do conhecimento. Veremos nesse capitulo que devido à análise geral filosófica da crença originou um conceito rarefeito da mesma e não considerou importantes relações com a psicologia.
A crença é intencional, e possui significado. Elas – são sempre representativas e funcionam como mapas no qual retratamos o mundo que nos cerca e nele “navegamos” (Moser, APUD, ver Armstrong 1973, Cap.1). Crenças são estados que contém informações, são falsas se representam o mundo erroneamente e verdadeiras ou factuais se representam o mundo corretamente. Nem todos os estados mentais são crenças, possuímos também outros sentimentos propositivos (desejos,..., esperanças). As crenças são intrinsecamente propositivas, pois exigem um objeto propositivo. São estados de representação psicológicos que podem ou não se manifestar no comportamento. Seguem, exemplos matemáticos e o da senhora T. Conclui que as crenças não exigem compreensão plena, pois se exigissem seriam reduzidas (cf. p. 49 – 52).
O principio da Caridade, atribui veracidade as crenças e é utilizado para combater o ceticismo. O ceticismo tem que ser falso porque o principio de caridade é verdadeiro (Donald Davidson). Esse princípio não é aceito por muitos filósofos e ele por si só não elimina a ameaça do ceticismo e é duvidoso que ele possa lançar luz sobre a natureza das crenças (Cf. p. 52-54).
Tese da Transparência: nossos estados mentais são imediatamente acessíveis a introspecção. Contradições psicanalistas a essa tese: Alguns estados mentais não estão imediatamente disponíveis ao sujeito. Alguns estados não podem ser acessados pelo sujeito e não temos ciência deles. As crenças não são ações, mas estados de disposição. Seguem várias teses contradizendo o princípio da transparência (Cf. p.54-57).
Há filósofos que acreditam que temos um número infinito de crenças e outros buscam um meio para distinguir a disposição em crer, da crença. Dois pontos são importantes - as crenças são representativas e implicam disposições; e parecemos ter estados cognitivos cujo conteúdo representativo não é transparente, não é imediatamente acessível à intuição (p. 61).
Conclui-se o capitulo com a apresentação dos filósofos eliminativistas: afirmam que nossas crenças são meros estados cerebrais e que um dia descobriremos que a crença tal e qual atualmente a concebemos é algo que simplesmente não existe (p. 61). Possuem uma visão redutivista e por isso são contestados (cf. p. 61-64).
A crença é um fenômeno psicologicamente complexo, e cabe à psicologia cognitiva decifrar com exatidão o seu funcionamento. Crenças são intrinsecamente representativas e não devem ser confundidas com uma mera atribuição de crenças. Não foram encontrados nesse capítulo motivos para adotar o eliminativismo em relação às crenças (cf. p. 64-65).
Referência Bibliográfica: MOSER, P.;MULDER,D.; TROUT, J. A Teoria do conhecimento: Uma introdução temática: São Paulo: Martins Fontes, 2004. P. 47 – 65.

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